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Undécimo anno
mez..
mezes
ASSIGNATUHA EH LISBOA
qon rAin Annuncios, linha 20 réis cjqq . Ditos por cima da estam-
Avulso... 10 « P» ou por ba.xo 60 réis. No corpo dojornal 40 réis.
Joà» Lourenco da Cunha
Marido da celebre D. Leonor
Telles. Vivia na província com
sua esposa, mas permutiaihe á.s
vejes vir a Lisboa visitar sua ir-
mã D. Maria Telles, que residia no
paço como dama. Foi n'uma d'e*-
tas occas'oes que o rei se namorou
da formosura de D. Leonor. Es-
tranhou Joào Lourenço da Cunha
a extraordinária demora de sua
mulher, que estava entretanto na
morando mais do que o rei a co-
ro 'a de Portugal. M ndou*ll:e reca
do para que fosse ter com elle. D
Leonor nào obedeceu, porque ja o
rei a esse tempo tratava de annu-
ar o casamento d'eHa com João
Lourenço da Cunha, que ainda era
parente em grau zfLstado de sua
mulher. Esse rompimento comtu
do parece que seria diffl *.il, por
que, segundo Fernão Lopes soppõe
se, a questão de parentesco fôa,
quando se contrahira o matrimo
Dio sanada por uma dispensa que
Joã) Lourenço mandara tirar a
Roma; porém o marido, sabedor
do que se passava, pouco desejoso
de conservar em sua casa uma
esposa com tão descarados pensa-
mentos de adultério, e demais a
mais rectioso de que, oppondo se
aos amores de el rei, corresse pe-
rigo de vida, o que n'essa época
Dão era um vão receio, deixou sua
mulher romper o casamento a sua
vontade, e elle esquivou se para
Castella. Quando morreu D. Fer-
Dando, e sobrevieram as disoor
dias sobre a questão da successio
ao tbrono, veiu João Lourenço da
Cunha pôr se ao serviço do mes-
tre de Aviz, a quem acompanhou
do cerco de Lisboa em 1381, pres-
tando-lhe os maiores serviços, m*s
Dão sabemos porque, quando uas
emissários do rei de Castella vie-
ram a Lisboa procurar quem atrai-
çoasse o mestre de Aviz, encon
traram João Lourenço da Cuuha
disposto a favorecer os seu* pla-
nos. Quando estava já tudo pre-
parado para so entregar aos cas-
telhanos uma parte do cerco de
Lisboa, adoeceu João Lourenço da
Cunha de moléstia grave e que lo-
go se reconheceu que seria mor-
tal. Vendo-se á beira do tumulo,
sentiu João Lourenço da Cunha os
remorsos pungirem-n'o, e confiou
ao seu confessor que euiràra n'uma
trama coutra o mestre de Aviz. O
confessor, ardente patriota, não
lhe quiz dar a absolvição senão
com a condição de revelar tudo ao
proprio Mestre. João Lourenço da
Cunba accedeu ãs instancias do
padre, revelou todas as circnms
tancias,e logo depois falleceu, não
tendo devido realmente a sua ce
lebridade senão ao adultério de
Í|ue fôra victima, e que st ube af-
rontar com brio e pundonor, sen
do o primeiro a repellir a mulher
que pretendia deshocrai-o, e a sair
do paiz onde a sua c mioscenden
cia lhe podia ser comprada bem
cara. O casamento de João Lou
renço da Cunba serviu con tudo a
João das Regras nas côrtes de
Coimbra para um argumento sin-
Solar. Joào Lourenço da Cunha,
izia elle, era de.-ceudente direcio
por sua mãe de Martini AITonso
Chichorro filho baMardo de el-rei
D. AfTonso III, e era trineto d'este
rei, D Fernando era tamb jm tri-
neto de I). Alfonso 111. L< «o, se
gundo as idéas do tempo, 1). Leo-
nor era cunhada de D. Fernando,
e o seu casamento era nullo pelo
facto do pareniesco. Logo D. Bea-
triz, filha de D. Fernando e de D.
Leonor Telles, sendo illegit'ma,
Dão podia succeder no throno de
Portugal.
Os estudantes da escola poiyte
chnica começaram ja os seus dis-
túrbios carnavalescos. Os tran
seuntes véam com elles nma bru-
xa.
Ante-hontem passou pela rua
da Escola a sr." condessa de Tho-
mar ccm as suas duas filhinhas
n'uma carruagem. Os estudantes
atiraram-lho com gv. s molestan-
do-lhe uma das creanças.
Será bom que a policia faç% por
ali persistência, de modo que evi-
te algum contlicto grave.
ALTA NOVIDADE
Grande variedade de estojos
em praia para costura de
2$2!íO a <2$O0O
OURIVESARIA
(,8 SOARES & F.,°
RUA AUREA
Foram apresentados
na egreja parochial de
S. Pedro de Villar Maior
concelho de Sabugal,
diocese de Pinhel, o
presbytero Francisco
Gonçalves Barreira; e
ua egreja parochial de
Santa Maria da Aldeia
Nova das D mas, con-
celhi do Fundão, dio-
cese da Guarda, o pres-
bytero Joaquim Rodri-
gues de Oliveira.
Foi desanm-xada da
freguezia de Nossa Sa-
nh >ra da Conceição de
Mosteiros, concelho de
Ponta Delgada, diocese
de ADgra, a parte da
povoação denominada
Valle de Sete Cidades;
e encorpora'ia na de S.
Sebastião de Ginetes,
para os eff-itos eccle-
siasticos.
Fai nomerda escri-
vão e tabellião do juí-
zo de direito da comar-
ca de Vieira, o sr. Jjsé
Baptista Linhares.
Foi approvado o pro-
jecto para a construc-
ção do uma cadeia pe-
nitenciaria comar^ã em
Vouzella.
Foram concedidos os
titulos de real á irman-
dade do Senhor Ecce-
Ilomo, erecta na fre-
guezia de Padornello,
concelho de Ccur?; e a
Associação humanita-
ria de soccorros bar-
cellinense.
Recebemos o pri-
meiro numero da Ci-
vilisnção, jornal que se
publica ua Guarda.
Segue a politica re-
generadora.
Desejamos todas as
prosperidades ao novo
collega.
Disseram alguns jornaes que o
sr. José Guilherme, deputado por
Parrdes, tinha partido para o nor-
te. Nào é xacto. Este nosso dedi-
cado correligionário ainda hontem
estava om Lisboa.
Crime Iiorroroeo
Em Roma os moradores do pré-
dio n.° 28 da rua de la Colonua,
queixavam-se ha dias de que o
canno d'esgoto do mesmo prédio
não dava vasão aos despejos.
Foi chamado um pedreiro para
remediar o mal.
O operário quando quebrou uma
mauilha de uma latrina deparou
com um espectáculo horrível: en-
controu os membros mutilados
d'uma creançal
O pedreiro participou logo o ca-
so ãs aucicridades, e tirou do can-
no, na sua presen •;». o tronco e em
seguida as pernas do cadaver.
Pouco depois encontrou a cabeça
e os braços embrulhados n'uin
panno.
Emquanto o pedreiro procedia a
estes trabalhos, um agente da au-
ctoridade fazia as suas investiga-
ções para descobrir o auctor do
crime, sendo em resultado d*isso
presa uma creada chamada Betta,
de 23 annos de edade.
Tivera a creauça havia dois ou
três dias, estraugulando-a em se
guida. Depois dividindo em nove
bocados o corpo do filho, deu-lhe
o destino ou* mencionámos.
Racebemos úe uma aoonyma
SOO réis em estampilhas para os
orphàos do pateo rio Cabra.
Segundo o bulemn oo observa-
torio do infante D. Luiz, a tempe
ratura maxima, ame-hontem em
Lisboa, foi de i5#,2 e a minima
53.
O tempo provável *oje é: Vento
moderado d'entre NE e SE. Ceu
d'algumas nuvens.
A'cerca do estado gerai do tsm-
0 sr. A. C. Burles de Figueire-
do escreveu Os Lamentos de Ca-
mões, mimosa poesia que impri-
miu om folheto.
Recebemos um exemplar, que
agradecemos.
