17
DERIVADAS 1. CONCEITO Chama-se derivada de um função y = f(x) ao limite da razão incremental ( y/ x) quando o incremento x da variável independente tende a zero. Indica-se por f’(x); ou seja: x y x f x 0 lim ) ( ' = x x f x x f x ) ( ) ( lim 0 2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA inclinação da reta secante PQ: m PQ = tan = PR RQ = x y razão incremental inclinação da reta tangente em P: m P = tan = x y x 0 lim = f’(x) Obs.: A derivada de uma função num ponto nos dá a inclinação da reta tangente a curva neste ponto, ou seja: 0 0 0 ) ( ) ( lim ) ( ' 0 x x x f x f x f x x 3. CÁLCULO DAS DERIVADAS (i) f(x) = k , k R y = k y + y = k y = k y y = k k = 0 0 0 lim ) ( ' 0 x x f x logo: (ii) f(x) = x n , n y = x n y + y = (x + x) n y + y = n k k k n x x k n 0 y + y = n n n n x x x n x x n x 2 2 1 2 1 y = n n n x x x n x x n 2 2 1 2 1 0 ) ( ' x f x x + x f(x) f(x+ x) P Q R y = f(x)

Apostila derivadas

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Blog Professor Emerson

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Page 1: Apostila derivadas

DERIVADAS

1. CONCEITO

Chama-se derivada de um função y = f(x) ao limite da razão incremental ( y/ x) quando o incremento x da

variável independente tende a zero. Indica-se por f’(x);

ou seja:

x

yxf x 0lim)(' =

x

xfxxfx

)()(lim 0

2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA

inclinação da reta secante PQ:

mPQ = tan = PR

RQ =

x

y razão incremental

inclinação da reta tangente em P:

mP = tan = x

yx 0lim = f’(x)

Obs.: A derivada de uma função num ponto nos dá a inclinação da reta tangente a curva

neste ponto, ou seja:

0

00

)()(lim)('

0 xx

xfxfxf xx

3. CÁLCULO DAS DERIVADAS

(i) f(x) = k , k R

y = k y + y = k y = k – y y = k – k = 0 00

lim)(' 0x

xf x

logo:

(ii) f(x) = x n , n

y = x n y + y = (x + x)

n y + y =

n

k

kkn xxk

n

0

y + y = nnnn xxx

nxx

nx 221

21

y = nnn xxx

nxx

n221

21

0)(' xf

x x + x

f(x)

f(x+ x)

P

Q

R

y = f(x)

Page 2: Apostila derivadas

2

f ’(x) = 11

121

0 .1

)21

(

lim nn

nnn

x xnxn

x

xxxn

xn

x

logo:

(iii) f(x) = x –1

y = x –1

y + y = xx

1 y =

xx

1 – y y =

xx

1 –

x

1

xxxx

x

x

xxx

xxx

x

xxxxf xxx

1

)(lim

)(lim

11

lim)(' 000

= 2

20

1

)(

1lim x

xxxxx

logo:

(iv) f(x) = sen x

y = sen x y + y = sen(x + x) y = sen(x + x) – y y = sen(x+ x) – sen x

y = 2

cos.2

sen2xxxxxx

y = 2.sen2

x.cos(x +

2

x)

x

xxxxf x

)2/cos(2/sen.2lim)(' 0 =

= xxxx

xxx cos)2/cos(lim.

2/

2/senlim 00

logo:

(v) f(x) = cos x

y = cos x y + y = cos(x + x) y = cos(x + x) – y y = cos(x+ x) – cos x y = -

2sen.

2sen2

xxxxxx y = -2.sen

2

x.sen(x +

2

x)

x

xxxxf x

)2/sen(2/sen.2lim)(' 0 =

= xxxx

xxx sen)2/sen(lim.

