95
O MISTÉRIO DOS EXTRATERRESTRES (04/2008) Mais um assunto, como sempre, polêmico, e não menos misterioso: a existência de vida pensante em outros planetas, senão a Terra, onde vivemos. Muito se falou e muito se fala sobre a questão. Para o pesquisador neutro, menos influenciado pelas diversas tendências, sejam religiosas ou científicas, existem evidências físicas palpáveis que atestam a veracidade da vida fora do nosso mundo físico. É justamente por causa das fantasias em torno do tema que a chamada “Ufologia” (termo derivado de “UFO”, abreviatura em inglês para “Unidentified Flying Objects”, ou “Objetos Voadores Não Identificados”) é ridicularizada, mormente por leigos. A questão central é, pois como provar e comprovar que realmente somos “visitados” por objetos voadores desconhecidos, cujos “pilotos” seriam os seres que vivem em locais situados nos confins do universo. Como desmistificar essa controvérsia que tanto inculca a humanidade desde que os grandes eventos de sua existência começaram a ser registrados de maneira inteligível? Além dos seus habituais questionamentos: “quem somos?”, ou “de onde viemos?”; “para onde vamos?”, aparece o invariável, “estamos sós no universo?”. Independente do material existente, o fato é que o mistério perdura, mesmo sabendo que a Terra é um planeta situado na “Via Láctea”, que por sua vez é uma, dentre as milhares de galáxias existentes na parte pesquisada do universo, e onde deve existir por volta de 450 milhões de estrelas com idade média semelhante à do Sol, além de outros tantos planetas como o nosso, ou seja com características energéticas e dimensionais similares. Os contactos com os objetos diferem em graus, de acordo com os estudiosos. Existem, segundo estes, alienígenas bons e maus.

0 Abstract

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 0 Abstract

O MISTÉRIO DOS EXTRATERRESTRES (04/2008)

Mais um assunto, como sempre, polêmico, e não menos misterioso: a existência de vida pensante em outros planetas, senão a Terra, onde vivemos. Muito se falou e muito se fala sobre a questão. Para o pesquisador neutro, menos influenciado pelas diversas tendências, sejam religiosas ou científicas, existem evidências físicas palpáveis que atestam a veracidade da vida fora do nosso mundo físico. É justamente por causa das fantasias em torno do tema que a chamada “Ufologia” (termo derivado de “UFO”, abreviatura em inglês para “Unidentified Flying Objects”, ou “Objetos Voadores Não Identificados”) é ridicularizada, mormente por leigos. A questão central é, pois como provar e comprovar que realmente somos “visitados” por objetos voadores desconhecidos, cujos “pilotos” seriam os seres que vivem em locais situados nos confins do universo. Como desmistificar essa controvérsia que tanto inculca a humanidade desde que os grandes eventos de sua existência começaram a ser registrados de maneira inteligível? Além dos seus habituais questionamentos: “quem somos?”, ou “de onde viemos?”; “para onde vamos?”, aparece o invariável, “estamos sós no universo?”. Independente do material existente, o fato é que o mistério perdura, mesmo sabendo que a Terra é um planeta situado na “Via Láctea”, que por sua vez é uma, dentre as milhares de galáxias existentes na parte pesquisada do universo, e onde deve existir por volta de 450 milhões de estrelas com idade média semelhante à do Sol, além de outros tantos planetas como o nosso, ou seja com características energéticas e dimensionais similares. Os contactos com os objetos diferem em graus, de acordo com os estudiosos. Existem, segundo estes, alienígenas bons e maus.Outros especulam que existem extraterrestres a serviço do governo norte-americano, e que, em troca de certos favores, transferem tecnologia espacial aos americanos. Há até o rumor que se isto não tivesse acontecido, os EUA jamais teriam dado início ao programa espacial, portanto, sequer teriam aportado na Lua, em 1969. Quanto à comunicação com esses supostos seres de

Page 2: 0 Abstract

outros mundos, uns dizem que se comunicam através da telepatia, outros via aparelhos eletrônicos (a chamada “telecomunicação instrumental”) e, claro, de modo físico. E como seria a aparência física desses habitantes de outros orbes? De consistência etérea? Ou seriam semelhantes aos humanos? Seriam seus mundos extradimensionais, ou tridimensionais como o nosso? Certos pesquisadores dizem ainda, que os alienígenas poderiam ser provenientes até do interior da própria Terra, ou mesmo das profundezas dos mares. Vão surgir mais hipóteses e o assunto se torna infindável, providencial para o homem criar suas fantasias, ao doce sabor de seus princípios filosóficos.Como se não bastasse, há pessoas que ainda acreditam que a Terra é o único planeta habitado do universo. Para elas, nosso planeta seria uma espécie de fonte geradora para povoar outros planetas: a matriz. Seríamos, pois, tal como um único e minúsculo grão de areia no meio de um deserto árido e inóspito, mas que poderia ser semeado e povoado por nós. Por conseguinte, acreditam que tudo sobre o “fenômeno UFO”, não passa de armação, ou alucinação típica de visionários. Outros, mais crédulos, falam também de “conspiração”, “profecias do fim do mundo” e toda espécie de teoria que a fértil mente do ser humano permite dentro da sua infinita imaginação. Na outra ponta, todavia, existem as pesquisas fundamentadas, que não se deixam contaminar pelo fanatismo ou radicalismo. Estas, sim, poderão nos levar a conclusões cabais acerca da vida fora da Terra. Enfim, há opiniões divergentes sobre a matéria, como não poderia deixar de ser.Afinal, é nosso sagrado direito de questionar sempre, e de duvidar também, mas devemos, sobretudo, estarmos com a mente preparada para enfrentarmos novas situações que, certamente, hão de acontecer em futuro próximo. Na verdade, é assim que se evolui.

18-O MISTÉRIO DOS ANIMAIS-15/Outubro/2004Já não é novidade para ninguém que os animais, na sua totalidade, têm um sexto sentido tão apurado quanto o

Page 3: 0 Abstract

olfato ou a audição, já que a visão não é tão potente em termos físicos, mas também parece detectar outros campos vibracionais. Essa extra-percepção é que lhes permite “sentir” além do comum com relação a nós, seres bípedes limitados ainda mal treinados para tanto. Todo mundo já ouviu falar que quando se aproxima uma tempestade, ou algo pior, certos animais domésticos se tornam irrequietos. Ou mesmo quando um cachorro começa a latir olhando para o suposto “nada”. É nesse momento que eles atingem uma dimensão ainda inacessível por grande parte dos indivíduos ditos racionais. E então surge a oportuna questão: por quê todos os animais possuem tal poder extra-sensorial e a maioria dos humanos não? Teriam eles uma região no cérebro, mas que nós ainda não a despertamos? Quando será que os pesquisadores e cientistas conseguirão decifrar a parte psíquica do animal, seja este alado, terrestre ou aquático? E a questão da linguagem? Por quê até hoje o ser humano não entende o idioma dos bichos? Nessa área, é de se admirar, segundo consta ao público, que nada se tenha descoberto acerca do idioma daqueles que presunçosamente chamamos de “irracionais”. Afinal, é certo que eles devem ter um padrão característico para se comunicar entre si. Caso contrário, não existiriam os grupos e as comunidades que os elefantes, por exemplo, formam.

No plano biológico, os bichos, assim como os humanos, estão praticamente configurados. Em pouco tempo, eles certamente, também terão seu genoma delineado. Mas nada de concreto se conhece sobre a parte subjetiva do animal. Não é de se admirar. Se o homem dificilmente consegue se auto-analisar, o que diremos com relação aos animais. Assim, o cientista ainda não conhece totalmente a forma com que o animal se comunica, sequer como vislumbra certos espectros, invisíveis aos nossos olhos.

Page 4: 0 Abstract

Em síntese, seu comportamento é analisado apenas sob o ponto de vista prático, isto é, sabemos quando os bicho estão alegres, tristes, famintos, mas não sabemos o que se passa nos confins de sua mente. Nada está comprovado cientificamente, porém para não fugir do hábito, há especulações em torno do assunto. Sabe-se, também, que o padrão gramático da linguagem humana tem uma ordem peculiar, independente de sua raiz. Isto é, os sons vocálicos e consonantais estão inseridos em qualquer tipo de idioma. Mesmo os que possuem a escrita através de ideogramas (como os chineses, japoneses e os antigos egípcios), têm a lógica gramatical inserida no seu sistema de comunicação gráfica. E os bichos? Como “falam” entre si? Como seria a construção gramatical de suas frases usadas para se expressar? A onomatopéia é a palavra que imita o som de seu significado. E o que entendemos dos sons animais, exceto que emitem sons típicos de sua raça? Somente a identificação de quem os emite, ou seja, se é uma ave, um porco, etc. Nada mais. Pesquisas sobre entonação, timbre, e acústica em geral deveriam ser mais aprofundados para o contexto zoológico. A título de exemplo, é notório que os cachorros são exímios "guardadores de imagens", pois sabemos que através do odor, eles fixam no cérebro a cena que o faro captou, uma vez que o cheiro sempre está atrelado à visão. Essa postura lhes permite "fotografar" a figura que acabaram de "farejar". Não seria este o ponto de partida para começar a decodificar a fala canina? E o que se pode dizer dos macacos? Sabe-se que há estudos bastante adiantados nesse sentido, pois se especula que a comunicação do símio é muito similar à do ser humano.

Em suma, se um dia pudermos desvendar o mistério da linguagem animal, e formos capazes de entender o seu comportamento psíquico e psicológico, isso na certa nos possibilitará atingir a almejada sintonia “homem/natureza. Será quando amenizaremos as

Page 5: 0 Abstract

maldades que tanto lhes infringimos. Nesse momento especial, passaremos a nos conscientizar que não somos os únicos “inteligentes” da Terra.

19-O MISTÉRIO DO TEMPO-22/Outubro/2004Não é mistério para ninguém, que o tempo é uma criação humana usada para controlar os ciclos da vida, bem como os movimentos da natureza. Percebemos sua trajetória através de nosso cérebro que mede o que passou, o que se passa e o que pode acontecer através da detecção de todas as coisas, imobilizadas, ou não, isto é, como os eventos naturais, desde o surgimento do sol, até o seu poente. Todavia, se este tipo de noção cessasse, o tempo deixaria de existir e o homem não sobreviveria, uma vez que seu relógio biológico depende da orientação externa. Mas, por que então o tempo é misterioso? Por quê essa “medida” é tão vital para nós, limitados humanos? O objetivo deste questionamento, não é fazer as observações de sempre que todos já estão cansados de ouvir falar ou ler. O fator tempo é, na verdade, um assunto muito mais complexo que as infindáveis suposições e teorias sugerem. Todos têm perfeita idéia do que seja passado, presente ou futuro. Nossa mente está acostumada a materializar o tempo desde que nascemos. Sabemos que o tempo está diretamente relacionado com o nosso mapa genético, que também retém as características de nossos ancestrais, renascidas em nós. É certo, ainda, que esta impressão temporal não existe fora da Terra, porquanto é o Sol que a rege. O tempo, portanto, é uma ilusão meramente terrena e vital para a nossa sobrevivência. No entanto, há teorias fantásticas sobre o assunto: viagens ao passado, ao futuro, em outras dimensões, fenômeno “deja-vu”, enfim, hipóteses das mais variadas e para todos os gostos e princípios. A verdade, é que ainda não descobrimos a maneira de decifrar o tempo. Afinal, se ainda somos seus escravos, como poderíamos

Page 6: 0 Abstract

ousar concebê-lo? Se assim o fosse, seríamos eternos, é certo...

Para os quânticos, o tempo seria a quarta dimensão, ou seja, ele está além do nosso mundo composto por três dimensões, que é a delimitação espacial compreendida em altura, largura e comprimento. Conclui-se, que se há uma quarta dimensão, então poderia haver no espaço outras dimensões. A partir desse princípio, ou suposição, surge a idéia do Universo multidimensional. Nossa limitação torna-se, pois, evidente neste preciso momento, porque a consciência humana ordinária somente está consciente de três lados (pelo menos, na maioria das pessoas, ditas normais). E como poderíamos “enxergar” essas (talvez) inexpugnáveis perspectivas? Como galgar planos e subplanos invisíveis e não palpáveis? Primeiramente, teríamos de ter consciência do que significa dimensão: quando colocamos nossa mão à frente da luz, vemos na parede sua projeção, ou seja, sua sombra que, claro, tem o formato exato de nossa mão, porém lhe falta uma dimensão. Ela está, assim, em um plano de duas dimensões. Do mesmo modo, subtende-se que nossos corpos - e tudo o que se move nas três dimensões - seriam sombras de dimensões superiores. Normalmente, pensamos que as sombras são projeções reais. Na verdade, podem estar sendo projetadas a partir de dimensões superiores. Dedução: o tempo e o espaço estão conectados entre si. Se entendermos este conceito com mais propriedade, poderíamos, então, começar a desvendar o mistério?

Pois compliquemos ainda mais a situação: e o que dizer quando não há espaço, nem tempo? Seria este o “nada absoluto?” E o que dizer daqueles que dizem que o nada não existe? Há pesquisas neste sentido que, de acordo com a Física da Energia Ponto Zero, toda matéria não é nada mais do que uma modificação do vazio, uma vez que este está também repleto de energia. Logo, o vazio

Page 7: 0 Abstract

não existe, uma vez que energia é matéria em diferente estado de manifestação. Qual conclusão poderemos tirar? Que se tempo e espaço são o próprio vazio, nossa idéia acerca dos três é totalmente errônea.

No mais, o assunto requer laudas e laudas de estudos e conjecturas. A Física Quântica ainda engatinha, mas muita novidade pode acontecer. No mais, quando descobrirmos o segredo do tempo, acharemos a maneira de nos “situar” no espaço. Por certo, preencheremos o “vazio” dentro de nós que carrega o insustentável mistério da vida.

21-O MISTÉRIO DA PINEAL-05/Novembro/2004A ciência ainda não conseguiu explicar direito como se processam os fenômenos ditos paranormais. Como sempre, chegam-nos aos ouvidos explicações de todas as matizes e de todas as vertentes. Nada comprovado. Assim, como aconteceria, em termos científicos, o contato do ser humano com espaços (ou entidades) não visualizados pelos seus limitados olhos? Haveria um meio que facilitaria este tipo de alcance com o lado da vida, ainda imperceptível, sob o ponto de vista material? Todos bem sabem que a televisão, por exemplo, precisa de uma antena para captar as ondas que serão decodificadas em imagens. O mesmo acontece com o rádio, com o telefone sem fio (celular ou fixo) e outros meios de comunicação que necessitam de um meio físico para que o contacto seja devidamente compreendido. Eis a questão: como o chamado “sensitivo” pode captar mensagens de outras “paragens” que não sejam físicas? O filósofo e matemático francês Renê Descartes foi o primeiro a conjecturar sobre o meio de comunicação “extraordinária” dos homens. Para ele, existe no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se instalaria..., em outras palavras, a sede da alma, ou onde repousa o espírito. Esta glândula é a pineal, um dos “componentes” mais misteriosos do nosso corpo. Com tanto mistério ao nosso redor, nada mais oportuno

Page 8: 0 Abstract

do que falar da parte responsável pelos nossos pretensos “contatos com o Outro lado.” Os iogues a chamam de “terceiro olho”. Os espíritas dizem que a pineal é a nossa antena para estabelecer o contato com o mundo espiritual. Para o decodificador do espiritismo, Alan Kardec, a mediunidade seria um atributo biológico e não um conceito religioso. O médium, (ou sensitivo),.portanto, teria a sua glândula pineal mais desenvolvida que nas demais pessoas sem este tipo de atributo. A fim de recapitular o que muitos já sabem, a pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, isto é, uma espécie de relógio interno, o nosso navegador. A pineal opera, através das radiações do Sol e da Lua. É ela que controla nosso tempo interno, regulando e coordenando as funções do organismo em consonância com o lado externo, ou seja, o cotidiano. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, o que prova que é o terceiro olho de fato. O que acontece, é que a pineal converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos, traduzindo-os em ações compreensíveis aos padrões visuais. Seria como captar um campo eletromagnético, aquela área que não detectamos. Isto, como já foi abordado em artigos passados acontece mormente com os animais que atingem níveis vibracionais bem mais apurados do que os nossos Dizem, ainda, que a pineal calcifica à medida que a pessoa envelhece, mas o que realmente acontece, segundo os pesquisadores, é que ela forma cristais de apatita, o que independe da idade. Esses cristais têm a ver com o perfil da função daglândula. Uma criança pode ter cristais de apatita na pineal em grande quantidadeenquanto um adulto pode não ter nada e vice-versa. Os que quem possuem muito desses cristais, teriam mais facilidade de “seqüestrar” o campo eletromagnético.

Page 9: 0 Abstract

Por conseguinte, ao que tudo indica, os cristais facilitariam a operação de captação com o “outro lado” ou outra dimensão. Assim, a antena mais eficiente, conteria mais cristais de apatita e, por isso, detectaria com mais facilidade o espaço invisível aos nossos olhos, ou sentidos. A pineal, enfim, comanda as demais glandulas endócrinas e produz o hormônio chamado melatonina, responsável, dentre outras funções, pela sedação do cérebro. Sua produção que aumenta principalmente à noite, quando não há luz, que por sua vez a reduz – é pois, fotossensível.

Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamentepara o estudo mais atento da pineal. Estaria a humanidade próxima dacomprovação científica da integração entre o corpo e a alma? Um dia, saberemos...

23-O MISTÉRIO DA VISÃO REMOTA-19/Novembro/2004Tecnicamente explicando, o corpo humano é circundado por um halo de energia eletromagnética. Os olhos normais enxergam noventa por cento das emissões fotônicas geradas pela imagem captada. Tais emissões são filtradas pelo tálamo, redundando num formato de energia, que é interpretado como a realidade. Mas, e os dez por cento restantes? Esse campo somente poderá ser captado através da chamada “visão remota”. E como obter este atributo? Qualquer um poderia adquirí-lo, independente de sua capacidade extra-sensorial, desde que treine adequadamente, segundo apregoam os especialistas na matéria. Há empresas que oferecem tais treinamentos. Assim, é facultados a todos, sem exceção, a habilidade de “enxergar” além do campo visual que o olho comum atinge. Em outras palavras, a visão remota seria uma espécie de percepção extra-visual que possibilita “viajar” com os olhos interiores (no caso, a mente) a qualquer distância, neste tempo e até mesmo em outro tempo (passado e futuro), de acordo com o foco. Esse incrível atributo acontece, porque a mente ultrapassa os limites dimensionais, com o corpo

Page 10: 0 Abstract

consciente e desperto. No clarividente, isto seria diferente, porque sua capacidade atingiria somente o espaço-tempo presente. O “visualizador” precisaria também de referências, tais como mapas, plantas ou fotos para agir. Tudo isto começou com o advento da Guerra Fria. A CIA e a KGB, agências de inteligência americana e soviética, passaram a contratar paranormais visando obter informações secretas do inimigo, acessando áreas instransponíveis sob o ponto de vista físico. Esses agentes especiais eram conhecidos como “agentes psíquicos”. Na verdade, o termo era erroneamente aplicado, uma vez que, conforme mencionado, o mais importante para obter a visão remota, é prioritariamente treinar. O postulante deve ter percepção apurada antes de tudo. Depois disso, ele poderá ser devidamente “educado” para “trabalhar” com sua mente, ou seja, facultar-lhe o poder de “conectar” campos magnéticos até então indevassáveis para, em seguida, decifrá-los inteligivelmente. Por analogia, seria como se a mente fosse uma espécie de computador interligado a um servidor-central, também interligado a outras “máquinas”, todas se interagindo com uma rede complexa de dados de variados matizes. Através da visão remota, o indivíduo, então, teria meios para “penetrar” em qualquer computador que desejasse. “Dentro” do alvo, ele poderia fazer qualquer tipo de “download” (ato de receber os arquivos) ou “upload” (ato de enviar os arquivos) que necessitasse. Surgiria o autêntico “hacker mental”, ou seja, um invasor de computadores alheios. Se o termo “psíquico” foi deixado de lado, tais pessoas passaram a ser conhecidas como “bio-mentes”. Em suma, todas as “bio-mentes” seriam similares em essência, mas a gradação poderia variar de acordo com a sua configuração, ou consoante aos “upgrades” (aprimoramento do computador) efetuados. Deste modo, o acesso ao “arquivo central” e daí, para áreas inexpugnáveis, ou restritas, seria possibilitado a quem estivesse mais habilitado, ou que detivesse senhas secretas, exclusivas de cada computador.

