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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – TURMA 2014
OS DESAFIOS DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM PROVAS DE VESTIBULAR
Autor: VALÉRIA CRISTINA DA SILVA FERREIRA SOARES
Disciplina/Área:
LÍNGUA PORTUGUESA
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa Ensino Fundamental e Médio
Município da escola: Paranapoema
Núcleo Regional de Educação: Paranavaí
Professor Orientador: Mestre: FLÁVIO BRANDÃO SILVA
Instituição de Ensino Superior: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ UNESPAR CAMPUS DE PARANAVAÍ
Relação Interdisciplinar:
Sim
Resumo:
O Ministério da Educação tem preconizado em seus documentos atuais o ensino da produção textual por meio da teoria do dialogismo textual do Círculo de Bakhtin. Atendendo a essa recomendação, algumas instituições de ensino passaram a solicitar dos candidatos a elaboração de texto nos conceitos teóricos dos gêneros discursivos. Este projeto tem como objetivo viabilizar o contexto de produção de enunciado escrito real de modo que os alunos percebam o lugar de criação e circulação social da argumentação na esfera social. Como fundamentação teórica para construção deste trabalho realizou-se pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como BAKHTIN (2003, 2006) DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY (2004), e GERALDI (1984), entre outros. Procurando enfatizar a importância da produção escrita para o desenvolvimento do raciocínio lógico bem como o aprimoramento das capacidades de linguagem, sugerimos a possibilidade de trabalho com gênero resposta argumentativa, por meio da metodologia da Sequência Didática, apoiada no quadro teórico-metodológico do Interacionismo sociodiscursivo (ISD). A pesquisa será desenvolvida no Colégio Estadual Lysímaco Ferreira da Costa, na cidade de Paranapoema, no ano 2015 e os sujeitos de pesquisa serão os alunos do Ensino Médio. Para a coleta de dados será aplicado uma produção inicial a fim de verificar os conhecimentos dos alunos com relação ao gênero estudado. Por conseguinte, seguiremos com a sequência didática e as discussões com o Grupo de Trabalho em Rede. O trabalho culminará com a produção de uma resposta argumentativa realizada pelos alunos e sua participação optativa no Programa de Avaliação Seriada da Universidade Estadual de Maringá: PAS-UEM.
Palavras-chave:
Língua Portuguesa; Gênero Discursivo; Resposta Argumentativa; Vestibular.
Formato do Material Didático: SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Público:
ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Apresentação
O trabalho com o gênero textual Resposta Argumentativa em sala de aula, na
disciplina de Língua Portuguesa, é extremamente importante, pois se trata de
gênero que visa estabelecer relações entre informações retiradas do(s) texto(s) de
apoio e a interpretação destas de modo coerente. A ação interpretativa deve
reproduzir o conteúdo do texto, buscando compreendê-lo, sintetizando-o,
parafraseando-o ou agregando-o ao contexto dado pelo enunciado expondo uma
tese e comprovando-a com fatos, dados, citações, pesquisas exemplificando seus
argumentos de modo a convencer o leitor. Sua realização leva o aluno ao
desenvolvimento do raciocínio lógico, das capacidades linguísticas e comunicativas
que devem ser apreendidas sistematicamente no decorrer dos anos estudados na
Educação Básica.
O objetivo central dessa sequência didática (BRONCKART, 2009; DOLZ;
NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004) é o de aprimorar as práticas discursivas
resultante de ações coordenadas de uma determinada sociedade de forma que o
aluno por meio de interação verbal possa viabilizar a formação de seu próprio
espírito humano.
O estudo com a resposta argumentativa será abordado de forma
interdisciplinar no que diz respeito ao conhecimento de vários assuntos a serem
discutidos para formação do desenvolvimento da tese a ser defendida durante a
produção do gênero. O público alvo para aplicação das atividades aqui proposta são
alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Lysímaco Ferreira a Costa, da cidade
de Paranapoema, Estado do Paraná. O número mínimo de aulas necessárias para
aplicação desta produção didática pedagógica é de (32) trinta e duas aulas.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM O GÊNERO RESPOSTA ARGUMENTATIVA
A presente sequência didática concebe a produção escrita como um processo de
interação entre o leitor, o produtor e os fatores que influenciam na compreensão deste texto.
Assim, para que seja desenvolvido, este trabalho foi realizado de forma a oferecer condições
para que os alunos desenvolvam procedimentos de produção textual com gêneros em sala de
aula. Desse modo propusemos desenvolver um Material Didático organizado segundo a
Sequência Didática (BRONCKART, 2009; DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004;
FERNANDES, 2001).
A sequência didática é um conjunto de atividades pedagógicas organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual. O objetivo da proposta é o de possibilitar
aos alunos a aquisição dos diversos gêneros textuais que permeiam a vida em sociedade,
preparando-os para saberem usar a língua nas mais variadas situações sociais, oferecendo-lhes
instrumentos eficazes para melhorar suas capacidades: de ler e de escrever. (Dolz, Noverraz &
Schneuwly, 2004).
Dessa forma, o trabalho pautar-se-á pelo discurso como prática social e o gênero
resposta argumentativa nas práticas discursivas como conteúdo básico, tendo como objetivo
geral propiciar aos alunos o conhecimento sobre a produção do gênero textual Resposta
Argumentativa de forma a torná-los leitores e produtores proficientes, capazes de cumprirem
seu papel social de cidadãos conscientes, críticos e responsivos, por meio da apropriação do
gênero.
As atividades serão desenvolvidas, basicamente, por meio de reflexões sobre a
organização textual explorando-se os aspectos da textualidade uma vez que representa
teoricamente às exigências dos processos seletivos vigentes a partir do gênero discursivo
resposta argumentativa. Concentrará os estudos nos processos coesivos (paragrafação), no
estilístico (diferentes processos de escolhas expressivas entre variedades linguisticas,
vocabulário, estruturas, linguagem figurada) e no estrutural (organização das sentenças e dos
períodos; diferenciações estruturais entre variedades informais e a variedade-padrão; aspectos
de pontuação).
Dessa forma, a sequência didática para melhor organização da nossa prática
pedagógica seguirá o esquema abaixo:
Objetivo Geral
Propiciar aos alunos o conhecimento sobre a produção do gênero textual Resposta
Argumentativa de forma a torná-los um leitor e produtor proficiente, capaz de cumprir
seu papel social de cidadão consciente, crítico e responsivo, através da apropriação do
gênero.
Conteúdo
Conteúdo Estruturante: O Discurso como prática social
Conteúdo Básico: Gênero Resposta Argumentativa a ser trabalhado nas práticas discursivas
Sendo organizada a partir das capacidades da linguagem distribuídas em três blocos, a
saber:
Bloco 1
Apresentação da situação
Temática: Contexto de produção
Objetivo: Ambientar os alunos no contexto das produções dos vestibulares.
Conteúdos Básicos:
Conteúdo Temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Vozes sociais presentes no texto.
Recursos:
Sala com carteiras dispostas, se possível em semicírculo (mesa redonda);
Televisão e pen-drive ou data show com caixa de som;
Tabela impressa (três), canetinha ou pincel atômico de cores diferentes;
Tabela grande em cartolina para registro das respostas das equipes;
Texto “Vestibular X Vida: Os jovens estão preparados?” impresso para cada aluno.
Professor (a):
A finalidade desta atividade é situar os alunos no universo da escola e dos
vestibulares, assim no decorrer do debate com a mesa redonda, encaminhe a discussão para
esse tema.
Atividade 1 -Leitura: para iniciar o trabalho, sugerimos a apreciação e análise da música
Eduardo e Mônica - Legião Urbana. Convide os alunos a assistirem ao vídeo clipe da música.
Após, faça uma leitura oral do texto “Vestibular x Vida: Os jovens estão preparados?”
Solicitando que durante a leitura observem se o texto faz analogias com a letra da música.
Atividade 2 -Trabalhando em grupo: Peça aos alunos que se dividam em três grupos para
fazermos um quadro descritivo dos assuntos que podem ser abordado a partir da música e do
texto. Respondendo a pergunta: “Quais os temas que podemos encontrar na leitura do texto e
da letra da música?” Entregue o modelo da tabela para preencherem e verifique o
conhecimento dos alunos a respeito do que seja um “TEMA”. No final, um integrante de cada
equipe deverá vir à frente e colar as respostas no quadro em seguida analise as respostas de
cada grupo observando se houve semelhanças nos temas, caso apareça algo relacionado à
escola e vestibular levante a questão da etapa em que os alunos se encontram e deixe os
alunos comentarem sobre suas vivências e ansiedades.
Temática: Como tudo começou.
Objetivo: Conhecer a história do Ensino Superior no Brasil e da criação da Prova de
Redação.
Atividade 3 – Leitura e oralidade/escrita: leia o texto “Curiosidades...” com os alunos
depois convide-os a assistir ao vídeo “A História do Ensino Superior no Brasil” em seguida
faça os questionamentos oralmente ou de forma escrita, depois interaja as respostas com os
demais alunos da sala.
Sugestão:
Pode-se realizar uma viagem a uma Universidade, Faculdade ou Cursinhos pré–vestibular
para maior conhecimento do contexto de produção.
Bloco 2
Produção Inicial
Temática: Produção Textual
Objetivo: Produzir um texto pertencente ao gênero resposta argumentativa antes de
ensinamento didático desse gênero, com a finalidade de diagnosticar aquilo que o aluno-
produtor não sabe e precisa aprender.
Conteúdo básico:
Produção do gênero
Recurso:
Textos base impressos e folhas de rascunho e definitiva.
Neste momento, iniciaremos o trabalho com as Práticas Discursivas, sendo a primeira
a Capacidade de Ação.
Professor (a):
O plano de ação é momento em que nos mobilizamos para tomarmos consciência do
gênero textual em questão. Neste primeiro momento sugere-se fazer uma sondagem por meio
de perguntas sobre “Resposta Argumentativa” no intuito de verificar o conhecimento prévio
sobre o que os alunos conhecem a respeito deste gênero. As questões serão discutidas
verificando o conhecimento dos mesmos, onde o professor poderá acrescentar os
conhecimentos que estes ainda não possuem.
Assim, a produção inicial é fundamental, em uma sequência didática, pois propicia
uma visão autêntica, imediata e concreta das dificuldades dos alunos em relação à escrita do
gênero resposta argumentativa. No final da sequência didática, após a realização dos estudos
propostos nas atividades, sua realização possibilitará a comparação com a produção final do
aluno, evidenciando os avanços alcançados e as dificuldades a serem superadas.
Atividade 4 - Produção Inicial: Apresentar aos alunos um problema social A superlotação
nos presídios e ações efetivas para recuperação dos detentos que deverá ser debatido por
meio de texto escrito. Nessa primeira fase, os alunos produzirão o texto antes do ensinamento
sobre tal gênero, a fim de diagnosticar o que sabem ou precisam aprender sobre o gênero. O
texto deve ser escrito em folha própria e entregue ao professor.
Bloco 3
Módulo 1
Construindo uma Resposta Argumentativa
Temática: Heterogeneidade dos textos
Objetivo: Compreender a distinção entre Tipologia Textual e Gênero Textual e sua
implicação na heterogeneidade dos textos.
Conteúdos Básicos:
Conteúdo Temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico;
Elementos composicionais do gênero.
Recursos: Textos impressos
Televisão ou data show e pen drive
Atividade 5 – Leitura e oralidade/escrita: leia o texto “Saiba que...” com os alunos depois
faça os questionamentos oralmente ou de forma escrita, em seguida convide-os a assistir ao
vídeo “Tipologia textual ou gênero textual” depois interaja as respostas com os demais alunos
da sala.
Sugestões:
Pode-se realizar uma pesquisa na Web para acrescentar mais informações sobre o assunto.
Professor (a)
É importante um trabalho mais específico com a distinção entre gênero e tipo de texto.
Convide os alunos a trazerem para sala de aula textos do cotidiano para observar a
utilização das tipologias textuais nesses gêneros primários. O professor também pode fazer
uso dessa atividade com os gêneros secundários, denominações a partir dos estudos de
Bakhtin.
Temática: Conhecendo uma Resposta Argumentativa
Objetivo: Sensibilizar os alunos quanto à importância do gênero resposta argumentativa e
fazer com que os eles exteriorizem o conhecimento prévio que têm a respeito do gênero.
Conteúdos Básicos:
Conteúdo temático;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos;
Turnos da fala;
Adequação da fala ao contexto;
Diferença entre discurso oral e o escrito.
Atividade 6- Oralidade: Na atividade “Momento de discussão” você professor (a) perceberá
quais os conhecimentos que o aluno possui ou precisa aprender sobre o gênero. Como forma
de mediação, sugerimos que se façam oralmente as seguintes questões que poderão auxiliar
no processo: Vocês sabem o que é uma resposta argumentativa? Onde encontramos esse
gênero? Para quem é produzido? Quem o produz? Com qual função é produzido? Qual
temática que geralmente é explorada? Quais os profissionais que trabalham direta ou
indiretamente com a resposta Argumentativa? Onde podemos encontrar esse gênero textual?
Temática: Elementos estruturais do gênero.
Objetivo: Reconhecer a organização estrutural do gênero textual resposta argumentativa.
Conteúdos Básicos:
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Referência Textual;
Progressão referencial;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
Marcas Linguísticas:
- coesão, coerência;
- função das classes gramaticais no texto;
- conectores;
- pontuação;
- recursos gráficos;
- vícios de linguagem;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência.
Recursos:
Textos e atividades impressos;
Quadro e giz;
Cartazes (opcional);
Dicionários.
A partir desta etapa, as atividades que se seguem basear-se-ão na segunda e terceira
capacidade da linguagem, a Capacidade Discursiva ( Módulo 2 – Reconhecendo a Base do
Texto) e Lógico – Discursiva (Módulo 1- Construindo uma Resposta Argumentativa). Professor (a)
As práticas discursivas tratam da organização geral do texto, ou seja, de que forma o
conteúdo do texto está organizado. Sugerimos um trabalho com diversas atividades referentes ao
gênero “Resposta Argumentativa” por meio das quais serão e trabalhados sua estrutura
composicional, contexto de produção, função social e plano global.
A capacidade Lógica-discursiva refere-se ao vocabulário e às estruturas linguística
adequadas à produção do gênero resposta argumentativa.
