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CONSóRCIO NáUTICO: Uma nova possibilidade para você adquirir seu barco R$ 14,00 · Ano 07 · nº 30 · 2012 www.perfilnautico.com.br 11 estaleiros, 23 barcos de 17 a 26 pés PROA ABERTA COM A CARA DO VERÃO Nas águas azuis de Curaçau MERGULHAMOS Estaleiro Colunna Sea Ray Sport Boats Sessa Cruiser 44 Ski Nautique 200 Aguz 37 Open Sun Odyssey 44 DS E MAIS: Perfil - Estaleiro Colunna e 13 barcos de 5 marcas para sua avaliação

Revista Perfil Náutico ed 30

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Edição 30 Revista Perfil Náutico

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ConsórCio náutiCo: Uma nova possibilidade para você adquirir seu barco

R$ 14,00 · Ano 07 · nº 30 · 2012 www.perfilnautico.com.br

11 estaleiros, 23 barcos de 17 a 26 pésPROA ABERTACoM A CArA Do VErÃo

Nas águas

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MErgulhAMos

Estaleiro Colunna Sea Ray Sport Boats Sessa Cruiser 44 Ski Nautique 200 Aguz 37 OpenSun Odyssey 44 DS

E MAis: Perfil - Estaleiro Colunna e 13 barcos de 5 marcas para sua avaliação

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Dealers OficiaissP Marine - www.spmarine.com.brangra dos reis, rJ: (24) 3361.2527 - Balneário camboriú, sc: (47) 3361.6139curitiba, Pr: (41) 3233.3636 - Guarujá, sP: (13) 3305.1500 / 3305.1594são Paulo, sP: (11) 3581.4646 - caraguatatuba, sP: (12) 3887.1786salvador, Ba: (71) 3321.8653

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Nova LiNha iNtermariNe

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Nova Intermarine 65.Beleza e espaço sem precedentes.

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Editorial

Conselho DiretorAldo Alfredo Malucelli [email protected] Alberto Gomes [email protected]é “Juca” Kolling [email protected] Alfredo Malucelli [email protected]

Depto. de JornalismoEditor e jornalista responsávelMarcelo Fabiani (Buda) [email protected]/ 6633RevisãoJoão Batista Ribeiro Colaboram nesta Edição Amanda Kasecker, Angelo Sfair, Carolina Schrappe, Família Muller, Flávia Figueirêdo, Felipe Caire, Jorge Nasseh, Leo Suzuki, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella Malucelli, Ricardo Amatucci e Thaís Zago Edição de Arte e Projeto GráficoEduardo Zuchowski (Zuki)

Impressão e AcabamentoGráfica CapitalDistribuição ExclusivaFC Comercial Distribuidora Ltda.

Central de PublicidadeComercial (41) [email protected]é “Juca” Kolling (41) [email protected]

Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 82.110-040, Curitiba – PR.Fone (41) 3331-8300Fax (41) 3331-8305

Revista Perfil NáuticoRádio Mix Curitiba - 91,3 MHz91 Rock Web www.91rock.com.br

Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação.Revista Perfil Náutico, ano 7, n° 30, é uma publicação da Editora Canal/mid, divisão de mídia do Grupo CANAL/com.Todos os direitos reservados.

Fale com a gente Redação [email protected] TécnicoEnvie sua pergunta [email protected]@perfilnautico.com.brPerfil Náutico na Internetwww.perfilnautico.com.br

O verão, as férias, momento de colocar o barco na água, reunir a família e os amigos, relaxar, divertir-se e recarregar as energias para um novo ano que está começando.

Nós da Perfil Náutico encerramos 2011 de maneira feliz, como uma publicação atualizada, afinada com o meio e com um time de colaboradores que acredita no potencial de crescimento do segmento no país. Entramos em 2012 com nossas páginas recheadas de novidades, reportagens especiais, conteúdo exclusivo e específico para quem busca informações sobre o mercado náutico.

A matéria de capa da edição número 30 é sobre lanchas de proa aberta, entre 17 e 26 pés, com a cara do verão e muito procuradas por quem está iniciando no mundo da navegação. Conversamos com 11 diferentes estaleiros e apresentamos 23 barcos fabricados no país, para você conhecer e avaliar.

Na seção Perfil, o estaleiro em destaque é o Colunna Yachts, que iniciou suas atividades no início dos anos 80 fabricando jet ski e hoje está entre os maiores produtores de barcos do país. Nesta edição apresentamos também: o veleiro Sun Odyssey 44DS, da Jeanneau; a lancha para esportes aquáticos Ski Nautique 200, da Nautique; os novos modelos das linhas Sport, SLX e Sundeck da Sea Ray, que acabam de ser lançados no Brasil; a Sessa Cruiser 44, mais uma aposta da italiana Sessa no país, e a Aguz 37 Open, o primeiro barco de série do estaleiro brasileiro Aguz Marine.

Nossas viagens dessa edição tiveram muito sol e neve. Mergulhamos em Curaçau, uma fantástica ilha no sul do Caribe a cerca de 60 km da costa da Venezuela e, pelo fim do mundo, iniciamos uma jornada pela região mais austral do planeta – a Patagônia Chilena –, por onde também navegamos com o prazer único de estar bem pertinho das grandes geleiras da Laguna San Rafael.

Por fim, na seção Canal, trazemos ainda as últimas notícias, lançamentos, dicas de construção, bem-estar, design, cultura, gastronomia e esportes. S

Essa é a melhor época do ano para a grande maioria dos amantes do mundo náutico

Hora de navegar

Bom verão, boa leitura e bons ventos

Marcelo Buda

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É tempo de VIVeR

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SESSA MARINE BRASIL - SÃo JoSÉ SC - [email protected]

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R E G AT TA YA C H T S : B A H I A | M I N A S G E R A I S | S Ã O PA U L O | R I O D E J A N E I R O - s e s s a @ r e g a t t a y a c h t s . c o m . b r - ( 11) 5 5 3 8 3 4 3 4 S C M A R I N E : PA R A N Á | S A N TA C ATA R I N A | R I O G R A N D E D O S U L - s c m a r i n e @ s c m a r i n e . c o m . b r - ( 4 8 ) 3 2 2 2 0 0 5 2

C B O R G E S B O AT S : M A N A U S - s e s s a m a n a u s @ h o t m a i l . c o m - ( 9 2 ) 8112 6 0 2 6

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Índice

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Sea RayChegam ao Brasil os modelos da linha sport boat: Sport, SLX e Sundeck

Sessa Cruiser 44 Lançamento da Sessa Marine acontece simultaneamente no Brasil e na Europa

Sun Odyssey 44DSVeleiro do estaleiro francês Jeanneau é exemplo de design e tecnologia

Ski Nautique 200Destaque nos Jogos Pan-Americanos, lancha é ideal para esqui áquatico

Aguz 37 OpenAguz Marine aposta na personalização com seu barco de estreia

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Canal

Turismo PatagôniaUma das regiões mais austrais do planetaTurismo CruzeiroPelo extremo sul do ChileExpedição MistralisExplorando a Baía de Todos os SantosExpedição CaiaqueAventura e conhecimento pela Bacia AmazônicaConsórcio náuticoBarcos sem os juros do financiamentoJangadeirosIate clube gaúcho comemora 70 anosHotel Marina ItapoáConforto e barco na garagemMergulhoCuraçau, uma ilha fantástica

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Lanchas de proa aberta 54

Estaleiro Colunna

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Apresentamos 23 barcos de 17 a 26 pés para o verão, de 11 estaleiros diferentes e fabricados no Brasil

A história que começa com um projeto de faculdade revela um dos grandes fabricantes de barcos do país

Nesta Edição Perfil

NewsEstiloEsportesNáuticoDesign ConstrutorCulturaGourmetBem-EstarClick

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Leito

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“Gostei muito da seleção de lanchas com flybridge da última edição. Estou pensando em trocar o meu barco e a matéria apresentou-me um leque de opções bem interessante.”Gustavo Kirchner

Alerta“Caros redatores, sou um grande fã da Perfil e gostaria de parabenizá-los pelo bom trabalho que estão fazendo, mas também alertar para algumas legendas que não estão muito legíveis.”Flávio Carriel

Saudades“Fazia tempo que não lia a Perfil Náutico, até que me deparei com uma numa loja de mergulho. Ela mudou bastante, e para melhor,

com uma grande diversidade de temas. Com certeza continuarei acompanhando a revista.” Caio Pardini

Cruzeiros“Eu e meu marido vamos passar alguns dias das férias de janeiro em um cruzeiro. Quando li a reportagem, já havia adquirido o pacote, mas mesmo assim serviu como dica, já que somos marinheiros de primeira viagem.”Karina Nepomucemo Magalhães

Velas ao vento “É difícil ver as revistas náuticas falando sobre o mundo da vela. A última edição me trouxe uma grande notícia. Fiquei contente com a possibilidade do retorno da Eldorado Brasilis. Essa regata era demais!”Luiz Wernick

Seguros“Excelente a matéria sobre seguros náuticos. Sou proprietário de uma lancha e ainda estava decidindo se valia a pena contratar um seguro. Não tinha muita informação sobre o assunto, mas já me decidi por fazer uma cotação.” Jonatas Koren

Salão de Gênova“Muito interessante a abordagem da reportagem do Salão Náutico de Gênova. Mesmo sabendo que ainda estamos engatinhando em relação ao mundo náutico europeu, é bom saber que o mercado nacional é visto como de grande potencial para o setor. Continuem trazendo reportagens assim!”Renan Monteiro Zamilian

Estaleiro Kalmar “Adoro a Perfil Náutico e sou assinante desde o ano passado. Muito interessante a história do Estaleiro Kalmar. Gostaria de aproveitar a mensagem e sugerir que tragam mais matérias aqui de Santa Catarina!”Elton Siebert

Lanchas com fly

O flybridge é o sonho de consumo, o da Intermarine 42 é de encher os olhos

Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redaçã[email protected] ou [email protected]

As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações.

FaLE ConosCo

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Ambientalista e oceanógrafa Céline Cousteau

Refrescante banho de água doce

Estilista Layana Thomaz

A Owens-Illinois, maior produtora de embalagens de vidro do mundo, lançou em novembro no Brasil a campanha Vidro é Vida, com a presença da ambientalista e oceanógrafa Céline Cousteau. A campanha já foi lançada em 12 países e apresenta os benefícios das embalagens de vidro na preservação do meio ambiente e na construção das marcas presentes no mercado de consumo. A neta do lendário explorador Jacques Cousteau falou também de seus diversos projetos em favor da conservação do meio ambiente.

A conhecida estilista carioca Layana Thomaz acaba de fechar uma parceria com o Projeto Grael para criar um novo conceito em moda. A partir de acessórios feitos com material reciclado de barcos a vela, irá

produzir bolsas, chapéus, mochilas, entre outros produtos. Parte da verba adquirida com a venda será revertida para o Projeto Grael, instituição criada pelos medalhistas olímpicos Torben e Lars Grael, que utiliza o esporte como ferramenta de inclusão social.

A Refresh Brasil lança no mercado a Ducha de Praia Ecológica. Com sistema de acionamento manual, a água salobra é naturalmente filtrada pela areia em três escalas de tratamento e cloração, perdendo 95% da salinidade, 99% das bactérias e coliformes e 10% do pH. O resultado é um banho de água doce sustentável. O produto é desmontável, portátil e leve para carregar e substitui os chuveirões públicos e as duchas privadas. Com essas características, já conquistou o Programa Bandeira Azul (criado pelo órgão europeu certificador internacional de praias e marinas) e a recomendação do Ibama de Santos.

Campanha em defesa do vidro

Ducha de praia sustentável

Moda inovadora

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Em apenas duas horas é possível aprender a pilotar

Jorge Nasseh da Acobar

Em 2013 evento acontece em São Paulo

A escola náutica Aprendendo a Navegar oferece treinamento prático para capitão amador: em apenas duas horas é possível se tornar um hábil piloto de barcos motorizados. Acompanhados por instrutor habilitado e experiente, os alunos executam as manobras conduzindo um barco-escola devidamente identificado. O treinamento acontece às sextas-feiras e aos sábados na base de operações da escola, que fica na Marina do Galego – Enseada de Porto Belo e Itapema, Santa Catarina.

A multinacional líder na organização de eventos Reed Exhibitions anunciou o lançamento da World Travel Market – Latin America. A conceituada feira de negócios da indústria do turismo,

realizada anualmente em Londres há 32 anos, será reproduzida pela primeira vez em outro país, uma comprovação da importância do Brasil e da América Latina no panorama mundial. O evento está previsto para abril de 2013, em São Paulo, e tem objetivo de gerar networking e negócios entre fornecedores de produtos e serviços e compradores internacionais.

Em novembro, o Marine Equipament Trade Show (METS) reuniu em Amsterdã os melhores profissionais dedicados à indústria e à tecnologia de fabricação de embarcações de lazer. Em palestra, Jorge Nasseh – da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar) – apresentou as estratégias para a representação da indústria náutica brasileira, discorrendo sobre a modernização da norma da ABNT NBR-14574; detalhes do selo de conformidade para produtos que cumprem voluntariamente a norma; e programas de capacitação de mão de obra.

Curso prático de navegação

Marine Equipament Trade Show 2011

World Travel Market – Latin America

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SEU LUGAR AO MAR.

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Acabamento de um barco Azimut requer um olhar especial

Imagem de Érico Hiller que estará no livro

Navegação inesquecível

A Azimut do Brasil (SC) está contratando mulheres para trabalhar no setor de produção, especialmente nas áreas de estofaria e laminação em fibra de vidro. A delicadeza feminina, a percepção aos detalhes e o senso criativo são valorizados pelo estaleiro italiano como peças fundamentais no processo de fabricação de iates de luxo. Para as novas instalações do polo náutico em 2012, a previsão é que 25% dos funcionários da produção sejam mulheres.

O projeto Ameaçados, idealizado pelo fotógrafo Érico Hiller e patrocinado pela Minidocks Guarda-Tudo, pretende mostrar os efeitos do aquecimento global e das atividades do homem que colocam em risco a sobrevivência de culturas, povos e animais. O fotógrafo já esteve na Etiópia, na Groenlândia e na Tanzânia. Restam agora três destinos – Ilhas Maldivas, África do Sul e Brasil – para encerrar a captação das imagens que farão parte de um livro previsto para ser lançado no início de 2012.

A operadora de turismo Donato Viagens oferece uma oportunidade para conhecer e explorar as ilhas gregas a bordo de um pequeno navio. Em uma embarcação com apenas 25 cabines e muito conforto, o roteiro percorre as famosas ilhas de Cíclades, Mikonos e Santorini, e ainda vários outros lugares menos conhecidos, mas igualmente interessantes – como Creta, Kythira, Monemvasia, Nafplio e Hydra – de umas das paisagens mais inspiradoras da Europa. S

Sensibilidade feminina

Ilhas Gregas

Projeto Ameaçados chega à reta final

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MormaiiA Mormaii Óculos apresentou a sua coleção primavera-verão 2012. Os novos modelos, batizados de Speranto, Galápagos e Flora, têm um toque urbano, mas não perdem a essência esportiva da marca. Os três modelos são produzidos com armações de Grilamid, material leve e resistente, e contam com lentes de foco descentrado e 100% de proteção contra os raios ultravioletas.

www.mormaiioculos.com.br

PhaserEm resposta à ascensão do mercado dos tablets, a Phaser lançou uma opção mais barata, acompanhada de case exclusivo que é leve, repele a água e tem um teclado embutido. O aparelho tem tela sensível ao toque de 7 polegadas e sua memória interna suporta até 32GB. O Tablet Phaser Kinno tem o sistema operacional Android 2.2.

www.phaserline.com.br/tablet

FerrariA Uracer, loja mais completa de automobilismo, iniciou a venda da linha completa da Ferrari. A loja também passou a ser a distribuidora oficial da linha fanwear da legendária marca italiana. Além das camisetas e bonés oficiais da equipe de F-1 – linha réplica –, também podem ser encontrados camisetas polos, jaquetas, pijamas, chaveiros e diversos outros acessórios.

www.uracer.com.br

Esporte, lazer e diversãoLançamentos com a cara do verão para correr, nadar e compartilhar bons momentos

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7BallPensando em levar sofisticação para os momentos de lazer, a 7Ball desenvolveu a primeira mesa de jantar fabricada no Brasil que, com rápidos ajustes, se torna uma perfeita mesa de sinuca. Batizada de Nova Iorque, a mesa é versátil quanto à variação de altura, com nivelamento preciso, essencial para as duas funções. Seu design exclusivo a faz cumprir com perfeição o desafio de ser um objeto de decoração, lazer e conforto.

www.7ball.com.br

AsicsO novo modelo do Gel-Trebuco G-TX, da Asics, é um tênis versátil ideal para os treinos de corrida e caminhada. A nova versão do Gel-Trebuco é mais rústica e resistente, além de contar com a tecnologia Gore-Tex®, que permite ao pé respirar durante o exercício e, ao mesmo tempo, o protege da água.

www.asics.com.br

Porto a PortoAtravés das importadoras Porto a Porto e Casa Flora, o vinho tinto Aprendiz DOC 2008 chegou ao Brasil. Elaborado na região do Douro, este é o novo rótulo da vinícola portuguesa Caves Messias. O produto é o resultado dos cortes das uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca.

www.portoaporto.com

BillabongA nova coleção da Billabong, a Pipeline Masters, é inspirada no campeonato havaiano de surfe e homenageia o surfista Andy Irons. A coleção traz duas opções de boardshorts raiados, em referência às peças assinadas por Irons, dois bonés, uma regata, um moletom e cinco camisetas, com tamanhos disponíveis entre 38 e 46.

www.billabong.com.br

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PatagôniaUma jornada emocionante pela região mais austral do planetaTexto e fotos: Família Muller

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Ronny e Lu desbravando a Patagônia em mais uma ecoaventura

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Caminhar pela orla do porto, com vista para o lendário Canal de Beagle, e perambular pela San Martin, entre lojas, cafés, chocolaterias e restaurantes, são maneiras de explorar o lado urbano de Ushuaia.

Aterrissar em Ushuaia é uma experiência interessante. Pela minúscula janela do avião você vê imensas montanhas. O piloto faz manobras de um lado para o outro e, quando você pensa que vai cair, está deslizando pela pista

do aeroporto. Pelo fim do mundo iniciamos a nossa jornada por um dos lados mais belos da Patagônia.

Por muitos anos relegada ao fim do mundo, Ushuaia hoje se aproveita deste título para atrair turistas que chegam em busca de história, ecoturismo e aventura. É um dos poucos lugares com o privilégio de reunir mar, montanhas e neve. A cidade localizada a pouco mais de mil quilômetros da Península Antártica é bem fria, mas nem o clima instável desmerece a beleza e a hospitalidade da fascinante capital argentina da Terra do Fogo.

Ao fundo, o famoso Farol do Fim do Mundo completa o cenário formado por montanhas geladas e tranquilos cormorões em seu habitat natural

Turismo Patagônia

Do Glaciar Martial a magnífica vista para o Canal de Beagle

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Na imperdível visita ao Presídio e Museu Marítimo, o passado não tão glorioso da cidade está expresso em detalhes de dois dos cinco pavilhões do museu. Um deles ainda é mantido exatamente como na época de funcionamento do presídio e representa bem o clima de desolação que reinava na “Maldita Cárcel de Ushuaia”.

