2012.1 semana 2 a pessoa natural -capacidade civil

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DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL

SÃO JOÃO DE MERITI– PROF. LUCY FIGUEIREDO2011.2

1

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DIREITO CIVIL I – Semana 3

2

2. CAPACIDADE CIVIL2.1 Conceito  e distinções.2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física.2.3 A incapacidade e o impedimento. 2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa.2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil.2.5.1 Tutela e curatela2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial2.7 Assistencia e representação2.8 Estado civil

2. CAPACIDADE CIVIL2.1 Conceito  e distinções.2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física.2.3 A incapacidade e o impedimento. 2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa.2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil.2.5.1 Tutela e curatela2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial2.7 Assistencia e representação2.8 Estado civil

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A capacidade jurídica,  é uma medida limitadora ou

delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de

contrair obrigações.

Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de

adquirir e exercer direitos.

CAPACIDADE CIVIL

Art. 1º -Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

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CAPACIDADE CIVIL

TIPOS DE CAPACIDADE CIVILTIPOS DE CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE CIVIL

CAPACIDADE DE DIREITOou de gozo ou capacidade

de aquisição

CAPACIDADE DE FATOou de exercício ou

capacidade de ação.

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CAPACIDADE DE DIREITO OU GOZO

CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO

É a própria aptidão genérica reconhecida universalmente, para alguém ser titular de direitos e obrigações. Confunde-se com a personalidade. Toda pessoa natural a tem, pela simples condição de pessoa. Deflui do próprio nascimento com vida. É aptidão para aquisição de direitos e deveres.

É a aptidão para praticar pessoalmente os atos da vida civil, ou seja, é a possibilidade de praticar atos com efeito jurídico, adquirindo, modificando ou extinguindo relações jurídicas. A capacidade de fato ou de exercício admite gradações: plenamente capaz, relativamente capaz e absolutamente incapaz.

TIPOS DE CAPACIDADE CIVIL

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Consiste na capacidade de contrair direitos; todos os

indivíduos possuem tal capacidade visto que de

acordo com o. Art. 1º C.C. “ Toda pessoa é capaz de

direitos e deveres na ordem civil.” Esta, também pode

ser chamada de capacidade de gozo ou de aquisição.

A capacidade de direito surge com o nascimento e

termina com a morte.

CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO

A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma capacidade de direito.

A personalidade jurídica ou civil confere a pessoa uma capacidade de direito.

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CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO

A capacidade de exercício é a tão

conhecida capacidade civil

plena, qualidade que confere às

pessoas naturais que a possuem

a plena condição de exercício

livre, pleno e pessoal de seus

direitos, bem como do

cumprimento de seus deveres.

8

Possui a capacidade de fato aqueles que se dirigem

com autonomia no mundo civil, agindo pessoal e

diretamente, sem intervenção de uma outra pessoa que

os represente ou os assiste. Diz-se que essa pessoa se

acha em pleno exercício de seus direitos.

A capacidade de fato ou de exercício admite gradações:

• plenamente capaz,

• relativamente incapaz

• absolutamente incapaz.

CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO

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Toda pessoa tem capacidade de direito; mas nem

toda a de fato.

Toda pessoa tem faculdade de adquirir direitos, mas

nem toda pessoa tem o poder de usá-los

pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de

vontade.

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Incapacidade é a restrição legal ao exercício de atos da

vida civil, imposta pela lei somente aos que,

excepcionalmente necessitam de proteção, tendo em vista

as suas naturais deficiências decorrentes em geral, da

idade, da saúde e do desenvolvimento mental e intelectual.

Deve ser analisada de forma restrita, porque como ensina a

doutrina deve ser aplicado o princípio de que “a capacidade

é a regra e a incapacidade é a exceção”. Portanto, só

haverá incapacidade nos casos estabelecidos em lei.

INCAPACIDADE

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O instituto da incapacidade foi

construído para proteção dos

que são por motivo de idade, ou

doença não podem exercer por

sí, seus direitos. A lei não

institui o regime das

incapacidades para prejudicar

aquelas pessoas determinadas,

mas, ao contrário, para proteger-

lhes.

