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Projecto de tese | Doutoramento em Ciências da Comunicação (UBI 2011)

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o contributo das comunidades virtuais de desenvolvimento

de software livre na construção de ferramentas e tecnologias

web - estudo de caso da comunidade Drupal-pt.

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• introdução

• tema e problema

• revisão teórica

• hipóteses ou objectivos

• metodologia e desenho da investigação

• estrutura prevista

• cronograma

• referências.

estrutura desta apresentação

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O Software Livre (Open Source) conheceu recentemente um grande impulso a todos os níveis. Governos, tecido empresarial, instituições de ensino e mesmo o público em geral, começam a encarar o seu uso real como ferramentas de qualidade comparável ou muitas vezes superior, às aplicações proprietárias. E o caso do software de gestão de conteúdos web (CMS) não é excepção.

Facto é que a generalidade dos internautas desconhece que a página da teia, blog ou loja de comércio electrónico que visita pode ter na base milhares de linhas de código habilmente programadas por elementos de comunidades virtuais... Os seus membros contribuíram de forma organizada, voluntária, gratuita e empenhada para esse software, sem auferir qualquer vencimento pecuniário, e isto apesar de saberem que o seu produto será usado depois por empresas ou individuais em proveito próprio (por vezes chegando a ocultar os créditos), tirando daí dividendos. A motivação destes “artesãos digitais” estará pois na base desta investigação.

introdução | 1/5software livre e as comunidades virtuais...

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Em inglês - Content Management System - é um sistema de gestão de websites que permite “out of the box” e sem programação criar e gerir websites de forma eficaz, e mais rápida do que criando as ferramentas de raíz (backoffice de gestão de conteúdos, controlo de acessos, formulários, galerias, etc.).

Um CMS pode também ser visto como um esqueleto “lógico” pré-estruturado, com recursos básicos de usabilidade, visualização e administração prontos a utilizar. O sistema permite a criação, armazenamento e administração de conteúdos (de páginas) de forma dinâmica, através de uma interface de acesso via Internet, além da instalação de módulos extra e “temas” (layouts).

introdução | 2/5no mundo do desenvolvimento web, o que é um CMS?

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negócios empresariais e-commerce

introdução | 3/5“Drupal inside” or... behind! (http://drupal.org/cases)

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espectáculo/cultura intranet / corporate

introdução | 4/5“Drupal inside” or... behind! (http://drupal.org/cases)

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governos jornais

introdução | 5/5“Drupal inside” or... behind! (http://drupal.org/cases)

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as comunidades virtuais de desenvolvimento de software livre (o projecto do gestor de conteúdos web - Drupal)

tema e problema | 1/2a escolha do tema...

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alguns factos acerca do Drupal (podem ser vistos em tempo-real em drupal.org)

tema e problema | 2/2a escolha do tema...

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tema e problema | 1/4

Sem perder de vista o conceito de comunidade virtual, pretendemos recuperá-lo para debate na comunidade científica, aprofundá-lo e problematizá-lo recorrendo a um estudo de caso de uma comunidade nacional.

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SE anualmente são facturados avultados montantes de capital por empresas e/ou particulares da área do desenvolvimento web que utilizam este projecto como meio para tal, e se essa quantia não chega, pelo menos de forma directa, aos membros da comunidade...

este projecto de investigação pretende mergulhar no ecossistema de uma comunidade virtual nacional e deslindar:

• quais as reais motivações dos seus membros – porquê trabalhar num projecto de OSSD (Open Source Software Develop) e, em concreto, no projecto Drupal e não noutro;

• qual a contribuição dada por estes para o projecto global – papel activo em alguma área ou meros consumidores.

tema e problema | 2/4

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Paralelamente, outras questões serão levantadas e investigadas pois será também com a resposta a elas que se poderão tirar algumas conclusões importantes que podem ajudar a encontrar resposta para o problema.

Falamos de questões como o perfil dos envolvidos na comunidade, grau académico ou objectivos pessoais para abraçar um projecto OSSD, como se ligam e escolhem determinada comunidade e porque se tornam parte dela, entre outras.

tema e problema | 3/4

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Esta investigação será relevante na comunidade científica na medida em que, por um lado, não conseguimos encontrar estudos que se tenham debruçado sobre as reais motivações e contribuição de membros de uma comunidade virtual de desenvolvimento de software livre nacional para projectos “mundiais”, isto apesar de existirem diversas comunidades bastante activas no nosso país.

