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DEFENSORIA PÚBLICA do Estado de Mato Grosso
Núcleo de Aripuanã
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA ÚNICA
COMARCA DE ARIPUANÃ/MT
SANDRA CRISTINA LEAL DE SOUZA, brasileira,
solteira, do lar, portadora do RG n.º 34.592.089-2 emitido pela SSP/SP e CPF n.º
219.702.568-69, residente e domiciliada na Avenida Padre Ezequiel Ramin, n.º
121, Centro, Aripuanã/MT, vem, perante Vossa Excelência, através da
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO, via Defensor Público
firmatário, com fulcro na Lei n.º 11.804/08, propor
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS
em face de JOSÉ B. LANDE BISPO, brasileiro, solteiro, agente de saúde,
portador do RG n.º 2318756-5 e CPF n.º 006.946.596-73,r esidente e domiciliado
na Rua B, n.º 418, Vila Operária, Aripuanã/MT, pelos fundamentos de fato e de
direito que se passa a expor:Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência, efetivando a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.
Rua Antonio Busanello, n.º 657-A, Qaudra 128, Lote 04, Bairro Cidade Alta, Aripuanã/MT
Tel. (66) 3565-2267
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I – DOS FATOS
A Autora manteve um relacionamento afetivo com o
Réu por, aproximadamente, 01 (um) mês, isto é, entre julho e agosto/09,
consoante atestam as testemunhas cujas declarações seguem em anexo.
Cioso registrar, que durante o período supra referido, a
Requerente manteve relação afetiva exclusivamente com o Requerido.
Destarte, como decorrência do relacionamento do
casal, a Requerente acabou por engravidar do Requerido, cuja gestação encontra-
se em seu sétimo mês, segundo se constata dos atestados médicos em anexo.
Outrossim, assim que soube de sua gravidez, a
Requerente informou tal fato ao Requerido, o qual, num primeiro momento
consentiu com a paternidade do nascituro, comprometendo-se, inclusive, a auxiliar
financeiramente a Autora.
Todavia, o valor proposto pelo Requerido fora de pronto
repelido pela Autora, uma vez que pretendia auxiliá-la, apenas, com R$ 50,00
(cinqüenta reais) mensais.
Assim, diante da recusa da Autora, o Requerido passou
a não mais contribuir com a gestação da Autora.
Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência, efetivando a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.
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Dessa forma, além da falta de interesse por seu filho, o
Requerido não contribui financeiramente com a gestação da Requerente, não
ajudando-a com as despesas necessárias para uma saudável gestação, tais como
alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares,
internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas
indispensáveis.
Assim, a Requerente, vem arcando sozinha com os
gastos de sua gravidez.
Por outro lado, o Requerido trabalha como agente de
saúde, auferindo boa renda mensal, apta a auxiliar a Autora na gestação de seu
filho.
II – DO DIREITO
II.I – DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS E DA PROVA DA FILIAÇÃO
A Lei n.º 11.804/08, dando grande passo na almejada
concretização do princípio da dignidade da pessoa humana, valor este
indissociável do direito civil contemporâneo, passou a prever a possibilidade de a
genitora, ainda durante sua gestação, pleitear alimentos em desfavor do suposto
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pai, com vistas a resguardá-la, ao menos financeiramente, quanto às
necessidades advindas com a concepção.
Assim sendo, uma vez constatada a gravidez pode a
genitora reclamar do suposto pai o auxílio financeiro necessário a propiciar ao
nascituro as providências médicas e terapêuticas para sua adequada formação.
Dispõe o art. 2º da Lei n.º 11.804/08:
Os alimentos de que trata esta Lei
compreenderão os valores suficientes para cobrir as
despesas adicionais do período de gravidez e que
sejam dela decorrentes, da concepção ao parto,
inclusive as referentes a alimentação especial,
assistência médica e psicológica, exames
complementares, internações, parto, medicamentos e
demais prescrições preventivas e terapêuticas
indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o
juiz considere pertinentes.
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este
artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser
custeada pelo futuro pai, considerando-se a
contribuição que também deverá ser dada pela mulher
grávida, na proporção dos recursos de ambos.