Assim, analisando o contexto de produção do texto em estudo percebeu-se que os aspectos
exigidos na produção de um gênero textual vão ao encontro das características esperadas pela
redação no Enem e que ambas são perfeitamente completadas pelo estudo da textualidade.
Observe o quadro abaixo:
Textualidade é o conjunto de características que fazem com que um texto seja um
todo significativo e não apenas uma sequência de frases. Para Beaugrande e Dressler
(1981) apud Pinto (2006) existem sete fatores responsáveis pela textualidade. São eles:
Centrados linguisticamente no texto – coesão e coerência Coerência – por ser responsável pelo sentido do texto, é considerada fator
fundamental da textualidade. Abrange não só os aspectos lógicos e semânticos, mas também os cognitivos. Dessa forma a coerência é um fenômeno que está ligado à interpretação do texto por parte do interlocutor, ou seja, está ligado diretamente á interlocução.
Coesão – responsável pela unidade formal do texto. Constrói-se por meio de
mecanismos gramaticais e lexicais. É decorrente da coerência de um texto Centrado no usuário do texto – a Intencionalidade, a Aceitabilidade, a Situacionalidade, a Informatividade e a Intertextualidade Intencionalidade – está ligada diretamente à intenção do locutor em construir um
discurso coerente numa determinada situação comunicativa. Está relacionado aos protagonistas do ato de comunicação.
Aceitabilidade – esta, por sua vez, está ligada diretamente à expectativa do
interlocutor ao que vai ser apreendido, ou seja, se o texto é coerente, coeso, aceitável.
Situacionalidade - responsável pela pertinência e relevância de um texto quanto ao
contexto em que ocorre. É a adequação do texto quanto à situação sócio comunicativa.
Informatividade – Diz respeito à medida nas quais as ocorrências de um texto são
esperadas, ou não, conhecidas, ou não, no plano conceitual e no formal. Intertextualidade – “diz respeito aos modos como a produção e recepção de um
texto dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais ele, de alguma forma, se relaciona”. (Koch, 2000 apud Pinto, 2006).
Professor (a)
É importante que a atividade leve os alunos a perceberem a importância dos itens textuais
como: a INFORMATIVIDADE - para expressar opiniões sobre uma questão polêmica é
preciso argumentar de forma consistente indicando as causas, as razões, os motivos que
levam a determinada posição. Para isso, podem-se apresentar dados estatísticos, provas,
resultados de pesquisas e experiências científicas, informações obtidas em outras áreas do
conhecimento, observações entre outros dados. Essas informações dependem do grau de
conhecimento e informações registradas pelos alunos por meio da leitura de textos de
diversas esferas sociais. A produção de um texto argumentativo depende do estilo do autor,
por isso podemos encontrar textos que não sigam a ordem, tese depois argumentos.
Prática de leitura 1 – Identificando e caracterizando a estrutura do gênero: resposta
argumentativa
Nesta parte os alunos se depararão pela primeira vez com uma resposta
argumentativa representada graficamente de forma escrita, primeiramente observarão a
exposição com se procedeu a sua formação estrutural. Que ocorre em apenas dois parágrafos
Observe como esse texto se estrutura:
1º parágrafo:
Por meio de um tópico frasal, para iniciar o texto, retomou o que foi perguntado ou afirmado. O texto
não deve ter título, afinal é uma resposta. Respondeu a pergunta do comando, já fazendo afirmações
que defendem o ponto de vista (tese) que o autor pretende enfatizar “não apresentam possibilidade
de serem extintos do meio social, porque estão atrelados ao universo virtual”. Seguida a exposição
que comprova a tese “torna-se o principal modo de comunicação entre as pessoas Isso se evidencia
ao se observar o crescente uso das redes sociais, (...) e são objetos de ameaça, perseguição,
características ao cyberbullying e ao stalking.
2° parágrafo
Reforça a tese da não extinção das práticas da cyberbullying e o stalking devido à amplitude do meio
virtual e a insuficiência dos recursos legais. (substitui o termo extintas por acabar). Ressaltando-a
com comentários e comprovando-a com conhecimento externo “Casos como o suicídio de Amanda
Todd, de 15 anos do Canadá (...) nenhum envolvido foi preso”. Conclui reforçando o posicionamento
inicial “Assim, evidencia-se que não há como criar expectativas de que não haverá mais prática de
cyberbullying nem stalking”.
Depois, observarão a formação dos argumentos que serviram de base para o convencimento
do seu ponto de vista.
Argumento 1
O universo virtual progressivamente torna-se o principal modo de comunicação entre as pessoas pelo
crescente uso das redes sociais veiculando informações pessoais muitas vezes sem consentimento
do usuário o que os tornam alvo de ameaças e perseguições.
Argumento 2
Não poderá acabar uma vez que o meio virtual é amplo e com deficiência de recursos legais, este
reafirmado pela explicação da demora na identificação dos infratores devido aos diversos meios de
ludibriação para se livrar das punições.
Argumento 3
Facilidade de criar páginas que expõe negativamente as vítimas que muitas vezes desconhecem sua
existência. Esse argumento é enriquecido pela apresentação de conhecimento de mundo sobre o
caso do suicídio de Amanda Todd, do Canadá
Nesse primeiro contato com o modelo do gênero os alunos adquiriram alguma noção a
respeito da estrutura composicional da resposta argumentativa. Propomos neste momento,
algumas atividades para observar o nível do seu aprendizado.
Atividade 7 – Questões objetivas e subjetivas: espera-se que nessas atividades os alunos já
tenham conhecimento necessário para encontrar a alternativa correta, apresentar seu
conhecimento a respeito do assunto abordado além de compreender o significado de
determinadas palavras dentro do seu contexto comunicativo.
Temática: Mecanismos de Textualização
Objetivo: Conhecer, identificar e aplicar conhecimentos da área de coesão textual de modo a
estabelecer relação de sentido na produção de textos, em especial, o gênero Resposta
Argumentativa.
Conteúdos Básicos:
Progressão referencial;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
Marcas Linguísticas:
- coesão, coerência;
- função das classes gramaticais no texto;
- conectores.
Recursos:
Textos e atividades impressos;
Quadro e giz;
Cartazes com os operadores argumentativos (opcional);
Dicionários.
Professor (a)
É de extrema importância que os alunos conheçam e utilizem corretamente os mecanismos de textualização, ou seja, as regras de organização geral do texto. Para Bronckart (2007) esses mecanismos distinguem - se em três: coesão nominal, coesão verbal e a conexão. Neste sentido, a análise da coesão e coerência, dos operadores argumentativos e dos modalizadores presentes no modelo de Resposta Argumentativa apresentado, propiciará um melhor conhecimento a respeito das características constitutivas desse gênero, além de possibilitar um maior entendimento de como acontece a construção da argumentação neste e em outros textos. Por isso, sugerimos que se apresentem muitas outras atividades que explorem o uso dos recursos lingüísticos nos textos.
Atividade 8 – Questões objetivas e subjetivas: Peça aos alunos que façam as atividades com muita atenção e nas atividades de marcar x escolha apenas uma opção e nas atividades subjetivas complemente a resposta com trechos do texto. Sugestão:
As respostas das atividades podem ser encontradas nos endereços eletrônicos constantes nas
fontes e referências.
Módulo 2
Reconhecendo a Base do Gênero
Objetivo: Reconhecer as fases da sequência argumentativa que predominam nos textos de
opinião (Introdução ao tema, proposição da tese, argumentação ou prova e o epílogo ou
conclusão).
Conteúdos Básicos:
ConteúdoTemático;
Informatividade;
Vozes Sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero.
Recursos:
Textos e atividades impressos;
Quadro e giz (opcional).
Prática de leitura 1 – Compreendendo a estrutura de um texto dissertativo
argumentativo
Professor (a)
Faça a leitura do texto de abertura: “Prezados alunos” expondo as fases da sequência
argumentativa que predomina no texto de opinião. Ao término da leitura deste texto, enfatizar
o uso da argumentação nos textos do dia a dia, entre esses o jornal. Logo após, apresentar o
texto “Maioridade penal e hipocrisia” de Contardo Calligaris mostrando as fases
argumentativas, no texto. Permita os alunos se exporem verbalmente durante a leitura.
Reforce a explicação demonstrando os elementos da composição argumentativa através do
esquema que pode ser desenhado no quadro ou exposto em cartaz e preenchido com pincel
atômico.
TEMA
TESE
ARG1 ARG 2 ARG 3
Prática de leitura 2 – Identificando a estrutura e as marcas linguísticas do
Gênero: Discurso argumentativo.
Atividade 9 – Relacione as colunas: peça aos alunos que façam a leitura do texto “Como
amar uma criança” de Janusz Korczak depois relacione as colunas por enumeração conforme
os itens apresentados.
Prática de leitura 3 – identificando-compreendendo a ideia/tema do texto e
inferindo os argumentos.
Atividade 10 – Esquema argumentativo: Explique aos alunos que utilizem o esquema
apresentado anteriormente preenchendo os itens: o tema, a tese e argumentos em cada
fragmento dos textos apresentados ou sublinhe a tese e coloque os argumentos entre
parênteses.
Prática de leitura 4 – A interação e a verificação textual
Atividade 11 – Perguntas descritivas: Convide os alunos a realizar a leitura do texto “Usar
água sim; desperdiçar nunca” e depois a responderem as perguntas elencadas sobre o texto.
Prática de leitura 5 – O texto dissertativo: identificando, caracterizando e
compreendendo os elementos estruturais e os tipos do gênero de opinião
Professor (a)
Sabemos que, nos textos de opinião, a capacidade de defender seu ponto de vista é fator
preponderante. Desse modo, apresente os tipos de argumentos em textos impressos ou por
meio de slides (data show ou TV pendrive) explicitando-os por meio dos exemplos cada tipo.
Para reforçar apresente esses tipos por meio de um único tema: a televisão.
Prática de leitura 6 – A seleção argumentativa e a inferência textual do aluno leitor.
Atividade 12 – Classificação: A partir do estudo sobre os tipos textuais, convide os alunos a
fazerem a leitura dos fragmentos dos textos e, após, classificar quanto às nomenclaturas de
cada definição dada aos tipos de argumentos.
Prática de leitura 7 – A interação e verificação textual: Despertando o senso crítico
do aluno.
Professor (a)
Para reforçar o conhecimento sobre a argumentação indicamos a exibição do filme O
GRANDE DESAFIO disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4tJiimHYDe0
Este filme apresenta a necessidade de estar preparado para debater determinado
assunto utilizando o argumento de autoridade a vivência e outros fatores importantes
relacionados a capacidade de argumentar possibilitando aos alunos observar o conteúdo em
momentos de convivências práticas.
Atividade 13 - Vídeo: Reserve com antecedência a sala e/ou os instrumentos necessários a
projeção do filme: aparelho de DVD ou lousa digital, etc. Solicite aos alunos se organizarem
para assistir ao filme. Proceda com a exibição. Durante o filme os alunos deverão identificar,
no mínimo, dois tipos de argumentos apresentados.
Sugestôes:
As respostas das atividades podem ser encontradas nos endereços eletrônicos constantes nas
fontes e referências.
Módulo 3
Argumentar – um pouco desta história
Objetivo: Reconhecer as fases da sequência argumentativa que predominam nos textos de
opinião (Introdução ao tema, proposição da tese, argumentação ou prova e o epílogo ou
conclusão).
Conteúdos Básicos:
Conteúdo Temático;
Informatividade;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero
O dialogismo bakhtiniano é um jogo de tensões, não um apenas um diálogo em
que a recepção seja sempre positiva. É uma forma de comunicação em que os interlocutores
exprimem seus julgamentos que podem ou não serem antagônicos ao do ouvinte/leitor.
Segundo Mikhail Bakhtin:
(...) pode-se dizer que qualquer palavra existe para o falante em três aspectos: como
palavra da língua neutra e não pertencente a ninguém; como palavra alheia dos outros
cheia de ecos de outros enunciados; e, por último, como a minha palavra, porque, uma
vez que eu opero com ela em uma situação determinada, com uma intenção discursiva
determinada, ela já está compenetrada em minha expressão. (BAKHTIN, 2003, p.
294)
A utilização da língua gera uma infinidade de situações comunicativas. A cada nova
esfera da atividade humana cria-se um gênero com características e finalidades discursivas
peculiares: “a riqueza e a diversidade dos gêneros são infinitas porque são inesgotáveis as
possibilidades da multiforme atividade humana (...)''. (BAKHTIN 2003, p. 262).
Outrora, sabemos que entre os textos há uma “Heterogeneidade composicional e
discursiva” (BAKHTIN, 1995) nenhum textos é fechado em si, sendo resultado de diferentes
tipos combinações sequenciais para alguns autores existem cinco tipos de base textual: a
dissertação/argumentação, a narração, a descrição, a exposição, o diálogo/injunção.
Na resposta argumentativa, como o próprio nome sugestiona, a combinação
predominante é a argumentativa. Segundo Bronckart (2003) essa sequência é formada por:
Premissa, Argumentos, Contra-Argumentos e Conclusão e seu objetivo é convencer seu
interlocutor a respeito de determinado ponto de vista.
Tomando a argumentação como um processo discursivo dialógico por natureza,
daremos centralidade à expressão pessoal, por meio do estudo da “liberdade de expressão”.
Todos têm o direito à liberdade de opinião e de expressão. Este direito inclui a
liberdade para ter opiniões sem interferência e para procurar, receber e dar
informação e ideias através de qualquer meio de comunicação e sem importar as
fronteiras. (Artigo 19° Direitos Humanos)
Professor (a):
Sabendo que a função social da escola é a de tornar alunos críticos e capazes de
modificar, para melhor, a realidade em que vivem e que para tal ato faz-se necessário ter a
capacidade de opinar e se posicionar argumentativamente frente aos embates apresentados,
percebeu-se, portanto, a necessidade de trabalhar sistematicamente, com os alunos, do
Ensino Médio, o gênero textual Resposta Argumentativa, cuja função é a de apresentar
criticamente um posicionamento em torno de uma questão polêmica.
As questões polêmicas discutidas nas produções textuais dizem respeito aos assuntos
do mundo ordinários. Portanto, elevamos a importância da leitura para a produção de uma
boa redação. É certo que toda a leitura é bem vinda para obtenção de ideias e argumentos
que possam comprovar um ponto de vista, mas nesta etapa de ensino deve-se buscar a leitura
crítica da realidade das mais variadas áreas do conhecimento. Diante disso, cabe ressaltar
que muitas das atuais redações produzidas pelos alunos são carentes de Informatividade
apresentando na maioria das vezes opiniões segundo senso geral.