Esta viagem no tempo não está completa até você embarcar no Trem do Fim do Mundo, a estação

ferroviária mais austral do planeta. O trem cruza cenários bucólicos e recantos históricos, adentrando o Parque Nacional da Terra do Fogo. Numa das paradas, na cascata Macarena, pode-se avistar uma réplica de um assentamento Yámanas, o povo primitivo que habitava a Patagônia antes de os europeus aportarem por lá.

Lagos, florestas e montanhas compõem um dos mais belos cenários naturais de Ushuaia. O Parque Nacional da Terra do Fogo está localizado a 11 km do centro. Nossa dica é alugar um carro e passar o dia no parque.

Navegações e excursões Uma das excursões marítimas da Tolkeyen Patagonia navega pelo Canal de Beagle. A primeira parada é na Ilha dos Lobos, repleta de lobos-marinhos. A segunda parada é no Farol do Fim do Mundo, o último do lado argentino, antes do continente Antártico. Por fim, antes de retornar ao porto, passamos pela Ilha dos Pássaros, habitada por uma imensa quantidade de

Ushuaia atrai turistas que chegam em busca de história, ecoturismo e aventura

A vista do Glaciar Garey recompensa o sacrifício da longa caminhada

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veículos 4X4 também é uma ótima opção turística. A agência Canal Fun oferece um roteiro exclusivo que passa pelo Lago Escondido e continua por uma parte mais deserta e belíssima do Lago Fagnano. A aventura termina com uma caminhada pela margem do lago até um pequeno rancho onde é servido um churrasco à moda portenha.

Neve, muita neve!A temporada de esqui no Cerro Castor em Ushuaia é uma das mais longas da América do Sul, estendendo-se até outubro. A estação possui uma das melhores neves esquiáveis deste lado do continente americano. A pequena estação de esqui do Glaciar Martial fecha antes, mas o principal atrativo não é esquiar, mas sim encarar a subida a pé ou pelo teleférico e desfrutar da incrível vista de toda a cidade de Ushuaia e do Canal de Beagle.

De Ushuaia a Punta ArenasNavegar pelos fiordes patagônicos era um sonho muito antigo, as histórias contadas em livros por grandes aventureiros e as reportagens de viagens sempre foram uma fonte de inspiração. A bordo do navio Via Australis, vimos o sonho transformar-se em realidade, navegando por três noites de Ushuaia até Punta Arenas, no Chile.

Primeira parada: Cabo Horn. Desembarcamos em pequenos botes para chegar ao ponto mais meridional da América do Sul, onde os oceanos Atlântico e Pacífico se encontram. A caminhada até o monumento, que foi erguido em homenagem e

cormorões, que muitos pensam tratar-se de pinguins devido à semelhança das cores e tamanhos.

Para visitar a Pinguinera Martillo, a agência Pira Tour é a única com autorização para o desembarque na ilha, onde é possível ficar bem pertinho dos pinguins. O passeio inclui o trajeto de ônibus até a Estância Harberton, a mais antiga da parte argentina da Terra do Fogo. O passeio off-road pelos lagos a bordo de

Ilha dos pássaros, refúgio perfeito para as aves, assim como o píer antigo em Punta Arenas

Solitário, um lobo-marinho parece observar nossa passagem pela Ilha dos Lobos

Turismo Patagônia

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A trilha para a base das torres revela cenários deslumbrantes, que merecem a pose da foto que será guardada como recordação

memória dos desbravadores, é íngreme. O próximo desembarque, ainda no mesmo dia, é na Baía Wulaia, um dos maiores assentamentos Yámanas na região. Um pequeno museu conta toda a história deste povo e também do desembarque de Charles Darwin e do capitão Fitz Roy neste lugar, durante a sua viagem a bordo do HMS Beagle.

Os botes que partem do navio pelo Fiorde Alakaluf seguem em direção aos Glaciares Piloto e Nena. No caminho, cascatas de degelo descem montanha abaixo desaguando do mar. Logo surgem à nossa frente o Glaciar Nena e, à esquerda, o imponente Glaciar Piloto. A imensa massa gelada alterna sua cor originalmente branca com um azul intenso ao receber a luz do sol.

A caminhada de 18 quilômetros que segue até a base das torres é puxada, mas extremamente gratificante

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localizados principalmente em volta da Plaza de Armas ou Praça Muñoz Gamero. É onde está o famoso monumento erguido em homenagem a Fernão de Magalhães. Diz a cultura local que quem passa a mão ou beija os pés do índio selknam que compõe a escultura vai voltar à Patagônia. Caminhar pela orla marítima é um passeio gostoso. A visita ao Museu Salesiano é imperdível, um dos mais importantes museus da Patagônia.

Parque Nacional Torres del PainePartindo de Punta Arenas, são quase cinco horas de viagem até Torres del Paine. Ficar hospedado dentro do parque é a melhor das opções. Uma delas leva você aos refúgios – baratos, mas desconfortáveis. Há também hosterias, mas a melhor opção é o hotel cinco estrelas com vista para o nascer do sol e para o maciço Paine. Estar próximo de todas as trilhas e belezas naturais do parque, dispor de guias experientes, spa pós-caminhada ou cavalgada, palestras, alta gastronomia e luxo, são daquelas coisas na vida que não têm preço.

Caminhadas, cavalgadas e o churrasco no QuinchoSão muitas as opções para explorar o parque, em 250 quilômetros de trilhas com a vista dos maciços da cordilheira Paine. Há duas expedições que partem com objetivo de avistar o famoso Glaciar Grey: por uma caminhada de 12 quilômetros que o leva até bem perto do glaciar, de onde se pega um barco e vai até sua base, voltando pela praia. Para os menos dispostos, uma travessia de barco e uma caminhada curta até a

Um dos desembarques mais esperados é na Ilha Magdalena. O motivo: pinguins. Antes de desembarcar, as recomendações: como estávamos invadindo o ambiente dos pinguins, que nesta época estão cavando seus ninhos, deveríamos caminhar devagar e de forma alguma tocá-los ou perturbá-los. A trilha segue até o farol da ilha. O próximo desembarque, no porto de Punta Arenas, encerra a viagem a bordo do Via Australis.

Punta ArenasA cidade está situada às margens do Estreito de Magalhães e foi o mais importante porto de navegação entre os Oceanos Atlântico e Pacífico até a abertura do Canal do Panamá. A arquitetura do centro histórico reflete a influência europeia nas chamadas “casas patrimoniales”, edifícios antigos restaurados,

Com um bote inflável é possível chegar perto do Glaciar Piloto

Pequena pausa no percurso para apreciar o Lago Fagnano, suas pedras e troncos retorcidos

Turismo Patagônia

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Cores da Senda dos Aonikenk revela o contraste colorido das flores da região e o branco do gelo que cobre as montanhas

praia de onde se avistam grandes icebergs e, de longe, o glaciar. Ao fim da trilha, embarque em direção ao Glaciar Grey – majestoso.

A caminhada de 18 quilômetros que segue até a base das torres é puxada. Longas subidas, ventos fortes pedras e barro. Inesperadamente, as três gigantes torres de granito surgem à sua frente, abaixo delas, um lago azul-esverdeado formado pelas águas que derretem dos glaciares. O conjunto é, sem dúvida, um dos lugares mais formosos da Terra. Apenas seis quilômetros de caminhada levam ao mirante do Lago Nordenskjold e sua água verde-esmeralda. O Sarmiento é o maior lago do parque. O percurso é de apenas quatro quilômetros. Suas águas de um azul intenso são margeadas por trombolitos, uma formação de carbonato cálcio que confere ao lago uma beleza especial. A caminhada pela Senda dos Aonikenk é de pouco mais de sete quilômetros. A trilha prossegue por espaços abertos com vistas panorâmicas até chegar às paredes rochosas que guardam inscrições rupestres dos aonikenks, habitantes primitivos desta região.

Há muitas opções para quem gosta de cavalgar, para iniciantes e também para quem prefere uma experiência mais intensa. As cavalgadas atravessam lagos e pampas e, em praticamente todas elas, avista-se a cordilheira Paine. No último dia, todos se reúnem para um churrasco no Quincho (uma espécie de rancho) do Explora, para uma grande

A viagem também faz bem ao estômago, um exemplo é o churrasco preparado à moda patagônica

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Seja da janta do hotel ou à bordo do navio Via Australis, é impossível não respirar mais fundo diante de tanta beleza natural

confraternização. O cordeiro preparado à moda patagônica é a grande vedete, mas não faltam opções para quem não come carne, ou prefere um frango, ou um peixe. Já ouvimos falar muitas vezes que a comida une os povos, nada mais verdadeiro. Ali se juntaram cristãos, árabes, judeus, ateus e gente dos cinco continentes, todos compartilhando o mesmo

Onde ficarCilene del Faro Suites & Spa www.cilenedelfaro.com Hosteria Rosa de los Vientos www.hrosadelosvientos.com.arBed & Breackfast La Casa de Tere www.lacasadetere.com.ar Hotel Plaza www.hotelplaza.cl Salto Chico www.explora.com

Onde cOmerRestaurante Tia Elvira www.tiaelvira.com

Gustino Restaurante www.gustino.com.ar Maria Lola Resto www.marialolaresto.com.ar

agências de turismO e passeiOsTolkeyen Patagonia www.tolkeyenpatagonia.com Pira Tour www.piratour.com.ar Cerro Castor www.cerrocastor.comMuseu Marítimo e Presídio www.museomaritimo.com Trem do Fim do Mundo

www.trendelfindelmundo.com.arTravessia Marítima Ushuaia - Punta Arenas Cruceros Autralis www.australis.com Agência de Turismo Vivaterra www.vivaterra.com.br

dica de viagem - partindO de sãO paulO Uma das boas dicas para quem viaja a partir do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos: deixar o seu carro no estacionamento Voe Park, que fica bem perto do aeroporto e oferece traslados gratuitos 24 horas por dia. www.voepark.com.br

espaço, trocando gentilezas e experiências e, claro, aproveitando as delícias da culinária patagônica.

As atividades no Parque Torres del Paine são intensas e extremamente gratificantes. A experiência desta viagem à Patagônia vai nos acompanhar por muito tempo, dando-nos bons motivos para voltar à rotina com “outros olhos”. S

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Laguna San RafaelA beleza da Patagônia Chilena e o prazer único de estar perto do gelo Texto e fotos: Rafaella Malucelli

Turismo CRuzeiRo

O navio Mare Australis, nossa casa durante cinco dias

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Vulcão Osorno, ainda mais bonito visto dos Lagos Andinos

Localizada nos canais do Pacífico, que compreendem a zona litorânea de Aysén, ao extremo sul do Chile, a Laguna San

Rafael é um dos destinos mais belos da Patagônia Chilena. Lá está o glaciar com o mesmo nome da laguna e todo um complexo de beleza natural com montanhas, geleiras e mar, que formam o maior parque nacional da região, área protegida desde 1959.

Por glaciar entende-se uma massa de gelo que se desloca lentamente das montanhas por ação da gravidade, estendendo-se por quilômetros. O Glaciar San Rafael possui uma extensão de 1.742.000

hectares e faz parte do Campo de Hielo Norte considerado Reserva Mundial da Biosfera desde 1979.

O roteiroA expectativa para chegar era grande. Não apenas nossa, mas também dos cerca de 70 passageiros

que pela primeira vez fariam o roteiro Castro-San Rafael a bordo do navio Mare Australis, nossa casa nos próximos cinco dias.

Partimos de Puerto Varas, uma encantadora cidade quase divisa com a Argentina, rumo a Castro, capital da Ilha de Chiloé, onde seria feito o embarque na região dos lagos chilena. Logo na chegada não restavam dúvidas sobre a principal atividade econômica da região: o

cultivo do salmão, que faz do Chile o segundo maior produtor do mundo.

A cidade de Castro é a mais antiga da Ilha de Chiloé, foi fundada em

A Laguna San Rafael é um dos destinos mais belos da Patagônia Chilena

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1567 para servir de base para os jesuítas evangelizarem os indígenas da região patagônica. Em toda ilha existem cerca de 300 igrejas, sendo 30 consideradas patrimônios nacionais e outras 16 tombadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

A bordo do Mare AustralisEnfim embarcamos. Os passageiros eram em maioria chilenos, alguns brasileiros, alemães, espanhóis e peruanos. Depois de uma noite a

bordo, chegamos ao nosso primeiro destino: Ilha Jéchica, reserva natural privada. Fizemos uma caminhada para visualizar do alto do morro os fiordes que compõem a região e em seguida saboreamos um almoço com o tradicional cordeiro al palo. Lá há estruturas de cabanas e um píer que abrigam a Jéchica Marina y Refugio. Em estilo rústico, mas sofisticado, na alta temporada a ilha é procurada por famílias e casais em busca de tranquilidade e contato com a natureza.

Após uma tarde regada ao bom vinho chileno, levantamos âncora para amanhecer no ponto alto da viagem, a Laguna San Rafael. Logo cedo, ao abrir a janela do quarto do navio, a paisagem já havia modificado. Blocos de gelo de um

azul-turquesa coloriam a verde paisagem, contrastando com o céu que insistia em ficar nublado.

Tocando no glaciarAncoramos próximos a um dos destinos mais bonitos que a natureza pode proporcionar. Um véu de gelo que paira sobre a água e forma um complexo de beleza incrível: montanhas, mar e um paredão imponente de gelo milenar. Em botes chegamos mais perto do Glaciar San Rafael com a possibilidade de tocá-lo.

No retorno ao navio fomos recepcionados pela tripulação

para brindar com o tradicional uísque com gelo milenar recolhido da laguna ou então um chocolate quente para esquentar. À noite retornamos à nossa rota, desta vez regressando pela baía de Tic Toc para, então, pararmos em Chaitén, uma pequena ilha devastada pela erupção de um vulcão em 2008. Atualmente pouco mais de mil pessoas habitam o local que possui um dos grandes tesouros naturais do Chile, o Parque de Alcaces, uma espécie de árvore que leva cerca de quatro mil anos para chegar ao seu tamanho ideal, podendo alcançar 42 metros de altura e até 7 metros de diâmetro, muito utilizada antigamente para a construção de canoas e casas por ter sua casca impermeável, uso que a condenou à extinção.

Turismo Cruzeiro

A cada parada do navio, uma oportunidade de apreciar o visual e conhecer um pouco da história da região

Detalhes da vegetação local e do cultivo de Salmão, que faz do Chile um dos maiores produtores do mundo

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Dentro do navioDepois de quatro noites e cinco dias navegando pelos canais e belas paisagens da região dos lagos chilena, retornamos a Castro. O Mare Australis, navio da companhia chilena Navimag Cruceros, possui cabines amplas e confortáveis. As áreas comuns compreendem salão de chá, sala

de jogos, restaurante e o salão de atividades com bar, além do terraço superior externo. O menu do chef foi a grande estrela do serviço de bordo que conquistou os mais diferentes gostos com pratos típicos, cozinha internacional e uma variedade incrível de sobremesas. Uma expedição em alto estilo.

Parada em Puerto VarasAntes e depois do cruzeiro a estadia na charmosa cidade de Puerto Varas funciona como uma parada estratégica. Com uma estrutura hoteleira e gastronômica impecável e a vista para o Vulcão Osorno, a cidade colonizada por alemães oferece o melhor para casais e famílias e divertidas

Logo cedo, ao abrir a janela do quarto do navio a paisagem já havia se modificado

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Turismo Cruzeiro opções de aventura na neve e na água.

Vale passar o dia na florida e musical cidade de Frutillar, com os seus famosos jardins. Se der sorte de pegar uma época ensolarada, a subida até o topo do Vulcão Osorno também é indispensável, seja para praticar esportes de neve, seja apenas para apreciar a fantástica vista na subida feita por um teleférico. O visual formado pelo terceiro maior lago da América Latina de água doce, o Llanquihue, por vales e pela cordilheira é inesquecível.

Há também o passeio no catamarã Cruce Andino, que faz a rota do Lago de Todos os Santos ou Esmeralda, pela Cordilheira dos Andes com vista para os vulcões Osorno e Pontiagudo, até a Ilha de Peulla, divisa com a Argentina e caminho para Bariloche, um grande Parque Nacional com hotel cinco estrelas e cenário de tirar o fôlego. S

Subindo até o topo do vulcão Osorno, divertidas opções de aventura na neve

Navimag www.navimagcruceros.clCruce Andino www.cruceandino.comCTS Turismo www.chileantravelservices.com

onde fiCarHotel Cumbres Patagônicas www.cumbrespatagonicas.clHotel Cambaña del Lago www.cabanasdellago.clHotel Patagônico www.hotelpatagonico.clHotel Solace www.solacehotel.clHotel Natura Patagônia www.hotelnatura.clHotel Colonos del Sur www.colonosdelsur.com.br

SERVIçOS

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A beleza na sua forma mais segura e confortávelConheça o Etna 25’. Lançamento oficial no São Paulo Boat Show

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Barco preparado e velas içadas, partimos rumo à Baía de Todos os Santos. Passamos pela Ilha de Maré, Ilha dos Frades e Igreja do Loreto, onde

pensávamos em pernoitar. Mas, como a velejada estava agradável, traçamos o rumo e continuamos velejando, entretanto algo não condizia com as informações da carta náutica. Percebemos que um banco de areia havia se deslocado bastante, pois a cor da água estava diferente e o mar mais agitado. Um aviso aos velejadores pouco experientes, nunca confie completamente nas cartas náuticas e sempre se mantenha atento à navegação. Como não havíamos programado essa velejada, tivemos que lutar contra a forte correnteza, um preço que

pagamos pela mudança de planos, mas que valeu pelos momentos agradáveis e pela beleza da região. Chegamos a Maragojipe com o sol se despedindo.

Explorando a região de Maragojipe e Recôncavo BaianoDesembarcamos as bicicletas no píer flutuante e fomos conhecer a cidade numa pedalada leve. Pela frente tínhamos um píer com quase 350 metros de extensão, uma obra muito bonita, por onde transitam pequenos carros, motos, bicicletas e carroças. Ficamos impressionados com a cultura esportiva dos moradores. Todos os dias, e foram muitos dias que ficamos ancorados próximos ao píer, vimos pessoas se exercitando. Desde aposentados a jovens, que também aproveitam o fim do

dia para mergulharem. Um local pequeno, mas muito festivo e cheio de vida e alegria. j

Velejando e pedalando pela Baía de Todos os SantosA aventura dessa edição começa logo após nossa participação na Regata Aratu-Maragojipe, com direito a alguns dias de folga no Aratu Iate Clube, tempo suficiente para a revisão do barco para as próximas travessiasPor Felipe Caire

ExpEdIção Mistralis

No desembarque, pedaladas para conhecer a região

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Maré baixa em Maragojipe. Pose para foto com os amigos suíços. Boas-vindas do pôr do sol em Maragojipe

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baixa, com maré cheia a água toma conta da faixa de areia e lama.

No dia seguinte resolvemos fazer uma pedalada mais longa e cansativa. Logo no começo, um sinal da dificuldade. Uma placa de boas-vindas e volte sempre

nos recebia com uma bela subida. A pedalada toda segue próxima ao Rio Paraguaçu e podemos ver a forte movimentação das embarcações locais. Um cenário muito bonito, mas ao mesmo tempo muito quente.

