View
0
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
ACOMPANHAMENTO
DA
AÇÃO EDUCATIVA
] Relatório
2015-2016 / 2016-2017
]
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
2
FICHA TÉCNICA
Título
Acompanhamento da Ação Educativa — Relatório Global 2015 - 2017
Autoria
Inspeção-Geral da Educação e Ciência
Coordenação:Maria Leonor Duarte
Elaboração: Maria Teresa de Jesus
Maria Margarida Paulo
Colaboração:João Maria Monteiro
Maria de Fátima Galveias
Maria de Lurdes Campos
Edição
Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC)
Av. 24 de Julho, 136. 1350–346 LISBOA
Tel.: 213 924 800 | Fax: 213 924 960
e-mail: igec@igec.mec.pt URL: www.igec.mec.pt
Data
junho de 2018
NID: I/03098/DSAG/18
Homologado pelo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, por despacho de 06 de novembro de 2018.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
3
SUMÁRIO
A atividade Acompanhamento da Ação Educativa decorre das atribuições da IGEC, especialmente
as de “Contribuir para a qualidade do sistema educativo no âmbito da educação pré-escolar, dos
ensinos básico e secundário e da educação extraescolar, designadamente através de ações de
controlo, acompanhamento e avaliação, propondo medidas que visem a melhoria do sistema
educativo e participando no processo de avaliação das escolas de ensino básico e secundário e das
atividades com ele relacionadas” [alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º
15/2012, de 27 de janeiro].
Tem como objetivo promover nas escolas uma atuação estratégica centrada nos seus efetivos
problemas, em especial nas que revelaram desempenhos menos favoráveis na Avaliação Externa
das Escolas, tendo em vista alcançar soluções pedagógicas e didáticas que contribuam para a
qualidade das aprendizagens dos alunos.
O presente relatório explicita os objetivos e a metodologia da atividade e apresenta os seus
resultados. Assim, é efetuada a caraterização das ações contempladas nos Programas de
Acompanhamento, salientando-se quais as temáticas trabalhadas com as escolas em cada área de
intervenção, destacando-se as mais frequentes. É referido o grau de execução das ações e
indicadas as perceções das escolas, sobre o desenvolvimento da atividade, e dos inspetores que a
realizaram.
O relatório abrange as atividades inscritas nos planos de atividades da IGEC de 2016, 2017 e ainda
intervenções que, estando incluídas no plano de atividades de 2015, foram concluídas em 2016,
num total de 63 intervenções.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
4
ÍNDICE
SUMÁRIO ....................................................................................................................... 3
ÍNDICE .......................................................................................................................... 4
ÍNDICE DE QUADROS, GRÁFICOS E FIGURAS ............................................................................ 5
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6
2 OBJETIVOS DA ATIVIDADE ............................................................................................ 8
3 METODOLOGIA DA ATIVIDADE ....................................................................................... 9
3.1 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO.......................................................................................................................... 9
3.2 DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE ............................................................................................................................ 9
3.3 INSTRUMENTOS ................................................................................................................................................... 10
3.4 EQUIPAS DE INSPEÇÃO .......................................................................................................................................... 11
3.5 SELEÇÃO DAS ESCOLAS .......................................................................................................................................... 11
3.6 RELATÓRIOS ........................................................................................................................................................ 11
3.7 GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES .......................................................................................... 12
4 RESULTADOS DA ATIVIDADE ........................................................................................ 12
4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS AÇÕES ................................................................................................................................. 12
4.2 ÁREAS DE INTERVENÇÃO E GRAU DE CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES ................................................................................... 15
4.2.1 Acompanhamento do trabalho dos docentes ............................................................................................. 15
4.2.2 Planeamento do Ensino e das Aprendizagens............................................................................................. 17
4.2.3 Realização do ensino e da aprendizagem ................................................................................................... 18
4.2.4 Reflexão sobre os resultados dos alunos .................................................................................................... 20
4.2.5 Avaliação do Ensino e das Aprendizagens .................................................................................................. 21
4.2.6 Atuação pedagógica ao nível dos comportamentos ................................................................................... 23
4.2.7 Trabalho prático no ensino das ciências ..................................................................................................... 24
4.2.8 Outras ações ............................................................................................................................................... 25
5 APRECIAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE ................................................................................. 25
5.1 AGRUPAMENTOS/ ESCOLAS .................................................................................................................................... 25
5.2 INSPETORES ........................................................................................................................................................ 27
6 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 28
7 PROPOSTA .............................................................................................................. 30
ANEXOS ........................................................................................................................ 31
ANEXO 1....................................................................................................................... 33
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
5
ÍNDICE DE QUADROS, GRÁFICOS E FIGURAS
QUADRO 1 – CRONOLOGIA - TIPO E PROCEDIMENTOS ............................................................................ 10
QUADRO 2 - INSTRUMENTO DE MONITORIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................... 12
QUADRO 3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2016 E 2017 ...................................................................... 13
GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES POR ÁREA DE INTERVENÇÃO .............................................................. 13
GRÁFICO 2 - ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DOS DOCENTES ................................................................. 16
GRÁFICO 3 - PLANEAMENTO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS .................................................................. 18
GRÁFICO 4- REALIZAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS ..................................................................... 19
GRÁFICO 5 - REFLEXÃO SOBRE OS RESULTADOS ESCOLARES DOS ALUNOS ........................................................ 21
GRÁFICO 6- AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS ...................................................................... 22
GRÁFICO 7 - ATUAÇÃO PEDAGÓGICA AO NÍVEL DOS COMPORTAMENTOS .......................................................... 23
GRÁFICO 8 – TRABALHO PRÁTICO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS ...................................................................... 24
GRÁFICO 9 – OPINIÃO DAS ESCOLAS – NÍVEL DE CONCORDÂNCIA 4 (++) .......................................................... 26
GRÁFICO 10 – OPINIÃO DAS ESCOLAS – NÍVEL DE CONCORDÂNCIA 3 (+) .......................................................... 26
GRÁFICO 11 – OPINIÃO DOS INSPETORES ......................................................................................... 27
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
6
1 INTRODUÇÃO
A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), no âmbito das atividades que desenvolve, tem
vindo a implementar metodologias de trabalho que fomentam a intervenção dos elementos da
comunidade escolar, na conceção e implementação de medidas que visam a melhoria do
desempenho da escola, e o consequente sucesso educativo das crianças e jovens que a
frequentam.
A atividade Acompanhamento da Ação Educativa tem como objetivo promover nas escolas uma
atuação estratégica para a resolução das suas dificuldades, a reflexão sobre as práticas
pedagógicas e o trabalho colaborativo entre os docentes, tendo em vista alcançar soluções
pedagógicas e didáticas que contribuam para a qualidade das aprendizagens. Decorre das
atribuições da IGEC, especialmente, as consignadas na alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto
Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, e desenvolve-se no respeito pela autonomia das
escolas consignada no n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril.
A atividade toma por referência algumas das ações/medidas de melhoria concebidas pelas escolas
na sequência da avaliação externa e dos seus processos de autoavaliação (planos de melhoria),
bem como as medidas contempladas noutros documentos orientadores, tais como os planos de
ação estratégica, concebidos no âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar,
ou os planos plurianuais de melhoria, no caso das escolas que integram o Programa Territórios
Educativos de Intervenção Prioritária.