2/

2/senlim 00

logo:

2)(' xxf

xxf cos)('

xxf sen)('

1.)(' nxnxf

Page 3: Apostila derivadas

(vi) f(x) = a x , a R+ – {1}

y = a x y + y = a

(x + x) y + y = a

x.a

x y = a

x.a

x – y

y = a x.a

x – a

x y = a

x (a

x – 1)

aax

aa

x

aaxf x

x

x

x

x

xx

x ln.1

lim.lim)1(

lim)(' 000

logo:

4. PROPRIEDADES

(i) f = u + v f’ = u’ + v’

com efeito, f(x) = u(x) + v(x) f ’(x) = x

xvxuxxvxxux

))()(())()((lim 0 =

= )(')(')()(

lim)()(

lim 00 xvxux

xvxxv

x

xuxxuxx

generalizando: '''' 2121 nn ffffffff

Obs.: f = u – v f ’ = u’ – v’

(ii) f = u v f ’ = u’ v + u v’

com efeito, f(x) = u(x). v(x) f’(x) = x

xvxuxxvxxux

))()(())()((lim 0 =

= x

xvxuxvxxuxvxxuxxvxxux

)()()().()()()()(lim 0

= x

xuxxuxvxvxxvxxux

))()(()())()(()(lim 0

= x

xuxxuxv

x

xvxxvxxu xx

)()()(lim

)()()(lim 00

= )(').()().(' xvxuxvxu

generalizando: '...'....'.'... 21212121 nnnn ffffffffffffff

Obs: f(x) = k.u(x) f’(x) = 0.v(x) + k.v’(x) f’(x) = k.v’(x), k R

(iii) 2

'''

v

vuuvf

v

uf

com efeito, )().(.

)().()().(lim

)(

)(

)(

)(

lim)(' 00xxvxvx

xxvxuxvxxu

x

xv

xu

xxv

xxu

xf xx

= )().(

1.

)().()().()().()().(lim 0

xxvxvx

xxvxuxvxuxvxuxvxxux

)().(

1lim)

)()()(lim

)()()((lim 000

xxvxvx

xvxxvxu

x

xuxxuxv xxx

= )(

)(').()().('2 xv

xvxuxvxu

aaxf x ln.)('

Page 4: Apostila derivadas

4

5. REGRA DA CADEIA Se y = f(u), u = g(x) e as derivadas f’(u) e g’(x) existem, então a função composta definida por y = fog(x)

tem derivada dada por y’ = f ’(u) . g’(x)

demonstração:

com efeito,

y = f(g(x + x)) – f(g(x))

u = g(x + x) – g(x) g(x + x) = g(x) + u = u + u

f ’(u) = u

yu 0lim

g’(x) = x

ux 0lim

se x 0 então g(x + x) g(x) e u 0

logo: )(').('lim.lim)(' 00 xgufx

u

u

yxf xu

Ex.: y = (x 2 + 1)

3

y = u3 y’ = 3u

2

u = x 2 + 1 u’ = 2x

generalizando: '.'.'.' 1121 ffffofoofff nnn

Obs.: Seja f uma função cuja derivada é f ’ e inversa é f –1

. f –1

’(x) = )('

11 xfof

Ex.: f(x) = a x f

–1(x) = log a x f ’(x) = a

x ln a f ’of

–1(x) = aa

xa ln

log

f –1

’(x) = ax ln

1

logo: y = log a x y’ = ax ln

1

6. DIFERENCIAL DE UMA FUNÇÃO

6.1. CONCEITO Dada uma função y = f(x), derivável, chama-se diferencial desta função ao produto de sua derivada pelo

acréscimo da variável independente, indica-se por: dy = f’(x).dx

6.2.INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA

A diferencial de uma função é o acréscimo da ordenada da tangente a curva num ponto P, quando é dado um

acréscimo a variável independente.

x

u

u

y

x

u

u

y

x

yxf xxxx 0000 lim.lim.limlim)('

fy’ = 3.(x

2 + 1)

2.2x = 6x.(x

2 + 1)

2

x x + x

P

Q

S

R

y = f(x)

PRS, temos:

RS = PR . tan

PR = dx e tan = f”(x)

ff’(x).dx = RS

logo: dy = RS

Page 5: Apostila derivadas

Obs.: Para valores pequenos de x temos y dy, isto é, o acréscimo da função é aproximadamente igual a

sua diferencial

Ex.: Calcular o acréscimo e a diferencial da função f(x) = x2, para x = 2 e x = 0,1.

y = x2 y + y = (x + x)

2 y + y = x

2 + 2.x. x + ( x)

2

y = 2.x. x + ( x)2 acréscimo

dy = 2x.dx diferencial

x = 2 e x = dx = 0,1 ; temos:

y = 2.2.0,1 + 0,12 = 0,4 + 0,01 = 0,41

dy = 2.2.0,1 = 0,4

7. TEOREMA Se uma função é derivável num ponto, então ela é contínua neste ponto.

demonstração:

com efeito,

f(x) – f(a) = )()()(

axax

afxf, x a

)()()(

lim))()((lim axax

afxfafxf axax

)(lim)()(

lim)(lim)(lim axax

afxfafxf axaxaxax

0)(')())((lim afafxfax 0)())((lim afxfax

)()(lim afxfax

logo: f(x) é contínua para x = a

Obs.: A recíproca desse teorema não é verdadeira, isto é, uma função pode ser contínua num ponto e no entanto

não ser derivável no ponto.

