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DIÁRIO DA NOSSA PAIXÃO Helena & Letícia 2009

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DIÁRIO DA NOSSA PAIXÃO

Helena & Letícia2009

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Helena Dias nº20062269Letícia Silva nº20061577

Disciplinas: Intervenção Psicopedagógica na População Idosa e Recursos Tecnológicos e FormaçãoDocente: Prof. Doutora Diana Vallescar

Trabalho realizado por:

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Índice Introdução Conceito de Orientação Conceito de Intervenção Diferença entre Orientação e Intervenção Cruzamento entre Orientação e Intervenção Agentes Modelos Áreas Contextos Onde Quando Para quem Porquê Conclusão

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Introdução A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.

A Psicopedagogia inserida no contexto do idoso visa promover neste actividades que permitam minimizar os seus problemas e maximizar as suas capacidades. É importante que o psicopedagogo desenvolva programas individuais, de grupo ou mesmo comunitário que reformulem os conceitos ligados ao envelhecimento, para que acabem os preconceitos relacionados com esta idade.

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Conceito de OrientaçãoA Orientação é um processo de ajuda contínuo, dirigido a todas as pessoas, em todos os seus aspectos, com o objectivo de potenciar o desenvolvimento Humano ao longo de toda a vida. (Bisquerra, 2006).

Segundo Martínez Clares (2002), a Orientação é um processo de acção contínuo, dinâmico, integral e integrador, dirigido a todas as pessoas, em todos os âmbitos, fases e contextos ao longo de todo o seu ciclo vital e com um carácter fundamentalmente social e educativo. Parte de uma postura holística, compreensiva, ecológica, crítica e reflexiva. Não só deve ajudar, mas também mediar, inter-relacionar e facilitar distintos processos de transformação e/ou mudança social.

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Conceito de IntervençãoPartindo da ideia de De Charms (1971), intervir é entrar dentro de um sistema de indivíduos em progresso e participar, de forma cooperativa, para os ajudar a planificar, conseguir e/ou mudar os seus objectivos – colaboração e transformação social.

Num sentido mais específico, fala-se de intervenção como uma interferência que um profissional (educador ou terapeuta) realiza sobre o processo de desenvolvimento e/ou aprendizagem do sujeito, o qual pode estar apresentado problemas. Na intervenção, o procedimento adoptado interfere no processo, com o objectivo de compreende-lo, explicita-lo ou corrigi-lo. Introduzir novos elementos para o sujeito pensar poderá levar à quebra de um padrão anterior de relacionamento com o mundo das pessoas e das ideias.

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Diferença entre Orientação e Intervenção

A Orientação vai mais além da Intervenção Psicopedagógica. Pode-se considerar que existem certos processos de ajuda, que se englobam dentro da Orientação e que não se consideram como Intervenção Psicopedagógica. Por exemplo, a função Orientadora dos Professores e a acção tutorial.

•A Orientação é entendida em sentido amplo, a qual inclui uma dimensão teórica e uma dimensão prática. A esta última, por vezes, denomina-se Intervenção. Por outro lado a Intervenção Psicopedagógica vai mais além da Orientação quando se ocupa do tratamento individualizado.

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Cruzamento entre Orientação e Intervenção

O termo Intervenção utiliza-se também no sentido que não o terapêutico mas sim preventivo, nesse sentido tende a coincidir com a prática da Orientação. A estes dois termos tem se dado, em muitas ocasiões, um significado similar, mas quando se tenta precisar cada um, existe ligeiras diferenças entre eles.

Orientação e Intervenção têm muitos elementos em comum, mas não coincidem totalmente. A Intervenção tem um desvio face à atenção às Necessidades Educativas Especiais, mas não se limita a elas; também há intervenções para a prevenção e desenvolvimento, sendo aqui que as duas dimensões se cruzam.

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Agentes Principais:

Allie Hamilton – Calhoun: jovem proveniente de uma família rica, com uma vida muito ocupada e com o dia todo programado ao pormenor, sendo os pais que faziam as escolhas importantes por ela (exemplo: escolha da faculdade). Nos tempos livres pintava e tocava piano.Encontrou o grande amor da sua vida aos dezassete anos, e apesar das adversidades e dos caminhos diferentes que percorreram, sete anos mais tarde casaram. Em idosa encontra-se num lar, pois possui doença de Alzheimer.

