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Proposta do Pólo de Inovação de Teófilo Otoni para a inovação no artesanato do vale do Mucuri
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Projetos Pólo de Inovaçãodo Vale do Mucuri
Pólo de Inovação de Teófilo Otoni
www.polodeinovacaoto.ning.comwww.polodeinovacaoto.blogspot.com
Inovação na Cadeia da Produção Artesanal de Objetos do Vale do
Mucuri
A Economia da Cultura, ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação), integra o que se convencionou chamar de Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços é altamente impactado pelas novas tecnologias, é baseado em criação e não se amolda aos paradigmas da economia industrial clássica. O modelo da Economia da Cultura tende a ter a inovação e a adaptação às mudanças como aspectos a considerar em primeiro plano. Nesses setores a capacidade criativa tem mais peso que o porte do capital (Ministério da Cultura).
http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-um-setor-estrategico-para-o-pais/. Acesso em 26 de outubro de 2009.
INTRODUÇÃO:
A Produção Artesanal de Objetos – Artesanato – consiste na atividade realizada pelo artesão que, contando apenas com as próprias mãos, ou com a ajuda de ferramentas simples – às vezes alguns meios mecânicos –, resulta em artefatos cujas características distintivas são: (1) conhecimento e prática do artesão sobre todas as etapas da
produção e; (2) especificidade cultural (cada região possui um artesanato com
características únicas).
INTRODUÇÃO:
Tais características imprimem à produção artesanal o caráter de uma verdadeira obra, indo além da mera mercadoria da indústria capitalista. Enquanto obra, a produção artesanal de objetos é um aspecto distintivo da cultura material, sendo, por isso, peça fundamental da identidade cultural de um povo. O Estado de Minas Gerais engloba a maior diversidade nacional no que diz respeito à produção artesanal. Isso se deve tanto à variedade e qualidade da matéria-prima (Tupynambá, 2009), quanto à diversidade e à originalidade da obra final.
INTRODUÇÃO:
Este setor apresenta importância crucial na economia mineira em todas as regiões existentes neste Estado tão diverso. É o setor que hoje possui o maior dinamismo na economia mundial, registrando crescimento de 6,3% ao ano, enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7% (IBGE). No Brasil atuam 320 mil empresas voltadas à produção cultural, que geram 1,6 milhões de empregos formais. Ou seja, as empresas do setor da cultura representam 5,7% do total de empresas no país e são responsáveis por 4% dos postos de trabalho. O salário médio mensal pago pelo setor é de 5,1 salários mínimos, equivalente à média da indústria, e 47% superior à média nacional (IBGE).
INTRODUÇÃO:
Diante deste contexto, uma proposta para o desenvolvimento e inovação torna-se imperativa, pois possibilitará a melhoria das condições da produção artesanal e de vida do artesão.
OBJETIVO:
Conhecer, caracterizar e melhorar a Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri por meio da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da inovação na Cadeia Produtiva, visando a identificação dos produtos e processos, a identificação e superação de gargalos tecnológicos e outros, a valorização destes produtos, a maior qualificação do artesão e sua produção, a introdução de novas tecnologias e a divulgação nos mercados nacional e internacional, a partir do Projeto Estruturador Arranjos Produtivos Locais – APL – Plataforma Pólos de Inovação do Norte e Nordeste de Minas Gerais da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Sensibilizar, mobilizar e organizar os Artesãos para a busca da melhoria da qualidade da produção artesanal de objetos do Vale do Mucuri;
2. Identificar:a) artesãos e suas condições de vida;b) produto (características dos materiais e artefatos);c) processo produtivo (descrição das etapas de produção e das tecnologias
aplicadas; custos, margens de lucro, etc.);d) gargalos tecnológicos, logísticos e outros;e) entidades que representam ou auxiliam os artesãos (grupos, associações,
cooperativas);f) redes de articulação profissional (fornecedores, parceiros, atravessadores etc)
e estratégias de comercialização (incluindo-se a distribuição, pontos de venda etc);
g) mercado consumidor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
3. Fomentar a inovação tecnológica na cadeia produtiva; 4. Investir no melhoramento das técnicas utilizadas; 5. Pesquisa de iconografias locais, que sejam significantes e representativas
da região – arquivamento dos dados;6. Elaborar banco de dados com informações dos produtores (sócio-
econômico-culturais, condições de produção, equipamentos, técnicas utilizadas e outros dados técnicos referentes à produção);
7. Sistematização dos dados obtidos;8. Busca de novas tecnologias e sua difusão por meio de cursos de
capacitação;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
9. Desenvolver sistema de monitoramento por georeferencimanto dos Artesãos e da Produção para comparação entre o período antes e depois da intervenção do projeto;
10. Buscar linhas de crédito para Artesãos junto às instituições financeiras e divulgar as já existentes;
11. Buscar a ampliação do espaço da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri nos mercados nacional e internacional, por meio de eventos e ações de marketing;
12. Criar Centro de Inovação do Artesanato do Vale do Mucuri;13. Fortalecer o sistema associativista no setor e na região por meio de
criação e fortalecimento de cooperativas e associações de artesãos.
JUSTIFICATIVA:
A Produção Artesanal é uma das principais características distintivas de uma comunidade, sendo a diversidade sua maior riqueza. A Economia da Cultura por sua vez vem ganhando mais destaque tanto nas discussões acadêmicas, nas políticas públicas, quanto na geração de trabalho e renda para a população em geral.As políticas públicas de desenvolvimento setorial da produção artesanal devem considerar as especificidades geográficas, sociais, econômicas, históricas e culturais que delineiam o Vale do Mucuri diferenciando-o das demais regiões do nordeste mineiro.Este projeto pretende-se a partir de três eixos norteadores: • a afirmação de identidade regional do Vale do Mucuri; • a valorização da produção artesanal e do artesão; • e a inovação aplicada à produção artesanal.
