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LUCIANO ROSSATO
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PROBLEMA NMERO 02:
Enunciado: a pessoa jurdica XX
ajuizou ao de desapropriao
indireta em face do Estado de YY,
alegando, em sntese, que por ato da
Administrao Pblica Ambiental, foi
proibida a utilizao de uma rea de
416,72ha do Parque Estadual de XX.
Ao final, o requerido foi condenado ao
pagamento de US$ 13.110.832,23,
valor esse que foi apurado mediante
fraude e equvoco da percia,
conforme apurado trs anos depois
pelo Estado. Houve trnsito em
julgado. Como Procurador da Fazenda
do Estado YY, elabore a pea
processual adequada.
EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR
JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA
FAZENDA PBLICA DA COMARCA DE
__________.
(Sobre a Competncia do Juzo de Primeiro
Grau, veja o seguinte julgado):
(...)
8. No resta dvida, portanto, que o
ajuizamento da presente ao declaratria de
nulidade de ato jurdico um dos meios
adequados eventual desconstituio da coisa
julgada.
9. No que diz respeito eventual procedncia
da ao, sua apreciao caber ao juiz de
primeiro grau de jurisdio. A manuteno do
acrdo recorrido tem o efeito, to-somente,
de afastar a carncia da ao, dentro dos
limites da questo submetida a julgamento
nesta Superior Corte de Justia.
10. Recurso especial parcialmente conhecido e,
nessa parte, desprovido.
(REsp 710.599/SP, Rel. Ministra DENISE
ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
21/06/2007, DJ 14/02/2008, p. 144).
Observaes pertinentes sobre a competncia:
-
Tomar bastante cuidado no incio da
pea. Pode ser autarquia!
A FAZENDA PBLICA DO ESTADO DE
YY , pessoa jurdica de direito pblico, neste
ato representada pelo Procurador do Estado
que esta subscreve, vem propor a presente
ao declaratria de nulidade de ato
jurdico cumulada com repetio de
Vara da Fazenda Pblica como
regra, salvo se tratar de Justia
Federal, Justia do Trabalho,
Vara da Infncia ou da
Juventude ou se no houver
Vara Privativa.
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indbito em face de XX (qualificao), pelos
motivos de fato e de direito que passa a expor.
1 Dos Fatos cuidado para no
expressar elementos que no constam do
enunciado!
A pessoa jurdica XX ajuizou ao de
desapropriao indireta em face do Estado de
YY, alegando, em sntese, que por ato da
Administrao Pblica Ambiental, foi proibida a
utilizao de uma rea de 416,72ha do Parque
Estadual de XX. Ao final, o requerido foi
condenado ao pagamento de US$
13.110.832,23.
Ocorre que, conforme se verifica de
laudo juntado inicial, o valor foi apurado
mediante fraude e equvoco da percia, na
medida em que fixado muito alm do valor
efetivamente devido, em flagrante prejuzo ao
Errio Pblico.
Por esse motivo, atento aos Princpios
da Moralidade, Legalidade, Proporcionalidade e
da Justia das Indenizaes em
Desapropriao, tem-se como cabvel a
presente ao, com a finalidade de ver
declarada a nulidade da sentena proferida,
dando-se como cumprida a obrigao e
condenando-se a parte contrria devoluo
da quantia j paga e superior ao devido.
2 Da Inconstitucionalidade da Deciso de
Mrito e da Relativizao da Coisa
Julgada
A deciso judicial condenou a Fazenda
Pblica do Estado YY a pagar indenizao
exorbitante, de modo que o ato jurdico foi
proferido em contradio aos Princpios da
Justa Indenizao das Desapropriaes (art.
5, XXIV), da Moralidade Administrativa, da
Razoabilidade e da Proporcionalidade e do
Devido Processo Legal Material.
E, havendo violao a tais princpios
constitucionais, tem-se que a sentena
proferida pelo MM. Juzo invlida, no
gerando efeitos de ordem material, no
obstante o trnsito em julgado e o decurso do
prazo para o ajuizamento de eventual ao
rescisria.
A coisa julgada no tem o condo de
impossibilitar a alterao do quadro que se
instalou, pois tal ato deve guardar absoluta
conformidade com a Constituio Federal, quer
seja em seu sentido material, quer seja em seu
sentido formal.
