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Estudo e análise ao jogo Santos FC vs FC Barcelona Competição: Campeonato do mundo de clubes Local: Japão- Nissan Stadium Data: Domingo, 18 Dezembro 2011
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FC BarcelonaAnálise e estudo à equipawww.olhar-transversal.blogspot.com
Análise FC Barcelona (2/18)
CAMPEONATO DO MUNDO DE CLUBES
Japão- Nissan Stadium
SANTOS FC VS FC BARCELONA
Domingo, 18 de Dezembro de 2011
Análise FC Barcelona (3/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Equipa organizada em 3x4x3 ou 3x3x4.
Esquema consistente e com extraordinários
resultados. Apesar do segundo lugar na Liga
Espanhola, motivação em alta pois em
Dezembro ainda não perderam pontos, tendo
inclusivamente ganho em casa do grande rival
Real Madrid por 1-3.
Enorme vocação ofensiva e agressividade,
sempre focados num pensamento de jogo muito
atacante e em manter o ritmo alto. A construção
de jogo é lenta, curta e paciente, com muita
troca de bola, alternando e explorando as zonas
do terreno, em busca de uma oportunidade.
Análise FC Barcelona (4/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Notável a assertividade de passe dos três
elementos do meio campo, em 3ª fase. A
construção de jogo curto tem o primeiro passe
para o central, Piqué. Puyol abre mais na direita
enquanto Abidal faz o mesmo na esquerda.
Daniel Alves posiciona-se mais à frente, entre a
segunda e terceira linha.
Piqué procura colocar o esférico num dos
elementos do meio campo, preferencialmente
no Sergio Busquets. Quando não é possível,
coloca na lateral, sendo que a probabilidade de
a bola retornar ao mesmo, é elevada.
Caso assim não suceda é porque um dos médios
está em boa posição e o passe não é de risco.
Raramente a bola é colocada de uma forma
directa e objectiva, num dos extremos. A
construção de jogo longo, neste jogo, não foi
uma ameaça.
Análise FC Barcelona (5/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Aqui sim, de uma forma mais objectiva Piqué, o
primeiro organizador e aquele que dos elementos
defensivos tem maior probabilidade de tentar o
passe longo, procura colocar a bola nas costas
dos defesas adversários, preferencialmente nos
extremos.
Também Valdés actua, por vezes, numa espécie
de libero, arriscando no passe curto, mesmo para
a zona central do terreno. Da 2ª para a 3ª fase,
um padrão existente é a circulação lenta e
paciente numa abordagem em jogo curto e de
muita posse de bola.
Os laterais pouco correm com bola, a menos que
exista espaço para tal.
Se o espaço for apertado, a bola circula de forma
a fazer o adversário correr, podendo existir
repetição e sequências de passe entre alguns
jogadores.
Outro padrão é a descida ou troca de posição de
Xavi ou Iniesta, quando o Sergio Busquets está
marcado ou com o intuito de organizarem o jogo
mais atrás.
Análise FC Barcelona (6/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
A visão de jogo de ambos os criativos é muito
boa daí que seja importante retirar-lhes espaço
para pensar e profundidade às movimentações
dos extremos.
O sistema de jogo assenta num trio composto no
meio campo por Sergio Busquets, que é o
elemento mais recuado, enquanto que Xavi e
Iniesta são os criativos e organizadores do jogo.
Estes, fruto da sua técnica e visão de jogo,
conseguem criar espaços, gerir e controlar o
mesmo através de passes curtos, procurando o
erro do adversário. Com o auxílio dos colegas,
formam pequenas sociedades na zona da bola,
criam linhas de passe curtas e triangulações,
sempre com uma ou mais opções de segurança,
de forma a evitarem a pressão do adversário e
de maneira a conseguirem desbloquear uma
zona onde possam colocar profundidade no jogo.
Análise FC Barcelona (7/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
O estilo de passe é normal, variando entre o
mais seguro e o de risco. Fàbregas e Messi
actuam, normalmente, mais adiantados que
esse trio. Ambos podem aparecer no centro, na
direita ou na esquerda.
