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Comece - Setembro 2010

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Edição de Setembro de 2010 do Correio de Mocidades Espíritas do Ceará - COMECE!

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editorial 2

Lições de outro mundoA Equipe do COMECE [email protected]

tema principal, a mediunidade, algo que desperta a atenção, curiosidade e até mesmo o medo de muita gente e não poderia ser diferente para quem está numa fase de tantas descobertas como a mocidade, então para compreendermos melhor a temática vamos trazê-la para o nosso mundo, o mundo do Jovem, e por isso, batizamos o tema de o Jovem e a Mediunidade. Procuramos com o texto que selecionamos para o Papo é Esse mostrar que a mediunidade é algo natural, mas que exige muita seriedade para conseguirmos trabalhar

bem na seara do Cristo. A mediunidade acompanha toda a história humana e para que o entendimento sobre a importância que ela tem possa continuar progredindo, se faz necessário que nos motivemos a cada vez mais estudar. Então para todos que gostam e querem ter maiores informações sobre a mediunidade, as contribuições que ela pode ter para o Jovem e vice – versa, nós convidamos você amigo leitor a ler com muita atenção essa edição do Comece que mais uma vez preparamos para você com muito carinho. Fiquem com Deus e boa leitura!

etembro chegando e todos nós f i n a l m e n t e

poderemos acabar com a curiosidade que vem tomando o movimento espírita, como um todo, e o público em geral, falamos do filme Nosso Lar, este que será o tema abordado no nosso Um Bora deste mês. Temos certeza que todos esses meses de expectativa valerão à pena. E para ver o nosso COMECE do mês de setembro, tem alguém curioso aí? Se tem, com certeza, não perde por conferir mais um número caprichado. Teremos como

S

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blogando por aí 3

Fala Mocidades Espíritas UnidasGeraldo Valintim

[email protected]

E m nosso giro por aí, encontramos a Revista Fala MEU, que é formada

por um grupo de jovens atuantes do movimento jovem espírita. Eles se reúnem mensalmente e contam com a participação de vários colaboradores do Brasil, e alguns até do exterior, para a escrita dos artigos e matérias, bem como na ajuda incansável de divulgação. O objetivo da FM é levar a Doutrina Espírita principalmente ao jovem, mas de uma forma alegre e descontraída, ao gosto desse público que é bastante exigente. Portanto, há uma mescla de assuntos do cotidiano com temas mais específicos, sempre pelo enfoque do Espiritismo, abordando o tríplice aspecto da doutrina (Filosofia, Ciência e Moral).

Confira na edição de setembro: Capa- Crueldade…; Sensação- Terapeuta nas atividades doutrinárias (estudos psicológicos mesmo?); Giro – Ajuda-te e o céu te ajudará (levanta-te e anda); Exclamação - Por que as eleições são necessárias (vote em mim, vote em mim); +Mais - O lobo perdido (quem tem medo do lobo…); Comportamento - Beija eu (fica comigo?); Palavra - Sigam-me os bons (twittando); Cenário D’arte -

Mostra de Teatro, livros e revistas... A revista já está na sua 83ª

edição. Pra você conferir esse e outros

números: http://revistafalameu.com.br/blog/. Contato: [email protected].

REPRODUÇÃO

Capa da edição 83 da Revista Fala MEU, lançada no início deste mês

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o papo é esse 4

[...] Sobre as atividades no campo medianímico, deve-se frisar que em O Livro dos Médiuns, Cap. XVIII-221/8, é feita a seguinte pergunta aos espíritos: - “Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?” Os Benfeitores explicaram: “Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é

mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo.”

É muito comum, na adolescência, o afl oramento das faculdades mediúnicas. Porém, é prudente, antes de os jovens se dedicarem à psicografi a, às mensagens psicofônicas e/ou às outras possibilidades mediúnicas, visando o auxílio e consolo, ou, ainda, qualquer outra manifestação dessa

ordem, que eles sejam chamados a colaborar na

evangelização da infância, nos estudos

da mocidade, nas obras assistenciais da casa, nas campanhas fraternas (a sopa, campanhas do “quilo”, distribuição de cobertores, visitas a hospitais, presídios, creches e orfanatos etc.) e outras atividades rotineiras da casa, para que possam valorizar todas as tarefas e perceber a importância do trabalho persistente antes de assumirem o compromisso no intercâmbio direto com os Espíritos desencarnados.