8. DERIVADAS SUCESSIVAS

8.1 CONCEITO A derivada primeira de uma função y = f(x), normalmente ainda é uma função derivável. Derivando a derivada

primeira obtemos a derivada segunda da função; derivando a derivada segunda obtemos a derivada terceira da

função e assim sucessivamente. Indica-se por: f’(x), f’’(x), f’’’(x), f (4)

(x), ... , f (n)

(x)

Ex.: f(x) = e2x

y’ = 2e2x

y’’ = 4e2x

y’’’ = 8e2x

__ __ __ __

y(n)

= 2 ne

2x

8.2. REGRA DE LEIBNITZ n

k

kknn vuk

nfvuf

0

)()()(

com efeito,

f = u.v f ’ = u’.v + u.v’ f ’’ = u’’.v + u’.v’ + u’.v’ + u.v’’ = u’’.v + 2u’.v’ + u.v’’ f ’’’ = u’’’.v +

u’’.v’ + 2.(u’’.v’ + u’.v’’) + u’v’’ + u.v’’’ =

= u’’’.v + 3.u’’.v’ + 3.u’.v’’ + u.v’’’ ...

)()1()2()1()()( '

1''

2'

1

nnnnnn vuvun

nvu

nvu

nvuf

Page 6: Apostila derivadas

6

Ex.: f(x) = e ax

.x 2

u(x) = e ax

u’(x) = a.e ax

u’’(x) =a2.e

ax u’’’(x) = a

3.e

ax ...

u (n)

(x) = a n.e

ax

v(x) = x 2 v’(x) = 2x v’’(x) = 2 v’’’(x) = 0

v (4)

(x) = v (5)

(x) = ... = v (n)

(x) = 0

f (n)

(x) = a n.e

ax. x

2 +

1

n.a

n-1.e

ax.2x +

2

n a

n-2.e

ax.2 =

= an - 2

.e ax

.( a2.x

2 + 2.n.a.x + n.(n – 1))

9. DERIVAÇÃO DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS Funções implícitas são aquelas que se apresentam sob a forma F(x, y) = 0, onde y = f(x)

Exs.: (i) 2

2

2

22233 '

3

3'0'3309

y

xy

y

xyyyxyx

(ii) '44)'1)((2)'1)((2)()( 334422 yyxyyxyyxyxyxyx

'44'2'222'2'222 33 yyxyyxyyxyyxyyx

3

3

3

333 '

)(4

)(4'44)44('

yx

yxy

xy

xyyxyxyy

10. TAXAS RELACIONADAS Sejam x = f(t) e y = g(t) duas funções diferenciáveis e F(x, y) = 0 uma função

y = f(x) na forma implícita. As derivadas dx/dt e dy/dt nesta função implícita chamam-se taxas relacionadas

da função.

Ex.: Uma escada de 5m de comprimento está apoiada numa parede vertical. Se a base da escada é arrastada

horizontalmente da parede a 3m/s, a que velocidade desliza a parte superior da escada ao longo da parede,

quando a base encontra-se a 3m da parede ?

2522 yx

m/s25,234

3

2

2

022dt

dx

y

x

y

dt

dxx

dt

dy

dt

dyy

dt

dxx

logo: a parte superior da escada desliza com a velocidade de 2,25 m/s

5m

x

y

Page 7: Apostila derivadas

11. REGRA DE L’HOSPITAL

Se )(

)(lim

xg

xfax está indeterminado do tipo

0

0 ou e existe

)('

)('lim

xg

xfax , então

)('