Sugestão:
Deixar revistas, livros e jornais expostos no pátio da escola de forma mais acessível
possível para que os alunos possam manusear e ler. No site do portal Dia a Dia Educação,
há jornais disponíveis para leitura e impressão, pode-se imprimir todos os dias ou buscar
uma mesma notícia veiculada em diferentes jornais. Pode-se também realizar júri-simulado
para reforçar o trabalho com a oralidade.
Como acessar: Educadores, Recursos Didáticos, jornais ou pelo link:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=101>
Os professores das outras disciplinas podem exigir que as respostas das questões que
envolvam seus conteúdos sejam realizadas por meio do gênero resposta argumentativa, uma
vez que se os alunos souberem posicionar-se na resposta a um conteúdo de maneira crítica e
argumentativa com certeza terão aprendido o conteúdo.
Atividade 14 - Oralidade: Para dar introdução ao assunto realize questões orais com os
alunos: Todo dia nos deparamos com textos escritos. Cite alguns textos que vocês encontram
no dia a dia: Dos textos citados na questão anterior, quais expõem opiniões? No Brasil, é
possível expor sua opinião sem correr o risco sofrer sanções? Vocês já ouviram falar em
“Liberdade de Expressão”.
Atividade 15 - Leitura: Entregue os textos impressos ou por meio passe os slides (data show
ou TV pendrive) os textos constantes deste módulo a respeito do assunto “liberdade de
expressão” e faça as atividades de oralidade.
Atividade 16 - Leitura e escrita: Convide os alunos para assistirem ao clipe de música
“Ponteio”, de Edu Lobo. Após, toque mais uma vez e peça que acompanhe seguindo a letra da
música e observando se seu conteúdo dialoga com os textos constantes dos itens Curiosidade
e Você Sabia? Para terminar peça que respondam as perguntas que estão junto à letra da
música e faça a correção oral interagindo as respostas uns com as dos outros.
Professor (a):
O fórum de discussão é uma alternativa viável para a construção do conhecimento
uma vez que instigam os alunos a uma participação coletiva. É muito utilizado em cursos à
distância.
Atividade 17- Fórum de discussões: Em um mural exposto no pátio da escola previamente
preparado, solicite aos alunos expor sua opinião a respeito da questão: “Liberdade de
expressão, eis a razão: Sempre somos livres para falarmos ou escrevermos o que bem
entendermos? Comente”. Utilize esse recurso sempre modificando conforme as ocorrências
sociais exijam ou mesmo nas datas comemorativas incitando os alunos a terem uma visão
mais crítica desses momentos sociais realizados.
Professor (a)
Para acrescer o trabalho com o gênero discursivo Resposta Argumentativa. É
importante conhecer outros gêneros de textos que possuem base argumentativa:
Resposta argumentativa, o artigo de opinião, o editorial, a resenha crítica, carta
argumentativa, o ensaio e textos dissertativos, produzidos na esfera escolar, são gêneros
discursivos que possuem como base textual a argumentação, sendo importantes a exposição e
distinção de cada um. Segue a descrição explicativa de alguns que os alunos poderão
encontrar:
ARTIGO DE OPINIÃO: é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o candidato. http://www.mundoeducacao.com/redacao/artigo-opiniao.htm acesso em 18/10/2014 EDITORIAL: Os editoriais são um gênero discursivo que circula em jornais, a respeito de temas oriundos das notícias, reportagens, entrevistas ou pesquisas veiculadas, em geral, na data anterior. Seu conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas. O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista. As charges, caricaturas e ilustrações editoriais são um meio visual e extremamente eloquente de expressar opiniões, geralmente por meio de técnicas de humor. http://linguaportuguesafp2009.blogspot.com.br/2009/06/genero-editorial.html acesso em 18/10/2014 RESENHA CRÍTICA pode ser conceituada como um texto cujo objetivo é apresentar um outro texto (livro, filme, peça teatral, espetáculo, exposição, evento), desconhecido do leitor, de forma crítica. Essa apresentação deve oferecer, além de uma exposição do tema ou dos assuntos tratados, o maior número possível de informações sobre o texto, dentro dos limites do espaço reservado à resenha. Além de expor e descrever, a resenha deve criticar resenha crítica pode ser conceituada como um texto cujo objetivo é apresentar um outro texto (livro, filme, peça teatral, espetáculo, exposição, evento), desconhecido do leitor, de forma crítica. Essa apresentação deve oferecer, além de uma exposição do tema ou dos assuntos tratados, o maior número possível de informações sobre o texto, dentro dos limites do espaço reservado à resenha Além de expor e descrever, a resenha deve criticar, isto é, apresentar uma análise ou julgamento sobre o texto resenhado, com base em uma argumentação convincente. Ela não é uma mera citação de um texto, não se confunde com o
resumo, é uma construção original e não uma simples redução do texto-fonte, avaliando-o criteriosamente. www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/slp35/04.pdf acesso em 18/10/2014 CARTA ARGUMENTATIVA Toda carta tem como primeira finalidade estabelecer uma relação direta com alguém. De acordo com a intenção do emissor, seu grau de intimidade com o destinatário e o caráter pessoal ou não da mensagem, dentro de uma estrutura própria de correspondência, a carta assumirá características específicas, sobretudo no campo da linguagem, na forma de abordar o tema e no tratamento dispensado ao receptor. A confecção de uma carta pode ser motivada pela ideia de solicitar, reclamar, contestar, manifestar apreço ou descontentamento, reforçar vínculos afetivos ou comerciais, informar e até como pretexto para dissertar sobre arte, poesia, filosofia ou ciência, além de permitir que uma classe ou coletividade se manifeste de modo a tornar público seu posicionamento ideológico, anseios e reivindicações. Neste último aspecto, esse gênero textual muitas vezes transcende o suporte do papel que é tirado de um envelope, passando a figurar na mídia impressa, como em jornais e revistas, e até mesmo na mídia eletrônica, como em sites e na TV. A Carta Argumentativa, cuja característica peculiar é a de assumir o caráter dissertativo-argumentativo. Esse tipo de carta pode se desdobrar em Carta de Leitor, Carta do Editor, Carta Aberta e Carta de Reclamação, por exemplo, porém caracteriza principalmente a correspondência destinada a expor determinados problemas, solicitando ou deixando implícita a necessidade de que sejam tomadas certas providências. Toda carta, portanto, apresenta informações pontuais quanto ao contexto em que foi produzida (local e data), a quem é ou foi destinada, bem como a identificação de quem a escreveu. A esses elementos somam-se, no vocativo, o tratamento respeitoso ao receptor e, ao final, a despedida cortês. Ou seja, sua estrutura é bastante simples e em nada difere do que é praticado no universo eletrônico dos e-mails com finalidade mais formal. A linguagem empregada nesse gênero textual, via de regra, obedece à formalidade ou informalidade definida pelo contexto e pelo grau de intimidade entre os interlocutores. Disto também dependerá o tratamento dispensado ao receptor. Em contextos formais, deve-se, no entanto, evitar rebuscamentos e preciosismos ao escrever, pois a simplicidade no estilo torna o texto agradável e objetivo. http://lousamagica.blogspot.com.br/2012/07/carta-argumentativa.html acesso em 18/10/2014
DISSERTAÇÃO ESCOLAR (ou texto dissertativo): texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. Um texto dissertativo difere de um texto dissertativo-argumentativo por não haver a necessidade de demonstrar a verdade de uma ideia, ou tese, mas apenas de expô-la. Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente. E é exatamente esse tipo textual que a proposta de redação exigida pelo ENEM. http://ateliedotexto.net/?p=977 acesso em 18/10/2014
ENSAIO O ensaio defende uma tese, porém sem os rigores dos textos científicos. Não usa a linguagem padronizada pela ciência nem se submete aos métodos de verificação pré-determinados pelos cientistas. O ensaio é apenas uma preparação para uma tese científica. http://www.diciomario.com.br/page_165.html acesso em 18/10/2014
Atividade 18 - Pesquisa na Web: para realização da atividade “Momentos da Pesquisa”, siga
os seguintes atos:
Marcar com antecipadamente, o uso do laboratório de informática;
Imprimir o texto para pesquisa (disposto no material do aluno);
Convidar a turma para se dirigir à sala de informática;
Dar às recomendações necessárias sobre a atividade: pesquisar outros textos que
tenham como base os aspectos tipológicos da sequência argumentativa (pode solicitar
apenas um gênero por aluno) e depois produzir um mural a partir da pesquisa para
interação do conteúdo.
Bloco 4
Produção Final
Objetivo: Possibilitar aos alunos a prática da leitura e da retextualização por meio da refacção
dos textos produzido no início desta sequência didática com a produção final.
Conteúdos Básicos:
Reescrita Textual:- elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
Recursos:
Textos base impressos e folhas de rascunho e definitiva;
Texto da produção inicial fotocopiado;
Texto da autoavaliação impresso.
Atividade 19 – Retextualização: Apresentar aos alunos a coletânea de textos que aborda a
questão do uso de animais em experimentos científicos. O tema deverá ser debatido e, após,
deve ser encaminhada a produção do texto escrito. O texto deve ser escrito em folha própria e
entregue ao professor para posteriormente realizar-se a comparação entre o texto da produção
inicial e este da produção final.
Atividade 20 – Regulação da aprendizagem: Peça aos alunos que leiam e respondam com
muita franqueza a lista de constatação ou de controle.
Bloco 1 - APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
Ambientalização ao contexto de produção dos concursos vestibulares
Olá alunos, vocês apreciam música? E, vídeo? Então, vamos assistir a um
vídeo clipe da música do Grupo Legião: Eduardo e Mônica?
Atividade 1 - Leitura
Agora, vamos ler um texto abaixo, fazendo analogias com a letra da música
ouvida:
Vestibular X Vida: Os jovens estão preparados?
"Educar é ensinar a pensar.” (Sócrates)
O Exame do Vestibular se tornou um rito de passagem dos jovens estudantes: do
mundo adolescente para a maturidade de quem escolhe uma profissão para sobreviver
independentemente na vida. À sua volta, ecoam vozes e cobranças diretas e indiretas: “Você
tem de ser o número um!”; “Ser bom só, não é suficiente!”; “Enquanto você está aqui
perdendo tempo, tem um concorrente seu estudando!”... Dentre os candidatos, um grande
número não é aprovado, mesmo reunindo todas as condições de “conhecimento da matéria”.
A ansiedade pode estar dentre as causas da não aprovação. Além da escolha decisiva por
uma profissão ocorrer na adolescência, o que exige o conhecimento prematuro de variáveis
como mercado de trabalho, área de atuação e salário, outro fator que contribui para a
ansiedade, é o fato de os processos seletivos se caracterizarem por uma acirrada competição
que não depende apenas do próprio esforço do candidato, mas também do desempenho dos
outros.
Christiane Lima. Assistente Social (formada
pela Universidade Federal do Maranhão),
Psicopedagoga, Especialista em Saúde da Família
e professora universitária. Experiências nas áreas
de Saúde e Educação. Palestrante em escola e
empresas.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Cerca de 45% dos jovens que prestarão vestibular no fim do ano ainda não escolheram
a profissão no primeiro semestre. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade
Paulista Anhembi-Morumbi, que entrevistou quase 20 mil estudantes 1. E o drama se repete
todo ano. Às vésperas do vestibular, grande parte dos candidatos continua perdida. Não
sabe o que quer, ou quer tanta coisa que não consegue escolher. Isso acontece porque
escolha vocacional ou profissional coincide com o período em que o adolescente está
construindo a sua personalidade. Antes de ser “vestibulando”, o jovem é um ser em busca de
sentido. E este sentido pode estar muito ligado à profissão que vai exercer ao longo da vida.
Por esse motivo, também é importante aliar o “útil ao agradável”, ou seja, indagar-se: Eu
gosto de fazer isso? Eu tenho as habilidades e talentos necessários para exercer tal função?
Aquele que faz o que gosta se frustra menos e tem mais chance de alcançar o sucesso. Dessa
forma, a escolha profissional é multifatorial e influenciada por aspectos políticos,
econômicos, sociais, educacionais, familiares e psicológicos.
Atividade 2 – Trabalhando em Grupo.
Agora que vocês já ouviram a música e leu o texto, organizem-se em três
grupos para fazermos um quadro descritivo dos assuntos que podem ser
abordados a partir da música e do texto, respondendo à seguinte pergunta:
Quais os temas que podemos encontrar na leitura do texto e da letra
da música?
Após, um integrante da equipe deverá vir à frente colar as respostas no quadro.
Observando as respostas de cada grupo:
1) Responda:
Grupo Temas encontrados a partir da música tocada
1
2
3
4
5
a) Houve semelhanças quanto ao(s) tema(s)? Qual (is)?
b) Dos temas elencados, há algum que se relaciona com o momento escolar que você (s) est(á)ão vivendo? Explique
2) Com relação à produção textual, em português, há cinco formas de situar à linguagem: dissertativa, injuntiva, narrativa, descritiva e argumentativa. Nas músicas encontramos quais destas linguagens predominantemente?
3) A partir da resposta anterior, sabemos que os textos possuem personagens. No atual momento da sua vida a qual dos personagens das músicas você se compara? Justifique com frases da música ou do texto.
4) Qual a maior dificuldade para um vestibulando com relação à vida futura?
5) E quanto à realização a prova do vestibular
nsino superior no Brasil teve início no século XIX, com a vinda da família real
portuguesa fugindo da invasão do exército de Napoleão Bonaparte a
Portugal. O processo de inserção era considerado elitista uma vez que
somente tinha acesso aos cursos superiores os filhos da aristocracia colonial que
por causa da guerra não podiam estudar nas escolas europeias. Durante os anos
que se seguiram algumas mudanças foram ocorrendo no processo de seleção de
candidatos aos cursos superiores. Anteriormente as provas de aprovação, ou dos
vestibulares, buscavam o conhecimento apenas dos conteúdos do primeiro ano da
faculdade e eram produzidas por cada instituição, com o passar do tempo tornou-se
uma prova única com todo o conteúdo do currículo do Ensino Médio assim as atuais.
Também não havia prova escrita somente as questões de múltipla escolha a partir
de 1977 com o Decreto nº 79298/77 foi incluída a prova escrita ou prova de redação
sendo muitas vezes considerada como o “terror” dos vestibulandos.
