Higiene Brônquica

Preview:

Citation preview

Higiene Brônquica

Belém - 2010

Curso de FisioterapiaFisioterapia nas Disfunções Pneumofuncionais

Introdução

Várias doenças afetam a potência

das vias aéreas, a composição e a

produção de muco, a estrutura e a função

ciliar e o reflexo normal da tosse

causando a retenção de secreção,

levando a obstrução e a atelectasia

(SCALAN et al, 2001).

Indicadores de retenção de secreção

Tosse ineficaz; Produção ausente ou ineficaz de escarro; Padrão respiratório exaustivo; Diminuição dos ruídos respiratórios; Presença de crepitação ou roncos; Taquipnéia; Taquicardia; Febre.

Técnicas

InvasivasNão

invasivasIsoladas Associadas

Definição

Mobilização Depuração Retirada

Todas objetivam prevenir ou reduzir as

conseqüências mecânicas da obstrução,

como hiperinsuflação, má distribuição da

ventilação pulmonar, entre outras,

aumentando a clearance mucociliar da via

aérea” (MARTINS; JAMAMI; COSTA; 2004).

Definição

Técnicas de higiene brônquica

Percussivas

Percussão

Tapotagem

Vibração

FluxoAFE

OOAF

Pressão

PEEP

Gravitacional

Drenagem Postural

Mecanismos de Defesa

Condicionamento do ar inspirado;

Transporte mucociliar;

Mecanismo imunológico;

Tosse.

Mecanismos de defesa

Tosse

• Sintoma;• Tosse aguda;• Tosse subaguda;• Tosse crônica.

Fisiologia

Ato De Tossir:

Controle voluntário e involuntário

Fases:

1. Inspiratória2. Compressiva3. Expiratória

Fisiologia

Reflexo Da Tosse

Receptores de tosse, nervos aferentes, centro da tosse, nervos eferentes e músculos efetores.

Receptores da tosse estimulados por mecanismos químicos, mecânicos, térmicos e inflamatórios.

FONTE

Clearance Mucociliar

“Limpeza Brônquica”

Em indivíduos normais as vias respiratórias

são recobertas por uma fina camada de muco, a qual depende do transporte mucociliar para ser removida.

Esse transporte pode ser incrementado pelo:

1. Tônus muscular2. Hidratação3. Ação ciliar

Clearance mucociliar

Transporte Mucociliar

Composição do manto ciliar:

Cílios Camadas: Sol e Gel.

Cílios:

São prolongamento citoplasmático.

O número de cílios, seu tamanho e altura diminuem ao aproximarem-se dos alvéolos.

Batem mais rápido, quanto mais perto estiverem da traquéia.

A freqüência do batimento é de 10 a 20 Hz.FONTE

Transporte Mucociliar

MUCO 1ª Camada: HIPOFASE

SOL

onde os cílios estão mergulhados

Eles se movem nessa camada e transmitem uma onda para camada gel.

2ª Camada: EPIFASE GEL

camada mais gelatinosa, onde as partículas são aprisionadas.

Move-se contra força da gravidade. Camada

Gel

Camada Sol

Células CiliadasFONTE

Tônus muscular e Hidratação

Hidratação

Quanto mais hidratado estiver o muco:

Terá uma baixa viscosidade e alta elasticidade (mais elástico/ muco não purulento);

Mais fluido; Menor adesividade

(menos aderido).

Tônus Muscular

É essencial para o mecanismo de eliminação da secreção (tosse).

Variação da tensão desenvolvidas por estes músculos afetam a sua capacidade contrátil e a geração de força.

Ação ciliar

Função ciliar

Limpeza das regiões canaliculares: traquéia, brônquios; bronquíolos terminais.

Carreamento de tapete mucoso em direção a faringe . V 4 -8cm/min.

Fatores que interferem no movimento ciliar

Excesso de muco Fumaça de cigarro Álcool Temperatura baixa Tipo de secreção,

etc... Patologias

ciliares Discinesia ciliar

Quando a quantidade de secreção

aumenta, a tosse torna-se um mecanismo adicional para o Clearance mucociliar.

Se a carga de muco torna-se muito grande para estes dois mecanismos, o resultado é o acúmulo de secreções.