Page 11: 0 Abstract

Finalmente, visando comprovar a eficácia do sistema, os divulgadores do tema, disseram que o ditador Sadhan Hussein foi capturado graças à utilização deste artifício. Como se não bastasse, falaram, ainda, que Osama Bin Laden só não foi pego até hoje, porque já conhece as artimanhas da CIA no campo da visão remota (uma vez que ali foi treinado, como já se sabe). Ele treinou cães justamente para “farejar” a presença de outras “mentes” (dos visualizadores) que o caçam. Quando os cachorros dão o alarme, Osama escapa para outro lugar. Um típico jogo de gato e rato virtual. O que se espera, no mais, é que esta faculdade fique em mãos (ou mentes) idôneas. Se é difícil combater o inimigo visível, imagine-se se estiver invisível. A utilização dessa modalidade tem que ser para o lado positivo. E o homem será onipresente, tornado-se o deus que ele é em potencial. Do contrário, a evolução humana continuará estagnada.

26-O MISTÉRIO DA REENCARNAÇÃO-10/Dezembro/2004Existe a reencarnação? Eis mais um tema controverso. Há religiões que contestam veementemente esta teoria dizendo que a vida é uma só e que vamos “ressurgir dos mortos” no dia do “Juízo Final”, mas, uns alegam que interpretaram mal a Bíblia, pois ressurreição quer dizer reencarnação. Esses, que acreditam na possibilidade reencarnatória, acatam peremptoriamente na viabilidade de o espírito ser capaz de “habitar” vários corpos durante muitas gerações, ou seja, o “eu” ficaria confinado num corpo físico durante um certo tempo, correspondente a uma das suas vidas. Depois, abandonaria esse corpo – decorrente da morte - e voltaria ao mundo espiritual, também por um determinado tempo. Esse período aqui e no além seria mutável. As especulações quanto ao “tempo de residência” são diversas (comentado posteriormente neste ensaio). Enfim, tal trajetória aconteceria até que se atingisse a perfeição, meta de todos seres vivos.O “eu” seria “a individualidade que abriga uma consciência”, denominada “personalidade-alma”, única, porém mutável em seu desenvolvimento. Ele carregaria

Page 12: 0 Abstract

um conjunto de memórias, desejos, sonhos, vontades, pensamentos, atitudes, tendências, concomitantemente ao contexto social (temporal, econômico, religioso e político) que está inserido. Esta seria uma definição mais simples para a “re-encarnação”, em outras palavras, o processo de “nascer novamente num corpo diferente”. Em síntese, muito se falou, muito se fala e muito se falará sobre este mistério que envolve o reino humano. Não obstante vários casos obtidos através da regressão da memória, terem sido registrados e catalogados, não se pode afirmar a sua autenticidade com cem por cento de certeza, uma vez que as habituais mistificações ajudam a prejudicar a sua credibilidade. Mas há histórias incríveis que carecem somente de comprovação reconhecida pelo mundo científico.A verdade, é que a mente humana continua obscura, quase indevassável. E ela é capaz de enganar e se enganar também. Por isso mesmo, a teoria da reencarnação raramente é abordada de maneira imparcial. Cada um tem seu modo peculiar de opinar sobre o tema. Uns são radicais, isto é, tanto pendem para um lado, como para outro, igualmente de forma extremada. Isto faz com que caiam no inevitável lugar-comum. Mas, cada posicionamento tem sua argumentação. A seu turno, os “reencarnacionistas” apregoam que o homem, em sua interminável busca espiritual, se coloca em duas frentes: o “darma”, que seria o conjunto de deveres que ele se submeteria livremente, visando alcançar a iluminação e o “carma” (do sânscrito “ação”), que seria a conseqüência advinda de ações, sejam boas ou ruins, com efeito de igual força (semelhante à “Terceira Lei de Newton”). Os que não acreditam na questão argumentam que se a pessoa “vive várias vezes”, isto é, volta em outro corpo, a população não poderia ter aumentado tanto. Atualmente, existem mais ou menos 6 bilhões de humanos no planeta, porém há apenas duzentos anos, a população era de 2 bilhões de pessoas. De onde teriam vindo os novos espíritos? Os adeptos do assunto contra-argumentam de maneira variada. Uns asseguram que a evolução ocorre em todos os rincões, quer dizer, almas de animais que atingiram o ápice de sua evolução,

Page 13: 0 Abstract

passariam a reencarnar no reino humano (é a chamada “transmigração”), outros afirmam que os habitantes de planetas mais atrasados poderiam estar reencarnando na Terra por terem evoluído em seus mundos. Os mais evoluídos daqui, renasceriam em mundos mais adiantados e, assim sucessivamente. Esta seria uma espécie de lei cósmica. Certos traços, ou doenças poderiam ser conseqüência de outras vidas que ficariam “impregnados” na alma, trazidos para a vida seguinte e podendo ser curado ou, ainda, piorado. É certo que com a decodificação do genoma, há características hereditárias, sejam físicas e psicológicas. Em outras palavras, a questão da ancestralidade está comprovada. Estaria ela, direta, ou indiretamente, ligada à teoria da reencarnação? Não se sabe. E quanto ao período “entre-encarnações”? Existem teorias alegando que o renascimento poderia ser imediato (isto é, uma pessoa morreria e, logo em seguida, se reencarnaria), ou muito tempo depois da morte (variando em termos de anos, até séculos). Há quem afirme que o “tempo de duração” de uma individualidade seria de 144 anos. Por exemplo, se alguém vivesse 44 anos na Terra, ficaria no mundo espiritual durante 100 anos, reencarnando-se após a expiração desse limite. Não se sabe como se chegou a esses números, mas pode haver coerência se for levado em conta que ninguém sabe o motivo pelo qual o período de gestação do indivíduo é de 9 meses. No mais, o homem continua questionando a sua própria existência. As justificativas acerca da reencarnação podem ser plausíveis, pois seria injusto somente uns evoluírem, e outros não.

Afinal, como diria o sábio marujo: “Todos estamos no mesmo barco”.

27-O MISTÉRIO DO MISTICISMO-17/Dezembro/2004O misticismo seria uma espécie de religiosismo? Pode ser, mas é uma forma de analisar os mistérios da vida de maneira quase didática, ou seja, os estuda de forma metódica, sem se deixar pender para nenhum lado, quer

Page 14: 0 Abstract

espiritualista, ou material. Agindo de modo imparcial, a aproximação de uma reposta mais plausível torna-se mais fácil. Disse “aproximação”, porque a verdade absoluta permanece inatingível. O místico sabe, portanto, que apesar de ser difícil alcançar o seu objetivo, poderá abrir novos caminhos que o levem a pesquisas mais consistentes e aprofundadas. Afinal, “quanto mais propensão a pessoa tiver para o estudo de qualquer assunto, tanto mais propensão terá para sondar os mistérios da vida e compreender a si mesmo e a sua relação com o universo.”O oculto, portanto, atrai o estudioso sério que se contenta somente com soluções empíricas, mas sem deixar de compreender que há forças misteriosas por detrás da ciência, uma vez que até matérias corriqueiras, como biologia, química e física continuam desconhecidas, porque ainda carecem de novas demonstrações da existência de forças e energias que se manifestam em laboratório através de diversas formas. Deste modo, a chance de obter sucesso na infindável busca pelo desconhecido é maior quando encarada sob a ótica mística. Por outro lado, existem aqueles que pouco interesse têm em aprender, em sondar tudo que possa parecer estranho. Estes são, certamente, dotados de uma mente pouco exigente por não encontrar motivação nem inspiração em querer desvendar temas de caráter mormente ocultista. Isto deve ocorrer porque a análise dos poderes físicos e espirituais de todas as coisas não lhes provoca nenhum tipo de curiosidade. Para eles, enfim, “somente a Deus é dado o direito de desvendar o mistério da vida.” O ser divino é que dá as respostas, somente através da fé. E esta postura inibe qualquer inclinação pelo desconhecido da pessoa que prefere assim proceder. Outros, que sequer têm religião (por isso, seriam menos dogmáticos), acham que os benefícios materiais imediatos são suficientes para que sua existência mundana prossiga, mesmo que entediante, sem sobressaltos. Independentemente dessas posturas, estejam elas certas ou erradas, o importante, como sempre, é seguir um curso na vida que leve ao bem-comum. As intenções é que nortearão o caminho que o ser humano trilhar. Uns vão demorar

Page 15: 0 Abstract

mais para progredir e outros atingirão o ápice mais rapidamente. Mas, todos, sem exceção, um dia alcançarão o cume. Contudo, somente o extremismo é que poderá retardar a caminhada. Logo, toda e qualquer análise deve ser feita sempre com coerência, mantendo o respeito pelas opiniões contrárias. As conclusões devem ser invariavelmente aliadas à racionalidade e preparadas para a contra-argumentação que poderá ser mais bem fundamentada. Enfim, os prós e contras devem ser pesados a fim de se chegar a um ponto comum, viável, confiável, consciente e inteligente.Eis o mecanismo principal para “descortinar” o véu da verdade que de relativa, um dia poderá se tornar absoluta. Com tal mentalidade, tendo-se em conta, sobretudo as próprias habilidades e aptidões, a nova compreensão há de afetar a existência positivamente. Em suma, o segredo para tratar um mistério de maneira mística, é saber questionar corretamente. Afinal, qualquer um, portador de uma mente pensante, não consegue olhar para o espaço sem deixar de ficar perplexo e envolto em especulações. Assim, ele obtém a bússola que mapeará o seu saber. O desejo de aprender vai de encontro às respostas.O resultado será o domínio da vida. Naturalmente, advém o passo seguinte: a necessidade de ajudar o próximo. Esta é a missão do místico que só conhecerá a felicidade completa quando praticar o altruísmo. Essa “ajuda mútua”, terá como conseqüência, a realização integral do ego. Finalmente, o indivíduo, preocupado com seus problemas aparentemente insuperáveis, só encontrará alívio para prosseguir sua jornada, quando os compreender.

28-O MISTÉRIO DOS NÚMEROS-24/Dezembro/2004Mais “uma temática” (o cacófato foi proposital) intrigante: os números. Que mistério é este que nos torna autênticos escravos dos números durante nossa existência?Tudo gira em torno de números. Precisamos deles para medir extensão e quantidade, ou seja, para contar nossa idade, para medir o tempo, para calcular nossa riqueza

Page 16: 0 Abstract

(ou pobreza), enfim, somos integralmente dependentes dos valores numéricos para viver.Não fossem os números, a vida certamente seria diferente. As noções de tempo e espaço seriam outras, ou talvez sequer existiriam. Além do mais, outras leis e princípios científicos também são expressos através da simbologia numérica. E o mesmo acontece com relação aos simbolismos mitológicos e religiosos que são organizados e baseados nos números. Assim, o homem depende do número para poder “contar” e “contar” (em ambos os sentidos) a sua história. Até para se apresentar, o ser humano necessita de um valor numérico, no caso, o número 2, que é dual, bipolar, bilateral. O par ou ímpar caracterizam muitas coisas. Os algarismos são binários e deles originou o código-fonte da computação. Por outro lado, o número três é o lado divino. Seria a representação da divindade, ou seja, a tríade que é a “trindade”. As relações numéricas também são fundamentais para o equilíbrio acústico que decorre do ritmo, a harmonia musical. Idêntica relação para com os poemas, trovas e outras formas de arte. Os códigos numéricos são essenciais na ciência, na geometria, na trigonometria, e em outras matérias no campo da aritmética. Em síntese, eles são a expressão do conceito humano sobre a ordem universal. Segundo Pitágoras, “Deus geometriza”. Para ele, o universo foi criado graças a uma ordenação numérica complexa. Assim, foram organizadas as galáxias. Ele dizia, por conseguinte, que a harmonia é para os ouvidos o que a astronomia é para os olhos. Tudo é, pois, norteado pelas regras matemáticas, seja no plano do microcosmo, seja no macrocosmo. Todavia, algumas dessas leis continuam desconhecidas. Para solucioná-las através de cálculos, os matemáticos utilizam os teoremas, intricados problemas que resultam em demonstrações práticas. Por serem justamente misteriosos, os números passaram a ter interpretações de caráter místico. Dessa forma, da “leitura” de seus conjuntos, o indivíduo passou a se auto-analisar, seja sua personalidade, seja seu destino. Nasceu a numerologia. Através das letras, chega-se um determinado número-chave de significado peculiar, ajustado à pessoa, isto é,

Page 17: 0 Abstract

para cada letra, um algarismo respectivo. Adicionando tais valores aos algarismos correspondentes ao dia, hora e ano do nascimento surgirá o mencionado número-chave. Surge a partir daí, uma dependência ainda maior por parte da pessoa para com os números. Essa relação faz da numerologia uma “paraciência”. Contudo, ainda não foi explicado direito como isto funcionaria em diferentes idiomas que possuem outros alfabetos, e em certas culturas dotadas de calendários distintos. Se a lógica da matemática realmente for levada ao pé da letra (ou ao “pé do número”), deve haver um denominador comum que consiga unificar os modos de interpretação. No mais, o real significado dos números continua especulativo. Há coincidências que podem ser de fato bastante elucidativas e, por isso, palpáveis aos olhos da razão. Mas, o mistério continua. Se a “Mente Superior” efetivamente “geometriza”, o ser humano, ou seja, sua criatura, precisa saber mais sobre esse mundo formado por números para poder saber “manipular melhor o compasso, o esquadro e a régua que delineiam a sua vida”. É mais um mecanismo para se conhecer. As respostas a essa “geometria divina” pode estar, na verdade, no nosso mapa genético que nada mais é do que números seriais correspondentes às nossas características físicas e mentais.

O significado intrínseco dos números poderá ser finalmente compreendido, facultando-nos a habilidade de poder controlar nossas compulsões e nossos desejos.

E os números poderão significar além do que só quantidade e extensão...

29-O MISTÉRIO DA ENERGIA-31/Dezembro/2004Tudo que vemos e sentimos é composto de energia, quer material ou etérea. Na verdade, somos uma espécie de energia ambulante. A diferença entre o sólido e o não sólido é simplesmente a sua configuração atômica. Nosso próprio pensamento é uma forma energética que, como se diz no dito popular, “é capaz de mover

Page 18: 0 Abstract

montanhas”. Por isso, devemos descobrir a forma de manipular essa força misteriosa a fim de que o seu poder imanente nos beneficie, bem como aqueles que conosco convivem. Mas, como poderíamos controlar algo que sequer vemos, ou tocamos?O passo inicial, é ter consciência de suas variadas manifestações. Uma delas é o “Feng Shui”, uma interessante filosofia chinesa que apregoa que todos os ambientes são circundados e interpenetrados por variadas formas de energia descontroladas e, portanto, devem ser devidamente harmonizados para o nosso próprio bem-estar. A posição dos móveis dentro de casa, a maneira de dormir e determinadas situações internas no local doméstico, ou mesmo onde trabalhamos, podem influir no viver de cada um. Em síntese, esta filosofia ajuda a organizar o caos energético que persiste em nossa volta devido às várias categorias de pensamentos e posturas que permeiam o espaço. A partir dessa ordenação de energias antagônicas (aquelas que não se coadunam com as leis da natureza), os pensamentos fluem sem interferências e, por isso, as realizações são iminentes. Outra manifestação de energia, foi descoberta nos finais dos anos trinta, por Wilhelm Reich. Era a "Energia Cósmica Primordial", ou “orgone”. Esse cientista afirmou que tal energia está onipresente, sendo responsável pela cor do céu, por exemplo. Há, ainda, outras formas mais conhecidas de energia, tais como: elétrica, cinética, química, solar, eólica (força dos ventos) e a nuclear. Todavia, a energia mais poderosa seria aquela emanada pelos seres humanos. O campo magnético que nos circunda é a chamada “aura”. Esta energia, se bem administrada (através dos sentimentos), torna-se curativa. Antigos feiticeiros teriam uma energia psíquica bastante evidenciada. Atualmente, temos os passistas e as folclóricas benzedeiras que usam as mãos para transmitir vibrações curativas. Essas pessoas permutam suas energias a partir da fé de quem as procura. As benzedeiras, tal como os bruxos do passado, mesclam conhecimentos de medicina popular (ou alternativa), religião e magia para tratar variados males humanos. Além das habituais

Page 19: 0 Abstract

rezas, elas utilizam ervas e objetos com significados simbólicos para efetuar seu trabalho a contento. A ciência ainda não descobriu que espécie de energia advém desses “curandeiros” que, na maioria das vezes, satisfazem sua clientela (que podem ser bebês, portadores do conhecido “quebranto”, ou “mau-olhado”). Essa energia seria a decantada “energia vital”, ou “fluido universal”, terminologias adotadas pelos espíritas, especialistas em “reiki”, terapeutas holísticos (que estudam os pontos energéticos, que seriam os “chacras”), dentre outros. Outro mistério seria como recompor o campo áurico (ou energético) do indivíduo para obter seu equilíbrio restabelecido. Esse processo de reciclagem que “limpa” e, por conseguinte, descarrega é a prova de que a energia, tal como o ar que respiramos, existe e por isso, deve ser bem conhecida.O princípio do domínio dessa energia é, sem dúvida, o controle do pensamento. Se a imaginação for sempre criativa e, obviamente, positiva, terá sido este o primeiro passo para a re-ordenação das energias em nosso interior e, conseqüentemente, à nossa volta, resultando numa reação em cadeia de grandes proporções e positivo resultado. No mais, se até o vácuo, ou seja, o nada, é composto de energia, não há como evitar a sua interação e o seu conseqüente contágio. Por causa disso mesmo, é fundamental ter a consciência dessa existência. Para tanto, é necessário ter bons pensamentos.E o progresso será iminente

30-O MISTÉRIO DA VIAGEM ASTRAL-07/Janeiro/2005Alguns já devem ter ouvido falar que enquanto dormimos, saímos do corpo (que continua em repouso para repor as energias) e “passeamos” no espaço. Tudo isso, inconscientemente. Esta seria a decantada “viagem astral”, ou projeção. Todavia, não é qualquer um que pode provar efetivamente que saiu do corpo com a consciência desperta. Durante o período em que estamos dormindo, somente lembramos essencialmente dos sonhos. Os que se recordam de suas “andanças

