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TCU, Controle Externo
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Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei
n. 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos
autorais e d outras providncias.
CONTROLE EXTERNO TFCE Pr Edital
CONCURSO: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO
CARGO: Tcnico Federal de Controle Externo
PROFESSOR: Fernando Gama e Andressa Saraiva
Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n. 9.610/1998,
que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias.
Rateio crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta,
realizando sua matrcula individualmente no site www.concurseiro24horas.com.br
TCU Tcnico Federal de Controle Externo
Controle Externo
Aula Inaugural
Fernando Gama e Andressa Saraiva www.concurseiro24horas.com.br 2|24
AULA INAUGURAL
1. CONTROLE INTRODUO ........................................................................................................................................... 4
1.1. CLASSIFICAES ....................................................................................................................................................... 5
1.2. MODELOS DE CONTROLE EXTERNO ........................................................................................................................ 11
1.2.1. TRIBUNAIS DE CONTAS ............................................................................................................................................... 12
1.2.2 CONTROLADORIAS OU AUDITORIAS-GERAIS ............................................................................................................... 12
1.3. O PAPEL DO TCU NO CONTROLE BRASILEIRO ......................................................................................................... 15
2. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO (TCU) .................................................................................................................. 17
2.1. TCU NA CONSTITUIO .......................................................................................................................................... 19
3. EXERCCIOS DA AULA .................................................................................................................................................. 21
1. Apresentao Inicial
Ol pessoal!
Comearemos agora uma jornada rumo ao concurso de Tcnico Federal de
Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio (TCU) junto com vocs! O
concurso foi autorizado em 07/07/2014 e houve retificao e 20/10/2014. Com isso, temos autorizao para 19 vagas de Tcnico Federal de Controle Externo (TEFC),
assim distribudas: 11 (onze) no Distrito Federal, 1 (uma) no Acre, 1 (uma) no Amazonas, 2 (duas) no Maranho, 1 (uma) no Mato Grosso, 1 (uma) em
Pernambuco, 1 (uma) em So Paulo e 1 (uma) em Roraima.
Apesar desse nmero da autorizao, podemos esperar mais nomeaes
do que isso! No ltimo concurso, para Braslia, estavam previstas apenas 22 vagas e 50 aprovados tomaram posse! Alm disso, de que importa o nmero de vagas se
voc s precisa de UMA?
Bom, se voc est estudando para rea de controle/gesto j deve saber que
essa matria bem especfica de concursos dessas reas, e portanto, FAZ MUITA DIFERENA! Isso porque poucos candidatos se preparam com afinco para ela. E
voc j deve saber que uma questo faz muita diferena para SUA aprovao, n?
Se for a primeira vez que estiver estudando essa matria, no se preocupe!
Apesar de ser bem especfica, bem tranquila de estudar! E estamos aqui para
facilitar ainda mais o seu lado!
Alis, vamos a uma breve apresentao?
Seremos dois professores preparando o material para vocs:
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Controle Externo
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Fernando Gama: Para quem no me conhece ainda, meu nome Fernando e
trabalho no TCU j h 5 anos. Antes havia trabalhado com Fiscal de Tributos de Mato Grosso e como Analista do TCDF. Fui tambm Gestor Governamental e bancrio.
Aprovado em 1o lugar no concurso da Receita em 2005, acabei no assumindo o cargo em razo de ter sido convocado
Andressa Saraiva: Oi, Pessoal! Meu nome Andressa. Fui aprovada no ltimo concurso de Auditor do TCU (2013) em 5 lugar para Braslia. Possuo graduao em
Direito e em Cincias Contbeis e ps graduao em Direito Pblico. J fui aprovada em diversos outros concursos, dentre os quais destaco: Analista de Planejamento e
Oramento do MPU (8), Analista Administrativo Contbeis da Antt (6), Analista Administrativo Ibama (14), Analista Administrativo Contbeis CNJ (24).
Bom feitas as apresentaes, nosso curso seguir o ltimo edital do concurso de TEFC do TCU de 2012:
CONTROLE EXTERNO: 1 Tribunal de Contas da Unio (TCU): natureza, competncia e jurisdio. 2 Organizao e funcionamento do TCU. 3 Tipos de fiscalizao. 4
Deliberaes e recursos (Lei n 8.443/1992 e Regimento Interno do TCU). 5 Teoria
geral do processo
Ao olharmos o edital parece bem pouquinho, n? Mas no se engane, temos muito a
aprender! Hoje comearemos com alguns conceitos importantes para o decorrer do curso e seguiremos com o seguinte cronograma:
Cronograma de aulas.
Aula 01 (Aula demonstrativa) Controle. Classificaes de Controle. Modelos de Controle Externo no Mundo. Tribunais de Contas. Controladorias Gerais. O Papel do TCU no Controle Brasileiro. TCU. TCU na Constituio.
