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AULA EXTRA
Olá pessoal,
Conforme prometido, estou disponibilizando esta aula extra com o
objetivo de passar algumas orientações e modelos para elaboração da
“peça de natureza técnica”, que é uma das redações da prova
discursiva P4.
Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:
Orientações para elaboração da peça técnica ................................ 2
Modelos de peças técnicas ............................................................ 10
Segundo o item 9.1 do Edital, a peça técnica deverá ser respondida
em até 30 linhas, e versará sobre os conhecimentos específicos
constantes do item 17.2.1.2, ou seja, direito administrativo e
execução orçamentária e financeira. Não obstante, como veremos, o
conhecimento de controle externo é essencial para a elaboração de uma
boa peça, especialmente os assuntos jurisdição, competências, sanções e
decisões em processos de contas e de fiscalização.
Antes de iniciar, cumpre ressaltar que as orientações e modelos que
apresentarei em seguida não constituem a única maneira de se elaborar
uma peça técnica. Outros exemplos podem ser utilizados, até porque o
Edital não fixa um modelo específico. O conteúdo desta aula, porém, pode
ser considerado uma boa referência para a prova do TCU, vez que está
baseado em instruções utilizadas internamente no Tribunal.
Bom, sem mais delongas...aos estudos!
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ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA TÉCNICA
O que é?
Peça técnica nada mais é que um documento redigido para oferecer
subsídios à tomada de decisão por parte do TCU. A fim de cumprir essa
finalidade, o elaborador da peça técnica (AUFC ou TEFC) deve organizar as
informações disponíveis sobre certo assunto, analisa-las à luz da
legislação, doutrina e/ou da jurisprudência e, por fim, propor um termo
final para o caso, com possíveis soluções ou alternativas. Assim, a peça
técnica deve levar o assunto todo “mastigado” ao responsável pela
decisão, para que este tenha condições de avaliar o caso e adotar um
encaminhamento justo e correto.
Para melhor localizá-los, vamos relembrar as etapas do processo no
TCU. Como vimos, de acordo com o art. 156 do RI/TCU, essas etapas são:
a instrução, o parecer do Ministério Público e o julgamento ou a
apreciação. A peça técnica é o documento final que consolida a fase de
instrução, contendo a proposta ou, em outras palavras, o parecer da
unidade técnica a ser levado aos relatores ou aos colegiados (plenário e
câmaras) do Tribunal. Por essa razão, a peça técnica também é conhecida
como instrução ou parecer.
Como se vê, a elaboração de peças técnicas é o trabalho executado
no dia-a-dia do servidor do Tribunal de Contas. Nas provas de concurso,
essa tarefa de organização das informações e apresentação de uma
proposta fica bastante facilitado, eis que os dados a serem explorados na
peça já estão todos discriminados no enunciado da questão. Na vida real,
as informações essenciais à tomada de decisão devem ser buscadas nos
autos do processo, às vezes em meio a centenas de documentos. A
redação em si, é apenas uma parte do trabalho!
A peça de natureza técnica é bem parecida com uma dissertação,
vale dizer, também deve ser redigida em linguagem impessoal, de forma
clara e objetiva, além de ser estruturada em introdução, desenvolvimento
e conclusão. Nas peças técnicas elaboradas no TCU, essas três partes da
estrutura de um bom texto são subdividas em outros tópicos, de acordo
com a natureza do processo que se está analisando. É o que veremos em
seguida.
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Qual a estrutura básica de uma peça técnica?
Uma boa peça técnica deve ser estruturada da seguinte forma:
1) Introdução ou relatório
2) Exame de admissibilidade (se for o caso)
3) Exame técnico
4) Conclusão
5) Proposta de encaminhamento
Vamos então aprender as informações que devem constar em cada
um desses campos:
1) Introdução ou relatório
A introdução ou relatório é o campo destinado à apresentação do
processo ou assunto em exame. Deve registrar o tipo de processo, órgão,
entidade ou agente responsável envolvido, assunto, valores e outros
elementos que identifiquem a matéria tratada.
Essas informações vão estar disponíveis no enunciado da questão.
Assim, não há problema algum em transcrever na peça os termos exatos
do enunciado. Pelo contrário, é até desejável, pois evita o esquecimento
de algum ponto importante a ser tratado.