Está essencialmente infeliz o
Diaíio Popular quando Mila de
pessoas doentes. Ha poucos dias
dava quasi à beira da sepultura o
sr. coude de Casal Ribeiro, e hon
tem assegurava que o sr. Aotonio
de S3rpa estava perigosamente en-
fermo.
Felizmente estes dois cavalhei-
ros entraram jà em convalescença.
JOÃO LOURENÇO DA CIMU
po, diz-se no mesmo boletim o se-
guinte:
Pequena subida barométrica na
peninsula e em França, no valor
de i a 3 milímetros, acompanhada
de pequena diminuição da tempe-
ratura.
Continua o vento geralmente
fraco d'entre NE e SE.
Na Madeira o barometro desceu
2,5 milímetros, o vento é fresco de
SSW e o ceu está encoberto.
Falleceu hontem o tenente dMn-
fanteria n.° 2 Joaqnira Luiz Tho-
maz La Cueva, official novo e
muito distmeto.
O seu funeral tem logar hoje ás
10 horas da manhã.
A' familia Santa Clara de quem
o finado ó parente os nossos peza-
mes. ___
Recebemos da caridosa anony-
ma A. S. 2$000 réis sendo 1£500
réis para Sebastião da Conceição,
e 500 réis para qualquer pobre á
nossa escdha.
Briucos da moda, varia-
dos broches,
Anneis, pulseiras e mais
coisas tô*.
Se um dia f «res, ele-
gante dama
A* rua Áurea numero
Mercê» honorificas
Foi agraciado om o tituo de
visconde de S. Thiago de Riba de
U', o sr. José Joaquim Goiinho,
residente na cidade do Rio de Ja-
neiro.
Foram concedi ias mais as se-
guintes mercês:
—Commenda da Concaição aos
srs. Joaqoim Luiz Ferreira, resi-
dente na cidade do Maranhão; dr.
J >sé B-ruardiao da Cunha Bet-
tencourt, snbdito brazileiro; Paul
Leroy-Baulieu, membro do institu-
to de França.
—Commenda de Aviz ao sr. Jo-
sé de Almeida d'Avila, capitão te-
nente da armada e governador do
districto de Quilimane.
— Habito do Christo aos srs.
Anselmo Henriques Ferrão, Manuel
Autonio d» Sousa, Antonio Henri-
ques Ferrão, Joào Eduardo Coe-
lho Barata, Joaquim de Mattos
'íogalbo, Ildefonso José, Joaqui n
de Carvalho, Thadeu José da Sil
va, August*» Carlos de Sousa e
Brito, Joào Manuel Martins, D. Vi
centa S^mauiejo, secretario da
ombaixaria hespanbola em Roma,
e Michel Boutin, súbdito russo.
—Habito da Conceição aos srs.
Julio Bivar de Azevedo Salgado,
administrador do concelho do Sar-
ASSIGNATURA NAS PBOV1XCIAS
3 inezes, pagamento adiantado... 1S150réis
A correspondência sobre administração a li.
de M. e Albuquerque, T. da Queimada, n.° ò5. Numero 3143
doai, Mix Lyon, auisso; dr. Ray-
mundo Caetano da Cunha, e dr.
Luciano de Moraes Sarmento, bra-
zileiro.
—Habito do Aviz aos srs. Joa-
quim José Lopes, major da guar-
nição da província da Moçambi-
que, e Antonio Augusto Quintino
de Sã Camelie, capitão de cavai-
laria.
—Medalha de prata ao sr. Quin
tino João da Camara, marinheiro.
Consultorio medico cirúrgico de
J. G. Rodrigues.—Especial para
doenças pulmonares, na rua do
Norte n.° 95.
Chegou a Paris no
dia 4 a imperatriz I?a
bel d'Austria, que via-
ja com o mais rigoroso
incognito, sob o nome
de condessa Hohenem-
be.
A imperatriz é a cora •
ganhada pelo principe
odolpho Lichteustein,
barão d-* Naposa, con-
dessa Maria Yestetics
e d'uro séquito de seis
pesàoas.
A imperatriz partiu no
dia seguintepara Ingla-
terra^^
A Associação dos ar-
tistas dramaticos, de
Paris, vae organisar
uma loteria, cujo pro-
ducto destina para pa-
gar os subsídios a mui-
tos membros da socie
dade, que, desde muito
tempo, esmerara esse
precioso auxilio.
Graças a essa loteria
entrarão no cofre da
Associação mais de
trezentos mil francos.
Tom continuado a
concorrência ao curioso
espectáculo dos Fanto
ches.
No sabbado estreiou
se o irlandez Maniquin,
rapazito de 9 annos.
Isto quer dizer que
além dos Fantoches ha
também ali outras di-
versões, como fquili-
Itíqs, patinagen, etc.
Foi encorporada car-
te da freguezia de Nos-
sa Senhora da Concei-
ção de Mosteiros, con
celho de Ponta Delga-
da, diccese de Angra,
na de S Sebastião de
Ginetes, para os efTai-
tos ecclesiasticos.
Verifiea-se no dia 9
do corrente a extrac-
ão da loteria da S*nta
asa da Misericórdia
de Lisboa.
í
[olestia d'olhos
Consultorio de V. F. de Moura
na rua Nova do Carmo n.# 32, i .•
da 1 ás & da tarde, gratis para
os pobre^
Maim iim centenário
Constituiu-so em Roma uma
commissão, presidida pelo princi
pe de Teano, para com memorar o
Centenario do poeta Metaslase. fal
lecido em 12 do abril de 1782.
A commissão trabalha com gran-
de ardor para dar a essa comm«v
moração um caracter de solem ni-
dade artística.
Arruda
Grassa n'esta terra, com grande
insistência a epidemia de variola,
atacando fortemente creanças e
adultos e fazendo já alguuias vi-
cti nas E grande o numero dos ata-
cados, e entre elles conta-se a mu
Iher do nosso presado amigo Silva,
escripturario de fazenda, qu* re-
sistindo a uma congestão cerebral
se tem visto em põrigo da vida.
Graças porém á hem-app!icida me
dicina pelo facultativo assistente,
dr. A. M. Costa, esperamos em
pouco vel?a livre de tão graodo
flagello.
HitiH im
—Regressaram de Cintra ao pa*
lacio das Necessidades sua ma-
gestade el-rei o sr. D. Fernando e
a sr.a condessa d'Edla.
Fazem hoje annos as ex.""
sr. • f •
D Maria Henriqueta Franco
Ferreira.
D. Joanna Adelaide Barreiros
Cardoso.
D. Mar:a Candida Pinto de
Sousa.
D. Amelia Eduarda Giffines Al-
ves.
D. Sophia Amelia Raposo de
Carvalho.
D Maria Emilia Guedes In-
fante.
D. Maria Thereza Freire Ca-
bral Metello.
D. Elvira Dorothea Pereira.
D Francisca Carolina Boachart
da Silva Novaes.
E os srs.:
David José Rodrigues.
Dr. José Maria Alves Branco.
Luiz TravasBOs Valdez.
Faustino de Paiva Sá Noguei-
ra.
Sebastião da Motta Moniz da
Maia.
Antonio Joaquim de Moura Gal- vão.
José Caetano de Andrade e Cas-
tro.
José Raymundo de Pa'mi Ve-
lho.
E u^rdo Monteiro Forte.
—Os ers duques de Palmella
dão urn exp'endido baile de áma-
nha a oito dias para festejarem o
snniverEario nataliciode sua filha
a sr4 maiqueza do Fayal.
A orchestra será composta de
40 professores.
Conta se já maravilhas d'eeta
verdadeira festa pr-pcipejca.
