Tecnologia de-aplicacao-de-herbicidas-

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Algumas considerações sobre a tecnologia de aplicação de herbicidas.

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  • 1. ISSN 1517-5111Dezembro, 2002Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa CerradosMinistrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoDocumentos 78Tecnologia de Aplicao deHerbicidasLuciano Shozo ShiratsuchiJos Roberto Antoniol FontesPlanaltina, DF2002

2. Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:Embrapa CerradosBR 020, Km 18, Rod. Braslia/FortalezaCaixa Postal 08223CEP 73310-970 Planaltina - DFFone: (61) 388-9898Fax: (61) [email protected] editorial: Jaime Arbus CarneiroReviso gramatical: Jaime Arbus CarneiroNormalizao bibliogrfica: Rosngela Lacerda de CastroCapa: Jussara Flores de OliveiraFoto da capa: Luciano Shozo ShiratsuchiEditorao eletrnica: Jussara Flores de OliveiraImpresso e acabamento: Divino Batista de Souza Jaime Arbus Carneiro1a edio1a impresso (2002): tiragem 100 exemplaresTodos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou emparte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610). CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao. Embrapa Cerrados.S558t Shiratsuchi, Luciano ShozoTecnologia de aplicao de herbicidas / Luciano ShozoShiratsuchi, Jos Roberto Antoniol Fontes. - Planaltina-DF :Embrapa Cerrados, 2002.30 p. (Documentos/Embrapa Cerrados, ISSN 1517-5111; 78).1. Controle qumico. 2. Planta daninha - controle. 3. Herbicida -aplicao. I. Fontes, Jos Roberto Antoniol. II. Ttulo. III. Srie.632.954 - CDD 21 Embrapa 2002 3. AutoresLuciano Shozo ShiratsuchiEng. Agrn., M.Sc., Embrapa [email protected] Roberto Antoniol FontesEng. Agrn., D.Sc., Embrapa [email protected] 4. ApresentaoUma das formas mais fceis e eficientes de controlar plantas daninhas nossistemas agrcolas o controle qumico, ou seja, a aplicao de herbicidas. Comisso, grandes quantidades de produtos herbicidas vm sendo utilizadas para quesistemas agrcolas tenham mais produtividade no mercado globalizado.Os herbicidas representam hoje cerca de 5% a 30% do custo total de produodas principais culturas. Existem casos de perdas de 80% a 100% deprodutividade, oriunda da influncia da competio entre plantas daninhas eculturas, quando no utilizada nenhuma forma de controle. Esse fato justificaa aplicao de herbicidas nas diferentes culturas.Porm, o que se tem observado que esses produtos no esto sendo aplicadoscorretamente. Conseqentemente, grande parte dos ingredientes ativa noatinge o alvo e, posteriormente, vo contaminar o ambiente, ocasionando perdasde lucratividade e eficincia.Inmeras informaes sobre biologia, manejo e controle de plantas daninhas jesto disponveis para a sociedade, porm, pouca ateno, tem sido dada nadivulgao da tecnologia de aplicao de herbicidas e no monitoramento da suaaplicao. Segundo alguns pesquisadores, o maior erro ao se tentar controlarplantas daninhas no est na escolha da dose ou do produto utilizado e sim nacondio de aplicao e no modo de aplicao adotado.Esta publicao visa apresentar mais informaes sobre a tecnologia de aplicaode herbicidas, buscando com isso difundir os conhecimentos entre os usurios.Carlos Magno Campos da RochaChefe-Geral da Embrapa Cerrados 5. SumrioIntroduo ................................................................................... 9Tecnologia de Aplicao .............................................................. 10Definio ............................................................................... 10Alvo ...................................................................................... 10Eficincia versus Eficcia ......................................................... 11Fatores que influenciam a tecnologia de aplicao de herbicidas ... 12 Herbicidas ......................................................................... 12 Caractersticas dos herbicidas .............................................. 12 Formulao ....................................................................... 13 Calda x veculo .............................................................. 13 Volume de aplicao ...................................................... 14 Cobertura .......................................................................... 15 Aditivos ............................................................................ 