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No que tange especificamente à prova da filiação
atribuída ao Requerido, cumpre-nos aclarar que os elementos probatórios
passíveis de produção neste momento não gozam, por certo, do grau de certeza
decorrente daqueles que poderiam ser amealhados em sede de Ação
Investigatória de Paternidade, mormente em se considerando o usual exame
hematológico pelo método DNA.
Entretanto, tal situação não pode obstaculizar o
deferimento dos alimentos gravídicos que ora se pleiteia.
Com efeito, a situação fática inviabiliza que se
condicione o deferimento dos alimentos à prova plena da paternidade, sob pena
de ver-se o nascimento do nascituro antes sequer da juntada aos autos do Laudo
do exame biológico.
Nesse sentido manifesta-se a eminente
Desembargadora MARIA BERENICE DIAS:
Não há como impor a realização de exame
por meio da coleta de líquido amniótico, o que pode
colocar em risco a vida da criança. Isso tudo sem contar
com o custo do exame, que pelo jeito terá que ser
suportado pela gestante. Não há justificativa para
atribuir ao Estado este ônus. E, se depender do
Sistema Único de Saúde, certamente o filho nascerá
antes do resultado do exame
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Assim, o Diploma Legal recém inaugurado afastou-se
do tradicional sistema da cognição exauriente para o deferimento do bem da vida
pleiteado, conferindo ao Magistrado a possibilidade de conferir à parte o direito
pugnado mesmo sem a demonstração inequívoca do quanto alegado, ou seja,
satisfaz-se com a cognição sumária, sempre atento às necessidades da pessoa
em formação e às peculiaridades do caso concreto.
Calha registrar, que a cognição sumária, em regra, é
verificada no exame dos pedidos liminares, a serem confirmados, ou não, após a
instrução do feito, oportunidade em que deverá se valer o Magistrado da cognição
exauriente.
Acerca das espécies de cognição judicial, e de seu
cabimento, anota o inexcedível FREDIE DIDIER JÚNIOR, litteris:
(...) o plano vertical (profundidade), que diz
respeito ao modo como as questões serão conhecidas
pelo magistrado. Aqui se responde à pergunta: de que
forma o órgão jurisdicional conheceu aquilo que lhe foi
posto à apreciação? A cognição poderá ser, portanto,
exauriente ou sumária, conforme seja completo
(profundo) ou não o exame.
(...)
Há procedimentos de cognição plena e
exauriente, que são a regra. A solução dos conflitos de
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interesses é buscada através de provimento que se
assente em procedimento plenário quanto à extensão
do debate das partes e da cognição do juiz, e completo
quanto à profundidade desta mesma cognição.
Decisões proferidas aqui são, por exemplo, aquelas dos
procedimentos comuns (ordinário, sumário ou dos
Juizados Especiais Cíveis), passíveis de produção de
coisa julgada material. Prestigia-se o valor segurança.
(...)
A cognição sumária (possibilidade de o
magistrado decidir sem exame profundo) é permitida,
normalmente, em razão da urgência e do perigo de
dano irreparável ou de difícil reparação, ou da evidência
(demonstração processual) do direito pleiteado, ou de
ambos, em conjunto. No plano vertical, a diferença
entre as modalidades de cognição está apenas na
maneira como o magistrado enxerga as razões das
partes (causa de pedir).1 Assim, repise-se, embora a cognição exauriente,
mormente no que se refere à sua profunidade, seja a regra para o deferimento da
tutela jurisdicional pretendida, a Lei n.º 11.804/08 expressamente a afastou,
privilegiando, assim, o manejo da cognição sumária para o deferimento dos
alimentos gravídicos, conforme se pode extrair da mera leitura do art. 6º do
mencionado Diploma Legal, in verbis:
1 Curso de Direito Processual Civil, vol. I, ed. JusPodivm, 8ª ed., pgs. 273/274.Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência, efetivando a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.
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Convencido da existência de indícios da
paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que
perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as
necessidades da parte autora e as possibilidades da
parte ré.
Aliás, essa a razão do veto ao art. 8º da Lei dos
Alimentos Gravídicos, que condicionava o deferimento de referidos alimentos à
submissão das partes ao exame de DNA, caso houvesse recusa por parte do
suposto pai em relação à paternidade a ele atribuída.