Dessa maneira, a coisa julgada no
pode ser bice invalidade de uma deciso
judicial desproporcional, irrazovel, imoral e
atentatria ao princpio da Justia da
Indenizao em Desapropriao.
verdade que o trnsito em julgado
impede a rediscusso da sentena, porm, seu
alcance no chega ao ponto de impedir a
anlise de sua inconstitucionalidade, que
poder ser invocada a qualquer tempo e grau
de jurisdio.
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A propsito, conforme j destacou
Cndido Rangel Dinamarco, a sentena
transitada em julgado eivada de
inconstitucionalidade no hbil gerao de
efeitos substanciais. Sob essa tica, a coisa
julgada inconstitucional apenas formal.
Tambm nessa linha, o Ministro Jos
Delgado, nos autos do Recurso Especial n
240.712/SP, reconheceu o cabimento de Ao
Declaratria de Nulidade, com a finalidade de
ajustar o comando judicial em desacordo com
os princpios constitucionais, notadamente da
moralidade e da justia das indenizaes.
No caso em tela, houve equvoco (para
no se dizer m-f) na apurao do valor da
indenizao paga parte adversa, o que gerou
prejuzo flagrante ao Errio Pblico e choque
aos princpios constitucionais j indicados.
3 Da Inexistncia Jurdica da Deciso
De acordo entendimento doutrinrio,
tem-se que a sentena, em determinadas
condies, ato inexistente.
Nesse sentido, a deciso de mrito
inconstitucional juridicamente impossvel e,
logo, inexistente juridicamente. Nesse passo,
tais decises no tm o condo de transitar em
julgado, porque proferidas em processos
instaurados por mero exerccio do direito de
petio e no de direito de ao j que no
havia possibilidade jurdica do pedido.
Por esse motivo, admissvel a ao de
querela nulitatis insanabilis , buscando-se
corrigir a teratologia formada e fazer cessar
seus injustos efeitos materiais.
( JULGADO APENAS PARA ILUSTRAR)
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
DVIDAS SOBRE A TITULARIDADE DE BEM
IMVEL INDENIZADO EM AO DE
DESAPROPRIAO INDIRETA COM SENTENA
TRANSITADA EM JULGADO. PRINCPIO DA
JUSTA INDENIZAO.
RELATIVIZAO DA COISA JULGADA.
1. Hiptese em que foi determinada a
suspenso do levantamento da ltima parcela
do precatrio (art. 33 do ADCT), para a
realizao de uma nova percia na execuo de
sentena proferida em ao de desapropriao
indireta j transitada em julgado, com vistas
apurao de divergncias quanto localizao
da rea indiretamente expropriada, possvel
existncia de nove superposies de reas de
terceiros naquela, algumas delas objeto de
outras aes de desapropriao, e existncia
de terras devolutas dentro da rea em questo.
2. Segundo a teoria da relativizao da coisa
julgada, haver situaes em que a prpria
sentena, por conter vcios insanveis, ser
considerada inexistente juridicamente. Se a
sentena sequer existe no mundo jurdico, no
poder ser reconhecida como tal, e, por esse
motivo, nunca transitar em julgado.
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3. "A coisa julgada, enquanto fenmeno
decorrente de princpio ligado ao Estado
Democrtico de Direito, convive com outros
princpios fundamentais igualmente
pertinentes. Ademais, como todos os atos
oriundos do Estado, tambm a coisa julgada se
formar se presentes pressupostos legalmente
estabelecidos. Ausentes estes, de duas, uma:
(a) ou a deciso no ficar acobertada pela
coisa julgada, ou (b) embora suscetvel de ser
atingida pela coisa julgada, a deciso poder,
ainda assim, ser revista pelo prprio Estado,
desde que presentes motivos preestabelecidos
na norma jurdica, adequadamente
interpretada." (WAMBIER, Tereza Arruda Alvim
e MEDINA, Jos Miguel Garcia. 'O Dogma da
Coisa Julgada: Hipteses de Relativizao', So
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003,
pg. 25) 4. "A escolha dos caminhos
adequados infringncia da coisa julgada em
cada caso concreto um problema bem menor
e de soluo no muito difcil, a partir de
quando se aceite a tese da relativizao dessa
autoridade - esse, sim, o problema central,
polmico e de extraordinria magnitude
sistemtica, como procurei demonstrar. Tomo
a liberdade de tomar lio de Pontes de
Miranda e do leque de possibilidades que
sugere, como: a) a propositura de nova
demanda igual primeira, desconsiderada a
coisa julgada; b) a resistncia execuo, por
meio de embargos a ela ou mediante alegaes
incidentes ao prprio processo executivo; e c)
a alegao incidenter tantum em algum outro
processo, inclusive em peas defensivas."