Para saber mais sobre o contexto que antecipou a criação do ensino superior, assista ao vídeo “A História do Ensino Superior no Brasil”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IgNAzruBM64 depois responda às questões:
Atividade 3 – Leitura e oralidade: Apesar de conceder a criação do Ensino Superior no Brasil, o direito ao conhecimento era considerado elitista uma vez que só tinha acesso os filhos da aristocracia colonial que devido à guerra tiveram seus estudos bloqueados, ou seja, não podiam estudar na Europa. Você considera o acesso ao ensino superior no Brasil ainda ocorra de forma elitista? Comente. Você considera a prova de redação o “terror” do vestibular
E
BLOCO 2 - PRODUÇÃO INICIAL
Produção Inicial – A resposta argumentativa e a retextualização como prática pedagógica.
Atividade 4 – Produção Inicial: Agora você vai produzir uma primeira versão da sua resposta argumentativa sobre a questão polêmica ligada ao tema: “Superlotação nos presídios e ações para recuperação dos detentos”:
REDAÇÃO
Instruções
1. Leia com atenção os textos de apoio e as orientações da proposta;(Proposta de Redação do Vestibular Unificado 2014/2015 da Unespar Campus Paranavaí) 2. Produza um texto que tenha com quinze (15) linhas; 3. Escreva com letra legível, ocupe todo o espaço das linhas e respeite os parágrafos; 4. Não fuja ao tema e ao gênero proposto; 5. Use caneta com tinta preta ou azul; 6. Escreva conforme a variedade padrão escrita da língua portuguesa; 7. Evite copiar trechos dos textos de apoio.
Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial do número de presos, com mais de 600
mil encarcerados. Esse dado chama-nos a atenção para a superlotação dos presídios e para a falta de
ações efetivas para a recuperação de detentos.
Como cidadão brasileiro, considerando dois aspectos que envolvem o sistema prisional do Brasil: a
superlotação dos presídios e a reabilitação dos presos, você considera possível mudar de forma
positiva a atual situação do Sistema Carcerário Brasileiro? Para essa pergunta, elabore, em até 15
linhas, uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA, correlacionando esses dois aspectos, com argumentos
consistentes que justifiquem sua posição.
Para comentar criticamente sobre o tema, apresentamos, a seguir, algumas referências que
contextualizam os aspectos a serem considerados no seu texto.
“Com 513.713 presos no sistema prisional e 34.290 em instalações policiais, o Brasil tem hoje 1.478
instituições prisionais com capacidade para comportar 318.739 presos. O déficit de cerca de 230 mil
vagas demonstra o sufocamento de um sistema que opera muito acima do que sua estrutura comporta.
Segundo números compilados pelo ICPS, o Brasil atingiu um nível de ocupação de 171,9% de suas
prisões.”
Excerto da notícia Em 15 anos, Brasil prendeu 7 vezes mais que a média, veiculada na Revista Carta Capital, em 16/01/2014.
http://3.bp.blogspot.com/_h77BLo4MRuM/S8M0K39O6II/AAAAAAAAFbI/vCcf5xcH6F0/s640/charge_presidio_bandido.jpg
Sistema carcerário brasileiro
A ineficiência, as mazelas e o descaso presentes nos presídios superlotados e esquecidos pelo poder público
[...]
A macrocomunidade nos presídios é de conhecimento do poder público, no entanto, cada vez mais a população carcerária
cresce e poucos presídios são construídos para atender à demanda das condenações. A superpopulação nos presídios
representa uma verdadeira afronta aos direitos fundamentais. Nesse aspecto, basta citar o art. 5º, XLIX, da Carta Magna (a
qual assegura aos presos o respeito à integridade física e moral), bem como lembrar que a dignidade da pessoa humana é
um dos princípios basilares da Constituição.
[...]
A falta de ocupação ou de trabalho dos presos vem sendo um grande problema no sistema penitenciário, visto que o
detento ocioso tem tempo para arquitetar as suas maquinações delinquenciais. Diz a sabedoria popular que “cabeça vazia
e mãos desocupadas são as melhores oficinas do diabo”. A ociosidade faz com que os presídios sejam transformados em
base de comando para os detentos, uma vez que eles comandam o crime dentro e fora da prisão. Desse modo, o Estado
gasta dinheiro público, não consegue reabilitar o apenado, e a sociedade continuará sem segurança quando esse recluso
voltar ao seio social. Importante acrescentar que aproximadamente 82% dos detentos no Brasil não trabalham.
Excertos do texto de Sande Nascimento de Arruda. Disponível em:
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogadosleisjurisprudencia/59/artigo213019-1.asp. Acesso em: 20 set. 2014.
Fonte: http://vestibular.unespar.edu.br/menu-do-candidato/redacao-2014_2015.pdf
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NOME:
Módulo 1 – Construindo uma Resposta Argumentativa
Agora que já aprendemos sobre tipos e gêneros textuais, vamos conhecer o
gênero textual Resposta Argumentativa?
esposta Argumentativa é um gênero textual que tem como local de circulação a sala de aula e é base para outros gêneros tais como artigo de opinião e carta do leitor, por trabalhar com argumentação. Faz-se uma pergunta, que o aluno deve responder por meio de uma sequência dissertativo-argumentativa em que se exponha uma tese, comprovando-a com fatos, dados, citações, pesquisas e, posteriormente, exemplificando
os argumentos de modo a convencer o leitor. Para fazer uma boa resposta argumentativa você deve seguir os seguintes passos: a resposta argumentativa não deve ter titulo; identificar as informações principais do texto; escolher as informações que respondem ao comando (seleção); apresentar a afirmação inicial de sua argumentação (tópico frasal);retomar a pergunta (temática); apresentar argumentos que sustentem a afirmação inicial da proposta (justificativa);comprovar os argumentos, por meio de exemplos, comparações, citações de autoridade, dados estatísticos etc.;usar linguagem formal; utilizar a 3ª pessoa.2 O gênero Resposta Argumentativa é elaborado a partir de uma questão polêmica de relevância social, criada em torno de algum fato que foi notícia ou que está em discussão na esfera social, sugerimos que inicie o trabalho com seus alunos fazendo um levantamento das problemáticas e polêmicas sociais em destaque. Faz-se uma pergunta, que o aluno deve responder por meio de uma sequência dissertativo-argumentativa em que se exponha uma tese, comprovando-a com fatos, dados, citações, pesquisas e, posteriormente, exemplificando os argumentos de modo a convencer o leitor.
Fonte: ORTIZ, J. Slideshare. Disponível on line em:< http://pt.slideshare.net/juortis/redaesuem
esposta Argumentativa é um gênero textual que tem como local de
circulação a sala de aula e é base para outros gêneros tais como artigo
de opinião e carta do leitor, por trabalhar com argumentação. Passou a
ser exigida como redação nos concursos vestibulares quando dá incorporação dos
gêneros textuais nas provas escritas discursivas. Anteriormente as provas de
redação tinham como exigência a produção de “tipo de textos”, principalmente o
dissertativo e narrativo. ( Viviane Trombini: Professora de Redação, Literatura e História da Arte em Maringá-PR).
Você sabe qual a diferença entre Tipos de textos e Gêneros Textuais?
R
R
Vamos assistir a um vídeo para aprofundarmos mais no conhecimento dessas formas de redação entre tipos e gêneros (Tipologia Textual ou Gênero Textual, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=EW3pR4SVeeA acesso em 10 dez. 2014.
Atividade 5 – Leitura e Oralidade: Após ler o texto e assistir ao vídeo responda: O que você entendeu entre a diferença de gênero textual e tipo textual?
Atividade 6 – Oralidade: Agora, com seus colegas e com ajuda do seu professor, discuta as seguintes questões. 1-Vocês sabem o que é uma resposta argumentativa? Já leram alguma?
Qual?
2-Em que contexto a resposta argumentativa é produzida?
3-Qual a finalidade da Resposta Argumentativa?
4-Quais são os profissionais que trabalham diretamente ou indiretamente com
a resposta argumentativa?
5-Onde podemos encontrar esse tipo de texto?
( ) rádio
( ) livros didáticos
( ) televisão
( ) jornal
( ) panfletos
( ) internet
( ) revista especializadas
( ) sala de aula
Prática de leitura 2 – Identificando e caracterizando a estrutura do
gênero: resposta argumentativa
ESTRUTURA DA RESPOSTA ARGUMENTATIVA
Acerca da constituição da estrutura textual, geralmente, as respostas argumentativas contém a seguinte estrutura: 1º Parágrafo
Retomada do comendo: resposta contendo posicionamento marcado + argumento + justificativa + comprovação;
2º Parágrafo
Conectivo + argumento + justificativa + comprovação. Reforço do posicionamento inicial.
Observe no texto abaixo os elementos que constituem a estrutura do gênero:
Resposta argumentativa, conforme quadro acima: Tanto o cyberbullying quanto o stalking não apresentam a possibilidade de serem extintos do meio
social atual, porque estão atrelados ao universo virtual, o qual, progressivamente, torna-se o principal
modo de comunicação entre as pessoas. Isso se evidencia ao se observar o crescente uso das redes
sociais, que são veículos de expressão de informações pessoais, as quais estão, com ou sem o
consentimento do dono do perfil, acessíveis a um grande número de usuários da internet e são
objetos de ameaça, perseguição, características ao cyberbullying e ao stalking.
Além disso, acabar com as práticas mencionadas é inviável em função de o meio virtual ser
amplo e os recursos legais ainda deficientes. Muitas vezes, a identificação daqueles que praticam tais
ações é demorada ou até impossível devido aos diversos meios de ludibriação que os algozes
utilizam ao criar páginas que tenham como meta expor negativamente características da pessoa, a
qual, em diversos casos nem sabe da existência desta. Casos como suicídio de Amanda Todd de 15
anos, do Canadá, desencadeado por perseguições em páginas da rede apontam para a gravidade da
situação afinal nenhum criminoso envolvido foi preso. Há, ainda, aqueles que, mesmo discordando
dessa prática, permanecem omissos por medo de ser a próxima vítima. Assim, evidencia-se que não
há como criar expectativas de que não haverá mais prática de cyberbullying nem stalking.
(Adaptado de: Franciele Falavigna. Professora de Redação em Maringá – PR)
Atividade 7- Questões objetivas e subjetivas: 1- Discutindo a estrutura composicional da resposta argumentativa: a) O texto não tem título? Por quê?____________________________________ ______________________________________________________________
01
05
10
15
b) Qual das proposições abaixo consiste na afirmação da tese (tomada de posição do autor) defendida no texto? ( ) ser “o principal modo de comunicação entre as pessoas” (linhas 2 e 3) ( ) “são veículos de expressão de informações pessoais” (linha 4 ) ( ) “estão atrelados ao universo virtual” (linha 2) ( ) “acessíveis a um grande número de usuários da internet” (linha 5) 2- Na tentativa de defender sua opinião, o autor apresenta argumentos para justificar porque o cyberbullying e o stalking são práticas as quais não podem ser extintas do meio social atual. Assinale os argumentos que o produtor usa para justificar sua posição: ( ) “criar páginas que tenham como meta expor negativamente características da vítima, a qual, em diversos casos nem sabe da existência desta” ( ) “é viável em função de o meio virtual ser amplo e os recursos legais ainda deficientes” .( ) “ao se observar o crescente uso das redes sociais, que são veículos de expressão de informações pessoais” ( ) “criminoso envolvido foi preso” 3- De acordo com os quatro itens que um texto argumentativo deve estar estruturado: tese, argumentos, contra-argumentos e conclusão, o texto analisado apresenta todas essas fases? Comente sua resposta. 4- Interpretação de texto a. O que você conhece sobre cyberbullying e stalking?_____________________ ______________________________________________________________ b. Observe o significado da palavra algozes no dicionário.
Fonte: Dicionário on line de português. Disponível em: http://www.dicio.com.br/algoz/
Com que sentido a palavra algozes é utilizada na passagem “que os algozes utilizam ao criar páginas que tenham como meta expor negativamente características da vítima”? (linhas 09 e 10)______________________________ _________________________________________________________________ c. Você já conhecia esta palavra? Em que sentido estava aplicada?______________________________________________________ ______________________________________________________________ d. Porque o autor afirma quanto exposição negativa, que em diversos casos nem a vítima sabe da existência desta?______________________________ ______________________________________________________________ e. No texto, o autor afirma “se evidencia ao se observar o crescente uso das redes sociais, que são veículos de expressão de informações pessoais” (linhas 3 e 4). 5). De acordo com o dicionário, a palavra “veículos” significa:
Qualquer meio de transporte.Tudo o que transmite alguma coisa; condutor: o ar é o
veículo do som.Qualquer meio utilizado para difundir uma mensagem
publicitária.Farmacologia. Líquido que contém em solução ou em suspensão uma
substância nutritiva medicamentosa.
Fonte:DICIONÁRIO. Veículo. Disponível em: < http://dicionarioportugues.org/pt/veiculo f. Com qual desses sentidos a palavra “veículos” foi utilizada no texto?_______ ___________________________________________________________________
stilo linguístico é um mecanismo de textualização, pois na linguagem de um
texto argumentativo, como a resposta argumentativa, o autor objetiva
convencer ou persuadir o leitor ou ouvinte a favor da posição assumida
sobre a temática, exige-se, então, que as partes do texto estejam conectadas e
tenham sentido como um todo? E, para evitar redundância e estabelecer relação
entre as partes do texto emprega -se elementos coesivos que ajudam na construção
da coesão e da coerência textual?
Portanto, para evitarmos redundância e estabelecermos a relação entre as
partes do texto podemos utilizar, por exemplo, a coesão por substituição que
consiste na colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até
mesmo de uma oração inteira.
E
Veja o exemplo
Ele comprou um notebook. Eu também quero comprar um. Ele comprou um computador novo e eu também.
Observe que ocorre uma redefinição, ou seja, não há identidade entre o item
de referência e o item pressuposto. O que existe, na verdade, é uma nova definição
nos termos: um, também.
A frase Eu também quero comprar um, somente tem sentido se relacionada
com a frase Ele comprou um notebook, pois o termo destacado “um”, nesse
fragmento, remete-se a um elemento da frase anterior subentendido: notebook.
Ocorre também a coesão por elipse quando um elemento do texto é omitido
em algum dos contextos em que deveria ocorrer. Exemplo:
-Pedro vai comprar o carro?
