Caminhos da filosofia Prof. Dr. Alvaro Maia I O pensamento grego

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Caminhos da filosofiaProf. Dr. Alvaro Maia

IO pensamento grego

Da teologia à filosofia

Da teologia à filosofia

Os mitos gregos

Pai da Terra e do Céu! Livrai, imploro,O céu e a terra dessa treva espessa.Se quereis nos punir, nós nos curvamos,Mas deixai-nos morrer à luz do dia.

Homero, Ilíada

O universo mítico

Pandora Eva

O universo mítico

Noé Deucalião e Pirra

O universo mítico

Abraão

Ifigênia

O universo míticoGilgamesh

Sansão

Hércules

Os mitos gregos

O mito é a intuição da realidade, apreendida empirica e espontaneamente a partir dos sentimentos e percepções vivenciadas pelo homem.

A explicação do mundo foi e é incompleta, deixando um vazio a ser sempre preenchido miticamente.

Filosofia grega: 3 momentos...> OS COSMOLÓGICOS

Filosofia grega: 3 momentos...

> OS ANTROPOLÓGICOS

Filosofia grega: 3 momentos...

> OS ÉTICOS

Filosofia x Teologia

1 > Os cosmológicos tentarão explicar...

... de onde viemos

... onde estamos

e ... como surgimos

Os cosmológicos Retomadas futuras

Os Jônios: de onde viemos?

Tales

Tales

De onde viemos?

Anaxímenes

Anaxímenes

De onde viemos?

Anaximandro

ápeiron

Onde estamos?

Anaximandro

Anaximandro

De onde viemos?

Pitágoras

De onde viemos?

Empédocles

Como surgimos?

Empédocles

Sistêmicos: Tó theorén

Como se organiza o mundo em que vivemos e como nos organizamos, sós ou juntos...

Esse é o conhecimento que importa

Pré-socráticos jônicos: Como são

as coisas?

Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio, pois quando se banha de novo as águas não são mais as mesmas, e o homem também não é mais o mesmo homem.

Heráclito

Tudo varia, tudo se transforma

Não há duas coisas iguais no Universo

Tudo está... em

MOVIMENTO

Tudo varia, tudo se transforma

Não há duas coisas iguais no Universo

Tudo está... em

MOVIMENTO

Pré-socráticos eleatas: como são as coisas?

Há dois caminhos na vida, o do ser e o do não-ser: a realidade do cosmo é atemporal e imutável.

Parmênides

Nada muda

No mundo tudo éuno, imóvel, invariável.

Tudo é ...

PERMANÊNCIA

Paradoxo de Zenon:A flecha sempre percorre a metade do restante de seu

curso ou não?

Demócrito

> patrículas básicas> movimento sem fim

2 > Antropológicos: Nosce te ipsum

Não sei nada... nem sobre mim.

O que sou neste mundo e como me insiro nele...

É a busca primeira.

A síntese platônica

Sócrates > Nosce te ipsum

Platão > Idearum mundus

Aristóteles > Metafísica

Platão: Fédon, Os dois mundos

Mundo sensível Mundo das idéias Muitos homens A idéia de homem

Platão: Fédon, Os dois mundos

-- Mas o que diremos das aquisições da inteligência? O corpo é ou não é um obstáculo, quando se associa com esta investigação? Vou tornar a questão mais clara com um exemplo. Os olhos e os ouvidos transmitem alguma verdade, ou os poetas têm razão pelo menos em repetir incessantemente que nada ouvimos, nem nada vemos em verdade? Posto que, se estes dois sentidos são inseguros, então, os outros os serão ainda mais, uma vez que são inferiores a estes. Não te parece assim?

(Em Fédon, Sócrates fala a Símias)

Platão: República

Alegoria da CavernaA fragilidade do mundo

sensível

Acrasia: auto-ilusãoAporia: contradiçãoIronia: afirmação que

nega

Platão: RepúblicaSócrates - (...) imagina que ao longo dessa estrada está construído um

pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.

Glauco - Estou vendo.Sócrates - Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que

transportam objetos de toda espécie, que o transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.

Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.Sócrates - Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal

condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e dos seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica de fronte?

Platão: RepúblicaGlauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda

a vida?Sócrates - E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?Glauco - Sem dúvida.Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não

achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?Glauco - É bem possível.Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco, sempre que

um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?

Glauco - Sim, por Zeus!Sócrates - Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às

sombras dos objetos fabricados.Glauco - Assim terá de ser.

