HISTÓRIA DA HABITAÇÃO E...

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HISTÓRIA DA HABITAÇÃO

E MOBILIÁRIO

Antonio Castelnou Conclusão

DESPERTAR ECOLÓGICO

A partir da década de 1970, com o DESPERTAR

ECOLÓGICO (tomada de consciência ambiental), passou-se

a denominar de ecoarquitetura ou arquitetura ecológica

a prática construtiva que defende o uso de materiais e

técnicas que não agridam o meio ambiente (low-tech).

Começou-se a considerar sustentável , entre os anos 1980

e 1990, toda aquela ARQUITETURA e DESIGN que

produzissem obras adaptadas às condições bioclimáticas,

reduzindo o desperdício energético, os riscos ecológicos e

os impactos socioambientais.

O ECOLOGISMO acabou

encontrando força junto ao

advento da Contra-Cultura,

através de suas duras

críticas à industrialização

desenfreada e ao

consumismo, as quais

apresentaram ao mundo

comunidades alternativas,

embasadas no desejo de

se abandonar um modelo

de vida predominante.

Hippie Houses Style 70’s

Os arquitetos neovernaculares

passaram a propor o resgate de

materiais naturais (terra, madeira e

pedra) e práticas artesanais (arcaicas

e vernáculas), antes menosprezadas

pelo modernismo.

Por sua vez, os regionalistas

procuraram conciliar passado e

presente, fazendo versões atualizadas

de técnicas tradicionais, além de

estratégias alternativas de captação,

conservação e uso de energia.

Casa do arquiteto (1971, Manaus AM) Severiano Mario Porto (1928-)

Herb Greene (1929-) Greene Residence (1961, Norman OK)

Hassan Fahty (1900-89)

Al-Sabah House

(1971, Cairo, Egito)

1 Hall 2 Sanitários

3 Dormitórios 4 Varanda 5 Cozinha

6 Sala

Severiano Mario Porto

(1928-) Casa Robert Schuster (1979, Tarumã-Açu AM)

Pav. Superior

Pav. Térreo

Na década de 1980, aparecia a

designação ARQUITETURA

BIOCLIMÁTICA, a qual propunha

uma ação criativa de edificações

que se adequassem ao clima

local e à iluminação e ventilação

naturais, preocupada

principalmente com a redução

ou até eliminação do uso de

energia elétrica em prol de novas

– e alternativas – fontes

energéticas (eólica e solar).

Regensburg House (1977/79, Alemanha)

Thomas Herzog (1941-)

Eco-Village (1986, Findhorn, Escócia) Diane Gilman (1945-98) & Robert Gilman (1945-)

Underhill House (1974, Yorkshire UK) Arthur Quarmby (1940-)

Malcolm Wells (1926-) Undergroud House (1980, Brewsler MA)

Paralelamente, a

ARQUITETURA ALTERNATIVA

defendia o reaproveitamento

de resíduos e/ou materiais

de “segunda mão”,

incorporando produtos

industrializados e

prolongando sua vida útil, o

que requeria a pesquisa de

locais para a compra de

materiais, assim como seu

reprocessamento.

Advanced Green Builder Demonstration (1994/97, Austin TX) Plinny Fisk III (1944-)

Design Coalision Taylor House (1990/92, Shorewood Hills WI)

Rubén Rivera Peede Casa Liray (2010, Santiago, Chile)

Container Guest House (2000, San Antonio TX) Poteet Architects

Contenedores Esperanza (2011, SanJosé, Costa Rica)

Benjamin Gracia Saxe

ARQUITETURA EM CONTÊINERES

Denomina-se EARTHSHIP

BIOTECTURE a prática ecológica

baseada na reutilização de

materiais de origem urbana

(garrafas PET, latas, pneus, cones

de papel, etc.), os quais são

aplicados na construção sem ter

havido seu reprocessamento.

Trata-se de uma reapropriação

criativa, que se torna viável em

áreas suburbanas ou de despejo

descontrolado de resíduos.

Earthship Residence (2010, Porto Príncipe, Haiti)

Michael Reynolds (1951-) Earthship Comunity

(1980, Taos NM)

Michael Reynolds (1951-)

Global Earthship Model House (1980, Taos NM)

Paper House (1995, Lake Yamanaka, Yamanashi, Japão) Shigeru Ban (1957-)

Em 1987, a ONU divulgou um

relatório que fazia o balanço do

desenvolvimento mundial até

então, com prós e contras,

visando a discussão ambiental.

O RELATÓRIO BRUNDTLAND

fazia, depois, publicado com o

título Our common future

(Nosso futuro comum, 1992),

intensificou o debate mundial

quanto à SUSTENTABILIDADE.

Gro Harlem Brundtland (1939-)

Primeira-Ministra da Noruega e Presidente

da CMMAD (ONU)

SUSTENTABILIDADE

Pela primeira vez, passou-se a abordar mundialmente a questão

da SUSTENTABILIDADE, estabelecendo como meta o

desenvolvimento sustentável ou durável, o qual significaria suprir

as necessidades do presente sem comprometer a capacidade

das próximas gerações suprirem as de seu tempo.

Monier Residence (1992, Swan Valley, Austrália) Kimberly Ackert & Robert Dawson-Browne

Em termos sociais, políticos

e econômicos, o termo

SUSTENTÁVEL (sustainable;

sostenible; durable) estaria

relacionado àquilo que limita

o crescimento (produção e

desenvolvimento) em função da

dotação de recursos naturais,

da tecnologia aplicada na sua

utilização (uso e consumo) e do

nível efetivo de bem-estar

oferecido à coletividade.

Em 1992, ocorreu a Conferência

das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento,

conhecida como RIO-92 ou ECO’92,

a qual marcou a discussão

ambiental no mundo por:

Criticar o modelo vigente de desenvolvimento (interrelação entre problemas sociais e ambientais)

Apontar para a necessidade de medidas tecnológicas e legais (Agenda 21 Global).

No ano seguinte, em 21 de junho

de 1993, um congresso em

Chicago IL, organizado pela União

Internacional dos Arquitetos (UIA)

em conjunto com o American

Institute of Architects (AIA),

estabeleceu a Declaração de

Interdependência para um Futuro

Sustentável, que coloca a

sustentabilidade como sendo o

centro de responsabilidade

profissional, convocando todos os

profissionais para a prática da

ARQUITETURA SUSTENTÁVEL. Chicago IL (EUA)

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