(DINAMARCO, Cndido Rangel. 'Coisa Julgada
Inconstitucional' ? Coordenador Carlos Valder
do Nascimento - 2 edio, Rio de Janeiro:
Amrica Jurdica, 2002, pgs. 63-65) 5.
Verifica-se, portanto, que a desconstituio da
coisa julgada pode ser perseguida at mesmo
por intermdio de alegaes incidentes ao
prprio processo executivo, tal como ocorreu
na hiptese dos autos.
6. No se est afirmando aqui que no tenha
havido coisa julgada em relao titularidade
do imvel e ao valor da indenizao fixada no
processo de conhecimento, mas que
determinadas decises judiciais, por conter
vcios insanveis, nunca transitam em julgado.
Caber percia tcnica, cuja realizao foi
determinada pelas instncias ordinrias,
demonstrar se tais vcios esto ou no
presentes no caso dos autos.
7. Recurso especial desprovido.
(REsp 622.405/SP, Rel. Ministra DENISE
ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
14/08/2007, DJ 20/09/2007, p. 221).
Em outras palavras, certas decises,
por conter vcios insanveis, nunca transitam
em julgado.
No presente caso, o bem imvel nunca
teve como valor de mercado as cifras atribudas
pelas percias e pela deciso judicial atacada,
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de modo que no pode o Estado pagar por ele,
o que acarretaria clara violao aos Princpios
Constitucionais j aludidos, devendo ainda, por
fora da Indisponibilidade do Patrimnio
Pblico, serem os cofres pblicos ressarcidos
em relao aos valores incorretos j pagos.
De se levar em conta, ainda, que os
Princpios no so absolutos, devendo ser
harmonizados nas hipteses em que
aparentemente se chocam. Assim, a Segurana
Jurdica (decorrente da Coisa Julgada) deve
estar em harmonia com outros Princpios, como
o da Justia das Indenizaes.
4 Da Tutela Antecipada (Indicar sempre
os requisitos).
Requer, a ttulo de tutela de urgncia,
que sejam cessados os pagamentos do
respectivo precatrio, at a final soluo deste
feito.
Com feito, esto presentes os requisitos
necessrios para a concesso da tutela
antecipada. H verossimilhana na alegao e
alta probabilidade de que o pedido seja
acolhido, sem falar no prejuzo aos cofres
pblicos decorrente da inobservncia de
Princpios Constitucionais, como o da Justia da
Indenizao.
Sendo assim, pugna pela cessao do
pagamento do respectivo precatrio.
5 Do Pedido
Por todo o exposto, requer a Vossa
Excelncia:
a) A concesso da tutela antecipada
pretendida;
b) A citao da parte contrria para defender-
se;
c) A intimao do Ministrio Pblico, ante o
atentado Moralidade Administrativa;
d) A produo dos meios de prova admitidos
em direito;
e) A procedncia da ao, a fim de que seja
declarada a inexistncia ou a nulidade da
deciso de mrito final proferida no processo
n (....), bem como proferido novo julgamento,
determinando-se o real valor a ser indenizado,
bem como a devoluo das quantias pagas
indevidamente;
f) A intimao pessoal da Procuradoria
subscritor, para todos os termos do processo.
VIDE SE O CASO!
D-se causa o valor de R$ _____.