)('lim

)(

)(lim

xg

xf

xg

xfaxax

Ex.: 61

2lim

3

9lim 3

2

3

x

x

xxx

12. TEOREMA DE ROLLE Se f é uma função contínua no intervalo [a, b], derivável no intervalo (a, b) e

f(a) = f(b), então existe pelo menos um número real c entre a e b tal que f ’(c) = 0

demonstração:

com efeito,

se f é uma função constante no intervalo dado, então f ’(x) = 0 e o teorema é satisfeito para todo x pertencente

ao intervalo dado

senão f não é constante e apresenta pelo menos um máximo M ou um mínimo m no intervalo dado

suponhamos que f no intervalo dado, apresenta um mínimo m = f(c) , temos:

f(x) – f(c) 0, x V(c)

0)()(

limcx

cfxfcx

e 0)()(

limcx

cfxfcx

se f ’(c) então 0)()(

limcx

cfxfcx

logo: f ’(c) = 0

Ex.: f(x) = sen x no intervalo [0, 2 ]

f é contínua em [0, 2 ]

f é derivável em (0, 2 )

f(0) = f(2 ) = 0

f ’(x) = cos x , cos x = 0 x = /2 ou x = 3 /2

Obs.: (i) se a função não é contínua em todo intervalo [a, b] , o Teorema de Rolle não se

aplica, isto é, não podemos garantir a existência do ponto c tal que f ’(c) = 0

(ii) se a função não é derivável em todo intervalo (a, b) , o Teorema de Rolle não

se aplica, isto é, não podemos garantir a existência do ponto c tal que f ’(c) = 0

(iii) o Teorema de Rolle nos diz que existe pelo menos um ponto c entre a e b no

qual a reta tangente paralela ao eixo dos x

13. TEOREMA DE LAGRANGE (TEOREMA DO VALOR MÉDIO) Se f é uma função contínua no intervalo [a, b] e derivável no intervalo (a, b) , então existe pelo menos um

número real c entre a e b tal que ab

afbfcf

)()()('

demonstração:

com efeito,

consideremos a equação da reta que passa pelos pontos (a, f(a)) e (b, f(b)):

)()()()(

afaxab

afbfy

consideremos uma função auxiliar F(x) que nos dá a distância vertical entre um ponto da função e o ponto

correspondente da reta secante:

))()()()(

()()( afaxab

afbfxfxF

vamos verificar se F(x) satisfaz ao Teorema de Rolle:

(i) F(x) é contínua em [a, b] , pois é a soma de duas funções contínuas

Page 8: Apostila derivadas

8

(ii) F(x) é derivável em (a, b), pois ab

afbfxfxF

)()()(')('

(iii) F(a) = F(b) = 0

vemos assim que o Teorema de Rolle pode ser aplicado à função F(x) no intervalo [a, b], isto significa que

existe pelo menos um número real c entre a e b tal que F’(c) = 0;

F’(c) = 0 0)()(

)('ab

afbfcf

logo: ab

afbfcf

)()()('

Ex.: f(x) = x3 no intervalo [-2, 2]

f é contínua em [-2, 2]

f é derivável em (-2, 2)

ab

afbfcf

)()()('

)2(2

)2()2(3 2 ff

c 43 2c 3

32c

Obs.: o Teorema de Lagrange nos diz que existe pelo menos um ponto c entre a e b no

qual a reta tangente a curva é paralela a reta secante que passa pelos pontos

(a, f(a)) e (b, f(b))

14. TEOREMA DE CAUCHY Se f e g são funções contínuas no intervalo [a, b] , deriváveis no intervalo (a, b) e

g’(x) não se anula no intervalo (a, b) , então existe pelo menos um número real c entre a e b tal que

)()(

)()(

)('

)('

agbg

afbf

cg

cf

15. FUNÇÕES CRESCENTES E DECRESCENTES Se f(x) é uma função contínua no intervalo [a, b] e derivável no intervalo (a, b) tem-se:

(i) f ’(x) 0, x (a, b) f é crescente em [a, b]

(ii) f ’(x) 0, x (a, b) f é decrescente em [a, b]

com efeito,

consideremos os valores x1 e x2 pertencentes ao intervalo (a, b) com x1 x2.