Por outro lado, e continuando a notar-se a vontade generalizada das pessoas se mobilizarem e constituírem comunidades virtuais, passados tantos anos do advento das principais teorizações acerca deste conceito e da sua maturação, importa perceber se a forma como o estão a fazer e, principalmente, com as motivações que têm, se estas ainda se poderão chamar assim ou se chegámos a um ponto em que, apenas por ausência de melhor definição, o conceito vem sendo apropriado por parte de grupos que, em boa verdade, já pouco têm a ver com este.

tema e problema | 4/4

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comunidades virtuais, cibercultura, software livre, produção|/trabalho colaborativo, motivação; inteligência colectiva.

tema e problemapalavras chave

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revisão teórica

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Antes de falarmos em “comunidades virtuais” como Rheingold lhes chamou, desse “Terceiro Lugar” a que Oldenburg faz alusão, ou mesmo “Não Lugar” (Lévy), é importante que consigamos uma definição do conceito de comunidade à luz da sociologia.

Pode parecer uma tarefa simples devido ao facto deste termo existir no nosso vocabulário há décadas e de ter sido estudado exaustivamente por diversos autores mas apesar dʼ“o conceito de comunidade ter sido um dos temas mais interessantes e atraentes da ciência social moderna ...”, o que é certo é que também é “... ao mesmo tempo, um dos mais ardilosos de definir”. (Cohen, 2001)

O conceito continua em mutação devido ao facto do lugar e da forma como as pessoas “vivem” a comunidade se ter começado a alterar, assim como o facto do próprio termo se ter expandido mais e mais a outras áreas e ter-se tornado algo permeável, gerando alguma confusão na hora da sua aplicação (Wood, Judikis, 2002).

revisão teórica | 1/4a comunidade...

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Em boa verdade, o termo "comunidade" tem dezenas se não centenas de definições distintas nas ciências sociais e, na hora de investigar o assunto, o mais certo é ficarmos ainda mais confusos e sem sabermos exactamente qual a mais acertada. (Robin Hamman, 2001)

Para Freilich (1963), “uma vez que um requisito da ciência é a sua especificidade da terminologia, devemos concluir ... no limite, "comunidade" é um termo não-científico, a menos que a definamos separadamente em cada documento que se crie”.

revisão teórica | 2/4a comunidade...

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Assim, e apesar de haver apenas consenso no facto de que para existir comunidade tem necessariamente de haver pessoas, houve durante anos uma certa tendência para o aproximar de um sentido de pertença e das experiências afectivas ligadas a alguma proximidade local (geográfica) e/ou pessoal. Por este motivo, vamos adoptar a definição sociológica do termo comunidade de Wood, Judikis (2002).

Para estes autores, e com as ideias anteriores sobre comunidade em mente, esta pode ser definida como “um grupo de pessoas que:

tem um sentido de propósito comum e/ou interesse pelo qual assumem a responsabilidade mútua; que reconhecem a sua interdependência; que respeitam as diferenças individuais dos seus pares; e que se comprometam com o bem-estar do outro e com a integridade e o bem-estar do grupo.”

revisão teórica | 3/4a comunidade...

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Numa primeira aproximação, para existir uma comunidade, pelo menos até meados do século passado, era necessário que existisse gente que partilhasse ou tivesse algo em comum (problemas, crenças religiosas, interesses, ou ideologias...) mas, também, um espaço físico. (Tönnies, Durkheim, Cohen)

Na década de 90, esta noção de "comunidade” foi contestada com mais intensidade pelo advento das comunicações mediadas por computadores - CMC - que posteriormente evoluiu e deu origem às “comunidades virtuais” (Rheingold 1993) onde a questão do espaço vê as suas fronteiras tornarem-se difusas. (Peck, Oldenburg, Lévy, Fernback ou Palácios)

revisão teórica | 4/4a comunidade...

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Mas é também vasta a configuração possível das comunidades virtuais à volta das quais se cimentam verdadeiras comunidades de pertença e partilha. Mais do que uma definição essencialista – que também tem o seu lugar - comunidade poderá ser entendida como processo “comunicativo de negociação e produção de uma comunalidade de sentido, estrutura e cultura”.

