View
2
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
28/8/2014 Minas subnotifica tripanossomose bovina
http://www.faemg.org.br/News.aspx?Code=6902&Portal=1&PortalNews=1&ParentCode=139&ParentPath=None&ContentVersion=R 1/3
Home Fale Conosco
Login
Senha
» Esqueci minha senha
Busca:
Acompanhe também:
Câmaras, Conselhos e
Representações
Agronegócio em Minas
Cursos oferecidos pelo
Senar
Notícias
Notícias Mapa
Notícias CNA
Canal do Produtor
Galeria de Fotos
Galeria de Vídeos
pesquisar notícias
publicadas de entre Pesquisar
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Diário do Comércio
O receio de pecuaristas em comunicar a ocorrência da tripanossomose bovina em seus
rebanhos leiteiros é um dos entraves enfrentados pelo IMA (Instituto Mineiro de
Agropecuária) no combate à doença em Minas. Oficialmente, foram registradas 21
mortes no Estado desde o início de junho, sendo todas na região Central. Mas o órgão
estima que entre 300 e 500 cabeças tenham morrido. O problema é que alguns
produtores rurais temem, equivocadamente, a interdição de suas propriedades e a
proibição do trânsito de animais. Por isso, omitem a informação do órgão de defesa
sanitária.
No entanto, dados mais precisos sobre a tripanossomose bovina podem ajudar o
instituto a pressionar o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) a
liberar a importação do cloreto de isometamidium, medicamento eficaz no combate à
doença, fabricado na Venezuela e não reconhecido pelas autoridades brasileiras.
O IMA encaminhou ao Mapa um pedido para que o medicamento seja registrado e
tenha a importação autorizada o mais rápido possível, uma vez que as demais drogas
disponíveis no mercado brasileiro não são eficientes. Apesar da urgência em uma
solução, ainda não existe previsão de quando o pedido será analisado pelo ministério.
A expectativa é de que representantes do Mapa venham a Belo Horizonte analisar a
questão junto ao instituto.
A reportagem entrou em contato com o Mapa, mas, até o fechamento desta edição, o
ministério não havia dado retorno sobre o assunto.
Transmitida pelo protozoário Trypanosoma vivax, a tripanossomose bovina tem um
índice de mortalidade em torno de 10%. Os animais que sobrevivem demandam grande
período para recuperação, o que interfere na produção de leite. Normalmente, os
bovinos acometidos apresentam falta de apetite, febre, emagrecimento, anemia,
hemorragias generalizadas. Muitos morrem em menos de uma semana. Outros
sintomas como aborto, redução na produção de leite e cegueira, também podem ser
observados.
A doença pode ser transmitida por insetos hematófagos, como moscas dos estábulos
ou pelo uso da mesma agulha para vários animais em períodos de vacinação, sem
passar pelo processo de esterilização.
"Assim que identificar os primeiros sintomas da doença no rebanho, o percuarista
precisa notificar ao IMA, para que os técnicos possam orientá-lo sobre a melhor forma
de conduzir a situação. importante que fique claro que a doença tem notificação
obrigatória, mas não é passível de interdição das unidades produtoras", esclarece a
coordenadora regional do IMA, unidade Bom Despacho, Kênia da Silva Guimarães.
Segundo ela, o órgão está fazendo um trabalho de conscientização para que os casos
sejam notificados e para que os pecuaristas adotem medidas sanitárias básicas. "Os
prejuízos causados são significativos e impactam diretamente na produção, que
normalmente é reduzida em 60%", frisa.
Ainda segundo Kênia, devido à omissão dos produtores na comunicação dos casos,
não é possível afirmar ao certo quantos animais foram infectados. A estimativa do IMA é
que entre 300 e 500 bovinos tenham morrido em decorrência da doença. Até ontem,
haviam sido registrados casos nas cidades de Abaeté, Paineiras, Biquinhas e Martinho
Campos, todas na região Central de Minas. Existe suspeita de contaminação em
rebanhos nas cidades de Maravilhas e Pequi.
Agulhas
Segundo o gerente de defesa animal do IMA, Sérgio Luiz Lima Monteiro, oficialmente,
foram registradas 21 mortes de bovinos e 43 animais infectados. A maioria dos casos
de contaminação no Brasil ocorre em função do uso de uma única agulha em vários
animais.
Minas subnotifica tripanossomose bovina
Ver mais
Programas
Previsão do Tempo
30/08Máx 28ºMin 17º
Belo Horizonte -MG
CPTEC/INPE
Cotação
Ver mais
Revista
Algodão R$54,49
Leite R$1,38
Leite R$1,06
Leite R$1,26
15 Kg
Noroeste 26/08
Litro
Metropolitana de BH 06/08
Litro
Sul/Sudoeste de Minas 06/08
28/8/2014 Minas subnotifica tripanossomose bovina
http://www.faemg.org.br/News.aspx?Code=6902&Portal=1&PortalNews=1&ParentCode=139&ParentPath=None&ContentVersion=R 2/3
tags Bovino Bovinocultura Pecuária de Leite
"O produtor precisa ficar atento às medidas fitossanitárias e usar uma agulha
descartável por animal ou esterilizar as agulhas de uso coletivo. Os casos já
registrados no Estado foram de bovinos vacinados em conjunto, utilizando-se apenas
uma agulha. Outro cuidado que deve ser adotado é o controle da mosca do estábulo,
uma vez que a transmissão pode ocorrer com a picada deste inseto", alerta Monteiro.