- Vai!
Houve a omissão dos termos Pedro (sujeito) e comprar o carro (predicado
verbal), todavia essa omissão não prejudicou nem a correção gramatical nem a
clareza do texto. Exemplo clássico de coesão por elipse.
Fonte: adaptado de http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/mecanismos-de-coesao-parte-ii.html>acesso em 23 nov. 2014
utra forma de fazermos a coesão textual é utilizar os operadores
argumentativos: marcas linguísticas indispensáveis ao desencadeamento
de efeitos, de ações, de comportamentos, de conclusões, ou seja, tais
marcas instigam e direcionam, argumentativamente, os personagens da enunciação.
Dentro da classe de operadores argumentativos, encontramos uma série de
elementos que, no âmbito da gramática normativa, pertencem a várias classes
gramaticais: conjunção, preposição, advérbio, pronome; e outras palavras que,
conforme alguns gramáticos, não se enquadram nas referidas classes. (Blasque,
s/data p.1874 e 1875).
Ao formular os princípios básicos da Semântica Argumentativa, chamou de
operadores argumentativos a um grupo de elementos da gramática, cujo objetivo
fundamental é revelar a argumentatividade inerente a determinados enunciados e
direcioná-los a uma conclusão específica de acordo com as condições de uso.
(Oliveira in: Blasque, 1999, p. 100).
O
Operadores Argumentativos
a)até, mesmo, até mesmo, inclusive: operadores que assinalam o argumento mais forte
dentro de uma escala que direciona para determinada conclusão.
b) : e, também, ainda, nem, não só ... mas também, tanto ... como, além de, além disso,
a par de: operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão.
c)portanto, logo, pois operadores que introduzem uma conclusão relacionada a um
argumento apresentado anteriormente.
d) ou, ou então, quer...quer: operadores que permitem introduzir argumentos alternativos e
levam a conclusões opostas ou diferentes.
e) mais que, tão...como: operadores que estabelecem relações de comparação entre
elementos, visando atingir determinada conclusão.
f)porque, já que, pois: operadores que introduzem uma justificativa ou explicação.
g) mas, porém, contudo, todavia, entre outros, embora ,se bem que, ainda que, posto
que, entre outros: operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões
contrárias.
h) já, ainda, agora: operadores que introduzem conteúdos pressupostos.
i): tudo, todos (afirmação), nada, nenhum (negação) :operadores que, de acordo com a
maneira que foram empregados, podem tanto estabelecer uma conclusão positiva, quanto
uma conclusão negativa.
j) ao menos, pelo menos, no mínimo, no máximo, quando muito. Introduzem um
argumento, deixando a ideia de que há outros argumentos mais fortes
k): assim, desse modo, dessa maneira Confirmam ou ilustram o enunciado anterior
l) de fato, realmente, aliás, também, é verdade que: Servem para generalizar ou ampliar
um enunciado anterior.
m) como, por exemplo. Servem para especificar ou exemplificar o enunciado anterior: • O
Brasil tem ainda muitas oportunidades..
n) ou melhor, de fato, pelo contrário, ao contrário, isto é, quer dizer, ou seja, em outras
palavras. Introduzem uma correção, um esclarecimento, um desenvolvimento ou uma
redefinição do enunciado anterior. (KOCH, 2004 p. 30-44 adaptado)
Palavras Denotativas (ROCHA LIMA, 1972, p. 155. In: Blasque s/data) refere-se às
palavras e locuções que indicam: afirmação (sim),negação (não), , inclusão ( também)
avaliação (quase), designação (eis), explicação (como, a saber), retificação (aliás, isto é),
apreciação modificando a frase (felizmente) (BECHARA, 2004, P.291 in: Blasque s/data)
de situação (afinal, então, etc.), de realce (é que), expletivo (lá, só, ora, que), e de
explicação (a saber, por exemplo) exclusão (apenas, só, somente,) e inclusão (até, mesmo,
também,inclusive).
tiliza-se como outro recurso linguístico para obter uma boa coesão textual o
emprego dos Modalizadores que são todos os elementos linguísticos
diretamente ligados ao evento de produção do enunciado e que funcionam como
indicadores das intenções, sentimentos e atitudes do locutor em relação ao seu discurso.
(KOCH, 1984, p.138).
Os modalizadores apontam as conclusões para as quais os diversos enunciados
podem servir de argumento selecionam os encadeamentos capazes de continuá-los. Os
recursos de modalização, além de representar a si mesmo e ao leitor, o locutor vai
deixando, no texto, pistas de seu ponto de vista em relação ao que diz. Essas pistas
denominadas recursos de modalização, desempenham um importante papel na coerência
argumentativa do texto. De acordo com Fernanda Câmara (2013), são eles:
Adjetivos, substantivos e verbos podem ser usados como comentários do locutor
sobre o conteúdo do que diz. EX. Incrível como as emissoras de TV exploram as
tragédias do Rio de Janeiro.
Substantivos usados no grau aumentativo ou diminutivo, adjetivos e advérbios
usados no grau comparativo ou superlativo → reações afetivas do locutor. EX: A
professora Joilza tem um apartamentaço no alto da Candelária. A UFRN é, ao
mesmo tempo, a mais antiga e mais moderna das instituições de ensino superior
do RN.
Verbos e perífrases verbais que expressam atitudes do locutor diante do que está
sendo dito → certeza, crença, dúvida, desejo, vontade, necessidade. EX: É certo
que tiraremos uma boa nota Tenho certeza de que você vai melhorar. Acho que
você pode aperfeiçoar seu trabalho. É provável que a professora considere nossas
observações. É necessário que o material seja bem apresentável. Que nomeiam
atos da linguagem →ordenar, permitir, negar, indagar, afirmar, pedir, prometer.
Embora pego em flagrante, o rapaz negou a participação no assalto.
Advérbios que traduzem a avaliação do locutor acerca do que diz, pela indicação
do→ grau de certeza e comprometimento com a verdade do que está sendo dito
Realmente, Flávio exige muito dos alunos. →Das circunstâncias, limites e condições
em que se pode tomar o conteúdo como verdadeiro: Intelectualmente, as mulheres
são mais evoluídas. →Das reações emotivas do locutor diante do que diz:
Felizmente, o período de recesso aumentou.
U
Atividades: Compreendendo os recursos linguísticos como mecanismo de textualização
Atividade 8 – Questões objetivas e subjetivas 1 – Releia o trecho abaixo: “(...) os algozes utilizam ao criar páginas que tenham como meta expor negativamente características da pessoa, a qual, em diversos casos nem sabe da existência desta.” (linhas 09 a 11). a) A palavra “desta” (linha 11) – (um pronome demonstrativo) – recupera que informação do texto escrita anteriormente? ( ) os algozes ( ) páginas ( ) vítima ( ) meta b) Observe a palavra “isso” destacada no trecho seguinte: “Tanto o cyberbullying quanto o stalking não apresentam a possibilidade de serem extintos do meio social atual, porque estão atrelados ao universo virtual, o qual, progressivamente, torna-se o principal modo de comunicação entre as pessoas. Isso se evidencia ao se observar o crescente uso das redes sociais, que são veículos de expressão de informações pessoais, as quais estão, com ou sem o consentimento do dono do perfil, acessíveis a um grande número de usuários da internet e são objetos de ameaça, perseguição, características ao cyberbullying e ao stalking”. (linhas 1 a 6). Para compreendermos o sentido da palavra “isso”, temos de localizar duas informações apresentadas, anteriormente, no texto. Quais são elas? Copie-as. ______________________________________________________________________________________________________________________________________ c. Observe os termos destacados nos trecho seguinte: 1. “se evidencia ao se observar o crescente uso das redes sociais, que são veículos de expressão de informações pessoais, as quais estão, com ou sem o consentimento do dono do perfil, acessíveis a um grande número de usuários da internet e são objetos de ameaça, perseguição, características ao cyberbullying e ao stalking”. A qual elemento da frase anterior o termo destacado refere-se?__________ ____________________________________________________________ 2. “ Tanto o cyberbullying quanto o stalking não apresentam a possibilidade de serem extintos do meio social atual, porque estão atrelados ao universo virtual, o qual, progressivamente, torna-se o principal modo de comunicação entre as pessoas”.
Com relação ao termo em destaque, podemos afirmar: ( ) trata-se de uma conjunção usada para reunir orações, indicando causa, explicação ou finalidade ( ) trata-se de um substantivo usado depois de palavra modificadora: artigo ( ) é a junção da preposição por com o pronome interrogativo que, pronome A produção de textos argumentativos, dentre este o gênero Resposta Argumentativa não ocorre sem que haja uma questão polêmica, faz-se necessário analisar a posição assumida pelo autor, os argumentos que ele usa para defender sua opinião e a forma como dialoga com diferentes pontos de vista que circulam sobre a polêmica a) Leia os fragmentos a seguir e assinale a relação de sentido estabelecida pelos termos em destaque: 1. “Muitas vezes, a identificação daqueles que praticam tais ações é demorada ou até impossível devido aos diversos meios de ludibriação que os algozes utilizam ao criar páginas qu e tenham como meta expor negativamente características da pessoa, a qual, em diversos casos nem sabe da existência desta. Casos como suicídio de Amanda Todd de 15 anos, do Canadá, desencadeado por perseguições em páginas da rede apontam para a gravidade da situação afinal nenhum criminoso envolvido foi preso. Há, ainda, aqueles que, mesmo discordando dessa prática, permanecem omissos por medo de ser a próxima vítima”. (linhas 08 a 14). ( ) posicionar contrário a ideia apresentada ( ) omitir uma ideias ( ) comparar duas ideias ( ) incluir uma outra ideia 2. “que são veículos de expressão de informações pessoais, as quais estão, com ou sem o consentimento do dono do perfil,” ( ) indica relação de conclusões opostas ( ) tem valor exemplificativo ( ) introduz argumento decisivo ( ) inclui elemento a favor de um argumento 3. “acabar com as práticas mencionadas é inviável em função de o meio virtual ser amplo e os recursos legais ainda deficientes”. ( ) apresenta a repetição do que foi dito antes ( ) marca uma conclusão em relação a dois enunciados opostos ( ) introduz um argumento em favor de determinada conclusão ( ) anuncia o desenvolvimento do discurso acrescentando um dado novo 4. “ Assim, evidencia-se que não há como criar expectativas de que não haverá mais prática de cyberbullying nem stalking”. ( ) Marca oposição entre duas informações ( ) Acrescenta uma informação ou dado novo ( ) Estabelece relação de justificativa ( ) Exemplifica ou complementa um dado anterior
Módulo 2 – Reconhecendo a base do gênero
Prezados alunos,
Aprendemos anteriormente que os textos não são totalmente homogêneos em si, pois são resultados de combinações entre as diferentes sequências. No gênero Resposta Argumentativa, a sequência predominante é a Argumentativa.
Valoriza-se por compreender e produzir o discurso argumentativo que tem objetivo convencer o interlocutor (leitor) de um ponto de vista acerca de uma questão polêmica. Argumentar é tornar algo verossímil, a partir da lógica interna do próprio discurso. Daí a necessidade de construir, na linguagem e pela linguagem, o “efeito de verdade”, que depende da organização do discurso e do uso de provas e estratégias eficazes para convencer o interlocutor.
Muito cultivada pelos gregos, que dela se valiam para participar da vida pública, a arte de argumentar foi codificada em uma disciplina denominada Retórica. Foi Aristóteles quem primeiro analisou minuciosamente os mecanismos discursivos que faziam as declarações ganharem o valor de verdade no discurso.
Um dos mecanismos reconhecidos desde a Antigüidade grega como apropriados ao discurso argumentativo é sua estruturação em quatro fases sequenciais e integradas:
• a introdução do tema: fase inicial em que se indica o assunto e se assegura o interesse do ouvinte ou leitor;
• a proposição da tese: etapa em que se assume uma posição frente à questão ou tema e se afirma sua importância;
• a argumentação ou prova: etapa em que se apresentam as provas que sustentam o ponto de vista defendido e se invalidam as provas que sustentariam pontos de vista distintos ou contrários;
• o epílogo ou conclusão: etapa final em que, além de fazer uma recapitulação do que foi dito, busca-se garantir a adesão do interlocutor ao ponto de vista defendido.
Enunciados tipicamente argumentativos são estruturados com verbos no presente do indicativo e, mesmo quando construídos na terceira pessoa, trazem marcas da avaliação do locutor acerca do que está sendo dito. Os recursos linguísticos que entram na organização do texto servem ao propósito de comentar o mundo e revelam o comprometimento ideológico do locutor com determinado ponto de vista.
Diferentes gêneros de textos do domínio jornalístico (cartas de leitor, artigos de opinião, editoriais), jurídico, político, filosófico, religioso, didático, acadêmico (debate, seminário, tese, por exemplo) fazem uso do discurso argumentativo.(SOUTO & SOUSA, 2009 p. 5-6)
Maioridade penal e hipocrisia Nossa alma "generosa" dorme melhor com a idéia de que a prisão é reeducativa
Contardo Calligaris
Veja um
exemplo
Um adolescente de 16 anos fazia parte da quadrilha que arrastou o corpo de João Hélio, 6 anos, pelas ruas do Rio. A cada vez que um menor comete um crime repugnante (homicídio, estupro, latrocínio), volta o debate sobre a maioridade penal. (1-INTRODUÇÃO AO TEMA)
Em geral, o essencial é dito e repetido. E não acontece nada. Aos poucos, o horror do
crime é esquecido. Não é por preguiça, é por hipocrisia. Preferimos deixar para lá, até a próxima, covardemente, porque custamos a contrariar alguns lugares-comuns de nossa maneira de pensar. (2-PROPOSIÇÃO DA TESE OU PREMISSA)
A prisão é uma instituição hipócrita desde sua invenção moderna. Ela protege o
cidadão, evitando que os lobos circulem pelas ruas, e pune o criminoso, constrangendo seu corpo. Mas nossa alma "generosa" dorme melhor com a idéia de que a prisão é um empreendimento reeducativo, no qual a sociedade emenda suas ovelhas desgarradas.
A versão nacional dessa hipocrisia diz que a reeducação falha porque nosso sistema carcerário é brutal e inadequado. Essa caracterização é exata, mas qualquer pesquisa, pelo mundo afora, reconhece que mesmo o melhor sistema carcerário só consegue "recuperar" (eventualmente) os criminosos responsáveis por crimes não-hediondos. Quanto aos outros, a prisão serve para punir o réu e proteger a sociedade.