Depois de percorrermos 25 quilômetros chegamos à cidade de Cachoeira. Com as bicicletas, nós nos sentimos livres e conseguimos percorrer grandes distâncias sem termos que nos preocupar em pegar alguma condução. Cachoeira transborda história por todos os

Quase todas as ruas são de paralelepípedos com muitas subidas e descidas. Uma cidade que ainda preserva suas tradições, tanto na pesca quanto na agricultura. Por todos os lados, pescadores em canoas movidas a vela e remo, saveiros de pena transportando mercadorias entre Salvador e a cidade de Coqueiros.

Na Baía de Maragojipe, encontramos fundeados alguns veleiros, a maioria de estrangeiros. Fizemos amizade com um casal de suíços que deixou sua vida atribulada e foi velejar pelo mundo. Somente em Maragojipe, eles passaram mais de 45 dias, prova de como o local é aprazível. Com nossos novos amigos, que também levam a bordo suas bicicletas, fomos visitar a Praia do Pina, um local com vários quiosques que oferecem um pouco da culinária local. Uma pedalada tranquila pela cidade e alguns quilômetros de estrada de terra pela frente. A Praia do Pina existe apenas quando a maré está

lados. Ao pedalarmos, deparamo-nos com o autêntico estilo colonial da cidade, refletido nas praças, nas ruas, nas diversas ladeiras, casas e monumentos. Cachoeira recebeu o título de Cidade Monumento Nacional e pudemos comprovar seu

merecimento na exuberância dos sobrados que mostram a riqueza da época da nobreza do Brasil Império. Conhecemos as duas fábricas de charutos da região, o Museu Hans Bahia e diversos outros ateliês e pontos históricos das duas cidades divididas apenas por uma bela ponte de ferro de mão única.

Depois de visitarmos as cidades de Cachoeira e São Félix, compramos algumas lembranças e comidas típicas antes de voltar. Hans Peter, nosso amigo suíço, colocou as três bicicletas no

Com as bicicletas, conseguimos percorrer longas distâncias sem a preocupação de pegar alguma condução

ExpEdição Mistralis

Pausa nas pedaladas para curtir a cachoeira do Rio Cachoeirinha e vista panorâmica da cidade de Cachoeira

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táxi e voltou acompanhando as mulheres. Eu regressei pedalando e lutando contra o sol, o asfalto quente e as diversas subidas. Chegando novamente ao barco, hora de descansar.

No dia seguinte fomos à feira semanal da região, compramos tudo de que precisávamos e abastecemos o barco para mais

uns bons dias. Aproveitamos e fomos conhecer o artesanato local. Descansamos cedo e preparamo-nos para mais um dia de exploração pela região, dessa vez pelo mar. Recebemos o casal suíço, levantamos a âncora, içamos a vela e pela frente teríamos como destino o Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, o primeiro

a ser estabelecido no Brasil pela congregação franciscana. Sua construção teve início em 1649 e seu interior era repleto de obras de arte. No convento funcionou um noviciado e um pequeno hospital. Em 1855 o Império proibiu a admissão de noviços. Depois o convento foi abandonado e fortemente espoliado. Somente j

A bordo do veleiro Mistralis passamos ao lado da Igraja de Nossa Senhora do Loreto. Já em Iguape, preparamo-nos para fundear

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margem esquerda do rio. Sempre com profundidades acima dos 3,5 metros. Depois de fazermos uma curva acentuada, deparamo-nos com uma enorme igreja, fundeamos o Mistralis em frente e fomos explorar a região a pé.

Iguape é uma pequena vila de pescadores e agricultores locais. O que mais chama a atenção é a Igreja Matriz de Santiago do

Iguape, uma construção que nunca chegou a ser concluída. Fato que pode ser comprovado ao visitarmos o seu interior. Possui um pé-direito impressionante, no seu interior sentimo-nos pequenos ao olharmos para o teto. Ainda no interior da igreja encontramos uma lápide do major Manoel Francisco Ramos Barreto, condecorado com a medalha da

em 1941 o imóvel foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que tem realizado trabalhos de conservação e restauração das imagens. Um lugar com uma energia muito forte e uma beleza que só pode ser comprovada pessoalmente.

Mais uma vez mudança de planos, e resolvemos nos aventurar subindo o rio. Agora já não contávamos com nenhuma carta náutica local e subimos o rio com a experiência adquirida em anos de navegação. Até Santiago do Iguape, tínhamos pela frente pouco mais de 5 milhas náuticas, que foram percorridas tranquilamente costeando a

guerra da Independência, um monumento marcante para os visitantes. Depois de visitarmos a região, levantamos a âncora e nos despedimos de nossos amigos. Agora era hora de nos prepararmos para continuarmos com nossas travessias oceânicas pelo Brasil e recebermos nossos tripulantes.

Esses dias que passamos em Maragojipe, pedalando, velejando e caminhando pela região foram nossas merecidas férias desde 2008 quando terminamos a reforma do veleiro Mistralis e retomamos nossas atividades no mar: cursos de vela, treinamentos empresariais e travessias oceânicas. Pela frente, algumas centenas de milhas até o Recife, caminho até Fernando de Noronha, assunto para a próxima edição. S

ExpEdição Mistralis

Para saber mais detalhes dos locais visitados e conhecer nossos próximos passos, visitem nossa página na internet: www.mistralis.com

Convento de Santo Antônio do Paraguaçu. Ao lado, a pureza de um pescador da região estampada em um sincero sorriso

Navegando, pedalando ou caminhando, percorremos mais uma etapa de nossas travessias, conhecendo as belezas do Brasil

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O projeto Desafiando o Rio-Mar, de Hiram Reis e Silva, reúne suas grandes paixões: a Amazônia e a

canoagem. Com 60 anos de idade, Hiram é coronel da reserva de Engenharia do Exército, professor do Colégio Militar de Porto Alegre e palestrante consagrado em assuntos relativos à Amazônia brasileira. Seu projeto tem o objetivo de planejar e executar expedições

de caiaque pela Bacia Amazônica. Para viabilizar e percorrer toda essa extensão, ele foi dividido em cinco etapas, a serem realizadas entre os meses dezembro e janeiro, durante o período de férias escolares, de 2008 a 2012. Até agora, mais de 3.500 quilômetros foram percorridos, entre os Rios Solimões, Negro e parte do Amazonas.

“O projeto não é apenas uma descida de caiaque, visa a conhecer as peculiaridades locais, observando e analisando história, flora, fauna, hidrografia e povos da floresta”, comenta Hiram. “O esforço exigido diariamente, que causa espanto a tantos, foi minuciosamente planejado, levando em conta a velocidade da correnteza, o desempenho do

caiaque, locais de parada, etc. Porém, o mais importante numa empreitada dessa natureza é o preparo psicológico para, ao final do deslocamento, ser capaz de continuar com as atividades de pesquisa nas comunidades locais. A missão não é somente remar, mas interagir e aprender com a selva, com o rio e a população ribeirinha.”

1.790 quilômetros, de Porto Velho a SantarémA descida do Rio Madeira teve início dia 22 de dezembro, com duração de aproximadamente um mês até a sua foz. Da foz do Madeira até Santarém serão mais dez a doze dias de viagem. “Na próxima expedição serei acompanhado pelo meu filho

Desafiando o Rio-MarUma aventura de caiaque nos caudais da Bacia AmazônicaPor Felipe Caire

ExpEdição Caiaque

De caiaque pela Bacia Amazônica. Pesquisa e aventura

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João Paulo. Um percurso de quase 2 mil quilômetros exige uma preparação muito grande. Mais do que o treinamento físico, deve-se estar em condições de permanecer quase oito horas por dia dentro do espaço restrito de um caiaque. A cada quatro ou cinco dias encontraremos pequenas cidades onde realizaremos pesquisas e aproveitaremos para descansar de dois a três dias, dependendo do material que pode ser coletado. Além do treinamento no Rio Guaíba, barragens, lagunas litorâneas e Laguna dos Patos, realizamos descidas no Rio Camaquã preparando-nos para a grande jornada.”

O desafio em etapasA primeira etapa do projeto, realizada em dezembro de 2008, foi a descida do Rio Solimões, que resultou na edição do livro Desafiando o Rio-Mar: Descendo

o Solimões. A segunda etapa, em 2009, foi a descida do Rio Negro. A terceira etapa, em 2010, foi a descida do trecho do Rio Amazonas de Manaus a Santarém. A quarta etapa iniciada este ano será a

decida do Rio Madeira e trecho do Amazonas, de Porto velho a Santarém. E a última etapa, em 2012, terá início em Santarém e conclusão em Belém – totalizando os 6.170 quilômetros planejados. S

1ª Fase - dez. 2008/jan. 2009 - Tabatinga j Manaus = 1.700 km2ª Fase - dez. 2009/jan. 2010 - S.G.C j Manaus = 953 km3ª Fase - dez. 2010/jan. 2011 - Manaus j Santarém = 953 km4ª Fase - dez. 2011/jan. 2012 - Porto Velho j Santarém = 1.790 km5ª Fase - dez. 2012/jan. 2013 - Santarém j Belém = 876 km

Ao longo do trajeto minuciosamente planejado, Hiram conhece as peculiaridades locais

Etapas do projEto

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Comprar barcos, lanchas, jet skis pode não ser mais um sonho de consumo tão distante. Há cerca de dois anos,

algumas empresas, aproveitando o crescimento da área de bens náuticos no país — o setor náutico tem perspectiva de crescimento de 10% ao ano —, começaram a investir nos consórcios de embarcações náuticas. A modalidade ainda é pouco praticada no Brasil, mas promete tornar-se um mercado bastante promissor.

De olho nesse mercado, a Racon Consórcios lançou em 2009 um consórcio para esses bens. Segundo o gerente da Racon Florianópolis, Jorge Bof, há um grande espaço para o crescimento desse segmento, principalmente em Santa Catarina. A unidade catarinense comercializa em média R$ 600 mil em créditos para veículos náuticos por mês. “Estamos conseguindo ganhar a confiança deste público consumidor e as expectativas são animadoras”, avalia Jorge.

Um sonho de consumo ao seu alcance

Consórcios náuticos surgem como uma nova possibilidade de adquirir barcos e lanchas sem os juros do financiamentoPor Amanda Kasecker

ConsórCio Náutico

A ausência de taxas de juros elevados torna o preço final do produto mais baixo

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A grande vantagem dos consórcios, segundos os representantes do ramo, é a ausência de taxa de juros, que torna o preço final do produto mais baixo do que por meio de financiamento. Isso porque no consórcio é cobrada apenas uma taxa de administração e uma taxa de adesão. Essa característica também acaba sendo atrativa para aqueles consumidores que já dispõem de um barco e pretendem apenas trocá-lo por um mais novo.

A Unilancer é outra administradora que aposta no segmento e recentemente firmou

uma parceria com a YachtBrasil para atender à demanda do público que mais tem se interessado por esses consórcios: o AAA. “Os consórcios de barcos realmente estão sendo feitos por empresários bem-sucedidos com família ou por altos executivos que buscam um lazer com caráter de exclusividade

e de alto status”, conta Élcio Monteiro, diretor do Consórcio Unilancer em São Paulo.

Richard Euest, supervisor da área comercial da Embracon Consórcios, também confirma que até o momento quem procura se informar sobre os consórcios náuticos é um público que procura lazer e

Consórcios estão sendo feitos por empresários bem-sucedidos e com família

A modalidade ainda é pouco praticada no Brasil, mas promete tornar-se um mercado bastante promissor

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Jet ski é uma das modalidades mais procuradas

a dar um alto valor para levar a bolada, ou então pelos sorteios, que alimentam a esperança mês a mês de quem tem seus pagamentos em dia.

Como adquirir um barco através de um consórcio? As cotas são individuais, podem ser compradas por empresas ou pessoas e dão direito a uma carta de crédito. O consórcio náutico funciona como os consórcios tradicionais de carros ou imóveis, já conhecidos entre os brasileiros. Forma-se um grupo com um objetivo em comum e através do pagamento da parcela mensal dos

diversão. “As grandes empresas que trabalham com pesca, por exemplo, ainda não estão tão atentas a isso, mas é uma alternativa bastante interessante. Só depende de uma programação”, pondera.

Entre as embarcações mais procuradas pelo consumidor em busca de lazer, o diretor da Unilancer afirma que o maior volume está na faixa que varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Porém, existem cotas dos mais variados valores.

A contemplação do consórcio pode ser feita por meio de lances, quando o consorciado se dispõe

participantes são entregues os bens, por contemplações através de sorteio ou lance. Há algumas administradoras de consórcio que dispensam a necessidade de se formar um grupo fechado específico para a compra de um barco, por exemplo. Fecha-se apenas um valor total e, quando contemplado, o consumidor pode adquirir o bem que desejar, desde carros até barcos.

As condições de pagamento geralmente vão de 60 a 120 meses (5 a 10 anos). Para entrar em um grupo, o consórcio cobra uma taxa de administração que varia conforme o número de meses e o valor total do bem – geralmente entre 12 e 15%. Alguns grupos também possuem uma taxa de adesão, diluída nas 10 primeiras parcelas, que gira em torno de 1,5%. S

As condições de pagamento geralmente vão de 60 a 120 meses (5 a 10 anos)

consórcio Náutico

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Barcos com a cara do verão

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Conversamos com 11 estaleiros que nos apresentaram 23 lanchas para diversão, passeio e lazer. Alguns dos melhores barcos fabricados no Brasil, ideias para quem pretende entrar em alto estilo no mundo náutico. Por Amanda Kasecker, Marcelo Buda e Thaís Zago

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Uma lancha pequena de proa aberta é aquele típico barco de passeio na faixa dos 17 pés aos 26 pés, com capacidade para até 12 pessoas, geralmente projetado para uso recreativo e que tanto vemos pelos rios, lagos e costa

do Brasil. São embarcações que não possuem cabine, mas uma área de estar na proa com assentos na frente do posto de comando. Para a prática de diversos esportes náuticos, como esqui aquático, wakeboard, entre outros, são os mais adequados. Embora os modelos disponíveis no mercado nacional possam parecer muito semelhantes, cada um tem suas especificações e vantagens. O diferencial está nos detalhes.

Emoção a bordoO prazer de pilotar uma lancha de proa aberta é valorizado por causa da proximidade do barco com a água. A poucos metros acima da superfície, a sensação de velocidade é maior e, quando habilmente navegado

através das ondas, as manobras proporcionam ainda mais emoção. A visão do piloto é excelente, e os passageiros da proa podem olhar para a frente sem qualquer obstrução. Navegar como passageiro acomodado na área da proa é também uma sensação muito agradável, pois permite aos tripulantes desfrutar de uma brisa num passeio tranquilo ou viver momentos de adrenalina, dependendo da velocidade e das manobras.

Para a prática de diversos esportes náuticos, como esqui aquático, wakeborad, entre outros, são os mais adequados

A poucos metros da superfície, a sensação de velocidade é ainda maior

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O primeiro barcoDe acordo com as estatíticas do mercado, uma lancha de proa aberta com até 26 pés é o primeiro barco do brasileiro que decide fazer a sua estreia no mundo náutico. Como existem muitas opções no mercado, a escolha de modelo e fabricante nem sempre é fácil. O primeiro passo é definir suas prioridades, selecionar alguns estaleiros e conhecer suas linhas de produção. O tamanho e o estilo do barco vão depender muito do valor disponível para investimento e, até mais importante do que isso, para qual função a sua primeira embarcação será destinada.

Às vezes um barco mais atraente, e mais caro, pode não atender ao fim que se deseja. Alguns modelos são projetados para navegar com mais velocidade, enquanto outros são mais destinados a passeios

casuais. Em todos os casos, os projetos de barcos de proa aberta são adaptados para navegação em águas abrigadas, rios ou lagos, não podendo ser utilizado em oceano aberto. j

O primeiro passo é definir suas prioridades, selecionar alguns estaleiros e conhecer suas linhas de produção

Navegar como passageiro acomodado na área da proa é uma sensação muito agradável

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Opções de escolhaPara passeios em águas abrigadas, o conforto do passageiro é muito importante, portanto a lancha deve ter muitos assentos. Um barco bem equipado inclui itens como assentos acolchoados, para-brisa, capota removível, equipamento de som, geladeiras, pia, mesinha de apoio, suporte para copos, plataforma de popa com escada, chuveiro de água doce, entre outras características que são planejadas para melhorar o conforto dos passageiros.

O que difere mesmo uma escolha de outra é para qual função o barco será utilizado. Esquiadores de água em lagos, por exemplo, podem apreciar as lanchas menores, que produzem ondas do tamanho ideal para o esporte. Modelos maiores são capazes de navegar em

ondulações com facilidade, sendo os preferidos para costa ou grandes lagos. Há ainda aqueles que priorizam o máximo aproveitamento de espaço para tripulantes, com bom comprimento e proa arredondada, permitindo muitas pessoas a bordo.

O projeto do casco de um barco é desenhado em função de como a embarcação será utilizada e do tipo de água em que irá navegar. Para águas abrigadas com ondulações, o ângulo no V do casco não precisa

O que difere mesmo uma escolha de outra é para qual função o barco será utilizado

Ideal para passeios curtos ou prática de esportes como forma de lazer

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ser grande. Lanchas pequenas de proa aberta têm, normalmente, V moderado, entre 17 e 21 graus, o que garante estabilidade e desempenho sem a necessidade de um motor potente.

Vantagens da proa aberta É comum encontrar versões de uma mesma lancha nos modelos de proa aberta e proa fechada. Uma lancha de 26 pés na versão proa fechada, por exemplo, custa mais caro – em torno de 20 a 30%. Além disso, o custo de manutenção é maior. Como o peso médio é de 400 kg a mais do que na versão de proa aberta, exige motor mais potente e maior consumo de combustível.

Se a sua opção é por uma lancha para navegar em águas tranquilas, passeios curtos ou prática de esportes como forma de lazer, a pergunta é: vale a pena levar 400 kg a mais toda vez que for passear ou é melhor ter mais espaço para circulação e para um número maior de passageiros? Para navegar em família ou uma turma grande, o espaço extra na proa oferece assentos para até três pessoas ou mais, sem comprometer o conforto dos demais. Vale lembrar que o limite de pessoas a

bordo é regulamentado pelo peso do barco e não pelo número de assentos disponíveis.