Enquanto que Lionel Messi não tem uma posição
fixa de forma a evitar a marcação adversária e a
poder usar toda a sua capacidade técnica em
prol da equipa, Fàbregas é mais um suporte ou o
elemento de ligação do conjunto catalão.
Descai para o lado onde o jogo flui de forma a
disponibilizar uma linha de passe.
Messi é o principal desequilibrador da equipa,
muito forte no um para um, principalmente
quando embalado. É o elemento mais
rematador, embora também seja muito activo a
assistir os colegas. É imprevisível, embora
preferencialmente procure por realizar
diagonais.
Análise FC Barcelona (8/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Thiago, não sendo um extremo, dá largura na
esquerda. Chega com bom timing nas costas dos
defesas e procura triangulações com Fàbregas
ou Iniesta. Por ser destro, tende mais a
promover diagonais de forma a procurar a
finalização. Dificilmente vai à linha.
Por vezes mas com menor probabilidade, pode
abrir espaço para a entrada de Abidal, que
poderá vir de trás para cruzar. Também pode
alternar a posição com Fàbregas ou Iniesta, ou
dar a cobertura a este último.
Análise FC Barcelona (9/18)
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
Do outro lado, Daniel Alves, é o elemento mais
vertical e que garante maior profundidade à
equipa. Mais agressivo, objectivo e directo,
imprime velocidade no jogo e procura ganhar a
linha para cruzar.
Apesar do asserto no passe ser claramente
inferior ao dos colegas visto arriscar mais, foi
determinante e decisivo, contando com duas
assistências. Em diversas fases do jogo chega
mesmo a ser o elemento mais adiantado da
equipa.
Análise FC Barcelona (10/18)
TRANSIÇÃO OFENSIVA
Mudança de atitude rápida e agressiva.
Movimentações de Daniel Alves e, sobretudo, de
Lionel Messi em profundidade são as principais
ameaças. Da zona defensiva, Piqué preocupa-se
em observar a movimentação de ambos
tentando colocar a bola nas costas do adversário
imediatamente, embora tenha sido
inconsequente frente ao Santos.
Quando não podem começar logo o ataque, dão
inicio à posse de bola, sendo Xavi e Iniesta os
maestros na organização da equipa. Incrível
dinâmica colectiva. Avançam rapidamente e
com apoios.
Análise FC Barcelona (11/18)
TRANSIÇÃO OFENSIVA
Fantástico Fàbregas, sempre por perto do
elemento que conduz a bola, fornecendo-lhe
uma possível linha de passe. Na defesa, rara e
dificilmente cometem erros ou acusam a
pressão dos adversários.
Transições do Guarda-Redes. Passe longo
imediato para as costas, contra-ataque para as
alas ou para o central em jogo curto. Importante
bloquear ou antecipar.
Por vezes, Valdés tenta colocar nas laterais, por
alto. Situação favorável à equipa adversária
visto a percentagem de êxito não ter sido
elevada. Passe longo não é uma ameaça directa.
Análise FC Barcelona (12/18)
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
Equipa organizada como um bloco médio-alto. A
grande vocação ofensiva faz com que a equipa
tente recuperar a bola numa zona adiantada.
O conjunto exerce um pressing agressivo e
construtivo na medida em que resgata a bola de
frente para o meio-campo adversário, de modo a
controlar o jogo e dando, desta forma,
profundidade aos seus movimentos.
Numa fase mais recuada, Busquets recua
diversas vezes de forma a fazer dupla com Piqué
e ficando Puyol a lateral direito. Busquets e
Puyol foram os jogadores do Barcelona que mais
intercepções fizeram.
Abidal é igualmente determinante e influente no
seu espaço. Daniel Alves recua ou fecha a sua
zona de forma a equilibrar a equipa. Xavi e
Iniesta também são solidários a defender. O
elemento com menos tarefas defensivas é Lionel
Messi.
Análise FC Barcelona (13/18)
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
No entanto, tanto ele como Fàbregas, que são os
elementos normalmente mais adiantados no
momento de organização defensiva, exercem
pressão na frente respeitando os princípios das
suas zonas.
De resto, a equipa condecora a marcação à zona
e a defesa é consistente. Não é fácil apanhá-los
em desvantagem numérica, quando perdem a
bola.