Inspirados no Blogando por aí, O papo é esse deste mês traz um trecho de um texto extraído do Blog do Centro Espírita Luz da Esperança - CELE (http://celesfa.blogspot.com/2009/02/o-jovem-e-atividade-mediunica-na-casa.html). Escrito por

Jorge Hessen, amparado por Kardec, Divaldo Franco e outros materiais interessantes, o texto apresenta a visão do autor sobre o jovem e a mediunidade na Casa Espírita. Vejamos:

Jorge [email protected]

jorgehessen.net

Jorge [email protected]

jorgehessen.net

O Jovem e a Atividade Mediúnica na Casa Espírita

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o papo é esse5

E mbora a mediunidade se manifeste em qualquer idade, não é

recomendável que na infância se ofereça ensejo a uma educação mediúnica. A criança, não tendo, ainda, desenvolvido as percepções parasíquicas e mediúnicas, não saberá como se defender, ficando muito exposta às influências perturbadoras que derivam do seu passado espiritual. [...]

As irmãs Fox, Catarine e Margarida, à época dos fenômenos de Hydesville, tinham, respectivamente, 12 e 14 anos (para alguns, tinham 14 e 16 anos). Allan Kardec contou com a colaboração especial de 4 jovens médiuns na elaboração da primeira edição de O Livro dos Espíritos. Foram elas as irmãs Julie Baudin (15 anos) e Caroline Baudin (18 anos), Ruth Japhet (20 anos) e Aline Carlotti (20 anos). Dentre essas jovens destacamos Julie e Caroline Baudin que psicografaram a quase totalidade das questões de O Livro dos Espíritos nas reuniões familiares dirigidas por seus pais e assistidas pelo Mestre lionês. Ruth Japhet foi a médium responsável pela revisão completa do texto d’O Livro dos Espíritos, incluindo algumas adições e Aline Carlotti fez parte do grupo de médiuns, através do qual Kardec referendou as questões mais espinhosas do livro primeiro da Codificação, fazendo uso da concordância dos ensinos.

Urge uma pequena reflexão sobre a Mediunidade. A rigor, o fenômeno mediúnico se apresenta sob dois aspectos: a mediunidade natural, que é essa genérica, e a mediunidade ostensiva, aquela que caracteriza os indivíduos com uma ampla possibilidade. [...] A mediunidade é uma faculdade orgânica, porque o espírito é que tem o dom e o corpo oferece as células, para que o fenômeno

tenha o seu campo. “A inteligência é do espírito, o cérebro oferece os neurônios para poder decodificar. É como um computador: se um programa é instalado, o programa é o que conta; o computador vai dar a resposta quando alguém digitar. Nós somos como que computadores, mas são os espíritos que digitam os fenômenos mediúnicos através de nós.” (Divaldo Franco)

Ressaltamos que a decisão de permitir um rapaz ou uma moça, na puberdade ou saindo dela, a freqüentar um grupo mediúnico, é uma situação que deve ser muito bem pensada e avaliada. Principalmente, no que diz respeito à legítima necessidade e capacidade física e psíquica dos jovens, pois sabemos que essa fase da vida é, relativamente, complicada, em decorrência de automatismos biológicos e psicológicos que a caracterizam. Lembremos que é o período dos sonhos romanescos do “doce encantamento” dos namoros, são as exigências de grupos sociais (“turmas”, “tribos” ou “galeras”), diversões, agremiações esportivas e outras variadas formas de pressão psicossocial. [...]