Expondo como razão de seu veto político, deixou
consignado a Presidência da República:
o dispositivo condiciona a sentença de
procedência à realização de exame pericial, medida
que destoa da sistemática processual atualmente
existente, onde a perícia não é colocada como condição
para a procedência da demanda, mas sim como
elemento prova necessário sempre que ausente outros
elementos comprobatórios da situação jurídica objeto
da controvérsia
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Dessa forma, comprovada a gestação da Requerente, e
indícios suficientes de que seja o Requerido o pai do nascituro, o deferimento dos
alimentos gravídicos é medida que se impõe no caso em tela.
Com referência ao valor de referidos alimentos, temos
que este deve ser fixado em quantia equivalente a 30% (trinta por cento) dos
rendimentos mensais do Requerido, desde que nunca inferiores a 50% (cinquenta
por cento) do salário mínimo.
Isto porquê, além da capacidade do Requerido em
arcar com aludido montante, à Requerente deve ser propiciada a quantia apta à
realização de todos os exames e aquisição dos bens de consumo necessários a
uma sadia gestação, cujos gastos, como é cediço, são bastante elevados.
Pelo exposto, preenchidos os requisitos necessários ao
deferimento da tutela jurisdicional pretendida, máxime a gravidez da Autora e
indícios suficientes de paternidade do Réu, requer sejam deferidos àquela os
alimentos gravídicos, em valor equivalente a 30% (trinta por cento) dos
rendimentos do Requerido, desde que nunca inferiores a 50% (cinquenta por
cento) do salário mínimo.
II.II – DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
É certo que a Lei n.º 11.804/08, em seu art. 11, prevê a
aplicação supletiva, nas ações em que se pleiteie alimentos gravídicos, das Leis
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n.º 5.478/68 e 5.869/73, que dispõem, respectivamente, sobre a Ação de
Alimentos e o Código de Processo Civil.
Assim, num primeiro momento poderia parecer cabível
a fixação de alimentos provisórios às ações de alimentos gravídicos, com fulcro no
art. 4º da Lei n.º 5.478/68.
Todavia, em consonância com o entendimento
sufragado pela jurisprudência e doutrina pátrias, tal espécie de alimentos só tem
cabida quando houver nos autos prova pré-constituída da relação de parentesco,
prova esta inviável de produção no presente feito.
Nesse sentido, colacionamos o seguinte excerto
jurisprudencial:
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE.
ALIMENTOS PROVISÓRIOS. PROVA DA
PATERNIDADE. HIPÓTESE DE CONCESSÃO. Com a
paternidade finalmente comprovada, em face do
resultado positivo do exame de DNA, e demonstrado
que a agravante enfrenta dificuldades, sem possuir
emprego fixo, não podem lhe ser negados os alimentos
indispensáveis para que complete sua formação
acadêmica (TJRS – Agravo de Instrumento n.º
70017606781, Rel. Des. Maria Berenice Dias, j.
20/12/2006).
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No entanto, o descabimento do pleito de alimentos
provisórios não inviabiliza a formulação de pedido liminar, com fulcro na cláusula
genérica prevista no art. 273 do Código de Processo Civil.
Com efeito, o ordenamento jurídico pátrio possibilita ao
litigante que obtenha, já antes da decisão de mérito, a antecipação dos efeitos da
tutela jurisdicional pretendida, a fim de se lhe evitar que sofra os prejuízos
decorrentes do longo lapso temporal existente entre o ajuizamento da ação e a
entrega da prestação jurisdicional.
No entanto, para que se logre a obtenção da
antecipação dos efeitos da tutela, alguns requisitos devem se fazer presentes.
Assim, o art. 273, caput do Código de Processo Civil
condiciona a antecipação da tutela à existência de prova inequívoca que tenha o
condão de acarretar o convencimento do Magistrado acerca da verossimilhança
da alegação.
Ora, no presente caso, a Autora demonstrou a
existência de indícios veementes de paternidade do Requerido em relação a seu
filho, haja vista as declarações das testemunhas em anexo.
Ademais, necessário frisar a superficialidade a ser
empregada pelo nobre Magistrado quando da aferição da prova documental em
anexo à petição inicial para o deferimento da tutela antecipada.
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Ora, se para o deferimento do pedido principal – bem
da vida, basta o juízo sumário de cognição, conforme acima elucidado, menor
rigidez ainda se deve reclamar, na análise das provas, para a antecipação dos
efeitos da tutela jurisdicional pretendida.