Aula 02 - O Tribunal de Contas na Constituio Federal: normas e jurisprudncia dos arts. 70 e 71
Aula 03 - O Tribunal de Contas na Constituio Federal: normas e jurisprudncia dos arts. 72 e 75
Aula 04 - Lei Orgnica do TCU: natureza, competncia e jurisdio do Tribunal e do processo no TCU
Aula 05 - Processos de contas e de contas especiais
Aula 06 - Processos de fiscalizao: tipos e natureza das fiscalizaes a encargo do TCU
Aula 07 - Tipos de deliberaes no Tribunal: interlocutria, de mrito ou trancamento. Sanes. Medidas protetivas: cautelar, inabilitao, inidoneidade.
Aula 08 - Tipos de Recursos no TCU e suas caractersticas
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Aula 09 - TCU: normas acerca dos auditores, ministros e procuradores
Aula 10 - Questes comentadas e reviso
Sendo assim, vamos comear essa jornada?
2. Controle Introduo
Bom, como vamos estudar a matria controle externo, primeiramente, temos que saber o que controle.
Voc com certeza j tem algum conceito pr definido em sua cabea j que utilizamos esse vocbulo diversas vezes em nossas vidas. Quem nunca se se deparou
com aquela criana mais animadinha e voc pensou essa me no tem controle sobre o filho!. Ou quem sabe quando voc estava naquela aula suuuuper legal (ou no) da auto escola e o seu professor pediu para fazer controle da embreagem em uma rampa?
Mesmo que sejam casos bem diferentes, no fundo, os significados se aproximam!
E para esse estudo o significado o mesmo. Vejamos!
O controle um substantivo masculino oriundo do verbo controlar. Segundo o Dicionrio Michaelis, controlar : exercer o controle de; fiscalizar; verificar.
Se formos no Dicionrio Aurlio, iremos ver as seguintes acepes para a
palavra controle: Vigilncia, exame minucioso; inspeo, fiscalizao, comprovao [...].
Utilizando esses conceitos genricos, podemos perceber que se aplicam aos casos cotidianos citados acima. Quando aquela criana mais sapeca est aprontando e a
me no consegue impor seus limites, cabe a ela controlar seu filho (ter vigilncia sobre ele). No caso da embreagem, para no deixarmos o carro morrer, temos que agir com o p de forma minuciosa para no acelerar de vez e nem soltar totalmente, portanto fiscalizando o nosso peso no pedal.
Aproximando um pouco mais esse conceito matria em estudo, no caso do
controle aplicado Administrao Pblica, Maria Sylvia Zanello de Pietro defende o controle tem como finalidade assegurar que a Administrao atue em consonncia com os princpios que lhe so impostos pelos ordenamentos jurdicos [...].
Bom, tranquilo o conceito de controle, n? Alm disso, j deu para perceber que o controle aparece em diversos momentos de nossas vidas, certo?
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Se voc /est casado/namorando, vai entender bem o seguinte exemplo:
quarta-feira dia de futebol com os amigos. Ps jogo os amigos chamam para tomar uma cervejinha! Chegando no bar voc toma uma cerveja e pensa poxa no liguei para minha esposa!. Nesse momento voc est controlando a si mesmo (controle interno), pois no deu explicaes para sua mulher. Voc pega o telefone e liga para
ela contando o que est fazendo (prestao de contas). Ela, em casa te esperando, atende o telefone e fica brava, pois no achou legal sua escapadinha e pede para voc ir para casa, pois, caso contrrio, as consequncias sero maiores (controle externo).
J deu para perceber o papel do controle externo? Simples: assegurar que as pessoas ajam conforme o esperado/correto. No caso bvio que o marido no
poderia sair sem pedir permisso para mulher! (Brincadeiras a parte, se no o Fernando me expulsa daqui!).
Nesse simples exemplo, pudemos perceber que o controle pode ser classificado de algumas formas diferentes, dependendo de como se pretende classific-lo.
Ento vamos dar uma olhadinha nessas classificaes! (FIQUEM DE OLHO, ISSO
COSTUMA CAIR EM PROVA!!)
2.1. Classificaes
J que comeamos pelo exemplo acima com o controle interno e externo, at para facilitar a historinha contada, vamos a essa classificao!
Quanto ao posicionamento de que efetua o controle: interno ou externo.
O controle classificado como interno quando o agente que efetua as aes de controle integra a administrao que est sendo objeto do controle (no caso acima,
o marido estava controlando a si mesmo, ou seja ele controlava e era controlado ao mesmo tempo).
O controle externo, portanto, quando o agente controlador no pertence
administrao objeto do controle (no caso acima, a esposa controla e o marido controlado).