Page 20: 0 Abstract

extra-corpóreas”, controlando-as, seriam os “projetores”, aqueles que o fazem de forma consciente e voluntária. Dizem os especialistas no estudo da projeciologia que o ser humano possui várias camadas superpostas de energia que são seus "corpos". Com o sono, o corpo liga uma espécie de “piloto automático” e, enquanto suas funções autônomas continuam trabalhando, o eu, juntamente com as outras camadas, sai do corpo físico. É mais fácil se inteirar dessas “escapadas cósmicas” se a pessoa tiver um grau de paranormalidade mais acentuado, caso contrário, será necessário treinamento justamente para “educar” os sentidos a fim de aprender a “vagar” sem interferências. Assim, o primeiro passo para se tornar um “turista dimensional consciente”, consistiria em aceitar que seu limite não se restringe eminentemente ao corpo físico. Este seria exatamente um dos maiores entraves. Outro obstáculo seria o medo do desconhecido. Se a pessoa pensar que poderia morrer ao abandonar temporariamente seu corpo, certamente não conseguirá levar a efeito o seu intento. Essa “neofobia” gera transtornos irremediáveis. Deve-se se livrar também dessa barreira. Com a eliminação de empecilhos, a possibilidade de realizar a viagem astral aumentaria sobremaneira. Apregoa quem consegue “voar”, que a projeção propicia, uma sensação de leveza e liberdade jamais experimentada antes. Alegam que deve ser este o sentimento de quem parte em definitivo, ou quase. Como é o que dizem aqueles que tiveram a experiência do “quase-morte”. Os relatos geralmente são de que a pessoa, ciente, ou não, de seus estertores, passa a ver o próprio corpo moribundo, estirado. Salvando-se, o indivíduo pode contar a sua fascinante experiência, não obstante as alegações médicas que diagnosticam o contrário, esquecendo-se que esses que “voltaram” passam a apresentar habilidades psíquicas que não tinham antes. Já os que conseguem se projetar podem comprovar suas saídas graças ao testemunho dos amigos. Após combinar hora e local para se “encontrarem”, eles atestam a autenticidade do desdobramento, dizendo o que estavam fazendo e como estavam vestidos. Uma outra

Page 21: 0 Abstract

modalidade de projeção seria através da (já comentada em artigos anteriores) “visão remota”. Dessa vez, não seria o corpo astral que “viajaria”, mas a mente. Além do mais, o “visualizador tem um objetivo único, isto é, a partir de um alvo específico, ele transporta sua consciência além dos limites alcançados pelos olhos físicos. Nessas duas formas de projeção, de acordo com os estudiosos, é facultado “interpenetrar” em dimensões de realidades diferentes da nossa, tanto no tempo, quanto no espaço. Dependendo do grau de psiquismo, dizem poder haver contactos com seres de outros padrões energéticos. Enfim, essa autêntica “aventura interplanetária” deve ser de fato inigualável e inusitada para quem conseguir efetuá-la. No mais, esse mistério poderá ser desvendado por todo aquele que precipuamente seja dotado de boa-vontade, que tenha intenções positivas e altruísticas acima de tudo. Afinal, a ética também impera nas leis universais. Em outras palavras, a energia negativa seguramente não se harmoniza com a energia que possibilita o desprendimento ao astral. Este será o jeito de, finalmente, superarmos a então intransponível divisão entre cérebro e consciência. Liricamente falando: dizem os “projetores, que “o corpo astral é mais brilhante e iluminado do que o físico...”.

31-O MISTÉRIO DA MULHER-04/Fevereiro/2005Nesta segunda fase da coluna que começou em junho do ano passado, os temas serão menos analíticos e mais práticos, ou seja, os mistérios serão menos subjetivos. E nada melhor do que começar pelo ser mais divino da raça humana: a mulher.Afinal, não haveria mistério algum se ela não existisse, pois é quem nos gera e quem gera os enigmas conseqüentemente. Para dizer a verdade, a inspiração chegou de duas vertentes: uma estimada colega de trabalho, leitora desta coluna e não menos questionadora, passou a idéia para abrir com chave de ouro o “livro 2” deste espaço e por causa do momento presente, quando o poder feminino está mais forte do que nunca. Um exemplo para ilustrar esta observação, é

Page 22: 0 Abstract

Maria Madalena, aquela que viveu na época de Jesus e que dizem ter sido sua esposa. Segundo consta, ela também foi motivo de controvérsias dentro da Igreja Católica. Falando nisso, o famoso livro “O Código Da Vinci”, tem sido um dos responsáveis pela (re)conscientização da importância da mulher. Parafraseando ao que foi dito na página 466, do mencionado romance: “Estamos começando a sentir a necessidade de restaurar o Sagrado Feminino”.No mais, o fato é que Madalena é o símbolo da nova era da mulher. E nada melhor do que recomeçar falando um pouco desse misterioso e, sobretudo, divino ser humano que, por sinal, ultimamente vem “incomodando” sobremaneira a alguns incompetentes (machistas, é bom ressaltar) homens, possivelmente com medo de perder a posição de “sexo forte”, há tantos milênios mantida à custa da sua prepotência desmedida.No momento mais sublime da mulher, quando vai gerar um semelhante, ela passa a produzir uma espécie de leite que nada mais é do que um elixir da vida. Um autêntico repositório de energia, cuja essência permanece tão misteriosa, quanto maravilhosa. O que se pode dizer, contudo, é que “não se concebe a concepção”, ou seja, ninguém em sã consciência é capaz de conceituar ou explicar o milagre da reprodução.Pode-se fazê-lo sob o ponto de vista biológico, mas jamais sob a ótica espiritualista. Para que uma vida tenha capacidade de “transformar” outra vida, precisa ser mesmo muito sagrada, muito especial. Essa alquimia é a essência da mulher. Só este magnífico detalhe já basta para que se possa mensurar a importância do feminino na vida humana. No ventre materno outra alma se aconchega até que possa sair para viver a sua existência. Todavia, os laços que os unem jamais serão desatados. Em outras palavras, o amor “mãe-e-filho” é tão forte que não se pode definí-lo através de meras palavras.A simbiose de pensamentos que os une não tem explicação no ponto de vista terreno. Eis porque a mulher é o ser supremo que habita esta parte do Universo. Sua sacralidade é tanta que até suas percepções são mais apuradas do que as dos homens. A

Page 23: 0 Abstract

intuição feminina deixou de ser uma suposição para se tornar uma afirmação, tamanha é a confiança que todos nela depositam. Muito se falou, muito se fala e muito será falado acerca da mulher, cada um com sua ênfase particular, mas todos chegando a um ponto comum: a grandeza feminina é única. Trovadores, escritores, românticos, enfim, todos esses líricos jamais se cansarão de admirar a beleza feminina que continuará sendo cantada e decantada em prosa e verso. Excetuando o radicalismo de certas religiões, é chegado o momento do “assentamento da mulher”. Não há como negar - não a sua superioridade, pois todos são iguais, em essência - a sua importância na sociedade ocidental e quiçá oriental (em futuro breve, espera-se). Assim, ao tentar analisar esta bendita espécie de entidade, sempre se incorrerá no risco de esbarrar na mesmice. Mas esse lugar-comum por certo não incomodará àquele que vê a mulher com olhos amáveis e respeitosos, sabendo que o seu lugar não mais está vago, porque finalmente foi ocupado por quem de direito.Nesse contexto, o surrado ditado, “à César o que é de César”, deveria ser mudado para, “à Madalena o que é de Madalena”.

32-O MISTÉRIO DAS GLÂNDULAS-11/Fevereiro/2005Dando prosseguimento à seção de mistérios (a história que ficou de ser publicada intercaladamente, ainda está sendo devidamente atualizada), o assunto da semana, como sempre, intriga: as glândulas, que são consideradas como as guardiãs do corpo ou, como dizem os Rosacruzes, “o espelho do Eu”. Todos sabemos que nosso corpo age igual a um computador. Assim, analogamente, as peças, no caso os órgãos, funcionariam de acordo com um programa pré-estabelecido, com funções e atribuições específicas. A cadeia de DNA seria a memória permanente do computador, a mente poderia ser a memória transitória. Mas, e os “chips”, esses diminutos, porém vitais condutores e filtros? O que seriam eles? Quem mais, senão as glândulas? São exatamente elas que filtram e dão o equilíbrio necessário ao correto funcionamento do corpo. Para alguns, o elo do eu material com o eu

Page 24: 0 Abstract

espiritual. Em outras palavras, as glândulas “regulariam” também as funções mentais e psíquicas. Nossa aparência física, até nossa simpatia pessoal e, mais essencialmente a nossa intangível personalidade, seriam o resultado do funcionamento glandular. Por isso, elas atuam em consonância ao comportamento individual, seja físico ou mental. Contudo, esta ordem pode ser alterada por causa de fatores hereditários. Em síntese, a glândula é “coordenada” de acordo com as atitudes de seu “hospedeiro”. A título de informação, é de bom alvitre rememorar o significado das glândulas. Elas são órgãos que produzem ou secretam substâncias indispensáveis para a harmonia do corpo. Há dois tipos de glândulas: as que possuem dutos (ou canais), denominadas exócrinas (salivares, lacrimais e o fígado) e as endócrinas, que não têm canais (gônadas, pâncreas, supra-renais, timo, tireóide, paratireóides, pituitária e a polêmica pineal, já comentada em ensaios passados). Essas glândulas secretam hormônios, que são fundamentais para o balanceamento intracorpóreo, como ressaltado. Na verdade, supõe-se que qualquer estudo mais acurado desses órgãos implicaria em conhecimento mais aprofundado sobre o Eu psíquico. O que quer dizer que o Eu se manifestaria através do funcionamento da glândula. Até o pragmático Descartes vislumbrou que a glândula pineal (assunto este, já abordado nesta coluna) seria uma espécie de “sede da alma”, isto é, para ele, o espírito moraria nesse órgão assim como o cérebro, a “casa da mente”. O desequilíbrio de qualquer dessas tantas glândulas que guardamos dentro de nós resulta em sérios distúrbios para o organismo, o que não é novidade para ninguém. De fato, como apregoa o ditado: “Só sentimos falta de água, quando o poço seca”. É exatamente essa sensação quando o fígado ou a tireóide, por exemplo, funcionam em desacordo com as suas funções. É mais um motivo para que se dê mais vazão ao pensamento correto que por sua vez, irá se refletir no funcionamento das glândulas e vice-versa. Frases feitas, clichês, lugar-comum, mas a verdade é que não custa repetir essa ladainha à exaustão: “Cada um é o reflexo do próprio pensamento”. O “Espelho do Eu” deve

Page 25: 0 Abstract

sempre estar limpo, cristalino e brilhante. Assim, a “ponte para o céu” ficará desimpedida e o caminho para a maestria será menor. As idéias fluem com maior desenvoltura se há no corpo glândulas sadias que produzem e regulam o metabolismo de acordo com a ordem natural. É este grau de harmonia que ditará o ritmo e demonstrará qual é o nível de relação da pessoa para com o Universo. A percepção ficará apurada, advindo um discernimento qualificado que terá ressonância positiva na vida. Glândula que trabalha sem entraves, gera pensamento puro que, por sua vez, resulta em ações e imaginação criativa. Eis um caminho para se conseguir as coisas: o equilíbrio mente/corpo . Dizem que é sorte, mas a sorte é simplesmente a reação externa que advém da ação interna. Em igual proporção. Enfim, é bom ter consciência que a glândula é o “canal” para obter tudo isso.

33-O MISTÉRIO DA TRANSCOMUNICAÇÃO-18/Fevereiro/2005

Depois de discorrer um pouco sobre o mistério da morte, tentando relatar os efeitos e as sensações de quem fica perto da “passagem” para o Outro Lado quando, por pouco, a alma não toma rumo definitivo a outras “plagas” (conhecidas somente através de leituras de teor espiritista) e, depois de abordar outro assunto correlato, que é a reencarnação, teoria esta que apregoa a reentrada do espírito num outro corpo, vem à baila mais um assunto não menos misterioso e correlacionado à extinção definitiva das funções orgânicas do indivíduo”: a comunicação com esse “lado oposto da vida física”. Nesse tocante, sabe-se que existem variadas “modalidades” de contactos com os que deixaram a vida. Os chamados “videntes” alegam que podem “ver” o morto, graças à sua extra-percepção sensorial que poucos adquiriram ou desenvolveram. Precisariam de instrumentos para fazê-lo, seja através

Page 26: 0 Abstract

de papel e lápis ou mesmo por intermédio de copos, ou tábuas com letras. Nem precisa repetir que, como se trata de um “trabalho” eminentemente humano, as fraudes acontecem. Por isso, o charlatão também não “falta” nessa área. Mesmo assim, há casos impressionantes que atestam a autenticidade do fenômeno, quando as provas são incontestáveis. Como não podia deixar de ser, os céticos duvidam de tudo isso. Talvez seja por causa desse ceticismo radical é que apareceu uma outra modalidade de contacto mais palpável como o Outro Lado: a “Transcomunicação Instrumental”, ou comumente conhecida entre os pesquisadores por “TCI”, um assunto já bem conhecido e debatido entre os estudiosos. Até mesmo alguns espíritas contestam esta “modalidade”. Talvez receando uma iminente extinção do ofício de médium.

Mas, isto é o que caracteriza um mistério: muita dúvida, muita especulação e pouca conclusão. Como de hábito, também, há os que se arvoram de entendidos, mas carecem de elementos mais conclusivos para atestar sua teoria. O mais importante será provar sem deixar margem para a dúvida. Afinal, críticas existem e sempre existirão. O que se deve fazer é demonstrar o feito não somente ao mundo científico, mas ao leigo e até ao espiritualista: atribuição do místico típico.

Este ensaio, portanto, dispensará comentários acerca da metodologia da utilização da TCI. Para tanto, basta acessar a rede mundial. Que se evite o lugar-comum, enfim.

O objetivo é alertar para uma nova realidade que se avizinha no campo da “comunicação com os mortos”. Seria, pois, este mais um mistério que vai “incomodar” aos incrédulos irrequietos, que ficam buscando explicação para tudo que não vêem e não ouvem. Dessa vez, o “desconhecido” poderá ser conhecido pelos olhos

Page 27: 0 Abstract

e ouvidos. Para traduzir a explanação: a TCI, é um modo de se comunicar com outro mundo, dimensão, ou talvez até com um outro tempo, através de aparelhos eletrônicos, tais como televisão, gravador ou rádio. Em outras palavras, o comunicante poderia “falar” e receber notícias de um espírito, de um ser de outras dimensões, de um extraterrestre e, até de uma pessoa do passado ou do futuro. É o que atestam os eminentes, eficientes e experientes pesquisadores, Paulo Roberto Gomes Cabral e Phyllis Macedo que, ademais, atentam para o fato de que o comunicante deve estar sintonizado, harmonizado e, sobretudo, bem-intencionado com o que vai fazer. Caso contrário, provavelmente a dificuldade de contacto será maior. São esses, a rigor, os pré-requisitos fundamentais para que um médium tenha sucesso na sua empreitada. Quer dizer, se a aparelhagem daqui estiver “alinhada” com o seu “dono”, certamente a troca de informações com o “Acolá” será eficaz. Ultrapassada esta primeira barreira, o próximo passo será “filtrar” as informações recebidas. O teor das mesmas e a sua coerência é o que vai pesar quando da sua análise que deve ser criteriosa e imparcial, imune de tendências, porque os farsantes e oportunistas sempre serão obstáculos. Como dito, esta é uma praga que infesta todo e qualquer estudo na área ocultista.

O certo é que não se discute contra uma imagem, ou um som inconfundíveis. Os olhos e os ouvidos não se enganam sempre. As interferências humanas hão de desaparecer com o advento da TCI.

Dizem os pesquisadores que a TCI não é uma nova forma de telefone, sequer outro equipamento de comunicação. Muito cedo para qualquer afirmação nesse sentido. O estudo ainda engatinha.

Page 28: 0 Abstract

O importante é que os dados foram lançados. Pode ser esta, a “deixa” definitiva para a almejada comprovação de que a morte não é o fim. “Se a Internet encurtou o mundo, a TCI pode encurtar o Universo”. Sanado este mistério, certamente outros mistérios serão revelados e as respostas para muito questionamento serão finalmente dadas. E o homem alcançará o “domínio da vida”. Oxalá!

35-O MISTÉRIO DA ASTROLOGIA-11/Março/2005Mais um mistério que, para não fugir à regra, é tema para debate. Será que o ser humano realmente tem sua vida controlada pela ação dos astros? Eis a polêmica astrologia. Assunto controverso que possui seus adeptos fervorosos e, claro, estudiosos de todas as tendências. Não se discute aqui o mérito, ou seja, se de fato há uma efetiva influência astronômica dos planetas e satélites que circundam a Terra, como por exemplo, a Lua que atua sobre os oceanos formando as marés, e também nos animais e vegetais. Mas, será mesmo que o ser humano recebe tanta influência assim dos astros, estrelas e satélites? Não seria uma espécie de auto-sugestão provocada pelos horóscopos, que fazem previsões e ditam regras de comportamento? Há indivíduos que não agem sem antes consultar seu horóscopo do dia. Outros cortam o cabelo, ou ficam mais ou menos sensíveis, de acordo com a fase lunar. E por aí vai. A capacidade criativa humana é imensurável, mas às vezes exacerba, como não podia deixar de ser. E o mistério continua. A título de informação, não custa repetir o que a maioria já sabe: qual o significado de “signo”. Segundo os estudiosos, os signos comporiam um determinado campo da consciência do ser humano, e que seriam em número de 12. É o chamado “Zodíaco”. Através da leitura desse “campo”, os especialistas elaborariam o que se conhece como “mapa astrológico”, onde constaria o horário de nascimento da pessoa, que indicaria o seu “ascendente”, além de outras casas ou setores da vida, sempre concomitante ao seu signo. Apregoam, ainda, que é o signo que fornece os indícios da forma física que a pessoa vai ter e a maneira espontânea de agir que esta irá desenvolver ao longo da

Page 29: 0 Abstract

vida. O signo ascendente seria, pois o que ocupa a região correspondente ao Leste na carta astrológica no momento em que um evento ou pessoa está nascendo. Tal signo, portanto, "nasceria" ao mesmo tempo em que a pessoa respira pela primeira vez. Além disso, continuam, esse ascendente informa como é que cada um começou no mundo em que habitará, uma vez que este se torna a marca da sua primeira entrada no mundo. Em suma, para descobrir o ascendente, é necessário ter em mãos o dia, mês, ano, local e horário de nascimento. Alegam, enfim, que apenas quatro minutos na diferença de horário de nascimento poderia comprometer em um ano as análises de um prognóstico astrológico. Assim, em duas horas, o signo ascendente muda, tal como a Lua que se move cerca de um grau nesse mesmo intervalo de tempo. Apesar das explicações, o assunto continua oculto, por conseguinte, misterioso. A verdade, é que as pessoas se fiam na astrologia como esta fosse o pré-requisito para continuarem vivendo e sobrevivendo, ajudando-lhes a evitar os percalços que a vida poderá apresentar. Seria, esta área um instrumento de precaução e de auto-conhecimento? Por outro lado, se a vida de cada pessoa no mundo é rigorosamente diferente como uma impressão digital, então como se explica a leitura do horóscopo que é genérica? E o que dizer dos mapas astrológicos de duas pessoas nascidas exatamente no mesmo hospital, hora e minuto? Seriam também idênticos? Mas, aí esbarraria na mencionada individualidade, única e personalíssima. Será que seriam os segundos entre um nascimento e outro o que faria a diferença? Alegam os astrólogos que é a localidade de nascimento e o fuso horário que alteram o ascendente e as demais casas astrológicas. Mas, não respondem quando um nascimento é rigorosamente na mesma hora e local, pois as pessoas se tornam tão diferentes entre si. Sendo, ou não, um método de adivinhação, a astrologia deve ser respeitada, uma vez que sua finalidade é, sobretudo, ajudar as pessoas. No mais, é certo que a ciência precisa de provas cabais para autenticar mais um enigma humano, mormente esses correlatos à astronomia.