Platão: RepúblicaSócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se

forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

(Em República, Sócrates fala a Glauco)

República de filósofos: socialismo platônico

Serão todos filhos da pólis, todos irmãos

O Banquete: a perfeição amorosa

FedroAmor é o Bem

PausâniasAmor ideal ou Amor sensitivo

ErixímacoAmor ideal e Amor sensitivo

AristófanesAmor é a cara-metade

AgatonAmor é criação: Eros x Tanatos

O Banquete: a perfeição amorosa

FedroAmor é o Bem

O Banquete: a perfeição amorosa

PausâniasAmor ideal ou Amor sensitivo

O Banquete: a perfeição amorosa

ErixímacoAmor ideal e Amor sensitivo

O Banquete: a perfeição amorosa

AristófanesAmor é a cara-metade,

a alma gêmea... a busca de completude

O Banquete: a perfeição amorosa

AgatonAmor é criação: Eros x Tanatos

O Banquete: a perfeição amorosa

Diotima e Sócrates:

O ser é movimento,logo,

Realizar plenamente é chegar ao fim, é passar a não-ser

Fedro: beleza e verdade

Mimesis:

Quem imita, imita a aparência,logo,

a realidade não se nos apresenta pelo sensível

AristótelesFísica: o mundo naturalMetafísica: o estudo do serOrganon: a lógica do discursoPoética: o fazer artísticoPolítica: a organização do poderÉtica a Nicômaco: o modo de ser

Aristóteles

Metafísica (livro H) e Organon (primeira parte): o ser

As 10 categorias do ser: 1 Substância: gênero, espécie (animal, homem)9 Acidentes: quantidade (1,70m), qualidade

(inteligente), relação (amigo), lugar (Estagira), tempo (60 anos), posição (sentado), costume (toga), ação (ensina) e paixão (calmo).

Valor da lógica aristotélica:As categorias de Shankara, séc. III a.C.

Os animais se dividem em:Do ImperadorEmbalsamadosDomesticadosLeitõesDragõesGrandesCães em liberdadeQue se agitam muitoDesenhados com pincel finoQue acabam de quebrar a bilhaQue de longe parecem moscas

Aristóteles: Metafísica – Livro H

As causas do ser: Material:

do que é feito (de mármore)Formal:

a idéia (mulher)Eficiente: a ação (do escultor)Final: para que foi feito (adoração)

Aristóteles: Metafísica – Livro Γ

Ato e potência:

O ser é e é em potência, é permanência

O ato é a realização, o movimento, o devir

PRIMEIRO MOVENTE- tudo o que se move foi

movido por outro

Aristóteles: Organon

Lógica:

Formal> A armação do raciocínio A organização do discurso

Material> O conteúdo do argumento> A verdade do discurso

Organon: Primeiros Analíticos

Silogismo

Homem => mortalRonaldo => homem

... Ronaldo => mortal

O silogismo

SilogismoPremissa maior … Homem => mortal

Premissa menor … Ronaldo => homemConclusão... Ronaldo => mortal

Conj. MortaisConj. Homens

Ronaldo

Refutações sofísticas: o sofisma

SofismaTravesti => mortalRonaldo => mortal

... Ronaldo => travesti

Refutações sofísticas: o sofisma

SofismaTravesti => mortalRonaldo => mortal

... Ronaldo => travesti

Conj. MortaisConj. Travestis

Ronaldo

Segundos Analíticos

Arquétipo (Young): uma história ou uma associação

que já está no imaginário do homem

Praia => prazer, tranquilidade

Cigarro => praia

Arquétipos

beleza => felicidadedinheiro => felicidade

Uso do sofisma

Premissa maior: beleza, dinheiro => felicidade

Premissa menor: cigarro => beleza, dinheiro

Conclusão: cigarro => felicidade

Premissa menor: cigarro => beleza, dinheiro

Premissa menor: cigarro => doenças

Premissa menor: cigarro => esporte

Premissa menor: cigarro => morte

Premissa menor: cigarro => esporte radical

Sem premissas

ComunismoAquilo que pertence ao maior número de pessoas recebe o mínimo de atenção. Cada qual pensa, principalmente, no seu próprio interesse, quase nunca no interesse público.

Política, II, 3

Política

AristocraciaA média humana está mais próxima do animal do que de

Deus. A grande maioria dos homens é formada por vagabundos naturais. Ao ajudá-los, a pólis despeja água em tonel vazante.

Desde a hora do nascimento, alguns são destinados à sujeição, e outros ao comando. Porque aquele que pode prever com a mente é destinado por natureza a ser senhor e mestre daquele que só pode trabalhar com o corpo. (Política, I, 2)

Política

MimesisO homem age por imitação

CatarsisPurgação por terror e piedade

Poética

Ética a Nicômaco:

AtaraxiaEstética da existênciaA razão controla as paixões

Continência: razão e coerênciaIncontinência: paixão e imprudência

Ética a Nicômaco:

MetronMedida certa

In medio virtus

Ética a Nicômaco:

Amizade

- porque me é útil

- porque me é agradável

- porque me torna uma pessoa melhor

Fim da unidade I