16 Condies edafoclimticas .................................................. 18 Clima ................................................................................ 18 Pluviosidade ...................................................................... 18 Vento ............................................................................... 19 Solo ................................................................................. 19 Planta daninha ................................................................... 20 Perdas .............................................................................. 21 6. Evaporao ....................................................................... 21Deriva ............................................................................... 21Uniformidade de pulverizao .............................................. 21Equipamentos de Aplicaes ........................................................ 21Pulverizadores ........................................................................ 21Bicos .................................................................................... 23Tipos de bicos ................................................................... 24Bicos cnicos .................................................................... 24Bicos Planos ...................................................................... 25Coeficiente de variao ........................................................... 27Consideraes Finais ................................................................... 28Referncias Bibliogrficas ............................................................ 28Abstract .................................................................................... 30 7. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas Luciano Shozo Shiratsuchi Jos Roberto Antoniol Fontes IntroduoAtualmente, com maior preocupao quanto contaminao do ambiente comherbicidas e outros defensivos, torna-se essencial a tomada de decisoembasada em recomendaes tcnicas seguidas do acompanhamento emonitoramento das operaes de pulverizao.Sabe-se que os herbicidas tm participao considervel no montante dosdefensivos agrcolas, cerca de 50,5% do valor das vendas totais e 49,6% daquantidade de produto comercial (Tsunechiro & Ferreira, 2000), representandocerca de 10% do custo total de produo do milho e 24,8% na soja comomostrado na Figura 1.Desta forma, torna-se essencial o conhecimento de como otimizar a aplicaoherbicida a fim de minimizar os prejuzos e problemas decorrentes das perdaspor deriva e evaporao, da velocidade de trabalho do pulverizador, do tamanhodas gotas e de outros fatores; conseqentemente, diminuindo os custos deproduo e a contaminao ambiental.Este documento tem como objetivo enfocar os principais tpicos relacionados tecnologia de aplicao de herbicidas, ressaltando os problemas e as tcnicasque possam minimizar os erros e as perdas aumentando a eficincia naaplicao de herbicidas. 8. 10Tecnologia de Aplicao de HerbicidasFigura 1. Proporo do custo de herbicidas em relao ao custo total de produodas culturas de milho e soja.Fonte: Adaptado do Agrianual (2000).Tecnologia de Aplicao Definio Tecnologia consiste na aplicao dos conhecimentos cientficos a um determinado processo produtivo. Portanto, entende-se por tecnologia de aplicao de defensivos agrcolas o emprego de todos os conhecimentos cientficos que proporcionem a correta colocao do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessria, de forma econmica, com o mnimo de contaminao de outras reas (Matuo, 1998). Segundo o manual da empresa Jacto sobre orientao de pulverizao (Jacto,1999), tecnologia de aplicao de defensivos agrcolas a colocao de um produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade adequada, de forma econmica e com riscos mnimos de contaminao ambiental. Alvo O alvo aquilo que foi escolhido para ser atingido pelo processo de aplicao (planta hospedeira ou suas partes, organismo vivo, planta daninha, solo etc.). Em funo do tipo de alvo (sua forma, tamanho, posio etc.), a pulverizao a 9. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas 11ser produzida dever ter caractersticas especficas para melhor atingi-lo (Jacto,1999).Segundo Matuo (1998), o alvo um determinado organismo biolgico que sedeseja controlar com um determinado produto fitossanitrio, seja ele uma plantadaninha, um inseto ou uma bactria. Qualquer quantidade de produto ou agentebiolgico que no atinja o alvo no ter qualquer eficcia e estar representadoem forma de perda.Eficincia versus EficciaEficincia de aplicao refere-se quantidade de material que foi retido pelo alvoem relao quela emitida pela mquina, normalmente expressa empercentagem (Christofoletti, 1997). Segundo Matuo (1998), a relao entre adose teoricamente requerida para o controle e a dose efetivamente empregada,geralmente expressa em porcentagem. A eficincia de um herbicida aplicado aoalvo depender estritamente da quantidade de produto ativo que atinge o alvo,seja ele o solo, as partes areas das plantas.Quando o alvo de tamanho grande e a coleta do produto qumico favorvel,esta eficincia pode ser relativamente alta. Por exemplo, Graham & Bryce(1977) citados por Matuo (1998) determinaram a eficincia de 30% no controlede gramneas com o herbicida Paraquat. Combellack (1979) citado por Matuo(1998) relata a eficincia de 30% no controle de plantas daninhas de folha largacom o herbicida 2,4 D, ao passo que com o mesmo herbicida a eficincia nocontrole de plntulas caiu para 0,5 a 2%, devido menor deposio no alvo.Porm, o autor no citou a eficincia do controle. Segundo Zindahl (1999) eRoss & Lembi (1985), plantas menores possuem a tendncia de serem maissuscetveis a aplicaes de herbicidas para o mesmo volume de calda, devido acaractersticas prprias, tais como: cutcula mais fina, epiderme menos espessaetc. Portanto, importante a poca de aplicao do herbicida tanto no espaoquanto no tempo, pois fases fenolgicas da planta influenciam na eficincia doherbicida.Muitas vezes, o local onde o herbicida depositado no onde o mesmo ir agire, aps a deposio do produto formulado no alvo, ele deve movimentar at olocal de absoro na planta por via direta (quando herbicidas de contato atingemdiretamente as folhas) ou via indireta (quando o banco de sementes atingido porherbicidas de solo carreados pela gua) causando o efeito biolgico sobre a 10. 12Tecnologia de Aplicao de Herbicidas planta daninha. A relao entre o efeito biolgico do produto e a quantidade do produto que atingiu o alvo definida como eficcia de aplicao (Christofoletti, 1997). Fatores que influenciam a tecnologia de aplicao de herbicidas Para que se tenha uma boa aplicao herbicida necessrio que se conhea os fatores que influenciam a pulverizao. Balastreire (1990) cita como sendo os principais fatores que influenciam a utilizao de defensivos: o clima, solo, o hospedeiro, o princpio ativo, o veculo, a mquina e o operador. Porm, uma nfase deve ser dada aos equipamentos de aplicao e como calibr-los. Zindahl (1999) menciona que a calibragem dos pulverizadores o fator mais importante e tambm o mais abandonado. Em pesquisa realizada nos Estados Unidos em 1980, documentada no artigo: Chemical Application The billion dollar blunder, Larry Reichenberger citado por Ross & Lembi (1985), relataram que os maiores erros de aplicao de defensivos eram atribudos erros na calibragem do equipamento, misturas incorretas, uso de EPIs (Equipamentos de proteo individuais), operao inadequada do equipamento e falta de leitura dos rtulos dos produtos. Foi constatada que 46% dos aplicadores cometeram erros na calibragem do equipamento, 5% em misturas de tanque e outros 12 % em ambas atividades. Ross & Lembi (1985) citam que os maiores problemas em relao aos defensivos no so as caractersticas inerentes aos mesmos e sim as pessoas que os utilizam. Herbicidas Caractersticas dos herbicidas A maior solubilidade em gua e a menor capacidade de adsoro por colides do solo, conferem aos herbicidas maior mobilidade A volatilidade de um herbicida e a fotodegradao tambm influenciam as perdas (Torres & Quintanilla, 1991). Foloni (2000) cita tambm a biodegradao e a estabilidade qumica como fatores relevantes. A formulao qumica do herbicida pode definir o mtodo de aplicao e at restringir o uso de determinado herbicida. Por exemplo: o 2,4 D em sua formulao ster possui alta volatilidade, enquanto na formulao amina j no 11. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas 13 to voltil, podendo ser empregado em situaes onde a cultura vizinha sejasensvel ao 2,4 D. comum a ocorrncia de disputas legais, devido a prejuzosocorridos por deriva de herbicidas, que iro atingir culturas sensveis muito longedo local de aplicao (Balastreire, 1990).O princpio ativo, definido como o produto que ir controlar a planta daninha,pode ser um dos responsveis tambm pela caracterstica fsica e qumica doherbicida e, portanto, essencial que se conheam as particularidades doherbicida para a tomada de deciso da aplicao e da escolha de qual tecnologiade aplicao adotar.FormulaoCalda x veculoO veculo o material inerte onde foi inserido ou formulado o princpio ativo doherbicida, j a calda consiste na mistura do herbicida (princpio ativo + veculo)com um diluente. Normalmente, os principais diluentes lquidos de herbicidasso a gua, os leos e alguns fertilizantes lquidos (Ross & Lembi, 1985).Por exemplo: em quase todas situaes, os herbicidas foliares usados sodissolvidos em gua para sua aplicao, devido ao baixo custo de aquisio dagua e facilidade de obteno na propriedade, bem como ampla opo deformulaes compatveis (Matuo, 1998). Porm, a gua apresenta dois problemassrios a tenso superficial que pode ser amenizada com o uso de aditivos(discutidos mais a frente) e a facilidade de evaporao (Figura 2). As folhas emgeral so hidrfobas (por possurem plos, cerosidade, cutculas espessas). Figura 2. Alta tenso superficial acima e baixa tenso abaixo. Fonte: Matthews (1992). 12. 14Tecnologia de Aplicao de Herbicidas Segundo Matthews (1992), os ngulos variam dependendo da espcie vegetal e da superfcie de contato (inferior ou superior) com a folha. Por exemplo: o ngulo de contato da espcie Plantago lanceolata de 74 23 na face superior e 3932 na inferior. Outro problema inerente gua a evaporao. A superfcie do lquido aumentada quando fragmentada em pequenas gotas, perdendo a poro voltil por essa superfcie durante a trajetria. Segundo Amsden (1964) citado por Matuo (1998), o tempo de vida da gota de gua pode ser calculado pela frmula:T= d2/80.T Onde: T = tempo de vida da gota (segundos)d= dimetro da gota (mm)T = diferena de temperatura (C) entre termmetros de bulbo seco ebulbo mido de psicrmetro. Este tempo de vida til da gota tambm depende da distncia de queda. Conforme a Tabela 1. Tabela 1. Tempo de vida til da gota em funo das variveis: temperatura, umidade relativa do ar, dimetro das gotas e distncia de queda.Vida til daCondio 01 Condio 02 gota T=20 C, UR%=80, T=2,2C T=30C, UR=50%,T=7,7CDimetro Tempo at Distncia de Tempo atDistncia deinicial (mm) extino (s) queda extino (s)queda50 14 12,7 cm 4 3,2 cm100576,7 m161,8 m20022781,7 m65 21 m Fonte: Adaptado de Matuo, 1998. Volume de aplicao Volume de aplicao consiste no volume de calda pulverizada (isto , que sai do equipamento de aplicao), por rea ou por planta, dependendo do tipo de trabalho executado. Este volume est relacionado com o uso adequado do equipamento para se conseguir a cobertura mnima no controle da planta (Christofoletti, 1997). 13. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas 15Na Tabela 2 esto representadas as classes de aplicao via lquida.Tabela 2. Classes de volume de aplicao via lquida.Designao Volume (L/ha)do volumeCulturas de campo Culturas arbreasAlto> 600 >1000Mdio200-600 500-1000Baixo 50-200 200-500Muito baixo5-50 50-200Ultrabaixo 50Como a eficincia de aplicao depende da quantidade de herbicida que atingeo alvo, quanto maior o volume de calda que tiver o herbicida, menor a chancedo princpio ativo de atingir o alvo e maior o custo de transporte do princpioativo. Portanto, deve-se racionalizar utilizando produtos de aplicao a baixovolume sempre que possvel. Por exemplo: herbicidas sistmicos nonecessitam de cobertura total das folhas, devido sua alta translocao,podendo ter gotas maiores que evitem a deriva e outras perdas.No se pode esquecer da poca de aplicao para se estimar o volume deaplicao, pois as fases fenolgicas diferentes da planta daninha e da cultura,exigiro diferentes volumes de aplicao e diferentes tipos de equipamentos emodo de aplicao.CoberturaSegundo Courshee (1967) citado por Matuo (1998) a cobertura dada pelafrmula: C= 15.V.R.K2/A.DOnde: C = Cobertura (%) da reaV= Volume de aplicao (L/ha)R= taxa de recuperao (Eficincia %)K= fator de espalhamento de gotasA= superfcie vegetal existente no hectareD= dimetro de gotas 14. 