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27/05/2013
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Profª Tathiane Milaré
Alfabetização Científica?
Letramento Científico?
Enculturação Científica?
Em outras línguas: Alfabetización Científica Scientific Literacy Alphabétisation Scientifique
Cultura
Ciência
linguagens, métodos, processos e práticas
Aprender Ciências Enculturação
Alfabetização Científica?
Letramento Científico?
Enculturação Científica?
Em outras línguas: Alfabetización Científica Scientific Literacy Alphabétisation Scientifique
Ensino de Ciências voltado para formação do cidadão capaz de tomar decisões e utilizar os conhecimentos
científicos.
Tomada de decisões
Compreensão de fenômenos
Formação do pensamento científico
Desenvolvimento da cidadania
Alfabetização Científica
Ensino de Ciências
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Necessidades da AC2:
a) tornar a Ciência acessível aos
cidadãos em geral;
b) reorientar o Ensino de Ciências
também para os futuros cientistas;
c) modificar concepções
equivocadas da Ciência
freqüentemente aceitas e
difundidas;
d) tornar possível a aprendizagem
significativa de conceitos.
“Ser alfabetizado
cientificamente é saber ler
a linguagem em que está
escrita a natureza3.”
A Alfabetização Científica
também possui uma
dimensão na promoção da
inclusão social, pois não
basta compreender a
Ciência, é necessário que
ela se torne "facilitadora do
estar fazendo parte do
mundo4”.
2GIL-PÉREZ, D.; VILCHES, A. Educación Ciudadana y Alfabetización Científica: Mitos y Realidades. Revista Iberoamericana de Educación, n. 42, p.31-53, 2006 ; 3CHASSOT, A.I. Educação conSciência . Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003a. 243 p.; 4CHASSOT, A.I. Alfabetização científica: uma
possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, n. 22, p. 89-100, jan/fev/mar/abr., 2003b.
Consensos sobre a Alfabetização Científica2:
a) é o objetivo mais importante do Ensino de
Ciências;
b) difere do que se entende por um ensino
propedêutico (preparatório para a formação
científica);
c) possui uma gama de aspectos a serem
desenvolvidos que torna seu significado bastante
complexo.
2KEMP, A.C. Implications of diverse meanings for "scientific literacy". In: Annual International Conference of the Association for the Education of Teachers in Science. Proceedings of the 2002 Annual International Conference of the Association for the Education of Teachers in Science, 2002. p. 1202-1229.
Cívica
•desenvolver conhecimentos científicos que subsidiem decisões do indivíduo
•participar mais ativamente de processos democráticos da sociedade
•“contribuir para minimizar a grande quantidade de superstições e crenças que permeiam a sociedade” (Lorenzetti e Delizoicov, 2001)
•evitar que os cidadãos experimentem "um sentimento de impotência tão grande frente às Ciências e às Tecnologias, e a tudo vinculado a elas" (Fourez,1997a, p. 24).
Quais conhecimentos químicos podem
contribuir com essa AC?
Prática
•contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos científicos e técnicos básicos necessários na vida diária do indivíduo. • “aponta para um currículo com uma ênfase mais forte em um modo de conhecer mais tecnológico sobre os fenômenos, em conhecimento mais aplicável imediatamente do que em princípios abstratos mais gerais”. (p.80).
Quais conhecimentos químicos podem
contribuir com essa AC?
Cultural • para falar sobre e apreciar a Ciência é necessário ter certa formação da mesma
maneira que para apreciar um quadro de Van Gogh
ou uma sinfonia de Mozart.
Que conhecimentos químicos podem
contribuir com essa AC?
Econômica ou Profissional
•incentivar a formação de pessoas para o trabalho científico objetivando promover e manter o
crescimento econômico dos países.
Que conhecimentos químicos podem
contribuir com essa AC?
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Quais são as características do Ensino
de Química atual em nossas escolas?
O que é ensinado? Como é ensinado?
Qual a contribuição do Ensino de Química atual
para o processo de Alfabetização Científica?
É válido defender a Alfabetização Científica?
Por quê?
A sociedade está cada vez mais em contato com o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia...
... Então é necessário que as pessoas saibam Ciência e Tecnologia.
Quanto mais Ciência e Tecnologia são desenvolvidas, mais
fácil é o manuseio de produtos.
Não há, portanto, necessidade de conhecimentos científicos
e tecnológicos.