Essa constatação frustra as ambições do poder moderno, que (como mostrou Michel Foucault em "Vigiar e Punir") aposta na capacidade de educar e reeducar os espíritos. A idéia de apenas segregar os criminosos nos repugna porque diz que somos incapazes de convertê-los. Detalhe: Foucault denunciou (com razão) a instituição carcerária, mas, na hora de propor alternativas (conferência de Montreal, em 1975), sua contribuição era balbuciante.
Em geral, para evitarmos admitir que a prisão serve para punir e proteger a sociedade (e não para educar), muda-se o foco da atenção: "Esqueça a prisão, pense nas causas".
Preferimos, em suma, a má consciência pela desigualdade social à má consciência por punir e segregar os criminosos. Ora, a miséria pode ser a causa de crimes leves contra o patrimônio, mas o psicopata, que estupra e mata para roubar, não é fruto da dureza de sua vida.
Por exemplo, no último número da "Revista de Psiquiatria Clínica" (v.33, 2006), uma pesquisa de Schmitt, Pinto, Gomes, Quevedo e Stein mostra que "adolescentes infratores graves (autores de homicídio, estupro e latrocínio) possuem personalidade psicopática e risco aumentado de reincidência criminal, mas não apresentam maior prevalência de história de abuso na infância do que outros adolescentes infratores".
A má consciência por punir e segregar é especialmente ativa quando se trata de menores criminosos, pois, com crianças e adolescentes, temos uma ambição ortopédica desmedida: queremos acreditar que podemos educá-los e reeducá-los, sempre e rapidamente, viu?
No fim de 2003, outra quadrilha, liderada por um adolescente, massacrou dois jovens, Liana e Felipe, que passavam o fim de semana numa barraca, no Embu-Guaçu. Depois desse crime, na mesma "Revista de Psiquiatria Clínica" (v.31, 2004), Jorge Wohney Ferreira Amaro publicou uma crítica fundamentada e radical do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Resumindo suas conclusões: ou o menor é consciente de seu ato, e, portanto, imputável como um adulto; ou seu desenvolvimento é incompleto, e, nesse caso, nada garante que ele se complete num máximo de três anos; ou, então, o jovem sofre de um
Transtorno da Personalidade Anti-Social (psicopatia), cuja cura (quando acontece) exige raramente menos de uma década de esforços. (3-ARGUMENTAÇÃO OU PROVA)
Em suma, a maioridade penal poderia ser reduzida para 16 ou 14 anos, mas não é
isso que realmente importa. A hipocrisia está no artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente, segundo o qual, para um menor, "em nenhuma hipótese, o período máximo de internação excederá a três anos".
Ora, a decência, o bom senso e a coerência pedem que uma comissão, um juiz especializado ou mesmo um júri popular decidam, antes de mais nada, se o menor acusado deve ser julgado como adulto ou não. Caso ele seja reconhecido como menor ou como portador de um transtorno da personalidade, o jovem só deveria ser devolvido à sociedade uma vez "completado" seu desenvolvimento ou sua cura ― que isso leve três anos, ou dez, ou 50. São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2007 (4-CONCLUSÃO) Disponível em http://www.blogdoalon.com/ftp/callig.pdf. Acesso em 5 abr. 2010. 1- Introdução (proposta ou tema) ― O envolvimento de um adolescente no assassinato de um menino de 6 anos reacendeu mais uma vez o debate sobre a maioridade penal. 2- Tese (ou proposição) ― A hipocrisia e a dificuldade de contrariar lugares-comuns impedem-nos de refletir e agir de forma autêntica frente ao problema da responsabilidade penal de pessoas responsáveis por crimes hediondos. 3- Argumentação (ou prova) ― Ao contrário do que o discurso moderno procura afirmar, a prisão não reeduca os criminosos, mas os segrega para proteger o cidadão. Para não admitir o caráter punitivo da prisão, preferimos desviar nossa atenção para a miséria como suposta causa de todos os crimes, inclusive os hediondos. A consciência da ineficácia da prisão e o sentimento de culpa por punir crianças e adolescentes que praticaram crimes nos impedem de considerar a necessidade de privá-las de liberdade o tempo necessário para que completem seu desenvolvimento ou se curem de transtornos graves de personalidade. 4 - Conclusão ― O que importa não é reduzir a maioridade penal, mas modificar o artigo do ECA que proíbe a reclusão de menores por mais de três anos.(SOUTO & SOUSA, 2009 p. 6-8)
A argumentação tem enorme importância na nossa vida cotidiana. Utilizamos
a argumentação para justificar nossos pensamentos ou comportamentos, para
convencer outras pessoas ou influenciar a opinião delas, por exemplo.
Como vimos em um texto argumentativo, encontramos a tese e os
argumentos. A tese que é a opinião que alguém defende constitui a ideia principal
do texto, sustentada por uma série de argumentos. A tese ocupa um lugar de
destaque. Em geral, fica no início do texto, como ponto de partida, ou no final, como
conclusão. Portanto, os argumentos são as razões que servem para defender a tese
e o tema é a delimitação do assunto sobre o qual se escreve.
TEMA
TESE
ARG1 ARG 2 ARG 3
Prática de leitura 2 – Identificando a estrutura e as marcas linguísticas do texto argumentativo.
Atividade 9 – Relacione as colunas e identifique as marcas linguísticas
1- Leia o texto abaixo depois relacione as colunas conforme se pede:
A criança que você pôs no mundo pesa dez libras. É feita com oito libras de água e um punhado de carbono, cálcio, azoto, sulfato, fósforo, potássio e ferro. Você deu a luz a oito libras de água e duas libras de cinzas. Assim cada gota de seu filho era o vapor da nuvem, o cristal da neve, da bruma, do orvalho, da água nascente e da lama de um esgoto. Milhares de combinações possíveis de cada átomo de carbono ou de azoto. Você apenas reuniu o que já existia.
Olhe a terra suspensa no infinito. O Sol, seu próximo companheiro, está a cinquenta milhões de milhas. Nosso pequeno planeta não e mais que três mil milhas de fogo recoberto por uma película que tem apenas dez milhas. Sobre esta fina película, um punhado de continentes jogados entre os oceanos. Sobre estes continentes, no meio das árvores, arbustos, pássaros, animais – o ruído dos homens.
Entre estes milhões de homens, está você, que deu a luz a um homem mais. O quê é ele? Um galhinho, uma poeira – um nada. E tão frágil que uma bactéria pode matá-lo; uma bactéria que aumentada mil vezes e apenas um ponto no campo visual.
Mas este nada e irmão das vagas do mar, do vento, do relâmpago, do sol, da via Láctea. Este grão de poeira e irmão da espiga do milho, da relva, do carvalho, da palmeira, irmão de um passarinho, do filhote do leão, de um potrinho, de um cãozinho.
Este grão encerra em seu pensamento as estrelas e os oceanos, as montanhas e os precipícios. E o que e a essência da alma senão todo universo, faltando apenas as suas dimensões. E esta a contradição inerente ao ser humano: nascido de um quase nada, deus esta nele. (Korczak, J. Como amar uma criança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984. In: Blog Passei Direto, s/data, p. 9)
(1) Tema (2) Tese (3) Argumentação
( ) A natureza do homem se afigura dual e contraditória – sua pequenez e fragilidade no universo e flagrante, mas a grandiosidade de sua alma, única. ( ) Como definir o ser humano em relação aos outros seres e ao cosmos. ( ) O homem, apesar de ínfimo no cosmos e composto da mesma matéria que os demais seres e objetos que o cercam, e único, pois pode encerrar o mundo em si com sua capacidade de sentir e de pensar. 2) Leia os textos abaixo e identifique marcas linguísticas típicas do discurso dissertativo: a) Dentre os artigos e discussões sobre meninos de rua, 99% referem-se ao estatuto da criança e demais remédios para cuidar deles. Somente 1% se refere à prevenção. Concordamos com as causas mais comuns apontadas: desigualdade na distribuição de renda, fatores familiares, educação, saúde, saneamento básico, êxodo rural, etc. Concordamos também que devemos cuidar das crianças abandonadas. No entanto, não concordamos que quase se inclua nas discussões o planejamento familiar, que e a prevenção fundamental. b) Há muitas formas de violência, desde as mais brandas [...] até as que deixam a sociedade estarrecida. O Projeto de Lei que transforma em crime o assédio sexual e um avanço considerável para coibir o primeiro tipo de violência. Sabemos que o assédio sexual pode se transformar num problema mais grave [...] e que se manifesta mais claramente nas relações de trabalho. Mas não só. O Projeto ataca necessidades muito menos evidentes que as que se manifestam quando há uma relação hierárquica entre assediado e assediador. [...] Refiro-me as humilhações a que um número imenso de mulheres tem que se submeter, diariamente, nos transportes coletivos [...] ou simplesmente andando na rua. Refiro-me ao constrangimento de ver um desconhecido fazendo gestos obscenos, sem que se possa fazer nada. [...] O Projeto da Senadora Benedita da Silva, tal como esta, configura-se não como uma ação jurídica, mas como uma ação pedagógica, que obrigara a sociedade brasileira a redimensionar seus conceitos de liberdade e respeito. (Blog Passei Direto, s/data, p. 9-10) Prática de leitura 3 – identificando-compreendendo a ideia/tema do texto e
inferindo os argumentos.
Atividade 10- Esquema argumentativo 1- Nos parágrafos abaixo, sublinhe a tese e coloque os argumentos entre
parênteses:
a) As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram às responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão. (Opinião, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp) b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na América do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drástica repressão às oposições e dissidências, com a adoção da tortura e da perseguição como política de governo. Ao fim desses regimes autoritários adotaram-se formas semelhantes de transição com a aprovação das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes públicos. (Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica) c) Todos os palestrantes concordaram que a participação da sociedade civil é fundamental para que qualquer debate sobre a comunicação avance no Congresso. “Se dependermos apenas do conservadorismo da Câmara e do Senado, será muito difícil avançar”, discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vínculos ou até mesmo são proprietários de meios de comunicação. “Até os Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monopólios e define que quem tem rádio não pode ter televisão, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas”. (Ricardo Carvalho. Regulação da mídia é pela liberdade de expressão. Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao) d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, não é necessário que o Brasil lance mão de práticas baseadas no uso de agrotóxicos e mudanças genéticas para alimentar a população. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua população e este tipo de artifício não é necessário. A lógica dessa utilização é a do capital em detrimento do respeito ao cidadão e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade", protesta. (Raquel Júnia. Agronegócio não garante segurança alimentar. Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/) e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualização sobre a dinâmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notícia é veiculada por esses meios é clara, garantindo a complementaridade da construção do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didáticos. O apoio didático representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os
cerca. (Ana Regina Bastos - Revista Eletrônica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html) Fonte: (ROQUE, 2011. In: http://portugues2011pvs.blogspot.com.br/2011/04/atividade-
extra-texto-argumentativo.html) Prática de leitura 4 – A interação e a verificação textual
Atividade 11 – Perguntas Descritivas
Usar água sim; desperdiçar nunca
O verão veio bravo. Ninguém aguenta o calor. É tempo de piscina, praia, refrescos, sorvetes e muito desperdício de água.
Esse mau hábito não é novo. Ao ler uma instrutiva reportagem publicada pelo "Estado" (6/2/2006), fiquei estarrecido ao saber que o consumo por pessoa em São Paulo é de 200 litros por dia, bem superior aos 120 litros recomendados pela ONU.
Em 2005, o consumo de água na região da Grande São Paulo aumentou 4% em relação a 2004. Só em dezembro, foram consumidos 128 milhões de metros cúbicos de água - o maior consumo desde 1997.
É uma soma fantástica e sinalizadora de muito desperdício. Os repórteres responsáveis pela reportagem mencionada "flagraram" muitas pessoas lavando as calçadas com mangueira a jato em lugar de vassoura. Trata-se de um luxo injustificável. No consumo doméstico, cerca de 72% da água são gastos no banheiro e, neste, o chuveiro responde por 47%. Os banhos exageradamente demorados desperdiçam água e energia elétrica. É verdade que o asseio é uma das virtudes dos brasileiros e devemos conservá-la. Mas não há necessidade de ficar meia hora debaixo do chuveiro para manter a boa higiene. Quando estudei nos Estados Unidos, há mais de 50 anos, a dona da república onde morava, uma senhora franzina e de cara muito fechada, me fez pagar uma sobretaxa de aluguel porque sabia que, como brasileiro, eu estava acostumado a tomar banho todos os dias e a "gastar" muita água. Na época, garoto novo, achei a mulherzinha um monstro de avareza. Hoje, vejo que todas as nações do mundo precisam economizar água.
O Brasil é um país abençoado por possuir cerca de 20% da água do mundo. Isso é um privilégio quando se considera que só 3% da água do planeta é aproveitável e que mesmo esses 3% não são imediatamente utilizáveis, porque uma grande parte está nas geleiras longínquas e em aqüíferos profundos. Na verdade, a quantidade de água que pode ser usada para alimentar os seres vivos, gerar energia e viabilizar a agricultura é de aproximadamente 0,3%.
Desse ponto de vista, a água é um bem escasso. Não é porque temos 20% da água do mundo que podemos perdê-la irresponsavelmente. O uso da água precisa ser racionalizado, em especial nas grandes aglomerações urbanas, onde os mananciais não dão conta de atender a população.
O Brasil já possui uma lei das águas, promulgada em 1997, cujo objetivo central é o de "assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água". Recentemente, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou o Plano Nacional de Recursos Hídricos, com vistas a induzir o uso racional da água
Tais instrumentos são importantes. Mas o Brasil ganhará muito se as escolas e as famílias ensinarem as crianças a não repetirem os desperdícios praticados pelos adultos.
Comece hoje a ensinar seus filhos e netos. E, sobretudo, dê o bom exemplo. Afinal, para mudar hábitos, os exemplos e a educação são peças-chave.
Por Antônio Ermírio de Moraes 17 de Fevereiro de 2006 Fonte: Folha de S.Paulo. In: Pereira (2014)
1) Após ler os textos com muita atenção, responda:
a) Escreva o título do texto, seu autor e veículo de publicação.
b) O autor começa o texto com as coisas boas que as pessoas fazem no verão. Na sequência faz um comentário que quebra a expectativa do leitor.
Qual é esse comentário?
