DELINEANDO RELATÓRIOS

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DELINEANDO RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO

Por que é importante registrar?

Vygotsky valoriza a linguagem escrita, porque é mais reflexiva que a linguagem oral pois a mesma exige uma reorganização do pensamento, uma maior reflexão e conexão entre as ideias defendidas.

O relatório de avaliação representa a análise e a reconstituição da situação vivida pela criança na interação com o professor.

O papel do professor

O professor é parte integrante e co-responsável pela história construída pela criança.O professor assume um compromisso com a criança.

O relatório para a criança

É o registro que historiciza o seu processo de construção de conhecimento e que constrói sua identidade ao mesmo tempo que:– Provoca um olhar reflexivo do

professor;– Socializa suas conquistas;– Contextualiza seu processo

evolutivo entre outros.

O relatório para o professor

Muito além da sua função burocrática, o relatório deve servir como fonte para o professor pois este deve conhecer a história do seu aluno em anos anteriores bem como constituir o histórico dele para o ano seguinte.

O que relatar?• Expressar com objetividade e riqueza o

processo vivido por alunos e professores no processo educativo;

• As descobertas, suas falas, suas conquistas nas diferentes áreas do conhecimento;

Responder é exercitar o olhar reflexivo...

• De onde a criança partiu?• Quais foram as suas conquistas?• Como chegou a tais descobertas?• Quais suas perguntas, dúvidas, comentários?• Como reage diante de conflitos cognitivos e

socioafetivos?• Qual o papel do professor nesses diferentes

momentos?

“O relatório tem sentido dinâmico de estabelecer elos entre momentos pedagógicos

de um professor ou de vários professores, criando um álbum da vida da criança”

Questões para a prática de elaboração de relatórios numa perspectiva mediadora

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1. Os objetivos norteadores da análise do desenvolvimento da criança transparecem nos relatórios?

Os objetivos socioafetivos e cognitivos, se sobrepõem, em importância, à atividade que elas realizam.

“Esta tem sido uma das atividades que parece desafiar Márcio, provocando alguns ensaios de participação e curiosidade, pois quando quer acompanhar os colegas na escrita de algumas palavras, chega a perguntar-lhe algumas letras” (criança de 5 anos e meio)

2. Evidencia-se a interrelação entre objetivos socioafetivos e cognitivos a serem alcançados, nas áreas temáticas trabalhadas e realização de atividades pela criança?

“O desenvolvimento global da criança se dá num espaço pedagógico onde se articulam objetivos, áreas de conhecimento e temas de estudo desenvolvidos sob a forma de atividades adequadas às diferentes faixas de interesse das crianças”

“ No trabalho sobre o lixo, que contou com a participação da família, Cláudio foi a fundo com seus questionamentos e dúvidas, querendo saber mais sobre a reciclagem do lixo e preservação da natureza. Trouxe para a nossa rodinha, materiais para a leitura e cobrou diariamente a releitura desses materiais querendo outras explicações”

3. Percebe-se o caráter mediador do processo avaliativo?

Refere-se ao papel do professor na avaliação que deve participar da caminhada da criança.

“Jogos matemáticos desenvolvidos permitiram-me a ver a necessidade de sentar junto ao Tomás, nas próximas vezes, para acompanhar o seu pensamento, pois percebo a sua dificuldade em seguir sequências numéricas...”

4. Privilegia-se, ao longo do relatório, o caráter evolutivo do processo de desenvolvimento da

criança?

Relatar para onde a criança se encaminha, quais são as suas potencialidades, confiando no seu processo permanente de aprendizagem.

“ O avanço de Rodrigo em relação às hipóteses de leitura e escrita vieram acontecendo ao longo do semestre e ele auxiliou várias vezes os colegas, dizendo-lhes as letras das palavras e querendo corrigi-los em algumas situações (sempre a partir de sua concepção silábica)” (criança de 6 anos)

5. Percebe-se o caráter individualizado no acompanhamento da criança

Refere-se ao repeito às crianças em suas peculiaridades próprias e no seu tempo próprio de ser criança.

“ Carla já percebeu que não gosto quando puxa os cabelos dos amigos ou empurra os menores e, agora, olha logo para mim e balança a cabeça dizendo não”