Um leque de opçõesConversamos com representantes de 11 estaleiros nacionais, que nos apresentaram 23 opções de lanchas de proa aberta disponíveis no mercado. Uma grande lista de barcos com soluções interessantes, para navegar nesse verão aproveitando o sol. Escolha o seu, entre em contato com o estaleiro, faça sua avaliação e seja bem-vindo ao mundo das águas. Com tempo bom, bom mesmo é navegar! j

Mais espaço para circulação e para um número maior de passageiros

O projeto do casco é desenhado em função das condições de água em que o barco vai navegar

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A 230 Classic é um modelo elegante, com para-brisa alongado e casco step turbo que garante maior desempenho e agilidade

Forte apelo visualHá 31 anos a Phoenix fabrica embarcações de esporte e lazer de variados tipos. O estaleiro destaca-se pela capacidade e profissionalismo na produção de barcos com forte apelo visual, avanço tecnológico e conceitual. Hoje é um dos maiores produtores de barcos do Brasil, buscando tecnologia de ponta no mundo, eficácia de produção e otimização dos custos das embarcações. A linha de proa aberta da Phoenix conta com cinco opções: a 190 Plus, a 195 Platinum, a 230 Plus, a 230 Classic e a 235 Platinum. www.phoenixboats.com.br j

A linha de proa aberta da Phoenix conta com cinco opções: 190 Plus, 195 Platinum, 230 Plus, 230 Classic e 235 Platinum

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A 190 Plus tem estilo esportivo e é bastante econômica devido a seu casco step turbo

A 235 Platinum tem diferenciais exclusivos, como para-brisa de vidro temperado e bordas acolchoadas

A 195 Platinum tem uma boa plataforma de popa, ideal para conciliar passeio com a prática de esportes radicais

CaPa PROa aBERTa PhOENIx BOaTs

A 230 Plus é um modelo para esqui e wakeboard, com motor de popa que garante maior velocidade e aceleração

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A Ventura 175 tem capacidade para sete pessoas e, com o costado mais alto, proporciona maior segurança

Espaços valorizadosO Estaleiro Ventura tem um repertório de quatro lanchas de proa aberta que estão entre as mais conceituadas do Brasil: a 175 Confort, a 195 Confort, a 230 G2 e a 250 Confort. Entre elas, um destaque em comum: o excelente aproveitamento de espaço interno, incomum em barcos de sua categoria.www.lanchasventura.com.br j

O repertório de proa aberta da Ventura apresenta quatro lanchas: 175 Confort, 195 Confort,230 G2 e 250 Confort

Capa pROa aBERTa VENTURa MaRINE

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Capa pROa aBERTa VENTURa MaRINE

O modelo 230, que já ganhou a versão G2 com excelente navegabilidade, tem um ótimo comprimento e um grande solarium de popa

A 195 Confort, um dos barcos mais vendidos no país, tem diversos itens de série e capacidade para oito pessoas

A Ventura 250, homologada para 12 pessoas, conta com banheiro, escada de acesso na popa e na proa e solário de popa rebatível com passagem central para embarque

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Projeto pensado para oferecer o máximo de conforto, potência e navegabilidade para uma embarcação deste porte

Design consagradoLançada em 2009 pelo estaleiro catarinense Schaefer Yatchs, a Phanton 260 Open é uma lancha com todas as características da versão cabinada, mas preparada para o uso em locais mais quentes. Com a proa aberta, pode ser utilizada em toda a sua extensão e acomoda até oito pessoas. O barco segue o design moderno que consagrou os modelos de 30 e 36 pés, tem excelente navegabilidade e ótima qualidade construtiva.www.schaeferyachts.com.br

A Phanton 260 Open é um barco leve e rápido, perfeito para as águas brasileiras

Capa pROa aBERTa SChaEfER YaChTS

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Capa pROa aBERTa Way BRasIl

Barco de estreia do estaleiro paranaense inspirou toda a linha da marca Triton

A primeira da família TritonDesde 1984 investindo em conforto, segurança e potência, o estaleiro paranaense Way Brasil tem uma lancha de passeio que há muito tempo faz sucesso em águas brasileiras, a Triton 200 Open. Foi o primeiro barco da linha Triton do estaleiro, que deu origem a outros que seguiram suas características de qualidade e desempenho.www.waybrasil.com j

O projeto da Triton 200 foi colocado em prática no ano 2000, marcando uma nova fase da Way Brasil

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Com capacidade para nove pessoas, o modelo 235 é bastante indicado para ser o primeiro barco da família

Crescimento da marcaEm 2011 a Colunna completou 20 anos de atividades. Ao longo do tempo, as embarcações do estaleiro vêm crescendo. Dos jets skis e jet boats aos primeiros barcos produzidos, que tinham 18 e 20 pés e hoje chegaram à marca dos 43 pés. A versão de 23,5 pés de proa aberta é um dos modelos de maior destaque: a 235 Open.www.colunna.com.br

Lançada em 2008, a Colunna 235 Open é uma lancha de 23,5 pés com ótima navegabilidade, bom espaço interno e acabamento impecável

Capa pROa aBERTa COlUNNa YaChTs

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Capa pROa aBERTa LaNChas CORaL

Espaçosa e confortável, a Coral 21 tem dois divãs, mesa de centro e geleira com revestimento térmico

Lanchas woodfreeTodas as linhas dos barcos do estaleiro Coral têm o conceito de fabricação woodfree, que consiste em não usar madeira na fabricação. Este conceito também aperfeiçoa a navegabilidade, o espaço interno e o acabamento do casco e do convés. A Coral 21 é uma evolução da Coral 16 e tem capacidade para oito pessoas.www.lanchascoral.com.br j

Como em todas as embarcações do estaleiro, não se utiliza madeira na fabricação da Coral 21

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Na 225 Open diversos espaços foram melhor aproveitados e os estofamentos foram remodelados para dar um ar ainda mais esportivo ao acabamento

A 265 Open vem com banheiro fechado a bombordo de série e possui escada de acesso à proa

Ainda melhorCom 22 pés de proa aberta, linha arrojada e esportiva, a 225 Open é conhecida por seu casco de ótima navegabilidade. Há seis anos no mercado – inicialmente sendo fabricada pelo estaleiro Evolution e atualmente pelo estaleiro Ocean Life –, a lancha agora está com um visual interno totalmente novo e requintado. Outro modelo de proa aberta que surgiu com a Evolution e foi aperfeiçoado pela Evolve é a 265 Open, com novidades bastante interessantes.www.evolveboats.com.br

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Capa pROa aBERTa REal pOwER BOaTs

A Real 24 Class tem espaço de sobra para um bom passeio e ambiente bem aproveitado com diversos porta-objetos

Com 25 pés, a Real 250 sport acomoda dez pessoas e pode vir com acessórios opcionais como churrasqueira e TV LCD

Excelente aceitaçãoDesde 1986 o estaleiro Real Power Boats já vendeu mais de 9 mil barcos para todo o Brasil. Na categoria proa aberta são quatro modelos disponíveis, com destaque para dois deles: a Real 24 Class com bons sofás com porta-objetos e a Real 250 Sport, uma das lanchas mais comercializadas no mercado nacional. www.realpowerboats.com.br j

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Com perfil esportivo e excelente navegação, a Focker 205 apresenta detalhes exclusivos de série, como assento no degrau de acesso ao convés, console com porta-copos e rack para som

Familiar e esportivaO estaleiro catarinense Fibrafort também oferece boas opções para quem procura uma lancha de proa aberta. No total são três modelos: a Focker 190 Style, indicada para quem pratica esportes náuticos; a Focker 205, com espaço de convivência para oito pessoas; e a Focker 240, com compartimento no convés com opção para banheiro.www.fibrafort.com.br

Capa pROa aBERTa FIBRaFORT

A 190 Style, que já recebeu prêmios de destaque em sua categoria, leva até sete passageiros por águas abrigadas e pequenos percursos

A Focker 240, com espaçoso cockpit com capacidade para oito passageiros, é uma excelente opção para família e prática de esportes náuticos

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Capa pROa aBERTa ECOmaRINER

Destaque para a Ecomariner 25, cujo aproveitamento do espaço interno permite mobilidade aos passageiros

Conforto em passeiosA linha de construção das embarcações da Ecomariner começou em 1996, com um modelo de 14 pés. Hoje o estaleiro pernambucano produz barcos de diversos tamanhos – até 55 pés – e representa o Nordeste como um dos maiores fabricantes de embarcações do país. No segmento de proa aberta, a opção é a Ecomariner 25, uma lancha com boca larga que proporciona um bom planeio em água lisa.www.ecomariner.com.br j

A Ecomariner aposta no custo-benefício de suas lanchas, produzidas com alto padrão de qualidade

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72 PERFILNÁUTICO

Com espaço para nove pessoas, a FS 230 Sirena tem muitos acessórios, banheiro fechado, solário e a plataforma de mergulho com acesso facilitado à água

A FS 200 apresenta uma nova tendência de design, com a proa triangular, permitindo um grande aproveitamento de espaço e acomodação para até sete pessoas

Compactas com luxoEm 2011 o estaleiro catariense FS Yachts voltou às suas origens com o lançamento de compactas embarcações de luxo com motor de popa, feitas para navegação ágil e agressiva com baixo consumo e muita segurança. Dois modelos de proa aberta fazem parte desta lista: a FS 200, que representa muito bem as qualidades de construção e navegabilidade características da marca, e a FS 230 Sirena, que tem como principal diferencial o motor centro-rabeta que permite ganho de área útil na embarcação.www.fsyachts.com.br S

Capa pROa aBERTa FS YaChTS

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Velocidade e estilo YachtBrasil traz

ao país os modelos mais esportivos da Sea Ray Por Rafaella Malucelli

74 PERFILNÁUTICO

Sea Ray SpORT BOaTSwww.Yachtbrasil.comPERFIL

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PERFILNÁUTICO 75 PERFILNÁUTICO 75

Os sports boats que chegam ao Brasil vão de 17 a 30 pés

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A Sea Ray Brasil está investindo cada vez mais no potencial do mercado brasileiro para barcos esportivos. A mais recente novidade é a chegada dos sport boats do estaleiro para 2012. Serão nove diferentes modelos de três

linhas que vão de 17 a 30 pés. Até o momento a Sea Ray estava presente no país com apenas uma linha da sua variada gama de barcos, a Sundancer, com lanchas entre 24 e 61 pés e cabine fechada. Agora a aposta é no perfil mais esportivo, para day cruiser. As lanchas

devem estar navegando em águas brasileiras em abril, e alguns modelos já estão sendo comercializados.

As pretensões da Sea Ray no país são grandes, a começar pela instalação de uma fábrica do estaleiro em Joinville, Santa Catarina, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2012. A intenção é produzir por aqui alguns modelos da linha sport cruiser e continuar importando barcos de todas as linhas da companhia.

260 Sundeck, mistura inteligente entre um barco esportivo e de luxo

Sea Ray SpORT BOaTSPERFIL

as pretensões da Sea Ray no país

são grandes, incluindo uma fábrica em

Joinville (SC)

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Sport boats chegandoRobert Cox coordena as operações da Sea Ray na América Latina, direto dos Estados Unidos. Ele comenta porque, por meio da parceria com a YachtBrasil – representante da marca no Brasil –, decidiu trazer os modelos sport boats ao país: “Queremos mostrar ao mercado local a qualidade dos barcos. Independente do tamanho, a Sea Ray é uma marca que possui o mais alto percentual de fidelidade do mundo – clientes Sea Ray compram outra Sea Ray. Comercializando os modelos sport boats no Brasil, estamos preparando o terreno para a futura venda de barcos maiores da marca (sport cruisers, sport yachts e yachts) nos anos seguintes.”

Três linhas dos modelos sport boats estão chegando ao país: SP (Sport), SLX (Select Executive) e SD (Sundeck). Todos os barcos são classificados como j

300 Sundeck, barco de convés largo e proa espaçosa

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bowriders – barcos de velocidade, com característica esportiva, cabine aberta e assentos de proa.

Diferenciais A preocupação com segurança é uma característica marcante dos barcos da Sea Ray, explica Robert. “Toda Sea Ray é construída seguindo as restritas normas da NMMA (National Marine Manufacturers Association) e do ABYC (American Bureau of Yacht Construction).” Giovanni Luigi, CEO da YachtBrasil, concorda dizendo que os padrões de qualidade e tecnologia embarcada são os pontos fortes da marca.

Um exemplo do benefício em seguir normas federais norte-americanas é que os barcos de até 26 pés da linha sport boat possuem o sistema de flutuação positiva, isto é, os barcos são capazes de flutuar mesmo se estiverem completamente inundados de

300 SLX, sofisticação e espírito esportivo

Sea Ray SpORT BOaTSPERFIL

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água, tornando-se desta forma uma boia salva-vidas para os passageiros em caso de acidente.

Itens de sérieApesar de não possuir nenhuma adaptação específica para o mercado brasileiro, pois a linha é montada com vários opcionais já voltada para o mercado internacional, Robert declara que com essa variedade se torna possível adaptar-se à cada cliente. “Os barcos sempre oferecem inúmeras opções e isto faz com que uma Sea Ray possa se adequar às necessidades e às j

230 SLX, alto desempenho e conforto

Os barcos Sea Ray oferecem

inúmeras opções que se adéquam às

necessidades do proprietário

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preferências de cada mercado, simplesmente ao se escolher as opções corretas quando se compra o barco.”

Entretanto, além dos opcionais, Robert acredita que o que vai cativar os brasileiros é a quantidade de itens de série das sport boats. “Os barcos vão surpreender pela quantidade de itens, como por exemplo os toldos e lonas de cobertura, equipamento de som, instrumentação completa no painel, caixa de âncora, luzes, etc. Vamos mostrar que, mesmo em barcos pequenos, é possível fazer produtos muito diferentes, uma vez que

270 SLX, grande quantidade de itens de série

Sea Ray SpORT BOaTSPERFIL

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PERFILNÁUTICO 81

se tenha a tecnologia, o design, os recursos e a experiência que a Sea Ray tem.”

Modelos da linha no BrasilOs modelos sport boats da Sea Ray são formados por seis linhas: Sport, Sundeck, Overnighter, SLX, Weekender e Sun Sport, das quais três inicialmente foram selecionadas para vir ao Brasil (Sport, SLX e Sundeck). Cada linha tem suas características, porém alguns itens são comuns a todos os modelos. j

210 SLX, perfil elegante e espaço interior

A diversão começa em qualquer

barco: Sport, SLX ou Sundeck

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O acabamento é umas das principais preocupações para fundamentar o estilo esportivo com sofisticação das sport boats. Em todos os barcos, há uma porta nas passagens para a proa que protege o cockpit do vento. Os bancos possuem espaço embaixo para guardar objetos, as almofadas dos assentos são fixadas por dobradiças e não ficam soltas como na maioria dos casos. Um destaque para os modelos de até 23 pés é que virão com a carreta de transporte original.

Linha SportPara aqueles que estão iniciando no mundo náutico e que não abrem mão da qualidade mesmo em modelos mais simples. Tem linhas esportivas, são ótimos para esportes aquáticos, ótima performance e desempenho. O modelo SP 190 que é o mais novo da linha, recém-lançado no Fort

200 Sundeck, uma mescla entre uma bowrider e um deck boat

Sea Ray SpORT BOaTSPERFIL

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Lauderdale Boat Show em outubro de 2011. Possui várias opções de cores e linhas mais elegantes.

Linha SLX – Select ExecutiveOferece mais sofisticação sem perder o espírito esportivo. Os modelos variam de 20 a 30 pés. Quatro estarão em mares brasileiros: 210 SLX, 230 SLX, 270 SLX e 300 SLX. Todos possuem alto desempenho e sofisticação em navegar, com vários opcionais para diferentes gostos. j

190 SP, para quem não abre mão da qualidade mesmo em barcos menores

Os barcos da linha Sport são

ótimos para passeios e prática de esportes

aquáticos

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Linha SD – SundeckCaracterizada como uma lancha de luxo de linha intermediária, os modelos Sundeck oferecem uma mistura inteligente entre um barco esportivo e de luxo. A linha surgiu de uma mescla entre uma bowrider e um deck boat, cujo produto final foram barcos de convés mais largo, proa mais espaçosa, banheiro mesmo nos modelos menores, escada na popa e na proa. S

240 Sundeck, para esportes ou lazer, um barco acima da média

Sea Ray SpORT BOaTSPERFIL

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SeSSa CrUISer 44www.sessamarine.comPERFIL

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Da Itália para o verão brasileiro

A nova Cruiser da Sessa Marine lançada simultaneamente no Brasil e na Europa em outubro de 2011, é um barco de médio porte com a sofisticação de um grande iate de luxo. A proposta tem no aproveitamento de espaço interno e na navegabilidade confortável os pontos altos.

Depois de seis meses instalada em terras brasileiras em parceria com a Intech Boating no estado de Santa Catarina, a empresa italiana já colhe frutos e está em plena produção das cerca de 50 encomendas que já possui para o próximo ano. A Cruiser 44 foi produzida no centro de desenvolvimento da Sessa em Bérgamo, na Itália, mas já foi pensada para o promissor mercado brasileiro com olhos no verão de 2012.j

Um barco veloz, com design italiano e que promete garantir muito lazer durante a temporada de verão pelo litoral do Brasil Por Rafaella Malucelli

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Por dentro e por foraO que também chama bastante a atenção no modelo é a valorização dos espaços, tanto externo quanto interno, bem como a luminosidade das cabines. “O espaço de cockpit que proporciona o convívio de até 12 pessoas com muito conforto, a garagem para jet ski ou bote inflável, raro na categoria, o requinte no acabamento, marca registrada da Sessa Marine e o layout interno das duas cabines e dos dois banheiros foram os destaques para o público brasileiro”, exemplifica Neto.

“A C44 foi destaque de lançamento no São Paulo Boat Show, assim como na Europa, na feira náutica de Cannes”, conta José Antonio Galizio Neto, sócio-diretor Sessa Marine Brasil. “A aceitação do público brasileiro superou nossas expectativas. Já durante os testes realizados no mês de novembro na Marinas Nacionais do Guarujá, litoral de São Paulo, a C44 teve sucesso absoluto.” Com característica esportiva, conforto e design interno, o lançamento agradou ao público principalmente pelo desempenho. “São 38 nós de velocidade top e velocidade de cruzeiro bastante confortável aos 30 nós”, destaca Neto. O proprietário do barco na hora da compra pode optar pela propulsão de dois motores Volvo IPS 500 ou IPS 600. Além disso, a C44 possui um casco com boas condições de navegação e capacidade de manobra. A Cruiser também possui uma ampla plataforma de popa hidráulica.

Acabamento refinado com materiais inovadores e móveis de famosas marcas italianas

SeSSA CrUISer 44PERFIL

Desempenho de uma lancha

esportiva e conforto de um

iate de luxo

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Um barco para pessoas de bom gosto que buscam versatilidade na água

Cabines com pé-direito alto, com 1,89 metro

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Posto de comando bem equipado, excelente espaço na plataforma de popa e cobertura hardtop elétrica

O barco ainda conta com uma cobertura hardtop elétrica e um sistema de ar condicionado para o cockpit, que possui ainda com um confortável sofá em formato de U. Um dos sofás de popa transforma-se em um amplo solário para banho de sol. O italiano Massimo Radice, vice-presidente da Sessa Marine, ressalta os detalhes que fazem diferença no mercado nacional. “O acabamento dos acessórios com geladeira, ice maker, televisão e churrasqueira são os pontos fortes para uso no verão brasileiro.”

Compostas por duas suítes, as cabines da C44 possuem ampla luminosidade e espaço valorizado. “A cabine máster no centro do barco traz uma maior estabilidade e menor barulho das ondas; os amplos vitrais dão uma visibilidade maravilhosa do mar”, conta Massimo. As duas cabines possuem pé-direito alto, com 1,89 metro de altura. A sofisticação do projeto interno do barco fica por conta de materiais inovadores e móveis das mais famosas marcas italianas. “Estas qualidades são resultado do cuidado e da preocupação da Sessa Marine para com a ergonomia e a funcionalidade de seus projetos”, completa Neto. O modelo ainda vem com gerador, ar-condicionado, GPS, iluminação aquática e rádio comunicador VHF.