Você conhece o funcionamento da televisão, do computador ou do
pen-drive?
mesmo desconhecendo o funcionamento dessas
tecnologias, um indivíduo pode fazer bom uso destes produtos e com facilidade!
Tanto quanto eu saiba, não há evidências de que
físicos sofram menos acidentes em estradas porque
compreendam as leis newtonianas do movimento ou
que isolem termicamente melhor suas casas, em
comparação com outros grupos sociais, porque
entendam as leis da termodinâmica.
(MILLAR, 2003, p.79).
Alguns conhecimentos científicos podem colaborar com a vida cotidiana?
Substituir a resistência de um chuveiro
Trocar uma lâmpada queimada Substituir um botijão de gás de cozinha
Algumas pessoas possuem receio de realizar estas trocas em casa por falta de conhecimento de como
funciona um circuito elétrico que "pode dar choque", de quais materiais conduzem ou não corrente elétrica, quais são as propriedades do gás de cozinha e o que
realmente é necessário para que ele sofra combustão.
Alfabetizar Cientificamente e Tecnologicamente para participação ativa na sociedade.
Pessoas comuns geralmente não participam de decisões que
envolvem a sociedade. Os principais temas de importância social
envolvem uma diversidade de conceitos científicos complexos que
a escola básica não dá conta de desenvolver com seus alunos.
Desta forma, estes conhecimentos ficam somente acessíveis a
especialistas.
É possível preparar os estudantes para terem opiniões fundamentadas
sobre temas diversos como engenharia genética, pesquisas com
embriões, energia nuclear, destino de resíduos tóxicos, riscos das
gorduras saturadas para a saúde, entre outros?
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É válido defender a Alfabetização Científica?
Por quê?
A questão continua pertinente...
Objetivos Gerais
Objetivos Pedagógicos
Objetivos Operacionais
Humanista
Instrução x aumento das riquezas x bem estar das nações
Social
Econômico
-Político
Desenvolvimento histórico
Dimensão epistemológica
Dimensão estética
Comunicação
Debate ético
Divulgar conhecimentos para tomadas de decisões Diminuir o sentimento de impotência frente C & T
Comunicação Dialogar
Fazer uso dos conhecimentos
Autonomia Domínio Tomar decisões Independência Relação igualitária
Conhecimento Saber fazer Argumentar
Negociação
Especialistas
Caixas Pretas
Modelos Simples
Traduções Modelos
Científicos
Metáforas
Negociação
Saberes e Decisões
Debates
IIR
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Oceano de ignorância
IIR (projeto)
Caixa Preta
Caixa Preta
Caixa Preta
Caixa Preta
Caixa Preta
Caixa Preta
AS QUE SE ORGANIZAM EM TORNO DE UM PROJETO
Destinadas às situações práticas ou tecnológicas, com finalidades práticas.
AS QUE SE ORGANIZAM EM TORNO DE UMA NOÇÃO
Elaboração de uma representação multidisciplinar, sobre noções ou conceitos
comumente utilizados em nossa cultura.
CÉLULA
ENERGIA
CONTÁGIO
INDIGESTÃO
EVAPORAÇÃO
POLUIÇÃO
AS QUE SE ORGANIZAM EM TORNO DE OBJETOS TECNOLÓGICOS
Construídas para entender uma situação relacionada a um componente tecnológico.
Funcionamento do forno de micro-ondas
Instalação de uma usina nuclear
Manual de instruções de uma furadeira
Etapa Zero
O Clichê
Situação Problema
Esquematizando a Situação
Elaboração do Produto Final O Panorama
Espontâneo
Abertura de Caixas-pretas
Teste da Representação Apresentação da
situação problema.
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ETAPA 1 – O CLICHÊ
Conjunto de perguntas que expressam as concepções e as dúvidas iniciais do grupo sobre a
situação estudada.
Construir um novo conhecimento a partir do que já é conhecido;
Apresentar e contextualizar a situação problema;
Responder perguntas do tipo: Do que se trata? O que deve ser levado em conta?
ETAPA 1 – O CLICHÊ
Fazer uma representação inicial do problema, envolvendo os saberes disciplinares e do cotidiano;
Classificar as ideias compartilhadas, objetos de controvérsia e juízo de valor.
COMO REALIZAR A INSTALAÇÃO ELÉTRICA NUMA RESIDÊNCIA?1
2BETTANIN, E. (2003) As Ilhas de Racionalidade na promoção dos objetivos da Alfabetização Científica e Técnica. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, 2003.
ETAPA 1 – O CLICHÊ
Como se consegue obter energia elétrica?