Obstrução Brônquica

•Causas•Conseqüências

Apresenta causas multifatoriais;

Alterações fisiológicas;

Alterações anatômicas;

Causa da Obstrução Brônquica

Causa da Obstrução Brônquica

Alterações Fisiológicas

Síndrome de Kartagener

Alteração no reflexo da tosse

Produção excessiva de muco

Aumento da viscosidade do muco

Inatividade ciliarKUNIYOSHI, 2006

Alterações fisiológicas

Abscesso

Pneumonia

DPOC

CâncerTAGLIETTI, 2010.

Causa da Obstrução Brônquica

Causas da Obstrução Brônquica

Outras

Broncoespasmo Sangue

Material gastroesof

ágico

Líquido de edema

Corpo estranho

TAGLIETTI, 2010.

Conseqüências da Obstrução Brônquica

TAGLIETTI, 2010.

Conseqüênci

as

•Aumento da resistência do fluxo aéreo;•Insuficiência respiratória;•Hipoxemia;•Pneumonias;•Diminuição da ventilação/perfusão;•Atelectasias;•Hipercapnia.

Técnicas de Higiene Brônquica

1. Drenagem Postural;2. Tapotagem;3. Percussão;4. Vibração;5. Aumento do Fluxo

Expiratório; 6. Oscilação de Alta

Freqüência;7. Pressão Positiva

Expiratória Final – PEEP;

8. Tosse;9. Aspiração da Vias

Aéreas.

Indicação

Produção excessiva de secreção; Pacientes que apresentam sinais clínicos de

acúmulo de secreção (ruídos adventícios, alterações gasométricas ou de radiografia torácica);

Pacientes com atelectasia lobar aguda; Presença de anormalidades na relação

ventilação/perfusão causada por pneumopatia unilateral;

Bronquiectasias; Fibrose cística; Portadores de doenças neuromusculares.

Contra-indicação

Ruídos sibilantes exacerbados; Hipersensibilidade dolorosa no tórax; Tórax senil; Osteoporose acentuada; Crise asmática; Cardiopatas graves.

1. Drenagem Postural

Uso da gravidade como auxilio na

movimentação de secreções do trato respiratório

dos lobos ou dos segmentos distais para as vias

aéreas centrais onde pode ser removida através

de tosse ou aspiração (KUNIYOSHI, 2006).

Técnica

Para que ocorra a drenagem é necessário

que o paciente adote algumas posições.

Para Gaskell, 1988, o tratamento é ineficaz

quando o paciente permanece passivamente em

posição de drenagem postural.

Segundo Lamari, 2006, devem ser mantidas

por três a quinze minutos cada uma.

Técnica

Preparação do paciente:

Reduzir a viscosidade das secreções espessas e

obter uma drenagem gravitatória espontânea da

árvore bronquial;

Inalação de aerossol aquecido

Uso de broncodilatador e, se é necessário, um

agente mucolítico apropriado;

A hidratação adequada para facilitar a drenagem.

Técnica

Posição de Trendelemburg

FONTE

Sindrome de Kartagener;Hemoptise recente;Hipertensão acentuada;Edema Cerebral;Aneurismas da aorta e do

cérebro;Algumas doenças

cardíacas;Refluxo gástrico;Neonatos prematuros;Fraturas tronco;Cirurgias diafragmáticas;

Contra-indicações

GASKELL, 1988

2. Tapotagem

A tapotagem consiste

em percutir com as

mãos em concha as

regiões torácicas

relacionadas com as

áreas pulmonares em

que haja secreções

(COSTA, 1999).FONTE

2. Tapotagem

Objetivo

O objetivo da tapotagem é mobilizar a secreção pulmonar viscosa, facilitando sua condução para uma região superior da árvore brônquica, promovendo a eliminação.

Técnica

Percutir com as “mãos em concha”;

Fisioterapeuta deve adotar uma posição confortável para si;

Boa mobilidade articular (flexo-extensão do punho);

3. Percussão

Percussão cubital

Percutir o tórax mediante o movimento de desvio radioulnar com uma das mãos semifechada (COSTA, 1999).