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HIPÓTESES LEGAIS DE INCAPACIDADE CIVIL

Será absoluta a incapacidade quando a lei considera um

indivíduo totalmente inapto ao exercício da atividade da vida

civil. Os absolutamente incapazes podem adquirir direitos, pois

possuem a capacidade de direito, mas não são habilitados a

exercê-los, pois falta a capacidade de exercício.

A incapacidade relativa permite que o relativamente incapaz

pratique atos da vida civil desde que assistido por seu

representante legal, sob pena de anulabilidade

(CC.art.171,I).

incapacidade absoluta e Incapacidade relativa

13

A incapacidade absoluta acarreta a

proibição TOTAL do exercício, por si

só , do direito. O ato somente poderá

ser praticado pelo representante legal

do absolutamente incapaz. A

inobservância dessa regra provoca a

NULIDADE do ato nos termos do art.

166, I, do Código Civil.

A incapacidade absoluta gera a nulidade de pleno direito do ato praticado (art. 166 do CC)

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A CAPACIDADE É A REGRA, OU SEJA, PELO CÓDIGO CIVIL TODA PESSOA É CAPAZ DE

DIREITOS E DEVERES NA ORDEM CIVIL;

A INCAPACIDADE É A EXCEÇÃO, OU SEJA, SÃO INCAPAZES AQUELES DISCRIMINADOS PELA LEGISLAÇÃO (MENORES DE 16 ANOS,

DEFICIENTES MENTAIS, ETC).

IMPORTANTEIMPORTANTE

15

A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens etc.

Não constitui incapacidade a proibição que a lei estabelece a que certas pessoas realizem certos negócios jurídicos, p.e., proíbe que o tutor adquira bens do pupilo (art. 1.749 CC); que os ascendentes vendam bens imóveis aos descendentes, sem o expresso consentimento dos demais descendentes (art. 496 CC) , a proibição que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.

A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens etc.

Não constitui incapacidade a proibição que a lei estabelece a que certas pessoas realizem certos negócios jurídicos, p.e., proíbe que o tutor adquira bens do pupilo (art. 1.749 CC); que os ascendentes vendam bens imóveis aos descendentes, sem o expresso consentimento dos demais descendentes (art. 496 CC) , a proibição que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.

Incapacidade X impedimento

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Art. 3º CC-INCAPACIDADE ABSOLUTA

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente

os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o

necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir

sua vontade .

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

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II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

Compreende-se aqui todos os casos de insanidade mental

permanente e duradoura, caracterizada por graves alterações

psíquicas. Todos os casos de insanidade mental, provocada por

doença ou enfermidade mental congênita ou adquirida como a

oligofrenia e a esquizofrenia, bem como por deficiência mental

decorrente de distúrbios psíquicos ( doença do pânico p. ex.,

desde que em grau suficiente para acarretar a privação do

necessário discernimento para a prática de atos da vida civil.

Art. 3º, II, C.C.

18

O objetivo do Código Civil foi compreender nesta

expressão, todos os casos de insanidade mental,

permanente e duradoura, adquirida ou hereditária.

Para que os atos praticados pelas pessoas elencadas no

Art. 3º, II, C.C. é necessário que seja interditada

judicialmente, ou seja, o juiz declara por sentença que tal

pessoa é absolutamente incapaz e que os atos por ela

praticados serão nulos e não surtirão nenhum efeito no

mundo civil.

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A sentença de interdição é meramente declaratória e não

constitutiva, uma vez que não cria a incapacidade, pois esta

advém da alienação mental.

Se o ato foi praticado após a sentença de interdição, será nulo

de pleno direito; se porém, foi praticado antes, a decretação

da nulidade dependerá da produção de prova inequívoca da

insanidade.

Atos anteriores à interdição poderão ser anulados, se a causa

da interdição existia notoriamente à época em que tais fatos

foram praticados.

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III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade

Art. 3º, III, C.C.

Aqui compreende-se as pessoas que não puderem exprimir

totalmente sua vontade por causa transitória, ou em virtude

de alguma patologia (arteriosclerose, excessiva pressão

arterial, paralisia, embriaguez não habitual, uso eventual e

excessivo de entorpecentes ou substâncias alucinógenas,

hipnose ou outras causas semelhantes, mesmo não

permanentes). Não se compreende aqui as pessoas

portadoras de doença ou deficiência mental.