Exemplos
“Trata-se de tomada de contas especial instaurada pelo Ministério XYZ, tendo
como responsável o Sr. fulano de tal, prefeito do Município ABC, devido à omissão
no dever de prestar contas dos recursos federais repassados à aludida
municipalidade por meio do Convênio 123/2012, firmado com o objetivo de realizar
a obra tal, no valor de R$ (...).”
-------------------
“Trata-se de representação formulada pela empresa XYZ, com base na Lei de
Licitações, versando sobre possíveis irregularidades no pregão eletrônico 456/2012,
conduzido pela empresa pública ABC, que tinha por objeto a aquisição de material
de expediente para a entidade.
As possíveis irregularidades apresentadas pelo denunciante são: 1) (...); 2) (...) e
3) (...)”
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Portanto, na introdução, faça um relato de todos os detalhes trazidos
no comando da questão, tal qual foram apresentados pela banca.
2) Exame de admissibilidade
Esse campo é específico para processos em que a legislação exige
legitimação do sujeito para demandar ao TCU. Assim, aplica-se apenas
aos seguintes tipos de processo:
a) Denúncia (CF, art. 74, §2º; RI/TCU, art. 234);
b) Representação (RI/TCU, art. 237; Lei de Licitações, art. 113);
c) Consulta (RI/TCU, art. 264);
d) Solicitação do Congresso Nacional (RI/TCU, art. 232);
e) Recursos (RI/TCU, art. 285 a 289).
No exame de admissibilidade, deve-se analisar se a pessoa que
apresenta a denúncia, representação, consulta, solicitação do Congresso
ou recurso possui ou não legitimidade para fazê-lo. Embora o principal
tema a ser avaliado no exame de admissibilidade seja a legitimação do
sujeito, outros pontos também devem ser analisados, caso as informações
do enunciado permitam. Um exemplo é examinar se o assunto aduzido
pela pessoa está ou não no rol de competências do Tribunal. Além disso,
outros requisitos de admissibilidade específicos de cada instituto também
devem ser objeto de avaliação. Por exemplo, o relator ou Tribunal não
admitirá consulta que verse apenas sobre caso concreto (RI/TCU, art.
265). Assim, o exame de admissibilidade de uma consulta deve analisar
se ela atende ou não a essa condição.
Por outro lado, não é necessário realizar exame de admissibilidade
nos demais tipos de processos, como os processos de contas, de
fiscalização (auditorias, inspeções, levantamentos, acompanhamentos e
monitoramentos) e nos processos de atos sujeitos a registro. Da mesma
forma, se o enunciado da questão não especificar o tipo de processo, o
exame de admissibilidade é desnecessário.
Exemplo
“Registra-se que a representação preenche os requisitos de admissibilidade
constantes do Regimento Interno, haja vista ter sido apresentada por pessoa
legitimada – senador da República. Além disso, refere-se a matéria de competência
do TCU e a administrador sujeito à sua jurisdição, bem como está redigida em
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linguagem clara, objetiva e acompanhada de documentação relativa ao fato
denunciado.”
Também aqui, os dados incluídos no exame de admissibilidade devem
ser retirados do enunciado. A análise deve ser restrita a essas
informações.
A rigor, se a conclusão for pelo não atendimento dos requisitos de
admissibilidade, a etapa posterior da peça, o “exame técnico”, irá se
restringir a informar que, uma vez não atendidos os requisitos, o processo
deve ser arquivado com ciência aos interessados. Ou seja, não é feita a
análise de mérito. Porém, acho muito pouco provável que a banca traga
uma situação dessas, pois perderia a oportunidade de avaliar os
conhecimentos do candidato quanto ao caso concreto.
3) Exame técnico
Esse é o campo mais relevante da peça técnica. Deve conter a
exposição sucinta da matéria trazida no comando da questão, o respectivo
exame à luz da legislação, doutrina e/ou jurisprudência, assim como o
encaminhamento considerado pertinente.
Aqui é local em que o elaborador da peça deve demonstrar seu
conhecimento e capacidade de análise, indicando as irregularidades
porventura existentes na situação apresentada pela banca, as normas
infringidas, os danos causados, os respectivos responsáveis e a
providência mais adequada a ser adotada pelo Tribunal diante do caso.