Para brasileiros de bom gostoMassimo Radice destaca que o modelo C44 é para pessoas em busca de versatilidade na água, “um cliente que quer um produto de qualidade elevada, que gosta de conforto e que usa a lancha para saídas diárias, mas que também planeja cruzeiros e férias a bordo”. Neto completa: “A C44 é uma embarcação especial, possui desempenho de uma lancha esportiva, conforto e requinte de um iate de luxo. Foi concebida para clientes especiais que querem

Ideal para saídas diárias e também para cruzeiros e

férias a bordo

SeSSa CrUISer 44PERFIL

j

PN_30_Perfil_Sessa_v1.indd 90 02/01/12 15:55

PERFILNÁUTICO 91

Bem ao gosto do brasileiro, a plataforma de popa é muito agradável

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92 PERFILNÁUTICO

unir esportividade e agilidade ao conforto e convívio com familiares e amigos.”

Tanto na Europa, quanto no Brasil, Massimo vê o crescimento dessa categoria de iates. “O mercado de iates de 40 a 50 pés é um dos que mais crescem anualmente e é também um mercado que considero muito interessante. Isso porque são barcos com soluções e espaço característicos de cruzeiros, com um custo acessível e de fácil manutenção. A C44 é um iate excepcional para o mercado brasileiro, com um amplo cockpit e espaço ideal para um cruzeiro veloz.”

Escolher um barco de tamanho médio, 40 pés, é uma decisão importante que deve levar em conta alguns aspectos fundamentais como onde se irá navegar, a infraestrutura disponível, as distâncias a serem percorridas e, principalmente, o que mais se

deseja que a lancha proporcione: prazer, conforto, paz e momentos relaxantes com os amigos e familiares.

Excelente aceitaçãoNo Brasil o barco da Sessa mais comercializado é a C40, lançada pelo estaleiro com condições especiais para comemorar o primeiro ano da Sessa no país. Porém o sucesso e a boa aceitação no mercado nacional estão fazendo com que lançamentos de barcos produzidos aqui sejam antecipados. “No início do projeto, tínhamos uma expectativa conservadora, mas também audaciosa”, revela Neto. “Fomos de certa forma surpreendidos com a demanda. Todos os produtos estão com excelente aceitação e muito bem posicionados no mercado. O tripé construído entre a Sessa Marine, Intech Boating e seus representantes deu à marca confiabilidade e estrutura que o mercado reconheceu e aceitou rapidamente. Tanto que antecipamos o lançamento da Fly 45 de 2013 para 2012, que será lançada e apresentada ao mercado durante o mês de inauguração de nossa nova fábrica em março de 2012.”S

Pé-dIrEITO da CabINE 1,89 malTUra NO baNhEIrO 1,89 mSOlÁrIO dE PrOa 2,2 x 2 mSOlÁrIO dE POPa 1,2 x 1,7 m

PESO SEm Carga 10 tTaNqUE dE COmbUSTívEl 1000 LTaNqUE dE ÁgUa dOCE 265 LTaNqUE dE ÁgUaS NEgraS 95 L

COmPrImENTO TOTal 14 m

bOCa

4,3

m

ESPECIfICaçõES TéCNICaS

SESSa CrUISEr 44PERFIL

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C

M

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CM

MY

CY

CMY

K

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94 PERFILNÁUTICO

Jeanneau DesignPaixão e “savoir-faire”. Este é o segredo de sucesso do estaleiro francês Jeanneau, uma divisão do centenário grupo Beneteau. Por Thaís Zago

94 PERFILNÁUTICO

SUN OdySSey 44 dSwww.md-bally.com.brPERFIL

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PERFILNÁUTICO 95 PERFILNÁUTICO 95

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96 PERFILNÁUTICO

A Jeanneau é conhecida mundialmente por suas embarcações de luxo com nível de design de ponta, acabamento superior e alto desempenho. Resultado de uma combinação de fatores:

a expertise de atuar há 54 anos no mercado e o conhecimento processual adquirido ao longo do tempo. O “savoir-faire”, ou “saber-fazer”, envolve uso de tecnologia a serviço da excelência, designers e arquitetos de renome, segurança no processo de construção, qualidade na escolha dos materiais e componentes e ideias inovadoras.

O estaleiro possui 2.500 funcionários e uma rede de mais de 300 distribuidores em todo o mundo. Sua produção anual é de aproximadamente 5 mil barcos, e as fábricas estão concentradas na França, na Polônia e nos Estados Unidos. A boa notícia é que, assim como outros fabricantes internacionais, a Jeanneau está de olho no mercado brasileiro: “Só no Brasil é

possível navegar 12 meses por ano e, com o aumento do poder de compra dos brasileiros, será aqui a nossa porta de entrada para a América Latina, em países como a Argentina, o Chile e o Uruguai”, diz Jean-Paul Chapeleau, diretor-geral da Jeanneau.

O responsável pelas vendas dos veleiros Jeanneau no Brasil durante os próximos anos é o grupo MD-Bally Mardiesel, empresa brasileira que atua no mercado náutico há 16 anos, representando exclusivamente marcas francesas, como Zodiac, Alliaura e Fountaine Pajot. Durante o Salão Náutico Internacional de Paris, realizado entre os dias 3 e 11 de dezembro, a Jeanneau lançou três novos veleiros, entre eles o Sun Odyssey 44DS.

Sun Odyssey 44DS, um veleiro com a classe Jeanneau

j

SUN ODySSey 44 DSPERFIL

O grupo MD-Bally,

empresa que atua no mercado náutico há

16 anos, representa os veleiros Jeanneau

no Brasil

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PERFILNÁUTICO 97

Philippe Briand é o responsável pelo desenho das linhas externas do modelo de 44 pés

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98 PERFILNÁUTICO

Na sala de jantar, mesa com regulagem de altura. A cozinha anexa é completa, tem gavetas especiais para garrafas e tampa deslizante para cobrir a pia

PN: Como estão as vendas da Jeanneau no mercado nacional?MD-BALLY MARDIESEL: Nos últimos anos, vemos um crescimento acentuado do mercado em geral e, mais especificamente, dos veleiros Jeanneau. Hoje a flotilha Jeanneau no Brasil conta com cerca de 50 embarcações, das quais aproximadamente 50% comercializadas nos últimos três anos.

PN: Como é percebido o crescimento do mercado?MD-BALLY MARDIESEL: O crescimento do mercado ocorreu em várias dimensões. A primeira delas foi geográfica - saímos do eixo Rio-São Paulo; hoje nossa presença no Sul e no Nordeste está em curva ascendente. Também tivemos um crescimento da clientela jovem, na faixa dos 35 a 45 anos, jovens bem-sucedidos, casais buscando novas formas de vida. Percebemos certa migração de proprietários de lanchas, procurando a vela como alternativa mais econômica e saudável. Verificamos que a procura agora é para barcos acima de 37 pés, com sensível incremento das vendas de veleiros acima de 50 pés.

PN: Quais são as ações da MD-BALLY MARDIESEL para expandir as vendas da Jeanneau no Brasil?MD-BALLY MARDIESEL: Para fazer face à expansão do mercado, estamos investindo em pessoal, na melhoria de nossas instalações e processos, na ampliação de nossa rede de parceiros e assistência técnica (maior presença no Sul e no Nordeste), na divulgação de nossos produtos e na introdução de novos produtos e serviços.

PN: Qual a expectativa da Jeanneau de comercialização para 2012?MD-BALLY MARDIESEL: Neste ano gostaríamos de destacar os produtos da linha Jeanneau Yacht, com modelos de 53 e 57 pés, e os lançamentos Sun Odyssey 509 e Sun Odyssey 44DS.

POUCOs dIas aNTes da realIzaçãO dO salãO NÁUTICO INTerNaCIONal de ParIs, a eqUIPe da Md-Bally MardIesel NOs CONCedeU UMa eNTrevIsTa exClUsIva, falaNdO das IMPressões da JeaNNeaU sOBre O MerCadO NaCIONal.

sUN Odyssey 44 dsPERFIL

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PERFILNÁUTICO 99

Sun Odyssey 44DSO novo modelo da linha Deck Saloon é perfeito para viagens relaxantes e cruzeiros pela costa. Design inovador e materiais de altíssima qualidade tornam o veleiro sofisticado e extremamente confortável. As elegantes linhas externas foram desenhadas por Philippe Briand — designer da Jeanneau. Destaque para a espaçosa cabine de comando — com áreas dedicadas para comer, relaxar e navegar — mesa inovadora, projeto de leme duplo, casco e planejamento de vela modernos e compartimento especial para armazenagem de equipamento de snorkel.

Conforto absolutoO projeto de interiores de Franck Darnet — designer da Flahaut — utilizou madeira de nogueira com acabamento fosco para dar um olhar contemporâneo, armários e estofados com acabamento em laca branca, detalhes em couro e em aço inox. Destaque também para a iluminação natural,

A cabine principal tem uma cama de casal bem grande, assentos individuais de cada lado e banheiro privativo

j

PN_30_Perfil Jenneau_v1.indd 99 02/01/12 15:46

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100 PERFILNÁUTICO

visibilidade para o mar e ventilação, que tornam o ambiente claro e agradável. O salão principal é formado por sala de estar, sala de jantar e cozinha. A sala de estar possui um espaço para a inserção de equipamentos adicionais, como adega, geladeira extra ou micro-ondas. Há também uma bancada com painéis elétricos centralizados, espaço para laptop e TV de tela plana. A sala de jantar possui mesa com perna telescópica que se transforma em mesa de jantar, de café, mesa de centro ou mesmo mais uma opção de acomodação. As inovações no design da cozinha são as gavetas especiais para armazenar garrafas, especiairias e até mesmo

lata de lixo; e uma tampa deslizante para cobrir a pia e criar espaço adicional na bancada. O veleiro possui dois banheiros equipados com acessórios modernos, bancada, armários com laca branca, pia, chuveiro e piso de madeira vasado para escoar a água.

Interior personalizadoHá duas opções de layout para as cabines: uma mais espaçosa, com a cabine grande para o proprietário na popa e uma cabine de hóspedes para a frente; outra com duas cabines de hóspedes para frente, uma delas com duas camas de solteiro, perfeito para famílias. São exclusividades da cabine do proprietário: um banheiro privativo, cama de casal grande nas dimensões 2 m x 1,9 m, abertura de porta em painel de popa, abundância de compartimentos de armazenamento e assentos individuais de cada lado cama. S

EspECIfICaçõEs TéCNICas

CapaCIdadE pErNOITE 5 + 2CabINEs 2 ou 3baNhEIrOs 2

CaladO 2,20 m COmprImENTO dO CasCO 12,99 m COmprImENTO Na lINha dE ÁgUa 12,00 m ÁrEa vélICa 81.5 m2 (padrão enrolada) 89.8 m2 (mastro clássico)pEsO (COm mOTOr) GTE 9.750 kg pOTêNCIa dO mOTOr 54 HPTaNqUE dE COmbUsTívEl 200 L TaNqUE dE ÁgUa 330 LprOjETIsTas Franck Darnet (Flahault Design) e Philippe Briand (Jeanneau Design)

COmprImENTO TOTal 13,34 m

bOCa

4,2

4 m

sUN OdyssEy 44 dsPERFIL

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www.barracudacomposites.com.br

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102 PERFILNÁUTICO102 PERFILNÁUTICO

SkI NaUTIqUe 200www.nautique.comPERFIL

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PERFILNÁUTICO 103

A lancha que vale ouroIdeal para a prática de esqui áquatico, a embarcação utilizada nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara conquistou os brasileiros Por Amanda Kasecker

PERFILNÁUTICO 103

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104 PERFILNÁUTICO

Mas o que faz dessa lancha uma das embarcações mais elogiadas pelos atletas e uma das mais premiadas do mundo? Certamente parte dos méritos esportivos deste barco está em seu exclusivo casco Optimal Surface Control (OSC), de terceira geração. Olhando-o por baixo, é possível ver alguns detalhes e quinas - chamados de chines e steps —, pensados para proporcionar uma performance inigualável e evitar as marolas, justamente o que caracteriza a embarcação para a prática de esqui e não de wake.

O design assimétrico do painel e para-brisas criam um campo de visão bastante ampliado. Outro detalhe é a posição do motor. Em movimento com a proa levantada, o motor fica em uma posição horizontal perfeita, o que permite o melhor fluxo de óleo e resfriamento do sistema, prolongando a vida do material.

A tecnologia empregada facilita a vida do piloto, que pode controlar o formato e o tamanho da marola com o sistema Hydro-Gate com SportShift. Ou seja, no mesmo barco, você consegue a mais suave das marolas, para o slalom, ou ondas, formando rampas para saltos e manobras. No painel digital ainda é possível gravar a preferência de velocidade do barco, regulagem do trim e até o set list das músicas de acordo com a preferência de cada esquiador.

A prata da casa no mercado brasileiro Em outubro no São Paulo Boat Show, a Nautique apresentou pela primeira vez a Ski Nautique 200 aos brasileiros. Já existiam alguns desses barcos navegando

O estaleiro norte-americano Nautique é sinônimo de barcos especialmente criados para a prática de esportes. Fundado por W.C. Meloon em 1925, pouco mais de trinta anos depois — em 1957 — a empresa

já começava a produzir a linha Ski Nautique, uma inovação para a época. Agora, a Nautique traz ao Brasil uma das melhores versões de produto voltado para a prática de esqui aquático: a Ski Nautique 200. A lancha apresenta todos os requisitos para competições de alto nível e agrada aos amantes do esporte.

Painel digital e memória de preferências para múltiplos esquiadores

O design assimétrico do painel e para-brisas proporciona um campo de visão ampliado

SkI NAUTIqUe 200PERFIL

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PERFILNÁUTICO 105

O piloto pode controlar o formato e o tamanho da marola com o sistema Hydro-Gate com SportShift

pelo Brasil, mas foi a estreia para o grande público. Juliana Negrão, atleta brasileira que chegou às finais na categoria slalom do esqui no Pan de Guadalajara, a melhor colocação já alcançada pelo Brasil no esqui feminino, também esteve no Boat Show, dessa vez como representante da marca. “Percebemos que o público que é aficionado pelos esportes náuticos, seja esqui ou wake, realmente sabe como este barco está na frente em termos de desempenho.”

Luke Webb, gerente de vendas da Miami Nautique esteve no Brasil para acompanhar o salão e saiu com j

Uma lancha que apresenta

todos os requisitos para competições

de alto nível

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106 PERFILNÁUTICO

Tecnologia empregada facilita a vida do piloto e espaços planejados permitem mais conforto para quem está a bordo

boas impressões: “Normalmente vendíamos alguns barcos para o Brasil, mas neste ano conseguimos vender muito mais. Com a crise internacional, todo mundo está falando no BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Mas eu não vejo nenhum outro país pronto como o Brasil. O interesse pela Nautique aqui é excelente, e vocês têm mais praias e mais sol do que qualquer um.” A Nautique pretende fazer uma série de eventos no verão 2012, que incluem aulas práticas de esqui e wake. As datas e as novidades estarão no site www.nautiquebrasil.com.br.

As medalhas e competições da NautiqueA Ski Nautique 200 é o barco oficial de grandes competições, como U.S. Masters, Moomba Masters e Big Dawg Series nos Estados Unidos, no Campeonato Canadense e no México, durante o Pan de Guadalajara, quando nove medalhas de ouro foram decididas no reboque de uma Nautique.

Em setembro deste ano a esquiadora Clementine Lucine entrou para a história com uma lancha Ski Nautique nos Estados Unidos, quando bateu o recorde mundial de pontos. “Há poucos anos, ninguém achava que uma mulher ia chegar a esta marca”, contou Clementine. “A Ski Nautique 200 é o melhor barco de esqui já feito no mundo, e treinar e competir com ela foi fundamental para meu recorde.”

Um pouco de históriaDesde a sua fundação em 1925 por W.C. Meloon, a Nautique, que nasceu em Pine Castle, na Flórida, como Florida Variety Boat Company, mudou de nome algumas vezes, até que em 1936 ela assumiu o nome que leva até hoje: Correct Craft, propriedade de descendentes de W.C. Meloon.

Com mais de 85 anos de história dedicada aos esportes náuticos, a Nautique é pioneira em dezenas de inovações. Foi, por exemplo, a primeira empresa a j

SkI NAUTIqUe 200PERFIL

A Nautique pretende fazer uma série de eventos no

verão de 2012

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PERFILNÁUTICO 107

Desempenho ideal para a prática do esporte e navegação agradável para um simples passeio

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108 PERFILNÁUTICO

usar carros, e não trens, para transportar barcos pelo país. Foi das pranchetas da empresa que saiu também, em 1952, a primeira plataforma de popa, a área preferida dos brasileiros até nas grandes embarcações. Mais recentemente, os barcos da Nautique foram os primeiros capazes de mudar a onda produzida pelo barco conforme o desejo do atleta, graças ao sistema Hydro-Gate com SportShift.

A fábrica do estaleiro fica em Orlando, onde foi construída uma estrutura de 270 mil metros quadrados em um terreno que inclui dois lagos para testes. De acordo com o estaleiro, para chegar a esses modelos ideais para cada tipo de aventura, a participação dos atletas foi e continua sendo fundamental. São testes e mais testes para se chegar a modelos cada vez mais perfeitos. E, apesar de tantas melhorias nesses 54 anos, os representantes da Nautique dizem que sempre há algo a melhorar. S

Para-brisa aberto no meio para facilitar o acesso à água pela proa

CaPaCIdade PasseIO 7

TaNqUe de COmbUsTível 109,8 LCaladO 0,56 mPesO seCO 1.293 kg

esPeCIfICações TéCNICas

COmPrImeNTO TOTal 6,10 m COm PlaTafOrma 6,65 m

bOCa

2,4

1 m

skI NaUTIqUe 200PERFIL

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110 PERFILNÁUTICO110 PERFILNÁUTICO

AgUz 37 OpeNwww.aguzmarine.com.brPERFIL

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PERFILNÁUTICO 111

Uma lancha brasileira com sangue italiano, excelente aproveitamento de espaço e opções de layout com um, dois ou três quartos Por Angelo Sfair

Longe do lugar comum

Ímpar é o melhor adjetivo para definir a Aguz 37 Open. Até mesmo porque essa é a número um, a primeira embarcação de série construída pelo estaleiro brasileiro Aguz Marine. Há 30 anos no mercado, a empresa aposta na personalização e na parceria com

o famoso estúdio italiano Ferragni & Tolinni Yacht Design para se firmar no mercado nacional.

Rogério Amodio, um dos sócios do estaleiro, explicou a decisão por contratar um estúdio italiano para fazer o desgin. “Queríamos sair do lugar-comum e ter um barco realmente diferente, que oferecesse ao cliente muito mais do que existia anteriormente no mercado. Um projeto cuidadoso e idealizado por profissionais especializados e experientes.”

A lancha cabinada de 37 pés tem como grandes destaques o design arrojado, o fino acabamento e a

O estaleiro Aguz Marine apresenta sua primeira embarcação de série e aposta no design arrojado

j

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112 PERFILNÁUTICO

transparência dos grandes vidros que permitem a passagem de luz e otimizam a iluminação interna da embarcação, permitindo a quem está dentro da cabine observar o que acontece do lado de fora. “A iluminação interna é algo muito importante atualmente”, avalia Amodio. “Em primeiro lugar, a transparência dos grandes vidros permite ao usuário ver o mar sempre e ter o brilho da água refletido dentro do barco. Além disso, a luminosidade obtida através das janelas laterais faz com que praticamente não seja necessário o uso de luzes durante o dia, trazendo uma considerável economia de energia a bordo.”