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Agentes

Principais:

Noah Calhoun: jovem proveniente de uma família monoparental patriarca pobre, trabalhava no depósito de madeira, mas ao contrário da Allie era livre e tinha a vida que queria. Apaixonou-se pela Allie à primeira vista e fez tudo para a conquistar.Em idoso vive no lar, para estar perto e cuidar da esposa, apesar dela não se lembrar dele, e por isso lia para ela, a sua história de amor, para tentar que ela se lembre do passado. Apresenta alguns problemas de saúde, consultando o médico, pois nos últimos 18 meses teve dois ataques cardíacos.

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Agentes Secundários:Anne Hamilton: mãe da Allie, preocupada com o futuro da filha e com aquele amor de verão e por isso proibi-a de namorar com o Noah, pois este era pobre e afasta-o dele. Contudo, sete anos mais tarde, encoraja-a a seguir o seu coração, entregando-lhe as 365 cartas do Noah que escondeu durante sete anos.

John Hamilton: pai da Allie, não tão autoritário como a mãe, mas influenciado por esta, deixando-a tomar as decisões importantes da vida da Allie.

Frank Calhoun: pai do Noah que encoraja o amor dos dois, estando sempre do lado do filho ajudando-o a concretizar os seus sonhos.

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Agentes

Secundários: •Enfermeira Esther: é cuidadora da Allie idosa, enquanto esta vive no lar, sempre preocupada em restringir ao máximo o sofrimento desta.

Fin: amigo do Noah que trabalhava com ele no deposito de madeira, que namorava com a amiga da Allie, e marca o primeiro encontro do Noah com a Allie, sem nenhum dos dois saber.

LonHammond Jr.: jovem rico, que se apaixona pela Allie e pede-lhe em casamento. No fim dá-lhe opção de escolher com quem ela quer passar o resto dos seus dias.

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Modelos

De acordo com Baric (1985), “um modelo delimita um enquadramento conceptual, identificando os métodos apropriados para atingir as metas definidas.” Tones (1990) sugere que a característica mais importante é a “posse de um corpo teórico sólido, juntamente com o código de conduta associado à autonomia dada às profissões” pois, de acordo com o autor, é a teoria e a consciência da contribuição num determinado campo que constituem a pratica eficiente.

Os dois idosos principais da história tem diferentes problemas, logo tem de se aplicar diferentes modelos.

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Modelos

No caso do Noah, que apresenta problemas cardíacos e consciência da sua doença, podemos aplicar os seguintes modelos:Abordagem educacional: Propõe-se a conceder à pessoa idosa informações, conhecimentos e compreensão sobre as questões de saúde, o que lhes possibilita a tomada de decisões conscientes. Os idosos é ajudado a explorar as suas atitudes, valores e crenças sobre a saúde e apoiado a fazer escolhas esclarecidas para assim poder fazer as suas escolhas de saúde baseando-se na informação que lhe é fornecida e desenvolver capacidades para explorar os seus valores e atitudes face à saúde.

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Modelos O modelo centrado no utente: Tem como objectivo ajudar o idoso a identificar as suas próprias preocupações e a potenciar o controlo sobre a sua saúde. É o próprio utente que identifica as questões e acções de saúde, e o trabalho é feito segundo a agenda deste.

Como o utente já faz a medicação recomendada, é apenas necessário assegurar que foi-lhe atribuída toda a informação para que este compreenda o porquê da medicação, e assim faça as acções conscientemente.

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modelos Já para a Allie, como tem Alzheimer, não é possível trabalhar segundo as suas crenças e valores. É sim necessário trabalhar com ela continuamente e diariamente, para que evolução da doença seja retardada. Podemos assim usar o seguinte modelo:

O modelo de empowerment: Este modelo baseia-se numa abordagem invertida que requer diferentes capacidades por parte do promotor de saúde. A formação por empowerment requer que trabalhemos com as pessoas idosas para desenvolver as nossas atitudes, permitindo-nos transferir o poder das mãos de profissionais como os promotores de saúde para as mãos das pessoas idosas.