Exemplo
“No mérito, a contratação deve ser considerada irregular, pois afronta
disposições da Lei de Licitações que estabelecem isso, isso e aquilo, conforme
evidenciado na documentação apresentada pelo representante. Ao contrário, o
gestor deveria ter feito de tal maneira, em atendimento aos ditames da lei.
Ademais, verificou-se que a conduta causou dano ao erário, no valor de R$ (...),
conforme documento tal.
Diante disso, a providência a ser adotada pelo Tribunal, nos termos da sua Lei
Orgânica, é a conversão do processo em tomada de contas especial, para citação do
responsável para apresentar defesa ou recolher a importância devida.”
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“Quanto ao assunto X, verifica-se isso, isso e aquilo. Diante disso, tal
providência deve ser adotada.
Em relação ao assunto Y, verifica-se isso, isso e aquilo, pelo que propõe tal
providência.
Por fim, no que tange ao assunto Z, verifica-se isso, isso e aquilo. Dessa forma,
o Tribunal deve adotar tal providência.”
Geralmente, as questões pedem para o candidato se pronunciar sobre
uma lista de assuntos relacionados à situação trazida no comando da
questão. No exame técnico, todos os pontos exigidos pela banca devem
ser abordados, seguidos do entendimento do candidato sobre o mérito de
cada um desses pontos. A estrutura apresentada no segundo exemplo
acima é uma boa forma de organizar essas ideias, sem deixar nada para
trás.
4) Conclusão
Na conclusão deve ser registrada a síntese da análise realizada e das
providências a serem incluídas na proposta de encaminhamento.
Deve incluir informação sobre o conhecimento e procedência, ou não,
da denúncia, da representação ou do recurso. Nos processos de contas, a
conclusão deve informar se as análises realizadas conduzem ao
julgamento pela regularidade, regularidade com ressalva ou
irregularidade.
Se a conclusão for pela imputação de débito ou alguma sanção, uma
importante providência a ser adotada é dar oportunidade de defesa ao
responsável, mediante a respectiva citação ou audiência. Caso a decisão
proposta ao Tribunal também afetar um terceiro, deve-se ainda promover
a oitiva dessa parte afetada.
Exemplos
“Do exposto, conclui-se que, nos termos da Lei Orgânica do TCU, a
representação deve ser conhecida para, no mérito, ser considerada procedente, eis
que a conduta do gestor caracteriza infração à Lei de Licitações.
Diante das ilegalidades constatadas, propõe-se a audiência prévia do
responsável para que apresente suas razões de justificativa. Caso a defesa não elida
a causa da impugnação, propõe-se a aplicação de multa ao responsável, conforme
previsto na Lei Orgânica do TCU, bem como a emissão de determinações ao órgão
para corrigir as falhas identificadas e prevenir a ocorrências de outras semelhantes,
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nos termos da proposta de encaminhamento a seguir”.
---------------------
“Por todo o exposto, conclui-se que, nos termos da Lei Orgânica do TCU, as
contas do responsável devem ser julgadas regulares com ressalva, eis que
apresentam as seguintes falhas de natureza formal que não caracterizam dano ao
erário: (enumerar as falhas).”
Não esqueçam de que é importante informar os fundamentos (lei,
doutrina ou jurisprudência) que sustentam suas conclusões. Todavia, não
é necessário citar o número de artigos e parágrafos, ou mesmo, das leis.
Basta, por exemplo, mencionar que a conclusão se fundamenta na
Lei Orgânica, Lei de Licitações, Lei de Responsabilidade Fiscal etc.
5) Proposta de encaminhamento
Neste campo são reunidas as sugestões de providências que, na
opinião do elaborador da peça, merecem ser adotadas pelo TCU à vista
dos elementos apresentados no comando da questão e da análise
empreendida.
As propostas devem ser compatíveis com as conclusões formuladas e
indicar a base legal que permite ao TCU adotar as providências sugeridas.
Na maior parte dos casos, a base legal será a Lei Orgânica ou o
Regimento Interno do Tribunal, na qual estão consubstanciadas as
competências da Corte de Contas, podendo ser também a Constituição
Federal.
Exemplos
Submete-se o processo à consideração superior propondo a adoção das
seguintes providências:
a) conhecer a presente representação, uma vez atendidos os requisitos de
admissibilidade, nos termos do Regimento Interno;
b) considerar procedente a presente representação, eis que a conduta do
gestor caracteriza infração à Lei de Licitações;
c) promover, nos termos da Lei Orgânica do TCU, a audiência do Sr. Fulano de
Tal, responsável pela infração à lei, para que apresente suas razões de justificativa;
d) aplicar ao Sr. Fulano de Tal a multa prevista na Lei Orgânica do TCU, caso as
suas justificativas não elidam o fundamento da impugnação.