Qual é o efeito dessa quebra de expectativa?
c) Qual é a tese defendida por Antônio Ermírio? Copie o parágrafo em que essa ideia é expressa.
d) Para convencer o leitor, o autor contrariou uma justificativa bastante usada pelos brasileiros para os banhos demorados.
e) Identifique no texto que justificativa é essa e qual argumento o autor utilizou para refutar tal justificativa?
f) Quais os argumentos utilizados pelo autor para combater a idéia que no Brasil não é necessário economizar água?
g) Qual a sua opinião sobre o assunto? Escreva no mínimo um parágrafo,
argumentando sobre seu ponto de vista. (Fonte: PEREIRA, 2014) Prática de leitura 5 :O discurso argumentativo
Lembre-se
Vários tipos de argumento podem ser usados para convencer e influenciar leitor:
entre os mais frequentes estão argumento baseado na autoridade, o argumento
baseado no consenso, o argumento baseado em provas concretas e o argumento
que se constrói com base no raciocínio lógico.
Tipos de Argumentos
Argumento de autoridade: ajuda a sustentar o ponto de vista, pois lança mão da voz de um especialista, uma pessoa respeitável (líder, artista, político) ou uma instituição de pesquisa considerada autoridade no assunto em debate. Ex: O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca
vistos antes. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época, 14/04/2004)
Argumento por exemplificação: pretende-se levar o leitor a admitir a tese ou a
conclusão justificando-a por meio de exemplos de um fato ocorrido, mostrando que aquilo que se defende é válido. Ex: Vejam os exemplos de muitas experiências positivas — Jundiaí (SP), Campinas
(SP), São Caetano do Sul (SP), Campina Grande (PB) etc. — sistematicamente ignoradas pela grande imprensa. Tantos exemplos levam a acreditar que existe uma tendência predominante na grande imprensa do Brasil de só noticiar fatos negativos.
Argumento por comparação: O argumentador pretende levar o leitor a aderir a sua tese mostrando diferenças e semelhanças entre dois lados que pensam diferentes. Ex: A quebra de sigilo nas provas do Enem 2009, denunciada pela imprensa, nos faz
indagar quem seriam os responsáveis. O sigilo de uma prova do Enem deve pertencer ao âmbito das autoridades educacionais — e não da imprensa. Assim como a imprensa é responsável por seus próprios sigilos, as autoridades educacionais devem ser responsáveis pelo sigilo do Enem.
Argumento de provas concretas ou de princípio: comprova seus argumentos com informações contestáveis: dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios. Ex: De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) de 2008,
o telefone, a televisão e o computador estão entre os bens de consumo mais adquiridos pelas famílias brasileiras. Esses dados mostram que boa parte desses bens de consumo é ligada ao desejo de se comunicar. A presença desses três meios de comunicação entre os bens mais adquiridos pelos brasileiros é uma evidência desse desejo.
Argumentação por causa e consequência: a tese ou a conclusão é aceita justamente por ser uma causa ou uma consequência dos fatos apresentados, ou seja, um fato ocorre em decorrência de outro. Ex: Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o
automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica. São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é
piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. Fonte: BLOG Trocando experiências do conhecimento, 2014
EXEMPLO: Tema: Televisão
Argumentação por exemplificação
Já foi criada até uma campanha – "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" – para que sejam divulgados os nomes das empresas que anunciam nos programas que mais recebem denúncias de desrespeito aos direitos humanos. O mais importante nessa iniciativa é que a participação da sociedade, que pode abandonar a passividade e interferir na qualidade da programação que chega às casas dos brasileiros.
Argumentação histórica
Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando chegou ao país, há pouco mais de meio século, fosse com educação, informação e entretenimento. Não se pode negar que ela evoluiu – transformou-se na maior representante da mídia, mas em contrapartida esqueceu-se de educar, informa relativamente e entretém de maneira discutível.
Argumentação por constatação
Para além daquilo que a televisão exibe, deve-se levar em conta também seu papel social. Quem há não renunciou um encontro com amigou ou a um passeio com a família para não perder a novela ou a participação de algum artista num programa de auditório? Ao que tudo indica, muitos têm elegido a tevê como companhia favorita.
Argumentação por comparação
Enquanto países com Inglaterra e Canadá têm leia que protegem as crianças da exposição ao sexo e à violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle efetivo sobre a programação. Não é de surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma forma de censura sobre a TV aberta.
Argumentação por testemunho
Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o que a televisão tem de mais fascinante para quem a faz é justamente o que ela tem de mais nocivo para quem a vê: sua capacidade aparentemente infinita de massificação". De fato, mais de 80% da população brasileira tem esse veículo como principal fonte de informação e referência. Fonte: BLOG
Trocando experiências do conhecimento, 2014
Prática de leitura 6 – A seleção argumentativa e a inferência textual do aluno leitor.
Atividade 12 – Classificação
1) Considerando as definições dadas, classifique os argumentos:
a) Ao se desesperar num congestionamento em São Paulo, daqueles em que o automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que, por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância histórica. São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos. (Adaptado de Folha de S. Paulo. 01/10/2000) Tipo de argumento: ______________________________ b) “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época, 14/04/2004) Tipo de argumento: _______________________________ c) O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia” (VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000). Tipo de argumento: _________________________________ d) A mulher de hoje ocupa um papel social diferente da mulher do século XIX. Tipo de argumento: _________________________________ e) A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso cotidianas caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo? Um rápido olhar sobre nossas práticas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades. Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não “funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo. (Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto) Tipo de argumento: ___________________________________
f) O homem depende do ambiente para viver. Tipo de argumento: __________________________________ g) São expedientes bem eficientes, pois, diante de fatos, não há o que questionar...
No caso do Brasil, homicídios estão assumindo uma dimensão terrivelmente grave.
De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo IBGE, sua taxa mais que
dobrou ao longo dos últimos 20 anos, tendo chegado à absurda cifra anual de 27 por
mil habitantes. Entre homens jovens (de 15 a 24 anos), o índice sobe a incríveis 95,6
por mil habitantes. (Adaptado de Folha de S. Paulo)
Tipo de argumento: _____________________________________
h) O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca
vistos antes. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” - a famosa frase-conceito
do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130
milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado. (Adaptado de Época)
Tipo de argumento: ______________________________________
i) A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é
propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a
corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que
assegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo? Um rápido olhar sobre nossas
práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias
intensidades. Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo,
a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando
trabalhos “para fora”, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à
instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os
salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por
melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não
“funcionam”. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que
faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra
ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de
algum ladrão pé-de-chinelo.
(Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto)
Tipo de argumento: _______________________________________ j) Ao se desesperar num questionamento em São Paulo, daqueles em que o
automóvel não se move nem quando o sinal está verde, o indivíduo deve saber que,
por trás de sua irritação crônica e cotidiana, está uma monumental ignorância
histórica. São Paulo só chegou a esse caos porque um seleto grupo de dirigentes
decidiu, no início do século, que não deveríamos ter metrô. Como cresce dia a dia o
número de veículos, a tendência é piorar ainda mais o congestionamento – o que
leva técnicos a preverem como inevitável a implantação de perigos.
(Adaptado de Folha de S. Paulo)
Tipo de argumento: ____________________________________ Fonte: BLOG Trocando experiências do conhecimento, 2014
Prática de leitura 7 – A interação e verificação textual: Despertando o
senso crítico do aluno.
Com vimos vários tipos de argumento podem ser usados para convencer e influenciar leitor: entre os mais frequentes estão argumento baseado na autoridade, o argumento baseado no consenso, o argumento baseado em provas concretas e o argumento que se constrói com base no raciocínio lógico. O filme “O grande desafio” demonstra esses tipos de argumentos utilizados em momentos práticos por meio de uma competição. Atividade 13- Vídeo: Assista ao filme e apresente, no mínimo, dois argumentos reiterando seu respectivo tipo de argumento. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4tJiimHYDe0
Fonte: Domínio público
FILME
“O GRANDE DESAFIO”
Denzel Washinton Forest Whitaker
Quando todo um país passava por dificuldades ele inspirou pessoas a nos dar esperança
Baseado em história real
Módulo 3 – Argumentar – um pouco desta história
Reconhecer as fases da sequência argumentativa que predominam nos textos de opinião
Atividade 14- Oralidade:
Alunos, os textos estudados expõem opiniões, a visão do leitor sobre um determinado ponto de vista. No Brasil, é possível expor sua opinião sem correr o risco sofrer sanções? Vocês já ouviram falar em “Liberdade de Expressão”
LIBERDADE DE EXPRESSÃO É O DIREITO DE TODO E QUALQUER INDIVÍDUO DE MANIFESTAR SEU PENSAMENTO, OPINIÃO, ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO, SEM CENSURA, COMO ASSEGURADO PELO ARTIGO 5° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXPRESSAR-SE VAI MUITO ALÉM DE SABER USAR AS PALAVRAS É USAR OS SENTIDOS. O HOMEM DURANTE VAI MUITO ALÉM DE SABER USAR AS PALAVRAS É USAR OS SENTIDOS. O HOMEM DURANTE SUA HISTÓRIA FOI DESENVOLVENDO VÁRIAS FORMAS DE EXPOR SEUS PENSAMENTOS, TAIS COMO: A LINGUAGEM CORPORAL DOS GESTOS, AS PINTURAS E OS DESENHOS, OS SONS DA FALA, A REPRESENTAÇÃO ESCRITA E A MODELAGEM DAS ESCULTURAS. Fonte: Pires (2011) Disponível online em<
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10790&revista_caderno=9>acesso em 06 dez. 2014
Imagem disponível em:< http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=75&evento=2> acesso em 06 Dez 2014
Numa época em que a liberdade de expressão é coibida, nada mais criativo que expressar desejos e anseios através da música. A Ditadura Militar que o Brasil viveu, entre os anos de 1964 e 1985, fez com que músicas se tornassem hinos e verdadeiros gritos de liberdade aos cidadãos oprimidos e sem possibilidade de se expressar como desejavam. Através de letras complexas e cheias de metáforas, elas traduziam tudo o que sentiam. Além disso, os festivais de MPB, auxiliaram na divulgação das canções tornando-as ainda mais populares. Fonte: MANS (2014)
Você já havia ouvido falar da ditadura militar? Comente.
Na história da humanidade, há muitos episódios que relatam a proibição da
liberdade de expressão também conhecida como censura. A censura é tão antiga quanto
à sociedade humana. Para algumas pessoas ela representa a violação do direito de livre
expressão; ou um instrumento necessário à defesa dos princípios morais. A censura
existe, de alguma forma, em todas as comunidades humanas, presentes ou passadas e
em qualquer parte do mundo.
De forma política, moral ou religiosa, a censura baseia-se em certos princípios reunidos
em uma ideologia pré-definida que orienta sua atividade fiscalizadora e/ou repressora.
No entanto, em alguns casos, ela tem servido para encobrir interesses particulares de
pessoas ou de grupos.
Exerce-se a censura por meio do exame e da classificação do que se considera imoral,
crime, pecado, heresia, subversão ou qualquer outro ato suscetível de supressão e/ou
punição exemplar.
Do ponto de vista da forma pela qual é exercida, a censura pode ser preventiva,
repressiva e indireta. Censura prévia ou preventiva é o direito que tem o governo de
exercer vigilância sobre a publicação de livros ou periódicos, assim como da encenação
de peças teatrais, fora da intervenção dos tribunais. Em muitos países, no entanto, a
censura ao texto impresso é feita após a publicação, de acordo com o princípio segundo
o qual o cidadão deve assumir a responsabilidade de seus atos. Nesses casos, a censura
chama-se punitiva ou repressiva.
A Grécia antiga foi à primeira sociedade a elaborar uma justificativa ética para a censura,
com base no princípio de que o governo da pólis (cidade-estado) constituía a expressão
dos desejos dos cidadãos, e que portanto podia reprimir todo aquele que tentasse
contestá-lo. Mesmo na sociedade ateniense, mais liberal, alguns delitos de opinião
podiam ser punidos com a morte, como prova a execução de Sócrates, obrigado a beber
cicuta ao ser condenado por irreligiosidade e corrupção dos jovens. O respeito a alguns
princípios de ordem parecia tão arraigado na sociedade de Atenas, que até mesmo
Platão, discípulo de Sócrates, defendia a censura como um dos requisitos essenciais ao
governo.
Durante todo o período medieval as autoridades eclesiásticas impuseram uma rígida
concepção do mundo, com base em princípios que se queriam eternos e imutáveis.
Depois da Reforma Cristã Protestante. A Igreja Católica publicou obras cuja leitura era
terminantemente proibida aos fiéis. Nos países protestantes, as proibições não se
limitavam aos livros católicos, mas também aos de outras igrejas reformadas..
No mundo moderno alguns fatores impuseram várias modificações no conceito de
censura. Tal processo foi fruto de um longo trabalho de educação que permitiu um
espírito crítico mais aguçado; a disseminação de obras, desde as artísticas às de
informação, como as enciclopédias, diminuíram o grau de desinformação e minimizaram
superstições e preconceitos.
Mesmo assim, o século XX assistiu ao nascimento e derrota de regimes tragicamente
autoritários, em que a censura teve uma atuação patológica pelo rigor com que foi
exercida e pela virulência de seus princípios. Assim ocorreu na Europa, com o governo
nazista na Alemanha, fascista na Itália, franquista na Espanha e salazarista em Portugal.
O movimento da contracultura e pelos direitos civis, nascido nos Estados Unidos e
disseminado em todo o mundo, trouxe uma mudança radical de padrões e valores, que
muito contribuiu para o fortalecimento da democracia. No Brasil, a não ser por breves
períodos, a censura acompanhou de perto nossa história desde o período colonial.
Na república, a repressão agravou-se no governo Vargas, em que a censura prévia
determinava até mesmo o noticiário. Com a queda da ditadura, a censura retraiu-se,
chegando ao mínimo no governo de Juscelino Kubitschek, fase mais liberal de toda a
história brasileira até aquela data. Mas o governo militar instituído em 1964 trouxe de
volta os exageros da censura, que chegou a proibir a exibição do balé Bolshoi e a venda
das gravuras eróticas de Picasso. A constituição de 1988 aboliu totalmente a censura.