FONTE

Percussão cubital

Objetivo:

Promover o descolamento de secreção pulmonar viscosa, permitindo seu deslocamento pela árvore brônquica, e facilitando, com isso, sua eliminação

Técnica

Percutir através do movimento de desvio

radioulnar;

•O terapeuta percutindo diretamente sobre o tórax do paciente;

Maneira Direta

•Ocorre interposição de uma das mãos do terapeuta, a qual ficará acoplada ao tórax enquanto a outra realiza a percussão.

Maneira Indireta

Indicação

Seguem as mesmas indicações da tapotagem;

Próximo a incisões cirúrgicas;

Na presença de qualquer tipo de dor torácica superficial insuportável à tapotagem.

Contra-indicações

Seguem as mesmas da tapotagem.

4. Vibração

Consiste em movimentos rítmicos, rápidos e com intensidade suficiente para causar a vibração em nível bronquial (COSTA, 1999).

FONTE

Vibração

Objetivo:

Deslocamento das secreções pulmonares já soltas através dos brônquios de maior calibre para a traquéia, e então para fora do sistema respiratório.

Benefícios:

Otimização do mecanismo da tosse via estimulação mecânica das vias aéreas; Aumento do transporte de muco pelo mecanismo de diminuição da viscosidade da secreção

Técnica

Mãos espalmadas, acopladas ao tórax;

Posição em DD, DV ou DL;

Pressão no sentido craniocaudal e

lateromedial;

Realizada na fase expiratória da respiração.

Indicação

Movimentação de secreções em direção às

vias aéreas centrais durante a expiração.

Contra-indicações

Bebês que apresentam aumento do desconforto

durante o procedimento;

Em presença de enfisema intersticial pulmonar

extenso;

Pneumotórax não drenado;

Hemorragia pulmonar;

Área suspeita de carcinoma;

Indivíduos com tórax rígido.

5. Aumento do Fluxo Expiratório

AFE é definida como sendo movimentos tóraco abdominais sincrônicos, provocados pelas mãos do fisioterapeuta durante a expiração (PRYOR; WEBBER, 2002).

Google Imagens,

Energia gerada pela compressão realizada

pelas mãos do fisioterapeuta;

Objetivos

Expulsar o ar dos pulmões = tosseExpulsar secreções pulmonares

Benefícios

Otimiza as trocas gasosasMobilização da mecânica torácica

Definição

Realização da técnica

Paciente em DD;

Mãos do

Fisioterapeuta sobre o

tórax e outra sobre o

abdome;

Exerce pressão no

momento de expiração.

Google Imagens,

Realização da técnica

Paciente em DD

Mãos do

Fisioterapeuta sobre o

tórax e outra repousa sob

abdome

Exerce pressão no

momento de expiraçãoGoogle Imagens

Realização da técnica

Paciente em DD

Mãos do

Fisioterapeuta na

região diafragmática

Exerce pressão no

momento de

expiraçãoGoogle Imagens

Seqüelas pulmonares pós-cirúrgica

Problemas respiratórios de origem

neurológica ou traumática

Obstrução brônquica proximal ou distal

Indicações

Bronquiolite na fase aguda

Crise asmática pouco secretante

Traqueomalácia

Insuficiência respiratória grave

Coqueluche

Má formação cardíaca grave

Fragilidade óssea

Contra Indicações Relativas

Instabilidade hemodinâmica

Hipertensão intracraniana

Hemorragia peri e intraventricular grave

Osteopenia da prematuridade

Distúrbios hemorrágicos

Contra Indicações Absolutas

Compreendem a produção de fluxos expiratórios com

pressão positiva oscilatória controlada e interrupções do débito ventilatório de freqüência regulável.

Entende-se por oscilação o movimento vibratório rápido de pequenos volumes de ar para frente e para trás na árvore traqueobrônquica.

Papel mucolítico físico

Atua diretamente na propriedade de tixotropismo do muco

6. Técnicas de Oscilação de alta Freqüência

OOAF• Shaker• Flutter• Acapella

OAF• Ventilação intrapulmonar percussiva• Compressão da parede torácica de alta frequência

Tipos de Técnicas Oscilatórias

Aparelhos:

Flutter VRP 1 (Importado)Shaker (Nacional)

Princípio funcional

É baseado na oscilação uma esfera metálica, dentro de um cachimbo plástico, provocando ondas vibratórias durante a expiração, que são transferidas para as Vias aéreas, deslocando assim, as secreções brônquicas.