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Submete-se o processo à consideração superior propondo a adoção das
seguintes providências:
a) julgar regulares com ressalva as contas do responsável, com base na Lei
Orgânica do TCU, eis que apresentam falhas de natureza formal das quais não
resultou dano ao erário;
b) determinar ao órgão XYZ, com base na Lei Orgânica do TCU, que faça isso,
isso e aquilo para corrigir as falhas identificadas;
c) arquivar o presente processo, com fulcro no Regimento Interno.
Para saber as principais providências que podem ser adotadas pelo
TCU nas diversas situações, os seguintes dispositivos do Regimento
Interno devem estar na ponta da língua:
Art. 202, 207, 208, 209, 211, 250, 251, 252, 267, 268, 270, 271,
273, 274, 275 e 276.
Além da apresentação e estrutura da peça, outro aspecto avaliado
pela banca é a qualidade do texto. Vamos ver então algumas dicas para
melhorar a redação.
Quais são os requisitos de qualidade de uma peça técnica?
Uma boa peça técnica há que ser redigida observando-se os
seguintes requisitos de qualidade: clareza, precisão, concisão e
impessoalidade.
I - para obtenção de clareza:
a) usar palavras e expressões em sentido comum, sem preciosismos,
regionalismos e neologismos;
b) apresentar os fatos, argumentos e conclusões em sequência lógica,
progressiva, de forma ordenada e objetiva;
c) usar frases curtas e concisas;
d) construir orações na ordem direta, sem intercalações
desnecessárias;
e) primar pela correção gramatical;
f) utilizar o mesmo tempo verbal em todo o texto, dando preferência
ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;
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g) observar o paralelismo, adotando a mesma forma gramatical para
expor ideias similares ou para apresentar um elenco de
constatações ou propostas;
h) usar recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando abusos de
caráter estilístico.
II - para obtenção de precisão:
a) utilizar linguagem técnica ou comum, que enseje perfeita
compreensão do objetivo do texto, evidenciando o conteúdo e o
alcance pretendidos;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas
palavras do enunciado, evitando o emprego de sinônimos com
propósito meramente estilístico;
c) evitar emprego de expressões ou palavras que confiram duplo
sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior
parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou
regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observando o princípio de
que a primeira referência no texto seja acompanhada de
explicitação de seu significado.
III - para obtenção de concisão:
a) ir direto ao assunto, evitando comentários e análises desnecessários
à formação do entendimento;
b) restringir a análise aos pontos indicados no enunciado, evitando
tratar de questões não levantadas pela banca;
c) realizar planejamento prévio para ordenar as ideias e estruturar o
raciocínio, estabelecendo os pontos que deverão constar do exame
técnico (conforme exigido no enunciado), o critério de organização
textual e definindo um roteiro que oriente a elaboração do texto e
que possibilite otimizar o uso do tempo.
IV - para obtenção de impessoalidade:
a) apresentar o texto de forma equilibrada, em termos de conteúdo e
tom;
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b) evitar a utilização de adjetivos ou de outros termos que valorizem
de forma subjetiva as questões tratadas;
c) fundamentar as conclusões em critérios objetivos, como dispositivos
legais, normas e jurisprudência.
É isso pessoal. A observância desses requisitos de qualidade é fator
importantíssimo, pois facilita em muito a compreensão do texto e,
consequentemente, o trabalho do examinador, com reflexo na nota de
vocês. Para assimilá-los, três regrinhas básicas: praticar, praticar e
praticar!
----------------------------
Com isso terminamos a primeira parte da aula. Em seguida,
apresentarei dois modelos de peças técnicas elaboradas por mim, a partir
de enunciados de provas anteriores.
Antes da minha proposta de solução, inseri algumas orientações
gerais sobre o assunto tratado, a fim de fundamentar a resposta.
