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Data: 13 de Novembro de 2016 Quando o legalismo substitui a adoração Lição 7 4º trimestre de 2016 Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã Comentarista: Thiago Brazil EM ESPÍRITO E EM VERDADE

Lbj lição 7 Quando o legalismo substitui a adoração

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Quando o legalismo substitui

a adoração

Lição 74º trimestre de 2016

Título: Em Espírito e em verdade — A essência da 

adoração cristã

Comentarista: Thiago Brazil

EM ESPÍRITO E EM VERDADE

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SEGUNDA — Tg 4.11A natureza soberba dos legalistas

 

TERÇA — Am 5.21Festas solenes sem pureza de coração são rituais vazios

 

QUARTA — Is 58.5Fórmulas religiosas que para nada servem

 

QUINTA — Jr 7.4O legalismo faz o lugar sagrado virar um amuleto

 

SEXTA — Mt 23.4Os legalistas do período de Jesus

 

SÁBADO — Cl 2.21As regras dos legalistas no tempo de Paulo

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Obj

etiv

osDISCUTIR as origens e manifestações do legalismo no Antigo 

Testamento;

DEMONSTRAR que o legalismo era um 

desafio constante para a Igreja Primitiva;

REFLETIR a respeito das atitudes a serem tomadas para evitar o 

legalismo.

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blic

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Atos 5.1-6,8-10. 1 — Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade2 — e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.3 — Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?4 — Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.5 — E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.6 — E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.8 — E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.9 — Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.10 — E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.

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Introdução

O que é legalismo? Pode-se definir legalismo como sendo a postura religiosa que privilegia o cumprimento de regras e normas como caminho para a obtenção de bênçãos divina, inclusive a salvação. Dentre os perigos de uma religiosidade legalista está a ilusão de tornar-se uma pessoa melhor, isto é, alguém superior aos outros pelo simples fato de obedecer rigidamente um determinado conjunto de ordenamentos religiosos. É a respeito dos riscos e consequências de uma fé genuína tornar-se legalistaque discutiremos na aula de hoje, partindo de alguns exemplos bíblicos.

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I. O SURGIMENTO DO LEGALISMO NO ANTIGO TESTAMENTO

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Da institucionalização ao legalismo.

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Como estudamos na última aula, com o enorme crescimento do povo de Israel e com o início de sua jornada de retorno à Canaã, a adoração e o louvor dos judeus tiveram que passar por um processo de organização para melhor desenvolvimento (Êx 19.3-6). Todavia, rapidamente propagou-se a prática legalista, ou seja, ao invés do povo cumprir as ordenanças divinas por amor e obediência ao Senhor, parte do povo passou a executar os mandamentos de maneira mecânica e vazia de intencionalidade ou, pior ainda, por puro interesse (Nm 14.1-37). Nem toda institucionalização causa legalismo, mas todo legalismo é destruidor em qualquer tipo de relacionamento, especialmente entre os adoradores e Deus.

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Qual a sua motivação?

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O legalismo como causa da tragédia na família de Eli.

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Um dos primeiros exemplos bíblicos de como o legalismo pode destruir uma família inteira é o caso da família de Eli (1Sm 2-4). Os filhos de Eli não respeitavam as ofertas e espaços sagrados em Israel (1Sm 2.12-17,22-25), eram homens de Belial (1Sm 2.12). Diante desta situação Deus usa tanto um profeta anônimo (1Sm 2.27-36), como o adolescente Samuel (1Sm 3.15-18) para declarar aos ouvidos do próprio Eli a indignação de Deus com a situação, todavia, nada mudou. O momento mais patente do legalismo da casa de Eli foi quando seus filhos transportaram a arca da aliança do Senhor para o meio do campo de batalhas com a intenção de vencerem uma guerra contra os filisteus (4.3-5). Houve uma comoção geral entre os guerreiros, isto, entretanto era pura ilusão. Deus não era a arca, muito menos estava preso dentro dela! Acreditar que venceriam a guerra simplesmente por terem trazido o objeto sagrado era puro legalismo; o resultado não podia ser outro: derrota, extermínio do povo, morte da família sacerdotal e rapto da arca (4.11-22).

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Salmos 91

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A denúncia do legalismo nos discursos dos profetas.