—Mgr. Aloise Masella, Nuncio
Apostolico, deu, na tegunda feira
ultima, um jantar diplomático, ao
qual assistiram os srs pressente
do conselho do ministros, Fontes
Per :ra do Mello; ministro da
marinha, Mello e Gouvca; minis-
tio da justiça. Julio de Vilhena;
barão de Dumreichpr, minittro de
AusTria; I) Juan Valera, minstro
de Hespanha; Lnboulaye, ministro
d* Fr inça; de Glinka, ministro da
Russia; barão de Aguiar de An-
drada, ministro do Brazil; Agosti-
nho Ornellae; de Kleist, encarre-
gado de negocios d'Allemanha;
conde de Mesquitella; ccnde de
Aljezur; principe de Vréde, se-
cretario d'Aue^rih; D parte Gnsta-
vo Nogueira Scares; Julio Augus-
to de Oliveira Pires; Antonio To-
var de Lemos; Lu z Guimarães,
secretario do Brazil; Saurin, en-
carregado de negocios d'lnglater-
ra; M«r. Spairncletti, auditor da
Nunciatura; Boufiron, secretario
de França; conde d<» S. Thiago;
Antonio José de Figueiredo e
Francisco de: Figueiredo.
O menu foi o seguinte:
Con-oinr.é à la Royaie.
Crou=t*des à la Montgelas. Bar sauee Génévoise.
Filet de bo uf printannier.
Escaloppes de canards sanvages
aux trufie a.
Rix da veau à 1'italienne.
Punch à la Komame.
Giguo de cerf à la gelée de gro-
seil|P8.
Pains de foie-tfraa à Taspic.
Silude Suédeise.
Asperges en brnnches.
Poudinírà Ih Reine.
Gelée Californienne.
Glaees.
Dessert.
Nu livraria de Madame
Frapçoia Lallemaut eDContra-«í<!i
uma yari»da c-scolha de livros in*-
ferucíivcs e recreativo», illustrm#
d o, © com boas encadernuçõfíj-
Recebem se eempre todaa as no-
vidauce litterariae de Paris, e to-
mem se assigcatuniD para todoi
'■s jornaes Bcientifícx^s.. pelitieoa «
d^ modRua do Theoouro V«-
Iho, 22, Lisboa.
Vaccinação
GBâTUITA
Terças e sextas feiras na rua
Co Principe, pateo do Duque do
dadavai, a> nove horas da manha
até a uma hora da carde-
Rendimento da alfande-
fça de Eriuboa
Até 6 110:0144200
Em 7 27:185^621
137:199^821
WAfUO LLUSIKÀLO
NAS CORTES
Na camara dos deputados a ses-
são foi pouco interessante. Antes
da ordem do dia o sr. ministro das
obras publicas mandou para a oe-
za um projecto de lei sobre o ca
minho de ferro de Salamanca, e
conversou-se ácercú da eleição de
Mirandelia, resolvenfo-se por fim
que o parecer sobre esta eleição
se discuta o mais breve possível,
sendo previamente publicados os
documentos que tanto a opposiçào
como a respectiva commissão de
poderes teem empenho em que ap-
reçam a publico primeiro que se
encetem os debates. O sr. Foutes
justificvu o seu não compareci-
mento nas sessões anteriores, e
depois dirigiu-se á camara dos
Sares, onde fez seguidamente uso
a palavra, e onde a discussão cor-
reu animada,
O sr. presidente do conselho foi
essencialmente laconico a primei
ra vez que fallou. Observou q ie
tendo a opposiçào considerado co-
mo um mero cumprimento ao so-
berano a resposta ao discurso da
corôa, nào seria por certo o go
terno que encetaria debate sobre
este assumpto.
Em seguida usaram da palavra
os srs. Carlos Bento, visconde de
Chancelleiros, Antonio Augusto de.
Aguiar e de novo o sr. presidente
do conselho. O sr. Carlos bento
divagou sobre finanças, sobre ad-
ministração e sobre outras coisas,
e o mesmo fez o sr. visconde de
Chancelleiros, sentindo este digno
par que não se tratasse de analy-
sar a politica do gabinete u'a^uel*
le momento, porque enteudera
sempre que a resposta ao discur-
so da corôa offerecia o melher en-
sejo para se debater esse assump-
to. Sua ex.* julga que primeiro que
se pedissem reformas politicas de-
via executar-se á risca a Carta
Constitucional, e pronunciou-se pe-
lo systema das eleiçõds indirectas.
Entende também sua ex.a que o
que principalmente se precisa é de
reformar os nossos costumes, pon
do de parte theorias mais ou me
nos pomposos, mas de nenhum
resultado pratico.
Esta opinião do digno par não
foi do agrado do sr. Aguiar, que
preconiso i em seguida as refor
mas politicas, asseverando conjun-
ctamente que era aos theoricos, de
que o sr. visconde de Chancellei-
ros parecia desdenhar, que Portu-
gal devia os maiores serviços.
Não esteve, na verdade, sua ex.*
muito feliz nas citações que f z
para reforçar a sua arrojada as-
serção. O digno par citou como
theorico João Pinto Ribeiro, a al-
ma da restauração de 4640, acon-
tecimento este sem duvida impor-
tantíssimo na nossa historia, e que
não se levou precisamente a eITci
to cora discursos e flòres de rheto
rica, mas com sanguinolentas e
porfiadas batalhas, que se nào ga
nham com certeza no campo da
theoria e sim no campo da mais
positiva pratica.
Também sua ex." citou como
theoricos o imperador D. Pedro IV
e o duque da Terceira, a quem a
implantação do systema constitu-
cional, entre nós, tanto e tanlo
deve. Não coube no animo do sr.
visconde de Seabra deixar passar
sem reparo esta affirmativa; e com
effeito, só por um verdadeiro tour
de force se podem classificar de
theoricos homens como aqaeiles,
cujos actos rnais gloriosos da sua
vida for«im devidos ás suas espa
das.
N'este sentido se pronunciou o
sr. presidente do conselho no bri
lhante improviso com que se en
cerrou a sessão. Ptnierou lambem
sua ex.* que uào era contraria as
reformas politicas, como o nào
podia ser quero, coroo o illustre
orador, tinha o seu nome ligado ao
acto addicional à Carta Constitu
cional e ao projecto de reforma da
carta apresentado ao parlameuto
em 1872. Notou ainda o sr. Fontes
que em 1852 todos os homens po-
líticos se reuniram e de con^mum
accordo fizeram a rt-forma da cons-
tituição. D'este modo o codigo fun-
damental era o qoe devia ser:—o
codigo da nação e não a bandeira
de um partido.
Em *1872, exactamente como
succedia 3gora, cada um dos par-
tidos tinha a su> reforma da Car-
ta, de que faziam bandeira politi-
ca, sendo então impossível, como
o é agora, realisar qualquer tra-
balho util e verdadeiramente na-
cional em sentido reformador. Col-
locada a questão n'esse terreno,
tornava-se muito perigoso intentar
as reformas coustitucionaes, cuja
inopportuni4ade era por conse-
quência manifesta.
Lastimou também s. ex.a, refe-
rindo-se ao que n'uma das ses
sões anteriores dissera o sr.Aguiar,
que se citassem exemplos de Hes-
panha, que nunca ouvira invocar
no parlamento portugnez. E a este
respeito observou o orador que
não era exclusivista, e tanto as irencia do céo, de um azui puro e
sim que, quando se organisou o i casto como o iris de uma Virgem
ministério a que presidiu o sr.
Sampaio, convidou para d'elle fa-
zerem parte, a pedido d'este cava-
lheiro, os srs. Aguiar e Pinheiro
Chagas, a quem fez os mais ras-
de Raphael, a diaphaneidade da
atmosphera, onde não tia a sus-
peita de uma sombra, a doçura
repousada do ambiente, creado
evidentemente para agasalhar as
gados elogios. No mesmo sentido almas que tem frio, o aspecto das
procedera para com o sr. Mello amendoeiras, toucadas, como para
Gouveia, quando a elle orador, uma festa, de pequeninas flores
coube o encargo de formar gabi- côr de pérola, restitue me uma
pouca de força e, traz de súbito,
de assumptos I ao meu espirito um lampejo de
nete.