pelo Teorema de Lagrange c | 12

12 )()()('

xx

xfxfcf

f(x2) – f(x1) = f ’(c) . (x2 – x1)

se f ’(c) 0 f(x2) – f(x1) 0 f(x2) f(x1) f(x1) f(x2) f é crescente

senão f ’(c) 0 f(x2) – f(x1) 0 f(x1) f(x2) f é decrescente

Ex.: f(x) = x2 f ’(x) =2x 2x = 0 x = 0

x 0 f ’(x) 0 f é decrescente

x 0 f ’(x) 0 f é crescente

16. MÁXIMOS E MÍNIMOS

16.1. CONCEITO Seja uma função f derivável no intervalo (a, b) e seja x0 um ponto desse intervalo. Dizemos que f apresenta

um máximo relativo ou local no ponto x0 , se x V(x0),

f(x) f(x0) ; analogamente, dizemos que f(x) apresenta um mínimo relativo ou local num ponto x0 se x

V(x0), f(x) f(x0)

Obs.: Para determinarmos os extremos de uma função devemos pesquisar os valores de x em que a derivada

primeira se anula e os pontos onde a derivada primeira não existe. Estes pontos críticos da função são os

possíveis extremantes da função

Page 9: Apostila derivadas

16.2. TESTE DA SEGUNDA DERIVADA Seja x0 um ponto crítico de uma função f(x) no qual f ’(x) = 0 e f ’(x) existe numa vizinhança de x0. Se f

’’(x) existe, então:

(i) f ’’(x0) 0 x0 é maximante

(ii) f ’’(x0) 0 x0 é minimante

com efeito,

se f ’’(x) 0 f ’(x) é decrescente

x x0 f ’(x) f ’(x0) f ’(x) 0 f(x) é crescente

x x0 f ’(x) f ’(x0) f ’(x) 0 f(x) é decrescente

logo: x0 é maximante

senão f’’(x) 0 f ’(x) é crescente

x x0 f ’(x) f ’(x0) f ’(x) 0 f(x) é decrescente

x x0 f ’(x) f ’(x0) f ’(x) 0 f(x) é crescente

logo: x0 é minimante

17. CONCAVIDADE Seja y = f(x) a equação de uma curva , onde f(x) é uma função contínua, com derivadas contínuas:

(i) f ’’(x) 0 a curva tem a concavidade voltada para cima

(ii) f ’’(x) 0 a curva tem a concavidade voltada para baixo

Obs.: O ponto onde a curva muda de concavidade é chamado de ponto de inflexão da curva, nesse ponto a

derivada segunda se anula

18. ASSÍNTOTAS

18.1. CONCEITO Seja y = f(x) a equação de uma curva. Uma reta r é uma assíntota à essa curva quando uma das coordenadas

x ou y de um ponto P da curva tende ao infinito, este ponto se aproxima indefinidamente da reta, isto é,

quando a função que dá a distância de P a r tem limite nulo

18.2. ASSÍNTOTA VERTICAL A reta x = a é assíntota vertical de uma curva de equação y = f(x) , quando pelo menos uma das situações

abaixo ocorrer:

(i) )(lim xfax

(ii) )(lim xfax

(iii) )(lim xfax

(iv) )(lim xfax

Ex.: (i)4

1

xy

4

1lim

4 xx e

4

1lim

4 xx x = 4 é assíntota vertical

(ii) xy ln

xx

lnlim0

x = 0 é assíntota vertical

18.3. ASSÍNTOTA HORIZONTAL A reta y = b é assíntota horizontal de uma curva de equação y = f(x) , quando pelo menos uma das situações

abaixo ocorrer:

(i) bxfx )(lim

(ii) bxfx )(lim

Page 10: Apostila derivadas

10

Ex.: (i) 4

2

2x

xy

24

2lim

2x

xx e 2

4

2lim

2x

xx y = 2 e y = -2 são

assíntotas horizontais

(ii) xey

0lim x

x e y = 0 é assíntota horizontal

18.4. ASSÍNTOTA OBLÍQUA

A reta y = ax + b (a 0) é assíntota oblíqua de uma curva de equação y = f(x) , quando pelo menos uma das

situações abaixo ocorrer:

(i) x

xfa x

)(lim e ))((lim axxfb x

(ii) x

xfa x

)(lim e ))((lim axxfb x

com efeito,

0lim PMx

PMN: PM = PN cos cos

PMPN

0cos

limlimPM

PN xx

PN = PQ – NQ 0))()((limlim baxxfPN xx

0))()((lim baxxfx 0))(

(limx

ba

x

xfxx

0))(

(limx

ba

x

xfx 0)limlim

)(lim

x

ba

x

xfxxx

0))(

(lim ax

xfx )