Por essa classificao, podemos perceber que controle externo no se restringe aos rgos de controle (apesar de ser esse conceito utilizado para a matria), mas
tambm pode caracterizar um Poder Controlando o Outro. Exemplo: Art. 129 VII da CF/88
Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico:
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
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O Glossrio de termos do Controle Externo do TCU ( Tribunal de Contas da Unio)
possui esse conceito:
Controle interno processo efetuado pela administrao e por todo o corpo funcional, integrado ao processo de gesto em todas as reas e todos os nveis de rgos e entidades pblicos, estruturado para
enfrentar riscos e fornecer razovel segurana de que, na consecuo da misso, dos objetivos e das metas institucionais, os princpios
constitucionais da administrao pblica sero obedecidos e os seguintes objetivos gerais de controle sero atendidos:
eficincia, eficcia e efetividade operacional, mediante execuo
ordenada, tica e econmica das operaes;
integridade e confiabilidade da informao produzida e sua
disponibilidade para a tomada de decises e para o cumprimento de
obrigaes de accountability;
conformidade com leis e regulamentos aplicveis, incluindo normas,
polticas, programas, planos e procedimentos de governo e da prpria instituio;
adequada salvaguarda e proteo de bens, ativos e recursos pblicos
contra desperdcio, perda, mau uso, dano, utilizao no autorizada ou apropriao indevida
Por outro lado Lima (2004, apud Pardini, 2008) leciona que: Controle externo sobre as atividades da Administrao, em sentido orgnico e tcnico, , em resumo,
todo controle exercido por um Poder ou rgo sobre a administrao de outros. Nesse sentido, controle externo o que o Judicirio efetua sobre os atos dos
demais Poderes. controle externo o que a administrao direta realiza sobre as entidades da administrao indireta. controle externo o que o legislativo exerce
sobre a administrao direta e indireta dos demais Poderes. Na terminologia adotada pela Constituio, apenas este ltimo que recebe a denominao
jurdicoconstitucional de controle externo (CF arts. 31 e 70 a 74), denominao repetida especificamente em outros textos infraconstitucionais, como, por exemplo,
a Lei n 8443/1992.
_______
Apenas fazendo um adendo nesse tema!!! Na maioria dos concursos em
que caem a matria Controle Externo, tambm cai Auditoria e, por vezes, as bancas costumam misturar esses conceitos. Vamos difenci-los?
Auditoria processo sistemtico, documentado e independente de se avaliar objetivamente uma situao ou condio para determinar a extenso na qual os
critrios aplicveis so atendidos, obter evidncias quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliao a um destinatrio predeterminado (Glossrio
de Termos de Controle Externo do TCU).
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Sendo assim, conforme dito acima, podemos perceber que o conceito de
Auditoria est ligado ao de Controle, mas com ele no se confunde. Podendo a auditoria ser utilizado como uma tcnica de controle.
1 (CESPE/TCU/2011) responsabilidade da auditoria interna fazer periodicamente uma
avaliao dos controles internos. Nesse sentido, correto afirmar que a auditoria interna
representa um controle interno.
Percebam como a Banca mistura esses conceitos?! Um dos papis da Auditoria
avaliar os controles da entidade, para confirmar se esto sendo realizados conforme o planejado. A afirmao da Banca no que Auditoria Interna seja sinnimo de
controle interno, mas sim que ele o integra! Sendo uma tcnica possivel a ser utilizada pelo controle. Questo Polmica! Mas importante para ver o que a banca
examinadora faz. Gabarito: CERTO.
LEMBRE-SE: AUDITORIA CONTROLE
_______
Quanto ao momento: prvio, concomitante ou posterior.
Controle prvio (a priori) tambm pode ser chamado de prospectivo e possui
finalidade preventiva, pois ocorre antes da ao administrativa ser finalizada. Exemplo onde ocorre esse tipo de controle atravs de medidas cautelares
suspendendo certames licitatrios que possuam indcios de irregularidades. Obs: h autores que defendem que no existe controle prvio no Brasil, pois isto seria
submeter atos e contratos apreciao do Tribunal para que este autorizasse a execuo; contudo, essa posio no dominante, mas bom que o aluno saiba.
Controle concomitante (pari passu) realizado ao mesmo tempo em que a ao administrativa est sendo feita. Exemplo ocorre quando a auditoria
acompanha a execuo orcamentria durante o ano.
Controle posterior (a posteriori) tambm pode ser chamado de retrospectivo e possui carter corretivo, pois ocorre aps o fim da ao
administrativa fiscalizada. Exemplo ocorre na emisso de parecer prvio das contas do Presidente da Repblica (CF, art.71, I).
Quanto atividade/objeto: legalidade, gesto ou mrito.
O controle da legalidade verifica a conformidade dos procedimentos efetuados
em comparao ao determinado por normas e regulamento.
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O controle de mrito avalia a convenincia e oportunidade ( tempestividade) da
conduta efetuada.
O controle de gesto avalia a eficincia, eficcia, efetividade e economicidade da
conduta praticada. Esses conceitos, sero vistos mais adiante ao longo do curso de forma pormenorizada, porm devido importncia desses conceitos, vamos dar uma
lida diante mo ( Glossrio de Termos do Controle Externo do TCU):
Economicidade - minimizao dos custos dos recursos utilizados na consecuo de uma atividade, sem comprometimento dos padres de qualidade. Refere-se capacidade de uma instituio gerir adequadamente
os recursos financeiros colocados sua disposio.
Efetividade - relao entre os resultados de uma interveno ou programa,
em termos de efeitos sobre a populao-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados). Trata-se de verificar a
ocorrncia de mudanas na populao-alvo que poderiam ser razoavelmente atribudas s aes do programa avaliado.
Eficcia - grau de alcance das metas programadas (bens e servios) em
um determinado perodo de tempo, independentemente dos custos implicados. O conceito de eficcia diz respeito capacidade da gesto de cumprir
objetivos imediatos, traduzidos em metas de produo ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou servios de acordo com o estabelecido
no planejamento das aes.