N. termos p. deferimento.
Local e data. (a) Procurador do Estado
PROBLEMA NMERO 03
Enunciado:
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A empresa "XYZ" dedica-se prestao de
servios de manuteno e conserto de
mquinas e equipamentos industriais. Est
estabelecida no municpio "A" e
frequentemente presta seus servios para a
empresas estabelecidas em diversos Municpios
da regio. A execuo dos servios prestados
sempre ocorre nas dependncias dos
tomadores, pois se trata de manuteno e
conserto de mquinas e equipamentos
industriais de grande porte, no suscetveis de
retirada e transporte at o estabelecimento da
empresa prestadora. Ocorre que nos 2 (dois)
ltimos anos a empresa "XYZ" prestou tais
servios a empresa "PCX", que estabelecida
no municpio "B" e que, ao efetuar o
pagamento pelos servios prestados,
promoveu a reteno do ISS devido pela
prestao nos exatos termos da legislao
tributria do seu municpio, isto do municpio
"B". Entretanto a legislao tributria do
municpio "A" determina o recolhimento do ISS
incidente sobre essa mesma prestao de
servio para sua Fazenda Pblica, isto , para
o municpio "A". Com base em tais exigncias
a contribuinte "XYZ" sujeitou-se, aos dois
recolhimentos que foram realizados.
Recentemente a empresa "XYZ" ingressou com
uma ao judicial em face do municpio "A" ,
objetivando a devoluo dos valores que
entende terem sido indevidamente recolhidos
a ttulo de ISS durante aqueles 2 anos de
prestao de servio a empresa "PCX", objeto
da reteno, com base no argumento -em
apertada sntese- de que o imposto foi
legitimamente recolhido ao municpio "B", que
seria competente a cobrana do ISS sobre os
servios prestados no mbito de seu territrio,
concluindo assim que o recolhimento prestado
ao municpio "A" foi indevido. Nessa mesma
Ao formulou pedido de antecipao de
Tutela a fim de obter deciso judicial lhe
autorizando proceder a imediata compensao
dos crditos postulados com outros dbitos do
imposto, que possui, j vencidos, pedido esse
que ser analisado pelo senhor juiz somente
aps a manifestao da Fazenda Pblica,
conforme determinado em despacho.
Questo : como Procurador do Municpio "A",
elabore a pea processual para a defesa de
seus interesses, contemplando todos os
aspectos materiais e processuais cabveis.
Considere que h vara especializada na
comarca.
Pea processual: Contestao . Cuidado.
Alguns alunos sugeriram manifestao
sobre o pedido liminar, mas no o
correto.
Endereamento: Excelentssimo Senhor
Doutor Juiz de Direito da ____ Vara da
Fazenda Pblica da Comarca de A (local
do estabelecimento empresa).
Polo Ativo: XYZ
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Polo Passivo: Municpio A.
Tese Jurdica: Muito embora os Municpios
tenham competncia para legislar sobre o ISS,
devem faz-los nos limites estabelecidos pela
Constituio Federal e pela Lei Complementar
n 116/2003, que prescreve, em regra, no seu
artigo 3, que o servio considera-se prestado
e o imposto devido no local do estabelecimento
prestador (...). Aplica-se, in casu, essa regra,
e no as excees previstas no mesmo
dispositivo. Durante algum tempo o Superior
Tribunal de Justia entendeu que o imposto era
devido no local da execuo do servio, e no
ao Municpio onde situado o estabelecimento
prestador, acaso fossem diversos. Nesse
sentido, confira-se o EREsp n 130.172.
Contudo, tal posicionamento mudou
radicalmente em 2008 no julgamento do AgRg
no AI n 903.224, quando a referida corte,
contemplando as disposies da Lei
Complementar n 116/2003, firmou o
entendimento de que o imposto devido para
a Fazenda Pblica do Municpio onde estiver
estabelecido o prestador, entendimento esse
que foi posteriormente reproduzido em vrios
julgados. Esperase, assim, que o candidato
defenda a legitimidade do Municpio A quanto
ao recolhimento do ISS efetuado, no
havendo, assim, fundamento jurdico
devoluo.
Quanto ao pedido de Tutela Antecipada, o
artigo 170-A do Cdigo Tributrio Nacional
prescreve que vedada a compensao
mediante o aproveitamento de tributo, objeto
de contestao judicial pelo sujeito passivo,
antes do trnsito em julgado da respectiva
deciso judicial. Assim, com base em tal
dispositivo, espera-se que o candidato defenda
a impossibilidade jurdica de se autorizar a
compensao antes do trnsito em julgado
eventualmente positivo.
