MTA Cimento reparador para complicações endodônticas

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• MTA

Cimento reparador para complicações endodônticas

Composição:

• SiO2 , K20, Al2O3, Na2O, Fe2O3 , SO3, CaO, Bi2O3, MgO

• resíduos insolúveis (sílica cristalina,óxido de cálcio e sulfato de potássio e sódio).

• O principal componente do MTA é o óxido de cálcio, que em contato com a umidade do meio, se transforma em hidróxido de cálcio

Fotomicrografia de um clinquer:• Cristas azuis e amarronzados são de alita

• Fase intersticial branca

*clinquer: é uma pedra obtida em altas temperaturas e que contém um alta

concentração de materiais calcários e argilosos.

Indicações:•Tratamento de trepanações radiculares e de furca

•Selador de reabsorções internas e internas comunicantes

•Retroobturador em cirurgias parendodônticas

•Capeador pulpar em tratamentos conservadores da polpa

•Indutor de apecificação e apecigênese

•Material para barreira intracoronária prévia ao clareamento dental

•Plug apical para obturação radicular

Vantagens:• Excelente selador marginal que impede a migração bacteriana e penetração de fluidos tissulares

para o interior do canal radicular;

• Vedamento biológico de perfurações radiculares e de furca pela indução de formação de

cemento;

• Indução de formação de barreira dentinária quando utilizado sobre a polpa;

• Utilização em locais com presença de umidade, sem perda de suas propriedades.

Hidratação

•Em contato com a água forma um gel coloidal que se solidifica, formando uma estrutura rígida no intervalo de 10 minutos. As partículas de MTA possuem tamanho médio que permite sua completa hidratação, garantindo uma de suas principais vantagens, que é o poder de selamento.

LEE ET AL – 1993Média de infiltração marginal em perfurações

Potencial de Hidrogeneização (pH)

O seu pH altamente alcalino (12,0) torna o meio inóspito para crescimento de bactérias, mantendo seu potencial antibacteriano por longo período.

LIBERAÇÃO DE ÍONS CÁLCIODuarte, M.H.et al.OS.v.95, n.3, p.345, 2003

Radiopacidade

• A radiopacidade do MTA-Branco é superior à da dentina e do tecido ósseo, e próximo à da guta percha, facilitando sua visualização no controle radiográfico operatório e de proservação.A radiopacidade do produto é dada pelo composto Óxido de Bismuto e, por apresentar maior radiopacidade do que a guta percha e a dentina, é facilmente identificado em radiografias.MTA

Tempo de PresaA presa do MTA ocorre em 10 minutos.

• Não é necessário aguardar o endurecimento do mesmo para continuar os

procedimentos seguintes. Uma das importantes características do MTA-Branco é a

melhora de seus resultados em ambiente úmido

• Em caso de procedimentos demorados, poderá ocorrer o endurecimento do cimento

espatulado na placa, dificultando sua utilização. Para estas situações aconselha-se

protegê-lo com gaze úmida.

Resistência à Compressão:•A resistência à compressão após 28 dias é de 44,2 MPa. •Sua resistência está dentro de valores bastante aceitáveis, levando em consideração que não haverá carga oclusal “direta” nos locais de sua aplicação.

Solubilidade: ( entre 0,1 e 1%)•Não apresenta sinais significativos de solubilidade em contato com a umidade, garantindo um excelente selamento marginal.

50

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AMALGMTAIRMSUPER-EBA

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Modo de Ação

• Indução da formação de barreira dentinária

• Único material capaz de induzir a neoformação de cemento

Figura 1. Notar o MTA Angelus (M) dentro do tubo de dentina (D). Junto à superfície do material há granulações de calcita (seta). Luz polarizada. 80 X.

Reação do Tecido Conjuntivo de Ratos ao Implante de Tubos de Dentina Preenchidos com MTA-Angelus. Holland et al, 2001.

Figura 2. Observar granulações de calcita (seta) no interior dos túbulos dentinários e o MTA-Angelus (M) dentro do tubo de dentina. Luz polarizada. 80 X.