MODELOS DE PEÇAS TÉCNICAS
1. (TCU - ACE 2005 - Cespe, adaptada) A União pretende realizar
recuperação de um trecho de rodovia federal, o que envolverá obras de
terraplenagem, pavimentação e drenagem. Por considerar que essa
recuperação é um objeto divisível, a União realizou três concorrências,
uma para cada um dos tipos de obra acima relacionados (terraplenagem,
pavimentação e drenagem), embora o custo estimado para cada uma
delas era de 20% a 30% inferior ao limite máximo para a realização de
licitações para obras e serviços de engenharia na modalidade tomada de
preços. Nos três editais de licitação, foi definido regime de execução de
empreitada por preço global. Diante dessa situação, uma das empresas
licitantes protocolou representação no Tribunal de Contas da União (TCU),
alegando que a divisão do objeto em três licitações distintas evidenciava
fracionamento de despesa, sendo, portanto, uma afronta às disposições
da Lei 8.666/1993. Além disso, a empresa licitante informou, no
expediente encaminhado ao TCU, que o regime de execução da obra seria
inadequado, pois o correto seria o regime de empreitada integral.
Tendo em vista essa situação hipotética, redija uma peça de natureza
técnica em que sejam avaliadas a admissibilidade da representação, a
viabilidade do fracionamento da recuperação em três procedimentos
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licitatórios, bem como a adequação da modalidade de licitação e do
regime de execução definidos.
Extensão máxima: 50 linhas.
Orientações Gerais
Vamos relembrar os trechos da legislação e da jurisprudência do TCU
necessários à solução da questão:
I) Admissibilidade da representação
Nos termos do Regimento Interno do TCU, compete ao Tribunal
decidir sobre representações relativas a licitações e contratos
administrativos (art. 1º, XXVI).
Ademais, o Regimento também nos informa que:
Art. 237. Têm legitimidade para representar ao Tribunal de Contas da
União:
VII – outros órgãos, entidades ou pessoas que detenham essa prerrogativa
por força de lei específica.
Por sua vez, a Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações) assim dispõe:
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais
instrumentos regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas
competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos
interessados da Administração responsáveis pela demonstração da
legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da
Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica
poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do
sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação desta Lei,
para os fins do disposto neste artigo.
Assim, na interpretação conjunta do art. 1º, XXVI e art. 237, VII,
ambos do RI/TCU, com o art. 113, §1º da Lei de Licitações, conclui-se que
a representação deve ser conhecida pelo Tribunal.
II) Viabilidade do fracionamento da recuperação
A Lei de Licitações dispõe que:
Ar. 23 (...)
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e
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economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de escala.
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas
nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da
obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada
a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.
Nos termos da Súmula nº 247 do TCU, o parcelamento é obrigatório
quando o objeto da contratação tiver natureza divisível, desde que não
haja prejuízo para o conjunto a ser licitado.
Portanto, o gestor agiu corretamente ao fracionar o objeto da
licitação em três licitações relacionadas às etapas de terraplenagem,
pavimentação e drenagem.
III) Adequação da modalidade de licitação
A modalidade a ser adotada na licitação em cada uma das parcelas
deve ser aquela que seria utilizada caso houvesse uma contratação única,
isto é, a escolha da modalidade deve ser feita em face do montante
conjunto de todas as contratações. O desmembramento do objeto com
vistas a utilizar modalidade de licitação mais simples do que se o objeto
fosse licitado em sua totalidade é chamado de fracionamento e não é
permitido (Lei de Licitações, art. 23, §5º).
Dessa forma, a escolha da modalidade concorrência para cada
licitação foi acertada, vez que, embora o valor de cada etapa justificasse a
realização de tomada de preços, o valor global da despesa do objeto
parcelado apontava para a modalidade concorrência.
IV) Adequação do regime de execução
Segundo a publicação “Licitações Contratos – orientações e
jurisprudência do TCU, 4ª edição”, temos as seguintes definições:
Empreitada por preço global é utilizada quando se contrata execução de
obra ou prestação de serviço por preço certo para a totalidade do objeto.
Verifica-se geralmente nos casos de empreendimentos comuns. Exemplo:
construção de escolas e pavimentação de vias públicas, nas quais os
quantitativos de materiais empregados são pouco sujeitos a alterações
durante a execução do contrato, pois podem ser mais bem identificados na
época de elaboração do projeto.
Empreitada integral é usada quando se contrata, por exemplo,
empreendimento na integralidade, com todas as etapas da obra, serviço e
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instalações correspondentes. Nesse regime, o contratado assume inteira
responsabilidade pela execução do objeto até a entrega à Administração
contratante para uso.