Questo nmero 04:
Enunciado:
Na qualidade de Procurador, formule a pea
processual cabvel defesa dos interesses do
Municpio de Curitiba, tomando por base o
fato a seguir descrito:
O Municpio de Curitiba, citado para
responder ao indenizatria movida por
Adelaide Maria das Dores. Da petio inicial
consta que:
1) Em data de 20 de maro de 2007 a
autora estava no Posto de Sade Municipal,
sito no bairro Boa Vista, em Curitiba,
aguardando atendimento mdico, quando, por
volta das 16:00 horas, estando o posto de
sade lotado, dois homens armados
adentraram o local subtraindo medicamentos
controlados pela sade pblica, seringas,
bisturis, aparelhos de presso, celulares,
relgios, talonrios de cheque e dinheiro dos
pacientes que aguardavam atendimento,
sendo que, para facilitar a ao dos bandidos,
uma enfermeira foi tomada como refm
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(conforme noticiado pelos jornais doc. no 04);
2) Concludo o assalto, os bandidos
evadiram-se do local, de motocicleta, trocando
tiros na via pblica com o guarda municipal que
prestava servios no posto de sade naquela
data e horrio. A autora, que a esta altura
estava saindo do referido posto de sade, foi
atingida por uma bala perdida, tendo sido
atendida pelo SIATE e removida
posteriormente ao hospital pblico, onde foi
submetida interveno cirrgica. (laudo de
mdico doc no 05);
3) A autora deixa de anexar o laudo de
balstica, por no ter sido localizado, pela
polcia, o projtil que atravessou o seu brao
direito (laudo mdico doc. no 06);
4) Aduz ainda, a autora, que em razo do
fato danoso, permaneceu 64 dias incapacitada
para o exerccio de atividade laborativa (junta
atestados mdicos e declaraes particulares
de que trabalha como diarista em trs
residncias) e pleitea lucros cessantes no valor
de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais);
5) Declara que no contribui com a
previdncia social e que por este motivo
efetuou despesas com servios particulares de
mdico, fisioterapeuta, psiclogo, alm dos
remdios, perfazendo um total de gastos de R$
3.526.00 (trs mil, quinhentos e vinte seis
reais). Alega, tambm, que devido ao acidente,
ficou totalmente incapacitada para o trabalho,
uma vez que no pode mais exercer a profisso
de diarista (laudo mdico particular doc. no
07);
6) Que, em razo do fato, alm dos danos
materiais mencionados, foi vtima de dano
moral, pelo que requer, a ttulo de reparao,
o pagamento pelo Municpio, da importncia de
R$ 100.000,00 (cem mil reais);
7) Como fundamento jurdico ao pedido
indenizatrio, alega a autora, a
responsabilidade objetiva do Municpio de
Curitiba pela segurana e integridade fsica
das pessoas que buscam atendimento nos
postos de sade, bem como pela segurana
pblica dos cidados de um modo geral;
8) Insurge-se contra a conduta do Guarda
Municipal que, na condio de servidor pblico
municipal, no poderia portar arma de fogo,
muito menos trocar tiros com os assaltantes.
Aduz ainda, que da conduta imprudente do
servidor (guarda municipal), que colocou em
risco no apenas a sua vida como a dos demais
transeuntes, advieram-lhe os danos
patrimoniais e moral antes referidos;
9) Requer a autora: citao do Municpio de
Curitiba na pessoa do Prefeito Municipal; a
condenao do Municpio de Curitiba ao
pagamento do valor de R$ 104.926,00 (cento
e quatro mil, novecentos e vinte e seis reais) a
ttulo de indenizao pelos danos materiais e
moral, corrigidos monetariamente e acrescidos
de juros de mora desde a data do evento
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danoso, alm de penso de R$ 700,00
(setecentos reais) por ms, corrigida pelo
salrio mnimo, devida da data do evento
danoso at a data em que completar 80 anos
de idade, devido a sua total incapacidade
laborativa, tudo acrescido de custas
processuais e honorrios de advogado de 20%,
sobre o valor da causa. Requer, ao final, a
inverso do nus da prova.
Observao importante: Ao formular a pea
processual, considere exclusivamente os fatos
narrados no enunciado e no se utilize de
nenhum recurso que possa vir a ser
considerado como forma de identific-lo (a),
tais como: seu nome, assinatura, dados
pessoais e outros. Promova a indicao de
data na pea, consoante o calendrio que
consta abaixo, considerando-se que a ao
foi ajuizada em 17.12.2014 e que o mandado
de citao da Fazenda Pblica foi juntado em
03.03.2015.
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