Alfabetização ou letramento

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Como você foi alfabetizado?

O neuropediatra Harry Chugani, professor da Universidade de Wayne

nos EUA, revela “as primeiras experiências da vida são tão

importantes que podem mudar por completo a maneira como as pessoas se

desenvolvem”.

Ao falarmos de alfabetização, muitas reflexões são necessárias.

A forma como pensamos na leitura e escrita fará muita diferença no

desenvolvimento da criança.

Segundo Magda Soares, para que a criança assuma uma postura de leitor-escritor é necessário saber codificar e

decodificar o sistema alfabético de uma língua, bem como reconhecê-lo,

interpretá-lo e aplicá-lo nos mais variados contextos e práticas sociais.

Portanto, letramento e alfabetização são processos concomitantes e

necessários a todos quantos estiverem em processo de desenvolvimento da

leitura e escrita.

EDUCAÇÃO INTEGRAL

Alfabetização no contexto integral

A criança já começa a ser alfabetizada no lar, ao ter

contato com livros, histórias, etc. Assim, ela

passa a perceber a linguagem escrita.

CONVIDO VOCÊ A ENTRAR NO MUNDO DA CRIANÇA...

青蛙不洗他的腳,不是因為它不會洗。他住在那池塘。

不要洗洗腳,因為他們不想要的。

但是,臭腳!

The frog does not wash his foot,Not because it will not wash.

He lives there in the pond.Do not wash your feet because they

do not want.But that stinky feet!

A criança passa por um processo semelhante ao que você sentiu agora.

Veja a tradução:

O sapo não lava o pé,Não lava porque não quer.

Ele mora lá na lagoa.Não lava o pé porque não quer.

Mas, que chulé!

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO.

Existem vários métodos, porém duas correntes principais : aquela que trabalha a escrita de forma global, proporcionando

o trabalho a partir da relação imagem gráfica – imagem fônica e sentidos. Por

exemplo: o trabalho com o texto da música que acabamos de apresentar.

E por outro lado, o método mais tradicional, o sintético, que consiste em sintetizar sequências a partir do conhecimento das letras e sílabas

(ba,be,bi,bo,bu)

As cartilhas trabalham com uma concepção de língua escrita como transcrição da fala: elas supõem a

escrita como espelho da língua que se fala. Seus “textos” são construídos com a função de tornar clara (segundo elas)

essa relação de transcrição.

Texto extraído da cartilha coração infantil: cartilha de alfabetização rápida

O boi bebe.O boi baba.O boi bebe e babaO boi bebeu e babou

DINÂMICA:MONTANDO UM QUEBRA-CABEÇA

Não se chega a compor um todo, a menos que se tenha o conjunto. Embora se possa

dizer que é um pouco mais difícil e demorado montar o quebra-cabeça inteiro

do que parte dele, é mais significativo montá-lo todo, e é possível que isso

aconteça, principalmente quando uns podem contar com a ajuda dos outros.

O EDUCADOR DEVE INICIAR O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS FASES PELAS QUAIS A CRIANÇA

PASSA AO ELABORAR AS PRÓPRIAS HIPÓTESES SOBRE A

ESCRITA.

DURANTE TODA A VIDA PASSAMOS POR VÁRIAS ETAPAS...

HIPÓTESES DE ESCRITA,

CONFORME EMILIA FERREIRO

PRÉ-SILÁBICO

De início, a criança não faz uma diferenciação clara entre

o sistema derepresentação do desenho (pictográfico) e o da escrita

(alfabético)

Relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto:

BOI

FORMIGA

•Sabe que a escrita é uma forma de representação.

•Não compreende que a escrita é a representação da fala

•Organiza as letras em quantidade (mínimo e máximo de letras para ler)

SILÁBICO

O que caracteriza a hipótese silábica é a crença de que cada letra

representa uma sílaba – a menor unidade de emissão sonora. Veja, aseguir, amostras de escrita silábica.

SEM VALOR SONORO

COM VALOR SONOROFORMIGA - OIA

FORMIGA - FMGFORMIGA - OMA

SILÁBICA - ALFABÉTICA

•Apresenta a escrita algumas vezes com sílabas completas e outras

incompletas

•Alterna escrita silábica com alfabética.

ALFABÉTICA

•Faz a correspondência entre fonemas (som) e grafemas (letras)

•Escreve como fala.

Na verdade, só se pode considerar realmente que uma criança lê quando

existe a compreensão. Quando a criança decodifica e não compreende,

não se pode afirmar que ela esteja lendo.

Áreas cerebrais e maturação na aprendizagem

Segundo Romanelli (2003), a noção de maturação nervosa é uma das

mais fundamentais para se explicar o processo de aprendizagem. Os

psicólogos acreditam que os comportamentos não podem ser

externados até que seu mecanismo neural tenha se desenvolvido.

Quando o corpo celular envia uma mensagem, cabe ao axônio conduzi-la até o dendrito do próximo neurônio para fazer

a sinapse. Para que o axônio consiga transmitir a mensagem ele precisa estar

maduro. Torna-se maduro quando é envolvida por uma camada de gordura

e proteína denominada mielina.

O processo de mielinização acontece no tempo, de modo que diferentes neurônios se

mielinizam em épocas distintas do desenvolvimento do organismo. Esse fato

fornece embasamento para a compreensão das teorias que descrevem as fases

evolutivas da criança, como os estágios de Jean Piaget – apresentados anteriormente.

A Neurofisiologia afirma que o desenvolvimento e a evolução das funções

específicas (linguagem oral, percepção auditiva e visual, esquema corporal,

orientação espacial e temporal, lateralidade, análise-síntese, coordenação motora e a

memória sinestésica )...

...são extremamente necessárias à preparação para a alfabetização, por serem elas as menos conhecidas e as

quais mais frequentemente se relacionam posteriormente com sérios problemas,

como dislexia, disgrafias e disortografias.

Para iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita, a criança precisa ter

alcançado um certo nível de desenvolvimento global, ou seja,

físico, intelectual, afetivo, social e das funções específicas.

“Ensinar crianças com menos de 5 anos a ler e escrever, sem que elas manifestem algum interesse particular pelas letras,

pode até atrapalhar, pois os circuitos que regem a percepção de lateralidade e

direcionalidade ainda não estão prontos”.Arquivo - Revista Veja - 1996

“Mais tarde, a criança pode sofrer do distúrbio da escrita”, afirma o psiquiatra Francisco

Assumpção Júnior, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

UM POUQUINHO DE LEI...

LDB 9394/96 A educação infantil, primeira etapa da

educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis

anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade.

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante

acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao

ensino fundamental.

1º ano

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove)

anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de

idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender,

tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da

escrita e do cálculo;II, III, IV...

POR FIM...QUANDO ESTIMULAMOS A

CRIANÇA, MAS RESPEITAMOS SUAS ETAPAS DE

DESENVOLVIMENTO, TEREMOS UMA CRIANÇA MAIS FELIZ , COM

VONTADE DE APRENDER E LETRADA.