Page 30: 0 Abstract

Se o homem mal conhece o seu habitat, imagine-se fora dele. Em outras palavras, se a Terra continua desconhecida, o que dizer do Universo. Mesmo assim, todos devem continuar buscando, em respeito à velha máxima socrática: “Conhece-te a ti mesmo”.

36-O MISTÉRIO DO TELETRANSPORTE-18/Março/2005Que amante de ficção científica não se admirava quando assistia “Jornada nas Estrelas” e via o fenômeno de desmaterialização e “rematerialização” dos viajantes da nave “Enterprise”, quando estes iam para outro lugar? Este é o fenômeno do teletransporte ou, para que se entenda melhor, a transferência da matéria de um local para outro, sem alteração de sua constituição molecular. Por outro lado, o teletransporte humano é totalmente inviável, apesar da série mostrar o contrário. Mas, e quanto à matéria? Será possível um objeto inanimado - ou até mesmo um feixe de luz - ser “transferido” de um local para outro sem percorrer o espaço entre os dois pontos? Tudo indica que esta será mais uma revolução que a Física Quântica reserva para a humanidade. Em síntese, o "teletransporte", atualmente testado somente em laboratórios, abre perspectivas fantásticas para este século XXI e poderá ser responsável por mudanças fundamentais na vida do ser humano, não obstante os estudos e experimentos nesta área ainda se encontrarem em fase embrionária, pois há brechas que não foram explicadas cabalmente. Por exemplo, na sua transferência quântica, a matéria original seria destruída integralmente para ser, da mesma forma, reconstituída em outro local. Esse re-mapeamento dos átomos, elétrons, prótons, etc., teria que ser rigorosamente idêntico para o processo se concretizar efetivamente. É o dilema que intriga os cientistas. Essa “reincorporação” teria que ser perfeita. É isto que impossibilita o teletransporte humano. Se a matriz é desfeita, como reconstituí-la na sua totalidade objetiva

Page 31: 0 Abstract

e, sobretudo, subjetiva (no caso, a mente)? Por conseguinte, o fenômeno teve que ser subdividido, tendo em vista suas variações: Assim, o “teletransporte p” se refere ao psíquico. A visão remota - quando a mente “viaja” para outros locais pré-determinados, além da visão normal - poderia ser a definição do teletransporte psíquico, como também a tão propalada viagem no tempo. Seria a mente quem adentra o passado ou futuro, fora do corpo? Outro mistério. O “teletransporte q”, seria o quântico, para a matéria inanimada; o “teletransporte vm”, de vácuo métrico, na transferência de objetos através do espaço e, finalmente, o “teletransporte e”, de “exótico”, como o próprio nome diz, quando os objetos ultrapassassem o mundo físico, ou seja, a transferência efetivada de uma dimensão para outra, ou através dos ainda desconhecidos universos paralelos. A propósito, uma derradeira questão: seria a quarta dimensão a ponte para os “teletransportados”? Conforme comentado, a ciência ainda engatinha no campo da Mecânica Quântica, mas os avanços são indiscutíveis. Na Índia, por exemplo, pesquisadores começaram a desenvolver métodos para o teletransporte computacional quântico. O objetivo desse projeto é possibilitar a emissão fotônica de um objeto recriando-o materialmente numa outra máquina que faria uma espécie de “download físico”. Contudo, os cientistas estão encontrando dificuldades quando da reconfiguração dos algoritmos que compõem o objeto. Desse modo, os computadores quânticos vão empregar energia fotônica em vez de energia elétrica, transformando em brinquedos de crianças os atuais processadores. Pode-se vislumbrar como seria a Internet do futuro com esses computadores. Produtos seriam vendidos e imediatamente enviados para seus compradores. A troca de mensagens eletrônicas também seria interessante. Pessoas distantes trocariam presentes e daí por diante. O pior, como sempre, seria

Page 32: 0 Abstract

um equipamento desse, cair em mãos erradas. Bombas, via “e-mail”? Vírus realmente vivos? O certo, é que o ser humano vai ter que evoluir mais para merecer mais esta dádiva tecnológica. Eis mais um entrave difícil de ser resolvido...

O advento do teletransporte, enfim, abrirá muitas portas, até hoje só vistas nos domínios da ficção. E mais uma vez, sementes da dúvida são lançadas no campo dos mistérios para o homem colher. Que sejam colhidas e transformadas em alimentos que, por sua vez, nutrirão a sua insaciável fome de conhecimento.

37-O MISTÉRIO DO TELEPATIA-25/Março/2005Pelo menos, uma vez na vida, alguém deve ter ficado com vontade de ligar para um amigo, e quando o fez, este lhe disse que “coincidentemente” teve o mesmo desejo. Em outras ocasiões, fez um determinado comentário perto de seu acompanhante e este, admirado, lhe disse que estava pensando justamente naquilo que ele disse. Mera coincidência, ou uma fortuita sincronia de idéias? E se aconteceu mesmo, uma autêntica transmissão e recepção de pensamentos? Então significaria que dois pensamentos de duas ou mais pessoas se cruzaram no espaço físico, sem interferências. Para este fenômeno, dá-se o nome de “telepatia”. Como se operaria este mistério? O que se passa dentro de uma cabeça, poderia ser captado por outro indivíduo, esteja ele receptivo, ou não? A possibilidade de “ler” o pensamento alheio, para, em seguida retransmití-lo de modo inteligível, é mesmo possível? Como sempre, muitas perguntas e poucas respostas. Para os cientistas, esta realidade já é palpável e há muitos anos. E, segundo asseguram, o será futuramente com maior freqüência ainda. Em síntese, a telepatia não seria fantasia. Muitos casos são registrados, uns não passam mesmo de coincidências, mas outros são exemplos genuínos de transmissão de pensamento. Porém, ainda não se deu o valor merecido ao assunto. Isto, porque pouco se sabe acerca da capacidade e do poder mental do ser humano que faz precário uso de sua mente (por sinal, tema para o

Page 33: 0 Abstract

próximo “mistério”). Não seria somente a afinidade entre as pessoas o fator básico para que se efetive a telepatia. Elas teriam de ter uma espécie de capacidade para poder “decodificar” o campo magnético uma da outra, traduzindo-o de maneira compreensiva ao entendimento comum. O campo que circunda todo o corpo da pessoa é chamado de aura que, de acordo com os entendidos, varia de coloração ou tonalidade (vibrações) paralelamente ao estado emocional do indivíduo. O halo em torno da cabeça é que teria de ser decifrado para a captação. Os processos biofísicos e bioquímicos dos neurônios gerariam o pensamento que, por sua vez, é a pura energia mental. É esta energia que será “conduzida” por intermédio das emissões ou radiações eletromagnéticas que formam o campo tridimensional que será interpretado de forma material pelo telepata. Em outras palavras, qualquer pensamento, por menos intenso que seja (intensidade no sentido estritamente emocional), gera no interior do cérebro, sinapses, os impulsos nervosos dos neurônios. Com a generalização da telepatia, quem sabe, esta não vá se tornar futuramente um meio de comunicação universal? Resta saber como seria configurado este tipo de linguagem. De forma simbólica, ou através da troca de sentimentos, de emoções? Mente entendendo mente? Consciência “falando” com consciência? Fim dos idiomas falados? Seres da Terra e de vários orbes se confabulando e se compreendendo? Todavia, os cientistas afirmam que para a efetivação dessa “conversa mental”, seria necessário que todos os comunicantes extra-galácticos, sem exceção, tivessem um aparelho visual semelhante ao dos habitantes deste planeta, como também um sistema de compreensão análogo, ou seja, as imagens e sentimentos teriam que ser correlatos, do contrário, de nada adiantaria a leitura de pensamentos. No mais, quiçá chegue esse dia, quando a prática da telepatia se tornar corriqueira.Somente assim, é que o homem perceberá cabalmente a sua realidade consciencial e transcendental. Mas, para tanto, ele terá que parar de ser negativo e, em conseqüência, descobrir e desenvolver seus poderes - ainda ocultos -, adquirindo a habilidade para “detectar”

Page 34: 0 Abstract

o seu interlocutor através de sua freqüência mental, captando-a quando bem quiser. Nesse mundo de “colóquios vibracionais”, o diálogo será por intermédio do pensamento.O tempo e espaço, então, não mais serão barreiras intransponíveis como atualmente. Certamente, a falsidade vai ser coisa do passado. A compreensão mútua será, enfim, alcançada. Afinal, sentimentos não mentem.Agora sim, os olhos serão de fato, a “janela da alma”.

41-O MISTÉRIO DAS CASAS MAL-ASSOMBRADAS-22/Abril/2005

As casas mal-assombradas ainda intrigam a humanidade. Há quem não acredite nelas, o que é normal, mas existiriam provas materiais de que elas “matam”. Por quê isto acontece? Seriam os seus antigos donos, já falecidos, portanto, em forma de espíritos, os assassinos? Mas, como se pode conceber, sob a ótica da lógica, que pessoas imateriais consigam extinguir a vida de quem está vivo? Será que a natureza seria tão “pródiga” assim? Se isto for uma hipótese verdadeira, então como os humanos podem transitar com tranqüilidade, se correm risco de morrer mesmo em lugares ermos, sem “ninguém” à sua volta? O termo “não havia uma viv’alma naquele lugar”, não mais teria efeito, caso os espíritos têm essa força que dizem ter, pois ao que tudo indica, “eles” estariam “presentes” em todo e qualquer local vazio. Na verdade, nem tão vazio assim. Todavia, há o outro lado da moeda: a física quântica. Uma hipótese muito forte é aquela que diz respeito à energia, positiva e negativa. Dizem que uma beneficia outra prejudica, claro, variando de intensidade de acordo com o ambiente em que estão “impregnadas”. Assim, haveria de prevalecer a energia com maior carga, independente de sua polaridade. O que se deduz é que num ambiente, seja fechado ou aberto, seria a energia de maior volume a que tomaria conta do lugar e, obviamente, exerceria sua “função” sobre os seus habitantes. No caso das casas mal-assombradas, as energias acumuladas no local seriam fruto das emanações das pessoas que ali estiveram ou moraram. Portanto, se esteve na casa alguém carregado de

Page 35: 0 Abstract

sentimentos nocivos, tais como ódio, rancor, inveja, dentre outros negativismos próprios do ser humano, então a casa teria ficado “impregnada” de carga negativa. Acaso outros moradores habitassem a casa fossem frágeis em termos de defesas contra tais “agentes quânticos do mal”, o que se deduz é que estes seriam “atacados”, ou seja, contaminados pelas energias presentes. Eis uma das hipóteses que poderia explicar o motivo de tantas mortes dentro de certas casas, taxadas de mal-assombradas. A morte da pessoa geraria mais energia negativa e a reação seria em cadeia. Perguntariam os “bem-intencionados”: como “limpar” uma casa dessas? A resposta fica a cargo dos especialistas no assunto. Os espiritistas diriam que deveria haver uma espécie de doutrinação no interior do ambiente, isto é, através de palavras e frases feitas, eles “convenceriam” o espírito ruim a abandonar o recinto ou mesmo se arrepender dos males que cometeu. Outros, mais pragmáticos, não recomendariam orações ou invocações para “limpar” o local, pois energias não podem ser consumidas ou destruídas, uma vez que elas se volatizam por si só. O ideal seria, pois, a não-alimentação do ambiente, ou melhor, que a casa ficasse abandonada até que, sem retroalimentação, suas energias fossem dissipadas por assim dizer. Poderia haver aqueles que, mais místicos, iriam sugerir que se uma família de boa índole, de pensamentos puros, ali morasse, rapidamente a energia negativa desapareceria, pois, sem carga de igual polaridade, não teria como se sustentar. Por sinal, há casos de casas mal assobradas que deixaram de ser assim, porque o ambiente fora tomado por indivíduos benévolos, positivos por natureza que “contagiaram” o local.Em suma, seria o caso de relembrar uma velha frase de efeito: “semelhante atrai semelhante”. Em outras palavras, pólos antagônicos coexistem, mas jamais poderão se unir, caso contrário o “choque” será inevitável. Este é mais um mistério que atordoa a cabeça daquele que é ávido por informações consistentes e, sobretudo, convincentes, a fim de que sejam evitadas as habituais mistificações, tão comuns quando a explicação foge da lógica do aparentemente natural. Ademais, o

Page 36: 0 Abstract

termo “sobrenatural” pode ser considerado errôneo, uma vez que diz respeito a todo e qualquer acontecimento fora dos padrões naturais. Mas, se o fato “acontece” dentro da natureza, então só pode ser natural. Logo, tudo na vida é natural. Está na natureza. O que existe, é o inexplicável. Por conseguinte, enquanto o homem não explicar sua natureza, os mistérios persistirão.

43-O MISTÉRIO DA MÚSICA-06/Maio/2005Quem ainda não ficou emocionado ao ouvir uma música seja de qualquer gênero? Ou, ao contrário, que não tenha ficado nervoso após ter ouvido um pesado “rock metálico”? São os resultados que um conjunto de acordes sonoros provoca na pessoa. Mas, afinal, que sons misteriosos seriam estes, que fazem com que o ser humano altere seu estado emocional como por encanto? Como seria operado este subjetivo processo catalisador, tanto para o lado bom, quanto para o negativo? Segundo estudiosos do assunto, a música é capaz de suscitar a reconstrução das vias neuronais perdidas e auxiliar na dilatação dos limites da mente humana. Talvez, por isso mesmo, a música seria o instrumento, ou o canal ideal para se conseguir uma mentalização, meditação ou introspecção? Os acordes, suaves, gerados pela boa música poderiam, assim, reverberar paz e quietude, permitindo a sintonia perfeita de mente e corpo. É sabido que ao ouvir uma canção antiga, por exemplo, esta suscita no indivíduo a nostalgia, trazendo-lhe à tona o mesmo panorama emocional vivido na época. Isto, porque através das propriedades da ressonância, as ondas sonoras interferem no ritmo das ondas mentais. Por outro lado, a música já serviu para propósitos diferentes. Povos primitivos a adotavam como estímulo à luta, momento em que a produção de adrenalina e endorfina aumentava, o que lhes imprimia um frenético ritmo cardíaco, acirrando os ânimos para o combate. Contrariamente, a musicoterapia passou a ser uma alternativa para o relaxamento e a obtenção do equilíbrio. Em essência, a música seria, pois, o conjunto de tons vibratórios formando oitavas de diferentes entonações e, ao mesmo tempo, um fluxo de energia

Page 37: 0 Abstract

atuando sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático. As glândulas, a seu turno, se fortificam, ao som da música, que também provocaria sensações distintas, tais como, amor, raiva, alegria, tristeza, medo, dentre outras de cunho puramente emocional. A arte musical ainda poderia ser considerada como uma forma sublime de misticismo, fazendo o papel de um instrumento de medição cujo propósito seria compreender alguns fenômenos provenientes do mundo mental. À medida que o senso de harmonia da pessoa vai se depurando em virtude das emanações sutis advindas da música, seu senso de imaginação, de criatividade e de percepção, sintonizam-na com o Universo, origem da chamada “música das esferas ou divina” , para os místicos e filósofos. Portanto, este poderia ser o canal para a formação moral e espiritual do ser humano. Um meio para transcender-se a outros domínios, ou a outras dimensões do éter. É isto que torna a música um dos mistérios que o Homem mais admira e venera. Analogamente, a composição musical seria como arranjos matemáticos, pois é infinita, uma vez que as escalas contam com combinações que nunca acabam e isso ativa a imaginação e a criação daquele que se arvora por esse campo. Música é, em suma, pura emoção, puro sentimento. É insofismável esta observação. Até os animais e os vegetais conseguem captar a sua essência. Assim, além de influenciar o ser vivo, o ambiente também muda de acordo com o estilo musical, ou seja, as vibrações se impregnam no local, mudando suas características. Salmos e cânticos ajudaram a compor as passagens sagradas contidas na Bíblia e em outros Livros Sagrados. Serviram para acompanhar os rituais e para todas os cultos e celebrações da vida. Os gêneros musicais caracterizaram as várias gerações da história da humanidade marcando os seus diversos eventos. Assim, a evolução social prossegue de acordo com o ritmo musical de cada época, paralelamente às mudanças da mentalidade. E os compositores prosseguem incessantemente na sua cósmica ação de mostrar ao mundo o doce sabor da música que acalenta e inspira. Subjetiva, ou não, o importante é satisfazer aos ouvidos humanos.

Page 38: 0 Abstract

O interessante é que a música nada mais é do que o ajuste perfeito e equânime de vários sons, exatamente como a vida deveria ser: harmoniosa e equilibrada.

44-O MISTÉRIO DA INTELIGÊNCIA-13/Maio/2005Por quê dizem que fulano de tal é inteligente e sicrano é ignorante, se seus cérebros têm a mesma conformação física? A inteligência seria medida pelo volume do cérebro ou pelo número de neurônios que ele contém? Por quê uns a desenvolvem mais rapidamente do que outros? Meio ambiente? Oportunidade? Melhor nutrição? Característica do DNA? Hereditariedade? Os testes para mensurar o quociente intelectual realmente seriam eficazes? Como se determina uma pessoa inteligente? Pela capacidade de solucionar problemas com maior facilidade? Ou por ter um grau de criatividade e imaginação acima do normal? Aquele que consegue decifrar enigmas, quebra-cabeças, charadas ou equações matemáticas com naturalidade, seria mais inteligente do que aquele que não consegue fazê-lo? Seria o inteligente, em síntese, um perfeccionista? Como reza a cartilha daquilo que é misterioso, há muitas perguntas e poucas respostas definitivas. Alguns estudos, mas nada conclusivo, pois a inteligência poderia ser algo mais subjetivo do que objetivo. Portanto, dizer que o indivíduo é inteligente de fato, poderia soar como precipitação, uma vez que inteligência é sempre parcial, jamais completa. Afinal, ninguém é perfeito na acepção da palavra. Todos possuem uma determinada habilidade mais apurada e que pode sobressair, sendo, por isso, taxado de inteligente, porém pode ser ignorante em outro ofício, independente do tamanho do cérebro. Sempre vai prevalecer a sua habilidade mais marcante. Todos podem ter capacidades diversas. A sua quantidade é o que poderia distinguí-lo dos demais, bem como se esta habilidade fosse algo que poucos a detêm. As invenções, por exemplo, são todas, fruto de pensamentos mais apurados que se tornaram realidade. A oportunidade, nesse caso, prevaleceu. Então, o que efetivamente define a diferença de capacidade mental de um para outro? As atitudes de uma pessoa inteligente poderiam

Page 39: 0 Abstract

ser a primeira característica para se entender quem é, e quem não é, inteligente? E o que dizer dos chamados “gênios do mal”? Seriam tão inteligentes assim, ou teriam uma inteligência mediana porque falharam (se o crime não tenha sido perfeito, claro)? Se assim o é, como seria definida uma pessoa ótima num determinado assunto e péssima em outro? Meio-inteligente ou meio-ignorante? Portanto, não há um inteligente pleno, assim como não existe um idiota completo. Todos, se normais na sua capacidade de pensar, sem exceção, são inteligentes. Até o mundo animal e vegetal possuem inteligência em variados graus de compreensão. Quem sabe, mais do que pressupõe o intelecto humano. Na verdade, não obstante o poder que a inteligência proporciona à pessoa, isto não lhe dá o direito de se considerar melhor do que outra menos dotada de pensamentos mais criativos. A palavra-chave seria mesmo a oportunidade que cada um tem para destilar a sua imaginação. Para isso, há de se perseguí-la, isto é, procurar sempre apurar a sua intelectualidade, persistindo nos estudos em busca do conhecimento constante e ininterrupto. A inteligência pode não ser mais mistério para ninguém, se for praticada, bem moldada. O exercício mental funcionaria tal como o exercício físico. Se não houver prática assídua, a mente tornar-se-á lerda, preguiçosa e ineficiente. Se a inteligência é infinita, a aprendizagem nunca poderá cessar. E sabendo disso, cada um deve desenvolvê-la e aprimorá-la sempre.No mais, para ser inteligente, basta saber pensar com clareza, com objetivos bem definidos, construindo na tela mental o que se pretende, tomando sempre o devido cuidado para não se corromper pelos devaneios da vaidade. Os inteligentes autênticos são aqueles que procuram ser bons para si e para com seus semelhantes. Os pseudo-inteligentes são aqueles que conseguem um êxito pífio e temporário, porque não tiveram o cuidado de pensar no antes, no agora e no depois com racionalidade. A inteligência, em suma, poderia ser medida a partir das estratégias que cada um desenvolve para viver

Page 40: 0 Abstract

coerentemente de acordo com o pensamento da realidade.