No jogo aéreo, Puyol liderou nas disputas de
bola, não só na sua área mas também no seu
redor.
Análise FC Barcelona (14/18)
TRANSIÇÃO DEFENSIVAAPÓS PERDER A POSSE DA BOLA
A transição defensiva do Barcelona é fortíssima.
Após perda da bola parece existir a convicção
que, em escassos segundos, a mesma é
resgatada. A pressão é imediata e muito
agressiva.
Destaco Daniel Alves que faz o corredor
praticamente todo e tem disponibilidade física
para equilibrar a equipa defensivamente,
realizando diversas antecipações onde apanha
desprevenidos os adversários, mesmo tratando-
se de extremos ou criativos. A sua transição
defensiva é excelente e recupera rápido ou
fecha no meio-campo. O Barcelona adianta as
suas linhas o que lhe permite recuperar a bola
em zonas mais avançadas e evitando assim que
a equipa recue após a sua perda. O conjunto
catalão exerce pressão em todas as zonas do
campo com rigor, disciplina e sentido posicional.
A defesa pode ser posicionada alta no campo,
logo haverá espaços nas costas que podem ser
explorados. Embora possam tentar o fora-de-
jogo, os seus jogadores procuram dar alguma
largura e cobertura à sua linha defensiva.
Análise FC Barcelona (15/18)
BOLAS PARADAS A FAVOR
No pontapé de baliza uma das possíveis jogadas
estudadas sucede quando Abidal e Puyol abrem
de forma a receberem a bola através do passe
curto.
No entanto e de forma a iludir o opositor, Piqué
inicialmente posicionado à entrada da grande
área, pode seguir para a posição de Puyol que
sobe uns metros de maneira a receber a bola
pelo ar.
Quando o adversário não deixa, todos sobem e a
bola é pontapeada para os avançados ou
extremos.
Análise FC Barcelona (16/18)
BOLAS PARADAS A FAVOR
Livres laterais e cantos são normalmente
batidos por Xavi a menos que a distância
privilegie um remate mais forte e aí Daniel Alves
pode ser uma alternativa.
Quando cruzada, normalmente 3 jogadores
atacam a bola na diagonal. Puyol, Piqué e
Busquets são os jogadores por norma dentro da
área, ficando para a recarga Iniesta e Fàbregas.
Messi também pode ser alternativa nos livres e
cantos do lado direito, sendo que estará por
perto de maneira a dar uma alternativa de
passe.
Sergio Buquets, ao primeiro poste, também
pode ir ao encontro de Xavi para que o criativo
possa retirar um cruzamento mais próximo,
apanhando os opositores numa fase mais
desleixada. Ainda nos cantos, Iniesta que
costuma estar na recarga à entrada da área, por
vezes, pode procurar o espaço ao segundo
poste.
Análise FC Barcelona (17/18)
BOLAS PARADAS CONTRA
Nos livres laterais põem dois jogadores na
barreira, Messi no espaço e não deixam
ninguém na frente mas são rápidos no contra-
ataque. Marcação feita à zona.
Nos cantos a marcação é feita à zona. Na
pequena área pode aparecer um ou dois
jogadores mas normalmente estão todos
posicionados dentro da grande área.
Messi é o elemento com maior probabilidade de
não defender sendo que, por vezes, Fàbregas e
Xavi possam estar ligeiramente mais subidos.
Análise FC Barcelona (18/18)
OUTRAS OBSERVAÇÕES
Jogaram ainda Mascherano, Fontás e Pedro. O
argentino actuou 34m. Entrou para defesa
central, no lugar de Piqué, passando para a
posição de Puyol quando este saiu aos 85m para
a entrada de Fontás.
Aos 79m entrou Pedro para o lugar de Thiago.
Estes três jogadores, apesar do pouco tempo em
campo para serem avaliados, tiveram poucas
perdas e mantiveram a dinâmica do Barcelona.
Demonstraram segurança e assertividade.
Os golos foram marcados por Lionel Messi (17m;
82m), Xavi (24m) e Fàbregas (45m) contando
com uma assistência de Xavi e duas de Daniel
Alves.