Facilitam o Clearance, pois reduzem a viscoelasticidade do muco.

Oscilação Oral de Alta Frequência

Flutter VRP1 e Shaker

Há mais tempo mercadoMais estudadoCusto elevadoApenas uma posição da

peça bucal

Custo acessívelPermite mudança da

posição da peça bucal

Flutter VRP1 Shaker

FONTE

Técnica de Utilização do Flutter VRP1 e Shaker

Posição adequada;

Ângulo de funcionalidade;

Expirações prolongadas;

15’ a 20’ de terapia;

Tosse.FONTE

Combina os princípios de oscilação de alta

freqüência e PEP, por empregar uma alavanca de contrapeso e um imã.

O ar exalado passa através de um cone, que é intermitentemente fechado por um tampão acoplado à alavanca, produzindo oscilações no fluxo de ar.

Os ajustes de freqüência, amplitude e Pexp. Média são realizados por um dispositivo rotatório, na extremidade distal a peça bucal.

Acapella

Acapella

A acapella é disponível em dois modelos: verde para pacientes que podem sustentar pelo menos 3 segundos de fluxo expiratório ≥15 l/min, e um azul para pacientes com fluxo expiratório ≤15 l/min.

FONTE

CPTAF

Utilização de um gerador de pulso de ar variável e um colete inflavel não distensível.

Alterna entrada/saída de ar no colete, pelo gerador, com frequencia rápida causando oscilações repercutidas na parede torácica.

Colete Thairapy

FONTE

Técnica de Utilização da CPTAF

Pp sentado;

Duração até 30’;

Pode ser repetida de 1 a 6 vezes por dia;

Frequencia oscilatória deve ser entre 5 a 25 hz.

FONTE

7. Pressão Positiva Expiratória Final -

PEEP7.1 Introdução:

• Anos 30• Tratamento de edema pulmonar agudo e pilotos de avião

durante a II GM

7.2 Definição:

• PEEP – positive end-expiratory pressure• É definida com pressão acima da Patm.• Expressa em cmH2O

• Utilizada em pacientes com respiração espontânea, em ventilação artificial ou combinando o uso das duas.

7.3 Terminologia:

• PEEP, PPEF, PPE

PEEP

Intrínseca

Aumento da Resistência Aérea

Asma, Bronquite, Enfisema...

Tempo curto para expiração

VC grande, FR alta, Texp curto

Fisiológica

Extrínseca

7.4. Classificação :

Complicações da PEEP Intrínseca:

•Comprometimento hemodinâmico

•Aumento do trabalho respiratório

•Erro no cálculo da complacência pulmonar, pressão de capilar pulmonar e barotrauma.

Técnicas para Evitar a PEEP Intrínseca:

•Uso de PEEP Extrínseca•Reduzir obstrução ao

fluxo•Normalizar o pH•Modificar parâmetros

ventilatórios.

7.5. Efeitos Pulmonares Da PEEP:

• Aumento do Volume Pulmonar.

a) Distensão dos alvéolos normais e de bronquíolos (canais de Lambert e de... E poros de Kohn);

b) Prevenção do colapso alveolar na expiração;c) Reabertura de alvéolos colapsados;

• Redistribuição do Líquido Extravascular.

• Aumento da Resistência Vascular Pulmonar.

• Aumento da Permeabilidade Alvéolo-Capilar.

• Aumento da Oxigenação Tecidual.

• Remoção de Secreções Pulmonares.

7.6. Complicações Pulmonares Da PEEP:

Barotrauma

Bronquiectasia (aumento do espaço morto)

• Hipoxemia;• Hipercapnia;

7.6.1. Altos Níveis De PEEP:

Diminui retorno venoso;

Aumenta resistência vascular pulmonar e volume diastólico final do VD;

Redução da complacência do Sistema Respiratório.

7.7. Efeitos Hemodinâmicos Da PEEP:

7. 8. Níveis Terapêuticos De PEEP:

PEEP Mínima (15cmH2O e ir reduzindo); Hiper PEEP (> 25cmH2O); PEEP Moderada, Ideal, Profilática, de Suporte e para

Recrutamento Alveolar.