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Áreas As áreas são um conjunto de temáticas de conhecimento de formação e de intervenção, entendida como aspectos essenciais a considerar na formação dos orientadores.

A partir dos anos 60 apareceu uma nova área de intervenção, não tão ligada aos processos educativos, a área de orientação para a prevenção e desenvolvimento humano, que apresenta características distintas das anteriores. Esta área dá mais enfoque ao desenvolvimento de habilidades de vida, de habilidades sociais, à educação para a saúde, à orientação para o desenvolvimento humano, etc. Estes são alguns dos aspectos em que podemos intervir com idosos, e a esta a área de referência.  

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Contextos Organizações: Enquanto idosos, Allie e Noah vivem num lar de idosos, devido à doença de Allie. As causas que levam ao internamento podem ser agrupadas em três categorias: médicas, sociais e económicas.

As médicas consistem basicamente na deterioração física ou cognitiva que aumentam o estado de  dependência dos idosos e dificultam a realização em forma autónoma das actividades da vida diária ou diminuem sua capacidade funcional.  

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Contextos As causas sociais provêm dos estados de solidão, carência de família ou redes sociais, desintegração da família e esgotamento familiar para fazer frente às necessidades de atenção para os idosos, especialmente quando as doenças destes passam a ser de longa duração.Dentre os problemas económicos, pode-se considerar a perda de seu poder aquisitivo, a impossibilidade de se alimentar adequadamente, de pagar serviços, de atender deterioração da moradia, etc.Como Allie tem Alzheimer, todas estas dimensões são afectadas. Porque Noah não quer estar longe da esposa, apesar de puder cuidar de si próprio, e apesar dos esforços dos filhos para que este vá viver com eles, vive no lar juntamente com Allie.

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Onde Este filme passa-se, em grande parte, em Seabrook, onde Noah vive, e Allie foi passar férias de verão, antes de entrar para a faculdade. É em Seabrook que se conhecem e que se desenrola o seu amor. E é aqui também que casam e vivem juntos, na casa que Noah reconstruiu, até irem para o lar de idosos, também este em Seabrook.

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Quando Noah e Allie conhecem-se a 6 de Junho de 1940, quando Allie tinha 17 anos. Vivem durante esse Verão o seu amor, até Allie voltar para a sua cidade e ir para a faculdade.

Em 1941 Noah vai para o exército, e em 1943, quando Allie está no seu 3º ano da faculdade, faz voluntariado como enfermeira na guerra e conhece Lon Hammond Jr., por quem mais tarde se apaixona e fica noiva.

Quatro anos mais, em 1947, Allie procura Noah, pois viu uma reportagem no jornal que dizia que Noah tinha reconstruído uma casa histórica em Seabrook, e que essa casa estava para venda. É aqui que se lembram do seu antigo amor, sendo incapazes de resistir a uma nova oportunidade. Em 2004 vivem os dois no lar de idosos.  

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Para Quem A orientação é para todas as pessoas ao longo da sua vida, não somente as que têm problemas.

Assim, a intervenção não é só direccionada aos idosos, como é necessária também uma intervenção para a família de Allie, não só para o marido, como também para os filhos e netos, para os ajudar a conviver com a doença de Alzheimer. É importante alertar a família para as consequências da doença, e ajuda-los a conviver com o facto de Allie não se lembrar deles nem do seu passado.

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Porquê Terapias:Terapia ocupacional: consiste na integração de modelos e práticas específicas com métodos e teorias de outras escolas psicoterapeutas, orientando para um tratamento muito focado na acção. O tratamento envolve a aprendizagem através da acção, de forma a desenvolver comportamentos mais eficazes e adequados.

Estas abordagens terapêuticas podem ser utilizadas tanto para a Allie, como para o Noah, pois ambos se encontram num lar de idosos. Assim o objectivo desta terapia é manter os idosos ocupados em actividades motivadoras, para que possam se abstrair dos seus problemas.

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PorquêTerapias individuais: baseiam-se nas actividades criativas e expressivas que permitem a cada indivíduo redescobrir-se e expressar-se a si próprio adicionando um novo sentido à vida criando uma sensação de bem-estar.