)((lim

x

xfa x

0))()((lim baxxfx 0lim))((lim baxxf xx

0))((lim baxxfx ))((lim axxfb x

Obs.: (i) a dedução feita vale também para o caso em que x -

(ii) só devemos pesquisar assíntota oblíqua na direção em que ocorreu assíntota

horizontal

P

MN

r

y = f(x)

Q

Page 11: Apostila derivadas

(iii) se a função y = f(x) pode ser escrita na forma f(x) = ax + b +g(x), onde g(x) é uma função que

tende a zero, quando x então y = ax + b é uma assíntota oblíqua à curva que representa f(x)

Ex.: x

xy1

xx

xx

x

x

1lim

1lim

não tem assíntotas horizontais

xx

xx

x

x

1lim

1lim

0

0

x = 0 é assíntota vertical

y = ax + b 11

1lim)(

lim2xx

xfa xx

011

1lim))((lim xx

axxfb xx

y = x é assíntota oblíqua

19. ANÁLISE DE FUNÇÕES Para analisarmos uma função y = f(x) devemos determinar, se possível:

(i) o domínio da função;

(ii) as interseções do gráfico de f com os eixos coordenados;

(iii) a paridade e periodicidade de f;

(iv) o comportamento de f nos pontos de descontinuidade e nas fronteiras de seu domínio;

(v) o comportamento de f no infinito (- e + );

(vi) os intervalos em que f é crescente ou decrescente e os máximos e mínimos de f;

(vii) os intervalos de concavidade da curva que representa f e seus pontos de inflexão;

(viii) as assíntotas das curvas que representam f;

(ix) o esboço do gráfico de f

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Determine as derivadas das funções abaixo:

a) y = f(x)g(x)

b) y = x k , k R

2) Determine as derivadas das funções abaixo:

a) y = tan x

b) y = cot x

c) y = sec x

d) y = csc x

e) y = arcsen x

f) y = arccos x

g) y = arctan x

h) y = arccot x

i) y = arcsec x

j) y = arccsc x

3) Determine as derivadas das funções abaixo:

a) y = 2cos.

2

xe x

b) y = 5 4sen x

c) y = )1ln( 2xx

d) y = arcsen x3

e) y = ln (cos 3x)

f) y = arctan e 2x

Page 12: Apostila derivadas

12

g) y = (x3 +11)

15

h) y = 3 3 13

2

x

i) y = arcsec x 4

j) y = ln(ln(ln x))

k) y = sen2x + cos

2x + arccos

)cos(sen3 11ln xx

4) Calcule f’(4), se f(x) = arctan )))4(nsen(sen(se xx

5) Calcule f’(4

), se f(x) = xx ln)(tan

6) Ache um valor aproximado de 3 0857,8 .

7) Ache as derivadas enésimas das funções abaixo:

a) y = 1/x

b) y = sen x

c) y = ln(1 + x)

d) y = x21

1

e) y = xx 44 cossen

8) Ache as derivadas das funções abaixo:

a) x10

– y10

+ ln(x.y) = 0

b) x.sen y – cos y + cos 2y = 0

c) y = cos(x + y)

d) x

yyx arctanln 22

9) Ache a derivada enésima das função y = xxn ln.1

10) Uma bola de neve é formada de tal maneira que seu volume aumenta na razão de 8dm3/min. Com que

razão o raio é aumentado quando a bola tem 4dm de diâmetro?

11) Um tanque tem a forma de um cone invertido tendo uma altura de 5m e raio da base de 1m. O tanque se

enche de água a razão de 2m3/min. Com que velocidade sobe nível da água, quando a mesma está a 3m de

profundidade?

12) A altura de um certo cilindro circular está aumentando a uma razão de 3cm/min e o raio da base está

decrescendo a razão de 2cm/min. Determine a razão segundo a qual o volume do cilindro está variando quando

a altura é de 10cm e o raio da base é 4cm.