Circulação Sistêmica Circulação Pulmonar

do Débito Cardíaco pré-carga VD

da pré-carga VE do VD

da câmara ventricular

Deslocamento SIV do VD p/ E

da pressão transmural e da pós-carga do VE

da pós-carga e sobrecarga do VD

da resistência vascular em diferentes órgãos e facilitação para formação de edemas

7.9. Indicações Da PEEP:

• PEEP fisiológica;• Melhorar troca gasosa;• Edema Pulmonar Agudo Cardiogênico;• Hemorragia Alveolar;• DPOC;• Asma Brônquica;• Estratégia de Proteção Pulmonar da Lesão da VM;• Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono;• Técnicas fisioterápicas.

7.10. Monitorização Da PEEP:

• Ajuste da curva P-V, da complacência do Sist. Respiratório, da troca gasosa, da PaCO2, pelas repercussões hemodinâmicas e clínicas.

Ventilação Não-Invasiva

1. Definição:

• Refere-se a uma técnica de ventilação artificial que não requer via aérea artificial, sendo administrada por máscara nasal ou facial.

• A VNI apresenta bons resultados em pacientes de DPOC, reduz a necessidade de intubação traqueal, o tempo de internação e a mortalidade hospitalar.

2. Indicações Da VNI:

• Doenças restritivas;• Doenças obstrutivas;• Síndromes de hipoventilação;• Insuficiência cardíaca;• Desmame;• Outras situações;

3. Métodos De VNI:

Trabalho respiratório: EPAP > CPAP > BIPAP.

A escolha da máscara depende da adaptação do paciente. Ansiedade e claustrofobia podem ser responsáveis pelo aumento do trabalho respiratório, da ventilação, hipercapnia, PEEP intrínseca e outros.

A pressão expiratória gerada pode ser monitorizada pelo manômetro adaptada ao sistema EPAP.

3. VNI

A. EPAP

Pressão Positiva Expiratória nas Vias Aéreas

Resistor Alinear Pressórico ou a Fluxo

Resistor Linear Pressórico

Dependente da Gravidade

Selo d’ água

Não-dependente da Gravidade

Spring loaded e Threeshold

B. CPAP

Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas

C.. BIPAP

Pressão Positiva Bifásica nas Vias Aéreas

A. Pressão Positiva Contínua Nas Vias Aéreas – CPAP:

Utiliza pressão positiva inspiratória, por meio de geradores de fluxo contínuo ou de demanda e administração de PEEP.

Fase inicial da inspiração < Trabalho muscular < CPAP mantém aberta as vias colapsadas.

CPAP aumenta atividade muscular expiratória em pacientes asmáticos e com DPOC agudizados.

CPAP: menor pressão média intratorácica, menor repercussão cardiovascular para o mesmo nível de PEEP com VM e menor possibilidade de barotrauma.

Altas CPAPs: hiperinsuflação pulmonar acentuada, abaixar o diafragma e encurtar as suas fibras, diminuindo sua força de contração. Altas pressões acentuam os efeitos deletérios sobre o aparelho cardiovascular.

Pode ser aplicada por método invasivo ou não invasivo.

B. Pressão Positiva Bifásica Nas Vias Aéreas – BIPAP

Utiliza dois níveis de pressão: pressão inspiratória (IPAP) e pressão expiratória (EPAP).

VC depende dos níveis de pressão e da impedância do Sist. Respiratório.

Manter nível de IPAP + aumentar ou diminuir nível de EPAP = aumento ou diminuição do VC.

Se o valor de IPAP = EPAP vai funcionar como um sistema CPAP.

Pode ser aplicado nos modos voluntário, voluntário/controlado e modo controlado.

Alguns estudos demonstraram superioridade do sistema BIPAP em relação ao CPAP para reversão de hipercapnia.