Enfim, sabemos que a juventude lida com medos, incertezas, dúvidas, envolvendo relacionamento afetivo e profissão, auto-afirmação, busca pela aceitação, conflitos íntimos e uma infinidade de situações naturais. Por falta de bom senso de dirigentes espíritas, alguns jovens ficam à margem do caminho e se entregam aos vícios de todos os matizes, porque, não recebendo o apoio moral indispensável, não sabem lidar com os desafios que se lhes apresentam. Não podemos esquecer, sobretudo, que, nesses casos, a importância da família na formação de valores do ser é fundamental. A base familiar é

essencial para ajudar o jovem a superar seus dilemas íntimos sem grandes atropelos.

Kardec e a espiritualidade ofereceram a teoria. A questão prática da aplicação dos princípios espíritas na educação dos jovens compete aos pais e educadores ministrar, até porque, a prática confirma a teoria. Como lembramos acima, verifica-se que Kardec utilizou-se de jovens, com a faculdade mediúnica já mais aflorada, para codificar a Doutrina Espírita. Portanto, é urgente investir nesses tesouros que freqüentam a Casa Espírita, para a manutenção do lume da Terceira Revelação.

Fontes consultadas:1 Kardec, Allan. O Livro dos

Médiuns, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, Cap. XVIII 221/8

2 Kardec, Allan. Revista Espírita, SP: Edicel , 1858,

3 idem4 Observar última checagem em

obras póstumas, p.270 (26ªedição da feb).Aline era filha de sr. Carlotti, um dos iniciadores de Kardec nas coisas do invisível.em Obras Póstumas há uma mensagem do Espírito de Verdade, recebida pela srta.Carlotti(pág.281, da edição citada).mais detalhes sobre o princípio da verificação universal podem ser encontrados na introdução(II) do Evangelho Segundo o Espiritismo

5 Franco, Divaldo. Mediunidade e Vida Saudável (palestra) disponível h t t p : / / w w w. a l l a n k a rd e c . n l /portugues/palestras/divaldo.htm. acesso em 01 de dezembro de 2008

6 Quintella Mauro. Mediunidade e Juventude, artigo, Cf. http://w w w.espir i to.org.br/por ta l /artigos/diversos/mediunidade/mediunidade-e-juventude.html acesso 02-12-08

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recordar é viver 6

Pelas mãos de Ermance DufauxDenise Ferreira

[email protected]

os primeiros anos da Doutrina Espírita, alguns jovens médiuns

fizeram parte da Sociedade Espírita de Paris e, ao lado de Kardec e de espíritos superiores, deixaram mensagens que nos inspiram e ensinam até hoje. Entre esses trabalhadores estava a jovem Ermance Dufaux, com cerca de 16 anos.

O nome completo da moça era Ermance De La Jonchére Dufaux e seus pais eram nobres moradores da cidade de Fontainebleau, nas proximidades de Paris (França). Nascida em 1841, a jovem começou a dar fortes sinais de sua mediunidade quando tinha mais ou menos 12 anos.

De início, seus pais acharam que fosse um problema nervoso e levaram a menina ser examinada. No consultório, ao atender ao pedido do médico de tentar escrever a primeira coisa que lhe viesse à mente, Ermance teve a mão usada por um desencarnado e viveu sua primeira experiência de psicografia. O doutor julgou que o caso era realmente de doença e foi isso que a cidade toda ficou sabendo.

O falatório chegou aos ouvidos de um estudioso do magnetismo que, presenciando os feitos da garota, incluindo uma psicografia de Luís IX, também conhecido como São Luís, (ex-rei da França canonizado pela Igreja Católica), levantou a hipótese de a menina estar servindo de intérprete do Diabo.

Até que a família Dufaux, mesmo sem ter conhecimento espírita, convenceu-se de que Ermance era simplesmente um canal entre os

“vivos” e os “mortos”. A adolescente prosseguiu seus trabalhos mediúnicos, chegando a psicografar a biografia de São Luís e também a de Joana D’Arc (publicada na França por volta de 1855), ambas ditadas pelos respectivos espíritos.

No ano em que completou 16 anos, a jovem foi apresentada por uma amiga de sua família a Allan Kardec, que, nessa época, trabalhava nas obras da Codificação. Desde então, ela passou a trabalhar com o professor, tendo psicografado várias mensagens para a Revista Espírita.