Em suma, utiliza-se empreitada por preço global nos de
empreendimentos comuns e empreitada integral nos empreendimentos de
grande vulto e complexidade. Portanto, a opção do regime de execução
feita pelo gestor foi adequada, ao contrário do que afirma o
representante.
Com isso, já somos capazes de elaborar a peça técnica requisitada
pela banca. Vejamos uma possível resposta.
Proposta de solução
INTRODUÇÃO:
Trata-se de representação formulada por empresa licitante, versando
sobre possíveis irregularidades em obra contratada pela União para
recuperar um trecho de rodovia federal.
Para realização da obra, a União promoveu três licitações na
modalidade concorrência, uma para cada etapa do empreendimento
(terraplenagem, pavimentação e drenagem). O custo estimado para cada
etapa foi de 20% a 30% inferior ao limite máximo para a realização de
tomada de preços. Nos três editais de licitação foi definido regime de
execução de empreitada por preço global.
A empresa representante alega que a divisão do objeto em três
licitações distintas evidencia fracionamento de despesa, contrariando as
disposições da Lei 8.666/1993. Além disso, segundo a empresa
representante, o regime de execução de empreitada por preço global seria
inadequado, pois o correto seria o regime de empreitada integral.
EXAME DE ADMISSIBILIDADE
Preliminarmente, registre-se que a representação preenche os
requisitos de admissibilidade previstos na legislação pertinente, pois foi
apresentada por pessoa legitimada (empresa licitante), bem como versa
sobre matéria afeta à competência do Tribunal .
EXAME TÉCNICO
No mérito, verifica-se que as alegações da empresa representante
não merecem prosperar.
Com efeito, o fracionamento de despesas, ao contrário do aludido
pela representante, caracteriza-se quando se divide a despesa com o
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intuito de utilizar modalidade de licitação inferior à recomendada pela
legislação para o total da despesa. No caso concreto, verifica-se que a
escolha da modalidade concorrência para cada licitação foi acertada, vez
que, embora o valor de cada etapa justificasse a realização de tomada de
preços, o valor global da despesa do objeto parcelado apontava para a
modalidade concorrência.
Ademais, o gestor agiu corretamente ao fracionar o objeto da
licitação em três licitações relacionadas às etapas de terraplenagem,
pavimentação e drenagem, visto que, à luz da Lei de Licitações e da
jurisprudência do Tribunal de Contas da União, o parcelamento é
obrigatório quando o objeto da contratação tiver natureza divisível, desde
que não haja prejuízo para o conjunto a ser licitado.
Por sua vez, também não há irregularidade na definição do regime de
execução da obra, ao contrário do que afirma a representante, tendo em
vista que a recuperação de rodovia consiste em empreendimento comum,
para o qual o regime de execução de empreitada por preço global é o
mais indicado.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, entende-se que a presente representação deve ser
conhecida para, no mérito, ser considerada improcedente.
PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
Submete o processo à consideração superior propondo: a) conhecer
da representação para, no mérito, considerá-la improcedente; b) dar
ciência da deliberação que vier a ser proferida, bem como do Relatório e
do Voto que a fundamentarem, à empresa representante e à União;
c) arquivar o presente processo.
----------------------------
Uma dica: os títulos dos campos não são obrigatórios, mas
melhoram a organização do texto. Insira-os apenas se não causar
comprometimento do conteúdo por causa da limitação de linhas.
----------------------------
2. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Um ente público precisou adquirir, em
certo exercício, o valor de R$ 500.000,00 em equipamentos de
informática. O administrador desse ente determinou que fossem
realizadas diversas aquisições, cada uma com valor inferior ao limite
autorizado para dispensa de licitação. Dessa forma, todas as contratações
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foram diretas, sob o fundamento da dispensa. Essa prática foi detectada
no exame da prestação de contas do referido ente público. Apesar do
ocorrido, constatou-se não ter havido lesão ao erário, pois as contratações
foram realizadas por valores de mercado.
Em face da situação hipotética acima, redija um parecer que,
necessariamente, contemple considerações a respeito da validade jurídica
das aquisições, apontando de que modo o Tribunal de Contas da União
(TCU) deverá julgá-las e que providências caberá a esse tribunal
determinar.