Um dois ou três quartos?Outro diferencial da Aguz 37 Open é o número de passageiros que ela comporta. A embarcação acomoda até 14 pessoas e oferece a opção de até seis camas, dependendo das configurações de layout escolhidas. O proprietário tem a possibilidade de personalizar o projeto, podendo decidir entre quatro layouts (com um, dois ou até três quartos). O conforto se estende ao generoso pé-direito, chegando a 1,92 metro nos pontos mais altos, independente do layout escolhido.

A iluminação natural e o aproveitamento do espaço valorizam o interior da lancha que pode ser personalizada ao gosto do proprietário

AgUz 37 OpeNPERFIL

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PERFILNÁUTICO 113

A área externa também apresenta opções de layout, em harmonia com o posto de comando central de um barco navegador

As opções de customização não param por aí. O proprietário pode ainda personalizar a área externa — que comporta quatro pessoas deitadas confortavelmente —, o que garante a cada lancha o perfil de seu dono. A cor também fica por conta do comprador. O estaleiro colocou à disposição dos clientes uma cartela com mais de mil cores a serem escolhidas, que são aplicadas ao casco sem nenhum custo adicional. “A Aguz 37 Open oferece ao cliente a possibilidade de fazer o seu barco”, aponta Amodio. “Embora cada Aguz tenha o mesmo DNA, cada barco é único e, portanto, agrada aos clientes que apreciam a exclusividade. A Aguz se adapta ao proprietário, e não ele à lancha. Queremos levar isso tão a sério que quase todas as personalizações disponíveis não têm custo adicional para o cliente. Como até agora só tínhamos produzido barcos customizados, quisemos manter esta opção de customização, mesmo que teoricamente a Aguz 37 seja uma produção em série”.

Ousadia do lado de foraA área externa também é um dos pontos mais ousados da lancha, oferecendo duas opções para o cliente. Aberta, ela conta com a maior largura da categoria,

contando com um solário espaçoso e confortável. Outra opção é a instalação de três sofás que abrigam três pessoas cada. O fino acabamento mostra o porquê de a lancha nacional ressaltar sua origem italiana. Os estofados são forrados com couro sintético antimofo e resistem aos raios ultravioletas. Já o posto de pilotagem tem seu acabamento feito em fibra de carbono e foi pensado para ter uma circulação confortável no cockpit.

Além da beleza e da customização, a Aguz 37 Open não deixa de lado a performance. “O projeto também foi concebido para ser um barco navegador. Seu casco não só corta bem as ondas como amortece j

A Aguz adapta-se ao proprietário e quase todas as personalizações

disponíveis não têm custo adicional

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114 PERFILNÁUTICO

O equilíbrio entre desempenho e economia de combustível é o ponto forte, em função do formato do casco e da tecnologia de construção

os impactos quando saltos ocorrem. O equilíbrio é um ponto forte, dispensando até mesmo o uso de flaps hidráulicos”, comenta Amodio. “O perfeito formato e a hidrodinâmica do casco, aliados a uma primorosa construção, feita com materiais de última geração, fazem com que a Aguz 37 Open tenha um casco navegador e econômico ao mesmo tempo.” Os responsáveis por mover essa máquina são dois motores — com potências que variam entre 250 e 370 HP —, que a levam a uma velocidade máxima de 39 nós.

Produzida com padrão europeu de qualidade, a Aguz 37 é um marco histórico para o estaleiro, cuja fábrica está instalada em Diadema, São Paulo, e abrange uma área de aproximadamente 2 mil metros quadrados. Atualmente o estaleiro conta com 25 funcionários, mas esse número tem crescido semanalmente por conta da Aguz 37 Open. S

CapaCIdade passeIO 14 CapaCIdade perNOITe 6CabINes 1, 2, ou 3baNheIrO 1

alTUra CabINe 1,92 mCaladO mÁxImO 0,95 mTaNqUe de COmbUsTível 680 LTaNqUe de ÁgUa 240 LvelOCIdade mÁxIma 39 nós

COmprImeNTO 11,35 m

bOCa

3,5

0 m

espeCIfICações TéCNICas

agUz 37 OpeNPERFIL

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C

M

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CM

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CY

CMY

K

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116 PERFILNÁUTICO

De projeto universitário a negócioA história do estaleiro Colunna, um dos precursores do jet ski e do jet boat no Brasil Por Amanda Kasecker

Falar da história do jet ski e do jet boat no Brasil e não citar o paulista João Victor Eduardo Colunna é praticamente impossível. Colunna foi um dos precursores do desenvolvimento e da divulgação dos produtos, em uma época em que eles ainda

eram raridade ou nem existiam no Brasil.Tudo começou em 1981, quando Eduardo

tinha apenas 18 anos e idealizou, desenvolveu e fabricou seu próprio jet ski para um trabalho de conclusão do seu curso de projetos e design. Sozinho, ele desenvolveu o casco e moldou peça por peça do motor e do hidrojato, um dos primeiros desse tipo no país.

A relação de Eduardo Colunna com o mundo náutico começou na época da faculdade. Hoje ele comanda um dos maiores estaleiros do país

j

EsTalEIrO COlUNNawww.colunna.com.brPERFIL

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PERFILNÁUTICO 117 PERFILNÁUTICO 117

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118 PERFILNÁUTICO

“Eu cursava engenharia e naquela ocasião também fiz um curso de design”, conta Eduardo. “Como produto final de conclusão de curso eu tinha que fazer uma moto. Como eu gostava mais de mar do que de moto, perguntei se eu podia desenvolver um jet ski com motor de moto. Não existia ainda jet ski no Brasil, então a coisa toda foi uma grande novidade.”

Com o sucesso do protótipo, o produto foi levado ao mercado, Eduardo criou a marca Colunna e foi pioneiro do segmento no país. Desde então, o envolvimento apenas aumentou. “Nos anos 90, com o incentivo à importação de veículos promovida pelo governo Collor, passamos a construir jet skis para competição”, explica Colunna. “No início dessa década, fui campeão brasileiro, e o que era um hobby passou a ser um negócio.”

Uma coisa leva a outraNo princípio da década de 90, a Colunna iniciou a produção de barcos maiores, estimulada pelo sonho de fabricar lanchas com motor a hidrojato. Em 1995 criou uma pequena lancha de 12 pés, com capacidade para três pessoas, veloz, boa nas curvas e com uma turbina no lugar do tradicional hélice. Nascia assim, o primeiro jet boat brasileiro, uma mistura de lancha com jet ski que conquistou os brasileiros. “Fomos os primeiros no Brasil a fabricar jet boats”, conta Eduardo.

Estaleiro Colunna é pioneiro no Brasil na fabricação de jet boats

EsTalEIrO COlUNNaPERFIL

No princípio dos anos 90 a

Colunna iniciou a produção de

barcos maiores

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O sucesso foi tanto que na época os jet boats se tornaram o principal produto da empresa. Um dos modelos mais lembrados até hoje foi o Senna, lançado em 2003, em homenagem ao piloto Ayrton Senna. A ideia de criar um modelo foi conversada com o próprio ídolo de automobilismo nos anos 90, que veio a falecer em 1994. Quando o projeto saiu do papel, em 2003, o XR2-S Senna tornou-se o jet boat mais famoso do país, com destaque para a versatilidade, aliada a um design arrojado, com linhas futurísticas.

Um passo mais ousadoEm 2004 a Colunna lançou no mercado uma lancha de 32,5 pés, nascida de um brilhante projeto: a Sport Cruiser 325. Um dos momentos mais difíceis do estaleiro, segundo Eduardo, foi quando o governo liberou as importações. “Os empresários enfrentaram uma grande concorrência dos importados, que tinham preços mais baratos e marcas conhecidas. Mas não desistimos.”

O mais recente lançamento do estaleiro foi a Sport Cruiser 435, o maior barco do estaleiro.

A Sport Cruiser 435 é o mais recente lançamento e também o maior barco do estaleiro

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A fábrica está muito bem instalada em uma área de 9 mil m2

em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo

“O lançamento aconteceu durante o São Paulo Boat Show desse ano”, comenta. “A repercussão foi excelente, uma lancha com acabamento de primeira qualidade e que não deve nada para nenhum barco estrangeiro.”

De projeto escolar a grande estaleiroDepois de um projeto ousado de conclusão de curso, Eduardo acabou se tornando proprietário de um dos estaleiros mais bem conceituados do Brasil. A sede da Colunna é em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. Na fábrica trabalham cerca de 100 funcionários em 9 mil m2 de área com 4.500 m2 de área construída. A linha de produção não para de se diversificar.

Todos os projetos são assinados pelo estaleiro. “Projetamos e modelamos os barcos internamente e contamos com fornecedores”, afirma Eduardo. Segundo o fundador do estaleiro Colunna, atualmente a produção anual da empresa gira em torno de 70 a 80 barcos. “O Estaleiro Colunna prima pela qualidade e não pela quantidade. Nosso ponto forte é a assistência de pós-venda, o que reflete em uma porcentagem altíssima de satisfação. Essa é nossa ideologia e prática de atuação.”

Atuando no ramo náutico há mais de 20 anos, Eduardo Colunna é também presidente da Acobar – Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos. “Com a associação, temos representatividade junto aos governos, com a intenção de sensibilizar nossos representantes e mostrar que as embarcações não podem ser vistas como um objeto supérfluo, pelo contrário, a atividade é muito importante e contribui com o setor econômico do país, gerando empregos, desenvolvimento de infraestrutura, transporte, novas tecnologias, entre outros fatores.”

Colunna Racing: do mar para as pistasHá mais de dez anos, a Colunna passou a atuar também no fornecimento de peças Hi-Performance em fibra de carbono e kevlar para as diversas categorias do automobilismo de competição. Elas são elaboradas no processo a vácuo.

Em pouco tempo, a Racing já se tornou fornecedora oficial de todas as peças de fibra de vidro ou fibra de carbono da Porsche GT3 Cup; dos volantes de fibra de carbono da Stock Car; de todas as peças aerodinâmicas e carenagens de fibra de carbono da Fórmula 3; de peças diversas de fibra de carbono da GT3 e do Trofeo Maserati. j

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Com capacidade para 16 pessoas para passeios, a Sport Cruiser 435 acomoda até sete para pernoite

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Colunna 235, excelente navegação e refinado acabamento

Linha de produçãoHoje, o estaleiro conta com uma linha de produção que engloba as seguintes embarcações: Colunna 235 Open, Colunna 235 Cabin, Colunna 325 Sport Cruiser, Sport Cruiser 435, Expert 3 Limited Edition, Jet Boat XR2-S Especial Edition, Jet Boat Senna.

s Jet Boat: Lançado em 1996, é um produto esportivo e de alta resistência com design futurístico e cores vivas. Possibilita manobras divertidas e radicais na água.

s Colunna 235 Open: Lançada em 2008, é uma lancha de 23,5 pés, porte médio e ótima navegabilidade, bom espaço interno e acabamento impecável. Bastante indicada para ser o primeiro barco da família, com capacidade para nove pessoas.

s Colunna 325 Sport Cruiser: Lançada em 2005, a lancha de 32,5 pés tem um ótimo custo-benefício para quem deseja um barco com tamanho razoável. Possui autonomia para realizar longos passeios e leva até 12 pessoas com total segurança.

s Sport Cruiser 435: Lançamento mais recente do estaleiro, de 2011, esse barco de 43,5 pés tem um design moderno e boa navegabilidade com o máximo de luxo, requinte e excelente acabamento em duas suítes completas. A capacidade é de até 16 pessoas, sendo sete para pernoite. S

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Iate Clube dos Jangadeiros

Iate Clube dos Jangadeiros

Uma casa da vela no Rio Grande do Sul

70 anos de dedicação à vela e de conquistas no esportePor angelo sfair

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Fundado no dia 7 de dezembro de 1941, pelo empresário e esportista Leopoldo Geyer, o Clube dos Jangadeiros surgiu

impulsionado pela vela. O objetivo inicial era que o esporte pudesse ser praticado também na zona sul de Porto Alegre, já que o iatismo na época ficava restrito à zona norte da cidade. Localizado à beira do Rio Guaíba, o marco fundamental do clube foi a compra de uma chácara na Baía da Tristeza, com recursos levantados com a venda de títulos patrimoniais.

Um ano após sua fundação, o Jangadeiros já contava com um trapiche de 60 metros de extensão, viabilizando, então, que barcos de

maior porte fossem colocados na água. A partir deste terreno, o clube adquiriu uma nova área vizinha, possibilitando a construção de duas quadras de tênis e mais pavilhões para guardar embarcações. Com as duas sedes – continental e oceânica –, o clube oferece uma excelente

estrutura para sócios e convidados, opções de lazer e condições para práticas esportivas em alto nível.

Sede oceânica Uma ilha artificial foi construída para a instalação da sede oceânica do clube. A Escola de Vela Barra Limpa foi anexada à ilha em meados da década de 70, e a partir daí o Jangadeiros tornou-se um celeiro de atletas de ponta. A

relação do clube com o esporte é tradicional. Em 1959, ainda em sua fase de estruturação, foi j

O Objetivo inicial era que o esporte a vela pudesse ser praticado também na zona sul de Porto Alegre

A ideia de criação da ilha surgiu nos anos 40 e foi colocada em prática nos anos 60

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sede do Campeonato Mundial da Classe Snipe, o primeiro grande campeonato de vela disputado no Brasil e no Hemisfério Sul.

Desde os anos 70, muito em virtude da existência da Escola de Vela Barra Limpa, os atletas do Clube dos Jangadeiros começaram

a se destacar no cenário nacional, conquistando inéditos títulos nas classes Optimist, 470 e Hobie Cat. Nos anos 90, com a modernização e ampliação da estrutura náutica, voltou a receber competições importantes, nacionais e internacionais.

Medalhas olímpicas e títulos internacionaisNos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Fernanda Oliveira e Isabel Swan, atletas do Clube dos Jangadeiros, fizeram história na vela brasileira. A conquista da medalha de bronze na classe 470 marcou a estreia da vela feminina brasileira em um pódio olímpico.

Xandi Paradeda é outro nome de referência na vela nacional e também cria dos Jangadeiros. Na classe Snipe, ele é campeão mundial, pan-americano e sete vezes o melhor do Brasil. A família

O mundial de Snipe de 1959 foi o primeiro campeonato de grande porte realizado no Hemisfério Sul

Fernanda Oliveira e Isabel Swan, as primeiras medalhistas olímpicas da vela brasileira

Iate Clube dos Jangadeiros

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Paradeda tem um forte histórico de presença no clube – em 2001, Xandi conquistou o título mundial de Snipe ao lado de seu primo Eduardo.

Na classe 470, destaca-se a dupla formada por Fábio Pillar e Gustavo Thiesen, que recentemente conquistou o vice-campeonato na 26ª Universíade, realizada em Shenzhen, na China.

Ilha dos JangadeirosA sede oceânica é a grande joia do clube. Ainda nos anos 40, o fundador do Clube dos Jangadeiros, Leopoldo Geyer – que também participou da criação do Veleiros da Ilha e do Iate Clube Guaíba –, lançou a ideia de criar uma ilha com a intenção de ter um espaço capaz de recepcionar embarcações de maior porte. O nome oficial da Ilha dos Jangadeiros é Geraldo Tollens Linck, nome do comodoro que não mediu esforços para tornar real o sonho de fazer surgir uma ilha em pleno Rio Guaíba. A construção se deu duas décadas depois de lançada a ideia, nos anos 60.

Hoje a ilha oferece uma das melhores estruturas náuticas do país. A área de sete hectares suporta 250 embarcações na água e 300 em vagas secas. Há também um guindaste com capacidade de 20 toneladas para deslocar as embarcações de até 75 pés que permanecem em galpões. Além disso, o espaço oferece galpões para monotipos, três rampas de acesso ao rio, quatro trapiches e oficina para manutenção.

O empresário e esportista Leopoldo Geyer e a faixa do Mundial de 1959

Ao todo são 300 vagas secas e 250 vagas molhadas

Regatas de aniversárioPara comemorar os 70 anos do Clube, não havia escolha melhor do que um grande fim de semana com regatas de diversas classes, realizadas nos dias 3 e 4 de dezembro, com sol e bons ventos. Ao todo, 16 modalidades estiveram em disputa, a maioria vencida por atletas do próprio clube. Apesar do clima amistoso, as boas condições do tempo proporcionaram acirradas disputas e algumas viradas nas águas do Guaíba. S

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O Baití realmente é um lugar repleto de novidades, a começar por sua localização, na Baía de Babitonga,

entre as cidades de São Francisco do Sul e Joinville, em Santa Catarina. A baía é considerada um dos mais belos ecossistemas do país, o mar é calmo, as águas são mornas e límpidas, e durante todo o ano é possível se banhar e praticar atividades esportivas.

Além de um mar inteiro à disposição, a estrutura do local é referência na região. O hotel impressiona na arquitetura e no conforto; a gastronomia conquista os mais variados paladares e a assistência náutica, com uma marina e profissionais qualificados, oferece todo o suporte à embarcação.

O empreendimento foi idealizado a partir de um pensamento sustentável,

valorizando a mão de obra e profissionais da região. Ao todo são 15 apartamentos: três suítes máster e duas suítes marina – a última, criada especialmente para alojar famílias.

Na área social do hotel, ficam à disposição dos hóspedes: sala de ginástica, sauna, vestiários com chuveiros, sala de estar com lareira, televisão, computador, além de internet sem fio em todo o espaço. O Baití também oferece uma sala para reuniões e eventos, com o intuito de receber o público empresarial.

A marina tem vagas para 20 embarcações, de 26 a 30 pés. Futuramente, o objetivo é aumentar a capacidade para 100 vagas. O espaço é monitorado com sistema de alarme, tem instalada uma bomba para abastecimento de combustível, boxes individuais e vestiários com chuveiros.

Hotel Marina itapoá

De frente para o mar, o Hotel Marina Itapoá oferece todo conforto para turistas e navegantes, esses com barco na garagem

Um aconchego chamado Baitílugar admirável, confortável e elegante com um mar inteiro à disposiçãopor Leo Suzuki Fotos: Elis ribeirete

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Gastronomia com a identidade dos chefs Emiliana e Emídio

As delícias do TambaiáO restaurante Tambaiá faz parte da infraestrutura do Baití. Idealizado pelo casal de chefs Emiliana e Emídio, o restaurante conceitua-se como a “cozinha da alma”. A gastronomia tem a identidade deles, com o toque da cozinha regional, destacando pescados e frutos do mar. As receitas são exclusivas, cheias de aromas, temperos e ervas finas. Além dos pratos mais elaborados, no cardápio do restaurante, também

há refeições rápidas que atendem o público executivo que trabalha ou presta serviços no Porto de Itapoá – que fica próximo ao local.

A união da família Nóbrega O Baití nasceu com o espírito empreendedor do casal Ana Lúcia e Carlos Roberto Nóbrega, que acreditou e uniu os dons profissionais de seus filhos para viabilizar o negócio. A filha Emiliana Carvalho e seu marido, Emídio Carvalho Neto, são

os chefs responsáveis pelo restaurante Tambaiá. O filho Carlos Henrique é arquiteto e planejou todo o design do local.