Foi através dos Dufaux que conseguiram a autorização para alugar o prédio onde seria fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que teve Ermance entre os sócios fundadores.

Além de ter publicado várias de suas psicografias enquanto encarnada, Ermance é autora de vários livros que, desta vez, ela escreveu já em espírito, através de psicografia do médium Wanderley Soares de Oliveira. Entre os mais famosos, estão Mereça ser Feliz (2002), Reforma Íntima Sem Martírio (2003) e Lírios de Esperança (2005).

Ermance Dufaux: uma das jovens médiuns a trabalhar com Allan Kardec

REPRODUÇÃO

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um bora 7

Expediente

Edição: Aline Sousa, Denise Ferreira, Geraldo Valintim, Joamila Brito e Francisco Valjuan

Revisão: Joamila Brito

Diagramação: Denise Ferreira

Site: Alan BacelarTextos nesta edição: Jorge Hessen, Aline Sousa, Francisco Valjuan, Geraldo Valintin e Denise Ferreira

Erguia-se, ditoso, o tronco peregrino,Amava a passarada, o vale, a fonte, o vento!...Um dia, geme e tomba ao machado violento...Alguém surge e faz dele emérito violino.

Ninguém lhe viu no bosque o trágico destino,Hoje, porém, alheio ao próprio sofrimento,Comove multidões... E segue, humilde e atento,O artista que lhe tange o arcabouço divino.

Oh! Coração, se o mal te fere, pisa, cortaE te lança por terra a vida semimorta,Lembra o lenho harmonioso - intérprete pro-fundo!

Entrega-te a Jesus e Jesus há de usar-teA transfundir-se a dor em luz, por toda a parte,Enxugando contigo as lágrimas do mundo!...

Joamila [email protected]

joamilabrito.zip.net

espitirinhas.blogspot.com

A Lição do Lenho(Uma página aos médiuns)

Arthur de Sales, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Só Riso

“O Mundo precisa de histórias felizes”Geraldo Valintim

[email protected]

André Luiz, médico e pai de família, tem uma vida regada a bebidas e extravagâncias, o corpo não resiste e ele desencarna deixando mulher e filhos. Inconformado, ao chegar em ‘Nosso Lar’, quer voltar e rever sua família. A produção contou com uma direção de arte grandiosa e efeitos especiais jamais vistos em produções brasileiras. A soma de cenários, figurinos, maquiagem e efeitos especiais leva o espectador aos três universos retratados no filme: O Planeta Terra, A Colônia Nosso Lar e o sombrio Umbral. O Diretor e Roteirista

Wagner de Assis disse que queria poder dar à história tudo o que ela merece, então precisava investir nos efeitos visuais para que o filme tivesse credibilidade. O filme começa com André diante de uma grande muralha, e então somos jogados junto com ele num estranho e obscuro lugar, o Umbral. André Luiz está sofrendo em meio a criaturas assustadoras e suas próprias lembranças de encarnado. Julgado como suicida, é perseguido por espíritos das sombras, até que pede por perdão, e o espírito Clarêncio vem em seu auxílio. Aí é

que somos apresentados a Nosso Lar, uma Colônia Espiritual que paira sobre a superfície da Terra. É para lá que André é levado para seu tratamento. As imagens são incríveis: Os pavilhões, suas funções, os espaços de confraternização e contemplação. Tudo nos é mostrado com cores lindas, harmônicas, embaladas a uma magnífica trilha sonora. Aos poucos André vai mergulhando no real sentido da vida. Aprendendo a lidar com seus sentimentos. Erra, aprende e segue, enquanto vai registrando tudo pelo que tem passado. Mas, ao visitar seus parentes encarnados descobre que o “inferno”, que nunca existiu, está mesmo é dentro da gente. Doma suas emoções, aprende mais sobre amor e fraternidade. Sejamos multiplicadores dessa mensagem poderosa. Um bora com a família lotar os cinemas. Elenco e detalhes técnicos no site: http://www.nossolarofilme.com.br/

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