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Justiça mantém liminar que garante material cirúrgico a paciente com otite A Segunda Seção Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) manteve, por unanimidade, liminar que obriga o governo do Estado a fornecer material cirúrgico de uma paciente com otite (infeção do ouvido médio). O agravo interno foi apreciado durante sessão ordinária do colegiado, realizada na manhã desta quarta-feira (4), e conduzida pelo presidente da Seção, desembargador João Alves da Silva. O recurso (2013464-78.2014.815.0000) foi apreciado pelo desembargador José Aurélio da Cruz. O magistrado afirmou, no voto, que o entendimento da Corte estadual perfilha o posicionamento de médico devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina sobre a necessidade do tratamento indicado. “Não pode o Estado negá-lo, tendo em vista o dever constitucional de garantir o direito à saúde, havendo que se manter a decisão objurgada, verificando-se que o deferimento do pedido não viola os apontados princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”, disse o relator. Quanto a substituição do tratamento, o desembargador Aurélio ressaltou a necessidade da realização da cirurgia urgente, diante da possibilidade de complicações na saúde da paciente. “Entendo que não cabe ao estado decidir qual seria o melhor tratamento indicado para a agravada, vez que não é profissional habitado nesta área, o que, sem medo de

TJPB confirma liminar que garante material cirúrgico a paciente com otite

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Justiça mantém liminar que garante material cirúrgico a paciente com otite

A Segunda Seção Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) manteve, por unanimidade, liminar que obriga o governo do Estado a fornecer material cirúrgico de uma paciente com otite (infeção do ouvido médio). O agravo interno foi apreciado durante sessão ordinária do colegiado, realizada na manhã desta quarta-feira (4), e conduzida pelo presidente da Seção, desembargador João Alves da Silva.

O recurso (2013464-78.2014.815.0000) foi apreciado pelo desembargador José Aurélio da Cruz. O magistrado afirmou, no voto, que o entendimento da Corte estadual perfilha o posicionamento de médico devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina sobre a necessidade do tratamento indicado.

“Não pode o Estado negá-lo, tendo em vista o dever constitucional de garantir o direito à saúde, havendo que se manter a decisão objurgada, verificando-se que o deferimento do pedido não viola os apontados princípios da razoabilidade e da proporcionalidade”, disse o relator.

Quanto a substituição do tratamento, o desembargador Aurélio ressaltou a necessidade da realização da cirurgia urgente, diante da possibilidade de complicações na saúde da paciente. “Entendo que não cabe ao estado decidir qual seria o melhor tratamento indicado para a agravada, vez que não é profissional habitado nesta área, o que, sem medo de errar, poderá causar sérias lesões à situação clínica daquela que, por alguma debilidade de saúde, sendo carente, necessita de ajuda”, concluiu.

Por Marcus Vinícius

Fonte: www.tjpb.jus.br