Por que se usa fio de cobre e não outros metais nas instalações elétricas?
Desde quando o homem usa energia elétrica em sua residência?
Como funciona uma usina hidrelétrica?
Como proceder quando alguém leva um choque?
Quais os efeitos do choque no organismo humano?
Podemos usar fio da mesma espessura para a instalação de um chuveiro e de uma lâmpada?
O Clichê
1. Qual a quantidade de conservantes dessas bebidas? 2. Qual é a composição (ingredientes) dessas bebidas? 3. Por que fazer o suco da fruta é melhor? 4. Como devemos proceder sobre o descarte das embalagens? Como
podemos utilizar os 3 Rs (Reutilizar,Reduzir, Reciclar)? 5. Qual embalagem é mais viável para reciclagem? 6. Qual é o tempo de degradação dos materiais da embalagem? 7. Qual das bebidas é mais prática? 8. Qual delas faz mais mal à saúde? 9. Qual é a relação custo/benefício (preço/quantidade)? 10. Qual é a quantidade de açúcar e de calorias em cada uma das bebidas? 11. Qual é o tempo de validade de cada uma das bebidas? 12. Qual processo de produção agride menos o meio ambiente (geração de
resíduos; descarte)? 13. Como os resíduos são tratados pela empresa que fabrica o produto? 14. A empresa possui política para o meio ambiente? 15. Qual é a quantidade de colaboradores de cada empresa? 16. Qual é a política de qualidade da empresa? 17. Qual é o mais gostoso?
ETAPA 2 – O PANORAMA ESPONTÂNEO
Ampliação do clichê, com listagem de itens que devem ser considerados e pontos que não foram atendidos na etapa anterior.
Refinamento das questões;
Definição dos participantes;
Levantamento de normas e restrições;
Caixas pretas possíveis;
Lista dos especialistas e especialidades.
Exemplo: marcas das bebidas; qual será considerada?
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Escolher e consultar os especialistas e especialidades;
ETAPA 3 – ABERTURA DE CAIXAS PRETAS
Mostrar que o ponto de vista do especialista pode alterar o panorama inicial;
Indicar a importância de consultar vários especialistas;
Promover a abertura de algumas caixas pretas;
Compreender que diante de bifurcações, os critérios para as escolhas podem ser de ordem técnica, ética ou política;
ETAPA 3 – ABERTURA DE CAIXAS PRETAS
Promover os objetivos operacionais;
Identificar as dimensões utilitária e cultural dos conhecimentos.
ETAPA 4 – INDO À PRÁTICA
Momento de entrevistar pessoas, desmontar equipamentos, realizar pesquisas.
Fazer com que o aluno tenha uma noção mais concreta da situação;
Fazer o contexto do projeto interagir com o contexto escolar.
Ampliar ainda mais o panorama espontâneo;
BIBLIOGRAFIA • BETTANIN, E. As Ilhas de Racionalidade na Promoção dos objetivos da Alfabetização Científica e Técnica.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Pós Graduação em Educação, UFSC, Florianópolis, 2003.
• CACHAPUZ, A. et al. A Necessária renovação do Ensino das Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
• CARMO, A. B.; CARVALHO, A. M. P. Construindo a linguagem gráfica em uma aula experimental de física. Ciência & Educação, v.15, n.1, 2009.
• CARVALHO, A.M.P. Introduzindo os alunos no Universo da Ciência. Enseñanza de las Ciencias, 2005. Número Extra. VII Congreso Disponível em: <http://ensciencias.uab.es/congres2005/material/Simposios/13_Introduzindo_alunos/0376Resumen13.pdf> Acesso em: Julho de 2010.
• CHASSOT, A.I. Educação conSciência . Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003a. 243 p.
• CHASSOT, A.I. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, n. 22, p. 89-100, jan/fev/mar/abr., 2003b.
• DIAZ, J. A. A.; ALONSO, A. V.; MAS, M.A.M. Papel de la educación CTS en uma alfabetización científica y tecnológica para todas las personas. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências. v.2, n. 2, 2003.
• FOUREZ, G. Alfabetización Científica y Tecnológica: Acerca de lãs finalidades de La enseñanza de lãs ciências. Argentina: Ediciones Colihue, 1997a.
• FOUREZ, G., et al. Saber sobre nuestros saberes. Un léxico epistemológico acerca de las finalidades de la enseñanza de las ciencias. Tradução: Elsa Gómez de Sarría. Buenos Aires: Ediciones Colihue, 1997b.
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