Ao lado, o Porto de Itapoá O Baití fica ao lado do Porto de Itapoá, o mais novo empreendimento do sul do Brasil. Com localização geográfica estratégica, o terminal é adequado para receber navios de grande porte, funcionando como um porto concentrador de cargas e de linhas de navegação. S

Tanto na área social como nas suítes, os espaços são agradáveis e aconchegantes

Anexo ao hotel o restaurante Tambaiá oferece deliciosas opções no cardápio

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Curaçau, a cor do CaribeUma ilha fantástica onde se esquece das preocupações do dia a dia para relaxar num paraíso Por Carolina Schrappe Fotos: Kadu Pinheiro

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A beleza de Curaçau pode ser vista de dentro ou de fora da água

Os mergulhos em Curaçau são variados. Existem belos naufrágios, mergulhos com golfinhos, águas azuis e visibilidade que varia de 20 a 40 metros. A navegação é rápida até os melhores pontos e a estrutura hoteleira

muito boa. Curaçau é um programa para família, para solteiros, para casais, para todos que queiram descansar, mergulhar e se divertir.

A história da ilha começa em 1499, durante a terceira viagem de exploração do Novo Mundo por Cristóvão Colombo. Depois do seu descobrimento, os espanhóis permaneciam na ilha à procura de pedras preciosas. Mais tarde, a Holanda, a França e a Inglaterra queriam sua posse, pois consideravam a ilha um ponto comercial estratégico entre a Europa e a América. Em 1634, Curaçau transformou-se numa colônia holandesa e, em 1815, um tratado internacional deu a posse definitiva para a Holanda. Em 1954, o governo de Curaçau tornou-se autônomo. É a principal ilha das chamadas Antilhas Holandesas. Sua capital é Willemstad, considerada pela Unesco Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, com sua arquitetura colonial de cores vivas, animado comércio e moinhos de vento. Os fortes militares e o Cemitério Beth Haim – o mais antigo das Américas – são outras atrações turísticas.

Localização privilegiadaA ilha de Curaçau fica ao sul do Caribe, a mais ou menos 60 km da costa da Venezuela. Em uma área de 472 km² são 38 praias e 40 baías, onde o sol brilha praticamente o ano inteiro. A capital Willemstad é cortada ao meio pela Baía de Santa Ana, que fica dividida em duas partes: Otrobanda (residencial) e Punda (comercial e turística). Em Willemstad está localizado o centro comercial, industrial e bancário, e o povo local é sempre muito simpático.

Compras De Breedestraat, De Heerenstraat e Madurostraat são as ruas mais famosas da capital, com grande comércio de eletroeletrônicos, perfumes, joias, relógios, roupas e equipamentos de informática que atraem a atenção dos turistas. Há também a opção da zona franca, com preços mais baixos, onde as compras só podem ser

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Moreia-verde surge em meio a corais coloridos

feitas no atacado. O florim é a moeda oficial e vale cerca de 1,75 em relação ao dólar, que também é aceito em todas as lojas e restaurantes.

Cardápio peculiarA cozinha de Curaçau baseia-se, em peixes e frutos do mar, mas também há muitos restaurantes de cozinha internacional. Jambo (espécie de feijoada de quiabo), bestia chiki (cabrito ao molho, acompanhado de arroz mouro com lentilha, quiabo e banana frita), sopito (peixe com creme de coco), karni stoba (carne ensopada) e sopa de iguana são alguns dos saborosos pratos tradicionais. Para a sobremesa, quesilho (pudim de caramelo) e casjupete (bolo preto) são boas pedidas.

Para beber, fruit punch (uma mistura de suco de abacaxi e suco de laranja, com um pouco de granadine não alcoólico) e a famosa piña colada são as mais indicadas, depois da Amstel, a cerveja holandesa fermentada em Curaçau e feita com água dessalinizada.

A ilha de Curaçau fica no sul do Caribe a mais ou menos 60 km da costa da Venezuela

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Navio que naufragou no litoral norte da ilha

Destaque ainda para o licor que leva o nome da ilha, uma receita original produzida a partir da fermentação do óleo retirado de cascas de laranja. O sabor é inigualável.

Curaçau é uma festaA música é o que faz a diferença nas noites da ilha. Shows folclóricos embalados por rumba, salsa e merengue e uma programação variada para todos os gostos. Durante o ano são realizados festivais de carnaval, de rumba, de jazz, de cinema e de televisão. No final do ano começa a Festa de Saint Nicholas, o nosso Papai Noel, que chega a bordo de um veleiro e sai distribuindo doces e presentes às crianças de Willemstad.

O mar de CuraçauQuilômetros de belas paisagens naturais, águas azul-turquesa que passam pelo verde-esmeralda e terminam no azul-marinho em alto-mar. As praias do norte são impróprias para o banho, pois possuem águas-vivas

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Vida marinha própria da região, riquíssima

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e muitas rochas. As do sul, entretanto, são ótimas, e a praia de Kenepa é uma delas. Como a densidade pluviométrica é muito baixa (500 mm por ano), o céu está sempre azul. As temperaturas não ficam abaixo dos 23 graus. O carro é fundamental para o acesso às águas cristalinas de Lagun, Westpunt, Baia Beach, Jeremi, Santu Pretu, San Nicolas, Jan Thiel e Daaibooi.

Onde mergulhar Mushroom Forest: um dos mais famosos pontos de mergulho de Curaçau, composto por formações de corais duros que se assemelham a cogumelos. É rico em vida marinha: pequenos cardumes, moreias-verdes, esponjas e corais coloridos. O ponto alto é uma caverna chamada Blue Room, que pode ser visitada ao

final do mergulho para um belíssimo snorkel. Superior Producer: um dos melhores mergulhos

de naufrágio do Caribe. Nem sempre é possível, pois está numa região com intenso tráfego de navios de cruzeiro. Consulte a operadora a respeito das melhores datas. A embarcação está coberta de corais e geralmente é possível avistar grandes barracudas patrulhando os arredores e realizar pequenas penetrações em seus porões e sala de comando.

Dolphin Dive: mergulho realizado em conjunto com a Dolphin Academy, junto a golfinhos acostumados a interagir com seres humanos em seu ambiente natural. É uma experiência maravilhosa passar 40 minutos interagindo com um dos animais mais inteligentes do mundo, vale cada centavo. j

Esponjas e corais coloridos e barracuda patrulhando os arredores

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É possível realizar pequenas penetrações nos porões e na sala de comando da embarcação coberta de corais

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Mergulho junto a golfinhos acostumados a interagir em seu ambiente natural com seres humanos

Onde ficar Nos hotéis ao longo da ilha as diárias variam de U$ 100 a U$ 300. As opções vão do clássico e confortável estilo americano ao acolhedor e romântico estilo francês. O Hilton tem completa infraestrutura para mergulho, possui um dive center para cursos e saídas regulares com a Ocean Encounters, a maior operadora de mergulho da ilha. É possível fazer mergulho de praia e também programar saídas de diversos outros hotéis: Holiday Beach, Marriot, Kura Hulanda/Leading Hotels of the World, Floris Suite Hotel, Loris Suite Hotel, Hotel Howard Johnson, Superclub Breezes, Avila Beach, Trupial inn e Lions Dive & Beach Resort. Uma recomendação para o novíssimo Hyatt Regency Curaçao Golf e Hyatt, especial para mergulhadores, com dive center, estrutura completa de lazer, atendimento impecável e cozinha internacional comandada pelo chef brasileiro Vicent Pellegrini. Transporte não é problema.

Todos os hotéis possuem vans e os táxis rodam sem taxímetro, o que significa que o turista pode negociar o preço antes de embarcar.

Fácil comunicaçãoAlém do inglês e do holandês, o papiamento é a língua oficial. Para o turista brasileiro é fácil compreender a língua falada pelos curaçolenhos – o papiamento – que deriva de “papiar”. Além da escrita, a sonoridade da língua é próxima do português, quando falado lentamente.

A economia da ilha gira basicamente em torno da refinaria de petróleo, das companhias off-shore e do turismo. Não existe fonte de água doce em Curaçau. Uma fábrica desenvolveu um processo de dessanilização da água do mar, e também gera energia para a ilha. O superaquecimento das caldeiras faz com que a água evapore e o sal fique depositado. O vapor é resfriado e a água sai pura e límpida em todas as torneiras. S

Carol Schrappe é instrutora de mergulho e proprietária da operadora de turismo de mergulho Acquanauta. www.acquanauta.com.br.Kadu Pinheiro é fotógrafo, design gráfico e instrutor de mergulho e fotografia subaquática. www.kadupinheiro.com.

www.acquanauta.com.brwww.arribatur.com.br

INFOrmaçõeS SObre PaCOTeS TUríSTICOS

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Comemoração da equipe espanhola ao vencer a primeira perna

Após um início de competição ruim na regata do porto em Alicante, a equipe se recuperou bem e venceu a primeira perna da volta ao mundo.

Foram exatos 21 dias, 14 minutos e 25 segundos até que a equipe com 11 tripulantes cruzasse a linha de chegada em primeiro lugar na primeira etapa, de Alicante à Cidade do Cabo, para comemorar a vitória, entre eles o brasileiro Joca Signorini. O percurso de 6.500 milhas náuticas da Espanha até a África do Sul foi repleto de desafios, como o início

do Mediterrâneo com ventos fortes e a passagem pela linha do Equador com calmarias.

Na Cidade do Cabo, muita festa para os espanhóis, que confirmaram o bom desempenho na regata do porto. O Telefónica venceu mais uma vez e ampliou

a vantagem na classificação geral da Volvo Ocean Race. A tripulação aproveitou bem os ventos da África do Sul e completou o percurso em 55 minutos e 55 segundos.

Os seis veleiros já partiram para mais um desafio, de 5.430 milhas

náuticas, da Cidade do Cabo até Abu Dhabi (Emirados Árabes). A parada brasileira, em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, está prevista para abril de 2012. O trecho entre Auckland (Nova Zelândia) e a cidade catarinense é um dos pontos mais sensíveis e estratégicos da Volvo

Ocean Race. As equipes velejarão 6.705 milhas náuticas – o maior trecho da competição – pelos temidos mares do sul e tendo de contornar o Cabo Horn, considerado um dos locais mais perigosos para navegação do planeta.

Telefónica na frente

Destaque no início da competição, espanhóis já são favoritos para ganhar a Volvo Ocean Race

O barco espanhol é o grande destaque do início da Volvo Ocean RacePor Marcelo Buda

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na veia

Trinta dias no mar, 79 inscritos, 20 desistências e 4.200 milhas de um desafio que teve em 2011 uma das edições mais difíceis da La Charente-Maritime/Bahia Transat 2011. Mas a regata, disputada em solitário a bordo de um pequeno barco de 6,5 metros entre a cidade francesa de La Rochelle e Salvador, teve ainda um ingrediente a mais: a determinação de Kan Chuh, único representante brasileiro na prova.

Com a ambição de provar seus limites, Kan Chuh foi surpreendendo ao crescer durante a prova. “Ficava praticamente 24 horas em regata para avançar no ranking, descansava de dia e muito pouco à noite (três a quatro horas, no máximo)”, afirmou Kan Chuh. Tanto esforço foi recompensado: não só cumpriu a missão de concluir a regata, como chegou a Salvador com o sol raiando, no dia 4 de novembro, e um honrado 21º

lugar, entre os 33 “sobreviventes” na categoria Série.

“Foi tudo muito molhado e cansativo, andando sempre no meu limite. Todos que fizeram a regata são heróis. Em 22 dias apenas três banhos, comendo Miojo com muito calor e roupa úmida, sacudindo dentro do barco em isolamento e barulho o tempo todo no ouvido.”

Kan Chuh foi o terceiro brasileiro a completar uma Mini Transat. O primeiro foi Gustavo

Pacheco em 2003, e depois Izabel Pimentel, em 2009. Num quesito, entretanto, ele certamente contou com uma proteção a mais – a da rainha do mar, que rege as águas baianas – onde vive. “Tudo funcionou 100% bem. Cheguei a Salvador sem nada a ser consertado! Poderia partir de novo de volta à Europa! Fiz o meu melhor e só vou ter lembranças dos bons momentos.”

Com a ambição de provar seus limites, Kan Chuh surpreendeu durante a competição

Kan Chuh foi um dos sobreviventes da La Charente-Maritime/Bahia Transat 2011Por Flávia Figueirêdo

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Kan Chuh levou a bandeira brasileira na regata

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Belas disputas em Ilhabela

Gabriel Browne, subindo no ranking mundial

O charme do veleiro Dalia

A Copa Suzuki Jimny terminou em dezembro com regatas equilibradas no Yacht Club de Ilhabela. Depois de quatro etapas e mais de 20 regatas em cada classe, os melhores do ano foram confirmados. Na ORC, a festa foi da equipe do Orson, comandado por Carlos Eduardo Souza e Silva. Na classe HPE25, o Ginga (Breno Chvaicer) confirmou o favoritismo. Outro campeão foi o Fram (Felipe Aidar) na BRA-RGS A. O grande campeão na BRA-RGS B foi o Palmares (José Romariz Filho). Na BRA-RGS C, o Pirajá (Rubens Bueno) teve a melhor média durante as quatro etapas e levantou o troféu. Já a RGS-Cruiser, uma das mais equilibradas, foi decidida apenas no último dia, sagrando o Helios II Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo).

Clássicos da vela com mais de trinta anos levaram todo o seu charme a Búzios na segunda etapa da sexta edição da Regata de Veleiros Clássicos. Os fortes ventos nos dias de competição colocaram os bravos veleiros à prova. Segundo Torben Grael, que

esteve no evento, o velejo estava muito bom. “Hoje tivemos o que todo velejador gosta: vento!”, disse. Na categoria F, a mais disputada, o Viva foi o grande vencedor, deixando o Lady Lou, capitaneado por Torben Grael, na segunda colocação.

O cearense Gabriel Browne, o Biel, sagrou-se tricampeão consecutivo do Wind Brasil e campeão sul-americano de Fórmula. Com os resultados, Biel deve subir para perto de 20º no ranking mundial. Em 2012, o atleta promete agenda cheia e muitos títulos: “Para 2012 quero disputar uns quatro ou cinco campeonatos: dois Wind Brasil, a Copa do Mundo, na Letônia, e algumas etapas na Europa”, contou Biel, que ainda cursa Administração e trabalha na empresa da família.

Os campeões da Copa Suzuki

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Trintões em Búzios

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Brasil deixou a Argentina em segundo

Manobras na água e no ar

Aconteceu no final de novembro em Garopaba, litoral sul de Santa Catarina, o primeiro Over Limits. O evento reuniu os melhores atletas do país e um júri especializado em três modalidades radicais: jet waves (manobras com jet nas ondas), sling shot (surfe aéreo) e paraquedismo swoop (pouso radical). Nesta primeira edição, quem levou a melhor foi o catarinense Alessander Lenzi (jet waves), o carioca Marcelo Ribeiro Pessoa – Marcelo Trekinho (sling shot) – e o paulistano Kalay Marques (paraquedismo swoop).

Os brasileiros dominaram o pódio no Campeonato Sul-Americano de Canoagem Onda, que aconteceu em Itajuba, no município de Barra Velha, em Santa Catarina. A competição reuniu, na Praia do Sol, atletas que praticam um misto de

esportes nas ondas com auxílio do remo: waveski, kayaksurf, stand-up e shark paddle surf. Com oito ouros, o Brasil deixou a Argentina como vice. O país vizinho conquistou três medalhas de prata e o Peru, terceiro colocado, uma de prata.

1º Over Limits

Domínio brasileiroRI

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Prêmio para acessibilidade

Fim do jejum havaiano

Surfe adaptado para pessoas com deficiência

John John Florence comemora em Sunset Beach

Os cariocas Henrique Saraiva, Phelipe Nobre e Luana Nobre, fundadores da Adaptsurf, venceram a terceira edição do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro. A premiação realizada pela Folha de São Paulo tem o objetivo de reconhecer e promover jovens talentos. Os surfistas sociais realizam desde 2007 um trabalho pioneiro no país utilizando o surfe adaptado para desenvolvimento de pessoas com deficiência. Além disso, eles ainda estudam a situação das praias para torná-las acessíveis.

O jovem surfista John John Florence, de 18 anos, acabou com um jejum de vitórias havaianas em Sunset Beach. Ele venceu a World Cup of Surfing, deixando o taitiano Michel Bourez como vice e o australiano Adam Melling na terceira colocação. Com a vitória, Florence assumiu a liderança na corrida pelo título da Tríplice Coroa Havaiana. O surfista foi uma das três novidades que entraram na elite na rotação de meio de ano, junto com os brasileiros Gabriel Medina e Miguel Pupo. S

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W 326 Santorini, o novo catamarã da Vom Wasser

Lobster L35 Sport da Kalmar

Boatlifts, dentro ou fora da água em 30 segundos

O estaleiro Vom Wasser (Curitiba – PR) lançou em 2011 o catamarã W 326 Santorini, ideal para passeios e prática de esportes náuticos. O projeto levou 12 meses para ser concluído e reúne o conhecimento dos marujos fundadores do estaleiro. Com 26 pés de comprimento e capacidade para 14 pessoas, o modelo oferece requintes e funcionalidades aliados a uma navegação suave. Equipamentos como amassador de latas e compartimentos para objetos pessoais e espias (cabos que amarram um navio a outro ou a um cais) revelam o cuidado com a experiência a bordo. http://vwasser.com.br

Chegaram ao Brasil os modernos Boatlifts, da americana Sunstream, que permitem elevar as embarcações em apenas 30 segundos, dentro ou fora da água. Com acionamento hidráulico e baterias recarregáveis por eletricidade ou painel solar, são

ideais para quem possui casa à beira de rios, lagos e outros locais de águas abrigadas ou marinas e condomínios que não possuem mais vagas no seco. Três produtos irão atender o mercado nacional, conforme o peso de cada embarcação: Floatlift, Sunlift e Sunport. Alguns possuem ainda toldo e iluminação, o que protege o barco contra o sol e os pássaros. www.lojadebarco.com.br

O estaleiro Kalmar (Itajaí – SC) apresenta ao mercado o Lobster L35 Sport, voltado para a pesca esportiva. Seu ótimo desempenho também favorece passeios em família, podendo enfrentar mares revoltos sem os movimentos bruscos comuns em lanchas. Em relação ao modelo L35, apresenta novo layout com foco na área social: maior área externa e cabine reduzida, acomodando duas pessoas no pernoite. Esteticamente o casco ficou com a popa mais arredondada e ganhou um ar clássico. O Lobster continua apresentando suavidade ao navegar e uma notável economia de combustível. www.kalmar.com.br

Comodidade dos passageiros

Área social espaçosa

Elevadores náuticos

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A MM Náutica surgiu para suceder a bandeira de distribuição de motores da HM Náutica

MM Náutica

Fachada da Loja em Curitiba (PR)

A MM Náutica é reconhecida uma das mais bem estruturadas lojas náuticas do Brasil. A empresa, situada em Curitiba e fundada em 1995, é capitaneada por Pedro David de Carvalho, proprietário da MM Náutica há 16 anos, que traz na bagagem a experiência de 22 anos de trabalho no extinto Grupo Hermes Macedo, no qual chegou à função de diretor.

A MM Náutica surgiu para suceder a bandeira de distribuição de motores da HM Náutica, herdando um vasto cadastro de clientes e um quadro de funcionários já qualificados para atender o meio. Hoje é não apenas uma loja especializada no segmento, mas também na prestação de assistência técnica, em que conta com os serviços de mecânica, elétrica e reparos em fibra.

A empresa optou por trabalhar com produtos de primeira linha, tornando-se representante das principais marcas do mercado náutico e firmando-se como líder das marcas que representa em todo o sul do Brasil, especialmente da marca Phantom de embarcações, da qual é a maior revendedora do país.