Occupando-se
eleitoraes, ponderou que não lhe j ventura!
repugnavam as reformas d'esta j Porque, para que occultar-to,
natureza, e que o seu nome estava meu bom leitor?
ligado a mais de uma d'essas re- í O teu pobre amigo percorre, ha
formas. Estranhou quo sejam os dias, o valle penumbroso da me-
homens que teem estado no poder, lancolia, apertado de um lado pelo
sem reforma alguma emprehen- j desalento, esse velho caucro que
derem, os que be apresentam ago- devora os mais exuberantes*orga-
ra na opposiçào a reclamar gran-; nismos, circumscripta do outro
des medidas reformadoras. pela fadiga, essa pieuvre que suf
O sr. Dias Ferreira que se acha- foca e paralisa os mais laboriosos,
va na sala e que não apparentara | A vida é a dura pedra angulosa
de muito satisfeito com os elogios e o enfado continua a ser o mal
do sr. Fontes ao sr. Aguiar e ao do século, a lepra moral, de que
sr. Chagas, que se encontrava todos soffremos, mais ou menos
egualmcute na sala, menos satis- em maior ou menor intensidade,
feito se mostrou ainda quando o ; Mas como tu, ohl boa e querida
sr. Fontes se referiu aos reforma- natureza, sabes vibrar todas as ín-
dores theoricos da opposiçào. | timas sensibilidades da nossa alma;
E efectivamente a carapuça como tu atiras, com a tua clara
servia, que nem de molde, na ca luz transformadora, ã escura tre-
beça do illustre chefe do partido va onde se eoroseam como um
coustituinte. Sua ex.a, que exerceu ninho de víboras,as duvidas cruéis,
a dictadura em 1870, depois d'uma as incertezas atrozes, as angustias
revolução, não soube então dar
expansao á sua febre reformado-
ra, ccmquanto dispozesse para isso
de todos os elementos necessários.
Assim que se encontrou na oppo-
siçào começou a padecer de uma
reformite, doença que se tem ag-
gravado até attingir as proporções
do delirium tremens reformador.
O sr. Fontes foi sempre eloquen-
te, e por vezes energico sem dei-
xar de respeitar as boas praxes da
mais aprimorada cortezia.
BOUTÍN PARLAMENTAR
Reuniu hontem, ás duas horas
da tarde, a camara electiva, sob a
presidencia do sr. Luiz Bivar, es-
tando presentes 76 srs. deputados.
O sr. presid< nte do conselho de
ministros declarou que tem deixa-
do de comparecer, não eó pelo
estado da sua saúde, como
latentes!.
Como tu esmagai, triumphante,
os reptis que distillam no nosso
espirito venenos secretos, e en-
ches, pelo teu poder magico, pela
tua doçura infinita, pela inv-tTav.jl
suavidade que se transmitis da
terra onde pullula a seiva que
sustenta os vegetaes, das arvores,
as nossas velhas amigas, que to-
dos os anaos vestem, para agra-
dar nos, bs suas mais opulentas
galas do céj, que arqueia sobre as
nossas tormentosas lutas a sua
curva infinitamente tranquilia, de
um novo e estranho alento, que é
por ventura o segredo de odas as
transformações e a fonte inexhau-
rivel de toaos os confortos!..
*
* *
Um pequeno auditorio escolhido,
composto de alguns jornalistas e
distinctos amadores musicaes, re mau ... o
também porque a sua presença: uniu se hon'.em, domingo, no Sa-
tem sido exigida na outra casa do
parlamento.
Foi apresentada pelo sr. minis-
tro das obras publicas umá pro-
posta de lei, de que damos conta
em outro logar.
Foram apresentados projectos de
lei:
—Pelo sr. Augusto de Castilho,
auctorisando a creaçào de um con-
sulado geral na Africa do sul.
—Polo sr.Gomes Teixeira, creau-
do na universidade de Coimbra
uma cadeira de geometria supe-
rior.
—Pelo sr. visconde da Ribeira
Brav3, í.cerca da exportação dos
vinhos da Madeira.
— Pelo sr. Agostinho Lucio,
creando no districto de Faro uma
comarca de 3 • classe.
—Pelo sr. Luiz de Lencastre,
augmen ando os ordenados aos cu-
radores geraes dos orphãos das
comarcas de Lisboa e Porto.
Deu se conta do decreto, quo
nomeia para supplentes a presi-
dência os srs. Luiz de Lencastre,
e Silveira da Motta.
O sr. Luiz de Lencastre prestou
juramento como tal.
Resolveu-so que fossem publica-
dos certos documentos relativos á
eleição de Mangualde e que o pa-
recer que diz respeito a essa elei-
ção podesse entrar era discussão
independentemente d'essa impres-
são, declarando a meza que man-
daria proceder a ella com a maxi-
ma urgência.
Depois de alguma discussão em
que tomaram parte os srs. Lucia-
uo de Castro e José Bernardino,
foi o parecer n.* 59 da commissão
de poderes, annulando a eleição
do circulo de Chaves, approvado
por 68 espherss brancas contra 2
espheras pretas.
E levantou se a sessão ás 4 ho-
ras e 3 quartos da tarde.
A ordem do dia para hoje é a
continuação da que estava dada.
e a eleição de commissão especial
que ha de dar parecer sobre os
projectos apresentados para a re-
forma da lei eleitoral.
Na camara dos pares, reunida
sob a presidencia do sr. Martens
Ferrão, prestou juramento o sr.
visconde da Azarujinha.
Continuoa a discussão do proje
to de resposta ao discurso da co-
rôa. Fallaram os srs. Carlos Ben-
to, presidente do conselho, Vaz
Preto, visconde de Chancelleiros,
Aguiar, e presidente do conselho.
Continna hoje esta discussão.
Pizzicatos
A luz que se despenha em bor-
botões de oiro fluido, a transpa-
lão Steglict, a convite do sr. He-
ctor Mariani, violonista hespanhol,
que antes de apresentar-se em pu-
blico desejou fazer-se ouvir pela
imprensa.
Este desejo não foi plenamente
realisado, pois que a Imprensa dis-
pensou apenas ao musico forastei-
ro cinco ou sei6 dos seus represen-
tantes.
O sr. Hector Mariani tocou a
Fantasia de Beriot, (9.• concerto
de Beriot), a fantasia de Alard so-
bre motivos do Fausto, e umas va-
riações de Artot sobre os ihemas
do Pirata e da Somnambula, dis -
tinguindo-se, a meu ver, no an
dante formosíssimo da 11 fantasia
e no destaque, vivamente sentido,
que deu a algumas phrases do
Fausto.
O musico hespanhol tem a exe-
cução rapida, fácil e abundante de
sonoridade; falta lhe, porém, aqui
e ali, a nitidez, a correcção irre-
prehensivel, que hoje, mais do que
Qinca, se exige em qualquer forma
da arte, e falta-lhe sobro tudo o
arrebatamento apaixonado, o èlan
fogoso e profundamente peninsu-
lar, que constituía a grande supe-
rioridade de S.irrasati.
O estudo poderá supprir uma
d'essas lacunas; a outra, que é
uma questão de pura metaphysica,
ou antes, uma questão psycnolo-
ga, que prenle intimamente com o
temperamento do artista, com a
maior ou menor vibração da sua
sensibilidade crystalisada pelo
maior ou menor grau da sua cul-
tura intellectual, ó um pouco diffi-
cil de preencher
Diz se que Bellini só conseguiu
ser o melodioso poeta do som, o
grande maestro das finas sensibi-
lidades harmoniosas, cuja musica
incomparável revela á nossa alma
o que a palavra humana não pode-
rá nunca exprimir, depois de ter
amado a Malibran.
Experimente o sr. Hector Maria-
ni, dado o caso que encontre algu-
ma Malibran.
Gabriel Cláudio
Proposta cie lei
Apresentada hontem ás cortes pelo
sr. ministro das obras publi-
cas.
Artigo !.•—E* o governo accto-
risado a garantir ao Syndicato
Portuense de que fazem parte os
bancos—Alliança Commercial do
Porto, Mercantil Portuense, União,
Portugnez, Commercio e Iudus-
tria. Banco do Minho, Nova Com-
panhia Utilidade Publica, e um
grnpo de capitalista. — syndica*
cato que se constituiu para a<*ons-
trucçào e exploração da linha fér-
rea do Salamanca á Barra 4'Alva
e a Villar Formoso, ou á Empre
za da Companhia que elle organi-
sar o complemento do rendimento,
annual liquido d'essa linha até 5
por cento em relação ao custo da
sua construcção.
§ i.#—Para os effeitos d'este
artigo o custo da construcção é o
constante dos orçamentos appro-
vals pelo governo hespanhol, que
serviram de base ao concurso, de-
duzida a importancia da subven
çào pela qual foi adjudicada essa
linha.