Trata-se de uma terapia fundamentalmente não verbal que envolve modalidades e actividades sensoriais (música e arte), em contraste com as formas de terapia mais tradicionais. Fundamenta-se numa intervenção holística, cujo tratamento envolve os idosos na sua dimensão física, psicológica, social, intelectual e espiritual em simultâneo.

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Porquê No que se refere à Musicoterapia, esta é usada de forma controlada no tratamento, reabilitação, educação e treino de adultos, que sofrem de perturbações físicas mentais e emocionais.

A Arteterapia é um processo artístico em si mesmo é terapêutico pelo autodomínio, responsabilidade, controlo, escolha e decisões que estão envolvidas em qualquer trabalho criativo.

Estas duas terapias foram escolhidas pelo facto de Allie, enquanto jovem, pintar nos seus tempos livres, e também tocar piano. Estas são actividades que, para além de serem indicadas para o tratamento de perturbações físicas, mentais e emocionais (musicoterapia) e permitirem a descoberta de aspectos do self que estão bloqueados (arteterapia), estão intimamente ligadas à vida passada da idosa.

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Porquê Tratamento psicológico: as abordagens psicológicas desenvolvem-se de acordo com as diferentes necessidades e características dos idosos. Neste caso importa destacar a orientação na realidade e a terapia de validação. No que se refere à orientação na realidade o alvo da intervenção será o idoso com défice cognitivo, com objectivo de orientação e independência. A terapia de validação tem como objectivo a partilha de sentimentos e destina-se a idosos com demência, neste caso a Allie que possui demência de Alzheimer.  

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Conclusão Á medida que a doença de Alzheimer progride os doentes acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. Tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza -se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc. É aqui que a Psicopedagogia Clínica tem um papel fundamental, aplicando exercícios de estimulação para tentar retardar a evolução da doença.

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Conclusão A Psicopedagogia clínica é uma área de orientação e intervenção, com carácter multidisciplinar, que possibilita o contacto com populações de diferentes faixas etárias em diferentes meios e instituições, onde actua directamente com o ser humano, tendo sempre em conta que a pessoa está em constante desenvolvimento e consequentemente em construção, biopsicossocial e noológica.

O psicopedagogo dá especial atenção ao cuidar do outro, e à relação de ajuda, numa perspectiva de manter ou aumentar a auto-estima e a autoconfiança, questionando-se no que pode ajudar e como o pode ajudar, assim como que outros profissionais poderão colaborar nessa relação de ajuda.

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1. QUAL O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO PERANTE UM PACIENTE COM ALZHEIMER, QUE TIPO DE INTERVENÇÃO DEVERÁ EFECTUAR?

2. COMO AJUDAR AS FAMÍLIAS DE DOENTES COM ALZHEIMER, A ULTRAPASSAR ESTE PROBLEMA?

DEBATE

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Bibliografia Baric, L. (1985). The meaning of words: health promotion. Journal or the Institute of Health Education. Berger, L.; Pourier, Mailloux, D., (1995). Pessoas idosas, uma abordagem. Lisboa, Lusadidacta Bisquerra, R, (2006). Modelos de Orientação e Intervenção Piscopedagógica. Bilbau , Walters Kluwer. Espanha, S.A.Costa, M. (1999). O idoso Problemas e Realidades. Coimbra: FormasauJacob, L., (2007). Animação de Idosos. Porto: Editora AmbarKielhofner, G. (1985). A model of human occopation theory and application. Williams and Wilkins, Baltimore. Lima, M., (2006). Posso Participar? Actividades de desenvolvimento pessoal para Idosos. Porto: Editora AmbarLopes, G. (2001). Revista da Universidade Moderna do Porto. Colecção de estudos PsicopedagógicosMaslow, A. (1968). Toward a Psychology of being. Princeton, Van Nostrad. Paul, M. C., (1997). Lá para o fim da vida – Idosos, Família e Meio ambiente. Coimbra: livraria Almedina.Rogers, C. (1961). Becoming a person: a therapist’s view of psychotherapy. Boston: Houghton Mifflin.Tones, K. (1990). The theory of health promotion: implications for nursing. Macmillan, Basingstoke.