13) Calcule os limites abaixo:

a) 4/

)4/tan(lim 4/

x

xx

b) x

xx

cos1

)1(lim

2

1

c) )1ln(

1senlim 0

x

xex

x

d) x

xx

3cos1

6cos1lim 0

e) xx x1

1

1lim

f) xx

x xe /13 )5(lim

g) x

x x ln/10 )(senlim

h) 4

2

x/42

x

0x)e).x((coslim

i)

x

xx2

tanlim 0

j) x

x x0lim

Page 13: Apostila derivadas

14) Achar os pontos críticos das funções abaixo:

a) y = x4

b) y = x3

c) y = 1 – 3 2x

d) y = 3 x

e) y = ex

f) 2xey

g) y = x3 – 6x

2 + 9x – 1

h) 543

422

2

2

xx

xxy

i) xxy 2tantan2 , x [0, /2]

j) y = xx

k) 21lnarctan xxy

l) x

xy33

m) y = 2.sen x + cos 2x , x (0, )

15) Uma lata de forma cilíndrica deve conter um certo volume V. Quais são as dimensões de uma tal lata que

gaste a menor quantidade possível de material para ser feita.

16) A seção reta de um túnel tem a forma de um retângulo encimado por um semicírculo. O perímetro da seção

é igual a 18m. Determine o raio do semicírculo para que a área da seção seja máxima.

17) Um grande vidro plano de comprimento L, deve passar em pé por um canto retangular de um corredor,

passando de uma parte de largura a para outra de largura b. Qual o comprimento L máximo que o vidro pode

ter para que a manobra seja possível.

18) Qual deve ser a inclinação de um telhado, que proteja um vão de amplitude A, para que a água permaneça

no mesmo o menor tempo possível ?

19) Corta-se um pedaço de arame de comprimento L em duas partes. Com uma faz-se um círculo com a outra

um quadrado. Em que ponto deve-se cortar o arame para que a soma das áreas compreendidas pelas duas figuras

seja máxima ?

20) Um cartaz deve conter 50cm2 de matéria impressa com duas margens de 4cm cada em cima e em baixo e

duas margens laterais de 2cm cada. Determine as dimensões externas do cartaz de modo que sua área seja

mínima.

21) Use o princípio de Fermat: “ A luz caminha de um ponto A para outro ponto B segundo uma trajetória

que torna mínimo o tempo de percurso ” ; para demonstrar a Lei da refração de Snell-Decartes.

22) Um quadrilátero tem três lados congruentes de comprimento igual a 8. Determine o comprimento do

quarto lado que maximize a área.

23) Achar os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão das funções abaixo:

a) 4126 23 xxxy

b) xxy sen

c) xxy ln2

d) xexy )1( 2

e) 3 3 124 xxy

24) Analise as funções abaixo:

a) 45 24 xxy

b) 1

1

2

2

xx

xxy c)

3 2 )6( xxy

d) )1()1( 22 xxxy e) 043 yxy

f) 233 3xyx

Page 14: Apostila derivadas

14

EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES

1) Determine as derivadas das funções abaixo:

a) y = x

x

1

1

b) y = xx

xx

cossen

cossen

c) y = 2x.sen x – (x2 – 2).cos x

d) y = x.cot x

e) y = ln x. log x – ln a.log a x

f) y = x

x

ln

2

g) y = (a 2/3

– x2/3

) 3/2

h) y = )1ln(1ln xx

i) y =

m

n

n

bxa

bxa

j) y = arcsen2

2 1

x

x

k) y = ln arcsen x + 2

1ln

2 x + arcsen ln x

l) y = (cos x) sen x

m) y =

x

x

11

n) y = x

x

x

sen

o) y = x x

p) y = xxx

q) y = xx

xsenarctan2

sen1

sen1ln

2) Sendo f(x) = x n, calcule: S = f(1) +

!

)1(

!3

)1('''

!2

)1(''

!1

)1(' )(

n

ffff n

3) Verifique se a função y = cos ex + sen e

x é solução da equação diferencial

y’’ – y’ + y.e2x

= 0

4) Calcule y’’, sendo y = sen(x + y)

5) Dois navios A e B navegam a partir do ponto O segundo rotas que formam ângulo AÔB =120º. Com que

velocidade estão se separando os dois navios quando

OA = 8 milhas e OB = 6 milhas. Sabendo-se que A navega a 20 milhas/hora e

B a 30 milhas/h

6) Seja um círculo C de raio R e centro O. Imagine um motociclista, a noite, correndo ao longo de C no

primeiro quadrante, em direção a origem. Considere o ponto no eixo do x, iluminado pelo farol da motocicleta.

Determine a velocidade com esse ponto se aproxima da origem em função de R, S e v, onde S é a distância

da origem à motocicleta, tomada ao longo de C, v é a velocidade da motocicleta.