Extensão máxima: 50 linhas.
Orientações Gerais
A questão nos pede para elaborar uma instrução de mérito em um
processo de contas ordinária, especificamente quanto à situação
apresentada, caracterizadora do fracionamento de despesas.
O fracionamento ocorre quando se divide a despesa para utilizar
modalidade de licitação inferior à recomendada pela legislação para o total
da despesa ou para efetuar contratação direta.
A Lei 8.666/1993 veda o fracionamento de despesa:
Art. 23. (...)
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de escala.
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas
nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da
obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada
a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.
Em resumo, se a Administração optar por realizar várias licitações ao
longo do exercício financeiro, para um mesmo objeto ou finalidade, deverá
preservar sempre a modalidade de licitação pertinente ao todo que
deveria ser contratado.
Por exemplo: se a Administração tem conhecimento de que, no
exercício, precisará substituir 1.000 cadeiras de um auditório, cujo preço
total demandaria a realização de tomada de preços, não é lícita a
realização de vários convites para a compra das cadeiras, fracionando a
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despesa total prevista em várias despesas menores que conduzem à
modalidade de licitação inferior à exigida pela lei.
Não raras vezes, o fracionamento de despesa ocorre pela ausência de
planejamento da Administração, o que não justifica a irregularidade,
conforme entendimento consolidado na jurisprudência do TCU:
A ausência de realização de processo licitatório para contratações ou
aquisições de mesma natureza, em idêntico exercício, cujos valores globais
excedam o limite legal previsto para dispensa de licitação, demonstra falta
de planejamento e implica fuga ao procedimento licitatório e fracionamento
ilegal da despesa.
Portanto, na situação apresentada, o gestor responsável efetuou
fracionamento da despesa, pois, diante do valor global da compra no
exercício (R$ 500.000,00) de um mesmo material (equipamentos de
informática), a modalidade que deveria ter sido utilizada era a tomada de
preços (Lei de Licitações, art. 23, II, b).
A Lei Orgânica do TCU informa que:
Art. 12. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal:
I - definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão
inquinado;
(...)
III - se não houver débito, determinará a audiência do responsável para,
no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar razões de
justificativa;
(...)
Art. 16. As contas serão julgadas:
(...)
III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:
(...)
b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à
norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional ou patrimonial;
(...)
Art. 19. (...)
Parágrafo único. Não havendo débito, mas comprovada qualquer das
ocorrências previstas nas alíneas a, b e c do inciso III, do art. 16, o Tribunal
aplicará ao responsável a multa prevista no inciso I do art. 58, desta Lei.
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Art. 58. O Tribunal poderá aplicar multa (...), aos responsáveis por:
(...)
II - ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;
Assim, em que pese não ter havido prejuízo ao erário - pois os
equipamentos foram adquiridos a preço de mercado - a prática de ato
com infração a norma legal (no caso, com afronta à Lei de Licitações)
acarreta a irregularidade das contas.
Preliminarmente, o Tribunal deve assegurar o contraditório e a ampla
defesa, realizando a audiência do responsável para que apresente suas
razões de justificativa (no caso, porque não houve débito; se houvesse,
seria citação).
Pronto. Agora é só elaborar a peça técnica. Vamos lá?
Proposta de solução
INTRODUÇÃO
Trata-se da prestação de contas de ente público federal referente a
certo exercício, de responsabilidade do respectivo administrador.
No exercício em exame, o ente público adquiriu equipamentos de
informática no valor global de R$ 500.000,00.
Para tanto, o administrador do ente determinou que fossem
realizadas diversas aquisições, cada uma com valor inferior ao limite
autorizado para dispensa de licitação. Dessa forma, todas as contratações
foram diretas, sob o fundamento da dispensa, caracterizando o
fracionamento da despesa.
Cumpre salientar que, apesar do ocorrido, constatou-se não ter
havido lesão ao erário, pois as contratações foram realizadas por valores
de mercado.
1) ANÁLISE DE MÉRITO
No mérito, pode-se considerar que a conduta do responsável, muito
embora não tenha causado prejuízo ao erário, afrontou disposição
expressa na Lei de Licitações, bem como não observou a jurisprudência
desta Corte sobre o assunto.
