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Habeas paulo henrique amorim

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Page 1: Habeas  paulo henrique amorim

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Paciente: PAULO HENRIQUE DOS SANTOS AMORIM .

Apelação nº 0064436- 95.2012.8.26.0050

Autoridade Coatora: Turma Recursal Criminal do Colégio Recursal

Central da Capital .

Objeto do habeas: DECISÃO QUE NÃO ANALISOU A APLICAÇÃO

MULTA SUBSTITUTIVA A QUE O PACIENTE TEM DIREITO

PREVISTA NO ARTIGO 60 DO CÓDIGO PENAL

MAURICIO RAMOS THOMAZ, brasileiro, consultor,

RG M8224645, com endereço de trabalho na Rua Duque de Caxias nº 909,

sala 11, cidade de Campinas, vem, com todo acatamento e respeito à presença

de Vossa Excelência, tendo por fulcro e ancoradouro jurídico, o artigo 5º,

LXVIII, da Constituição Federal, e artigos 647 e 648 inciso II, et alii, do

Código de Processo Penal, interpor, a presente ação penal cautelar de

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR, onde figura como

autoridade coatora, a Turma Recursal Criminal do Colégio Recursal

Central da Capital , ordem que impetra em favor de, PAULO HENRIQUE Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone.

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DOS SANTOS AMORIM. Para tanto, inicialmente expõe os fatos, que

sedimentados pelo pedido e coloridos pelo direito, ensejarão os requerimentos,

na forma que segue:

DA COMPETÊNCIA DESTE SODALÍCIO

Conforme decido pelo Superior Tribunal de Justiça “as doutas Cortes

Superiores do País (STF e STJ) já reconheceram a competência dos Tribunais

de Justiça dos estados para processar e julgar Habeas Corpus contra ato de

Turma Recursal de Juizado Especial”(HC 113851 RS 2008/0183499-7 (STJ).

DA COMPETÊNCIA DESTE SODALÍCIO

Conforme decido pelo Superior Tribunal de Justiça “as doutas Cortes

Superiores do País (STF e STJ) já reconheceram a competência dos Tribunais

de Justiça dos estados para processar e julgar Habeas Corpus contra ato de

Turma Recursal de Juizado Especial”(HC 113851 RS 2008/0183499-7 (STJ).

DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL I – O ACÓRDÃO NÃO

INTERROMPEU A PRESCRIÇÃO

O paciente foi condenado em primeira instância a um mês e dez

de prisão pelo delito de injúria. A pena corporal foi subsistida pela prestação

pecuniária prevista no artigo 44 do Código Penal a dez salários mínimos valor

este aumentado para trinta salários em grau de recurso do querelante Merval

Pereira. Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone.

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A pena corporal não foi aumentada em nenhum dia, nenhum

minuto ou segundo. permanece em 1 mês e dez dias. Conclusão: a pena não

foi aumentada apenas majorada a sanção substitutiva. O acórdão não

interrompeu a prescrição que deve ser decretada de ofício pois a mesma é de

uma no e seis meses e desconsiderado o acórdão guerreado tal lapso de tempo

já ocorreu. se acaso o paciente não quiser cumprir a prestação pecuniária terá

que cumprir a pena corporal (prisão) que permanece a mesma da sentença.

nesta situcao com falar que a pena foi agravada e que o acórdão teria o condão

de interromper a prescrição

DA COMPETÊNCIA DESTE SODALÍCIO

Conforme decido pelo Superior Tribunal de Justiça “as doutas Cortes

Superiores do País (STF e STJ) já reconheceram a competência dos Tribunais

de Justiça dos estados para processar e julgar Habeas Corpus contra ato de

Turma Recursal de Juizado Especial”(HC 113851 RS 2008/0183499-7 (STJ).

DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL II - DA MULTA DO ARTIGO 60,

§ 2º, DO CP

afirma i artigo 60 do CP

Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve

atender, principalmente, à situação econômica do

réu. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o

juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no

Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone. (19)971015201

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máximo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)Multa substitutiva

§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

o paciente sofre constrangimento ilegal porque não foi aplicada -

sequer considerada - a multa do artigo 60 nem na sentença nem no acórdão.

isto se deve a erronia de considerar que o artigo 60 foi revogado pelo artigo 44

do CP. Nada mais longe da verdade.Isto porque o § 2º do art. 60 faz expressa

referência ao inciso I do art. 44 lado outro a sentença afirma que o paciente

não é reincidente em crime doloso e tem todas as circunstâncias judiciais

favoráveis. Assim tem o direito de ver substituída a pena privativa de

liberdade que lhe foi aplicada pela pena de multa.

