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Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues Escola E.B. 2,3 Dr. Garcia Domingues Budismo Rita Silva Silves 2009/2010

Budismo Rita 9 A

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Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues

Escola E.B. 2,3 Dr. Garcia Domingues

Budismo

Rita Silva

Silves

2009/2010

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Escola E.B. 2,3 Dr. Garcia Domingues

Budismo

Nome do aluno: Rita Lopes Silva Disciplina: Educação Moral e Religiosa Católica

Nº: 15 Professor: Tito Romeu

Ano: 9º Turma: A

Data de entrega: 30 de Novembro de 2009

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INTRODUÇÃO

Ao contrário do pensamento comum, o Budismo não é considerado uma religião. Isto deve-se ao facto de não existir um Deus criador.

No entanto, o conjunto de crenças e práticas que fazem parte do Budismo, fazem com que este modo de pensar seja considerado por muitos, uma religião.

O Budismo começou historicamente no Norte Indiano, por volta do século VI/V a.C., quando um homem chamado Sidarta Gautama, nascido no actual Nepal, atingiu a “iluminação”, isto é, a derradeira verdade através da qual os indivíduos se livram do ciclo do renascimento.

Sidarta tornou-se no Buda (que quer dizer “iluminado”), e ensinou aos outros, a maneira de fugir ao renascimento e ao sofrimento.

A verdade da disciplina de Buda, que exige meditação e exercícios espirituais, tem existido sempre, segundo os adeptos desta religião.

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A Vida de Buda

O Buda Gautama viveu algures entre os séculos VI e IV a.C., no Nordeste Indiano. De acordo com as tradições budistas, Sidarta nasceu numa família real do clã Xáquia. O pai, temendo que experiências desagradáveis pudessem abalar o filho, manteve-o na área do palácio.

No entanto, por volta dos 29 anos, ao sair do palácio, Sidarta Gautama deparou-se pela primeira vez com o sofrimento humano, na forma de um velho, de um doente e de um morto. Ao encontrar um asceta preambulante e estando perturbado pelo que imaginava aguardá-lo, decidiu fugir de casa durante noite, deixando a mulher e a família.

Após seis anos de severa austeridade, atingiu todos os objectivos possíveis; no entanto, não estava completamente satisfeito, pois ainda não conseguira escapar ao sofrimento e à morte.

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Sentou-se então debaixo da árvore Bodhi (a da iluminação)e passando por todas as fases de meditação (jhana) atingiu a iluminação, alcançando também o Nirvana e compreendendo a verdadeira natureza do sofrimento. Embora tivesse decidido inicialmente permanecer onde estava, observando todas as coisas como realmente são, o deus hinduísta Brama convenceu-o a ensinar aos outros as verdades que nem os deuses sabiam. Ainda que tivesse nascido na Índia, Buda aceitou o contexto geral das ideias indianas, mas alterou muitas radicalmente. Aceitou que havia renascimento - com consequências em novas vidas, consoante o karma, ou seja, a lei moral de causa e efeito. Mas a sua percepção era de que não existia qualquer alma que renascesse porque em nada havia permanência. Segundo Buda, até mesmo os deuses constituíam apenas as formas transitórias de aparecimento. Apesar de a vida de Gautama não se conhecer em pormenores passíveis de verificação, os Budistas não acham isso importante, pois Buda considerava-se médico, diagnosticando doenças e indicando curas que as pessoas deviam fazer por si mesmas.

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Yama e a Roda da Vida

Yama, o Senhor da Morte, segura a Roda da Vida (um símbolo dos cosmos).

Ao centro desta roda, estão três animais que representam os três pecados principais: a ganância (o porco), o ódio (a serpente) e a ilusão (o galo).

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Nirvana

O Nirvana é considerado o ponto de mais alta felicidade, um estado para além do sofrimento.

Aqueles que conseguem alcançar o Nirvana, não estão mais sujeitos ao renascismento no samsara (existência cíclica), pois estão além do ciclo da morte e do renascismento.

Devido a isto, o Nirvana não é considerado um lugar, pois transcende o espaço, e é eterno, pois transcende o tempo.

O Nirvana não é a “extinção do ser”, mas sim a “extinção do sofrimento”.

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As Quatro Nobres Verdades

O que Buda “viu” e conclui após ter alcançado o Nirvana, tornou-se num dos principais ensinamentos do Budismo, e assenta nas Quatros Nobres Verdades:

1. Primeira Nobre Verdade : qualquer ser está sujeito ao sofrimento (sendo que o sofrimento pode ser nascimento, doença, morte, tristeza, desespero, saudade, pesar, lamentação, dor...), e toda a existência é insatisfatória.