Surge assim a oportunidade de encarar o conceito de comunidade não já meramente como uma entidade física (embora também o seja), mas como realidade simbólica ou comunidade de sentido que adopta uma visão que privilegia a ʻsubstance over formʼ. (Fernback, 1999)

Para lá desses aspectos físicos, é real porque assim é entendida pelos seus membros, que lhe atribuem significado, e se envolvem emocionalmente com as actividades do grupo. É “um complexo de ideias e sentimentos que dão corpo a uma identidade apta a extravasar limites físicos.” É formada a partir do processo de comunicação entre os seus elementos, dão sentido a normas sociais, estabelecem regras, hierarquias, e criam património comum que constitui o legado dessa comunidade, em tudo semelhante às comunidades IRL. (Gradim, 2006)

revisão teórica | 1/4as comunidades virtuais

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“o Homem é, por natureza, um animal social. No entanto, falta-lhe ainda algo até que seja também encarado como um animal comunitário...” (Peck,1987). Ainda assim, “... qualquer grupo cooperativo de pessoas existe à face de um mundo competitivo, porque esse grupo de pessoas reconhece que há algo de valioso que podem alcançar apenas por se manterem unidas. Por isso ... sempre que a tecnologia se torna disponível para as pessoas em qualquer lugar, inevitavelmente, elas criam comunidades virtuais com ela, assim como os microorganismos inevitavelmente criam colónias.” (Rheingold, 1993)

revisão teórica | 2/4as comunidades virtuais

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e a questão não é nova... J.C.R. Licklider, em 1968, previa já: “formar-se-ão comunidades que partilharão não a sua localização, mas interesses.”

"... os primeiros hackers (referindo-se a Licklider, Robert Taylor e Ivan Sutherland) eram jovens programadores cuja missão e passatempo era mais criar ferramentas on-line, livres, disponíveis a toda a população, do que invadir sistemas alheios.” (retratado no livro Hackers, de Steven Levy's)

“O acto de colocar aquele software (XMODEM) em domínio público no início da era desta tecnologia teve um efeito profundo na cultura das BBS. O autor ofereceu uma ferramenta que as tornaria valiosas (actuando agora como distribuidoras de software) e impediu que qualquer um tentasse guardar a propriedade intelectual exclusiva sobre a ferramenta.” (Rheingold, 1993)

revisão teórica | 3/4as comunidades virtuais [desenvolvimento de sw livre]

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Para Oldenburg (1989), “... há três lugares essenciais na vida das pessoas: o lugar onde se vive, o lugar onde se trabalha, e o lugar onde se reúne para convívio". E para Rheingold, "... tais locais são onde as comunidades podem vir a ser criadas e continuarão a funcionar em conjunto.”

“a Internet abriga milhares de grupos de discussão, conectando pessoas através de seus interesses, variando de culinária até à física quântica.” (Palácios, 1995)

“As pessoas (nas comunidades virtuais) colocam no ecrã gentileza ou discussão, envolvem-se em discursos intelectuais, fazem negócios, trocam conhecimento, ... criam arte e têm até muita conversa sem assunto aparente.“ (Rheingold, 1993)

Mas vêem-nas também como “uma arena na qual paixões são inflamadas, problemas são resolvidos, laços sociais são formados, onde nascem legados, se dividem facções e alianças são dissolvidas.” (Fernback, 1999)

revisão teórica | 4/4as comunidades virtuais

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hipóteses ou objectivos

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hipóteses ou objectivos | 1/5algumas hipóteses a serem testadas...

O objectivo maior desta investigação prende-se com traçar o perfil e determinar as motivações dos membros da comunidade Drupal-pt. Assim, apresentamos as hipóteses que serão testadas de forma a comprovar a sua veracidade:

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hipóteses ou objectivos | 2/5algumas hipóteses a serem testadas... | hipótese 1

• hipótese 1) os membros das comunidades de software livre dedicam-se a estas actividades movidos por questões filosóficas e/ou sociais;

Esta hipótese vai buscar à história a sua razão de ser... um pouco à luz do espírito hacker original, bebendo um pouco do movimento GNU e misturado com a ideia de liberdade e rebeldia que marcam a juventude.

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hipóteses ou objectivos | 3/5algumas hipóteses a serem testadas... | hipótese 2

• hipótese 2) os membros das comunidades de software livre dedicam-se à causa de forma a obterem reconhecimento pessoal e profissional;

Esta hipótese assenta no pressuposto que actualmente o mercado de trabalho é cada vez mais exigente em termos de conhecimentos exigidos aos jovens e, em simultâneo, imensamente competitivo. Desta forma, na hora de apresentar provas junto de uma possível entidade empregadora, os membros desta comunidade, pelo facto de o serem, passam a ter como que um passaporte para o lugar ao sol neste segmento de mercado.