Na lição de DELMANTO “ a) “não sendo a pena privativa de

liberdade imposta superior a seis meses, aplica-se o § 2º do art. 60, pois a

substituição por pena de multa nele prevista é mais benéfica do que a

substituição por multa ou pena restritiva de direitos estipulada pela

primeira parte do atual art. 44, § 2º. Isto porque, ao contrário do que

ocorre com as penas restritivas de direitos (art. 44, § 4º), a pena de multa

não mais pode ser convertida em pena privativa de liberdade – de acordo

com o art. 51 do CP, acrescentamos – b) sendo a pena privativa de

liberdade imposta superior a seis meses, mas igual ou inferior a um ano,

aplica-se a primeira parte do novo art. 44, § 2...” (sublinhei)

Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone. (19)971015201

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Ademais a Jurisprudência inclusive do Pretório Excelso considera

que a aplicação da multa do artigo 60 é direito subjetivo do réu.

“PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS

CORPUS CONTRA DECISÃO DE TURMA DE

RECURSOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS:

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF.

VEREADOR. CRIME DE LESÕES

CORPORAIS. CP, ART. 129, CAPUT.

CONDENAÇÃO PELO JUIZADO ESPECIAL

CRIMINAL. CONVERSÃO DA PENA

PRIVATIVA DE LIBERDADE EM

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À

COMUNIDADE. SENTENÇA CONFIRMADA

PELA TURMA RECURSAL. CARTA

TESTEMUNHÁVEL: EFEITO SUSPENSIVO:

IMPOSSIBILIDADE. PENA PRIVATIVA DE

LIBERDADE NÃO SUPERIOR A 6 (SEIS)

MESES. CONVERSÃO EM MULTA: CP,

ART. 60, § 2º.

I. - O Plenário do Supremo Tribunal decidiu pela

competência originária da Corte para conhecer e

julgar habeas corpus contra coação imputada a

turma de recursos dos juizados especiais (CF,

art. 98, I). Precedentes do Plenário do HC 71.713

PB">STF: HC 71.713-PB, Min. Pertence e HC

75.308-MT, Min. S. Sanches.Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone.

(19)9710152015

Page 6: Habeas  paulo henrique amorim

II. - Não constitui constrangimento ilegal o fato de

o juiz determinar o cumprimento da pena

aplicada, se foi assegurado ao réu ampla defesa e

não há recurso com efeito suspensivo pendente de

julgamento.

III. - A Carta Testemunhável, a teor do

art. 646 do CPP, não tem efeito suspensivo.

IV. - O § 2º do art. 60 do Código Penal possibilita

a conversão da pena privativa de liberdade em

pena de multa, desde que a pena não seja superior

a 6 (seis) meses e desde que ocorrentes os

pressupostos ínsitos nos incisos II e III do

art.44 do mesmo Código. São, portanto, dois os

requisitos a serem observados na substituição da

pena privativa de liberdade pela de multa: o

primeiro, de natureza objetiva: pena privativa de

liberdade não superior a seis meses e ser o réu

primário (CP, art. 60, § 2º e art. 44, II); o segundo,

de índole subjetiva, inscrito no inc. III do art. 44

do Cód. Penal, quando a culpabilidade, os

antecedentes, a conduta social e personalidade do

condenado, bem como os motivos e as

circunstâncias indicarem que a substituição da

pena privativa de liberdade pela de multa seja

suficiente”.

Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone. (19)971015201

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A sentença não contemplou a hipótese da substituição da pena

corporal pela pena de multa certamente devido ao fato de que defesa não

requereu isto nem mesmo em caráter subsidiário. Todavia como as

circunstancias judiciais são todas favoráveis como admitido na sentença o

paciente sofre constrangimento ilegal.

URGÊNCIA DO PEDIDO E NECESSIDADE DA LIMINAR

Os documentos anexos comprovam que não se analisou a aplicação

da multa prevista no artigo 60 do CP.Mais:é pacífico na doutrina mais

moderna que, a substituição da pena privativa de liberdade pela pena de

multa é direito subjetivo do acusado, não podendo o juiz se valer de

argumentos vagos para negar-lhe o direito.

Ante a plausibilidade do pedido, demonstrado o fumus boni juris,

sendo visível e inegável o periculum in mora, justifica-se a concessão de

liminar, sob pena de se perpetuar ainda por mais alguns dias o

constrangimento ilegal ao qual está submetido o paciente.

DO PEDIDO

ANTE AO EXPOSTO, REQUER:

Por todo o exposto, requer-se aos Nobres Desembargadores seja

a ordem concedida liminarmente, fazendo cessar o constrangimento ilegal

ora suportado pelo paciente, tornando-a definitiva após regular processamento,

havendo como consequência a cassação do acórdão guerreado e a Galeria Camafeu-Rua Duque de Caxias 909, sl. 11, centro, Campinas fone.

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Page 8: Habeas  paulo henrique amorim

decretação da prescrição da pretensão executória como medida de

JUSTIÇA!

Termos em que

Pede deferimento,

MAURÍCIO RAMOS THOMAZ

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