Entre os produtos comercializados pela MM Náutica estão barcos de fibra (Schaefer, Triton e Fishing), barcos de alumínio (Levefort e Metalglass), infláveis (Flexboat), jet sky (Sea-Doo), e motores (Mercury, Evinrude e Volvo Penta). www.mmnautica.com.br j

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Poltrona do pilotoda Besenzoni

Equipe da Link Monitoramentos

Esta é a proposta da Besenzoni ao lançar no mercado o assento para piloto Infinity Lux. Com design similar ao modelo Infinity Seat, mas com uma linha mais elegante, esse assento ergonômico tem inclinação do encosto e apoio para os pés ajustáveis, rotação de até 180°, deslizamento automático e regulagem na altura. Essas características possibilitam uma direção mais confortável e eficiente, sobretudo àqueles que sentem o efeito das viagens de longa distância. É possível ainda personalizar o acabamento e escolher o lugar onde será alocado, na parte externa ou interna do barco. www.regatta.com.br

Uma alternativa de segurança para proprietários de embarcações é o sistema de monitoramento oferecido pela Link Monitoramentos. Utilizando as tecnologias GSM, GPRS e GPS, é possível saber onde se localiza o objeto rastreado; limitar o espaço onde pode circular, por meio de rotas pré-estabelecidas

ou cerca eletrônica; definir limites de velocidade e calcular distâncias percorridas. Com sede em Curitiba e mais de 50 franquias espalhadas pelo país, a empresa oferece atendimento personalizado e padrão em qualquer região do Brasil.www.linkmonitoramento.com.br

A MTC Robóticas, do Rio Grande do Sul, fabrica a Router CNC, uma máquina capaz de usinar materiais como MDF, cobre, alumínio, latão, grafite, polímeros em geral e chapas de aço. Com excelente relação entre custo e benefício comparada aos centros de usinagem, a máquina permite usinar moldes das peças que compõem uma embarcação, como por exemplo: detalhes ornamentais ou estruturais, peças plásticas, letreiros, etc. Basta que seja feito um desenho inicial em um software CAD e posteriormente determinada a estratégia de usinagem em um software CAM. www.roboticas.com.br

Conforto para a direção

Novidade em 3D

Sistema de monitoramento

Router CNC da MTC Robóticas

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A nova filial possui um showroom com peças e motores de todas as linhas da marca

Volvo Penta Brasil

Loja Euro Motores, em Camboriú (SC)

A Euro Motores, concessionária da Volvo Penta Brasil, inaugurou uma nova loja em Camboriú, litoral de Santa Catarina. A unidade está localizada no quilômetro 134 da BR 101, sentido sul. O local foi estrategicamente escolhido pela facilidade de acesso e alto fluxo de veículos na região.

A nova filial da Euro Motores possui 340 metros quadrados e um showroom com peças e motores de todas as linhas da marca. A Volvo Penta oferece motores destinados a aplicações industriais, operações marítimas comerciais e para barcos de lazer. Uma das características da Euro Motores é a sua vocação para venda de motores industriais. Por ficar em uma região portuária, a revendedora tem um grande volume de negócios de motores para guindastes, empilhadeiras e motobombas, por exemplo.

A Volvo Penta é uma das principais fabricantes mundiais de motores industriais e marítimos, de lazer e de trabalho. A marca faz parte do Grupo Volvo, empresa sueca conhecida pelos seus valores essenciais de qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente. No Brasil, sua sede está localizada em Curitiba, Paraná.www.volvopenta.com S

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Fã declarado de carros esportivos, o designer Luiz de Basto resolveu transplantar as linhas agressivas dos modelos da fabricante britânica Aston Martin para a sua nova criação de iate conceitual. O resultado é

uma incrível lancha esportiva que, apesar de ser somente um exercício criativo, não deixa de alimentar os sonhos dos apaixonados por automóveis e lanchas.

A inusitada criação do designer instalado em Miami não apresenta nenhum conceito futurista que transcende as leis da física, o que torna a embarcação 100% funcional e capaz de ser construída a qualquer momento – apesar de não ter a comercialização como principal objetivo. A preocupação com a viabilidade do projeto fica

evidente, já que características exclusivamente náuticas como âncoras e bordas estão incorporadas normalmente.

BatismoComo todo projeto que se preze, este também recebeu um nome especial: Voyage 55. A nomenclatura faz referência à tradição da Aston Martin em dar nomes aos seus carros com a letra V. Prova disso são as próprias inspirações para essa embarcação, como os modelos Vantage e Virage.

Aston Martin Voyage 55Exercício criativo do designer De Basto leva para as águas as linhas agressivas dos carros esportivos britânicosPor Angelo Sfair

Criação de iate conceitual é uma incrível lancha esportiva

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rodas, enquanto os designers de iates estão ocupados trabalhando nas bordas, que mais tarde serão completadas pela superfície. Outro apontamento que De Basto considera fundamental é a relação

Além deles, também serviram como inspiração os exemplares Rapide e DBS.

Ao levar as linhas de automóveis para a água, De Basto esteve atento a vários detalhes que tornam a fabricante britânica de carros esportivos uma das mais respeitadas do mundo. As principais características dos veículos transplantadas para o conceito de barco são a linha do teto, as formas das janelas, as luzes dianteira e traseira, a ventilação lateral, o spoiler, o capô e o detalhe mais importante: a grade frontal – característica mais marcante da Aston Martin –, traduzida para a embarcação na forma de para-brisa.

O carro e o barcoO designer considera que os dois veículos – automóvel e lancha – são totalmente distintos, podendo se observar pouquíssimas semelhanças além de serem

motorizados. Mas, para ele, a diferença mais significativa entre os dois é o fato de que os designers de automóveis passam mais tempo tentando resolver a questão da superfície entre as

Grandes janelas laterais inspiradas nas saídas de ventilação do motor do veículo terrestre

Luzes da traseira dos automóveis representadas no projeto pelos escapes dos motores

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fabricante britânica ainda fornece luz natural para o interior da embarcação. Também podemos observar as luzes da traseira dos automóveis, representadas no projeto pelos escapes dos motores.

entre as escalas e proporções. A maior discrepância entre os modelos é a parte frontal, tendo em vista que ninguém circula pelo capô de um carro – diferentemente do convés de popa de um iate. Sendo assim, o designer defende a tese de que os barcos necessitam de linhas mais simples comparadas com as de carros.

ReferênciasDepois de analisar os modelos da Aston Martin, De Basto chegou à conclusão de que um dos detalhes mais marcantes é a grade do radiador. Ao fazer essa constatação, o designer se deparou com um grande desafio, já que barcos não possuem essa peça por definição. Depois de vários esboços, ficou claro para ele que a solução seria repassar essa característica para o para-brisa, que incorporou a forma icônica da grade mundialmente conhecida.

Outros elementos clássicos dos projetos da Aston Martin podem ser observados no desenho do barco, como a saída de ventilação do motor – tornou-se uma grande janela, que além de caracterizar a

Elementos clássicos dos projetos da Aston Martin foram transferidos para a embarcação

Desenho da grade do radiador, marcante nos carros, foi parar no para-brisa do barco

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Misture as melhores promoçõesPronto, você está na MIX FM 91,3. O melhor mix do Brasil.Uma emissora Grupo CANAL/com.

O melhor MIX da música popestá em Curitiba.

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Quando o uso do computador ainda não estava disponível, o casco tomava forma sobre mesas de risco

Quando comecei a construir barcos, ainda não havia computador portátil, internet, CAD e máquina de calcular com mais de quatro operações. Muita gente não acredita como era possível construir um barco ou nem imagina quanto tempo isto levava.

Já se foi o tempo em que era necessário ter uma sala de risco dentro do estaleiro onde o

carpinteiro era responsável por desenhar e suavizar as linhas longitudinais do casco, gerar uma tabela com as medidas e passá-las

para chapas de compensado, fazer ajustes e finalmente desenvolver o modelo do casco. Em um estaleiro de 600 funcionários havia uma ou duas pessoas com habilidade de ler desenhos em papel vegetal

e gerar mentalmente uma forma tridimensional.

Hoje existem programas capazes de desenvolver linhas e carená-las

com precisão milimétrica, plotar desenhos em escala natural, cortar cavernas ou até mesmo fazer a própria usinagem do molde em 3D sobre um bloco de espuma sintética. Este procedimento é

Desenhando as linhas do casco Parte 1

Técnicas antigas e modernas de construçãoPor Jorge Nasseh

Cálculos exatos e habilidade do marceneiro fazem a diferença

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Jorge Nasseh

Desenhos milimétricos que saem da tela do computador demonstram as formas exatas de um projeto

comum em construção de barcos seriados, em que a velocidade de fabricação, a montagem e o acabamento são extremamente eficientes. Quando o uso do computador ainda não estava disponível, o casco tomava forma sobre mesas de risco, como se

fossem pranchetas em escala natural, normalmente no tamanho do barco ou do navio. Com os atuais programas de computador, a questão de carenamento em escala natural já não é necessária. No caso de uma construção amadora de embarcações de pequeno porte, ainda se utiliza o carenamento feito à mão em escala natural.

Embora alguns construtores iniciantes possam pensar que é possível construir um bom barco com apenas alguns rascunhos ou esboços, ou pegar um modelo ou casco antigo, alongar a popa, abrir a boca e subir a borda, a geração mais indicada para as linhas de um barco é feita a partir de planos. É necessário que as linhas e parte

do plano de construção sejam desenhados sempre em escala e plotados de forma que o construtor possa obter, nestes desenhos, todas as informações necessárias à construção do casco.

Sugiro que o construtor esteja familiarizado com as abreviaturas

do casco. Se o construtor estiver fazendo um modelo macho, então ele deverá descontar a espessura do plug. As tabelas de cotas, assim como o plano de linha, são partidas em seções, que são conhecidas no mundo náutico como balizas, e suas distâncias determinam como as cavernas devem ser montadas.

Ainda hoje muitos construtores utilizam longos virotes de madeira para ajustar o carenamento final de alguma superfície. Estes virotes são construídos a partir de madeira ou perfil pultrudado de fibra de vidro com seção de 20 x 20 mm ou 30 x 30 mm, e têm de cinco a seis metros de comprimento. Às vezes são necessárias mais de duas pessoas para verificar o desenvolvimento das linhas de um barco. Eles são colocados sob a superfície do casco para poder verificar as pequenas inflexões da superfície. O objetivo final, quando o barco estiver pronto, é ter uma superfície perfeitamente suave e com o máximo de brilho possível.

Na próxima edição da Perfil Náutico, continuarei falando sobre o desenho das linhas do casco, até lá.

usuais nos planos construção de barcos. Nomes como linha d’água de projeto, calado moldado, boca máxima, plano do alto, coeficiente prismático e outros são comuns nestes desenhos. Existem dicionários específicos com a terminologia e suas abreviações. Deve se notar que muitas têm ligação com a língua inglesa.

Projetos antigos ainda são fornecidos com tabela de cotas, de forma que um entendimento dos planos de linha d’água, planos de baliza e planos do alto são requeridos para que o construtor possa montar a forma do casco. Nestas tabelas, as dimensões listadas são sempre as moldadas, ou seja, da parte mais externa

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Biografia oficial da mergulhadora Karol Meyer, a brasileira que prendeu a respiração, mergulhou fundo, superou limites e se tornou o um grande fenômeno desportivo do país ao conquistar sete recordes mundiais. O livro, escrito pela jornalista Cláudia Prosini, apresenta a história completa, recordes, momentos especiais da vida de Karol “Peixe” com os seres marinhos. Além disso, ainda dá noções mergulho, dicas de segurança e, para ilustrar, belíssimas fotos.

Em “Desafiando o Rio Mar - Descendo o Solimões”, o Coronel Hiram Reis e Silva narra a concretização deste projeto, que consistiu em descer o Rio Solimões/Amazonas de caiaque. Na aventura ele reconhece seus afluentes, observando fauna, flora, hidrografia, relevo e documentando as relações com os povos locais. A alimentação do autor foi apenas daquilo que foi pescado, plantado ou doado pelos moradores das proximidades. A aventura durou quase dois meses na travessia dos mais de 1.700 quilômetros do Rio Solimões e seus afluentes. Um registro dos aspectos fisiográficos, sociais e humanos da Amazônia. S

Karol Meyer A mulher do fundo do mar

Desafiando o Rio Mar: descendo o Solimões

Livros

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APOIO PROMOÇÃO

Fábrica de Brinquedos do Papai NoelAuto de Natal da Família Horn na Praça Santos Andrade.

Natal MóvelCarreta itinerante com vários espetáculos em praças,parques e na região metropolitana.

Fachada iluminada da ACPMuito brilho e cores na sede da Associação Comercial do Paraná.

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Numa caçarola de ferro bem aquecida, coloque ½ xícara de óleo de milho, espere um minuto e ponha a linguiça sem a tripa, bem amassada. Quando estiver ligeiramente dourada, ponha o alho, em seguida a carne e refogue bem. Coloque o pimentão, dê

Molho Dom CarlosIngredientes (Receita para seis pessoas)

P 600 gramas de patinho moídoP 600 gramas de linguiça toscana BizinelliP ½ xícara de óleo de milhoP 1 pimentão vermelho moído e 2 cebolas raladasP ½ quilo de tomates maduros, moídos e sem sementesP 4 dentes de alho moídosP 1 colher de chá de pimenta-do-reinoP Sal a gostoP 1 copo de vinho tinto secoP 1 colher de sobremesa de manjericãoP 1 colher de sopa de trigo e ½ copo de leite

uma boa misturada e depois a cebola. Deixe pelo menos 15 minutos em fogo médio e aplique o molho de tomates, que devem ser bem maduros. Cozinhe mais meia hora e derrame o copo de vinho. Mais cinco minutos, ponha o manjericão, o sal e a pimenta. Não deixe secar. Se for preciso, use um copo de água fervente. Dissolva o trigo no leite quente e misture com o molho, mexa mais dois minutos e está pronto. Sirva com o seu macarrão preferido, polenta ou purê de batatas. S

Luiz Alfredo Malucelli é escritor, cronista, jornalista e gourmet

Como preparar

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Boa companhia a bordo é um prazer a mais para a navegação

Barco? Coisa de homem. Regatas, passeios com os amigos e mar ruim. Com o passar do tempo, começamos a sentir falta da companhia da esposa a bordo. Curtir o espaço e o tempo com ela. Mas ela não quer saber de barco. E agora?

Para começar, não espere que as pessoas adivinhem seus pensamentos. Em comunicação humana, o que parece óbvio para

você pode não ser para o outro. Quando estudamos vendas, aprendemos que existem diversas técnicas para atender clientes difíceis. A que considero a melhor

é a de não tentar adivinhar o que o cliente quer. Pergunte a ele. Normalmente as respostas são sensatas, diretas e factíveis. Use essa técnica com sua mulher. Pergunte a ela o que a deixaria

feliz numa saída de barco com você. Procure atendê-la da melhor maneira, afinal, ela é sua melhor cliente. Se o barco aderna e isso a deixa nervosa, procure folgar as

velas. Se caturra muito em alta velocidade, diminua a marcha. Se ela fica nervosa à noite, navegue somente de dia. Só o fato de você demonstrar preocupação com isso vai contar pontos a seu favor.

Como marinizar sua mulher

Pergunte a ela. Normalmente as respostas são sensatas, diretas e factíveis

Convencer sua amada a velejar merece cuidados especiaisTexto e fotos: Ricardo Amatucci

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arToda mulher gosta de declarações de amor

Casal do veleiro Gameio acena na partida de mais uma viagem

Você pode aproveitar essa oportunidade: leve um champanhe e faça um jantar à luz de velas de surpresa. De nada adianta querer levar sua mulher a bordo se você não for gentil e paciente desde o início. Lembre-se: ela pode estar esperando o primeiro vacilo para dizer: “Viu? Não falei?” E aí sua razão, vontade, esforço e

principalmente planejamento vão – desculpe o trocadilho – por água abaixo. Vá devagar, não imagine que de um dia para o outro as

coisas vão acontecer como você sonha. Cada indivíduo tem seu próprio tempo. Seu convite para que ela o acompanhe no barco

deve ser feito com antecedência, dependendo da rejeição que ela tenha. Em geral, convidar sexta à noite para sair sábado pela manhã não vai funcionar. Você pode tentar começando com uma semana de antecedência. Previna-se com a meteorologia. Se for o caso, adie o passeio. Afinal você não vai querer sair com chuva logo na primeira vez. E, se de cara ela começar a inventar desculpas para o próximo fim de semana, não se estresse. Pegue um calendário e junto com ela programe essa saída nem que seja para dali a um mês.

Pegue um calendário e junto com ela escolha um belo programa

Uma noite romântica pode ser inesquecível para ambos

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Pergunte aonde ela gostaria de ir. Pegue a carta náutica e sente-se com ela, abra um vinho branco (elas gostam mais que do tinto) e comece a mostrar onde fica a marina, onde é a praia a qual ela quer ir. Pergunte se ela prefere uma praia mais calma ou mais agitada, com bares ou com menos gente. Mesmo que você ache que já saiba a resposta, pergunte. Deixe-a conduzir a embarcação a partir daí.

Outra coisa importante é uma boa programação. Depois do jantar romântico, que tal um filminho? Durante o dia, pode-se mergulhar

da praia, onde há pedras e algas pode ser atrativa. Questione-a sobre isso. Pergunte se ela curtiria. Compre duas lanternas de mergulho (hoje em dia são baratas!) e saia com ela para um mergulho noturno. Não precisa ser nada perigoso. Mesmo perto da praia, onde dá pé podemos ver muita vida marinha.

No início de nossa vida na vela, minha esposa chegava a chorar

até a Bahia. Só ela eu e nossa filha pequena como tripulante. Foram cinco anos de “investimento” deixando de velejar com ventos fortes, afrouxando a vela quando o veleiro começava a adernar e tantas outras vezes que nem saímos. Mas digo que valeu cada minuto quando me lembro da lagosta com vinho branco que saboreamos sob a luz do farol de Abrolhos. S

e ver a vida marinha. Mesmo que a habilidade dela não seja das melhores, uma flutuação com máscara, colete e snorkel próximo

quando o veleiro adernava. Depois de cinco anos nós saímos de São Paulo e chegávamos a Santa Catarina. No ano seguinte fomos

Comece pelo roteiro

Uma boa programação é importante. Depois do jantar romântico, que tal um filminho?

O visual do trajeto e os atrativos do destino são fatores primordiais

Família do veleiro Planeta Água aproveita a convivência no barco

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“Laguna San Rafael, um dos destinos mais belos da Patagônia Chilena. Um complexo de beleza natural com montanhas, geleiras e mar.”Foto: Rafaella Malucelli

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As Cataratas do Iguaçu foram eleitas uma das novas 7 Maravilhas da Natureza, no concurso que envolveu 440 das mais fantásticas atrações naturais de 200 países e territórios. Uma vitória que representa não só um reconhecimento à beleza dessas águas, mas também um impulso para o turismo da nossa região. Para a Itaipu, é um orgulho fazer parte dessa conquista. A você que nos apoiou, nosso muito obrigado.

Maravilha da NaturezaMaravilha da

Natureza

www.itaipu.gov.br

Até a votação foi uma maravilha: as Cataratas do Iguaçu deram um banho.