21

As pessoas mencionadas no art. 4º encontram-se numa

zona intermediária, entre a capacidade plena e a

incapacidade total pois já possuem razoável discernimento,

e, por isso, não ficam afastadas da atividade jurídica,

podendo praticar determinados atos por si sós. Mas para os

atos em geral, devem estar devidamente assistidas por seu

representante legal sob pena de ANULABILIDADE

As pessoas mencionadas no art. 4º encontram-se numa

zona intermediária, entre a capacidade plena e a

incapacidade total pois já possuem razoável discernimento,

e, por isso, não ficam afastadas da atividade jurídica,

podendo praticar determinados atos por si sós. Mas para os

atos em geral, devem estar devidamente assistidas por seu

representante legal sob pena de ANULABILIDADE

Art. 4º. CC-INCAPACIDADE RELATIVA

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Art. 4º. CC-INCAPACIDADE RELATIVA

A incapacidade relativa permite que o relativamente incapaz

pratique atos da vida civil desde que assistido por seu

representante legal, sob pena de anulabilidade

(CC.art.171,I).

Certos atos porém, pode praticar sem a assistência de seu

representante legal, como ser testemunha (art. 229,I), aceitar

mandato (art.666), fazer testamento (art. 1.860, parágrafo

único), exercer empregos públicos para os quais não for

exigida a maioridade (art.5º, parágrafo único, III), casar

(art.1517), ser eleitor, celebrar contrato de trabalho etc.

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Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por

deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente

24

São os menores púberes do CC de 1916, podem praticar

apenas determinados atos sem a assistência de seus

representantes: aceitar mandato, ser testemunha, fazer

testamento, etc. Não se tratando desses casos especiais,

necessitam da referida assistência, sob pena de

ANULABILIDADE do ato, se o lesado tomar providências

nesse sentido e o vício não houver sido sanado.

Art. 4º, I, CC

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

25

Se, entretanto, propositadamente, ocultarem sua idade

ou espontaneamente declararem-se maiores, no ato de

se obrigar, perderão a proteção que a Lei confere aos

incapazes e não poderão, assim, anular a obrigação por

eles contraída ou eximir-se de cumpri-la (art. 180, CC/2002).

Exige-se, no entanto, que o erro da outra parte seja

escusável.

Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Se não houve malícia por parte do menor, anula-se o

ato, para protegê-lo. Como ninguém pode locupletar-se

(= enriquecer-se, levar vantagem) à custa alheia,

determina-se a restituição da importância paga ao

menor se ficar provado que o pagamento nulo reverteu

em proveito dele (art. 181 do CC/2002).

26

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

27

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

Se a vítima não conseguir receber a indenização da

pessoa encarregada de sua guarda, que continua

responsável em primeiro plano (art. 932, I), poderá o juiz,

mas somente se o incapaz for abastado, condená-lo ao

pagamento de uma indenização equitativa. Adotou-se o

princípio da responsabilidade subsidiária e mitigada dos

incapazes.

Somente os alcoólatras, ou dipsômanos (os que têm impulsão

irresistível para beber) e os toxicômanos, isto é, os viciados no

uso e dependentes de substâncias alcoólicas ou entorpecentes,

bem como os fracos da mente são assim considerados.

Os usuários eventuais que, por efeito transitório dessas

substâncias, ficarem impedidos de exprimir plenamente sua

vontade estão incluídos no rol dos absolutamente incapazes

(art. 3º, inciso III do NCC).

28

Art. 4º, II, CC

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

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Os deficientes mentais de discernimento reduzido são

os fracos da mente. Estabeleceu-se, assim, uma

gradação para a debilidade mental:

• quando privar totalmente o amental do necessário

discernimento para a prática dos atos da vida civil,

acarretará a incapacidade absoluta (art. 3º, inciso II do

NCC);

• quando, porém, causar apenas a sua redução,

acarretará a incapacidade relativa.

30

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo

Art. 4º, III, CC

O Código considera

relativamente incapazes não

apenas os portadores de

Síndrome de Down, mas

todos os excepcionais sem

completo desenvolvimento

mental,por exemplo, os

surdos-mudos.