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hipóteses ou objectivos | 4/5algumas hipóteses a serem testadas... | hipótese 3

• hipótese 3) conquista de confiança. Os membros destas comunidades procuram de alguma forma estar por dentro de projectos com maior aceitação e demanda por parte dos mercados;

O software livre, embora cada vez mais de forma menos acentuada, padece ainda de duas enfermidades sociais: desconhecimento e desconfiança por parte das empresas, principalmente, em termos de suporte técnico. Fazer parte da comunidade será uma forma de conquistarem a confiança de futuros clientes e responderem de modo mais célere e eficiente às necessidades exigidas por estes.

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hipóteses ou objectivos | 5/5algumas hipóteses a serem testadas... | hipótese 4

• hipótese 4) orgulho.

O facto de grandes empresas nacionais e internacionais utilizarem o seu software, tem peso na hora da decisão de enveredar por pertencer e trabalhar nesta comunidade.

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purpose do projectoe no fim pretende-se que...

Ao fazer um estudo como o aqui apresentado, é nossa intenção “abrir" pela primeira vez a janela de uma comunidade virtual de desenvolvimento de software livre nacional à comunidade científica para que esta possa olhar para o seu interior e ficar também ela, “motivada” e inspirada para outros estudos futuros que possam ir além das questões da “motivação pessoal” ou do contributo de um país pequeno para um projecto de dimensões globais.

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metodologias e desenho da investigação | 1/4

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A metodologia escolhida para este trabalho de investigação é o “estudo de caso”, com “observação directa” (field observation) e participativa na vida desta comunidade virtual, seja ela na forma presencial e/ou on-line.

“Eu nunca teria a audácia de sugerir que todos os projectos de pesquisa em ciências sociais deveriam incluir a observação directa e participativa. Contudo, em relação à pesquisa em fóruns interactivos on-line, é isso mesmo que recomendo.” (Kendall, 1999)

Estando certos que este é um estudo não só pioneiro no nosso país mas de contornos complexos, para Stake (1998) restam poucas duvidas de que tal situação merece a adopção do “estudo de caso” como metodologia privilegiada:

“... estudamos um caso quando tem interesse especial em si próprio, porque ainda não existem estudos numa determinada área e se constitui como um estudo de relevância para a comunidade científica. Um caso é algo que é mensurável, concreto, que funciona e é passível de ser estudado.” (Stake, 1998)

No entanto, essa participação deverá ser, numa fase inicial, pouco perceptível na medida em que se pretende causar o mínimo de ondas possível no “ecossistema” dos membros da comunidade escolhida, mas que poderá crescer progressivamente ao longo do estudo.

metodologias e desenho da investigação | 2/4introdução

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metodologias e desenho da investigação | 3/4técnicas de recolha de dados...

Decorrente desta investigação assentar primordialmente num “estudo de caso” que tem por base as vivências de uma comunidade virtual e onde, por conseguinte, as comunicações são mediadas por computadores – CMCs – à luz do que nos sugere Sudweeks & Simoff (1999), a mesma enriquecer-se-á caso se apoie em métodos quer quantitativos, quer qualitativos. E que se justificam da seguinte forma:

“A razão é que as fraquezas de cada um dos métodos – quantitativo ou qualitativo – são contrabalançadas pelos pontos fortes do outro”. Não estão sozinhos. Além de uma boa dose da pesquisa sobre comunidades virtuais existente hoje se basear precisamente na observação directa, os trabalhos de epistemologia sobre investigação em CMC apontam no mesmo sentido.” (Sudweeks & Simoff, 1999).

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metodologias e desenho da investigação | 4/4técnicas de recolha de dados...

Por conseguinte, da nossa investigação farão parte as seguintes técnicas/instrumentos de recolha de dados:

1) Observação participante e integração do investigador na comunidade, com envolvimento nos encontros que se realizam no país;

2) Entrevistas individuais aos elementos da população alvo do estudo e realização de inquérito on-line com questões cujos resultados são quantificáveis;

3) Análise documental: inscrição e participação nas listas de correio electrónico/fóruns do projecto para perceber de que forma são moderadas e dinamizadas;

4) Constituição de focus groups.