7) Sabendo que 50

sen.2sen.3senlim

x

xbxaxx existe e é finito, determine o valor numérico desse

limite, sendo a e b constantes reais

8) A tangente traçada pelo ponto A a um círculo de raio r tem marcado um segmento AN de mesmo tamanho

que o arco AM. A reta MN corta o prolongamento do diâmetro AO no ponto B. Determine OB , em função

de r e AÔM e calcule OBMOA 0ˆlim

9) Achar os pontos críticos das funções abaixo:

a) 2

)8()2(

x

xxy

b) y = 3 22 )1(x

c) xxy 4sen2sen2

d) y = x – ln (1 + x)

e) x

ey

x

Page 15: Apostila derivadas

10) Uma lâmpada pende sobre o centro de uma mesa redonda de raio r. A que altura da mesa deve esta a

lâmpada para que a iluminação de um objeto que se encontra a beira da mesa seja a melhor possível?

(A iluminação é diretamente proporcional ao cosseno do ângulo de incidência dos raios luminosos e

inversamente proporcional ao quadrado da distância ao foco )

11) Determine o ponto da curva y = x mais próximo do ponto (c, 0)

12) De um tronco redondo de diâmetro d deve-se cortar uma viga de seção retangular. Quais deverão ser a

largura x e altura y desta seção para que a viga tenha resistência máxima possível:

a) na compressão ?

b) na flexão ?

Obs.: Na resistência da viga à compressão é proporcional à área de sua seção transversal e a resistência a flexão

é proporcional ao produto da largura desta seção pelo quadrado de sua altura.

13) Analise as funções abaixo:

a) xexy /1

b) xxy arctan

c) xxy ln

d) xxy

e) 32 )1( xxy

f) 12

2

x

x

ey

RESPOSTAS

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) a) y’ = )()(

)(

)(')()(ln)(' xgxf

xf

xfxgxfxg

b) y’ = 1kxk

2) a) y’ = x2sec

b) y’ = x2csc

c) y’ = xx tansec

d) y’ = xx cotcsc

e) y’ = 21

1

x

f) y’ = 21

1

x

g) y’ = 21

1

x

h) y’ = 21

1

x

i) y’ =

1

1

2xx

j) y’ =

1

1

2xx

3) a) y’ = )sen(cos2 222

xxxex

b) y’ = 5 sen5

cos4

x

x

c) y’ = 2

x1

1

d) y’ = 6

2

1

3

x

x

e) y’ = x3tan3

f) y’ = x

x

e

e4

2

1

2

Page 16: Apostila derivadas

16

g) y’ = 1432 )11(45 xx

h) y’ = 3 33

2

13)13(

2

xx

x

i) y’ =

1

4

8xx

j) y’ = )ln(lnln

1

xxx

k) y’ = )cos(sen)sen(sencosln

)1(2

1 xxxxx

4) 21/20

5) 4

ln2

6) 2,0071

7) a) 1

)( !)1(

n

nn

x

ny

b) )2

sen()( nxy n

c) n

nn

x

ny

)1(

!)1()1( 1)(

d) 1

)(

)21(

!.2

n

nn

x

ny

e) ))2

4(cos(4 1)( nxy nn

8) a) )1y10(x

)1x10(y'y

10

10

b) yyxy

yy

sencos2sen2

sen'

c) )sen(1

)sen('

yx

yxy

d) yx

yxy'

9) x

ny n !)1()(

10) 0,16 dm/min

11) 1,77 m/min

12) - 351,7 cm3/min

13) a) 1

b) 2/2

c) 2

d) 4

e) 1/e

f) e3

g) e

h) e-1/3

i) 1

j) 1

Page 17: Apostila derivadas

EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES

2) n2

4) 3))cos(1(

''yx

yy

5) 42,7 milhas/h

6)

R

S

v

cos1

7) 1

8) 2r

9) a) ymax. = 9/16 quando x = 3,2

b) ymax. = 1 quando x = 0

c) 32

3miny , quando x =

6

1k e 3

2

3miny , quando x =

6

1k ; k

d) ymin = 0, quando x = 0

e) ymin = e, quando x = 1

10) 2/r

11) 2

1c2,

2

1c2

12) a) 2

dyx

b) 3

dx e

3

2dy