Consagra, como metodologia de trabalho com as escolas, um acompanhamento regular, em
momentos diferentes ao longo do ano letivo (na generalidade três momentos), das estratégias por
estas implementadas, com especial enfoque nos mecanismos internos de coordenação e supervisão
do trabalho docente.
Neste processo, a perspetiva externa de uma equipa da IGEC constitui-se como uma mais-valia
uma vez que introduz, metodologicamente, a interpelação e a reflexão sistemáticas sobre os
processos em curso, visando a melhoria do ensino e da aprendizagem e dos resultados dos alunos.
O presente relatório abrange as atividades inscritas nos planos de atividades de 2016 e 2017, e
ainda intervenções que, estando incluídas no plano de atividades de 2015, foram concluídas em
2016. Nele são caracterizadas as ações desenvolvidas, apreciado o seu grau de execução e
indicadas as perceções das escolas e dos inspetores sobre o desenvolvimento da atividade.
A implementação, no ano letivo 2016-2017 do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar,
nomeadamente do plano de ação estratégica implicou um reajuste da atividade de
Acompanhamento da Ação Educativa, relativo à construção dos programas de acompanhamento
elaborados em cada escola. Se até então as ações previstas neste programa eram concebidas
através de um processo de negociação entre a equipa de inspeção e os diferentes interlocutores
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
7
da escola, mediante um diagnóstico da organização educativa, passou, desde então, a ser
elaborado incluindo apenas as ações em curso, decorrentes dos diferentes planos de ações de
melhoria.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
8
2 OBJETIVOS DA ATIVIDADE
A atividade Acompanhamento da Ação Educativa inscreve-se no Programa Acompanhamento e
fundamenta-se, conceptualmente, nas mais-valias decorrentes da atuação estratégica das escolas,
planeando a sua ação, tendo como referência um diagnóstico sustentado das suas fragilidades e
potencialidades face às quais formula, de modo eficaz, os objetivos, as medidas, as metas, os
indicadores de consecução e efetua a calendarização e a afetação de recursos.
A atividade tem assim como objetivo geral fomentar uma atuação estratégica das escolas,
centrada nos seus efetivos problemas, em especial nas que revelaram desempenhos menos
favoráveis na avaliação externa.
Foram definidos os seguintes objetivos específicos:
1. Conhecer as áreas de intervenção que a escola elegeu como prioritárias;
2. Acompanhar e aprofundar ações/medidas de melhoria identificadas pela escola e explicitadas
nos seus documentos orientadores, tendo em vista a superação das fragilidades diagnosticadas;
3. Suscitar a reflexão sobre o rigor – objetividade, pertinência, adequação, credibilidade,
exequibilidade – e a eficácia das ações/medidas de melhoria privilegiadas;
4. Induzir a monitorização da execução e dos resultados das ações/medidas de melhoria
implementadas;
5. Conhecer e questionar as práticas de coordenação e supervisão implementadas, promovendo
o trabalho colaborativo, no âmbito da gestão do currículo;
6. Incentivar a implementação de estratégias sustentadas na regular supervisão do trabalho dos
docentes por parte dos coordenadores de departamento.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
9
3 METODOLOGIA DA ATIVIDADE
3.1 Programa de Acompanhamento
A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa assenta num Programa de Acompanhamento
(PA) concebido com base em ações de melhoria tomadas pela escola como prioritárias, e ainda as
contempladas nos seus planos de melhoria e no seu plano de ação estratégica, que são objeto de
reflexão e aprofundamento, em estreita articulação com a equipa de inspeção, tendo em vista
aprendizagens bem-sucedidas por todos os alunos
A eficácia do Programa de Acompanhamento depende da objetividade e do rigor colocado na sua
conceção. Para tal é suscitada, em cada escola, a reflexão sobre a pertinência das ações/medidas
de melhoria privilegiadas para superar as fragilidades identificadas através de diferentes fontes
de diagnóstico: (i) a objetividade da enunciação dos objetivos e metas, (ii) a clareza dos
indicadores de medida, (iii) a calendarização das estratégias e a identificação dos seus
responsáveis, bem como, sobre (iv) a simplicidade dos mecanismos de monitorização e de partilha
da informação e, ainda, (v) a eficácia do trabalho efetuado face aos resultados obtidos.
O trabalho dos docentes, individualmente e em equipa, bem como das estruturas de coordenação
e supervisão, têm uma atenção especial nesta atividade, uma vez que são determinantes nas
aprendizagens bem-sucedidas por parte dos alunos, aspeto que é tido em conta na seleção das
áreas a acompanhar, designadamente, nas vertentes: planeamento da ação educativa (diagnóstico
e conceção); planeamento, realização e avaliação do ensino e das aprendizagens; reflexão sobre
os resultados escolares dos alunos; acompanhamento do trabalho dos docentes; atuação
pedagógica ao nível dos comportamentos dos alunos; e trabalho prático no ensino das ciências.
A intervenção junto das estruturas de coordenação e supervisão pretende, também, sublinhar a
importância da observação da prática letiva, enquanto metodologia privilegiada de
acompanhamento do trabalho docente, e dos seus reflexos na melhoria dos processos de ensino e
de aprendizagem.
Para a elaboração dos programas de acompanhamento, as equipas recorrem à análise documental
e à entrevista. Nestes programas ficam registadas as principais fragilidades, as ações de melhoria
selecionadas para serem objeto de acompanhamento, bem como a respetiva metodologia, a
calendarização das intervenções na escola e a identificação dos intervenientes.
3.2 Desenvolvimento da atividade
A atividade decorre em diferentes momentos do ano letivo, tal como se apresenta no QUADRO 1.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
10
QUADRO 1 – CRONOLOGIA - TIPO E PROCEDIMENTOS
INTERVENÇÕES OBJETO CALENDARIZAÇÃO DURAÇÃO
Momento prévio à
intervenção
Análise documental:
- Plano de melhoria
- Plano de ação estratégica
- Plano plurianual de melhoria
- Documentação existente na
IGEC sobre a escola
Em data anterior à 1.ª
intervenção 1 dia
1.ª Intervenção Elaboração e formalização do PA
Até final de Janeiro
de cada ano letivo,
preferencialmente
Até 3 dias
2.ª Intervenção - Desenvolvimento do PA
- Elaboração do relatório Durante o ano letivo Até 3 dias
3.ª Intervenção - Desenvolvimento do PA
- Elaboração do relatório final
Final do ano letivo,
preferencialmente
Até 3 dias
1 dia para
finalizar o
relatório
A 1.ª intervenção marca o início da atividade no agrupamento/escola. É precedida de um momento
destinado à análise de documentação relevante, para conhecimento da realidade que a equipa irá
encontrar, e tem como objetivo primeiro a elaboração do Programa de Acompanhamento.
O trabalho de acompanhamento terá continuidade nas intervenções que se seguirem, as quais são
agendadas pela respetiva equipa, tendo em conta a oportunidade de reflexão e aprofundamento
do trabalho a desenvolver. Estas intervenções, na sequência do que ficar estabelecido no PA,
destinam-se à concretização das ações pretendendo-se que o trabalho desenvolvido conduza a
práticas pedagógicas eficazes, em termos de aprendizagens por parte de todas as crianças/alunos
e à melhoria dos resultados.