Eficincia - relao entre os produtos (bens e servios) gerados por uma
atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado perodo de tempo, mantidos os padres de qualidade. Essa
dimenso refere-se ao esforo do processo de transformao de insumos em produtos.
Quanto forma de instaurao do controle: por provocao ou de ofcio.
O nome j diz por si, certo? Com exemplo podemos ver isso bem fcil! A Constituio Federal (art. 71) lista algumas competncias do Tribunal de Contas
da Unio (TCU):
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;
IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no inciso II;
Agora vamos ver essas competncias de forma destacada, conforme a classificao do controle:
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I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica,
mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; (controle de ofcio)
IV - realizar, por iniciativa prpria (controle de ofcio), da Cmara dos Deputados (controle por provocao) , do Senado Federal (controle por
provocao) , de Comisso tcnica (controle por provocao) ou de inqurito (controle por provocao), inspees e auditorias de natureza contbil,
financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais
entidades referidas no inciso II;
Questes
2 ( TCE-GO Analista de Controle Externo- FCC 2009) Sistema de Controle Externo
a) um conjunto de atividades, planos, rotinas, mtodos e procedimentos interligados,
estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos da entidade sejam alcanados de forma
confivel, evidenciando eventuais desvios ao longo da gesto.
b) um plano de organizao de todos os mtodos e medidas adotadas para salvaguardar
ativos, verificar a exatido e fidelidade dos dados contbeis, desenvolver a eficincia nas
operaes e estimular o seguimento das polticas executivas prescritas.
c) uma tcnica de reviso contbil, que, por meio do exame de documentos, livros, registros,
verifica a fidedignidade das Demonstraes contbeis.
d) um conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequao
e eficcia dos controles internos e das informaes fsicas, contbeis, financeiras e
operacionais da entidade.
e) um conjunto de aes de controle desenvolvidas por uma estrutura organizacional, com
procedimentos, atividades e recursos prprios, no integrados na estrutura controlada,
visando fiscalizao, verificao e correo de atos.
Gabarito Letra E! Questo simples de ser resolvida ao atentarmos para um simples
detalhe: no integrados na estrutura controlada. Todos os outros itens circundam a atividade de controle externo, porm tambm podem ser associadas ao controle interno j que no havia desse detalhe de qual estrutura integrava.
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3) (TCU ACE 2004 Cespe) Tendo em conta o momento no qual a atividade de controle se
realiza, o controle externo, analogamente ao que ocorre com o controle de
constitucionalidade, pode ser classificado em prvio (a priori) ou posterior (a posteriori).
Item Correto! Quanto ao momento, o controle pode ser classificado em:
Controle prvio ( a priori)
Controle concomitante ( pari passu)
Controle porterior ( a posteriori)
Lembrando que, apesar de no ter dito a classificao controle concomitante, a questo no restringiu APENAS em prvio e posterior. A questo apenas fez uma analogia ao controle de constitucionalidade ( matria de Direito Constitucional)!
4) (TCE-RO- Contador Cesgranrio 2007) Quanto ao momento em que exercido, o controle
da Administrao Pblica pode ser classificado como prvio, concomitante ou a posteriori.
Assim, tem-se como exemplo tpico de controle concomitante exercido pelo Tribunal de
Contas o(a):
(A) exame da legalidade dos atos de admisso de pessoal e de aposentadorias.
(B) julgamento das contas dos responsveis por bens e valores pblicos.
(C) apreciao das contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, mediante parecer
elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.
(D) realizao de auditorias e inspees de natureza contbil, financeira, oramentria,
operacional e patrimonial.
(E) exigncia de autorizao para os Estados realizarem operao de crdito no exterior.
Gabarito letra D!
Letra A : controle a posteriori.
B: controle a posteriori.
C: controle a posteriori.
E: controle prvio.
5) (SEBRAE - Analista Tcnico II 2010 - Cespe) No exerccio do controle externo, o Congresso
Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, analisa a legalidade, mas no a
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legitimidade, dos atos administrativos da Unio e das entidades da administrao direta e
indireta.
Item errado! Questo facilmente resolvida pelo disposto no art. 70, caput, CF:
Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta,
quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Sendo assim, o erro da questo restringir a anlise apenas em legalidade.
6) (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Um sistema de controle externo se diferencia de um sistema
de controle interno na administrao pblica, pois
a) o primeiro se situa em uma instncia fora do mbito do respectivo Poder.
b) correspondem, respectivamente, auditoria externa e interna.
c) o primeiro tem funo coercitiva e o segundo, orientadora.
d) o primeiro tem carter punitivo, e o segundo consultivo.
e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo
institucional.
Resposta letra A! Conforme dito durante a aula o controle pode ser externo ou interno. O controle classificado como interno quando o agente que efetua as aes
de controle integra a administrao que est sendo objeto do controle. O controle externo quando o agente controlador no pertence administrao objeto do
controle.
2.2. Modelos de Controle Externo
Visto as classificaes de controle, devemos ver tambm, nessa parte inicial, os modelos de controle externo existentes.