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O Antigo Testamento está repleto de discursos denunciando esta prática de uma religiosidade de fachada. Logo no primeiro capítulo de sua profecia, Isaías denuncia a hipocrisia religiosa daquele povo (Is 1.11-23) e apesar deles cumprirem várias ações cerimoniais, nenhuma delas era agradável ao Senhor. Já em Ezequiel 8.1-18, Deus revela ao profeta, através de uma visão cheia de símbolos, a espiritualidade decadente travestida de piedade daquela geração. Em Amós 5.21-23, o profeta, que há pouco denominou ironicamente a classe opressora de “vacas de Basã”, declara que o simples cumprimento de cerimônias religiosas não isentava o povo de Deus de sua responsabilidade social com os pobres e oprimidos. Religião que declara servir a Deus, mas é incapaz de servir ao próximo, é puro legalismo.

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O excesso de cuidado no conhecimento e cumprimento

de determinadas normas e regras religiosas pode nos

levar a esquecer qual deve ser a finalidade maior destas: auxiliar-nos a diariamente tornarmo-nos a imagem e

semelhança do Pai.

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Se sua fé tem se reduzido a mera observância de

regras, de tal forma que sua relação com Deus já abandonou um caráter filial, por meio de seu

amor integral e desinteressado ao Pai, e tem se tornado algo legal — onde você exige dEle as recompensas de sua suposta obediência —

você tornou-se legalista.

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II. A LUTA CONTRA O LEGALISMO NA IGREJA PRIMITIVA

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O legalismo como herança do farisaísmo na Igreja Primitiva.

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O cristianismo, apesar de ter rapidamente atingido o mundo gentio, especialmente através de Paulo, teve em seu surgimento forte adesão de judeus. Uma das mais tradicionais seitas judaicas daquele momento histórico eram os fariseus (literalmente, “separados”). A característica marcante deste grupo era a rigidez com que eles cumpriam a Lei (Mt 23.23), chegavam até a exceder-se no cumprimento de alguns pontos dela (Lc 18.12). Quando esse conjunto de pessoas ingressou no cristianismo, trouxe junto suas tradições legalistas, dentre as quais estava a circuncisão para os cristãos não-judeus, assim como o cumprimento de todo o restante da Lei. É claro que o conjunto de exigências deste grupo de novos convertidos colidia diretamente com o discurso da graça, do amor e da misericórdia, proposto e vivenciado por Jesus e os seus discípulos (Mt 9.13).

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A rejeição do legalismo entre os primeiros cristãos.

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Não houve negociação entre os líderes da Igreja Primitiva. O legalismo deveria ser radicalmente rejeitado. Os apóstolos ratificaram que a salvação é obra exclusiva da morte vicária de Jesus e que por isso nenhum fardo deveria ser posto sobre os irmãos gentios. O Cristianismo já nasceu com a pretensão de acolher toda a humanidade; deste modo não era simplesmente mais uma seita judaica e por isso não necessitava submeter-se às tradições culturais daquele povo. Paulo, em vários momentos de seu ministério, denunciou a inutilidade do legalismo dos judaizantes — judeus convertidos ao cristianismo que exigiam dos gentios o cumprimento de práticas culturais e cerimoniais do judaísmo para garantir-lhes a salvação (Gl 2.14-17; Fp 3.1-3; Cl 2.16-23; Tt 1.10-16).

Rejeitado

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As distorções teológicas do legalismo.

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O legalismo, no intuito de desenvolver uma piedade comprometida, cria sérios problemas doutrinários. Por exemplo, se alguém condiciona a salvação a algo além do sacrifício de Jesus — rituais (Mt 15.1-9), obediência a normas humanas (Gl 5.1-6), boas obras (Ef 2.8-10) — essa pessoa está usurpando a centralidade de Cristo na obra salvífica. O legalista, arrogantemente, entende-se como alguém apto para julgar a espiritualidade dos outros (Tg 4.12). Não devemos ser juízes de ninguém (Lc 6.37), só há um Juiz (Is 33.22; Jr 11.20), nossa missão é ser suporte para os mais fracos (Rm 14.1-23). O legalismo transforma a ética cristã, encarnação histórica do amor (Mt 7.12), em um conjunto vazio de cumprimento de regras que para nada serve (Mc 7.7-9).

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Você é um legalista? O legalista, arrogantemente, entende-se como

alguém apto para julgar a espiritualidade dos outros.