Produtividade do rebanho pode cair até 60%
O impacto econômico da tripanossomose bovina na região Central do Estado pode ser
significativo, já que a produtividade do rebanho leiteiro contaminado cai cerca de 60%.
Além disso, sem o uso do cloreto de isometamidium, a recuperação dos animais é mais
lenta, aumentando ainda mais os prejuízos.
De acordo com o diretor comercial da Cooperabaeté (Cooperativa dos Produtores
Rurais de Abaeté e Região), Rogério Lage de Oliveira, a pecuária de leite na região de
atuação da cooperativa - que abrange os municípios de Abaeté, Biquinhas, Paineiras e
Morada Nova de Minas - é a principal atividade rural desenvolvida, com a captação
anual girando em torno de 80 milhões de litros.
"A pecuária é a principal fonte de renda da maioria das famílias que vivem na área
rural. Por isso, o impacto da tripanossomose bovina será bem significativo. Por ser uma
doença nova na região, ainda não temos muitas informações de quanto será a perda,
mas ela é certa e impacta na economia de todos os municípios envolvidos. necessário
que o governo federal avalie a questão e libere a importação do cloreto de
isometamidium, já que este é o único medicamento capaz de combater a doença e
evitar a proliferação da mesma para outras regiões", ressalta.
O pecuarista Elessandro Francisco de Castro, proprietário do Sítio Mamote, em
Biquinhas, foi um dos produtores que diagnosticou a tripanossomose bovina no
rebanho. Os primeiros animais doentes foram identificados no início de junho, porém,
com a realização da Copa do Mundo, Castro não conseguiu laboratórios para realizar
os exames rapidamente, fazendo-os apenas em meados de julho, quando foi
confirmada a enfermidade.
Prejuízo
Segundo o pecuarista, a doença atingiu 80% do rebanho em lactação e em prenhez -
cerca de 50 vacas, sendo que 15 morreram e outras 12 abortaram. Os animais em
recuperação tiveram a produtividade reduzida em 50%. A suspeita de Castro é que a
contaminação tenha ocorrido através do uso da mesma agulha em vários animais,
entre os quais estava uma vaca recém-comprada, que pode ter sido a causadora da
contaminação do rebanho. Após o problema, o pecuarista passou a utilizar uma agulha
para cada bovino.
"Ainda não foi possível estimar o prejuízo, mas será enorme. A captação no sítio, que
girava em torno de 1,3 mil quilos de leite por dia antes da tripanossomose bovina, foi
reduzida para 300 quilos no pico da doença, e agora está próxima a 600 quilos. Além
disso, as duas melhores vacas, que produziam mais de 40 quilos de leite por dia,
morreram. As demais apresentam produtividade menor, cerca de 25 quilos diários",
lamenta Castro.
Tweetar 0
Últimas notícias publicadas
28/08/2014 Minas subnotifica tripanossomose bovina
28/08/2014 Preço baixo do feijão desestimula produtores de MG a plantar
28/08/2014 Preço do suíno sobe com alta nas exportações
28/08/2014 Abic mantém projeção de aumento do consumo de café
28/08/2014 Para Roberto Rodrigues, exportações agrícolas perderão força
27/08/2014 Superintendentes do SENAR conhecem experiência mineira
27/08/2014 Perspectivas do mercado lácteo
27/08/2014 Moagem de cana em Minas totaliza 33,34 mi/t
27/08/2014 Pecuaristas de MG temem que a seca atrapalhe a reprodução do gado
27/08/2014 Julgamento de Mangalarga Marchador começa quinta em Uberlândia
Ver todas
» Edições anteriores
Boletim
» Edições anteriores
FAEMG
Av . Carandaí, 1.115 - 3º ao 5º andar
Belo Horizonte - CEP: 30.130-915
Fone: (31) 3074-3000
Fax: (31) 3074-3030
E-mail: faemg@faemg.org.br
Senar Minas
Av . Carandaí, 1.115 - 6º e 7º andares
Belo Horizonte - CEP: 30.130-915
Fone: (31) 3074-3074
Fax: (31) 3074-3075
E-mail: senar@senarminas.org.br
INAES
Av . Carandaí, 1.115 - 4º andar
Belo Horizonte - CEP: 30.130-915
Fone: (31) 3074-3050
Fax: (31) 3074-3030
E-mail: inaes@inaes.org.br
Sindicatos
Av . Carandaí, 1.115 - 3º andar
Belo Horizonte - CEP: 30.130-915
Fone: (31) 3074-3028
Fax: (31) 3074-3030
E-mail: asind@faemg.org.br
© Todos os direitos reservados FAEMG/Senar
0Recomendar
Recommended