No mundo, temos dois modelos possveis de controle externo:
A) Tribunais de Contas
B) Controladorias ou Auditorias-Gerais
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2.2.1. Tribunais de Contas
Esse modelo de controle externo baseado em colegiados (grupos de juzes) que analisam as contas, sendo as decises tomadas por um conjunto de pessoas. So
vinculados aos aspectos de cumprimento de lei ( legalidade), e portanto, em regra, possuem competncia para punir e emitir determinaes compulsrias aos orgos
sobre sua jurisdio.
2.2.2. Controladorias ou Auditorias-Gerais
Esse modelo de controle externo, diferentemente dos Tribunais de Contas, so
rgos singulares (carter unipessoal), e portanto as decises so tomadas por uma pessoa ( controlador ou auditor-geral).
Ao invs de focar na legalidade, a preocupao com os resultados das aes fiscalizadas (viso gerencial) . Em geral, no possuem papel de punir e nem expedir
determinaes, mas sim recomendaes (carter opinativo e consultivo).
Tribunais de Contas Auditorias Gerais
Decises colegiadas Decises Monocrticas
Foco na legalidade Foco nos resultados
Expede determinaes Expede recomendaes
Apesar dessas especificidades, nem tudo diferente entre esses modelos de controle externo:
1. Ambos modelos fazem parte do aparelho administrativo do Estado;
2. Ambos modelos possuem independncia em suas decises;
Por fim, vale lembrar que em regra os dois modelos esto associados ao Poder Legislativo. Mas isso relativizado, pois existem pases que colocam os Tribunais de
Contas junto ao Poder Judicirio (ex. Portugal) ou as Auditorias-Gerais junto ao Poder Executivo (Ex. Paraguai). H tambm casos em que a EFS no est vinculada a
nenhum Poder (ex. Frana e Chile).
Feitas essas consideraes, vamos chamar ateno para os casos que
costumam cair em prova devido s suas diferenas:
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1) Grcia e Portugal so os NICOS rgos de controle externo ligados ao Poder
Judicirio;
2) A Maioria dos rgos de controle externo so ligados ao Poder Legislativo;
3) Na Frana existe o contencioso administrativo, ou seja, rgo de controle (que no caso um Tribunal de Contas) tem o poder de decidir no mrito em ltima
instncia. Apesar de ser uma matria vista em Administrativo, vamos dar uma palinha:
Existem no mundo dois Sistemas Administrativos: Jurisdio Una x Contencioso Administrativo.
Contencioso Administrativo ( Sistema francs): existem duas jurisdies distintas em funco da matria que ser julgada. Todas as matrias envolvendo Administrao
Pblica julgada de forma definitiva pela jurisdio administrativa, enquanto as outras matrias so julgada pela jurisdio comum.
Jurisdio Una (Sistema Ingls): Nesse sistema no existe diviso de jurisdiao. Cabendo, portanto, ao Poder Judicirio (justia comum) decidir de forma definitiva
qualquer matria ( administrativa ou no). No Brasil adotado esse sistema, por
isso, o Poder Judicirio (instncia do STF) pode desconstituir uma deciso do TCU. No pode altera-la no mrito, mas pode anular, obrigando o TCU decidir novamente
o tema.
Questes
7 (TCE-MT Auditor Pblico Externo 2011 FMP-RS) O sistema de controle externo
caracterizado por rgo singular, tpico dos pases anglo-saxnicos, o de:
a) Tribunal de Contas.
b) Auditoria ou Controladoria-Geral.
c) Ombudsman.
d) Tribunal Judicial.
e) Conselho de Contas
Gabarito Letra B! Conforme dito na aula Auditoria ou Controladoria-Geral o modelo
de controle externo que se caracteriza por ser um rgo singular e que tem a
preocupao com os resultados das aes fiscalizadas (viso gerencial) . Em geral, no possuem papel de punir e nem expedir determinaes, mas sim recomendaes
(carter opinativo e consultivo). De forma ilustrativa:
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8. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo tm em comum
a circunstncia de que o rgo de controle invariavelmente colegiado e ligado ao Poder
Legislativo.
Item Errado! Existem pases em que o rgo de controle associado ao Poder
Executivo ( Ex. Pagraguai) e existem casos em que no associado a nenhum Poder ( ex. Frana e Chile). No Brasil, ligado ao Poder Legislativo. Alm disso, nem todos
orgos de controle so colegiados, pois as Controladorias so orgos monocrticas.
9. (TCU ACE 2006 - ESAF) Na maioria dos pases onde existe, o sistema de controle externo
levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas) ou pelas Auditorias-Gerais.
Nesse contexto, considerando as principais distines entre esses dois modelos de controle,
assinale a opo que indica a correta relao entre as colunas:
1) Tribunais de Contas
2) Auditorias-Gerais
( ) So rgos colegiados.
( ) Podem ter poderes jurisdicionais.
( ) Podem estar integrados ao Poder Judicirio.