Com efeito, tem-se pacificado que, caso a Administração opte por
realizar várias licitações ao longo do exercício financeiro, para um mesmo
objeto ou finalidade, deverá preservar sempre a modalidade de licitação
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pertinente ao todo que deveria ser contratado. No caso concreto, o valor
global da contratação, de R$ 500.000,00, exigia licitação na modalidade
tomada de preços, de modo que as diversas contratações diretas
realizadas, sob fundamento de dispensa, caracterizam fracionamento
ilegal da despesa, assim como demonstram a falta de planejamento do
administrador.
Dessa forma, a não elisão das irregularidades pelo responsável dá
ensejo ao julgamento de suas contas como irregulares, com aplicação de
multa, nos termos da Lei Orgânica do Tribunal (LO/TCU). Por isso, a fim
de assegurar o contraditório e a ampla defesa, propõe-se a sua audiência
prévia, para que apresente razões de justificativa. Adicionalmente,
propõe-se a expedição de determinação com vistas a prevenir futuras
irregularidades semelhantes.
CONCLUSÃO
Do exposto, verifica-se que o fracionamento de despesas caracterizou
afronta à Lei de Licitações. Diante da ilegalidade, como medida preliminar,
propõe-se a audiência responsável para que apresente suas razões de
justificativa. Caso a defesa apresentada em resposta à audiência for
insuficiente para elidir ou justificar o fracionamento de despesas, as
contas do gestor devem ser julgadas irregulares, com aplicação de multa,
nos termos da Lei Orgânica. Por outro lado, caso a defesa afaste a
ilegalidade, as contas devem ser julgadas regulares, com quitação plena
ao responsável.
2) PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
Submete-se o processo à consideração superior propondo, com
fundamento na LO/TCU:
a) determinar a audiência do administrador responsável, a fim de que
apresente razões de justificativa para o fracionamento de despesas;
b) julgar irregulares as contas do administrador responsável, caso
suas justificativas não elidam o fundamento da impugnação, bem como
aplicar-lhe a multa prevista na Lei Orgânica;
c) alternativamente, julgar regulares as contas do administrador
responsável, caso suas justificativas elidam o fundamento da impugnação,
dando-lhe quitação plena;
c) determinar ao ente público federal que planeje a atividade de
compras, de modo a evitar o fracionamento na aquisição de produtos de
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igual natureza, possibilitando a utilização da correta modalidade de
licitação, nos termos da legislação em vigor;
d) arquivar o presente processo.
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Nesse exemplo, lembre-se de que o Tribunal julga as contas do
responsável. O administrador responde pessoalmente pela regularidade da
sua gestão. Por outro lado, as determinações, assim como as
recomendações, geralmente são dirigidas ao órgão ou entidade. Isso
porque o objetivo de tais deliberações é prevenir futuras irregularidades
no órgão, independente de quem esteja na sua direção.
Uma dica: se estiver faltando espaço para o texto, o campo
conclusão pode ser suprimido, desde que as análises e providências para
cada ponto estejam devidamente apresentadas no exame técnico. Nessa
hipótese, passa-se direto do exame técnico para a proposta de
encaminhamento.
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Enfim, é isso pessoal. A peça técnica não é nenhum bicho de sete
cabeças, mas carece de muito treinamento para “pegar o jeito”. Em
provas recentes organizadas pelo Cespe, muitos candidatos que foram
extremamente bem nas provas objetivas foram eliminados nas
discursivas. Desconsiderando eventuais problemas na correção da banca,
o fato é que muita gente não se prepara adequadamente para elaborar
uma boa redação. Às vezes, durante os estudos, o candidato preocupa-se
apenas em resolver milhares de questões objetivas, mas deixa de
reservar algum espaço no cronograma para treinar a escrita. E friso:
praticar redação é altamente recomendável, podendo ser esse o fator
diferencial que levará à aprovação.
Qualquer dúvida postem lá no fórum, ok?
Abraço e bons estudos!
Erick Alves
erickalves@estrategiaconcursos.com.br
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Referências:
_______Tribunal de Contas da União. Instrução processual no TCU. Brasília: TCU,
Instituto Serzedello Corrêa, 2012.
_______Tribunal de Contas da União. Licitações e Contratos – orientações e
jurisprudência do TCU. 4ª edição. Brasília: TCU, 2010.
_______Tribunal de Contas da União. Orientações para elaboração de documentos
técnicos de controle externo. Brasília: TCU, 2010.
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