Figura 3. Notar uma ponte de tecido duro Von Kossa positiva (seta) junto à entrada do tubo. Von Kossa 100 X.

Figura 4.Ao H.E. nota-se áreas basófilas (seta) correspondentes às áreas de calcificação e tecido conjunt. com poucas células inflamatórias do tipo crônico. H.E. 100 X.

Tratamento prévio com Hidróxido de Cálcio• Nos casos onde existe uma lesão prévia, com conseqüente inflamação local, a aplicação

do HCal antes do tratamento com MTA, faz com que haja o controle do processo agudo e

da infecção bacteriana.

• O MTA, como qualquer outro produto obturador, só deve ser utilizado após

neutralização das reações adversas locais (processos agudos infecciosos e inflamatórios).

Esterilização

• MTA já vem esterilizado por raios gama cobalto.

• A esterilização posterior é dispensável, pois o pH do produto é altamente alcalino (10,2),

não permitindo o crescimento bacteriano.

Presença de metais pesados

O MTA branco, durante a fabricação, passa por um processo de controle de metais pesados,

principalmente o Arsênio, Chumbo e Cromio, para que, a quantidade desses compostos fique

dentro dos limites permitidos pelo Ministério da Saúde.

Apresentação

• Embalagem com 2 doses de MTA-Branco• 0,28g de MTA Branco, 3ml de água destilada

Para preparar uma porção média: um SACHÊ do pó MTA-Angelus + 01 gota de água destilada.

a- Dispensar uma medida de pó e uma gota de água destilada sobre uma placa de vidro esterilizada;b- Espatular o conjunto por 30 segundos até a perfeita homogeneização dos componentes. O cimento obtido deve ter uma consistência arenosa, semelhante ao amálgama, porém mais úmido;c- Inserir o cimento espatulado no local desejado, utilizando um porta-amálgama estéril ou outro instrumento da preferência profissional;d- Condensar o material na cavidade dental preparada.

Perfurações do Canal Radicular ou Furca

a. Anestesia, isolamento;b. Irrigação do local da perfuração com hipoclorito de sódio;c. Instrumentação, irrigação e obturação da porção apical do canal até o local da perfuração ;

Perfurações do Canal Radicular ou Furca

e. Obturação do restante do canal radicular; f. Controle radiográfico imediato e após 3 a 6 meses, durante no mínimo 02 anos.

Tratamento de Perfurações Radiculares por Reabsorção Interna (Via Canal)

Primeira Sessãoa- anestesia, isolamento;b - acesso ao canal e ao local da reabsorção interna; (Fig. 01)c - irrigação com hipoclorito de sódio;d - remoção da polpa e do tecido de granulação;e- aplicação de curativo de pasta hidróxido de cálcio [Ca(OH)2 + água destilada]. (Fig. 02)

Tratamento de Perfurações Radiculares por Reabsorção Interna (Via Canal)Segunda Sessão

a- Remoção do hidróxido de cálcio com hipoclorito de sódio;b- Obturação da parte apical do canal;c- Preparo do MTA-Branco e preenchimento do local da reabsorção com o uso de condensadores ou bolinhas de algodão estéril; (fig.03)d- Controle radiográfico imediato e após 3 a 6 meses por no mínimo 02 anos.

Tratamento de Perfurações Radiculares (Via Cirúrgica)

Indica-se a via cirúrgica nos casos onde houve impossibilidade ou insucesso no tratamento da perfuração via canal.Técnica operatóriaa- Levantamento de retalho para localização do local da perfuração; (Fig.01)b- Preparo da perfuração com brocas para facilitar a condensação do material; (Fig. 02)

Tratamento de Perfurações Radiculares (Via Cirúrgica)

c- Controle da hemorragia local;d- Preparo do MTA-Angelus e aplicação na cavidade radicular com condensadores; (Fig.03)e- Remoção dos excessos de material (não irrigar);f- Sutura e controle radiográfico imediato;g- Controle radiográfico após 3 a 6 meses por no mínimo 02 anos.Tratamento de Perfurações Radiculares (Via Cirúrgica)