( ) Proferem decises monocrticas.
a) 1 2 1 2
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b) 1 1 1 2
c) 1 1 2 2
d) 2 1 2 1
e) 2 2 2 1
Gabarito Letra D! Os Tribunais de so rgos colegiados e podem ter poderes jurisdicionais. J as Auditorias-Gerais ( Controladorias) so monocrticos e no
possuem poderes jurisdicionais, expedindo recomendaes.
10 (CESPE/TCU/2007) O sistema de controle externo, na maioria dos pases signatrios,
levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas auditorias-gerais. As principais
caractersticas do sistema de tribunal de contas so as decises colegiadas e o poder
sancionatrio. No Brasil, bem como nos demais pases que adotam esse sistema, os tribunais
de contas, quanto sua organizao, encontram-se ligados estrutura do Poder Legislativo.
Item errado! Mas apenas em uma partezinha : No brasil, BEM COMO NOS DEMAIS
PASES que adotam esse sitema..... ligados estrutura do Poder Legislativo. No Brasil: SIM! Mas nos DEMAIS: No!! Grcia e Portugal so ligados so Poder Judicirio!
2.3. O Papel do TCU no Controle Brasileiro
J sabemos as classificaes do controle, j sabemos os modelos de controle
externo no Mundo. Mas agora, vocs nos perguntam: e no Brasil como funciona?
Bom, no Brasil o modelo adotado foi o do Tribunais de Contas. Atualmente, temos 34 (trinta e quatro) Tribunais de Contas no pas. SIM!!! 34! Mas porque professores, se s temos 26 estados e o DF?.
Bom, atualmente Temos os seguintes TCs:
Tribunal de Contas da Unio
Tribunal de Contas do Estado do Acre
Tribunal de Contas do Estado de Alagoas
Tribunal de Contas do Estado do Amap
Tribunal de Contas do Estado Amazonas
Tribunal de Contas do Estado da Bahia
Tribunal de Contas do Estado do Cear
Tribunal de Contas do Estado do Esprito Santo
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Controle Externo
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Tribunal de Contas do Estado de Gois
Tribunal de Contas do Estado do Maranho
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
Tribunal de Contas do Estado do Par
Tribunal de Contas do Estado de Paraba
Tribunal de Contas do Estado do Paran
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
Tribunal de Contas do Estado do Piau
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul
Tribunal de Contas do Estado de Rondnia
Tribunal de Contas do Estado de Roraima
Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina
Tribunal de Contas do Estado de So Paulo
Tribunal de Contas do Estado de Sergipe
Tribunal de Contas do Estado de Tocantins
Tribunal de Contas do Distrito Federal
Tribunal de Contas dos Municpios do Estado da Bahia
Tribunal de Contas dos Municpios do Estado do Cear
Tribunal de Contas dos Municpios do Estado de Gois
Tribunal de Contas dos Municpios do Estado de Par
Tribunal de Contas do Municpio de So Paulo
Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro
Temos, portanto, atualmente, os 34 Tribunais citados. Mas porque alguns
possuem Tribunais de Contas do Municpio e outros no?
Primeiramente, temos que nos lembrar que a CF/88 proibiu a criao de
Tribunais Municipais:
Art. 31. A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do
Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
4 - vedada a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas Municipais.
Sendo assim, no podem ser criados mais nenhum Tribunal de Contas desse jeito.
Mas professor, e o de Bahia, Cear, Gois e Par?
Bom, eles NO SO Tribunais de Contas Municipais! Eles so rgos de controle
externo estaduais responsvel pelo controle externo de todos os Municpios do
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Estado. Sendo assim, nesses quatro estados temos dois orgos de controle
ESTADUAIS.
Ou seja. Exemplificando:
Tribunal de Contas do Estado da Bahia Orgo estadual responsvel pelo
controle externo do Estado ( exemplo: contas do Governador da Bahia)
Tribunal de Contas dos Municpios do Estado da Bahia Orgo estadual
responsvel pelo controle externo dos Municpios do Estado da Bahia (
exemplo: contas do prefeito de Salvador-Bahia).
Sobre o tema, vale a leitura:
Municpios e Tribunais de Contas. A Constituio da Repblica impede que os Municpios criem os seus prprios Tribunais, Conselhos ou rgos de contas municipais (CF, art. 31, 4), mas permite que os
Estados-membros, mediante autnoma deliberao, instituam rgo estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municpios
(RTJ 135/457, Rel. Min. Octavio Gallotti ADI 445/DF, Rel. Min. Nri da Silveira), incumbido de auxiliar as Cmaras Municipais no exerccio de seu poder de controle externo (CF, art. 31, 1). Esses Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municpios embora qualificados como rgos estaduais (CF, art. 31, 1) atuam, onde tenham sido institudos, como rgos auxiliares e de cooperao tcnica das Cmaras de Vereadores. A prestao de contas desses Tribunais de
Contas dos Municpios, que so rgos estaduais (CF, art. 31, 1), h de se fazer, por isso mesmo, perante o Tribunal de Contas do prprio
Estado, e no perante a Assembleia Legislativa do Estado-membro. Prevalncia, na espcie, da competncia genrica do Tribunal de Contas do
Estado (CF, art. 71, II, c/c o art. 75). (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-2-1995, Plenrio, DJ de 10-2-2006.)