§ 2.• — Quando o rendimento
bruto da linha, excluindo qualquer
importe de transito, fô? a 2:500£
réis por anno e kilometro, as des
pezas da exploração para os tffei
tos do composto da garantia serão
sempre calculadas em 40 por cen-
to d'esse producto bruto.
§ 3 •—Se o rendimento bruto,
excluinlo qualquer imposto de
transito, for superior a 2:500.^000
réis por auno e kilometro, as des-
pezas da exploração serão sempre
calculadas em 40 por cento da re-
ferida quantia de 2:500.^000 réis.
§4*—Eu caso algum poderá
toaavia o encargo annual para o
Estado, resultante d'esta garantia
de juro, exceder a Í35:00(tf000
réis. 1
Art 2.*—Esta garantia de juro
começará a ler effeito com rela-
ção a qualquer dos traços de Sa-
lamanca a Villar Formoso, como
de Salamancaá Barca d'Alva desde
quelôr aberta á exploração, subsis-
tirá durantejo tempo da concessão
feita pelo governo hespanhol e ca-
ducara quando por qualquer mo-
tivo fique sem effeito essa con-
cessão ou quando o syndicato, em-
preza, ou companhia que ella or-
ganisar deixar de cumprir as dis-
posições que lhe são impostas por
esta lei.
Art. 3.* L*go que o producto li-
quido da linha exceder a 5 0,0 ao
anno, metade do excesso sera en-
tregue ao governo por.uguez até
completo reenbolso das sommas
pagas em virtude da garantia do
juro de que trate o art. 1 °, bem
como do juro d'essas sommas na
razão de 5 0,0 ao anno.
§ único. A' empreza fica salvo o
direito de reembolsar o Estado
das quantias que até então lhe ti-
ver adiantado em virtude da ga-
rantia do juro, pedendo usar d'es-
se direito quando o julgar conve-
niente.
Art. 4* A garantia do juro será
liquidada e as sommas correspon-
dentes pagas no fim de cada se-
mestre.
Art. 5.° O syndicato, empreza
ou companhia que elle organisar
obriga-se a construir toda a refe-
rida linha de Salamanca a Villar
Formoso e a Barca d'Alva no pra-
so de três annos a contar da pu
blicaçào official da presente lei,
praso em que o governo devera
concluir a linha do Douro.
Art. 6.* O governo empregará os
meios ao seu alcance que mais
convenientes forem, para verificar
as receitas e despezas da explora
çào d'esta linha, sendo a empreza
obrigada a franquear lhe toda a
sua escripturaçào e respectiva cor-
resoondencia.
Art. 7*0 syndicato, empreza ou
companhia que elle organisar man-
tera egualdade de tarifas para os
passageiros de mercadoria, em
transito de qualquer dos dois pon-
tos da fronteira portuguesa para a
estação de Boadilla, ou para as que
se lhe seguirem e vice versa.
Art. 8 o As contestações que se
levantarem entre o syndicate, em
preza ou companhia que elleorga
nisar, e o governo portuguez se-
rão julgadas por um tribuual arbi-
tral, composto de dois membros
nomeados por cada uma das par-
tes, e de um quinto que servirá
para desempat , e que na falta de
accordo será designado pelo su-
premo tribunal de justiça.
Art. 9 ® Se o syndicato, ou mais
tarde a empreza ou companhia
que elle organisar, transmittir no
todo ou em parte, a concessão fei-
ta pelo governo hespanhol, sem
prévio accordo com o governo por-
tuguez, perderá todos os direitos
que por esta lei lhe são concedi-
dos.
Art. iO • Fica revogada a legis-
lação em contrario.
Nota» Uieatrae»
No theatro da Rua dos Condes
vae hoje o Antonio Maria, revista
do anno de 1881 E' indiscriptivel
o envhusiasmo que esta peça tem
despertado. E' um exilo extraor-
dinário que todas as noites se affir-
ma em concorrência enorme e
ovações enthusiasticas. Antonio
Maria nada tem a invejar ao Tut-
ti It-mundi,
"ESPECIALIDADE DE CIIA E CAFE"
Flor Chineza
«8—Rua da» Preta»—«8
ím-lm
Pobre Pina foi ajunta,
Foi á junta sanitaria,
E vae, descobriu a junta,
Que o Pina tem solitaria.
Escapou Pina das garras,
Aqui da nossa milícia,
E passando o pó á farda,
Nào sentou praça na guarda,
Nem tão pouco na policia.
Mas o Pina que é rigin ho,
Que em ter saúde capricha,
Coitadinho teve a baixa,
Porque lhe acharam a bich a.
Dá o bicho nas videiras,
Na hortaliça mais fiaa ,
Da nas couves, e nas fructas,
E agora foi dar no Pina.
Eu em o vendo na rua,
Fujo, coroo d'uma fera,
Pois o Pina coitadinho,
Está cem o pbyloxera.
Salta Pequito, Aguiar,
Luciano, gente fina,
Vamos, toca a nomear,
Commissão p'ra examinar,
O bicho que t.m o Pina.
Para Londres
O vapor
Argcs.
TELEGRAMAS
HAVAS REU-PER
AGENCIA TELEQRAPHICA
Serviço continental submarino
Paris > 6, t.
Foi prorogado até 15 de maio
proximo futuro o antigo ti atado
de commercio franco-heapanhol.
Vienna, 6, n.
Os revoltosos da Herzegovina
tomarum e incendiaram C< gniea,
importante posição estrate gica en-
tre Serajevo e Montar. Noticias
de origem eslava affirmam que es-
tão ali desertando muitos milita-
res.
Paris, 6, n.
Camara dos deputados. O sr.
Grranet interpellou hoje o gabine-
te, ccnvidando-o a apresentar ho senado o projecto de revisão vo-
tado pela cainara O sr. de Frey-
einet respondeu que, sendo o pro-
jecto obra da cama ra, nào é ao
governo que compete apresentnl o
ao senado Fez notar que a maio-
ria repu' lic&na da camara não es-
tá inteiramente de accordo a res-
peito da revisão, e o gabinete precisa de ter o appoio da ma<o
ria toda. A revisão encontra
actualmente obstáculos Insupera
veia. O governo ha de propor nova-
mente a revisão era occasião cp-
portuna, e então furá que ella
vingue.
A canara appro vou por 287 vo-
tos contra 66 uma moção de or-
dem do sr. ftatine u aoce'ta pelo
minibterio e concebida n'est.es t r-
mos: «A camara, confiando nas
declarações do governo e na sua
firme vontade de realisar as refor-
mas reclamadas, paBta á ordem do
dia.»
Or an, 6, m.
Nào está ainda confirmado o
boato dappsionamento de Bou
Amena e Si Sliman por um gene-
ral marroquino.
Paris, 7. m.
Official. Está ap provada a de
clhração que proro^a os tratados
de comme rcio com Portugal e com
a Heapanha. Vários deputados
annunciarain hontem uma ínter-
pellnçâo ao governo ácerca doa
negocios e^ypcios. O sr. de Fr*y-
cinet pediu-lhes que, em att» nçao
ás negocisçõtír, aoiassem a sua in-
terpellação para d'aqui a 15 dias.
Londres, 7, m.
Diz o «Times» que o discurso
da rainha consignará cjue a Fran-
ça e a Inglsterra estão de accor-
do para *e occupirem do Egypto;
que serão cumpridas as oonga- ções internacionais, e salvaguar-
dados os intere8s« s egypcior. O
discurso também alludirá á atti-
tude des potencias n'etta questão.
LISBON
Capitão lloll
Espera Ne Naliliacio 11
para Mali ir ilepolN da fin-
diapenaavel demora.
Para carga e passagens trata-se
no Uaes do Sodré, 64, 1.°
Os agentes
E. Pinto Basto & 6T.a
Recreio Musical
Album de, musica para piano
collaltoi'iidit pur distinctos
maestros, iiacionaes e es-
trangeiros
Este Jornal de elegan-
te formato* nitfeda im-
pre«Mào e de uma bara-
teia verdadeiramente
eYtraordinaria. é o úni-
co que Me publica no
palz.