Somente são considerados relativamente incapazes os

surdos-mudos que, por não terem recebido educação

adequada e permanecerem isolados, ficaram privados de um

desenvolvimento mental completo. Se a tiverem recebido, e

puderem exprimir plenamente sua vontade, serão capazes.

Poderão, ainda, enquadrar-se como absolutamente

incapazes, se a deficiência privá-los totalmente do

necessário discernimento. Assim, também ocorre com todos

os excepcionais sem desenvolvimento mental completo.

ATENÇÃO

31

32

IV - os pródigos.

Art. 4º, IV, CC

Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu

patrimônio desvairadamente. Trata-se de

um desvio da personalidade e não,

propriamente, de um estado de alienação

mental. Pode ser submetido à curatela

(art. 1.767, inciso V do NCC), promovida

pelos pais ou curadores, pelo cônjuge ou

companheiro, ou por qualquer parente.

Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu

patrimônio desvairadamente. Trata-se de

um desvio da personalidade e não,

propriamente, de um estado de alienação

mental. Pode ser submetido à curatela

(art. 1.767, inciso V do NCC), promovida

pelos pais ou curadores, pelo cônjuge ou

companheiro, ou por qualquer parente.

33

O pródigo só ficará privado, no entanto, de praticar, sem

curador, atos que extravasam a mera administração (esta

ele poderá exercer) e implicam no comprometimento do

patrimônio, como emprestar, dar quitação, alienar, hipotecar

(art. 1.782 da Lei n.º10.406/2.002). Pode praticar,

validamente e por si só, os atos da vida civil que não

envolvam o seu patrimônio e não se enquadrem nas

restrições mencionadas. Pode, assim, casar, dar

autorização para casamento dos filhos menores, etc.

O pródigo só ficará privado, no entanto, de praticar, sem

curador, atos que extravasam a mera administração (esta

ele poderá exercer) e implicam no comprometimento do

patrimônio, como emprestar, dar quitação, alienar, hipotecar

(art. 1.782 da Lei n.º10.406/2.002). Pode praticar,

validamente e por si só, os atos da vida civil que não

envolvam o seu patrimônio e não se enquadrem nas

restrições mencionadas. Pode, assim, casar, dar

autorização para casamento dos filhos menores, etc.

34

A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Os Índios ou silvícolas são os habitantes

das selvas, não integrados à civilização.O

diploma legal (= Lei) que atualmente

regulamenta a situação jurídica dos índios

no País é a Lei n.º 6.001, datada

de19/12/1.973, que dispõe sobre o

Estatuto do Índio, proclamando que ficarão

sujeitos à tutela da União, até se

adaptarem à civilização.

Art. 4º, Parágrafo único

35

A referida Lei considera nulos os negócios

celebrados entre um índio e pessoa estranha à

comunidade indígena, sem a participação da

Fundação Nacional do Índio (Funai),

enquadrando-o, pois, como absolutamente

incapaz. Entretanto, declara que se

considerará válido tal ato se o índio revelar

consciência e conhecimento do ato praticado

e, ao mesmo tempo, tal ato não o prejudicar

A referida Lei considera nulos os negócios

celebrados entre um índio e pessoa estranha à

comunidade indígena, sem a participação da

Fundação Nacional do Índio (Funai),

enquadrando-o, pois, como absolutamente

incapaz. Entretanto, declara que se

considerará válido tal ato se o índio revelar

consciência e conhecimento do ato praticado

e, ao mesmo tempo, tal ato não o prejudicar

36

O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas

restrições à atividade mercantil.

 

A condenação criminal não implica capacidade civil.

Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda

de função pública ou do direito à investidura em função

pública; a perda do poder familiar, da tutela ou da

curatela.

37

Da cessação da incapacidade

Cessa a incapacidade, em primeiro lugar, quando cessar

a sua causa (enfermidade mental, menoridade, etc.) e,

em segundo lugar, pela emancipação.

A menoridade cessa aos dezoito anos completos (art. 5º

do novo Código Civil), isto é, no primeiro momento do dia

em que o indivíduo perfaz os dezoito anos. Se é nascido

no dia 29 de fevereiro de ano bissexto,completa a

maioridade no dia 1º de março.

38

Capazes.