I. Protocolo De Utilização Da VNI:

1. Monitorar apropriadamente;2. Deitar ou sentar paciente com angulação > 30°;3. Selecionar interface e fixação;4. Selecionar ventilador;5. Colocar a fixação e a interface;6. Conectar a interface no circuito ventilador e ligá-lo;7. Começar com baixas pressões ou volumes em modo

espontâneo com FR de backup;8. Aumentar gradualmente a Pinsp. para alívio da dispnéia;9. Instituir O2 suplementar, se necessário;10. Conferir se não há vazamentos;11. Adicionar umidificador conforme indicação;12. Sedação leve em pacientes agitados;13. Encorajar paciente e freqüentemente checar e fazer

ajustes necessários;14. Monitorar os gases sanguíneos;

II. Causas De Insucesso Da VNI

Piora do processo patológico;Não cooperação do paciente;Aparelho ou adaptador inadequado;Assimetria de face;Escapamentos não compensados pelo ventilador;Sonda nasogástrica;Obstrução nasal;Tosse inadequada com retenção de secreções;Grande alteração da troca gasosa;Alterações da ATM e da deglutição.

III. Complicações Da VNI:

Desconforto e piora transitória inicial;Necrose facial;Lesão da asa do nariz;Distensão abdominal;Vômitos;Aspiração para as vias aéreas inferiores;Ressecamento oral;Ressecamento nasal;Barotrauma.

IV. Contra-indicações Da VNI:

Intolerância à Interface, desconforto, claustrofobia;Incapacidade de melhorar a troca gasosa e/ou

dispnéia;Instabilidade hemodinâmica ou evidência de isquemia

cardíaca ou arritmia ventricular não controladas;Necessidade de intubação endotraqueal urgente parta

proteção de vias aéreas ou manipulação de secreções;Excesso de secreção em vias aéreas;Falência respiratória;Instabilidade clínica;Falta de cooperação ou agitação;Cirurgia gastrointestinal alta ou de via aérea superior

recente.

8. Técnicas de Tosse

Sintoma protetor das vias aéreas;

Reação da árvore traqueobrônquica, pleuras, vísceras e pericárdio;

Finalidade: remover substâncias estranhas e nocivas, além de eliminar secreção;

Eliminação de secreção mobilizada por outras técnicas de higiene brônquica.

Google Imagens

8. Técnicas de Tosse

Está presente em condições que levam ao comprometimento do transporte mucociliar;

Sua eficiência pode estar alterada, havendo necessidade de intervenção da tosse terapêutica;

Google Imagens.

Avaliar

• Grau de colaboração;

• Condições hemodinâmicas;

• Localização das secreções;

• Força da musc. Exp.

8.1 Tosse Provocada

Técnicas

TIC traqueal.

Estímulo com sonda estéril.

Cuidados: estímulo vagal e refluxo.

Google Imagens

8.2 Tosse Voluntária

Tosse dirigida ou controlada;

Intencional e ensinada, visando mimetizar a tosse espontânea;

Técnica: Paciente sentado, inclinação anterior

do tronco, MS e MI apoiados. Realizar insp. Profunda, fechamento da glote e contração de musc. Abdominais.

8.2 Tosse Voluntária

Técnica de Expiração Forçada (TEF) - “HUFF”;

Eficiência da expectoração sem aumento da obstrução ao fluxo aéreo;

Redução da possibilidade de colapso das via aéreas;

Técnica:

Esforços expiratórios com a glote aberta, vol. Pulmonar médio, com respiração diafragmática, seguida de período de relaxamento.Google Imagens

8.2 Tosse Voluntária

Cuidados

Paciente Cooperativo;

DPOC avançada: ↓ da potencia do fluxo exp.;

Dores ou medo de senti-las;

Características viscoelásticas e hidratação do muco;

Resultados devem compensar o gasto energético.

8.3 Tosse Assistida

Manobra não-invasiva, utilizada em pacientes que possuem dificuldades para expirar forçadamente.

Técnica:

Google Imagens

Paciente sentado, com inclinação anterior do tórax. Compressão manual do tórax e abdômen pelo fisioterapeuta, acompanhando o tempo expiratório da tosse.

Cuidados:

Gestantes;Afecções abdominais agudas;Aneurisma da aorta abdominal;Hérnia de hiato.

8.3 Tosse Assistida

9. Aspiração de Vias Aéreas

Recurso invasivo indicado para pacientes incapacitados de expectoração voluntária.