Catalogo dos números publicados
Fado».—Recreio Musical, Diá-
rio de Noticias, Chiado, 103.—-Ga-
lope: Alviella.— Habaneras
La Hamaca. -Ilj mnos A Mar-
selheza (com a leira em francez e
portugue2).— Mazurka*: Del-
mira, Flor Predilecta, Ernestina,
Petit Louvre, 11 de Agosto.—
Operai*: Dinorah (pot-pourri
em 2 numerou), Lucrécia Borgia
alegro), Norma (andante), Aida
]os melhores trechos em 2 núme-
ros).—Opera» cómicas: O
Urso e o Pacha (bolero), Niniche
(trechos). — Polkas: Anna, Je
ne toubliarai pas, Capitoliua, Volo
livre, Maria Christina (homenagem
da emprefa a S. M. a Rainha de
Hespanha). — Quadrilha*: O
Carnaval de Lisboa. — Roman-
ce»: Je pense à toi (letra de Ta-
iairai).—Taiiffog: Fl^r do Ar.—
Yal*a*: 10 ae Junho, O Génio,
Princeza Aiulioa (Ja naça do mes-
mo titulo) Retalha d'Ostrog (idem)
Paogim, Laura, Au Petit Diable,
Gratidão.
Condições de assignatura
Lisboa, co acto da entrega, 60
réis; avulso 100 réis. Províncias e
ilhas, serie de 6 números, 360
réis.
As importâncias serão remetti-
dss em vales do correio e nào em
estampilhas, salvo o caso de não
I haver emissão de vales na locali-
: dade.
Esrrlptorlo: Hua do Po-
ço do» Regro», 4G e 18#
Livraria.
&uccur*ae»: T. de 11o-
minffo». SO. I.°: no POB-
TO — Livraria Central.
ESPECTÁCULOS
H Carlon — A's 8 horas
Opera.—Hernâni.
Dança — Divertissement. RecreloM.—A 8 8 horaa.
Theatro Fantoches.
impreze Zâeo.
Debute da companhia Ingleza.
Patinadores
Con8ertibtH8 de cosinha. Tlicatro do Principe Real. —
A's 8 horas.
Kevi8ta do Anno de 1P81.
Theatro Chalet.—A's 8 horas.
Maravilha magica.
Circo Price. — Principia ás 8
horas.
Esplendidos espectáculos todas
as noites pela companhia eques-
tre, gymnastica, acrobatica e có-
mica de D. Raphael Diaz, dirigi-
da por D. Henrique Diaz.
Tjpographia do "Diário Illuslrado'
T. da Queimada* 15
Agradecimento
Celestino Margotteau julgaria
faltar a um dever deixando de fa-
j rer publico o seu reconhecimento
para com o exm.° sr. dr. J. L Bal-
di, pela assiduidade e disvello com
qfle tra'.ou mir ha irmà Constanco
In., tendo estado prestes a ser vi-
j ctima de uma menengite, confessa
; que abaixo de Deus deve a con-
i servação da viria a este distincto
facultativo. P.ecc-ba, pois, o exm.*
sr. dr., os protestos da nossa eter-
na gratidão. Agradecemos igual*
mente a todas as pessoas que fo-
ram ou mandaram saber do sen
estado.
Torres Novas
O abaixo assignado pretende de
um empregado que saiba de escri-
ptursção commercial, podendo ser
justo a secco ou de comer, e pre-
fere se que seja solteiro e abona-
do. A quem convier pode dirigir-*
se a
João Roiz de Deus.
Reaes cavai lariças
5 R NNUNCIA-SE, que no dia
^ 23 do corrente ao meio dia
no real picadeiro em Bel°m, se
hão de vender em basta publica,
s ços convierem á reparti-
ç avallos, 2 éguas e 6 mua-
res, mcinsivé 9 cabeças, da raça
d'A her. Belem, 7 de fevereiro de
1882. João Guilhorme de Brito.
DIÁRIO ILLUSTRADO
O coiouei (j^eiauu Alberto ue
Sori agradece profundamente re
conhecido, por este meio, emquan
to nào o pode fazer pessoalmente
a todas as pessoas qae acompa-
nharam á ultima morada os restos
mortaes de seu muito preeado ami-
go, o digno par do reino, general
de divisão José Manços de Faria,
assim corro áquelias que patentea
ram interessar se desveladamentf
pelo mesmo exm.° sr. durante a
doença a que infelizmente succuin
bio.
ioão Candido da
Silve, rua do Ouro,
231, avisa que terá
Iogar, amanhã 9 de
fevereirj a extracção
da loteria portugutza,
sendo o premio
maior de
8:000$000
A nova loteria
hespanhoía tem lo-
gar no dia II de
fevereiro e tfm por
premio maior réis
14:400^000
Padaria militar
de Lisboa
22 (\ CONSELHO gerente da
^ referida padaria faz pu
blico que do dia 16 do corrente
pelas I'd horas da manha abre
prsça na 6ua secret aria para a
arrematação de tnsentOB mil
(300:000) litros de trigo rijo e
molle, devendo as propostas e amostras ser ali ' ntrepues até ás
10 horas da manhã do indicado
dia.
As condições para esta arre-
matação podem desde jã eer exa-
minadas.
Becretaria do conselho gerente
da Padaria Militar de. Lisboa, 7
de fevereiro de 1882.
O secretario.
Antonio Henriques Bessa __
Pharmacia
33 ^TRESPASS A-SE uma cm
Évora, bem mon'ada e
afreguezada. Que «. pretender es-
clarecimento , dirija-ae no solici
tador Antonio Jacintbo Vilhalva
—Évora.-
Annuncio
24 A COMMISSÃO administra-
tiva da Santa Casa da Mi-
sericórdia do Évora manda fazer
publico que novamente se acha
aberto concurso, por espaço de 30
dias, que hão de findar em 2o de
fevereiro proximo futuro, para o
provimento de quatro logares de
capellão, que se acham vagos na
egreja da mesma Santa Casa.
Os pretendentes podem desde
já sollicitar na secretaria respecti-
va quaesquer esclarecimentos de
que careçam.
Évora, secretaria da Misericór-
dia, 2o de janeiro de 1882.
O secretario,
Ignacio da C Ferreira.
20 O CAMBISTA ANTONIO w IGNACIO DA FONSECA
rua do Arsenal, 56 a 64 Lisboa,
com casa filial no Porto, feira de
S. Bento 33 a 35, faz sciente que
tem nos bí us estabelecimentos
v*ri diesimo sortimento para a
primeira loteria de Madrid, que
te verifica em 11 de fevereiro.
Valor dos prémios em moeda
portugueza.
1 de-...: 45:000*000 réis
1 de 22:5004000 »
1 de 10:W04(X)0 »
1 de 5:400*000 »
2 de 1:0801000 »
12 de 900*000 »
2 de 630*000 »
780 de 144^000 »
800 premies
Bilhetes a 195000 réis.
Meios a 9*500 réis.
Quintos a 3*800 réis.
ferimos a 1*900 réis.
Fracções de 1*200, 600, 480, 240. 120 e 60 réis.
Pedidos ao cambista Antonio
Iirnncio da Fonseca.
HISTOKIA
DE FRANÇA
PAi KILLER
MATADORES
De Perry Davis
19 TOMADO Internamente con- 1 forme as instrucções. Cura
a ESTOMAGO AZEDO, Diar
rhea, DYSENTERIA, Cólica e
CHOLERA Infantum. Para uno externo cura DOR
DE DENTES, applicando um
pouco de algodão em rama molha
do no Mata-Dor sobre o dente dorido.
RlieuniatlMuio e Nevralgia ba
uhando e esfregando bem até que
a dor cesse. Enraldadura*, cortadellan, e
Maehucaduraa, conservando as
parteB molhadas com o Mata-Dor
até passar a dor.
Preço per frasco 500 réis, meio
frasco 340.
Vende-se nas pnei pães phar-
macias.
Depositos:
LISBOA—Rua da Prata, 196.
Agentes geraes Jnme» Ca»
«eis & Cca rua das Flores n.'
180, !.•—Porta.