O número de dias apresentado para as diversas intervenções é indicativo, devendo a cronologia,
registada no PA, ser aferida com o agrupamento/escola.
3.3 Instrumentos
Para orientar e apoiar a intervenção das equipas de inspetores é disponibilizado um roteiro que
inclui um conjunto de fichas organizadas por dimensões de análise e respetivas questões
ilustrativas sobre as seguintes vertentes: planeamento da ação educativa (diagnóstico e conceção),
planeamento, realização e avaliação do ensino e das aprendizagens, reflexão sobre os resultados
escolares dos alunos, acompanhamento do trabalho dos docentes, atuação pedagógica ao nível
dos comportamentos dos alunos e trabalho prático no ensino das ciências.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
11
3.4 Equipas de Inspeção
As equipas são constituídas por dois inspetores que se mantêm no decorrer das diferentes
intervenções levadas a cabo no agrupamento/escola.
3.5 Seleção das Escolas
No início de cada ano letivo, a IGEC identifica os agrupamentos/escolas a intervencionar, tendo
por critério, em regra, os que obtiveram as classificações mais baixas, no âmbito da avaliação
externa das escolas.
3.6 Relatórios
Os relatórios da atividade constituem-se como documentos de feedback ao agrupamento/escola,
sobre o trabalho desenvolvido.
Na primeira intervenção, o relatório materializa-se no Programa de Acompanhamento que
sintetiza o objeto e a metodologia da atividade a implementar. No último dia das intervenções
seguintes de acompanhamento, a equipa de inspeção, tendo por referência as ações/medidas de
melhoria a aprofundar e os objetivos e metas a atingir, constantes do PA, apresenta à escola as
conclusões. Estas consistem numa apreciação do desenvolvimento das ações, na identificação das
principais melhorias conseguidas e dos eventuais constrangimentos surgidos, bem como, na
identificação de aspetos onde importa focalizar a intervenção da direção da escola e/ou dos
restantes interlocutores.
Estes relatórios, sintéticos, são elaborados a partir de uma matriz prevista e ficam no
agrupamento/escola.
No final da última intervenção a equipa de inspeção apresenta as conclusões da atividade, as quais
integram o relatório final.
O relatório final é concluído em dia posterior à realização da última intervenção em cada escola.
Este sintetiza toda a ação realizada, ao longo do ano na escola, no âmbito do Acompanhamento
da Ação Educativa. Tendo por referência o PA, este relatório integra uma apreciação final das
ações explicitando-se as melhorias conseguidas, as oportunidades de melhoria e os
constrangimentos ao desenvolvimento da atividade. Inclui, também, uma apreciação global do PA,
indicando o grau de consecução das ações, os ganhos ao nível das áreas de intervenção objeto de
acompanhamento, as práticas pedagógicas inovadoras, em contexto de sala de aula com impacto
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
12
nas aprendizagens identificadas e o compromisso da escola para dar continuidade e/ou aprofundar
o trabalho já realizado. Este relatório final é publicado na página da IGEC na Internet.
3.7 Grau de desenvolvimento/concretização das ações
Cada equipa de inspeção utiliza um instrumento de monitorização do trabalho que permite, no
final da intervenção, identificar o grau de desenvolvimento e implementação de cada ação
constante no PA.
O instrumento utilizado remete para uma apreciação graduada em quatro níveis, tendo por
referência uma escala cromática, simbolizando cada cor uma apreciação, tal como a seguir se
apresenta.
QUADRO 2 - INSTRUMENTO DE MONITORIZAÇÃO DO TRABALHO
1 2 3 4
- + - + ++
Insuficiente Satisfatório Bom Excelente
Nunca Pontualmente Com frequência Sistematicamente
Nada relevante Pouco relevante Relevante Muito relevante
Inexistente Emergente Implementado Generalizado
Nada Parcialmente Maioritariamente Totalmente
Objetivo não
atingido Objetivo em risco Objetivo atingido Objetivo superado
4 RESULTADOS DA ATIVIDADE
4.1 Caracterização das Ações
O presente relatório inclui, como já referido, as intervenções previstas nos planos de atividades
de 2016 e 2017, bem como as atividades de Acompanhamento da Ação Educativa, que apesar de
consideradas no plano de atividades de 2015, foram concluídas em 2016, num total de 63, tal
como se apresenta no QUADRO 3.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
13
QUADRO 3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2016 E 2017
ATI 2015 2016 2017 Total
Norte 15 5 20
Centro 6 2 8
Sul 9 18 8 35
Total 9 39 15 63
A seleção destes agrupamentos/escolas correspondeu aos critérios estabelecidos, nomeadamente
agrupamentos/escolas que obtiveram classificações mais baixas na Avaliação Externa das Escolas,
incluindo 15 agrupamentos que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção
Prioritária (TEIP), alguns dos quais indicados pela Direção-Geral da Educação, na sequência da
análise dos resultados que efetuou, tendo como referência o respetivo Plano Plurianual de
Melhoria.
No ano letivo 2016-2017, a implementação do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar,
nomeadamente, do plano de ação estratégica, implicou um reajuste da atividade de
Acompanhamento da Ação Educativa, no que se refere à elaboração dos programas de
acompanhamento. Até então, as ações eram concebidas específicamente para o PA através de um
processo de negociação entre equipa e os diferentes interlocutores, mediante um diagnóstico
efetuado. Nesse ano letivo o Programa de Acompanhamento passou a incluir apenas as ações já
em curso decorrentes dos diferentes planos de ações de melhoria.
Analisados os 63 programas de acompanhamento verificamos terem sido desenvolvidas 204 ações,
distribuídas por nove áreas de intervenção, tal como se apresenta no GRÁFICO 1.
GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES POR ÁREA DE INTERVENÇÃO
Pela análise da figura 1 concluímos que a área de intervenção acompanhamento do trabalho dos
docentes reúne 54 ações (26,5%), seguindo-se 39 no planeamento do ensino e das aprendizagens
39
33
1922
54
1910 7 1
Planeamento do ensino e das aprendizagens
Realização do ensino e das aprendizagens
Avaliação do ensino e das aprendizagens
Reflexão sobre os resultados escolares dosalunos
Acompanhamento do trabalho dos docentes
Atuação pedagógica ao nível doscomportamentos dos alunos
Trabalho prático no ensino das ciências
Autoavaliação e melhoria/planeamentoestratégico
Envolvimento dos encarregados de educaçãona vida da escola
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
14
(19,1%) e 33 relacionadas com a realização do ensino e das aprendizagens (16,2%). A reflexão
sobre os resultados escolares dos alunos integra 22 ações (10,8%) e a avaliação do ensino e das
aprendizagens, tal como a atuação pedagógica ao nível dos comportamentos dos alunos 19 ações
(9,3%). Com menor expressão situam-se as 10 realizadas no âmbito do trabalho prático no ensino
das ciências(4,9%), sete na autoavaliação e melhoria/planeamento estratégico (3,4%) e uma ação
no envolvimento dos encarregados de educação na vida da escola (0,5%).