JUSTIFICATIVA:
A INOVAÇÃO, conceito vigente no mundo contemporâneo, também é aplicada à produção artesanal, na medida em que há preocupações como a sustentabilidade dos processos, a racionalização de utilização de recursos naturais e o aumento de valor agregado aos produtos, além de que o mercado consumidor é cada vez mais exigente tornando premente a aplicação de novas tecnologias e design à produção artesanal. A identificação da iconografia mucuryana, ou seja, de referenciais iconográficos típicos do Vale do Mucuri, é caráter fundante e estruturador de ações cujo objetivo seja a dinamização da Economia da Cultura, na medida em que estes referenciais são características fundamentais de uma comunidade.
METODOLOGIA:
ETAPA 1: DIAGNÓSTICO SITUACIONAL E PROPOSITIVO DA CADEIA PRODUTIVAa) Identificação de 90 artesãos e suas condições de vida;b) Definição a Cadeia da Produção Artesanal de Objetos na região estudada;c) Mapeamento os processos produtivos e as tecnologias aplicadas
(descrição das etapas de produção e das tecnologias custos, margens de lucro, etc.);
d) Pesquisa de iconografias locais, que sejam significantes e representativos da região – arquivamento dos dados;
e) Obtenção informações sobre mercado consumidor;f) Identificação dos gargalos tecnológicos, logísticos e outros esta Cadeia
Produtiva;
METODOLOGIA:
g) Proposição de ações visando resolução dos gargalos apontados;h) Apontamento de potencial de mercado para a produção artesanal de
objetos dos municípios atendidos;i) Sistematização dos dados obtidos, produção e divulgação de relatórios
no Portal do Pólo de Inovação de Teófilo Otoni;
METODOLOGIA:
ETAPA 2:TERMOS DE COOPERAÇÃO E PARCERIASPara a viabilização deste projeto serão assinados termos de cooperação entre os parceiros – SECTES, INDI, UEMG, Prefeituras Municipais, Entidades de fomento a Cultura, SEC, entre outros.
METODOLOGIA:
ETAPA 3: SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO a) Produção de material (didático e de divulgação) gráfico e audiovisual
para auxiliar nesta etapa; b) Sensibilização por meio de visitas para apresentação da proposta da
equipe do projeto, informantes-chave, entidades e órgãos parceiros;c) Avaliação da proposta original por meio das demandas levantadas
durante a sensibilização do diagnóstico realizado pela equipe do projeto, informantes-chave, entidades e órgãos parceiros;
d) Mobilização por meio de encontros realizados pela equipe do projeto e parceiros;
METODOLOGIA:
ETAPA 4: INTERVENÇÃO TÉCNICAa) Definição dos cursos de capacitação a serem implantados, a partir do
conhecimento dos itens anteriores;b) Formação de Instrutores, incluindo os conhecimentos específicos sobre a
região e a cidade focada;c) Busca de novas tecnologias e sua difusão por meio de cursos de
capacitação;d) Análise dos resultados obtidos.
METODOLOGIA:
ETAPA 5: IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE INOVAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTESANAL DO VALE DO MUCURIa) Planejamento das ações para o funcionamento burocrático e logístico;b) Levantamento de documentação e guarda da memória já pesquisada.c) Pesquisa em bibliotecas, casas de cultura e memória oral nas cidades
escolhidas;d) Levantamento de um mailing de lojas de artesanato, no Brasil, museus
de arte popular, casas de cultura em Minas Gerais e Estados mais importantes da União, órgãos governamentais estaduais e federais ligados ao artesanato, colecionadores de arte popular;
e) Formação de estagiários locais para capacitação de uso de mídias como instrumento de comunicação e divulgação.
METODOLOGIA:
ETAPA 6: DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DO CENTRO DE INOVAÇÃOa) Criação e formatação do material de divulgação: folders, catálogos,
vídeos, cartões, etc;b) Realização de contatos com órgãos ligados ao turismo de Minas, para
parcerias e divulgação;c) Elaboração do portal do artesanato e associações locais, nele
disponibilizando lista de artesãos e associações, catálogos de produtos e integração com a rede Teia/MG;
d) Realização de levantamento e registro documental da iconografia encontrada nas localidades escolhidas;
METODOLOGIA:
e) Elaboração de cursos de formação continuada para os artesãos;f) Fomento à elaboração de produtos que possam ter novos modelos e
novas identidades visuais;g) Divulgação do trabalho realizado através das peças publicitárias e ações
na mídia.
RESULTADOS ESPERADOS:
O desenvolvimento da Cadeia da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri por meio da Pesquisa e Inovação, promovendo o fortalecimento do setor produtivo e a inserção do produto em novos segmentos de mercado (nacional e internacional) a partir de estudos de mercado e planejamento estratégico, eventos e ações de marketing, incentivando o empreendedorismo e o associativismo, visando maior formalização dos artesãos e, evidentemente a melhoria da qualidade e valorização destes produtos inerentes à Cultura Brasileira, gerando trabalho e renda para o artesão.
RESULTADOS ESPERADOS:
1. Identificação, caracterização, melhoria da qualidade da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri;
2. Disponibilização de banco de dados com todas as informações coletadas, relacionadas ao produtor e à sua produção;
3. Capacitação dos artesãos;4. Desenvolvimento de novas tecnologias e sua difusão;5. Estudos de mercado e elaboração de plano estratégico para viabilização e
ampliação do mercado consumidor do setor;6. Produção de material (didático e de divulgação) gráfico e audiovisual;7. Desenvolvimento de centro de inovação;8. Sistema de monitoramento dos Artesãos e da Produção baseado em
georeferenciamento;