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MDULO DE:
ADMINISTRAO CONTBIL E FINANCEIRA
AUTORIA:
Edmar Lyrio Temporim
Copyright 2008, ESAB Escola Superior Aberta do Brasil
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Mdulo de: Administrao Contbil e Financeira
Autoria: Edmar Lyrio Temporim
Segunda edio: 2012
CITAO DE MARCAS NOTRIAS
Vrias marcas registradas so citadas no contedo deste mdulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de explorao ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadmicos.
Declara ainda, que sua utilizao tem como objetivo, exclusivamente a aplicao didtica, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a inteno de infringir as regras bsicas de autenticidade de sua utilizao
e direitos autorais.
E, por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrnicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratrio e de literaturas j editadas, que se encontram expostas ao comrcio livre editorial.
Todos os direitos desta edio reservados
ESAB ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA
http://www.esab.edu.br
Av. Santa Leopoldina, n 840/07
Bairro Itaparica Vila Velha, ES
CEP: 29102-040
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Apresentao Este mdulo tem como linha lgica o desenvolvimento de temas que possam apresentar as
principais ferramentas de administrao financeira, num contexto de uma empresa moderna.
A utilizao de pressupostos contbeis visa facilitar o entendimento do aluno, de forma que
ele conhea os principais demonstrativos contbeis e suas utilidades enquanto mecanismos
de formao e informao de dados. Cumpre identificar como esses instrumentos de
finanas estruturam o pensamento do gestor financeiro, tanto na necessidade de informar
ao scio/investidor, quanto na gesto do empreendimento que ele possa produzir no
ambiente profissional que escolher.
Objetivo Introduzir o estudo da administrao contbil e financeira enquanto processo de
aprendizagem sobre a produo de dados contbeis, a natureza financeira desses dados, e
sua utilidade enquanto elemento que denuncia as necessidades, os conflitos financeiros e as
possveis correes recomendveis a uma empresa.
Ementa So elementos tcnicos de carter acadmico, que se servem dos conceitos bsicos de
contabilidade; dos instrumentos que diagnosticam momentos dinmicos e estticos da
informao contbil, sempre sob a tica da gesto financeira empresarial.
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Sobre o Autor Sou Edmar Lyrio Temporim
Graduado em Cincias Econmicas;
Especializao Administrao Bancria, com nfase em Gesto Financeira;
Especializao em Tecnologia de Gesto Pblica e Responsabilidade Fiscal (ESAB);
MBA em Finanas Corporativas - Executivo em Finanas - pelo IBMEC (Instituto Brasileiro de
Mercado de Capitais).
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SUMRIO UNIDADE 1 ........................................................................................................... 8
Uma viso geral .................................................................................................................... 8
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 10 Precedentes Histricos Europeus ....................................................................................... 10
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 13 SISTEMA DE INFORMAES CONTBEIS ..................................................................... 13
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 17 O MTODO CONTBIL E O INTERESSE PELA INFORMAO ...................................... 17
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 20 AS DEMONSTRAES FINANCEIRAS ............................................................................ 20
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 23 OBRIGATORIEDADE NAS DEMONSTRAES CONTBEIS.......................................... 23
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 25 UMA VISO PONTUAL SOBRE A LEI 11.638 ................................................................... 25
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 27 ALERAES DA LEI 6.404/76. .......................................................................................... 27
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 31 CARACTERSTICAS CONCEITUAIS DO BALANO PATRIMONIAL ................................ 31
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 37 Equao Patrimonial e suas variaes ............................................................................... 37
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 40 Balano Social: Caractersticas e Formalidades ................................................................. 40
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 44 Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados ......................................................... 44
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 49
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VARIAES DO PATRMNIO LQUIDO ........................................................................... 49
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 52 APURAO DO RESULTADO ........................................................................................... 52
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 57 DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO ..................................................... 57
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 67 Demonstrao dos Fluxos de Caixa.................................................................................... 67
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 74 Demonstrao do Valor Adicionado .................................................................................... 74
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 76
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 80 ANLISE FINANCEIRA ...................................................................................................... 80
UNIDADE 20 ....................................................................................................... 83 Estrutura do balano para anlise ....................................................................................... 83
UNIDADE 21 ....................................................................................................... 88 Anlise da situao patrimonial ........................................................................................... 88
UNIDADE 22 ....................................................................................................... 91 ANLISE DE LIQUIDEZ ...................................................................................................... 91
UNIDADE 23 ....................................................................................................... 95 Procedncia e Aplicao de Capitais .................................................................................. 95
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 100 Rentabilidade .................................................................................................................... 100
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 103 Rotao e Renovao de Estoques .................................................................................. 103
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 105 Rotao e Renovao de Recebimentos e Pagamentos .................................................. 105
UNIDADE 27 ..................................................................................................... 109 ADMINISTRAO DE CAPITAL DE GIRO ...................................................................... 109
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 116
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PONTO DE EQUILBRIO E ALAVANCAGEM FINANCEIRA ............................................ 116
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 123 AVALIAO DE PROJETOS ............................................................................................ 123
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 131 A REGRA DO PERODO PAYBACK ................................................................................ 131
GLOSSRIO ..................................................................................................... 136
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 140
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UNIDADE 1 Objetivo: Introduzir o mdulo e o estudo da Administrao Contbil e Financeira.