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estrutura prevista | 1/5

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• Capítulo 0 – Introdução• Capítulo 1 – Estudo das comunidades (abordagem sociológica)• Capítulo 2 – Estudo das comunidades virtuais na história - cibercultura

• 2.1 – Primeiras comunidades virtuais (Usenet/newsgroups, BBS, MUDs, IRC)• 2.2 – Advento das comunidades hacker da década de 50/60 no MIT e na

década de 70, na Califórnia• 2.3 – Diferentes tipos de comunidades virtuais

• Capítulo 3 – Estudo das comunidades virtuais de desenvolvimento de software livre• 3.1 – Comunidade virtual de software livre

• 3.1.1 – Enquadramento histórico• 3.1.2 – Free Software Foundation e movimento GNU

• 3.2 – Formas de Licenciamento do software como protecção da propriedade intelectual

estrutura prevista | 2/5parte 1 - enquadramento teórico

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• Capítulo 4 – Ferramentas e tecnologias livres para a construção de páginas WEB desenvolvidas em comunidade • 4.1 – Drupal: CMS e Framework• 4.2 – CMSs com maior taxa de utilização: Drupal, Joomla e Wordpress• 4.3 – As tecnologias (livres) por detrás do produto• 4.4 – Anatomia de um CMS como o Drupal• 4.5 – Projectos de maior destaque em produção

• Capítulo 5 – Estudo das Teorias da motivação (Maslow, Herzberg, Lewin, Murray...)

estrutura prevista | 3/5parte 1 - enquadramento teórico

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• Capítulo 6 – Estrutura e fundamentação da metodologia de investigação

• Capítulo 7 – Comunidade virtual de software livre: um estudo de caso.

• 7.1 – A comunidade Drupal (global)- 7.1.1 - História- 7.1.2 - Organização / estrutura- 7.1.3 - Papéis/cargos disponíveis dentro da comunidade- 7.1.4 - Como é dinamizada a comunidade- 7.1.5 - Tecnologias de apoio ao trabalho em rede

• 7.2 – A comunidade Drupal (o caso da comunidade portuguesa) - 7.2.1 - Principais marcas/instituições a usar o produto- 7.2.2 - Contribuição da comunidade portuguesa para o projecto global- 7.2.3 - Interligação da comunidade com o mercado empresarial- 7.2.4 - Motivações e aspirações dos membros da comunidade

estrutura prevista | 4/5parte 2 - investigação empírica

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• Capítulo 8 – Tratamento, descrição e discussão dos resultados

• Capítulo 9 - Conclusões

• Capítulo 10 – Referências bibliográficas

• Anexos

estrutura prevista | 5/5parte 2 - investigação empírica

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cronogramaorganização das tarefas ao longo de 6 semestres

2010 2011 2011 2012 2012 2013

actividade 1º sem. 2º sem. 3º sem. 4º sem. 5º sem. 6º sem.

Elaboração do projecto

Revisão da Literatura

Recolha de Dados

Análise dos dados

Redacção final da tese

Defesa da tese

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referências | 1/4(resumo)

• Castells, M. (2001). La Galaxia Internet. Barcelona: Plazo & Janés Editores, S. A.

• Cohen, A. P. (2001). The symbolic construction of community. (P. Hamilton, Ed.). London: Routledge.

• Ducheneaut, N. (2005). Socialization in an Open Source Software Community: A Socio-Technical Analysis. Computer Supported Cooperative Work.

• Fernback, J. (1999). There is a There There: Notes Toward a Definition of Cybercommunity”, in Doing Internet Research – Critical Issues and Methods for Examining the Web. Em S. Jones (Ed.). London: Sage Publications.

• Gradim, A. (2006). Nós partilhamos um só corpo: identidade e role-playing numa comunidade virtual portuguesa. BOCC, consultado em http://www.bocc.ubi.pt/pag/gradim-anabela-comunidade-virtual.pdf.

• Lemos, A. (2004). Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea (2nd ed.). Porto Alegre: Sulina.

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referências | 2/4(resumo)

• Lessig, L. (2006). Code: Version 2.0 (second.). New York: Basic Books.

• Lévy, P. (1997). A inteligência colectiva: para uma antropologia do ciberespaço. Lisboa: Instituto Piaget.

• Levy, S. (2010). Hackers, Heroes of the Computer Revolution. (M. Hendrickson, Ed.). OʼReilly.

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• McLuhan, M. (1989). The global village: transformations in world life and media in the 21st century. New York: Oxford University Press.

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