45-O MISTÉRIO DO HOLOGRAMA-20/Maio/2005A realidade na qual vive o ser humano seria de fato “real” na acepção do termo? Como explicar a percepção de certas culturas antigas que afirmavam ser a vida “maya”, isto é, uma ilusão? Significaria, então, que o ser humano vive numa realidade apenas aparente? Haveria uma outra vida paralela, ou pseudo-material? Uma espécie de contra-parte? Tantas teorias são difíceis de comprovação porque se o real é questionado, o que dizer do irreal? Como provar o que não pode ser vislumbrado? Os pesquisadores dizem o contrário. Isto, porque foi descoberta uma forma de atestar que a vida é mesmo ilusória: o holograma, que é mais um mistério que intriga e fustiga. O holograma seria uma cópia tridimensional, ou seja, uma fotografia fidelíssima de um objeto original. A técnica utilizada para sua “produção”, de acordo com os cientistas, consiste, inicialmente, em banhar o objeto-origem com raio laser. Em seguida, tira-se uma foto deste. Depois, outro facho de laser é aplicado, mas fora do alcance do primeiro jato. É gerado o reflexo da imagem. Essa área de interferência dos dois jatos de laser seria capturada no filme, resultando o holograma, isto é, o objeto fotografado em três dimensões, exatamente como o original. As teorias dizem que o universo é holográfico, o que dá a entender que há muitas cópias deste mundo. Em resumo, a vida seria virtual, funcionando igual a um “vídeo-game”, onde tudo poderia acontecer, dependendo da “programação” feita pelo seu autor. É isso que impede o ser humano de perceber as suas realidades, pois ele não estaria “programado” para captar a verdade à sua volta. Seus sentidos tornaram-se limitados porque, ao nascer, sua consciência “cristalizou-se”, provavelmente em função do meio-ambiente, ou em função da alteração do

Page 41: 0 Abstract

mapa genético e passou a “ver” o mundo de forma material, ou seja, a energia condensada, não a sua essência como deveria ser. Essa visão materializada talvez tenha sido uma das “culpadas” pelos sofrimentos, uma vez que seus sentidos ficaram inabilitados de detectar o “além” de forma natural, ou seja, de perceber as ondas, freqüências e vibrações que estariam no espaço. Pelo fato de a energia adquirir formatos e padrões diferentes, o Homem passou a interpretar tais formas de maneira pragmática, somente através do auxílio dos seus cinco sentidos. A descoberta do holograma poderia “mostrar” o lado ainda oculto da vida humana. Poderia ele comprovar a autenticidade da teoria dos mundos paralelos e do conceito espaço-tempo? Existe, enfim, coerência em torno de tanta especulação? Qual seria a utilidade concreta desta fantástica descoberta? Se a mente de fato for fruto de um holograma, significaria dizer que os poderes humanos, ainda latentes, seriam finalmente, aflorados? Assim sendo, ótimas perspectivas de vida estariam no porvir. Um auspicioso recomeço na existência do chamado “homo sapiens”. O pensamento poderia participar ainda mais efetivamente na construção da realidade de cada um. Fim da utopia? Será que o ser humano estaria preparado para conhecer seus maiores segredos? Ao que tudo indica, o conhecimento factível do holograma só será mesmo atingido em futuro não muito próximo. Antes de tudo, será necessário “educar” a humanidade. Em função da sua notória e, ainda incurável, tendência ao egoísmo, o Homem não está preparado para manipular a vida ao seu bel-prazer. Ele ainda pensa demasiadamente em si próprio e esquece dos que ainda sofrem. Logo, ainda não pode ter o controle total de sua mente, sob pena de assinar sua própria sentença de extinção. Um dia, porém, virá o momento da grande e definitiva descoberta dos “segredos do holograma”. E as novas realidades serão

Page 42: 0 Abstract

finalmente conhecidas pelas pessoas. Em conseqüência, a sofrida humanidade teria as rédeas do seu destino que ficaria sob controle.

O psicólogo americano, Keith Floyd, bem observou que “a concretividade da realidade é apenas uma ilusão holográfica, e não está muito longe da verdade dizer que o cérebro produz a consciência. Mais ainda, é a consciência que cria a aparência do cérebro - bem como do corpo e de tudo mais que nós interpretamos como físico.”

46-MISTÉRIO DO SOL-Junho/2005Por ser manancial de pura energia, o “astro-rei” não seria somente uma fonte de calor e luz, mas algo muito maior do que se supõe, segundo atesta uma determinada ala de pesquisadores. Por ser a estrela mais próxima da Terra, o Sol é o ponto mais luminoso no céu. Povos antigos o idolatravam tal como um Deus vivo. Há quem diga que o Sol é de fato uma espécie de repositório de mentes iluminadas, mas essa hipótese fica por conta dos mais crédulos ou estudiosos mais chegados ao misticismo, seja verdade ou não. Uma coisa é patente, todavia: o Sol é rico em energia fotônica e essa energia não somente produz calor, mas ajuda a florescer a vida. Contudo, já se sabe que a luz não seria integralmente a responsável pela vida, já que existem planetas – não detectáveis através de telescópios comuns – totalmente escuros, onde também haveria vida. Seriam “estrelas escuras”, talvez até presentes nos conhecidos buracos negros, ainda não se sabe ao certo. O incontestável é que a vida pulula em todos os orbes do espaço, independentemente da existência de luz ou de água. Há quem conteste, mas há quem corrobore também esta alternativa. Em termos físicos, a composição do Sol é basicamente gasosa, sendo constituído de hidrogênio e hélio. Se o globo terrestre se encontra num dos braços espirais da Via Láctea, o Sol se encontra na sua posição periférica. Apesar de ser uma estrela de quinta grandeza, seriam necessários cento e

Page 43: 0 Abstract

nove planetas Terra para preencher todo o disco solar. Já no ”plano etérico”, muito se especula, mas pouco se sabe efetivamente sobre as propriedades e as funções extrafísicas solares. O que se sabe com uma certa dose de lógica é que os campos magnéticos da Terra são influenciados pelo Sol, implicando que todos os seres vivos seriam afetados pelos seus raios, tanto pelo lado físico como pelo emocional. Como sempre, as hipóteses e teorias proliferam de acordo com as tendências de quem as interpretam. Para aqueles, mais afeitos ao misticismo, as tempestades solares de fato provocam reações importantes na psique humana, alterando o estado emocional da pessoa, mesmo que ela não as perceba. Os efeitos da Lua na Terra, por exemplo, bem mais conhecidos, são reflexos da luz solar. Asseguram, ainda, que a carga de fótons vindo do Sol ou da Lua, mudaria a composição da aura humana, seja para o lado bom, quanto para o lado ruim, dependendo da formação do indivíduo e de seu estado mental prevalente. Sem contar com os efeitos no próprio planeta, bem como nos demais planetas que compõem o Sistema Solar. Por outro lado, existe a ala que afirma ser o Sol a própria representação divina, ou seja, um gerador repleto de mentes de indivíduos que alcançaram a perfeição. Esses “Iluminados” seriam para eles, o próprio Deus. Antigamente, os gregos chamavam o Sol de “hélios”, enquanto os egípcios o denominavam de “Ra”, representado por “Hórus”, um sol alado que simbolizava o renascimento da consciência, tal como o Sol no alvorecer. Assim, o Sol figurava a vida e seus vários “inícios” e “reinícios”. O que se verifica, finalmente, é que os raios solares alteram o comportamento dos seres vivos. A verdade insofismável é que a humanidade precisa da luz solar para sobreviver no seu habitat, a Terra. Se essa luz é plena de energia que possui outros “ingredientes” sob o ponto de vista vibracional, ainda se desconhece plenamente. É oportuno relembrar, contudo, o que o monge dominicano e filósofo Giordano Bruno declarou em defesa dos então excomungados, Copérnico e Galileu: “Será essa débil criatura humana o único ser digno da atenção de Deus? Não. A Terra é apenas um planeta; a destacada posição que mantém entre os

Page 44: 0 Abstract

astros não passa de usurpação; é tempo de destroná-la. O soberano da nossa Terra não é o homem, e sim o Sol, com a vida que se faz presente em todo o Universo.” Depois dessa corajosa e ousada manifestação, Bruno foi queimado a mando da Igreja. Era tempo de Inquisição... Enfim, os “meandros energéticos” do Sol ainda estão além da compreensão de todos, sejam eles, cientistas, curiosos, céticos ou religiosos.

6-O MISTÉRIO DA REZA-16/Julho/2004

Vamos adentrar, doravante, em searas menos polemicas, ou seja, já tentei devassar os mistérios da verdade, da morte, da coincidência, do amor e de Deus. Agora, em função de um acontecimento recente, resolvi comentar um outro mistério bastante interessante, que é o da força da reza, ou oração, ou prece, como queiram.

No sábado último, eu e meus amigos, nos reunimos para um lauto churrasco oferecido por um outro grande amigo que está no Brasil em férias. Ele e a família, moram na França há quase 4 anos. Durante a farra, seu sogro pediu licença e nos solicitou que déssemos as mãos para fazer uma oração de agradecimento pelo momento sublime, ou seja, agradecer o privilégio por estarmos todos juntos, irmanados em mente e coração. Foi muito bonito e emocionante. Dentro do meu pragmatismo habitual, imaginei uma grande auréola nos circundando exatamente enquanto rezávamos o “Pai Nosso”. Pura física quântica, imaginei sem medo de estar especulando ao léu. Uma energia nos envolveu e reforçou-me a certeza que uma oração bem sorvida, imuniza o ambiente, principalmente à pessoa que a emite.

Portanto, a prece tem que ser bem sentida, jamais mecanizada. Além do mais, não importam os seus dizeres, basta a intenção para que as suas palavras exerçam os seus positivos significados e intenções. A maioria de nós aprendeu a rezar de maneira decorada,

Page 45: 0 Abstract

mecanizada, como disse. Nos primeiros anos de escola, tínhamos de rezar antes e depois da aula. A mesma coisa, antes de dormir e ao acordar. Também, isso acontecia durante as missas que tínhamos de, obrigatoriamente, comparecer aos domingos. Enfim, ficamos "programados" a rezar quase o tempo todo. Por isso, a reza tornou-se um ato robótico, sem muito valor prático, na verdade.

Contudo, à medida que vamos adquirindo um certo discernimento, passamos a considerar o valor subjetivo (e objetivo) de orações, tais como o "Pai Nosso", a Ave Maria” e o famoso “Santo Anjo” que, para mim, em particular, é uma espécie de escudo protetor, pois ao entoá-lo, sinto-me com uma força incomum para enfrentar as intempéries que porventura surjam no meu caminho. À medida que via a eficácia advinda da formação desse “campo de força”, notei que se tratava de fato de um potente "mantra", capaz de mudar o curso de algum acontecimento, ou mesmo oferecer uma proteção adicional.

Em síntese, a força do logos é tanto material como imaterial, dependendo de seu foco!

Em termos técnicos, no momento em que rezamos é gerado uma espécie de redoma à nossa volta, ou ao redor do nosso objetivo. No caso de um desejo, a sua realização é “construída” através dos significados das palavras emitidas. O cenário é bonito e o resultado é melhor ainda. Pudéramos ter uma visão extra-física para podermos visualizar a "carapaça" energética que "montamos" ao rezar!

A técnica apropriada adotada para "rezar direito" com eficiência e eficácia (no pensamento ou falando), é procurar "imaginar" o seu “alvo” dentro de um espaço repleto de luz da cor verde (de preferência). Tal espaço, deverá ter contornos delimitados e bem delineados

Page 46: 0 Abstract

geometricamente falando, podendo ser uma pirâmide, uma esfera ou um bloco, por exemplo. Tanto faz, o importante é que o seu objetivo esteja "dentro" do recinto formado pelo seu pensamento, enquanto estiver rezando. Cabe aí, conforme mencionado, ser um pedido, um desejo, ou mesmo uma proteção a alguém.

A pessoa/entidade-alvo, deve ser "confinada" no invólucro imaginado. Assim, esta receberá as energias de que tanto precisa para se integrar ao Todo, que certamente ainda não está integrada naquele momento em que estiver recebendo tais eflúvios.

Ressalte-se, finalmente, que a reza NÃO é uma ação eminentemente religiosa na acepção do termo, mas uma "religação quântica” com o Cósmico. Metafísica pura e simples!

5-O MISTÉRIO DE DEUS-09/Julho/2004

Seria mesmo este, um mistério na acepção da palavra? Se, negativa a resposta, minhas especulações tornar-se-ão efêmeras, inócuas e sem valor algum, mormente para os religiosos, que crêem em “Deus” sem questionar a sua existência - uns chegam ao cúmulo de humanizá-lo!- , tornando-se este, o chamado “mistério da fé”! Discordando, ou não, a verdade é que os crentes preferem acreditar, a comprovar e isto já os satisfaz plenamente (quem sou eu para julgar a opinião alheia!). Por outro lado, aqueles dotados de mente científica (excetuando, claro, céticos e ateus, por sinal, tão – ou mais - radicais quanto os crédulos), por serem mais pragmáticos do que dogmáticos, fazem conjecturas menos fantasiosas a fim de tentar decifrar o enigma maior da humanidade: “porquê acreditar em Deus”. Essa ousadia de querer desvendar mais um mistério pode soar como pretensão, todavia, não custa “escarafunchar” o indevassável... Opiniões advindas de inúmeras correntes de pensamento acerca do que é

Page 47: 0 Abstract

Deus, existem aos montes. São especulações de toda ordem. Ações e pregações “em nome de Deus” – condenáveis, ou não, dependendo dos princípios - pululam em toda parte, cada uma com um foco diferente.

Antigamente, os homens adotavam o politeísmo, que seria a crença em vários deuses. Hoje, prevalece o monoteísmo, ou seja, a crença em um só deus, um só “criador”. Contudo, se segundo os preceitos religiosos, somos feito à sua imagem e semelhança, também seríamos criadores e não criatura. Do alto de sua sapiência, Buda dizia que “o que quer que tenha originado da natureza está sujeito a deixar de existir...”, ou seja, a criatura pode se extinguir, jamais quem a criou, logo, não podemos ser extintos, segundo o Mestre, pois somos deuses em potencial, imortais, donde se deduz que “a vida é eterna” ou, no jargão popular: “a vida continua”.

Para muitos, “Deus seria uma fonte de energia pura”. Uma força transcendental, imutável e imensurável, que não se vê, mas sente-se. Poderia ser, ainda, um conjunto de mentes em perfeita sintonia: a Mente Universal regente desta grandiosa e complexa “orquestra” chamada universo. Tal massa, composta de pensamentos iluminados, originários do mundo das idéias, seria, então, a fonte de inspiração para todos que com ela se harmonizam. O objetivo final será, em síntese, alcançar a maestria, ou seja, o domínio da vida. Tornar-se um deus.

Sabe-se que o ser humano é um aglomerado de moléculas e átomos rigorosamente entrosados “in natura” que foram vitalizados a partir do “sopro divino”, seja ele do reino animal, vegetal ou mineral. A partir daí, iniciar-se-á o processo evolutivo comum a todos, indistintamente. Não obstante estes vários conceitos,

Page 48: 0 Abstract

convenhamos que uma forte evidência de que uma consciência superior existe e age em nós, é a absoluta precisão matemática que sistematiza a vida, tanto micro, quanto macrocósmica. Nosso organismo “trabalha” à nossa revelia, sendo que as doenças acontecem em decorrência de problemas psíquicos, ambientais ou genéticos. Esta poderia ser uma forma de “sentir” o Deus que tanto se fala.

No final das contas, apregoa-se que devemos sempre consultar ao nosso “Deus interior”, pois a resposta mais sábia poderá estar dentro de nós próprios.

Para finalizar esse conjunto de opiniões sobre “Deus”, destaco algumas definições formuladas por amigos meus: “Deus é a matéria-prima de tudo o que existe, bem como a energia que mantém tudo e o universo vivo, assim ele consegue ser onipresente.” (Carlos Airton); “Deus é energia inteligente presente em todo o Universo” (Amaro); “Deus, para mim, é a própria natureza em si, o vento, as nuvens, as montanhas, as árvores, os rios e mares, o fogo, o calor, o frio, os sentimentos..., absolutamente tudo do que é feito a natureza.” (Otávio).

Após esta árdua tarefa de querer conceituar o ser divino, cultuado pela maioria dos habitantes deste Planeta, pergunto-me novamente se não estaria sendo petulante, ou mesmo perdendo tempo, querendo conceber o inconcebível. Talvez sim, talvez não. No entanto, é meu dever aguçar a curiosidade alheia através de elucubrações que, certamente é fruto de mentes irrequietas, como a deste mísero mortal...

47-MISTÉRIO DO MAGNETISMO-Junho/2005Será que as pessoas se espantariam ao descobrir que suas mãos são potentes instrumentos de cura? Como se comportariam sabendo que têm dentro de si uma

Page 49: 0 Abstract

energia tão forte quanto um raio? Certamente, sua maneira de lidar com a vida se alteraria substancialmente. É que foi descoberto há muito tempo (e até hoje a maioria ignora esta realidade) que todo ser humano possui um magnetismo altamente regenerativo. Oficialmente, o primeiro indivíduo que descobriu esse autêntico poder, chamava-se Mesmer, um médico austríaco nascido no século 18. Certa feita, um padre jesuíta lhe presenteou alguns imãs. O religioso tratava os necessitados com metais magnetizados. Mesmer ficou impressionado com os resultados e passou a utilizar o mesmo recurso com seus pacientes. Porém, um dia ele percebeu que não eram os imãs que curavam, mas o próprio magnetismo humano emanado através dos dedos e das mãos. Então, ele passou a magnetizar árvores, água, instrumentos musicais, espelhos, roupas e outros objetos. Entusiasmado com seu achado, Mesmer construiu equipamentos e criou métodos no intuito de facilitar a captação da energia humana, que denominou de “fluido”. A sua conclusão fora óbvia: as pessoas ficavam doentes por causa da desarmonia na sua organização psíquica, causada por situações diversas, tais como depressão e outros distúrbios mentais. E elas poderiam não somente se auto-curar, mas curar os outros, através dos recursos de seu magnetismo.