Cirurgias Parendodônticas (Como Material Retro-obturador)

Indicado em casos onde o tratamento endodôntico convencional fracassou ou em casos de impossibilidade de acesso ao canal radicular por via coronária.Técnica Operatóriaa- Afastamento de retalho, osteotomia e exposição do ápice radicular;

Cirurgias Parendodônticas (Como Material Retro-obturador)

b- Ressecção radicular em torno de 2 a 3mm do ápice; c- Preparo da retro-cavidade classe I;d- Controle da umidade local;

Cirurgias Parendodônticas (Como Material Retro-obturador)

e- Preparo do MTA-Branco e aplicação no local com porta amálgama e condensadores apicais especiais; f- Remoção dos excessos de material (não irrigar);g- Indução de hemorragia a partir do ligamento periodontal e tecido ósseo para a exposição da obturação do MTA-Angelus ao sangue, objetivando induzir seu endurecimento, fato que se dá em presença de umidade; h- Sutura e controle radiográfico imediato;i- Controle radiográfico por no mínimo 02 anos.

Proteção Pulpar Direta

A aplicação do MTA-Branco sobre a polpa em PPD, tem como objetivo o tratamento da polpa exposta por brocas, cáries ou fraturasa- Anestesia;b- Remoção da cárie;c- Anti-sepsia da cavidade com hipoclorito de sódio;d- Preparo do MTA-Angelus; e- Recobrimento do local da exposição com o MTA-Branco;f – Colocação do material forrador e restauração provisória;g- Controle pós-operatório para verificação da vitalidade pulpar

Pulpotomia e Apecigênese

A técnica operatória para ambos os casos segue a mesma seqüência a- Anestesia, isolamento absoluto;b- Acesso à câmara pulpar , remoção da polpa coronária e irrigação com soro fisiológico;

Pulpotomia e Apecigênese

c- Controle do sangramento;

Pulpotomia e Apecigênese

e- Adaptação do material aplicado com uma bolinha de algodão umedecido;

f- Proteção do material com uma bolinha de algodão estéril sobre o mesmo;

g – Restauração provisória

Pulpotomia e Apecigênese

h- Controle clínico de acordo com a sintomatologia, e controle radiográfico de 3 em 3 meses até o termino da formação da raiz;i- Após o término da formação radicular faz-se a opção por tratamento endodôntico convencional ou somente restauração da cavidade coronária.

ApecificaçãoPrimeira sessão:

a- Anestesia, isolamento absoluto;

b- Acesso à câmara pulpar, odontometria e biomecânica do canal radicular,

irrigando-se com hipoclorito de sódio;

Apecificação

c- Colocação de pasta de hidróxido de cálcio com água destilada, como curativo intra-radicular, por uma semana.

ApecificaçãoSegunda Sessão:a- Irrigação com hipoclorito de sódio para eliminação da pasta de hidróxido de cálcio;b- Secagem com pontas de papel absorvente;c- Preparo do MTA-Angelus;d- Preenchimento do canal com o cimento, condensando-o até a parte apical do canal utilizando cones de papel ou condensadores apicais, formando um tampão apical de 3 a 4 mm;

Apecificação

e-Controle radiográfico imediato para verificação do correto preenchimento do canal;f- Colocação de bolinha de algodão úmida na embocadura do canal; g- Restauração do dente com material provisório por 24 horas.

ApecificaçãoTerceira Sessão

a- Remoção da restauração provisória e da bolinha de algodão;

b- Obturação do canal radicular remanescente, com guta percha e cimento endodôntico convencional;

*DICA importante: se as paredes do canal estiverem muito delgadas, recomenda-se o reforço da mesma, utilizando resina composta para preenchimento do canal;

Apecificação

c- Restauração definitiva;

d- Controle clínico e radiográfico após 3 a 6 meses, até verificação da

formação da barreira apical de tecido duro.

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