Uma viso geral
No desenvolvimento dos negcios de qualquer empresa, seus administradores financeiros
precisam obter respostas para trs perguntas fundamentais:
Primeiramente, que investimentos devem ser feitos pela empresa?
Essa uma deciso que envolve oramento/planejamento sobre estratgia de atuao. Em
segundo lugar, como se devem levantar recursos para financiar os investimentos exigidos?
Dizemos que essa uma deciso de financiamento. Em terceiro lugar, que investimentos de
curto prazo a empresa deve fazer, e como devem ser financiados/gerenciados?
Propositadamente, nosso estudo far movimentos mais objetivos na direo das finanas de
curto prazo, procurando sustentar anlises que possam contribuir para a gesto financeira
mais imediata de uma empresa.
Vamos caminhar pelos conceitos de um sistema de informaes contbeis, o mtodo
contbil, o universo que manifesta interesse pela informao contbil, culminando nas
demonstraes financeiras, inclusive aquelas que so obrigadas pela Lei 6.404/76, trazidas a
efeito atravs da Lei 11.638/07 e regulamentaes posteriores.
A segunda parte do nosso curso talvez esteja mais afeta ao seu ttulo. A anlise financeira
impe uma dinmica prpria, permitindo ao gestor financeiro conhecer situaes de liquidez,
seja ela econmica ou financeira, de forma a evidenciar momentos do ciclo operacional e
financeiro da empresa.
Como um mdico que antecipa um diagnstico preventivo sobre seu paciente, ao gestor
permitido imprimir correes que sustentem o fluxo de caixa necessrio ao cumprimento de
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obrigaes urgentes, ou apontar mudanas estratgicas que recomendem ou no a deciso
sobre novos investimentos.
Na terceira parte, procuramos enfatizar com alguma especificidade instrumentos modernos
de gesto financeira como a avaliao de projetos e a regra do perodo payback, os quais,
apesar de abordados em suas fases iniciais, cumprem informar sobre a importncia desses
instrumentos no mundo financeiro atual.
A Administrao Contbil e Financeira o termmetro que procura assegurar o crescimento
e a continuidade de um empreendimento. Ela agrega valor ao conjugar capacidade tcnica,
financeira e administrativa, sempre interagindo informaes e controles, como instrumentos
vitais para quem pretende produzir, vender e receber com sucesso.
O ensino distncia tem como mrito estimular a disciplina do aluno, dando-lhe a liberdade
de administrar seu tempo de estudo, segundo suas prprias necessidades.
Por exemplo, se seu rendimento melhor imprimindo o contedo, faa-o, em nome das
facilidades que ir subtrair dessa deciso.
Portanto, a partir dos recursos disponveis, organize um padro bom de aprendizagem e
planeje utiliz-lo com o melhor grau de aproveitamento.
Contabilidade Introdutria Equipe de Professores da FEA/USP, Ed. Atlas.
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UNIDADE 2 Objetivos: Apresentar uma breve reviso da evoluo histrica Contabilidade, com foco apenas nas tendncias e formas evolutivas. Toda e qualquer citao busca, exclusivamente, ilustrar a forma evolutiva da Contabilidade e a sntese histrica ser feita com base em avaliao crtica.
Precedentes Histricos Europeus
Aps o surgimento inicial do mtodo contbil, na Itlia, provavelmente no sculo XVIII ou
XIV, de sua divulgao no sculo XV (obra de Fr Luca Pacioli), da disseminao da escola
italiana por toda a Europa, surge no sculo XIX um perodo que muitos denominaram de
cientfico, e outros preferem chamar de romntico.
neste perodo que, talvez pela primeira vez, a teoria avana com relao s necessidades
e s reais complexidades das sociedades. Esta fase tambm teve seus expoentes mximos
na Itlia, que denominou o cenrio contbil provavelmente at os primeiros vinte e cinco
anos do sculo XX.