Tem o objetivo de remover secreções traqueobrônquicas e orofaríngeas, favorecendo a permeabilidade das vias aéreas.

Google Imagens

Nasotraqueal e Orotraqueal

Podem ser realizadas em ambulatório;

Desconforto.

Endotraqueal Realizada em hospitais;

Pacientes com TOT;

Pacientes em VM;

Pacientes Traqueostomizados.

9. Aspiração de Vias Aéreas

Google Imagens,

9. Aspiração de Vias Aéreas

Equipamentos:

EPI’s: Luvas estéreis, máscara, óculos e avental;

Sistema de vácuo e conexões; Sondas estéreis de tamanho adequado;

Compressas, gaze, seringas estéreis, AMBU, solução fisiológica 0,9%.

Estetoscópio, monitor cardiorrespiratório e saturímetro.

Fonte de O2

Google Imagens

Circuito FechadoCircuito Aberto

9. Aspiração de Vias Aéreas

Técnica Antes e depois do

procedimento deve ser realizada a assepsia das mãos;

Calçar as luvas estéreis e com uma das mãos conectar a sonda ao sist. De vácuo.

http://maternasp.wordpress.com

9. Aspiração de Vias Aéreas

Técnica

Introdução da sonda no tubo endotraqueal, tubo de traqueostomia, cavidade oral ou narina;

Acionar o vácuo, após a chegada da sonda a traquéia;

Tempo de permanência inferior a 15 segundos;

Sonda retirada com movimentos circulares.

9. Aspiração de Vias AéresInstilação: Administração de pequena

quantidade de solução fisiológica, por meio da sonda ou tubo endotraqueal.

Objetivo: limpar o sistema, fluidificar secreção.

Bag Squeezing: AMBU acoplado ao sistema de

aspiração ou TOT.

Associação com a técnica de vibrocompressão.

Expansão alveolar e dilatação dos brônquios, mobilização de secreção.

Google Imagens

Aspiração de Vias Aéres

Cuidados: Observar parâmetros hemodinâmicos e sinais

vitais durante e após a aplicação;

Interromper dieta;

Estímulo Vagal e Broncoespasmo;

Sucção de gás intrapulmonar;

Obstrução temporária das vias aéreas;

Agitação, náusea e vômito.

Considerações Finais

As THB’s contribuem para o tratamento preventivo e curativo de diversas patologias pulmonares com o objetivo de garantir a eficiência das trocas gasosas no pulmão.

Sua indicação depende de uma avaliação criteriosa dos pacientes para a maior eficácia do tratamento;

O conhecimento dos diferentes métodos utilizados e dos mecanismos fisiológicos para o uso de cada técnica de higiene brônquica é primordial, pois assim, poderemos avaliar as vantagens e desvantagens de aplicar as diferentes técnicas em cada paciente.

Referências

GONÇALVES, J.L. Ventilação Artificial. Curitiba, Paraná: 1991.Editora Lovise. In GONÇALVES, J.L. Pressão Positiva Expiratória Final.

DAVID, C.M. Ventilação Mecânica. Editora Revintur. In DAVID, C.M. Pressão Positiva Expiratória Final e Ventilação não Invasiva.

OLIVEIRA, I.M. et al. PEEP como Recurso Fisioterapêutico.

FARIAS, G.M. et al. Pacientes sob ventilação mecânica: cuidados prestados durante a aspiração endotraqueal. Inter Science Place. São Paulo, v. 9, n. 1, set-out 2009.

MAZIERO, R.I.; JOSÉ, A. Abordagens fisioterapêuticas para remoção de secreções das vias aéreas em recém-nascidos: relato de casos. ConScientiae Saúde. São Paulo, v. 5, n. 1, p. 75-81, 2006.

GASKEL, D. V.; WEBBER, K. A. Fisioterapia Respiratória – Guia do Brompton

Hospital. Colina  SP, 1988.

JANSEN, J.M; TAVARES, J. L; MAEDA, T. Y.; NORONHA, A. J. Pneumonias, Atheneu  SP,  1992.

RODRIQUES, J. C. O tratamento do abscesso pulmonar. Pediatria, São Paulo – 2004.

Referências

Recommended