16Tecnologia de Aplicao de Herbicidas Para herbicidas de contato, a cobertura do alvo tem de ser maior, pois possveis reas no atingidas podem propiciar falhas no controle. J os herbicidas sistmicos podem ser aplicados com uma cobertura menor, porm o suficiente para propiciar a transferncia do ingrediente ativo para o alvo. Assim sendo os herbicidas de contato podem ser pulverizados com gotas mais finas, aumentando a cobertura do alvo e sistmicos podem ser pulverizados com gotas maiores, apresentando menor risco de deriva (Christofoletti, 1997). Outra forma de representar a cobertura do alvo em gotas por unidade de rea. Boa parte das recomendaes tcnicas de aplicao est baseada neste critrio, informando a faixa ou o nmero mnimo de gotas necessrias para o bom controle (Tabelas 3 e 4). Tabela 3. Densidade mnima de gotas de deposio recomendada no alvo para solues aquosas (Christofoletti, 1997). Tipo de herbicida Gotas / cm2 Herbicida de contato (POS) 30-40 Herbicida (PRE)20-30 PRE = pr-emergncia, POS = ps-emergncia. Tabela 4. Densidade de gotas tericas na aplicao de um litro por hectare (Matuo, 1998).Dimetro de gotas (m)Gotas/cm210 19.099202.38750153 100 19 2002,4 4000,31000 0,02 Aditivos No intuito de se minimizar as perdas ocasionadas por caractersticas intrnsecas dos herbicidas e suas respectivas caldas, tais como: tenso superficial, viscosidade e coeso, vrios aditivos podem ser utilizados: 15. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas 17 Adjuvantes: So produtos que adicionados a uma formulao de defensivoagrcola modificam as suas caractersticas fsicas facilitando a sua aplicao eintensificando a atividade do seu ingrediente ativo. Surfactantes: So adjuvantes ativadores de superfcie que por sua aointerfacial promovem o espalhamento da formulao pulverizada na superfciefoliar e o equilbrio estvel entre as fases fsicas dos sistemas de disperso. Espalhantes: So substncias que diminuem a tenso superficial dos lquidos,aumentando a rea que um dado volume de lquido cobre a superfcie de umslido ou outro lquido. Adesionantes: So substncias que aumentam a reteno dos lquidos ouslidos sobre as plantas Ex: leos vegetais e minerais, gis vegetais, polmerossintticos hidrossolveis. Umectantes: So substncias que diminuem a evaporao da gua em superf-cies foliares em condies de alta temperatura e baixa umidade relativa do ar.Emulsificantes: So substncias adicionadas formulao dos defensivospara permitir a estabilidade das emulses.Dispersantes ou suspensores: So substncias adicionadas s formulaesdos defensivos para permitir a estabilidade das suspenses.A ao dos aditivos se resume em proporcionar uma melhor atuao dosdiversos tipos de defensivos no alvo (Figura 3).Figura 3. Ao de aditivo em herbicidasfoliares. 16. 18Tecnologia de Aplicao de Herbicidas Condies edafoclimticas Clima O clima influencia e em condies especficas inviabiliza a realizao de qualquer aplicao de herbicida, tais como temperaturas maiores que 30 C, ventos superiores a 10 Km/h e umidade relativa do ar inferior a 50% (Jacto, 1999). Balastreire (1990) recomenda a aplicao de defensivos nas horas de maior calma ambiental, em que tenham temperaturas amenas e velocidades do vento inferiores a 3 Km/h. Porm, a interao dos fatores climticos mais importante do que cada fator isolado. Pluviosidade A pluviosidade tambm um fator importante na aplicao de herbicida, pois pode lixiviar o herbicida aplicado nas folhas ou no solo. Na Tabela 5 so citados alguns herbicidas e o tempo requerido sem chuvas aps a sua aplicao: Tabela 5. Tempo requerido sem chuvas depois da aplicao do herbicida.Tempo mnimo requeridoProduto Comercial15 minutosCarbyne 2 ECPoast1 horaPardnerTCABladex2 horas Fusilade2,4 D ster4 horas 2,4 D aminaRound up6 horas SencorTordon8 horas Garlon Fonte: Matthews & Hislop, 1993. Matthews (1992) tambm cita a importncia de se levar em considerao o estresse hdrico que tambm influencia o crescimento da planta, sendo a translocao favorecida quando as plantas esto em pleno desenvolvimento. 17. Tecnologia de Aplicao de Herbicidas19VentoPor muito tempo vem se recomendando a aplicao de produtos fitossanitriosna ausncia de vento. A ausncia de vento no recomendada parapulverizao porque as gotas pequenas no tm energia suficiente para provocaro impacto no alvo e ficam flutuantes e se movem muito lentamente,dispersando-se no ambiente ao redor. considerada ideal a presena de umabrisa leve que, alm de fornecer uma energia necessria para a coleta das gotaspelo alvo, varre as pequenas gotas, eventualmente no coletadas, para longe darea onde se processar a prxima passada adjacente da mquina aplicadora.Atualmente a recomendao de aplicao de acordo com as condies do ventoadotada pela FAO citada por Matuo (1998) na Tabela 6.Tabela 6. Condies de vento e recomendaes para pulverizao.Velocidade do Escala dear na alturaBeaufortDesignaoSinais visveisPulverizaoda barraa 10 m