Essa força afloraria mais abundantemente com o auxílio das orações, mentalizações, relaxamento, técnicas de respiração e meditações. O sintoma da captação se daria quando as mãos ficavam quentes. Era quando se tornavam aptas para emanar a energia curativa que os leigos qualificariam de miraculosa. A partir da imposição das mãos sobre a região afetada da pessoa a ser tratada, o alívio seria obtido. Surge, contudo, a pergunta: por quê poucos estariam cientes desse poder? Caso contrário, seria o fim das intermináveis mazelas físicas e espirituais? O fim dos sofrimentos humanos?

Page 50: 0 Abstract

Estaria o Homem habilitado a se curar e a fazer o mesmo com quem ainda não se conscientizou de sua força interior tão física quanto a força de seus músculos? Os feiticeiros, xamãs ou curandeiros conheciam o poder que tinham e os usavam positivamente quando eram bem-intencionados. Como sempre, havia aqueles que agiam de forma negativa, visando obter lucros e explorar a ingenuidade alheia. Por isso, eram combatidos não somente pelos religiosos mais ortodoxos, como também pelos cientistas, certos de que tudo não passava de crendice e enganação, fruto de uma ilusão coletiva. Por outro lado, a sociedade sempre teve muito respeito para com as famosas benzedeiras, cuja origem era dos pagés das tribos de índios. Geralmente, eram mulheres mais humildes que repassavam o “ofício de benzer, ou curar” às suas filhas e, assim sucessivamente. Por isso, a benzeção se tornou uma tradição que ainda perdura, principalmente em locais onde os recursos médicos são mais difíceis. Para os pesquisadores, as benzedeiras seriam sucessoras do “xamanismo matriarcal. Contudo, os mais céticos sustentavam que tal poder era fruto da auto-sugestão do paciente. Ainda assim, o respeito que se tem pelas benzedeiras é indiscutível. Por causa disso, talvez elas ainda existam.

Finalmente, como bem disse um estudioso acerca do assunto: “As benzederias mesclam conhecimentos de medicina popular, religião e magia para tratar os diferentes tipos de males humanos.”. Como elas, existem os “passistas” no espiritismo, os “reikistas”, os “terapeutas holísticos”, dentre outros, que fazem uso das mãos para canalizar a chamada “energia vital” visando a cura e o iminente bem-estar de quem está sofrendo ou está em desequilíbrio físico ou espiritual. No mais, o magnetismo humano poderia deixar de ser um mistério, se fosse devidamente estudado e, conseqüentemente, mais utilizado para o bem-comum.

Page 51: 0 Abstract

Sem dúvida, o Homem passaria a se conhecer mais e o mundo padeceria menos.

50-MISTÉRIO DOS UNIVERSOS PARALELOS-Julho/2005

Eis um tema que, seguindo o mote lapidar da coluna, intriga por ser dos mais controversos, gerando muitas interpretações, diversas hipóteses e um sem-número devariações: a possibilidade da existência paralela de mundos como a Terra, bem como outros planetas e até galáxias. Isto implicaria dizer que nesses planos sobrepostos existiria a  contraparte de cada um dos habitantes do planeta, igual fisicamente, mas com destinos diferentes. A celeuma aumenta quando apregoam, ainda, que seriam em número de vinte e um os planos paralelos. Mas, como seria “viver” simultaneamentevárias realidades? Inicialmente, não seria um contra-senso com a própriapalavra “individualidade” ? Então, vale dizer que cada ser humano, além de ter um espírito, teria também vários outros corpos? Qual seria o verdadeiro? E mais: a “matriz” somente estaria completa a partir do momento em que os talvez 21 corpos morressem? Por que o espiritismo não comenta tal assunto, caso este tenha alguma consistência? Em síntese: aventam os físicos que existe possibilidade que vários corpos de uma mesma pessoa possam existir ao mesmo tempo em ambientes idênticos, porém com realidades distintas. Daria, pois, esta teoria consubstância à hipótese da viagem no tempo? Isto porque o paradoxo do tempo (matar o próprio avô num passado remoto e deixar de existir por isso) seria resolvido, uma vez que poderia ter sido o “outro avô”, o assassinado? E se tudo isso for realmente comprovado? Como passaria a ser o comportamento do ser humano, sabendo que outros “eus” seus estariam coexistindo independente da vontade cada um? Que tipo de auto-conformismo poderia ser gerado? Afinal, esta

Page 52: 0 Abstract

seria mais uma alternativa para a remissão de seus pecados? Se assim fosse, o que diriam os reencarnacionistas? Não bastariam as tantas vidas para a pessoa viver nesta vida, tentando se redimir e, agora, outras tantas mais com os outros corpos? Como

seria resolvido este impasse? Como ficaria também o espírito de quem já morreu? De “quem” ou de que corpo, ele seria pertencente? Do corpo do universo 1, ou do universo 2, e assim por diante? Muitos corpos, muitos espíritos, ou haveria uma espécie de “matriz” ficaria à espera de suas “filiais” para se complementar? Há quem diga que os sonhos poderiam ser um filme dessas outras vivências, por isso, às vezes são tão desconexos com a realidade em que se vive. Até o fenômeno “deja-vu”, a sensação de que se tem quando uma determinada situação é lembrada pela pessoa, poderia ser explicado através desta teoria. Por outro lado, outros explicam essa misteriosa lembrança de outra forma: durante o sono, o espírito “viajaria” ao futuro e veria a cena que iria acontecer com o seu corpo, guardando o fato na memória consciente. Até as chamadas coincidências teriam explicação mais coerente. Elas teriam sincronicidade com as outras realidades, não obstante a surpresa que sempre suscitam. No final das contas, o fato é que além da reencarnação, o ser humano teria mais uma gama de chances para se redimir através das muitas outras vidas materiais que teria. Seria Deus tão condescendente assim? Se assim o for, poderia ser depreendido a partir daí, que a pessoa forçosamente vai chegar à perfeição ainda mais depressa.. Mais dia, menos dia. E com todos os seres vivos, seja de que reino for (mineral, vegetal e animal).

Mas, e quando isto acontecer? Como seria o universo quando todos, sem exceção, chegarem ao ápice? Seria determinado o fim de tudo? O começo do nada absoluto?

Page 53: 0 Abstract

Perguntas e mais perguntas. Inoportunas, talvez, mas inconsistentes jamais. Assim, a “teoria do multiverso” é mais uma dúvida que integra este imenso rol de mistérios que cerca o desnorteado “homo sapiens” (nem tão sabido assim). Afinal, mesmo sendo a certeza absoluta inatingível, a verdade é que os fios da meada continuam sendo puxados pelo incansável ser ávido por respostas plausíveis pelo menos. Se um curioso dá trabalho à sua própria irrequieta personalidade, imagine-se vários “eus” à cata de uma

só resposta! É muito ego para ser alimentado...

51-MISTÉRIO DO FUTURO

Quem diz que o futuro não é misterioso, ou é profeta, ou tem uma bola de cristal. Independente do quão previdente for a pessoa, não se discute que o porvir nunca será totalmente claro. Afinal, imprevistos acontecem. Logo, o futuro sempre será incerto. Além do mais, o livre arbítrio seria outro obstáculo que contribuiria para a alteração das previsões. Um planejamento bem estruturado, poderia, no máximo, evitar certos percalços e fazer com que a vida seja menos imprevisível. Portanto, com organização e métodos, o futuro de cada um poderá ser menos obscuro e mais sob controle.

Por outro lado, há quem prefira depender dos oráculos para tentar “descobrir” seu futuro. Apelam para horóscopos, bolas de cristal, cartomantes e outros meios pouco comuns visando saber como será seu amanhã. Mesmo assim, todos deveriam se conscientizar que a melhor forma de “prever” o futuro seria direcionar melhor o presente, agindo de forma equilibrada e sempre com pensamentos favoráveis ao seu próprio bem-estar que refletirá naqueles que o rodeiam e assim sucessivamente. Uma coisa ninguém discute: acontecimentos bons e ruins são parte da vida de

Page 54: 0 Abstract

qualquer um. O que se deve é saber evitar que o lado negativo prevaleça. Apesar de tudo, o mundo tem sobrevivido à insensatez humana. Previsões alarmistas nem sempre acontecem. O fim do planeta é cantado e decantado, mas até hoje a Terra continua firme em seu eixo. Querem destruí-la, mas não conseguem. Talvez graças a alguns poucos que mantêm sua mente equilibrada e centrada. A natureza agradece. E que ela continue dando o troco, mas na medida do suportável. Pelo menos, por enquanto, o que se vê é que essa tendência deve continuar. A lei é inabalável: nada regride, tudo progride. O que pode acontecer é a estagnação, jamais o retrocesso. Os avanços tecnológicos comprovam tal princípio, caso contrário, o homem estaria ainda engatinhando, se levar em conta as guerras e as discórdias que promove. Nessa área, as perspectivas são as melhores possíveis. O ser terráqueo, mesmo sendo agressivo, continua criando e imaginando em prol da praticidade e do conforto sobretudo daqueles que podem usufruir desses privilégios. Infelizmente, pois, nem todos têm essa chance na vida. Assim, pelo “andar da carruagem”, os inventos (que na verdade não são nada mais do que pensamentos concretizados, ou seja, criações mentais que se tornaram materiais) vão surgindo num compasso tão intenso que os seus usufrutuários mal conseguem acompanhar seu ritmo.

Por isso mesmo, é oportuno vislumbrar o que poderia acontecer no campo tecnológico baseado no que já existe. O sistema de monitoramento via satélite (GPS), que é uma realidade, pode ser encontrado em automóveis, celulares, dentre outros meios. A previsão é que em futuro não muito distante, este monitoramento poderá ser feito também com humano, isto é, ao nascer, seria implantado uma espécie de “chip” no indivíduo. Quem sabe, cessariam os desaparecimentos? Não bastasse isso, poderia funcionar também como “protetor magnético”. Explique-se: todos devem saber que a Terra

Page 55: 0 Abstract

é protegida por um “cinturão de fótons”. A atmosfera a protege contra asteróides e outras formas errante que transitam no espaço. Este seria o princípio utilizado na proteção para os humanos. Ao ser acionado, a pessoa passaria a ser protegida por um “cinturão eletromagnético”. Tudo que viesse contra si, seria impedido, como se ao redor dela tivesse uma redoma intransponível. Dizem alguns “mentalistas” que isso é possível de ser feito através do pensamento. O futuro dirá se isto será, ou não possível.

No mais, continuando com este rápido exercício de futurologia, é plausível também que a utilização da telepatia, telecinese e teletransporte de objetos, sejam uma realidade corriqueira, facilitando ainda mais a vida do ser humano em seu estágio de evolução permanente. Sem contar com a maior utilização do holograma no cotidiano.

O futuro de cada um, depende de cada um. Por conseguinte, menos misterioso há de ser. Os cérebros devem começar a se acostumar e a se educar com o iminente porvir.

64-MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES

As pirâmides do Egito, Bolívia, México ou as menos conhecidas como as do Camboja, construídas para a realização de rituais secretos, guardam muitos mistérios como é do conhecimento geral. Engenheiros e arquitetos atuais questionam como o homem rudimentar daqueles tempos antigos conseguiu erigir algo tão monumental, hipoteticamente utilizando maquinário primitivo resultando em construção tão complexa em termos de cálculo. Asseguram certas vertentes voltadas ao ocultismo que as pirâmides seriam geradores de energia ou que foram inspiradas por seres de outro planeta. Outras questões surgiram a partir dessas

Page 56: 0 Abstract

dúvidas: O objetivo das pirâmides seria exclusivamente para servir de tumba para reis, rainhas ou faraós? Ou seria uma espécie de altar em homenagem aos deuses? Outros especulam que poderia ser um templo iniciatório, ao mesmo tempo, um repositório de segredos sobre a Terra, legados pelos extraterrestres. Afinal, o homem daquela época teria mesmo capacidade de levantar uma construção de proporções tão gigantescas a partir de cálculos tão perfeitos? Sem contar seus conhecimentos geométricos e astronômicos, segundo especialistas, muito bem aplicados nas pirâmides. E de onde veio a idéia de planejar uma construção de características semelhantes, já que várias outras pirâmides situadas em países distantes entre si foram também edificadas? Como a notícia se “espalhou”, uma vez que naquela época remota, o sistema de comunicações era precário? Para os estudiosos mais pragmáticos as pirâmides não eram nada mais do que mausoléus para pessoas importantes. Um monumento tão grandioso quanto as outras seis maravilhas do mundo. Por outro lado, para os ocultistas o formato das pirâmides é ideal – e proposital - para atrair todo tipo de energia capaz de afetar objetos ou alterar leis naturais. Dizem que não foi por acaso que a pirâmide assenta-se sobre uma base de quatro lados, sendo cada face precisamente voltada para os quatro pontos cardeais. Esses quatro lados representariam também as quatro estações do ano e os quatro elementos da natureza. Todavia, tais interpretações careceriam de maiores fundamentos à luz da ciência, segundo certos arqueólogos e pesquisadores. Esse tipo de construção, ainda segundo a ala mais mística, favoreceria à concentração da energia. A parte superior funcionaria como uma espécie de antena. Para eles,

Page 57: 0 Abstract

qualquer um poderia “montar” a sua própria pirâmide para poder se beneficiar não somente de suas energias curativas, mas para obter relaxamento mental e físico. Até para a conservação de alimentos, dizem, a pirâmide serviria. Plantas também poderiam “usufruir” dessas energias piramidais, sorvendo sua força para continuarem vigorosas e atraentes. Para culminar acerca das “utilidades e utilizações” das pirâmides feitas em casa, afirmam, finalmente, que elas serviriam para efetivar uma purificação da aura e do ambiente, ou seja, “limpeza astral”.

Espera-se, se tudo isso for verdadeiro, que as energias captadas não caiam em mãos erradas, senão reinaria o caos mundial. Em síntese, muito se fala e muito se apregoa quanto aos pretensos poderes emanados pelas pirâmides. Satélites atestam ser todas elas rigorosamente eqüidistantes entre si. Poder-se-ia deduzir que foram vistas do céu antes de serem construídas? A incógnita continua. Após tantas perguntas, será razoável finalizar este breve ensaio com uma perspicaz observação emitida por mais um – dentre tantos - autores sobre as pirâmides: “Não obstante, as perguntas continuem, a Grande Esfinge permanece impertubável, parecendo fitar enigmaticamente o viajante que, assombrado, contempla o complexo arquitetônico formado pelas três pirâmides de Quéfren, Queóps e Miquerinos”. E segue o homem perguntando para si mesmo não somente sobre suas próprias obras, mas sobretudo acerca “daquelas” que podem ter sido idealizadas por “outros” povos.

65-MISTÉRIO DA SUPERSTIÇÃO

Page 58: 0 Abstract

Ao que tudo indica, quanto mais progressista for a cultura de um povo, menos a tendência pela prática supersticiosa, segundo reza o catecismo da evolução. Mas, por que o ser humano se prende com tanta “fé” à superstição que existe desde os primórdios? Como podem certas crendices se atrelar com tanta força aos hábitos individuais? Insegurança, temor ou ignorância? Ou poderia ser esperança por algo melhor em detrimento da má ação que acabou de acontecer? Tem gente que não passa um dia sem fazer sua mandinga ou simpatia favorita. Como a ciência explicaria essa prática que para alguns é daninha e atravanca a inteligência de quem nela acredita? Por um instinto, talvez de defesa, o homem começou a atribuir certos efeitos inexplicáveis à causas banais. Provavelmente, as superstições seriam o precedente de qualquer presságio, evidentemente “espalhado” por algum oportunista. Por exemplo, uma certa pessoa passara debaixo de uma escada e logo em seguida teve um acidente. Começaram então a atribuir a falta de sorte em função daquela inoportuna passagem.

Isto certamente deve ter acontecido com as superstições mundialmente conhecidas, como: cruzar com gato preto, dá azar; pé de coelho ou ferradura dão sorte; quebrar um espelho dá sete anos de azar. E para isolar tais efeitos, o homem criou o “bater na madeira três vezes”. Sexta-feira 13 passou a ser o dia mais azarado da semana. O número 13, por sinal, tornou-se um algarismo que acarretaria tanto mau agouro, como pura sorte, dependendo do estado de espírito do indivíduo. Nota-se, então, que a conseqüência tem ambas situações, tanto boa, quanto má. Além dessas, outras superstições, menos divulgadas, existem em cada região do planeta. Cada povo tem sua história e folclore próprios. A superstição teria tido seu ponto culminante por volta dos séculos 16 e 17, quando a vida era muito difícil e, portanto, as crenças imperavam. Religião, fogo e doenças naquela época, eram os elementos essenciais

Page 59: 0 Abstract

que davam sustentação à superstição que vem do latim “superstitione”, quando “super” indica sobre algo e “stitione” significa suportar. Logo, aqueles que sobreviviam às batalhas eram chamados de “supersticiosos”, isto é, os que sobrepunham ou suportavam o embate em detrimento dos menos afortunados. Assim, atribuíam uma causa a sorte por terem sobrevivido. Em outras palavras, superstição seria a crença em eventos futuros causados ou influenciados a partir de um determinado comportamento ou ação do presente, tendo ou não co-relação com este. O fato é que as práticas antigas, consideradas como científicas, como a alquimia e a astrologia, hoje são vistas como ações supersticiosas que, às vezes, resultam em fanatismo. Um dos motivos para o fortalecimento de uma superstição poderia ser a incidência dos as acontecimentos: quanto mais acontecem, mais fortes ficarão. O acaso vai para segundo plano. A auto-sugestão seria outra responsável para o surgimento da superstição. Por exemplo, o efeito de um amuleto, de um santo de gesso, um rosário ou de uma cruz numa corrente, poderia ser diferente não fosse o fato de a pessoa neles infundir o pensamento de que eles trazem proteção ou boa sorte? Fica o mistério para se saber a razão dessa fixação pelo inusitado, ao dedicar um acontecimento à causas que se desconhece ou por ouvir falar. A questão é saber se um determinado evento, um objeto ou um gesto podem se tornar verdade por causa da força da vontade ou da força de um boato. Em síntese, a superstição passou a fazer parte do cotidiano de cada um. Talvez seja importante para renovar seu ânimo a fim de enfrentar suas crises e seus medos. Um sinal da cruz ou uma reza antecedendo uma atividade qualquer, um símbolo ou um ritual poderiam mesmo dar sustentação a um ato que vira superstição? Não que esses maneirismos possam ser infundados, despropositais ou totalmente falsos, mas não resta dúvida de que o poder de fantasiar e imaginar do ser

Page 60: 0 Abstract

humano pode fazer com que eles se realizem efetivamente, o que, naturalmente fortalecerá a sua fama, seja para o positivo, seja para o negativo.