Nova loja de fazendas brancas
27 TOSE NUNES MARQUES, que Li caixeiro do sr. José Henri-
que Rosa, ex proprietário da loja de fazendas brancas, na rua
Augusta n0 92 a 96 participa aos seus amigos em especial, e ao pu-
blico em geral, que no dia 11 do corrente mez, abre um estabeleci-
mento de fazendas brancas na rua Augusta, n." 201 a 203 e travessa
da Assun pçào, n •• 63 a 65 sob a firma commercial de MARQUES &
IRMÃO. Estabelecimento onde se encontrará tudo quanto ha de me-
lhor n'este genero, por ser fornecido pelas priacipaes fabricas nacio-
naes e estrangeiras.
O systema d esta casa será ganlinr pouco para Tender
multo, por isso pedem aos seus amigos e ao publico o honrem com
a sua protecção.
Lisboa, 8 de fevereiro de 1882.
Marques & Irmão.
SOli EDaDI l)0S AFAMADOS MHOS
EE CHAMPAGNE
MWICV UIM\ & C.A
AGENCIA GERAL E DEPOSITO
29, rua de S. Paulo 2.° esquerdo
Elisabeth seeks
baço,doestomago t da bexiga,areiasjcalcu-
los hepathicos.gotta, diabetes, albuminuria.
SM|W A R I E Anem*a' chl01,0®1»**-
AOUAS WIWcKAcS n AIU KAboJJjjrjUnT^
141 W:V"Iílí3
&STE WIARIE
Desde os tempos mais remotos até aos nossos dias
POR
HENRY MARTIM
U TTAE começar em breve esta notável publicação que será orna-
■ da de
1:000 GRAVURAS
intercaladas no texto, e representando as batalhas, os acontecimentos
ô os retratos dos homens mais notáveis da Historia de França, que é
por assim dizer, a verdadeira historia da humanidade, porque ô raro
o succ^sso notável que nào prenda com a vida d'aquelle paiz.
A Historia de França será destribuida ás caderne as semanaes de
16 paginas a duas columnas, formato ia-4.° graúdo, e adornada cada
caderneta com 7 a 8 gravuras.
Custo de cada caderneta 60 réis
Nas provincias, cada fascículo de 32 paginas com 14 a 16 estam-
pas, 120 róis franco de porte.
As gravuras sào todas feitas em Paris.
A impressão ó confiada á casa Lallemsnt de Lisboa, a primeira
n'este genero de trabalho.
Ob prospectos illustration serão distribuídos em poucos
dias.
Assigna-se desde já no escriptorio da Empreza—Travessa daQuei-
roa-la 3o, Lisboa.
Repartição
dobras publicas do dislri-
cto de Lisboa
Secção geral de conservação
Estrada districtal n.° 87 de Lisboa
a Cintra
3.* secção do conservação
33 1?AZ-SE publico que no dia 18 do corrente, pelas 12 horas da L mauhã, no edifício do Governo Civil e secretaria da secção
tferal de conservação, ha de arrematar-se, por propostas em carta
fechada, o forue imento dos mater aes abaixo designados, precisos
para a construcção de dois carros d'esgoto, um junto da quinta das
Laranjeiras e outro junto da estrada da Alfarrobeira, ambos na es- trada districtal n.° 87, a saber:
Pedra cahareo para alvenaria 619m30 6745000
Areia do Areeiro 200-30 160^(100
Cal em pó 100-30 180*000
Pozzolana dos Açores 50m30 250*000
Lagedo de cobertura (como na Alfarro-
beira) 24-30 192*000
Total: 1:456*000
E' permittido licitar na totalidade do fornecimento, ou somente
n'uma ou mais qualidades de material.
As condições estão patentes na dita secretaria, em todos os dias
não santitíchdos.
Lisboa 6 de fevereiro de 1882.
O chefe de secção
(a) Fernando Mendes.
fecçòes lymphaticas,
dyspepsia, diabetes com pobresad«sangus.
Pans, 124, rue St - Lazare. — Pwp Vrup, 30 frum a uiu U M jtmiu, Im Listo*, pharmacia Anilar, rua Augusta, 225 « 227.
ÊL>Vicente Pimentel & Quintães, rua da Prata, 194 e 196.
mwm
49, Chiado, 51
Recebeu de Paris marens glacés,
bonbons fondant, pralines, fruits, choco-
lats e salame de Lion, etc.
Aviso aos srs. facultativos e ao publico
Existindo imitações da Farinha lactea Henry Nestlé é ne-
cessário tomar conhecimento que a única legitima e FRESA
vem em latas SOLDADAS do peso de 500 grammas com a
marca da fabrica
junta e com aassi-
gnatura do inven-
tor Henry Nestlé.
Na tampa sol-
dada deve ter urn
rotulo com a firma
Th. & U. Albert
Deggeller, únicos
representantes da
fabrica Henry
Nestlé com
to para creanças.
deposito geral no
Chiado, n.® 61, 2.°
andar.
Cada lata deve
ser acompanhada
de um prospecto
em PORTU-
GUEZcom as ex-
plicações neces-
sárias para o
modo d'usar este
precioso alimen-
De uma fabrica de'anificios
NO FUNDÃO
(PROXIMO Á COVILHÃ)
55 MO.dia 12 de fevereiro proximo se venderá no local acima in-
dicado, o edifício, terrenos annexos, e todo o mtchinismo de
uma fabrica le lanifícios, achando-se tudo em perfeito estado de
conservação, sendo o inachinismo doa melhores fabricantes co-
nhecidos. ..
Relação das principaes machi-
nas e outros objectos existen-
tes na fabrica
1 Machina de vapor completa
da força de 20 cavai los caldeira e
tubagem de communicação.
1 arvore completa de trans-
mipsao.
1 Fiação ingleza de fiadeiro
300 fuzos.
1 dita fixa 200 fuzos,
2 Cardas e um apparate e lo-
ba-azeite ira.
1 Escolhedeira.
1 Retrocedeira.
1 Machina de esmerilhar e ey-
nd rar.
2 Perchas com seus jogos de
reboas.
1 Bp tame.
Lavadeira.
1 Prci.sa de ferro completa.
1 Caldeira de cobne.
1 Ca e)leira
2 Teares Jacquard.
8 ditos de maquineta.
8 ditos manuae8.
4 ditos mechanicos.
1 R tinadeira.
2 Thesoura8.
1 Escova.
4 Urdidt iras com casaes.
1 Urna para lustrar.
3 Rollos » o
1 Maquina de enrolar e lustrar.
1 Dorua grande de cobre.
1 Caldeira grande de cobre.
1 dita mais pequena também
do cobre,
1 dita Oblonga dita dita.
1 Moinho p^-ra moer anil.
1 Sypbão de cobre e mais per-
tences de tinturaria.
1 Forja ccmple a e ferramentas-
1 Telheiro e muitos outros ob-
'Ctos concernentes á fabricação lâ lumfi/ti a f inf imft f»in ^.lanifícios e tinturaria,
uma NDeB8oa encarregada de
1 Enroladeira de puado,
1 Maquina de enrolar fasenj í
No edifício da fabrica ha s< n;
mostrar a todas as pessoas que a desejarem vdr.
Todos os dias ha diligencias e mala-postas que partem^C9H\d<
tino para a Covilhã fazendo passagem pelo Fundão, isahindo dos àfr
guintes pen tos:
Cidade da Guarda,
Estaçào do caminho de ferro do Crato na linha de Leste.
E na do Pezo na linha da Torre daa Vargas.
Este leilão è promovido pelos credores hypothecarios da proprie-
tária do estabelecimento e com auctorisHção d'ella.
!arque de Fabrique
Preço de cada lata 400 réis
COMPANHIA
DE
FIAÇÃO E TECIDOS
Lisbonenses
SO IEDJDE ANONYNIA
DE RESPONSABILiDADE LIMITADA
Para se discutir e votar o parecer da commissão de exa-
me de contas e proceder-se á eleição da nova gerencia são por or-
dem do ex sr. presidente da assembles geral convidadoa os srs.
accionistas que por ci cnlares forem avisados a comparecer na reu-
nião que para esse fim terá logar no escriptario d'esta companhis,
rua dos F«ncueiros, 135, 1.°. áo 7 horas ria noife de 9 do corrente.