Mnemnico: BAPACEGO ( Bahia, Par, Cear e Gois = nicos Estados que possuem, atualmente, Tribunal de Contas doS Municpios)
3. O Tribunal de Contas da Unio (TCU)
Vamos para uma breve leitura sobre o Histrico do Controle no Brasil e sobre o TCU:
A histria do controle no Brasil remonta ao perodo colonial. Em 1680, foram criadas as Juntas das Fazendas das Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de
Janeiro, jurisdicionadas a Portugal. Em 1808, foi instalado o Errio Rgio e criado o
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Conselho da Fazenda, que tinha como atribuio acompanhar a execuo da despesa
pblica.
Com a proclamao da independncia do Brasil, em 1822, o Errio Rgio foi
transformado no Tesouro pela Constituio monrquica de 1824, prevendo-se, ento, os primeiros oramentos e balanos gerais.
A idia de criao de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826. As discusses em torno da criao de um Tribunal de Contas
durariam quase um sculo, polarizadas entre aqueles que defendiam a sua necessidade para quem as contas pblicas deviam ser examinadas por um rgo independente , e aqueles que o combatiam, por entenderem que as contas pblicas podiam continuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam.
Somente a queda do Imprio e as reformas poltico-administrativas da jovem Repblica tornaram realidade, finalmente, o Tribunal de Contas da Unio. Em 7 de
novembro de 1890, por iniciativa do ento Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, o Decreto n 966-A criou o Tribunal de Contas da Unio, norteado pelos princpios da
autonomia, fiscalizao, julgamento, vigilncia e energia.
Apesar da criao, a instalao do Tribunal s ocorreu em 17 de janeiro de 1893, graas ao empenho do Ministro da Fazenda do ento Presidente Floriano
Peixoto. Floriano, acabou nomeando o parente do Ex-Presidente Deodoro da Fonseca como membro do Tribunal, porm, aps sua instalao, o Tribunal considerou ilegal
essa nomeao e a impediu. Por isso, o Presidente Floriano Peixoto retirou do TCU, por meio de decretos, a competncia de proibir despesas consideradas ilegais. Com
essa retirada, o Ministro da Fazenda Serdezello Correa demitiu-se do cargo por no concordar com a deciso de Floriano. Somente na CF/88, O TCU retomou com sua
competncia de impedir despesas legais.
Finalmente, com a Constituio de 1988, o Tribunal de Contas da Unio teve a
sua jurisdio e competncia substancialmente ampliadas. Recebeu poderes para, no auxlio ao Congresso Nacional, exercer a fiscalizao contbil, financeira,
oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade e economicidade e a
fiscalizao da aplicao das subvenes e da renncia de receitas. Qualquer pessoa
fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria tem o dever de prestar contas ao TCU.
Sendo assim, apesar dos 34 Tribunais de Contas existentes, compete ao TCU no mbito da Unio fiscalizar os recursos federais.
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3.1. TCU na Constituio
A Constituio Federal de 1988 conferiu ao TCU o papel de auxiliar o Congresso
Nacional no exerccio do controle externo. As competncias constitucionais privativas do Tribunal constam dos artigos 71 a 74 e 161 da CF/88.
Por ora vamos apenar dar uma lida, ok? Nas prximas aulas iremos estudar mais detalhadamente essas competncias:
Apreciar as contas anuais do presidente da Repblica.
Julgar as contas dos administradores e demais responsveis por
dinheiros, bens e valores pblicos.
Apreciar a legalidade dos atos de admisso de pessoal e de concesso de
aposentadorias, reformas e penses civis e militares.
Realizar inspees e auditorias por iniciativa prpria ou por solicitao do
Congresso Nacional.
Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais.
Fiscalizar a aplicao de recursos da Unio repassados a estados, ao
Distrito Federal e a municpios.
Prestar informaes ao Congresso Nacional sobre fiscalizaes
realizadas.
Aplicar sanes e determinar a correo de ilegalidades e irregularidades
em atos e contratos.
Sustar, se no atendido, a execuo de ato impugnado, comunicando a
deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal.
Emitir pronunciamento conclusivo, por solicitao da Comisso Mista
Permanente de Senadores e Deputados, sobre despesas realizadas sem
autorizao.
Apurar denncias apresentadas por qualquer cidado, partido poltico,
associao ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicao
de recursos federais.
Fixar os coeficientes dos fundos de participao dos estados, do Distrito
Federal e dos municpios e fiscalizar a entrega dos recursos aos governos
estaduais e s prefeituras municipais.
Alm dessas competncias, o TCU possui diversas outras atribuies conferidas por meio de leis especficas, as quais veremos nas aulas a seguir.
Por fim, nessa primeira aula devemos nos ater a um detalhe muito importante que frequentemente cai em prova: O Tribunal de Contas da Unio vinculado
ao Poder Legislativo ou um rgo independente dos poderes da Repblica?
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Apesar das diferentes posies doutrinrias quanto ao tema,
o entendimento majoritrio (e o que cai em prova!) no sentido de ser o TCU um rgo de extrao constitucional, independente e autnomo, que auxilia
o Congresso Nacional no exerccio do controle externo, PORTANTO O TCU NO INTEGRANTE DO PODER LEGISLATIVO!