As ações ínsitas nos programas de acompanhamento apresentam diversas atividades que, no seu
conjunto, visam alcançar os objetivos que lhe estão subjacentes.
Alguns programas elegem, por ação, duas ou três atividades com temáticas claramente distintas
deixando ao critério do agrupamento/escola a forma como se organiza no decurso da intervenção;
outros detalham, pormenorizadamente, as diferentes etapas do processo e outros ainda incluem
diferentes temáticas numa só ação. Estas diferenças dizem respeito às características da atividade
que atende a realidades específicas e ao modo como cada equipa, face ao diagnóstico e à reflexão
que desencadeia junto dos diferentes interlocutores, formula as ações.
Verifica-se, também, que algumas atividades inscritas nos programas de acompanhamento são de
caráter meramente processual, visando a implementação das ações pela escolas, por exemplo, a
realização de reuniões em sede das diferentes estruturas de coordenação educativa e supervisão
pedagógica, a aprovação de documentos em conselho pedagógico, a conceção de materiais ou o
tratamento de dados.
A caracterização que se faz, neste capítulo do relatório, das ações contempladas nos programas
de acompanhamento parte da análise do seu conteúdo, salientando-se quais as temáticas
trabalhadas em cada área de intervenção (planeamento, realização e avaliação do ensino e das
aprendizagens, acompanhamento do trabalho dos docentes, atuação pedagógica ao nível dos
comportamentos dos alunos, trabalho prático no ensino das ciências e reflexão sobre os resultados escolares
dos alunos) e põe em evidência as atividades realizadas com maior frequência.
De qualquer modo, sublinha-se o caráter holístico das ações, tal como atrás mencionado.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
15
4.2 Áreas de intervenção e grau de concretização das ações
4.2.1 Acompanhamento do trabalho dos docentes
A área de intervenção acompanhamento do trabalho dos docentes regista o desenvolvimento de
54 ações, representando o valor mais elevado (26,5%) das inscritas nos programas de
acompanhamento em análise.
A implementação de processos de acompanhamento da prática do trabalho dos docentes é a
temática predominante destas ações e está associada à perspetiva do seu desenvolvimento
profissional e à promoção do trabalho colaborativo. As ações estão focalizadas na eficácia das
metodologias e estratégias de ensino, na diferenciação pedagógica e também na identificação e
disseminação de práticas que se revelam eficazes, tendo em vista a melhoria das aprendizagens
das crianças e jovens.
Das atividades desenvolvidas, para a concretização das ações, destaca-se a observação da prática
letiva entre pares. Tal envolveu, na maioria das vezes, a identificação pelos docentes de domínios
a observar e a conceção de instrumentos de observação com diferentes focos: identificação de
práticas pedagógicas ativas; abordagem de conteúdos; utilização de estratégias de ensino, de
recursos, organização do espaço de sala de aula e gestão do tempo, de entre outros. Foram
aferidos os conceitos inscritos nas grelhas de observação construídas para o efeito e definida uma
metodologia de implementação do processo. Os instrumentos foram analisados entre os docentes
e discutidos nos departamentos curriculares.
Na maioria das situações estiveram previstas sessões de trabalho entre observador e observado,
tendo em vista a reflexão conjunta das práticas e, em alguns casos, o recurso à utilização de
tópicos norteadores (p. ex a eficácia e eventuais limitações das estratégias utilizadas em termos
do envolvimento dos alunos), à elaboração de sínteses e instrumentos de registo criados para o
efeito.
Estas ações desencadearam processos de análise e reflexão sobre as práticas observadas,
conducentes à explicitação das estratégias e ou metodologias consideradas relevantes em termos
de impactos positivos ou negativos, reformulação de estratégias, levantamento e divulgação de
boas práticas e adequação do planeamento.
A promoção do debate sobre as vantagens da observação é transversal a todas estas ações, tal
como a partilha e análise do resultado do processo de observação de aulas no seio dos
departamentos curriculares, grupos disciplinares e conselho de docentes (por ano de escolaridade)
e em conselho pedagógico.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
16
De mencionar, também, a implementação significativa de atividades orientadas para o
aprofundamento da temática observação da prática letiva entre pares, nomeadamente a
realização de ações de sensibilização e de formação.
Ainda no âmbito do acompanhamento do trabalho dos docentes foram traçadas ações que visaram
conhecer as estratégias e os recursos mais utilizados em sala de aula, através da elaboração e
aplicação de questionários aos alunos e a implementação subsequente de medidas favoráveis ao
processo de ensino e de aprendizagem.
O grau de consecução das ações implementadas na área de intervenção acompanhamento do
trabalho dos docentes está patente no GRÁFICO 2:
GRÁFICO 2 - ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DOS DOCENTES
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
Da análise do GRÁFICO 2 constata-se que 62,6% das ações foram implementadas tal como previstas
nos programas de acompanhamento, tendo sido atingidos os objetivos inicialmente definidos, e
que em 18,7% estes foram superados, o que corresponde a um desenvolvimento das ações muito
consistente e generalizado.
Os ganhos apontados nos relatórios finais centram-se, de um modo geral, na mobilização dos
docentes para a observação de aulas entre pares, como estratégia privilegiada de desenvolvimento
profissional, na apropriação de estratégias/metodologias de trabalho que se revelaram eficazes
na sequência da mencionada observação, na reflexão e análise, em sede das estruturas de
coordenação e supervisão, das experiências e resultados da observação de aulas, bem como no
reforço do trabalho colaborativo.
De referir, contudo, que 18,7% das ações corresponderam a práticas emergentes na abordagem
desta temática, ficando a sua realização aquém do inicialmente planeado.
18,7%
62,6%
18,7%
(-) (+ -) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
17
4.2.2 Planeamento do Ensino e das Aprendizagens
Os PA contemplam 39 ações (19,1%) no âmbito da área de intervenção planeamento do ensino e
da aprendizagem. A temática promoção da articulação horizontal e vertical no desenvolvimento
do currículo, tendo em vista o desenvolvimento integrado de conteúdos programáticos e
complementaridade dos saberes das diferentes áreas/disciplinas e ainda a sequencialidade das
aprendizagens dos alunos, tem aqui a primazia.
Destacam-se como atividades mais frequentes a análise das Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar (OCEPE) e da organização curricular e programas do ensino básico e
secundário para a identificação de conteúdos abordados, em diferentes anos de escolaridade e a
sinalização dos conteúdos em que os alunos revelam maiores potencialidades ou dificuldades, de
modo a orientar o trabalho em sala de aula, sobretudo ao nível da conceção de estratégias
diferenciadas de trabalho, bem como a análise e reflexão orientada para a própria reformulação
dos documentos de planeamento.
Neste âmbito, as atividades desenvolvidas caraterizaram-se por diferentes tipologias de análise,
nomeadamente: centrada nas áreas de conteúdo das OCEPE e das componentes do currículo no
1.º ciclo e associada, por vezes, à identificação das necessidades dos alunos à entrada no 1.º ciclo
e a estratégias de transição; focalizada nos currículos dos 1.º e 2.º ciclos e do 2.º e 3.º ciclos, em
diferentes disciplinas e considerando o 3.º ciclo e o ensino secundário (português, ciências
naturais, biologia e geologia e físico-química, entre outras disciplinas).