No mais, para o supersticioso, os eventos são extrínsecos, jamais intrínsecos. Ele acaba subestimando seu poder inconscientemente, pois não importa tentar explicar o motivo do acontecimento. Quer dizer, basta acontecer, não importa como, nem por quê. E para o bem.

68-MISTÉRIO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS – Fev/2006

Existe um mundo invisível cheio de freqüências, vibrações e todo tipo de energia que circunda a tudo e a todos. Ninguém as vê, mas desfrutam de seus benefícios. São as ondas eletromagnéticas que cortam o espaço tal qual uma enorme teia de aranha. A partir da descoberta dessas miraculosas - porquanto misteriosas - ondas, surgiram o raio-x, a abreugrafia, o micro-ondas, o rádio, a televisão, o radar e as telecomunicações em geral. Sem mencionar o pensamento, que emite ondas similares, porém este ainda não está decifrado suficientemente para que seja controlado. Por isso, muito ainda está para ser descoberto neste vasto e misterioso campo eletromagnético. Resta indagar como o ser humano conseguiu, inicialmente, perceber que havia no ar meios magnéticos para que fossem inventados tantos equipamentos que viriam a facilitar a sua vida no Planeta. É certo que pesquisas intensas antecederam tais feitos, mas como surgiu essa intuição? No começo de tudo, como foi possível “medir” o comprimento das ondas eletromagnéticas, direcionando-a para um determinado propósito? A Física tradicional, naturalmente, detém essa técnica, porém a quântica ainda guarda muitos segredos, pois engatinha nos meios científicos. Um dos precursores da matéria foi o físico alemão William Conrad Roetgen. Enquanto trabalhava

Page 61: 0 Abstract

com radiações, ele observou sua mão projetada numa tela. A partir de um tubo, imaginou estar sendo emitido uma determinada espécie de onda radioativa com capacidade de atravessar e “ler” o corpo humano. Como a radiação era invisível, Roetgen a batizou de “raios x”. A partir de então, os diagnósticos não só ficaram mais claros, como mais certeiros. A evolução veio com o advento da computação eletrônica, surgindo um novo tipo de radiografia: a tomografia computadorizada, método este que revolucionou o diagnóstico por imagem, agora feita de maneira transversal, sem agredir o organismo como acontecia antes. Pouco tempo depois, aconteceu a mais revolucionária das descobertas: a ressonância nuclear magnética, modalidade tomográfica com a vantagem de poder dispensar a radiação ionizante, tornando as imagens tridimensionais e ainda mais confiáveis. Como se não bastasse, descobriu-se uma nova utilidade para a ressonância: detectar mentira. Os velhos polígrafos, seguramente começarão a ser abandonados com a divulgação do feito. Com o “rastreamento” da pessoa em teste, verifica-se que, ao emitir sua declaração, certas áreas de seu cérebro são acionadas de acordo com as reações emocionais que se processam através de sinais biológicos mensuráveis. Nesse momento a ressonância detecta as áreas do cérebro que ficam mais irrigadas quando se manifestam pensamentos e emoções. Mas, retarda ao fazê-lo. E por que a delonga? É justamente porque o ato de mentir é racional, planejado. A verdade, ao contrário, é um processo mais rápido e, por isso, não há armazenamento de sangue prolongado. Portanto, o grau de acerto é alto e bem superior aos mencionados polígrafos que podem ser ludibriados porque captam somente os sinais externos da pessoa que mente, como aceleração de batimentos cardíacos, aumento da pressão sangüínea, do ritmo respiratório, dentre outros. O problema é que há mentirosos contumazes (os chamados mitômanos)

Page 62: 0 Abstract

que acreditam tanto no que estão falando e encaram seu depoimento como algo puramente verdadeiro, não demonstrando qualquer reação de ordem física. Tais alterações podem acontecer com aquele que fala a verdade, pois pode ficar nervoso por estar sendo avaliado por uma máquina, que acaba o “acusando” erroneamente. A ressonância magnética, enfim, deve ter outras alternativas paralelas. Uma delas seria detectar a polaridade de um pensamento. Como saber se este é positivo ou negativo? Pela quantidade de prótons e elétrons? Se assim for, teria o homem capacidade de “controlar” ou contrabalançar esta carga? Seria aprazível imaginar um especialista bem-intencionado alterando os pensamentos daquele cuja carga prevalente fosse negativa? Será que o mundo seria modificado para melhor? Poderia uma máquina, ao contrário do que os fatalistas pressupõem, ajudar na evolução do ser humano?

Pelo visto, as respostas ainda rondam no espaço eletromagnético, na imensidão do éter...

71-MISTÉRIO DO AUTISMO - Março/2006

Dentre as tantas doenças ou males congênitos que acometem as pessoas, muitas ainda permanecem incógnitas, porquanto misteriosas, tanto sob o ponto de vista de sua origem como de seu tratamento. A “suposta doença” em questão é o autismo, que parece se tratar de uma desordem mental resultando na completa alienação do seu portador, que fica recluso em si mesmo fazendo do mundo interior o seu mundo real. Como conseqüência direta do problema a criança passa a ter dificuldades na fala e no comportamento. Contudo, o que se tem certeza é que o autismo varia em graus de intensidade. Por outro lado, ainda carece de explicações mais plausíveis sobre as suas causas genéticas. Existem, pois, muitas hipóteses e teorias sobre o seu

Page 63: 0 Abstract

desenvolvimento e controle. Pelo lado científico, a causa seria de certa forma espontânea, ou seja, não haveria uma regra fixa para que a doença se manifeste, uma vez que não foi comprovada a sua hereditariedade. No contexto espiritista, porém, haveria duas teorias: ou o indivíduo estaria em “débito cármico” por ter cometido erros em suas vidas pregressas, ou ao contrário, poderia estar em “fim de missão”, o que significa que sua alma estaria confinada no corpo somente para valorizar as pessoas em seu redor. Talvez uma espécie de “tomada de fôlego” para seguir rumo a planos superiores e, ao mesmo tempo, ajudando os outros. Alegam, também, que o espírito, não estando em sintonia com o corpo, estaria impedido de se comunicar plena e inteligivelmente. Em outras palavras, teria sua percepção sensorial oscilante perante a realidade externa. O que se sabe concretamente, é que são essas instabilidades que geram os sintomas principais de um autista típico, quais sejam, falta de empatia, baixa capacidade de formar amizades, conversação unilateral, intenso foco em um assunto de interesse especial e movimentos desordenados. Outra hipótese muito comentada na ala espiritualista é a possibilidade de o autista ser um contumaz “bilocador”, o que quer dizer; ter a faculdade de transportar a mente para outros locais fora de seu próprio corpo e no estado de vigília.

Assim, o autista também estaria “consciente” em dois lugares distintos. Outra forma de bilocação é uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo, mas em dois corpos! Mas, isto é um outro mistério. Alguns cientistas taxam o autismo como uma espécie de esquizofrenia incurável, o que é contestado por aqueles que apregoam ser o autismo não mais do que uma disfunção grave do sistema cerebral, cujas sinapses incompletas fariam o “doente” permanecer em completo estado de introversão, alheio a tudo, menos a si próprio. Resta indagar, em síntese, se o autismo teria alguma co-

Page 64: 0 Abstract

relação com a “Síndrome de Down”, ou qualquer outra espécie de alteração de personalidade. Por quê, então, eles dão sinais de estar compreendendo tudo e, às vezes, até se manifestam coerentemente? Conveniência? Lampejos ocasionais de sobriedade? Seria oportuno analisar, finalmente, as sábias palavras proferidas por Alan Kardec, o decodificador do espiritismo: “A superioridade moral não está sempre na razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito a expiar; daí resulta freqüentemente para eles os entraves que o espírito prova em suas manifestações que são como as cadeias que constrangem os movimentos de um homem vigoroso. Pode-se dizer que os deficientes mentais são estropiados do cérebro, como o coxo o é das pernas e o cego, dos olhos.” Portanto, as desordens mentais, independentemente de suas características, devem ser encaradas com total respeito, pois suas razões são desconhecidas à luz da ciência. Ninguém tem plena certeza se o indivíduo está temporariamente inabilitado, seja mental ou mesmo fisicamente. Quer dizer, mente em desordem não sugere mente atrasada ou mente estagnada. Pelo contrário, muito se oculta nessa imensa população dita excepcional. Quem sabe, eles estariam bem mais adiantados do que se imagina? Viver num universo paralelo pode significar viver muito mais intensamente. A chave poderá ser descobrir “como chegar” até eles. Então a comunicação humana se tornará mais racional, evoluída e coerente. Para o bem do homem dito normal: ainda cego, surdo e mudo. Quiçá mais este mistério um dia seja desvelado e revelado.

73-MISTÉRIO DA LOUCURA-Abril 2006

Por quê é “louco” o indivíduo cujo comportamento destoa da maioria? Será que agir estranhamente configura-se um padrão de loucura? Ou seriam essas ações mal-compreendidas pela sociedade arraigada por

Page 65: 0 Abstract

rótulos e conceitos imutáveis? É claro que, se tais atitudes ferem e alteram rotinas, deveriam ser analisadas com maior pragmatismo. Têm os manicômios, hospícios, clínicas e outras instituições de tratamento psíquico, cabedal suficiente para “corrigir” ou “modificar” integralmente os supostos “desequilibrados”? E o que dizer das drogas que, por vezes seriam paliativas, mas nunca curativas? Por isso mesmo, são confiáveis os parâmetros científicos que avaliam um estado dito de insanidade? O chamado retardo mental tem significado literal? Seria mesmo retrocesso da inteligência? E quem pode garantir que essa realidade é a verdadeira? Será que um comportamento alterado – desde que não prejudique a outrem, ressalte-se novamente – relega seu portador à condição de marginalizado? E quanto aos “gênios”? Se esses são sempre caracterizados como autênticos loucos, denota que o termo tem conotação ambígua, ora significando distúrbio, ora indicando excesso. As diversas correntes da sociedade, seja a religiosa ou a científica, avaliam a loucura de maneira distinta. Na ala científica, por exemplo, a loucura pode ser fruto de uma anomalia genética que resulta em lesões cerebrais irreversíveis ou quando a pessoa fica louca por causa de outros fatores ambientais. Já os religiosos apregoam que a loucura poderia ser fruto da tentação do diabo ou uma forma de castigo divino. Pelo lado dos espiritistas, a loucura seria uma espécie de “carma” ou fruto da tentação de espíritos obsessores, pessoas mortas de índole ou intenções duvidosas. Apesar das controvérsias e das descobertas que sempre estão ocorrendo, a ciência pode ter meios para dirimir o mistério e detectar novos elementos que expliquem tais “desvios de conduta”. Contudo, o maior enigma seria detectar outros fatos-geradores de ordem psíquica que processam a alteração do padrão comportamental. Por isso mesmo, persistem inúmeras e controversas formas

Page 66: 0 Abstract

de lidar com a loucura, além de variadas classificações. Ademais, se o louco pode ser tanto um gênio como alguém dissociado da realidade, é evidente que o ponto em comum ainda não foi atingido. De fato, o velho jargão, “de médico e louco, todo mundo tem um pouco” atesta que todos convivem com um constante estado de insanidade, variando somente quanto à gradação. Então, por que classificar a loucura como algo fora do comum, se as atitudes podem ser vistas como atos de loucura? Seria a loucura um estado subjetivo? Os gênios, a seu turno, seriam indivíduos portadores de uma inteligência muito acima da média, o que não lhes tirou a fama de loucos. Deduz-se, então que quem tem perspicácia mais elevada, seria um maluco? Por sinal, certos analistas asseveram que “gênios não poderiam existir se não houvesse uma certa desordem mental”. São eles que dizem que existe uma tênue linha separando os loucos dos gênios. Cientistas, matemáticos, físicos, artistas, músicos, escritores, pintores, filósofos, líderes políticos e espirituais e outros expoentes, foram diagnosticados como portadores da “Síndrome de Asperger” indicando que possuem um gene gerador da criatividade, além de causar outros distúrbios, como no relacionamento social e alterações de humor. Einstein, Mozart, Beethoven, Andersen, Orwell e outros, eram portadores dessa síndrome. Portanto, a criatividade e a loucura seriam parte do mesmo lado da moeda. Separá-los com doses de racionalidade é que seria o desafio principal. Finalmente, no livro “Elogio da loucura”, Erasmo de Roterdam observou com rara sapiência:“Sustento que, em geral, as paixões são reguladas pela loucura. Com efeito, o que é que distingue o sábio do louco? Não será, talvez, o fato do louco se guiar em tudo pelas paixões e o sábio pelo raciocínio?”

76-MISTÉRIO DOS SÍMBOLOS-Junho 2006

Page 67: 0 Abstract

Assunto, como de costume, muito comentado e debatido: o significado da simbologia na existência do ser humano. Na verdade, a vida é cercada por uma gama infinita de símbolos, uns criados somente para um motivo temporário, outros se mantêm intactos, pois ultrapassam a barreira do tempo. Religiões; esoterismo; assuntos científicos, enfim, os sinais fazem a vida ser melhor compreendida e interpretada. Vem à tona a indagação de sempre: por quê o homem adotou os símbolos para se fazer entendido, isto é, por qual motivo passou se portar desta forma tão metafórica? Capacidade de síntese ou compreensão limitada? As próprias pinturas rupestres indicam que o indivíduo começou a se comunicar de maneira simbólica, seja de forma textual ou em termos sonoros e gráficos. Cada símbolo, portanto, tem um significado característico dirigido exclusivamente para um tipo específico de público e cultura. A título de exemplo, ninguém se esquece do significado sagrado da cruz, o símbolo mais conhecido do cristianismo, usado também como proteção contra o mal. O mesmo se pode dizer da estrela, encontrada na simbologia esotérica e com significados diversos de acordo com o número de pontas que tiver. E por aí vai. O poder de um símbolo é, pois, maior do que se imagina. Será que o resultado de sua eficiência não dependeria do grau de auto sugestão da pessoa? Talismãs funcionariam se houvesse desconfiança acerca de sua força simbólica? É certo que não. E o que dizer do poder de persuasão presente nos símbolos comerciais? Por que uma pessoa fica logo influenciada quando vê, por exemplo, a logomarca de um produto alimentício ou mesmo relativa a um objeto qualquer? Que poder é este que o símbolo exerce sobre a mente e, por conseguinte, sobre a vontade? Similarmente seria a mesma postura com relação aos símbolos ligados às profecias e à “leitura” do destino, como as cartas de tarô, quiromancia, astrologia, etc. A

Page 68: 0 Abstract

matemática e outras matérias que lidam com números estão recheadas de elementos gráficos que possuem significação específica, porém empírica. Ao que se pressupõe, sem os símbolos, a compreensão mútua seria mais difícil, sobretudo entre as pessoas de países diferentes ou de épocas distintas. O fato é que a mente necessita de símbolos para poder “traduzir” certos ensinamentos, do contrário não poderia assimilá-los corretamente. Assim, a cérebro já nasce predisposto (talvez porque a sua ancestralidade já tenha “desenhado” na cadeia de DNA a sua compreensão) e, por isso, detecta e lê o significado simbólico de acordo com a cultura da pessoa. À medida que cada símbolo adquire a forma, ele se torna tradição e costume, independente de tempo e espaço. Em outras palavras, segundo a maioria dos enunciados sobre o assunto, “símbolos são um meio para um determinado fim e não um fim em si mesmo”, o que denota que a simbologia é o meio de captar a essência de uma mensagem e não uma regra de conduta rígida e imutável como muitos consideram. Que o diga a suástica e outros símbolos que passaram a ser do mal por causa da compreensão errônea de seus pseudo-intérpretes. Em suma, os símbolos ainda podem também ter significado secreto, mas o que importa é a idéia central que eles encerram tendo em vista, evidentemente, a sensatez dos seus autores e de seus leitores. Eis outra questão: nos dias atuais, o homem precisaria ser tão dependente dos símbolos tanto quanto o foi antigamente? Que fascínio é este que os símbolos exercem sobre a personalidade humana a ponto de mudar opiniões? Presume-se, por fim, que a humanidade necessita de imagens pictóricas - que ilustram seus pontos de vista e conceitos - para se fazer compreendida e para sobreviver. Caso contrário, sua inter-comunicabilidade seria excessivamente pragmática e pouco objetiva, além de desprovida de sentimento. Toda cultura necessita de símbolos e sinais

Page 69: 0 Abstract

a fim de manter suas tradições que assim continuariam incólumes e imunes ao tempo... Então quer dizer que os símbolos são vitais para o ser humano?