11) (CESPE/ANVISA/2007/Tcnico Administrativo) O Tribunal de Contas da Unio (TCU) o
rgo do Poder Judicirio responsvel pelo controle externo da execuo oramentria da
administrao federal.
Item errado! TCU no rgo do Poder Judicirio, nem de qualquer outro Poder. TCU autnomo de extrao constitucional!
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4. Exerccios da Aula
1) (CESPE/TCU/2011) responsabilidade da auditoria interna fazer
periodicamente uma avaliao dos controles internos. Nesse sentido, correto afirmar que a auditoria interna representa um controle interno.
2 (TCE-GO Analista de Controle Externo- FCC 2009) Sistema de Controle Externo
a) um conjunto de atividades, planos, rotinas, mtodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos da entidade sejam alcanados de forma confivel, evidenciando eventuais desvios ao longo da gesto.
b) um plano de organizao de todos os mtodos e medidas adotadas para salvaguardar ativos, verificar a exatido e fidelidade dos dados contbeis,
desenvolver a eficincia nas operaes e estimular o seguimento das polticas executivas prescritas.
c) uma tcnica de reviso contbil, que, por meio do exame de documentos, livros,
registros, verifica a fidedignidade das Demonstraes contbeis.
d) um conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade,
adequao e eficcia dos controles internos e das informaes fsicas, contbeis, financeiras e operacionais da entidade.
e) um conjunto de aes de controle desenvolvidas por uma estrutura organizacional,
com procedimentos, atividades e recursos prprios, no integrados na estrutura
controlada, visando fiscalizao, verificao e correo de atos.
3) (TCU ACE 2004 Cespe) Tendo em conta o momento no qual a atividade de controle se realiza, o controle externo, analogamente ao que ocorre com
o controle de constitucionalidade, pode ser classificado em prvio (a priori)
ou posterior (a posteriori).
4) (TCE-RO- Contador Cesgranrio 2007) Quanto ao momento em que exercido, o controle da Administrao Pblica pode ser classificado como
prvio, concomitante ou a posteriori. Assim, tem-se como exemplo tpico de controle concomitante exercido pelo Tribunal de Contas o(a):
(A) exame da legalidade dos atos de admisso de pessoal e de aposentadorias.
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(B) julgamento das contas dos responsveis por bens e valores pblicos.
(C) apreciao das contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, mediante parecer elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.
(D) realizao de auditorias e inspees de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial.
(E) exigncia de autorizao para os Estados realizarem operao de crdito no exterior.
5) (SEBRAE - Analista Tcnico II 2010 - Cespe) No exerccio do controle
externo, o Congresso Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, analisa a legalidade, mas no a legitimidade, dos atos administrativos da
Unio e das entidades da administrao direta e indireta.
6) (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Um sistema de controle externo se diferencia de um sistema de controle interno na administrao pblica, pois
a) o primeiro se situa em uma instncia fora do mbito do respectivo Poder.
b) correspondem, respectivamente, auditoria externa e interna.
c) o primeiro tem funo coercitiva e o segundo, orientadora.
d) o primeiro tem carter punitivo, e o segundo consultivo.
e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo
institucional.
7) (TCE-MT Auditor Pblico Externo 2011 FMP-RS) O sistema de controle externo caracterizado por rgo singular, tpico dos pases anglo-saxnicos,
o de:
a) Tribunal de Contas.
b) Auditoria ou Controladoria-Geral.
c) Ombudsman.
d) Tribunal Judicial.
e) Conselho de Contas
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8) (TCU - ACE 2004 - Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo
tm em comum a circunstncia de que o rgo de controle invariavelmente colegiado e ligado ao Poder Legislativo.
9) (TCU ACE 2006 - ESAF) Na maioria dos pases onde existe, o sistema de controle externo levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de
Contas) ou pelas Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distines entre esses dois modelos de controle, assinale a opo
que indica a correta relao entre as colunas:
1) Tribunais de Contas
2) Auditorias-Gerais
( ) So rgos colegiados.
( ) Podem ter poderes jurisdicionais.
( ) Podem estar integrados ao Poder Judicirio.
( ) Proferem decises monocrticas.
a) 1 2 1 2
b) 1 1 1 2
c) 1 1 2 2
d) 2 1 2 1
e) 2 2 2 1
10 (CESPE/TCU/2007) O sistema de controle externo, na maioria dos pases signatrios, levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas
auditorias-gerais. As principais caractersticas do sistema de tribunal de contas so as decises colegiadas e o poder sancionatrio. No Brasil,
bemcomo nos demais pases que adotamesse sistema, os tribunais de contas, quanto sua organizao, encontram-se ligados estrutura do
Poder Legislativo.
11) (CESPE/ANVISA/2007/Tcnico Administrativo) O Tribunal de Contas da
Unio (TCU) o rgo do Poder Judicirio responsvel pelo controle externo da execuo oramentria da administrao federal.
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1) E
2) C
3) D
4) E
5) A
6) B
7) E
8) D
9) E
10) E
11) C
At a prxima, pessoal!