Estas tarefas foram efetuadas em sessões de trabalho conjunto, entre docentes de diferentes
níveis de educação e ensino e de diferentes disciplinas e mobilizaram diferentes estruturas de
coordenação educativa e supervisão pedagógica.
Registam-se, também, com frequência atividades que têm como objetivo a conceção de
instrumentos de apoio, tais como a elaboração de documentos orientadores da articulação (plano
de articulação, matriz sequencial…), de documentos de recolha e sistematização de conteúdos
(matriz, grelha, documento-síntese), bem como a criação de instrumentos de monitorização.
A vertente da articulação curricular materializou-se também em atividades que visaram o
planeamento do currículo, por ano de escolaridade e por área disciplinar/disciplina, de iniciativas
inscritas no plano anual, envolvendo a explicitação e partilha de estratégias de ensino entre os
docentes.
Apesar de, no desenvolvimento das atividades associadas às ações dirigidas à promoção da
articulação curricular estarem, genericamente, ligadas ao trabalho colaborativo entre os docentes
na área do planeamento do ensino e das aprendizagens foram realizadas também ações específicas
dirigidas ao aprofundamento do trabalho colaborativo. Neste âmbito, destacam-se as planificações
conjuntas em diferentes disciplinas, anos de escolaridade e na educação pré-escolar e ainda a
definição de estratégias, a construção de materiais pedagógicos e de instrumentos de avaliação.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
18
Evidenciam-se, de um modo global, atividades que reforçam a ação dos departamentos
curriculares, ao nível da supervisão do processo de articulação curricular, do planeamento e
realização, promovendo-se o incentivo à reflexão sobre as práticas de diferenciação pedagógica e
à avaliação formativa.
O grau de consecução das ações implementadas na área de intervenção planeamento do ensino e
das aprendizagens está representado no GRÁFICO 3:
GRÁFICO 3 - PLANEAMENTO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
As ações, no âmbito do planeamento do ensino e das aprendizagens, atingiram os objetivos em
68,5% dos casos, apresentando 13% práticas que superaram os objetivos. Os ganhos mencionados
são, essencialmente, o conhecimento adquirido sobre os currículos e a importância que esta
condição tem na promoção de aprendizagens mais integradoras e consistentes, o reforço da
articulação curricular vertical e horizontal e o estabelecimento do trabalho colaborativo entre os
docentes de diferentes níveis de educação e ensino.
Todavia 18,5% correspondem a ações cujo desenvolvimento foi pouco relevante.
4.2.3 Realização do ensino e da aprendizagem
Na área de intervenção realização do ensino e das aprendizagens estão inscritas 33 ações (16,2%).
Das temáticas que lhe estão subjacentes destaca-se a promoção de competências nos alunos em
diferentes disciplinas e áreas disciplinares, em atividades realizadas em sala de aula, sendo a sua
maioria transversais a diferentes ciclos de escolaridade.
Estas ações centram-se na melhoria dos resultados no domínio da leitura, da expressão escrita, da
oralidade, e ainda, no desenvolvimento de atividades, tais como: produção de textos, oficinas de
escrita, utilização de guiões de escrita criativa, campeonatos de ortografia, atividades de
autocorreção, incentivo à consulta e requisição de livros na biblioteca e de leituras de uma obra
por período letivo, promoção de debates sobre livros, uso do dicionário, elaboração de cadernos
18,5%
68,5%
13%
(+ -) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
19
de significados, leitura dramatizada, grelha de leitura e planos individuais de trabalho no âmbito
do português língua não materna, de entre outras.
De igual modo foram promovidas atividades orientadas para a melhoria dos resultados a
matemática, nomeadamente, resolução de problemas, operação aritmética da divisão, cálculo
mental, operacionalização do cálculo algébrico, melhoria dos resultados no algoritmo da divisão,
resolução de problemas no domínio da potenciação. A implementação do problema do mês, a
disponibilização de um dossiê com jogos matemáticos, orientação ao estudo diário implementado
no âmbito do apoio ao estudo, abordagens ativas de conteúdos curriculares, concursos, jogos
matemáticos, aplicação de fichas diagnóstico e análise dos resultados, são também exemplos de
atividades implementadas.
Algumas atividades, tendo em vista a compreensão e interpretação dos enunciados escritos dos
instrumentos de avaliação, o incremento das de índole prática em disciplinas do ensino secundário
tais como física, química A e biologia/geologia foram também concretizadas. Outras, ainda,
tiveram como objetivo o reforço da autonomia dos alunos na realização de tarefas em sala de aula
nas disciplinas de matemática e de português e a implementação de intervenções pedagógicas
diferenciadas nestas disciplinas.
Para os alunos dos cursos vocacionais, com o objetivo de melhorar os níveis de sucesso e diminuir
o abandono, as atividades implementadas foram, entre outras, a realização de visitas de estudo
trimestrais, envolvendo os alunos no seu planeamento, bem como a preparação de uma atividade
mensal promotora de competências sociais, contextualização do currículo e enriquecimento
cultural dos alunos
O recurso à avaliação formativa, enquanto elemento autorregulador, foi transversal a diferentes
ações implementadas.
O GRÁFICO 4 evidencia o grau de desenvolvimento das ações implementadas no âmbito desta área
de intervenção.
GRÁFICO 4- REALIZAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
1,9%
15,1%
67,9%
15,1%
(-) (+ -) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
20
A maioria das ações (67,9%) atingiu os objetivos delineados, enquanto 15,1% os superaram,
evidenciando um trabalho muito aprofundado com os alunos. São mencionados ganhos associados
à focalização do trabalho docente em necessidades concretas dos alunos e à consequente
intervenção estratégica e diferenciada junto destes, à sua maior participação e à aquisição de
competências ao nível de diferentes disciplinas.
Contudo o desenvolvimento de 15,1% das ações foi pouco relevante, ficando aquém do trabalho
inicialmente traçado não se tendo concretizado uma ação prevista.
4.2.4 Reflexão sobre os resultados dos alunos
A área de intervenção reflexão sobre os resultados escolares dos alunos integra 22 ações que se
centram na análise, melhoria e monitorização dos resultados.
Salienta-se o desenvolvimento de ações que visaram a identificação das causas explicativas do
insucesso e sucesso, de forma a delinear estratégias que produzissem impactos positivos nos
resultados e a sua análise em sede de diferentes órgãos e estruturas de coordenação e supervisão.
As ações para a promoção da melhoria dos resultados dos alunos traduziram-se no desenvolvimento
de atividades de enriquecimento e de consolidação das aprendizagens em contextos de sala e de
apoios em diferentes disciplinas, em clubes e oficinas de escrita, com recurso a análises
sistemáticas dos resultados alcançados e à utilização de instrumentos de monitorização. Outras
estiveram orientadas para o conhecimento da eficácia dos apoios através de atividades, tais como:
a identificação das dificuldades de aprendizagem, a criação de instrumentos de registo dos
progressos e a reflexão conjunta entre docentes sobre quais as medidas de promoção do sucesso
educativo mais adequadas às necessidades de cada aluno.