Segundo o artigo 5o do NCC, a menoridade cessa aos

18 anos completos, passando a ficar habilitada à

praticar todos os atos da vida civil. No parágrafo único

do mesmo artigo, elenca-se outras possibilidades,

para os menores, de alcançar a capacidade completa.

Da cessação da incapacidade

39

A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.  Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:  I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;  II - pelo casamento;  III - pelo exercício de emprego público efetivo;  IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;  V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.  

Art. 5º, CC

º

40

EMANCIPAÇÃO: É a antecipação da capacidade civil .

OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DA EMANCIPAÇÃO:

Quando a emancipação é concedida pelos pais ou por um deles na

falta do outro ou judicialmente, só produz efeito depois de

registrada.

PERÍODO EM QUE A EMANCIPAÇÃO PODE SER CONCEDIDA:

A emancipação pode ser concedida entre 16 e 18 anos.

CARTÓRIO ONDE DEVE SER REGISTRADA A EMANCIPAÇÃO:

No Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Subdistrito

da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a).

EMANCIPAÇÃO: É a antecipação da capacidade civil .

OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DA EMANCIPAÇÃO:

Quando a emancipação é concedida pelos pais ou por um deles na

falta do outro ou judicialmente, só produz efeito depois de

registrada.

PERÍODO EM QUE A EMANCIPAÇÃO PODE SER CONCEDIDA:

A emancipação pode ser concedida entre 16 e 18 anos.

CARTÓRIO ONDE DEVE SER REGISTRADA A EMANCIPAÇÃO:

No Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Subdistrito

da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a).

A emancipação

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A Emancipação Voluntária - é concedida pelos pais,se o

menor tiver dezesseis anos completos (art. 5º, parágrafo

único,inciso I do Código Civil). Deve ser concedida por

ambos os pais, ou por um deles na falta de outro. A

impossibilidade de qualquer deles participar do ato, por se

encontrar em local ignorado ou por outro motivo relevante,

deve ser devidamente justificada em juízo.

A emancipação

Tipos de emancipação: voluntária, judicial e legal

42

Se os pais divergirem entre si, a divergência deverá

ser dirimida pelo juiz.

Forma: quanto à forma, é expressamente exigido o

instrumento público, independentemente de

homologação judicial (art. 5º, parágrafo único,inciso I

do NCC).

O registro da emancipação concedida pelo juiz é feito

em cumprimento a mandado judicial.

43

A emancipação judicial é concedida por sentença, ouvido o

tutor, em favor do tutelado que já completou dezesseis anos.

Se o menor estiver sob tutela, deverá requerer sua

emancipação ao juiz, que a concederá por sentença, depois

de verificar a conveniência do deferimento para o bem do

menor. O tutor não pode emancipá-lo.

As emancipações voluntária e judicial devem ser registradas em livro próprio do 1º Ofício do Registro Civil da comarca do domicílio do menor, anotando-se também em seu registro de nascimento

44

A emancipação legal é a que decorre de determinados

fatos previstos na lei, como o casamento, o exercício de

emprego público efetivo, a colação de grau em curso de

ensino superior e o estabelecimento com economia própria.

Independe de registro e produzirá efeitos desde logo, isto

é, a partir do ato ou do fato que a provocou..

45

Quando concedida por sentença, deve o juiz comunicar, de ofício, a concessão ao escrivão do Registro Civil (= ao Cartório onde fora assentado o registro de nascimento do menor).

A emancipação é irrevogável. Não podem os pais, que voluntariamente emanciparam o filho, voltar atrás. A colação de grau em curso de ensino superior, e o estabelecimento civil ou comercial, ou a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria, justificam a emancipação, por demonstrar maturidade própria do menor.

46

A incapacidade dos incapazes pode ser suprida pelos

institutos da assistência e da representação.

Assistência é o instituto ligados aos relativamente

incapazes.

Os assistentes dos incapazes serão:

a) os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores

de 18 anos.

b) o curador – assiste os pródigos e os que possuem o

discernimento reduzido, se maiores de 18 anos.

Suprimento da incapacidade

47

Representação

A representação é instituto ligado ao absolutamente incapaz.

Os representantes não gozam de poderes ilimitados, sendo

imprescindível a autorização do juiz e do Ministério Público

para a realização de qualquer ato que importe perda

patrimonial, pelo que fica vedada a prática dos seguintes atos

sem autorização: venda, doação ou troca de bens, renúncia de

direitos etc. Os representantes dos absolutamente incapazes

serão: os pais, o tutor, o curador.