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Misericórdia para com os doentes espiritualmente

não significa conivência com

seus atos.

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III. COMO SUPERAR O LEGALISMO

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Retornando a centralidade de Cristo em nossa fé. 

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Não existem amuletos mágicos (sal, copo com água, arca da aliança) ou rituais de invocação da divindade (sete vigílias, sete salmos, sete hinos de sangue) no Cristianismo. O centro de nossa fé é Cristo Jesus (Cl 1.27). O legalismo somente será superado quando, sem medo algum, voltarmos a pregar e viver a mais simples verdade do Evangelho: a morte e ressurreição de Cristo é a garantia da nossa salvação (Rm 8.31-39). Se for salvo, vivo para Ele (Fp 1.21); se congrego numa Igreja é para aperfeiçoamento do “corpo” dEle (do qual eu faço parte — Ef 4.12,13); se pratico boas ações é para que o nome dEle seja glorificado (1Pe 2.11,12). Não devemos ter medo de supostas maldições ou “retaliações divinas”, Cristo não é Baal — um deus melindroso — Ele nos ama e tudo que Ele faz é para abençoar-nos (Ef 1.3-10).

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Amando mais as pessoas que a religião.

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Cristianismo não é religião — cheia de protocolos e cerimônias — antes é relacionamento puro, direto e genuíno com Deus. Se em alguma circunstância da vida você estiver diante de um suposto dilema entre salvar a vida de alguém ou cumprir uma regra religiosa, não pense duas vezes, salve a vida desta pessoa. Porque alguém deve fazer isso? 1) Por que em seu lugar Cristo faria o mesmo, na verdade Ele já fez (Jo 5.1-15; 8.1-11); 2) Porque o cerne do cristianismo não é cumprir regras, mas amar a Deus, amando a si mesmo e as pessoas ao nosso redor; 3) Algumas religiões fazem guerra e matam pessoas, Jesus veio para dar a sua vida e ninguém foi capaz de convencê-lo do contrário (Jo 10.17,18).

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Vivenciando a liberdade proporcionada pelo Espírito de Deus.

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A Bíblia é clara: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17). Somos livres do pecado, livres para 

adorar a Deus e para ter uma vida santa, e servir de exemplo ao mundo daquilo que Deus pode fazer na vida 

de um ser humano.

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Adoração não é reprodução mecânica de palavras ou ações.

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Adoração não produz ódio. Alguém por

ignorância pode não gostar de nossa fé ou até mesmo de nós, todavia,

nosso louvor a Deus nunca pode ser fonte de

discriminação ou maldade.

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O legalismo é uma antiga doença que tenta atacar o povo de Deus. Desde o Antigo Testamento até nossos dias a sedução de fazer da fé um aglomerado de proibições, prescrições e juízos é algo tanto real quanto perigoso. Por isso, 

devemos cada vez mais nos empenharmos para desenvolver um relacionamento vivo, íntimo e pessoal com Deus, livre o suficiente para 

expressarmos a sinceridade de nossos corações.

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1. A partir dos seus conhecimentos e das discussões em sala de aula defina o que é legalismo.Pode-se definir legalismo como sendo a postura religiosa que privilegia o cumprimento de regras e normas como caminho para a obtenção de bênçãos da divindade, inclusive a salvação. 2. Apresente episódios bíblicos onde fica bastante claro a manifestação de uma religiosidade legalista (No mínimo dois no AT e outros dois no NT).AT — Precipitação dos Filhos de Eli (1Sm 2-4); Contemporâneos de Amós (Am 5); NT — Discussões no Concílio de Jerusalém (At 15); Judaizantes nas igrejas da Galácia (Gl 2). 3. Que tipos de problemas ou contradições de natureza teológica o legalismo pode trazer?Defesa da salvação a partir da obediência a regras humanas; distorção dos princípios éticos; divisão das pessoas entre puros e impuros segundo as normas da religião. 4. Como podemos superar o legalismo?Resposta Pessoal. (Sugestão: criação de regras quanto a tipos específicos de ritmos ou canções na igreja). 5. Que ações podem ser tomadas para combater a espiritualidade legalista?Retornando a centralidade de Cristo em nossa fé; Amando mais as pessoas que a religião; Vivenciando a liberdade proporcionada pelo Espírito de Deus.