As ações orientadas para a monitorização do desempenho escolar dos alunos, tendo em vista
intervenções diferenciadas dos docentes, estiveram associadas a trabalho em equipas
multidisciplinares, ao debate nas diferentes estruturas, à construção de documentos de registo e
à conceção de planos de melhoria.
De destacar a realização de ações para a promoção do sucesso académico nos cursos profissionais
através da obtenção da certificação em tempo útil, aulas de apoio para obter aprovação em
módulos em atraso, produção de materiais diferenciados, auscultação dos alunos sobre a forma
como estes aprendem melhor e ainda a participação dos docentes em formação, no âmbito da
avaliação das aprendizagens.
O GRÁFICO 5 apresenta o grau de execução das ações realizadas no âmbito da área de intervenção
reflexão sobre os resultados escolares dos alunos.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
21
GRÁFICO 5 - REFLEXÃO SOBRE OS RESULTADOS ESCOLARES DOS ALUNOS
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
As ações desenvolvidas na vertente reflexão sobre os resultados dos alunos apresentam um
elevado grau de consecução, tendo 45% atingido os objetivos e 35% superado os objetivos
definidos.
São mencionados ganhos relacionados com o conhecimento mais aprofundado dos resultados
escolares de cada turma/ano/disciplina, a implicação dos docentes no processo de reflexão sobre
os mesmos, suportada em dados recolhidos através de instrumentos construídos, a definição de
estratégias para ultrapassar as dificuldades identificadas, o acompanhamento individualizado de
alunos e ainda com o aumento da participação dos encarregados de educação na vida escolar dos
seus educandos.
De mencionar, porém, que 5% das ações foram parcialmente conseguidas e que 15% não atingiram
os objetivos.
4.2.5 Avaliação do Ensino e das Aprendizagens
Na área de intervenção avaliação do ensino e das aprendizagens constata-se o desenvolvimento
de 19 ações (9,3%) que se distribuem equitativamente por três temáticas e que assentam no
trabalho colaborativo.
Uma das temáticas consistiu na implementação de práticas avaliativas comuns por ano, ciclo,
disciplina e período letivo. As atividades encontradas para a sua consecução foram
predominantemente a definição e aplicação dos critérios de avaliação e a conceção partilhada de
instrumentos de avaliação, tais como testes, fichas formativas e grelhas de observação; a
elaboração de matrizes para os testes e definição de critérios de correção e a sua disponibilização
aos alunos; a análise conjunta entre os docentes das grelhas de correção dos instrumentos de
avaliação, tendo em vista identificar as dificuldades dos alunos; a realização de provas escritas
comuns em disciplinas de maior insucesso, a permuta entre professores da mesma disciplina/ano
de escolaridade na correção das fichas e ainda a realização de formação neste âmbito.
15% 5%
45%
35%
(-) (+ -) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
22
Outra temática a destacar é a implementação da avaliação formativa, com a diversificação dos
respetivos instrumentos e com feedback aos alunos, perspetivada como prática integrante e
reguladora do processo de ensino e de aprendizagem de forma a potenciar a diferenciação
pedagógica e a adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem. Neste âmbito são
exemplos de atividades realizadas a clarificação do conceito de avaliação formativa através de
reuniões e de sessões de formação dirigidas aos docentes, a conceção e organização de cada
unidade curricular, explicitando, por sequência de aprendizagem, os momentos de avaliação
formativa, os instrumentos a utilizar (com critérios de diversidade, simplicidade e objetividade
dos instrumentos); feedback aos alunos sobre as aprendizagens, como estímulo à reflexão sobre
as dificuldades e atitudes face à realização das tarefas escolares; a explicitação, na aplicação dos
instrumentos de avaliação da cotação atribuída a cada questão e de eventuais orientações aos
alunos; a implementação de estratégias de ensino e de aprendizagem, tendo em vista ajustar a
atividade pedagógica às dificuldades específicas de cada aluno ou grupo de alunos no sentido da
superação das aprendizagens não alcançadas, na sequência da avaliação formativa.
A monitorização dos processos de avaliação do ensino e das aprendizagens (aplicação dos critérios
de avaliação definidos, instrumentos de avaliação e critérios de correção) para garantir maior
rigor e fiabilidade das práticas avaliativas foi outra temática identificada. Como atividades podem
ser referidas o acompanhamento pelos departamentos curriculares da aplicação dos critérios de
avaliação definidos e a partilha e reflexão, em sede destas estruturas, das práticas de avaliação
formativa desenvolvidas e dos instrumentos utilizados.
O GRÁFICO 6 evidencia o grau de execução das ações realizadas no âmbito da área de intervenção
avaliação do ensino e das aprendizagens.
GRÁFICO 6 - AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
Na vertente avaliação do ensino e das aprendizagens, as ações foram implementadas de forma
muito consistente, tendo 77% alcançado os objetivos e 24% ultrapassando-os. Os resultados foram,
ainda, satisfatórios em 19% dos casos. Os ganhos referidos situam-se ao nível do rigor e da
fiabilidade introduzidos no processo avaliativo, da implementação da avaliação formativa como
prática integrante e reguladora do processo de ensino e de aprendizagem, favorecedor da
diferenciação pedagógica e da adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos alunos,
bem como do aprofundamento do trabalho colaborativo entre os docentes.
19%
57%
24%
(+ -) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
23
4.2.6 Atuação pedagógica ao nível dos comportamentos
Os programas de acompanhamento contemplam 19 ações (9,3%) no âmbito da área de intervenção
atuação pedagógica ao nível dos comportamentos.
Nesta vertente predominam as ações orientadas para o reforço da disciplina em sala de aula e nos
espaços escolares. As atividades gizadas promoveram a elaboração participada de códigos de
conduta, envolvendo alunos, docentes e não docentes, e a sua divulgação; a realização de
assembleias de turma e de sessões de reflexão e discussão sobre as ocorrências disciplinares e
ainda a dinamização do funcionamento de gabinetes, dirigidos a alunos e famílias, existentes nas
escolas. A definição de estratégias comuns em conselho de turma, a harmonização de
procedimentos entre os docentes, o feedback dado aos alunos das suas mudanças de
comportamento, tendo em vista a sua autorregulação, bem como o incentivo à realização de
reuniões de pais constituíram-se como atividades privilegiadas nesta área.
Foram também significativas as ações orientadas para o conhecimento de comportamentos
desajustados dos alunos, tais como a tipificação das ocorrências disciplinares e a identificação das
razões que estão na base da perturbação do trabalho e das ordens de saída de sala de aula. De
salientar, também, as atividades desenvolvidas/orientadas para a implementação de mecanismos
preventivos de condutas desadequadas em sala de aula, nomeadamente, de dinâmicas que
fomentam a disciplina e a adoção de atitudes assentes em regras de convivência.
No GRÁFICO 7 está patente a consecução das ações realizadas no âmbito da área de intervenção
atuação pedagógica ao nível dos comportamentos.
GRÁFICO 7 - ATUAÇÃO PEDAGÓGICA AO NÍVEL DOS COMPORTAMENTOS
GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
As ações desenvolvidas no âmbito da atuação pedagógica ao nível dos comportamentos tiveram
resultados positivos muito expressivos, verificando-se que 66,6% atingiram os objetivos e 27,8%
superaram-nos.