2. Segunda Nobre Verdade: o sofrimento tem origem no desejo, na cobiça, no prazer, ignorância, ódio, ilusão...

3. Terceira Nobre Verdade: a extinção do sofrimento consegue-se, ao se eliminarem as suas origens.

4. Quarta Nobre Verdade: seguindo o Nobre Caminho Óctuplo, o sofrimento e as suas origens são eliminadas.

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Nobre Caminho Óctuplo

Segundo Buda, os oito passos que constituem o Nobre Caminho Óctuplo não têm de ser seguidos por uma ordem estabelecida. Cada passo é descrito como “certo”:

compreensão certa (inclui o entendimento vital da “Ascensão Condicionada” ou “Causa Dependente”, que é um tema fulcral na sabedoria budista, tratando-se de uma cadeia de 12 elos, que explica como todas as coisas estão ligadas e como, se a cadeia for quebrada se atinge o Nirvana. Engloba também o conhecimento das Quatro Nobres Verdades, e a maneira de entender as coisas como elas realmente são. Segundo esta crença, todas as coisas que existem dependem umas das outras, à excepção do Nirvana que é independente.);

pensamento certo (abrange o desenvolvimento das nobres qualidades da bondade amorosa, e a teoria de que não se deve ter má vontade em relação aos outros, não se deve querer causar o mal, nem mesmo em pensamento, e não se deve ser egoísta.);

discurso certo (em vez de mentir, falar em vão, e usar palavras ásperas ou caluniosas, deve-se falar a verdade, ter um discurso construtivo , harmonioso e conciliador.);

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acção certa (promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais, em vez de matar, roubar, tomar entorpecentes e ser-se infiel.);

vida certa (evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, e ao invés disso, olhar os outros com amor, alegria, equanimidade e compaixão, ou seja, as Quatro Qualidades Incomensuráveis. E no dia-a-dia, “adoptar” atitudes como a generosidade, a paz, ética, esforço, concentração e sabedoria.);

esforço certo (qualquer um deve fazer o esforço para evitar e superar o mal, da mesma maneira que se deve esforçar para fazer surgir o bem, tal como mantê-lo e desenvolvê-lo.);

atenção certa (praticar a autodisciplpina de maneira a obter a quietude e a atenção da mente, tendo-se atenção sobre o corpo, as sensações, os estados de consciência e os objectos da mente.);

concentração certa (ter a mente voltada para um único ponto, havendo cinco obstáculos para o desenvolvimento da concentração: sensualidade; raiva, ira e ódio; sonolência, preguiça e torpor; agitação e preocupação; dúvida).

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A Roda da Lei

Diz-se que Buda “pôs em movimento a roda do dharma” (ou roda da lei), quando explicou a lei natural das coisas a cinco ascetas.

Os seus oito aros, representam o Nobre Caminho Óctuplo budista.

A flor de lótus é vista como um dos símbolos do budismo.

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O Livro Sagrado

Este livro sagrado, escrito entre 500 a.C. e a era cristã, denomina-se como Tripitaka, que significa “três cestas”, numa referência às três partes do livro:

- “Vinaya Pitaka”, com regras para orientar a conduta diária dos seguidores;

- “Sutta Pitaka”, uma colectânea de discursos atribuídos a Buda e seus discípulos;

- “Abhidhamma Pitaka”, uma investigação filosófica sobre a natureza da mente e da matéria humana.

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Conclusão

Com este trabalho pude concluir que:

-Sidarta Gautama foi um príncipe indiano que, ao deparar-se pela primeira vez com o sofrimento e ao encontrar um velho, um doente e um morto, decidiu fugir de casa e passar por todas as fases de meditação, até atingir o Nirvana;

-O Nirvana é o ponto de mais alta felicidade, considerado a “extinção do sofrimento”;

-O Budismo tem como crença a Reencarnação;

-Os principais ensinamentos budistas assentam nas Quatro Nobres Verdades, sendo uma delas constituída pelo Nobre Caminho Óctuplo;

-O Budismo não tem um Deus criador; contudo os ensinamentos e o modo de vida do Buda são seguidos ainda hoje;

-O livro sagrado Budista é o Tripitaka;

-Uma das suas festas mais importantes, é o Wesak, que celebra o Nascimento de Buda, e é comemorado em Abril ou Maio, em noite de lua cheia.

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Bibliografia

Para a realização deste trabalho utilizei a informação dos seguintes sites:

- http://emrcgarciadominguessilves.blogspot.com/2009/06/budismo-7-ano.html

- http://www.cti.furg.br/~marcia/c02religioes/budismo.htm

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo

E a informação do seguinte livro:

-BOWKER, John, Religiões do Mundo:Estudo e Explicação das Grandes Religiões, Barcelos, Editora Civilização, 2000, páginas 54-75