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a) os pais – no caso dos menores de 16 anos. A representação nesse caso dá-se automaticamente, o representante do incapaz não necessita de qualquer ato de investidura ou designação.b) tutor – no caso dos menores de 16 anos, se os pais não forem vivos ou forem ou tornarem-se incapazes, ou perderem o poder familiar (poder parental). O tutor é nomeado pelo juiz ou pelos próprios pais. Poderá ser um parente ou qualquer pessoa que goze da confiança do juiz ou dos pais. Tanto nesse caso do tutor quanto do curador a representação não se dá de forma automática, ocorrendo por designação judiciária. O representante adquire esta qualidade em razão de um ato judicial, e só em função dele é que se legitima a representação.

49

c) curador – no caso em que o incapaz possui uma

enfermidade ou deficiência mental e for maior de 18 anos.

Tais diferenciações acarretam diversos efeitos jurídicos, os

atos praticados pelos absolutamente incapazes são nulos

(art.166 CC), e os praticados pelos relativamente incapazes

são anuláveis (art. 171 CC).

50

Assim, os atos praticados pelo absolutamente incapaz é

nulo de pleno direito, é ato inválido, não surte qualquer

efeito, não sendo reconhecida pelo direito a transação.

Os atos praticados por pessoa relativamente incapaz o

ato será válido podendo ser anulado.

ATO NULO – É INVÁLIDO E NÃO SURTE EFEITO.

ATO ANULÁVEL – O ATO É VÁLIDO SURTE EFEITO

ATÉ A SUA ANULAÇÃO.

51

As irmãs ROSA, VIOLETA e MARGARIDA, respectivamente, com

18, 16 e 14 anos de idade, moram na encantadora cidade de

Aracaju, capital do estado de Sergipe e estudam bem pertinho de

casa, no COLEGIO ESTADUAL PROF HAMILTON ALVES

ROCHA, que fica na Av. Marginal  Alves Rocha, no Centro. Vendo

aproximar-se o mês de maio e  pretendendo recursos para o

presente de sua mãe,  dona DÁLIA,  aceitam a sugestão da irmã

mais velha e todas vendem para a OFICINA DO ALCICLEI sua

bicicletas. Como podem ser classificados os negócios jurídicos por

cada uma das irmãs, tendo por base a capacidade jurídica de cada

uma delas ? Justifique.

Caso Concreto 1

52

José e Maria, durante sua relação, afetiva tiveram um filho, Davi, hoje com seis anos de idade. Com o recente fim do relacionamento, Maria procura um advogado para que este ajuíze ação de alimentos em face de José com o escopo de obter pensão alimentícia somente para seu filho David, já que ela possui meios próprios de subsistência. O advogado, então, inicia sua petição da seguinte forma: “Davi da Silva, relativamente incapaz, assistido por sua mãe Maria da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n°, vem, por seu advogado ao final subscrito, propor a presente ação de alimentos em face de José da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n° pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe (...)”.

Caso Concreto 2

53

Após a distribuição (ato de dar entrada) da referida petição inicial, para começar o processo judicial, determina o juiz da vara de família que seja emendada (corrigida) essa petição inicial.

Responda às questões seguintes, JUSTIFICANDO suas respostas.a) Davi da Silva é incapaz? Em caso positivo, qual a espécie de incapacidade o atinge?

b) O juiz determinou que a petição inicial do advogado fosse emendada, ou seja, corrigida. Que erro cometeu o advogado? Faça a correção necessária.

54

c) O instituto da incapacidade tem por finalidade punir o

incapaz por sua falta de discernimento e pelos prejuízos

que pode causar à sociedade em razão dela?

Em caso negativo, qual seria então o escopo do instituto?

55

Esta questão contém duas afirmações. Assinale o item CORRETO e justifique.I - Ao nascer com vida, adquire-se capacidade de fatoPORQUEII - A capacidade de direito somente se adquire com a ocorrência das hipóteses do art. 5º CC, ou seja, quando se pode exercer plenamente o direito.                                                              (A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.(B) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.(C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.(D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa(E) se as duas são falsas.

questão objetiva