Todavia, não basta ao deferimento da antecipação da
tutela o requisito supra referido, fazendo-se mister, também, haja fundado receio
de dano irreparável ou de difícil reparação, em caso de se ter que aguardar o
provimento jurisdicional final, nos moldes do art. 273, I do Estatuto Processual
Civil Pátrio.
Nessa senda, mostra-se claro o dano irreparável a que
se sujeitará a Requerente e seu filho, ainda nascituro, em caso de se lhe negar a
antecipação dos efeitos da tutela.
Com efeito, em tal hipótese é bastante provável que os
alimentos venham a ser deferidos apenas ao final do feito, ou seja, após a
realização de audiência para a oitiva de testemunhas, sendo que, em tal caso, a
genitora, ora Requerente, ver-se-á privada dos alimentos necessários à sua sadia
gestação, comprometendo até o ser em formação, vulnerando seu direito
fundamental à vida e à saúde.
Tal hipótese demonstra a irreparabilidade do dano a
que se submeterá a Autora em caso de denegação da antecipação dos efeitos da
tutela.
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Dessa forma, a antecipação dos efeitos da tutela, para
que o Requerido fique obrigado ao pagamento dos alimentos gravídicos desde o
início do feito, em montante equivalente a 30% (trinta por cento) de seus
rendimentos mensais, desde que nunca inferiores a 50% (cinquenta por cento) do
salário mínimo, é medida que se impõe no caso em tela.
III - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo,
conforme se extrai de sua Declaração de Hipossuficiência financeira em anexo,
fazendo jus, portanto, às benesses da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos
do art. 4º da Lei n.º 1.060/50.
IV – DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer:
a) a concessão à requerente, de plano, dos Benefícios da Justiça Gratuita, haja
vista que não tem condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas
processuais e demais despesas aplicáveis à espécie, honorários advocatícios,
sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, nos termos da inclusa
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declaração de pobreza, na forma do artigo 4º, da Lei n. 1.060/50 e artigo 1º, da Lei
n. 7.115;
b) a citação do requerido através de oficial de justiça, no endereço fornecido no
preâmbulo da presente peça petitória, conferindo-se ao Sr. Meirinho as benesses
do art. 172, § 2º do Código de Processo Civil, para, querendo, contestar a
presente ação, no prazo de 05 (cinco) dias (art. 7º, da Lei n.º 11.804/08), sob pena
de revelia e confissão;
c) Antecipação dos efeitos da tutela, para determinar ao Requerido que pague
alimentos gravídicos à Requerente no importe de 30% (trinta por cento) de seus
rendimentos mensais, desde que nunca inferiores a 50% (cinquenta por cento) do
salário mínimo;
d) a determinação ao Requerido para que junte aos autos cópia de sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social;
e) A intimação do representante do Ministério Público Estadual, de todos os atos
processuais;
f) Que, ao final, seja julgado procedente o pedido, condenando-se o requerido no
pagamento dos alimentos gravídicos à Requerente, em valor equivalente a 30%
(trinta por cento) de seus rendimentos mensais, desde que nunca inferiores a 50%
(cinquenta por cento) do salário mínimo;
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g) Condenação do requerido nas custas processuais e honorários advocatícios, a
serem recolhidos em favor do Fundo da Defensoria Pública do Estado de Mato
Grosso.
h) Que as intimações relativas a este feito sejam realizadas pessoalmente e
endereçadas à DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO –
NÚCLEO DE ARIPUANÃ, tal como previsto pela Lei Complementar 80/94.
Protesta e requer provar o alegado por todos os meios
de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do
requerido, que desde já se requer, documentos e testemunhas.
Dá-se à causa o valor de R$ 2.790,00 (dois mil,
setecentos e noventa reais).
Aripuanã/MT, 13 de março de 2009.
ADILTO LUIZ DALL’OGLIO JÚNIOR
Defensor Público Substituto
ROL DE TESTEMUNHAS:
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1) MARINEIDE FERREIRA DOS SANTOS
Rua Maria Paes Passarinho, n.º 1.217, Bairro Cidade Alta, Aripuanã/MT
2) OSVALDO ANTONIO DE SOUZA
Rua Laranjeira, n.º 48, Bairro Jardim Planalto, Aripuanã/MT.
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