5,6%
66,6%
27,8%(-) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
24
A identificação de fatores que desencadeiam situações de indisciplina e a discussão alargada das
suas causas, envolvendo os alunos, e ainda a uniformização de procedimentos são os ganhos mais
efetivos decorrentes das ações de melhoria implementadas neste âmbito. De referir que duas das
ações previstas em programas de acompanhamento não foram concretizadas (5,6%).
4.2.7 Trabalho prático no ensino das ciências
No âmbito do trabalho prático no ensino das ciências foram desenvolvidas 10 ações (4,9%)
orientadas para a promoção de metodologias ativas e experimentais.
Das atividades realizadas salienta-se o planeamento de atividades a implementar com os alunos,
em sede dos departamentos curriculares, envolvendo docentes de todos os níveis e ciclos de
educação e ensino. Este trabalho de planeamento esteve associado à realização de atividades
práticas com os alunos, com periodicidade definida, à construção de materiais, nomeadamente
protocolos experimentais e à conceção de instrumentos de auto e heteroavaliação, de forma a
suscitar nas crianças e jovens a reflexão sobre as capacidades investigativas desenvolvidas nos
trabalhos efetuados.
A realização de atividades experimentais, em sala de aula e em laboratório, bem como a
participação de alunos do 3.º ciclo, na realização de experiências dirigidas ao 1.º ciclo e a
organização de uma exposição à comunidade educativa dão corpo a algumas atividades realizadas.
De mencionar ainda a organização de formação para clarificação de conceitos relativos à
metodologia científica e formação dirigida, especificamente, a docentes do 1. º ciclo, versando a
temática do trabalho de cariz experimental.
No GRÁFICO 8 está representado a consecução das ações realizadas na área de intervenção trabalho
prático no ensino das ciências.
GRÁFICO 8 – TRABALHO PRÁTICO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS GRAU DE DESENVOLVIMENTO/CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES
A totalidade das ações realizadas no âmbito do trabalho prático no ensino das ciências foi
desenvolvida de forma muito positiva, sendo que 70% atingiram os seus objetivos. Os ganhos
mencionados são relativos ao reforço da valorização no trabalho prático, em especial o
experimental, no ensino das ciências.
30%
70%
(+ -) (+)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
25
4.2.8 Outras ações
Os programas de acompanhamento incluíram, ainda, ações que por terem uma menor expressão
se incluem no presente capítulo do relatório, nomeadamente no âmbito da autoavaliação e
melhoria/planeamento estratégico e envolvimento dos encarregados de educação na vida da
escola.
As ações no âmbito da autoavaliação e melhoria/planeamento estratégico estão associadas à
organização do processo de autoavaliação, à monitorização das ações, à aplicação de questionários
e ao tratamento de dados.
A dimensão envolvimento dos encarregados de educação na vida da escola foi incluída num
Programa de Acompanhamento por representar um problema/dificuldade identificado. Apesar
desta área de intervenção não estar contemplada no roteiro da atividade, a ação foi desenvolvida
uma vez que a escola a considerou prioritária.
A ação envolver os encarregados de educação no acompanhamento escolar dos seus educandos
desenvolveu-se em torno de dinâmicas de sensibilização para a importância da escola,
participação no projeto leitura em casa, estimulando a leitura acompanhada, e de valorização da
presença e participação dos pais na escola através de diferentes iniciativas contempladas no plano
anual de atividades, nomeadamente o projeto Pais na Escola.
5 APRECIAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE
5.1 Agrupamentos/ escolas
Com o objetivo de recolher a opinião das escolas sobre o desenvolvimento da atividade foi
disponibilizado um inquérito por questionário. Registou-se uma taxa de resposta de 47%.
As escolas expressaram a sua opinião com base numa escala entre 1 e 4, sendo que o 1 (-)
corresponde à apreciação mais negativa, ou de menor concordância e o valor 4 (++) à mais positiva,
ou de maior concordância. Os níveis de concordância estão expressos nos GRÁFICOS 9 E 10:
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
26
GRÁFICO 9 – OPINIÃO DAS ESCOLAS – NÍVEL DE CONCORDÂNCIA 4 (++)
GRÁFICO 10 – OPINIÃO DAS ESCOLAS – NÍVEL DE CONCORDÂNCIA 3 (+)
A opinião das escolas situa-se, na sua totalidade, nos níveis de concordância 4 (++) e 3 (+),
considerando estas que a conceção do programa de acompanhamento possibilitou estabelecer
prioridades nas áreas da sua intervenção; que o acompanhamento da IGEC permitiu itensificar a
supervisão do trabalho dos docentes, por parte das estruturas de coordenação e supervisão e que
a conceção do programa de acompanhamento possibilitou centrar a ação da escola no trabalho
pedagógico e didático com os alunos, dimensões que mereceram níveis de concordância elevados.
59%
66%
72%
76%
79%
86%
O acompanhamento vantajoso da ação da escolapela IGEC com este tipo de atividade
O acompanhamento da IGEC permitiu fomentar asiniciativas de trabalho colaborativo entre os
docentes
A conceção do PA possibilitou centrar a ação daescola no trabalho pedagógico e didático com os
alunos
A metodologia de trabalho seguida nesta atividadefomentou a autonomia da escola
O acompanhamento da IGEC permitiu intensificar asupervisão do trabalho dos docentes por parte das
estruturas de coordenação e supervisão
A conceção do PA possibilitou estabelecerprioridades nas áreas de intervenção da escola
Níveis de concordância : 4 (++)
55%
52%
48%
44%
Induzir um trabalho de recolha de dados e demonitorização
Em termos globais, a escola melhorou os seusprocedimentos e/ou resultados com esta
intervenção da IGEC
A realização desta atividade ajudou a escola aimplementar uma metodologia de planeamento
estratégico
Considera vantajoso que a ação da sua escolacontinue a ser acompanhada pela IGEC no
próximo ano letivo
Níveis de concordância: 3(+)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
27
5.2 Inspetores
Procurando conhecer a opinião dos inspetores sobre esta atividade, designadamente quanto à sua
eficácia, metodologia, tempo para a sua realização, instrumentos e formação disponibilizada, foi
solicitado a cada inspetor que a desenvolveu a resposta a um inquérito por questionário, ao qual
responderam 26 inspetores.
Destacamos, o GRÁFICO 11, os resultados do referido inquérito, relacionados com a eficácia da
atividade:
GRÁFICO 11 – OPINIÃO DOS INSPETORES
A maioria dos inspetores que realizam a atividade considera que esta é eficaz, na medida em que
as respostas são predominantemente positivas, sublinhando estes o facto de a atividade fomentar
novas dinâmicas de trabalho na escola, bem como o seu impacto positivo na conceção,
implementação e avaliação das ações de melhoria priorizadas pela escola. Note-se que este último
aspeto é comum à apreciação efetuada pelas escolas.
4%
12%
8%
52%
58%
44%
46%
37%
44%
42%
44%
46%
63%
A realização da atividade teve impacto positivo na conceção,implementação e avaliação das ações de melhoria priorizadas
pela escola/agrupamento.