Fonte: Adaptado de (NETO, 2014) Atividade 16 – Leitura e escrita: Ouça agora a música ‘’Ponteio’’, de Edu Lobo, cantado por Carla Casarim, Lívia Itaborahy e Nanda Garcia participantes do The Voice Brasil 2014 da Rede Globo de Televisão e observe como a música dialoga com os textos constantes dos itens Curiosidade e Você sabia? Disponível em <
http://gshow.globo.com/programas/the-voice-brasil/programa/noticia/2014/11/batalha-de-tres-carla-casarim-ganha-de-livia-itaborahy-e-nanda-garcia.html
Ao analisar a letra da música você vê consegue fazer referência ao item você
sabia? Em caso afirmativo em que trecho?
Nota-se, também que o eu - lírico mostra um desejo de tocar sua viola, mas é impedido pelo tempo mudado. Que tempo mudado seria este?
Devido a este tempo mudado, o eu - lírico teria que procurar um novo lugar
para depositar seus desejos e anseios, representado pelo refrão: “Quem me
dera agora eu tivesse a viola pra cantar“. A que tipo de forma de expressão ele se dirige?
Pesquisa a importância dessa forma de expressão na época da Ditadura
Militar no Brasil
A história da censura encontra-se estreitamente ligada a argumentação. Tomada desde a antiguidade como seu objeto de estudo da Filosofia: a ação contradizer e refutar, de debater e procurar a verdade, de falar e persuadir pelo ato da fala conhecido como Retórica e de pensar e raciocinar, como a Lógica.
Na antiguidade clássica um dos primeiros filósofos que terá ensinado a arte de refutar foi Zenão. Os sofistas foram mestres na arte de contradizer e persuadir. Sócrates numa reação ao mau uso da dialética ensina a arte de argumentar em busca de verdade. Acredita-se que este filósofo viu na argumentação o instrumento privilegiado para formação de espíritos críticos. No entanto, foi Aristóteles quem teorizou e sistematizou com maior rigor o campo da argumentação na obra titulada “Os Tópicos”. Fonte: http://acabar.no.sapo.pt/Tx_Hist-Arg.pdf ( adaptado) Atividade 17 – Fórum de discussões: Em um mural exposto no pátio da escola
previamente preparado, solicite aos alunos expor sua opinião a respeito da questão
“liberdade de expressão”.
FÓRUM DE DISCUSSÃO
“Liberdade de expressão, eis a razão:
Sempre somos livres para falarmos ou escrevermos o que bem entendermos?
Comente”.
Para acrescer a noção de argumentação sugerimos que leve, à sala de aula, jornais e revistas para os alunos lerem e encontrarem, nestes veículos, textos com base argumentativa. Se a escola possuir laboratório de informática e internet, os alunos também podem procurar exemplos de textos da tipologia textual argumentativa que circulam em web sites. Chame a atenção sobre quais são, onde são encontrados e como podemos identificá-los. Atividade 18 – Pesquisa na Web: Agora que já aprendemos sobre a argumentação vamos pesquisar alguns textos que fazem uso dessa tipologia textual. Registre sua pesquisa no espaço abaixo:
GÊNERO ______________________________________
CARACTERÍSTICAS ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Bloco 3 - PRODUÇÃO FINAL: A prática da leitura e a retextualização
Atividade 19 – Retextualização
Agora, com o conhecimento da estrutura, da linguagem e dos mecanismos linguísticos que envolvem a produção de uma resposta argumentativa, faremos uma refacção do texto produzido no início das atividades. Em seguida, faremos a comparação dos dois textos.
Procure os problemas existentes em seus textos para depois, produzirem um texto limpo, coerente, pronto para ser entregue ao professor.
REDAÇÃO
A coletânea de textos a seguir aborda a questão do uso de animais em experimentos científicos. Tendo-a como apoio, redija os gêneros textuais solicitados. (Proposta de Redação Vestibular Verão 2014 da Universidade Estadual de Maringá – UEM –PR)
TEXTO 1
Necessidade do uso de animais em testes gera divergências entre ativistas e pesquisadores
por Caroline Menezes A invasão do Instituto Royal, no interior de São Paulo, por ativistas para o resgate de cães da raça beagle que estariam sofrendo maus tratos, ampliou o debate sobre os limites do uso de animais em testes de remédios, vacinas e demais pesquisas e estudos científicos. Mesmo sem a confirmação, até o momento, de que os cães do Instituto eram realmente maltratados, o caso virou destaque na grande maioria dos jornais e das revistas. (Disponível em <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2013/11/necessidade-do-uso-de-animais-em-testes-geradivergencias-entre-ativistas-e-pesquisadores>. Acesso em 22/08/2014.)
TEXTO 2
Sociedade Protetora critica uso de animais em pesquisas científicas Por Thiago Ramari
A Sociedade Protetora dos Animais de Maringá (Spam) não concorda com a utilização de animais para a realização de pesquisas e para dar suporte ao ensino. Segundo a presidente da Spam, Maria Eugênia Costa Ferreira, a metodologia é ultrapassada e poderia ser substituída. Ela defende que, como existe hoje conhecimento suficiente sobre as substâncias químicas, sabe-se quais delas são capazes de matar antes de serem utilizadas. Assim, poderiam ser testadas diretamente em pessoas que se predispusessem a participar do experimento. Quanto ao ensino, ela considera que a internet é uma alternativa. “Não é mais preciso dissecar um animal para ver como é por dentro”, afirma. “Na Inglaterra, por exemplo, essa prática é proibida”. Além do mais, ela levanta outro questionamento: “será mesmo que os resultados obtidos com a pesquisa em roedores e cães servem para as pessoas?” Para a presidente da Spam, não. “Isto não é pesquisa avançada e, sim, atrasada.” Maria Eugênia protesta também contra a repetição de experimentos. De acordo com ela, muitas universidades insistem em realizar pesquisas cujos resultados já foram obtidos por outras instituições. Dessa forma, mais animais são sacrificados – todos desnecessariamente. “As cobaias são induzidas a ter uma doença e têm de passar por operações”,afirma. “Não achamos que isso seja ético.” (Disponível em <http://www.odiario.com/noticias/imprimir/201646>. Acesso em
22/08/2014.)
TEXTO 3 Sem animais, não há pesquisa
por Lúcia Beatriz Torres
Apesar dos inúmeros avanços da tecnologia, a Ciência ainda precisa usar animais de experimentação para a descoberta de novos medicamentos. (...) Mesmo a tecnologia mais sofisticada, nos dias de hoje, não consegue imitar a complexidade das interações entre as células, tecidos e órgãos que ocorrem nos seres humanos. Com objetivo de entender essas interações e facilitar o desenvolvimento de novos tratamentos, a metodologia científica elege os animais – quase em sua maioria ratos e camundongos – como modelo experimental do homem. Para Marcelo Morales, professor da UFRJ, “em virtude da complexidade da célula biológica, a medicina humana e também a veterinária são extremamente dependentes do uso de animais de experimentação. A expectativa na comunidade científica é de que, no futuro, métodos alternativos sejam viáveis, e os animais deixem de ser utilizados na atividade de pesquisa”. Ao contrário do que muitos pensam, a pesquisa científica não trabalha só a favor do ser humano, mas dos próprios animais. Um exemplo é a vacina antirrábica, que utilizou por volta de dois mil cães para ser desenvolvida e hoje salva, anualmente, milhões de cães, gatos e outros animais. (Disponível em
<http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/atualidades_animais.html>. Acesso em
22/08/2014.)
TEXTO 4
Métodos alternativos disponíveis Medicamentos e cosméticos na pele
(...) Para avaliar a irritação cutânea e a corrosividade de determinada substância em contato com a pele, não são mais necessários testes que expõem coelhos ou outras cobaias ao produto. Esses estudos podem ser feitos em pele humana reconstituída, ou seja, tecidos produzidos em laboratório por meio de cultura de células. A aplicação desse método ainda representa um obstáculo no Brasil: o material utilizado na produção da pele reconstituída é importado e tem validade de apenas uma semana. Temperatura De acordo com a organização britânica “Fundo para a Substituição de Animais em Experimentos” (Frame, na sigla em inglês), outro teste alternativo disponível é o que avalia se determinado produto é capaz de provocar aumento da temperatura corporal. Se antes a única possibilidade era o uso de coelhos, hoje existe uma tecnologia para realizar esse experimento no sangue de voluntários humanos. Ainda segundo a Frame, testes de fototoxidade, que verificam se o produto torna-se prejudicial quando a pele é exposta ao sol, também podem ser feitos sem o uso de cobaias vivas. Nesse caso, uma cultura de células de camundongos é exposta ao produto e à luz ultravioleta. Testes virtuais Modelos computacionais também podem substituir animais em testes para verificar a toxicidade de uma substância ou de que maneira ela será metabolizada pelo organismo. Isso pode ser feito pela análise de moléculas por programas de computador que permitem compará-las com dados referentes a outras moléculas. Alternativas ainda mais ambiciosas, como a simulação do funcionamento de um órgão completo, estão em desenvolvimento pelo “Instituto Wyss de Engenharia Inspirada pela Biologia”, ligado à Universidade de Harvard. O instituto desenvolve microchips capazes de simular a reação dos órgãos humanos a determinados produtos ou microrganismos. Segundo Presgrave, porém a alternativa ainda não está disponível no país. (Disponível em <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/07/brasil-vai-validar-metodos-alternativos-ao-uso-deanimais- em-pesquisa.html>. Acesso em 22/08/2014.)
GÊNERO TEXTUAL 2 – RESPOSTA ARGUMENTATIVA O comitê de ética da sua universidade quer saber a opinião da comunidade acadêmica sobre o uso de animais em experimentos científicos. Para isso, realizou uma enquete com a seguinte pergunta: Você é a favor OU contra o uso de animais em pesquisas científicas? Como aluno da universidade, elabore, em até 15 linhas, uma RESPOSTA ARGUMENTATIVA para essa pergunta, posicionando-se a favor OU contra o uso de animais em pesquisas científicas.
NOME:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Atividade 20- Regulação da Aprendizagem
Queridos alunos, estamos encerrando nosso projeto, por certo o trabalho não
termina aqui, ele pode estar apenas começando. De tudo, fica a ideia de que trabalhar com sequência didática desenvolve conhecimento tanto para quem aprende como para quem ensina. Agora, vamos conferir tudo que estudamos sobre uma resposta argumentativa respondendo a lista de constatação ou de controle abaixo:
Autoavaliação
Capacidade de ação:
Produção inicial Produção final
a) Seu texto conseguiu
interagir com o leitor da
resposta argumentativa?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
b) Está adequado à pessoa
a quem destina e,
posteriormente, ao veículo a
ser publicado, (atividade do
professor, prova de redação
do vestibular, etc.), ou seja,
ao seu destinatário-leitor?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
c) Seu objetivo de
expressar uma opinião com
clareza e, dessa forma,
convencer o destinatário-
leitor foi atingido?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
d) O seu texto está
adequado ao suporte?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
e) Conseguiu mobilizar as
fases da sequência
argumentativa para articular
sentidos e envolver o leitor?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
Capacidade discursiva
Produção inicial Produção final
a) Quanto ao planejamento
textual, seu texto pode ser
considerado um exemplo de
resposta argumentativa?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
b) O seu texto apresenta
uma tese fundamentada em
argumentos e contra-
argumentos?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
c) Conseguiu mobilizar o
esquema argumentativo:
premissa/tese, argumentos
e conclusão?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
d) Os argumentos são
coerentes com o tema?
Eles são convincentes e
suficientes para conseguir a
adesão do leitor? Os seus
argumentos estão
organizados
hierarquicamente, isto é, do
mais importante para o
menos importante ou vice-
versa? De que modo eles
foram hierarquizados?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
e) O texto apresenta
progressão temática, isto é,
você se preocupou em
apresentar em cada um dos
dois parágrafos uma nova
informação relacionada ao
tema?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
Capacidade linguístico-
discursiva
Produção inicial Produção final
a) Os parágrafos estão bem
articulados?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
b) O texto apresenta
organizadores lógicos que
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
guiam o leitor, organizando
o discurso e estabelecendo
relações entre as frases e
entre os parágrafos?
c) Há vozes enunciativas
gerenciadas pelo autor para
expressar avaliações e
julgamentos?
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
d) Seu texto apresenta
desvios quanto à norma
culta: ortografia
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
( ) sim ( ) não ( ) em parte Comente (opcional)
Constatação Final: Comparando o texto inicial com a produção final envolvidas nas
capacidades da linguagem conclui que:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina Galvão. 3. ed. São Paulo:Martins Fontes, 2003. BLASQUE. R.M.G. Os operadores argumentativos no Discurso publicitário. Os operadores argumentativos. Disponível em: < http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/os_operadores_argumentativos_no_discurso_publicitario.pdf .>Acesso em 23 nov, 2014
BLOG ATELIE DO TEXTO.NET. Dissertação Escolar. Disponível em: <http://ateliedotexto.net/?p=977> acesso em 18 out. 2014
BLOG LÍNGUA PORTUGUESA. Editorial. Disponível em:<http://linguaportuguesafp2009.blogspot.com.br/2009/06/genero-editorial.html>acessoem18 out.2014
BLOG LOUSA MÁGICA. Carta Argumentativa. Disponível em:<http://lousamagica.blogspot.com.br/2012/07/carta-argumentativa.html>acesso em 18 dez.2014 BLOG TROCANDO EXPERIÊNCIAS DO CONHECIMENTO. Proposta de análises de textos Ensino Fundamental e Médio. Tipos de Argumentos/Tipos de Argumentos: exercícios, 2014. Disponível em: <
http://trocandoexperienciasdoconhecimento.blogspot.com.br/2014/05/propostas-de-analises-de-textos-ensino_13.html > Acesso em 18 dez. 2014 BREVE HISTÓRIA DA ARGUMENTAÇÃO.(pdf) Disponível em: < http://acabar.no.sapo.pt/Tx_Hist-Arg.pdf. > Acesso em 18 dez. 2014 BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. Tradução Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2. ed. São Paulo: EDUC, 2003 .
BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sociodiscursivo. 2. ed. São Paulo: EDUC, 2007
CÂMARA, F. Slideshare. Estudo dos modalizadores: uma concepção teórico – prática, 2013. Disponível em: http://pt.slideshare.net/FernandaCamara123/modalizadores Acesso em 18 out. 2014 CURSO DE REDAÇÂO: DICIOMARIO. Ensaio. Disponível em< http://www.diciomario.com.br/page_165.html> acesso em 18 out. 2014
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