80-MISTÉRIO DO FUTEBOL-Julho 2006

Terminada mais uma Copa do Mundo na Alemanha, o momento é oportuno para analisar o futebol sob um ponto de vista diferente, isto é, fora da mesmice que toma conta de todo tipo de noticiário e que todos conhecem vulgarmente pelo anglicismo “mídia”. Assim, já se fartou de ouvir e ler sobre opiniões que vão desde ferrenhas críticas até ilusórios elogios. Fala-se de táticas, regras e analisa-se uma partida como se fosse a coisa mais importante do planeta. Sem contar com os eternos e repetitivos “discursos” proferidos por técnicos, dirigentes e jogadores. É uma ladainha que não tem fim. Para perguntas-clichês, advêm óbvias respostas-clichês. Mesmo assim, o futebol é praticado em toda parte do planeta. Seus protagonistas, os jogadores, são endeusados quando vencem e execrados quando não conseguem a vitória ou se transferem para o time inimigo. Apesar de toda essa aparente estupidez, o futebol sobrevive admiravelmente. É aqui que mora o mistério. Como pode ser? Por que uma prática esportiva como o futebol, semelhante a qualquer outro esporte (os objetivos são sempre os mesmos: vencer ou vencer), é encarado com tanta importância a ponto de chefes de estado fazerem dele um eficaz trampolim para o domínio das massas? Hoje em dia, pratica-se o futebol em qualquer lugar do mundo, não importando que tipo de cultura, política ou religião estejam vigentes. Todo mundo (literalmente) entende de futebol. Até os Estados Unidos, antes tão resistentes, já dão mostras de que estão se curvando ao magnetismo futebolístico. Em síntese: pobre, rico, ignorante, inteligente, homem, mulher, todos vibram quando se trata de ver e ouvir futebol (até praticar), principalmente quando acontece o

Page 70: 0 Abstract

campeonato mundial, de quatro em quatro anos.. Então, é oportuno indagar novamente: por quê o futebol se tornou tão passional, isto é, rodeado de intermináveis e inócuas discussões que, às vezes, terminam em contendas até fatais? Que fenômeno seria este, que mexe com os ânimos o povo de uma maneira tão contundente? Por que se tornou até vital para as pessoas inclinadas ao radicalismo – em outras palavras, fanáticas – tal como as platéias das arenas que assistiam às lutas dos antigos gladiadores? O fato é que o futebol merece um estudo de caráter não somente psíquico-sociológico, mas místico. Afinal, o que escapa da realidade, é a atitude do típico torcedor fanatizado. Como consegue se exasperar tão intensamente quando seu time perde uma partida e às vezes até briga ou mata em nome da honra da sua “equipe do coração”? Pode considerar essa pessoa um ser pensante? Diferentemente de outros esportes, quando competir é o mais importante e a derrota nem sempre é o fim do mundo, no futebol, perder é sinônimo de vergonha. O “baixo-astral” que toma conta da pessoa, seguramente faria um louco confinado num hospício rir da pseudo-sobriedade dos “outros de fora”. Para os torcedores de futebol, também, é pura balela o jargão, “o importante é competir”, considerado como o lema dos perdedores em potencial. Para eles, a bola seria a arma, o uniforme a armadura e os pés, o gatilho. Qual seria a reação de um pretenso extraterrestre se, de repente, aqui aportasse e visse vinte e dois homens correndo – e se engalfinhado - atrás de uma esfera no intuito de arremessá-la com os pés dentro de um dos dois arcos retangulares situados na extremidade de um relvado todo delineado? Evidentemente, questionariam a “inteligência” humana e desistiriam de aterrissar em local tão hostil e estranho. É claro que, se vissem também outros esportes - tais como o rugbi, o futebol americano e o basebol dentre outros – teriam a mesma impressão e

Page 71: 0 Abstract

tratariam logo de voltar para o seu planeta, com medo, quem sabe, de serem confundidos com a bola. Por isso, apesar do mistério que o ronda por causa dessas autênticas aberrações, o futebol acabou se tornando um catalisador de frustrações e até um alimento para uma necessidade de auto-suficiência descontrolada. O futebol tornou-se uma prática de conseqüências jamais imaginadas pelo seu inventor (ou “re-inventor”, pois há referências de que os astecas já jogavam esporte assemelhado). Esse britânico, certamente, sequer poderia supor que o futebol se tornaria uma espécie de guerra moderna, sem mortos, nem feridos (dentro de campo, claro, pois fora dele nem sempre isso acontece...), além de derrotados e vencedores, os habituais ufanistas e pseudo-defensores da pátria. Teria sido intenção do inventor do futebol provocar tanta celeuma? Talvez não, pois o esporte foi feito para competir de maneira sadia e construtiva, visando o aprimoramento físico e até intelectual da pessoa, como também o seu senso de coletividade, nunca para dar vazão aos instintos animalescos do homem. Em suma, não se duvida que o futebol é o esporte mais importante dentre todas que se tem notícia, mas causar tanta comoção como acontece, é difícil de deglutir em sã consciência. Assim, o pretenso “homo sapiens” segue no seu incógnito caminho rumo à – aparentemente - “inalcançável” perfeição. Estrada esta, além de tortuosa, cheia de atalhos, buracos, pedras, declives, aclives, curvas e retas. E a “BR-futebol” é uma das estradas mais perigosas. Se o indivíduo prestar atenção mais no roteiro do que nos mencionados obstáculos e atentar mais no objetivo do que no subjetivo, por certo, não ficará estagnado no meio do caminho. Descobrirá, então, que tudo na vida deve ser encarado como um fim, não como um meio. O esporte é salutar a partir do momento que é visto como atração, como diversão. No momento em que virar “coisa séria”, deixa de ser

Page 72: 0 Abstract

somente uma higiene mental e passa a ser uma briga de vida-e-morte. E todos perdem e se perdem. Não bastam os problemas criados pela mente humana e logo surge algo tão efêmero que vira o centro de tudo? Deixem o futebol ser simples e ser somente mais uma forma de expressão da arte. Evitem que ele se torne algo chato, porquanto perigoso e desagradável. Mistério é para outros temas mais importantes.

81-MISTÉRIO DO FUTURO-Agosto 2006

Dizem os mais crédulos que, “o futuro a Deus pertence”; outros asseveram que “cada um é responsável pelos seus atos”, ou seja, a intervenção divina no futuro da pessoa seria nula. Por outro lado, a ala científica, mais pragmática, age de acordo com as tendências. Por conseguinte, o futuro segue na linha de um tempo meramente linear, sem desvios. Contudo, existem setores – no caso, os pesquisadores da física quântica – que já começam a “suspeitar” ser o futuro um momento em constante acontecimento, isto é, um tempo que existe paralelamente com o presente. Em outras palavras, tudo acontece simultaneamente: passado, presente e futuro. Complicado de compreender no ponto de vista convencional. Essas hipóteses podem induzir à conclusão de que o tempo é fictício – assunto comentado em artigos anteriores. Será, então, que essa nova visão vai subverter as concepções ligadas à dicotomia “livre-arbítrio/determinismo”? Cairiam por terra também as opiniões que dizem ser a vida pura “obra do destino”? Além do mais, dá-se crédito aos profetas – da Antigüidade ou modernos – que “enxergariam” quadros do futuro passando-lhes pela mente, tal como num filme. Pergunta-se novamente, pois: como funcionaria a “antena” desses indivíduos? Seria uma nuance dos chamados sonhos premonitórios? Eis a teoria dos universos paralelos de volta à baila, uma vez que nem sempre os cenários se realizam pois poderiam ser

Page 73: 0 Abstract

alterados pelos seus “atores”, concomitantemente às alternativas que a situação se apresentasse, no caso, esses “vários momentos”. Todavia, sempre haverá aqueles que afirmam ser o destino inevitável para todos. Resta então pressupor que ambas as hipóteses coexistiriam? Como os mistérios nunca cessam, já surgem notícias sobre uma técnica ainda pouco conhecida que se chama “progressão”. O que seria esta nova prática adotada por alguns pesquisadores e até psiquiatras? Como o próprio nome deixa evidente, progressão da memória - ao contrário da regressão – é a técnica empregada para tratar diversos tratamentos de ordem psíquica através da hipnose. É outra forma, segundo esses pesquisadores, de “ver” o futuro de cada um. Uma das explicações que poderia ser dada a tudo isso é: não estaria o orbe terrestre envolto de vibrações formadoras de imagens de momentos diversos da vida humana mas que os sentidos limitados do homem comum não captaria? A teoria do “deja-vu” não encaixaria nesta tese? Este termo, por sinal, - para quem ainda não está familiarizado com o tema – significa “ver antes”, isto é, antever um acontecimento. De vez em quando, há quem sinta que “já esteve naquele lugar antes” e fica intrigado com a exatidão de uma cena já vivenciada. Seria este um sintoma de que realmente o futuro pode ser vislumbrado, mesmo que inconscientemente? Como os especialistas encaram essa situação? Existem duas classes desses indivíduos: os futuristas e os futurólogos. Os primeiros, vêem o futuro de acordo com as tendências tecnológicas, culturais, econômicas e políticas, ao passo que os outros visualizam o porvir na base da adivinhação, tendo como meio canais variados. São os que “jogam verde, para colher maduro”. Boa parte erra de alvo, mas sempre há uma justificativa para o engano. O que todos acertam, geralmente, é sobre o futuro da Terra no que concerne, por exemplo, à natureza. O homem avilta o meio-

Page 74: 0 Abstract

ambiente sem qualquer controle (só existem advertências e poucas ações) e as conseqüências são óbvias tanto para a sua saúde, quanto para o ecossistema, quando novamente vem prevalecer a implacável lei de causa-e-efeito. O que mais impressiona é que a Terra ainda resiste bravamente contra os desrespeitos que se lhe impõem. E ainda sempre haverá um risco iminente de guerra nuclear e química assombrando o futuro terráqueo. O mesmo acontece com o ser humano: ele faz e ele é de acordo com o padrão de pensamento e a forma de agir durante a sua vida. Regra óbvia e coerente. Enfim, enquanto os chamados “sete pecados capitais” persistirem, será difícil esperar que o seu progresso mental aconteça em curto prazo. Por via de regra, o reflexo será no futuro.

83-MISTÉRIO DO COMPUTADOR-Agosto 2006

Entender o funcionamento de um computador não é mistério para ninguém, principalmente para os especialistas no assunto. Porém, tentar descobrir a razão de sua desenfreada evolução, pode ser considerado um fenômeno misterioso. Os fatalistas não vêem com bons olhos essa veloz alternância de capacidade dos computadores. Como sempre, já começam a imaginar a hipótese da máquina um dia dominar a raça humana. Seria, pois, a realização do conhecido chavão: “a criatura volta-se contra o criador”. Por outro lado, outros, os menos pessimistas, afirmam que o computador, por ser uma máquina burra, só atende aos comandos daquele que está à sua frente, nada mais. Não obstante tanta especulação sobre o futuro do computador, o certo é que essa máquina vai se aperfeiçoando mais rápido do que se previu, uma vez que estaria acontecendo uma espécie de “retroalimentação”, ou seja, os novos atributos que são introduzidos ao computador surgem graças justamente ao seu aprimoramento. Pura reação em cadeia. Resta

Page 75: 0 Abstract

saber se vai haver limite para tudo isso. A capacidade ficou ainda mais ilimitada por causa do advento da nanotecnologia. Graças a esta nova técnica, o computador já poderia caber num alfinete ou em espaço ainda mais microscópico. Em outras palavras, essa corrida sem planejamento já causa preocupação até aos idealizadores. Eles sabem que se a capacidade de criação não tem mais limites, isso se dá justamente devido ao surgimento do computador. A robótica, por exemplo, segundo asseveram os futurólogos, seria o caminho mais curto para a manifestação do computador em termos práticos, quer dizer, para ele agir mais efetivamente contra ou a favor de quem criou. Como se não bastasse, a genética caminha paralelamente à evolução da informática. É neste momento que se tem início a outro vaticínio, o que vai acontecer quando essas duas vertentes se fundirem? Funções orgânicas próprias do ser humano sendo “imitadas” pelo computador? Seria então este o meio dele começar a “pensar” e agir sem precisar da intervenção humana? Sinapses cerebrais sendo replicadas no interior de uma máquina? Poderia ser este o único resultado da união da robótica, genética e nanotecnologia? O mistério se intensifica quando este cenário é visualizado: computadores conscientes manipulando os humanos através de “implantes” inteligentes ou mesmo à distância após dominar a técnica do eletromagnetismo, isto é, ao controlar o éter, essas máquinas captariam ondas mentais, reprogramando-as ao seu desejo. Pode ser que essas sombrias perspectivas nem se realizem. Afinal, é curioso observar que os mal-intencionados – os chamados “hackers”, ou piratas cibernéticos - ainda não conseguiram o domínio total. Tanto é que apesar de suas invasões, e de tantos vírus espalhados, não se ouviu falar de uma tragédia de proporções mundiais. O “bug do milênio”, por exemplo, foi um alarme falso. É o caso de perguntar por que uma bomba atômica, arma

Page 76: 0 Abstract

química ou biológica, jamais caíram em mãos erradas ou, se isto aconteceu, como o mundo continua “vivo”? Deduz-se, então, que haveria um controle planetário além da compreensão da humanidade? Algo semelhante a um “governo oculto”? Tragédias naturais e não-naturais acontecem desde que o homem passou a ficar mais consciente de suas ações, mas apesar disso, a Terra continua incólume. Poderia ser esta uma premissa de que o ser humano pode ter esperança num futuro menos sinistro? O certo, no mais, é que o homem, sendo ou não governado por entidades ocultas, deve se prevenir, evitando dar um passo maior do que a perna. É o caso de complementar que o homem deve, sim, querer enxergar longe. Antes disso, porém, deve planejar o alcance dessa visão, procurando se prevenir para evitar os percalços que, absolutamente irão atravancar sua caminhada. O avanço do computador é ponto pacífico, mas seus inventores devem começar a pensar em como refrear este ímpeto, imaginando possíveis antídotos para os eventuais e iminentes desvios de roteiro. Caso contrário, o filme “Matrix” deixará de se tornar um obra de ficção.

85-MISTÉRIO DA MATEMÁTICA-Setembro 2006Os conservadores vão protestar: “Afinal, se a matemática é uma ciência exata, como poderia ser taxada de misteriosa?”. Essa é a questão, pois antes mesmo de ser desenvolvida e regulamentada pelos babilônios, gregos, romanos, egípcios e árabes, como se explica os resquícios de sistemas de numeração e figuras geométricas nas ruínas de construções anteriores a esses povos? De onde - antes da Idade Média e do Renascimento, períodos em que foi definitivamente reconhecida e aplicada – seriam provenientes essas noções aritméticas? Fruto da necessidade de quantificar as coisas para sobreviver? De contactos com extraterrestres ou foram puramente intuitivas? Os Maias, por exemplo, tinham um calendário tão sofisticado que continha predições relacionadas a eclipses lunares e solares de impressionante acuidade

Page 77: 0 Abstract

que até hoje surpreende aos metereologistas. De onde e como adquiriram tal precisão? O conhecimento matemático, como se sabe, é o conjunto de técnicas, habilidades, maneiras de entender e de lidar com o ambiente natural e cultural, desenvolvido – ao que se supõe - pelo homem que buscava a quantificação de tudo que fazia. Depois disso, ele começou a busca pela própria transcendência. O que intriga é essa ambigüidade da matemática, pois mesmo sendo exata, carrega mistérios ainda por resolver. Quer dizer, mesmo sendo um instrumento de investigação (ciência) e de expansão (tecnologia) dos fatos, a matemática serve igualmente como suporte aos fenômenos. Que o diga a Física Quântica. As navegações, por sinal, possibilitaram a descoberta de novas terras e culturas diferentes, dependendo (fundamentalmente) para tanto, do conhecimento de astronomia que, além disso, deu vazão a outro tipo de viagem: a leitura do céu, quando o homem começou a pensar de maneira mais filosófica, expandindo seu pensamento às questões da alma e da mente. Desse modo, a matemática sempre esteve presente também na área artística, como nas grandes obras arquitetônicas, na composição de músicas, na farmacopéia e em outros projetos importantes criados pelo homem, tornando-se primordial para a dar sentido à sua existência em praticamente todos os campos. Assim, ela ficou subjetiva quando foi diretamente ligada às questões religiosas e místicas, servindo de elo ainda para essa busca pela transcendência quando a contagem de tempo foi instituída. Nesse momento, as pessoas passaram a ter noção de passado, presente e futuro, ampliando sua percepção de vida. Deduz-se, então, que sem saber lidar com os números, o ser humano tenderia fatalmente a se isolar, o que certamente limitaria sua evolução. Justamente por causa dessa aprendizagem, o modo de agir passou a ser calculado, portanto planejado com consistência. A partir dessa expansão de pensamento e de perspectivas, a humanidade pôde galgar novos patamares, tempo em que surgiram as artes divinatórias, como a numerologia e a astrologia que, por causa de seu pressuposto aritmético, foram ordenadas e sistematizadas. Essa

Page 78: 0 Abstract

dependência dos números tornou-se inevitável sob todos os aspectos. E foi cunhada a frase: “Deus geometriza”, numa alusão à perfeição geométrica do Universo. Finalmente, é curioso observar que, além dos gregos foram os muçulmanos que deram esse cunho místico à matemática, quando houve um grande estímulo para padronizar os saberes mágicos, alquímicos e farmacológicos, através de fórmulas de elixires e venenos. Em síntese, a análise de todas as coisas sob o ponto de vista empírico, tanto prático como pragmático, seria impossível sem a aplicação da matemática, pois a organização do conhecimento seria processada de forma aleatória, sem critérios e sem padrões, gerando o iminente caos. Pelo visto, essa propalada “exatidão matemática” ainda não foi plenamente captada. Muito mistério ainda se esconde por detrás dos números e dos cálculos. O elo perdido poderá ser finalmente decifrado através da solução de problemas matemáticos. Será essa a maneira certa de alcançar a almejada “Compreensão Cósmica”?

84-MISTÉRIO DA DESCENDÊNCIA-Setembro 2006

Dizia Voltaire, talvez por ser um otimista nato, que “todo homem nasce bom, mas é a sociedade que o corrompe”, isto é, o ser humano é puro por natureza, todavia o ambiente em que vive o perverte. Muitos hão de acreditar nesta premissa ao levar em conta o que se tem visto ultimamente, sobretudo no mundo político, onde alguns integrantes, dizem, chegam “puros” e saem “manchados”. O poder, então, realmente inebria? Por essas e outras, surgiu a teoria da “Tábula Rasa”, quando todo ser humano ao nascer, seria como se fosse uma folha em branco, sendo “preenchida” no decorrer de sua vida que ficaria “contaminada” de coisas boas e ruins. Em síntese, seu destino seria traçado de acordo com sua postura moral, física e emocional ao longo de sua existência. Eis que surge o chamado livre-arbítrio. Todavia, o mapeamento do DNA jogou por terra essa mencionada tese. Portanto, a partir da decodificação do

Page 79: 0 Abstract

DNA, descobriu-se que todos homens e mulheres não nascem puros, mas com os resquícios – bons ou ruins - de seus antepassados. Em outras palavras, o ambiente não seria o responsável pela personalidade da pessoa, uma vez que esta traria consigo a carga genética de seus antecedentes. Assim, antepassados de bom coração teriam descendentes também bondosos e vice-versa. O mesmo para doenças e outras mazelas de origem aparentemente desconhecida. Isto derrubaria o argumento que diz que um favelado teria forte tendência ao crime por causa do ambiente carregado em que vive, ao passo que quem nasce em berço de ouro teria maior chance de ser uma pessoa de boa índole. Até que ponto a carga hereditária prevalece? E o que dizer de quem nasce com distúrbios mentais, ou sofre de um mal de ordem psíquica? Teriam necessariamente de ter antecedentes igualmente “avariados”? Como se não bastasse, dizem que os suicidas trazem tal tendência de auto-aniquilamento das suas gerações passadas. Apesar do avanço nas pesquisas genéticas, ainda há muito a decifrar. Tem de se descobrir até que ponto um indivíduo é influenciado pelos antecedentes e até onde o ambiente o contagia. Em síntese, em que grau a doença física e psíquica “viaja” no seio familiar? Esse é o mistério a ser desvendado pela ciência. E a reencarnação? Como deve ser tratada tal teoria após a decodificação do genoma? Será que estariam “confundindo os sintomas”, quer dizer, quando a pessoa lembra de um passado remoto, este não seria decorrente de sua memória genética, qual seja da vida de seus antepassados? E a inteligência? Como classificar suas origens? Seria uma qualidade adquirida ou inata? É certo que ninguém nasce estúpido como uns afirmam mas, é certo também que uns têm capacidade de assimilação mais eficiente, isto é, a pessoa tem mais facilidade para apreender um determinado ofício ou mesmo o conhecimento, do que outras que vivem no

Page 80: 0 Abstract

mesmo espaço. Deduz-se, pois, que a inteligência tanto pode ser aprimorada como pode ser inata. Logo, o mapa genético de uma família específica pode ter nuances distintas. O mistério recrudesce, visto que a educação e o conhecimento não passam de geração em geração. A facilidade para assimilar as coisas deve ser, então, a chave mestra para abrir os caminhos que levam a uma inteligência mais apurada, legado que se aprimoraria ao longo dos tempos. Assim sendo, se a consciência é passível de modificações, como vislumbrar os males morais? Uma família de desvirtuados permaneceria dessa forma em todas as épocas? A genética, enfim, pode derrubar teorias como a do livre-arbítrio, da reencarnação e da tábula rasa, mas se assim for, o homem estaria fadado a ter uma personalidade dependente dos seus antepassados? Que atributos seriam passíveis de regeneração ou evolução? Por que uma família tem pessoas tão diferentes entre si? Caso seja assim tão implacável, como se processa e evolução física e espiritual de cada um? Até que ponto a forma de pensar e de agir exercem influência nas gerações subseqüentes? Antecedentes ruins gerariam necessariamente descendentes igualmente ruins? Pelo visto, essa tal da “tábula rasa” pode ser mais profunda do que se imagina.