Os relatórios elaborados pela equipa inspetiva, no final de cadaintervenção, foram claros e úteis para o prosseguimento do
trabalho da escola/agrupamento.
A escola alterou as suas práticas na sequência do AAE.
O trabalho desenvolvido no presente ano potencia a suacontinuidade nos anos letivos seguintes.
A atividade fomentou novas dinâmicas de trabalho na escola.
Níveis de concordância (-) (+) (++)
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
28
6 CONCLUSÕES
1. A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa propõe às escolas uma metodologia de
trabalho que incentiva os processos de melhoria, através da adoção de uma atuação
estratégica centrada nos seus efetivos problemas.
2. Esta atividade, assente num Programa de Acompanhamento, integra ações consideradas pela
escola como prioritárias, desenvolvidas, em regra, ao longo de um ano letivo.
3. As equipas de inspeção, no trabalho com as escolas, adotam uma atitude de questionamento
e de desafio para a melhoria, suscitando a reflexão sobre a pertinência das opções tomadas,
da eficácia das estratégias implementadas e dos ganhos alcançados nas ações em curso.
4. Os programas de acompanhamento implementados desencadearam ações cujo grau de
concretização foi muito significativo, uma vez que a sua grande maioria atingiu e/ou superou
os objetivos delineados nestes programas.
5. A área de intervenção acompanhamento do trabalho dos docentes foi a priorizada pela grande
maioria das escolas, evidenciado que esta dimensão é essencial para a melhoria dos processos
de ensino e de aprendizagem. Os ganhos centram-se na mobilização dos docentes para a
observação de aulas ente pares, como estratégia privilegiada de desenvolvimento profissional,
na apropriação de estratégias/metodologias de trabalho que se revelaram eficazes, na
sequência da observação das aulas, na reflexão e análise, em sede das estruturas de
coordenação e supervisão, das experiências e resultados da observação, e ainda no reforço do
trabalho colaborativo.
6. Registou-se também o desenvolvimento de um elevado número de ações orientadas para o
planeamento, realização e avaliação, aspetos centrais nos processos de ensino e de
aprendizagem.
7. Na vertente do planeamento do ensino e das aprendizagens os ganhos situam-se no
conhecimento adquirido sobre os currículos e na importância que esta condição tem para a
promoção de aprendizagens mais integradoras e consistentes, o reforço da articulação
curricular vertical e horizontal e o estabelecimento do trabalho colaborativo entre os docentes
de diferentes níveis de educação e ensino.
8. Na realização do ensino e das aprendizagens os ganhos assinalados estão associados à
focalização do trabalho docente em necessidades concretas dos alunos e à consequente
intervenção estratégica e diferenciada junto destes, à sua maior participação e também à
aquisição de competências ao nível de diferentes disciplinas.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
29
9. Os ganhos referidos nas ações relacionadas com a avaliação do ensino e das aprendizagens
situam-se no rigor e na fiabilidade introduzidos no processo avaliativo, na implementação da
avaliação formativa como prática integrante e reguladora do processo de ensino e de
aprendizagem, na adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos alunos bem
como no aprofundamento do trabalho colaborativo entre os docentes.
10. A reflexão sobre os resultados escolares dos alunos é outra área de intervenção cujos ganhos
estão relacionados com o conhecimento mais aprofundado dos resultados escolares de cada
turma/ano/disciplina, a implicação dos docentes no processo de reflexão sobre os resultados,
na definição de estratégias para ultrapassar as dificuldades identificadas, acompanhamento
individualizado de alunos e ainda aumento da participação dos encarregados de educação na
vida escolar dos seus educandos.
11. No âmbito da atuação pedagógica ao nível dos comportamentos, a identificação de fatores que
desencadeiam situações de indisciplina e a discussão alargada das suas causas, envolvendo os
alunos, e ainda a uniformização de procedimentos são os ganhos mais efetivos decorrentes das
ações de melhoria implementadas.
12. O reforço da valorização do trabalho prático, em especial o experimental, no ensino das
ciências revelou-se o ganho mais assinalado relativo à área de intervenção trabalho prático no
ensino das ciências.
13. A opinião das escolas e dos inspetores é muito positiva quanto à eficácia da atividade, sendo
concordantes quanto aos ganhos decorrentes da implementação das ações delineadas nos
programas de acompanhamento.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
30
7 PROPOSTA
1. Prosseguir a atividade Acompanhamento da Ação Educativa tendo em conta os ganhos
identificados.
2. Acompanhar as mudanças, decorrentes da implementação pelas escolas, das medidas
promotoras de um ensino de qualidade e sucesso para todos os alunos, nomeadamente as
subjacentes ao Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular, tendo como referência os
princípios, áreas de competência e valores do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória.
3. Alargar o critério de seleção das escolas tendo em conta os níveis de retenção de alunos que
frequentam o ensino básico.
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
31
ANEXOS
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
32
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
33
ANEXO 1
AGRUPAMENTOS / ESCOLA
ATIN
AE Abade Baçal – Bragança AE de Monte Longo – Fafe
AE Alexandre Herculano – Porto AE de Padrão da Légua
AE Castêlo da Maia – Maia AE de Pedrouços, Maia
AE de Alfândega da Fé AE de Ponte da Barca
AE de Amares AE de Resende
AE de Celorico de Basto AE de Vila Flor
AE de Felgueiras AE Emídio Garcia – Bragança
AE de Macedo de Cavaleiros AE Gaia Nascente – Vila Nova de Gaia
AE de Marco de Canaveses AE Infante D. Henrique, Porto
AE de Matosinhos AE Morgado Mateus, Vila Real
ATIC
AE da Mealhada AE de Gouveia
AE de Albergaria-a-Velha AE de Ovar
AE de Arganil AE de Seia
AE de Figueira de Castelo Rodrigo AE José Silvestre Ribeiro, Idanha-a-Nova
ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2015-2016/2016-2017
34
ATIS
AE Alves Redol, Vila Franca de Xira AE de Casquilhos, Barreiro
AE Cardoso Lopes, Amadora AE de Colos, Odemira
AE D. Dinis, Odivelas AE de Ferreira do Alentejo
AE da Azambuja AE de Forte da Casa, Vila Franca de Xira
AE da Trafaria AE de Moura
AE de Algueirão, Sintra AE de Mourão
AE de Barrancos AE de Peniche
AE de Camarate, Loures AE de Ponte de Sôr
AE de S. João da Talha, Loures AE Francisco Simões, Almada
AE de Salvaterra de Magos AE Ginestal Machado, Santarém
AE de Sardoal AE Mães d´Água, Amadora
AE de Vale da Amoreira – Moita AE n.º 1 de Beja
AE de Vale de Aveiras AE Padre António Oliveira, Lagoa
AE de Vendas Novas AE Prof. Arménio Lança, Alvalade do Sado,
Santiago do Cacém
AE de Vila Nova da Barquinha AE Romeu Correia, Almada
AE do Bairro Padre Cruz, Lisboa AE Visconde de Chanceleiros, Merceana –
Alenquer
AE do Cadaval ES da Baixa da Banheira
AE do Monte de Caparica
Recommended