Em conformidade do artigo 26 0 dos estatutos ser io patentes aos
Brs, accionistas nos dias 6. 7 e 8 das 10 horas da manhã ás 3 da
tarde, os iivros e contas d'esta companhia sobre a geroucia finda.
Lisboa 1 de fevereiro de 1882.
O secretario Aleixo Tavano.
POZZ.OUM DOS 1CORES ""
ou
CIMENTO HYDRAULICO
VfENDE-SE desde 15 kilos até qualquer porção de metros cu-
ll f bicos, no escriptorio de Germano Serrão Arnaud, 84, Caes do
QQdié 1.* andar.
~ LEILÃO
QUINTA
Por intervenção do corretor
PEDRO GAMELIER
SABBADO 18 de fevereiro proximo, pelas 3 horas da tarde na
praça do Commercio se procederá ã venda da quinta de-
nominada Fana Cabras do Piranga ou da Condessa, situada na es-
trada de Sacavém (dos Lagares d'EI-Rei) ao fundo da azinhaga da
quinta dos Britos, freguezia de S. Jorge. Consta de casa com rtz do
ehào, andar nobre esotào, magnifica adega, abegoaria e mais casas
para diversas applicações: nora corn machina da vapor, vinha, olival
hortas jardim e varias arvores de fructo, tudo livre. Siuo saudavel e
iindas vistas.
Mais esclarecimentos, rua Áurea, 50,1.° andar.
COMPANHIA PORTUGUEZA "
DE
Seguros de Vida de flnimaes
Sociedade anonjma responsab lidade limitada—Capilal 500:000|000 réis
8 ^FOMAM-SE seguros c'ontra o risco de morte nos animaes de
* toda- as especies existentes em qualquer parte uo paiz.
Prestam se todos os esclarecimentos no escriptorio da compa-
nhia, rua da Figueira, n.# 2—Lisboa.
Os directores—Barão da Torre, Simão Aranha, Ignacio do Casa
Ribeiro.
55
Lid PENINSULA! E ALGERIENKf
Para o Havre
directamente
ultimo* V^napeos modelo8tfazem-
se^modírniaam bc oa antigos, seja
qual fôr a tua qualidade. Modi-
cidade de preços. Rua do Moinho
d* V«'nto, 14, r'z de cbauBsé. ANUNNCIO
. A 2/") VAPOR Emma
capitão Cario,
esperado em 8 do
eoi rente, a a h i r á
depois de curta de mora.
Para carga e passagens trnta-w
com oa cousignatario8
19, L. do Pelourinho, 1.®
Juhel & Garay
Para Bnrdeos
directamente
L<k à O VAP0R Âl-
à "//S , rado em 8 do
■ oS corrente, cairá depoia de curta
deuioru.
Para fretes e paasagena trata-ae
com os consignatários.
19, L. do Pelourinho, 1.®
Juhel & Garay.
COMMISSAO EXECUTIVA
Estrada Districtal n 90, de Coruche por
e Alcácer do Sal
O vapor AUGUSTE CONSEIL,
esperado em 10 do corrente, aa-
hirá depoÍ8 de curta demora.
Para fretes e pas.-agena rata-se
com os consicnHtariod
Largo do Pelourinho, 19, 1.®
Juhel & Garay.
Pela Repartição de Obras Publicas do Districto de Lisboa se annuncia que 110
dia 9 de fevereiro proximo, pelas 12 horas da manhã, 11a administração do concelho
de Setúbal, se procederá á arrematação em carta fechada de sete tarefas de terraple-
nagens e quatro de obras de arte, como consta do mappa seguinte:
Perfis extremos Designaçõe Volumes Importâncias Deposito 5%
REDSTART
Capitão Taylor
Chegou e sairá na sex-
ta feira IO do corrente*
Excavação em areia
» em terra dura ...
Aterro de emprestimo.-......
Trat sporte ã pá:
a carro de mão...
» a carro de parelha
1:978*256
l:0i:<V»3 00
3»* 50
60™3 09
1:588-3.47
1:330™3 00
595356
1205000
#140
15802
715481
1065400 175960 3595179
Para carga trata-ae no Caea d^
Sodrê, 64, 1.®
Oa agentea
E. Pinto Hf t/to 8r, ().•
Excavação em terra dura.
Aterro a carro do parelha
> de empestimo —
4985753
4195121
56^66 2 9745536 485725
529m350
l:059m3,00
l:057-336
9m3,00
1:579"* 50
155885
1055900
795302
Excavação era areia
» em terra compacta.
Aterro de empre^imo
^ 8. pâ«•••••••••••«•#••
» a carro de mão 715077 2725434 135620
915-3 94
1:831—3 98
2.747-3 8 i
Excavação em areia
» ern terra compara
Transporte a carro de parelha.
270478
1835198
2885521 4995197 245960
435460
2125830
65 455
705273
1665928
a carro «1« mao ..
a carro de parelha 4995940 255000
0 paquete BRITANNIA 355670
2375813
115090
1245471
715230
Eapera-se de 9 a 11 de fevereiro para sair depois da indispensá-
vel demora.
A companhia acaba de reduzir os preços de passagens para Bor-
deava a saber:
1.» clatse libras sterlinaa 5,5,0—cu réis 235630
2.» » » 3,3,0—ou réis ]451*0
3.* » » 2,0,0—ou réia 95000
Ida e volta de primeira claase libres aterlínae, 7,17,6,—ou réis
355440. ? .
Para Liverpool l.» classe libras sterlinas, 8,0,0, ida e volta li-
bras sterlinas 12,0,0.
Para carga e passagens trata-ae no Caea do Sodré, 64, 1.®
Oa agentes
E. Pinto Basto & C.a
4805274 245015
Excavação nas fundações
Alvenaria ordinaria
Lagedo
Reboco
106 a 231
3 aqueductos de
0 8 de luz e 1
de 1,0 de luz
5100
55000
15830
5115
35122
3755850
815*71
85418
Excavação ess fundações
Alvenaria ore inaria
Lagedo
Keboco
166
aquedacto de 2
olhaes de 0 8
de luz
193 a 259
5100
55<!00
15830
5115
35124
3425000
685515
75176 4205815 215040
Excavação nas fundações
Alvenaria ordioaria
Liaedo
Reboco
aqueducto de 2
olbaes de 0,8
de luz,2 aque
duetos de 1,0
e 0 8 de luz
35682
3745750
665319
65946 4515697
Excavação nas fundações
Alvenaria ordiuaria
Lajedo.
Reboco
35570
35456(H)
650'i8
65739
2!2 a 281
aqueoucto de 2
olhaes de 1,0
de luz, 1 aque-
ducto de 0,8
do luz
215300
Para o Bio de Janeiro, Montevideo
Buenos-Ayres, Valparaizo, Arica, islay e Callao
SAIRAO OS PAQUETES
Aconcagua a 36 de fevereiro. I Britannia a 15 de março.
Chiloe a 28 de fevereiro. | Cordillera a 28 de março.
•Os naauetes Aconcagua o Britannia farâe escala por Pernam-
buco e Bania.
Faz-sc abatimento ás famílias que viajarem para es portos do
Brazil e Kio da Prata.
A companhia acaba da reduzir os preco9 de paanageas em 3."
-»lasse para Pernambuco Bahia e Kio de Janeiro a 365000 réis.
Na passagem de 3.4 claase por estej magníficos vaporai, está in-
cluído vinho á hora da comida, c*ma, roupa etc.
A bordo ha criados, cozinheiros portugueses o medicos.
Para carga e passagens trata-se com os
Agentea
No Porto Em Lisboa
Vasco Ferreira Pinto Bas.to E. Pinto Basto & C.1
í Largo de S. João Novo, 10 Caea do Sodró 64,1*
O perfil longitudinal, typo de obras de arte e as condições particulares, estuo pa-
tententes na Repartição do Districto e Administração do Concelho de Setúbal, onde
podem ser vistos todos os dias não santificados, desde as 10 horas da manhã até ás 4
da tarde.
Lisboa. 25 de Janeiro de 1882.
O Secretario da Commissão Districtal,
(a.) J. &a P. Castanheira das Nieves
u.Aiviw/i
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