No fim do perodo denominado romntico ou em seus limites, surgem os vultos, entre outros,
de Fbio Besta, Giuseppe Cerboni, e, no fim do sculo XIX e incio do sculo XX, Gino
Zappa e outros; mais recentemente, Aldo Amaduzzi, TeodoroDIppolito e muitos outros.
A exploso Norte-Americana (escola anglo-saxnica)
O surgimento das gigantescas corporations, principalmente em incios do sculo, aliado ao
formidvel desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinrio ritmo de
desenvolvimento que aquele pas experimentou e ainda experimenta, constitui um campo
frtil para o avano das teorias e prticas contbeis norte-americanas.
No podemos esquecer-nos, tambm, de que os Estado Unidos herdaram da Inglaterra uma
excelente tradio no campo da auditoria, criando, l slidas razes.
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A evoluo da Contabilidade nos Estados Unidos apoia-se, portando, em um slido
embasamento. A saber:
O grande avano e o refinamento das instituies econmicas e sociais;
O investidor mdio um homem que deseja estar permanentemente bem informado,
colocando presses no percebidas no curtssimo prazo, mas frutferas no mdio e
longo prazo, sobre os elaboradores de demonstrativos financeiros, no sentido de que
possam evidenciar tendncias.
O governo, as universidades e os institutos de contadores empregam grandes
quantias para pesquisas sobre princpios contbeis;
O Instituto dos Contadores Pblicos Americanos um rgo atuante em matria de
pesquisa contbil, ao contrrio do que ocorre em outros pases;
Mais recentemente, a criao da Financial Accounting Standards Board (FASB) e, h
muitos anos, da SEC (a CVM deles), tm propiciado grandes avanos na pesquisa
sobre procedimento contbeis.
O avano Brasileiro
Apesar de alguns vestgios de uma escola verdadeiramente brasileira, a Contabilidade no
Brasil evolui sob a influncia da escola Italiana, at que algumas empresas de auditoria de
origem anglo-americana, certos cursos de treinamento em Contabilidade e Finanas,
oferecidos por grandes empresas, tais como o excelente BTC da General Eletric, e a
Faculdade de Economia e Administrao da USP, em seu curso bsico de Contabilidade
Geral, acabassem exercendo forte influncia e revertendo a tendncia.
Por outro lado, a legislao comercial, que at a Lei das Sociedades por Aes era
inspirao europeia (com traos marcantes brasileiros na classificao dos balanos das
S.A.), passa adotar uma filosofia nitidamente norte-americana, a partir, principalmente, da
Resoluo n. 220 e da Circular n. 179 do Banco Central.
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A influncia das empresas de auditoria anglo-americanas
Talvez essa tenha sido a mais antiga influncia no sentido da americanizao do
entendimento das normas e dos procedimentos de Contabilidade.
Obviamente, pelo menos de incio, estas firmas levaram uma grande vantagem, em termos
de auditoria, sobre as congneres puramente nacionais, em virtude da slida tradio e
estrutura preexistentes, dos procedimentos e dos manuais adotados (poucas ou nenhuma
firma de auditoria nacional possua) e a mentalidade existente.
Aos poucos foram associando-se a firmas nacionais preexistentes, com exceo notvel da
Arthur Andersen & Co, que permaneceu nitidamente com as mesmas caractersticas
originais.
Perspectivas profissionais: Para o especialista em finanas, as perspectivas so excelentes.
Na verdade, ainda estamos no limiar de uma era em que ser reconhecida toda a
importncia da funo contbil/financeira dentro das entidades.
No momento, o nmero de bons profissionais, com ampla viso de administrao financeira
muito escasso. Isso faz com que, os poucos que a possuem, consigam alcanar uma
valorizao profissional extremamente positiva, conjugada com uma remunerao tambm
satisfatria.
So profissionais que normalmente habitam o staf maior das empresas, como Controladores,
Diretores Financeiros, Chefes de Departamento de Controladoria, etc. Portanto, todo esforo
adicional que aprofunda o conhecimento na rea, cria valor profissional e estabelece
sintonia com um mercado cada vez mais exigente.
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UNIDADE 3 Objetivo: Destacar de forma espacial a dinmica de coleta, registro, interpretao e os interessados que demandam as informaes contbeis.
SISTEMA DE INFORMAES CONTBEIS
Conforme definem a CVM (Comisso de Valores Mobilirios) e o IBRACON (Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil), A Contabilidade , objetivamente, um Sistema de
Informao e Avaliao destinado a prover seus usurios com demonstraes e anlises de
natureza econmica, financeira, fsica e de produtividade, com relao entidade objeto de
contabilizao.
Os objetivos da Contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explcita ou
implcita, quilo que o usurio considera como elementos importantes para o seu processo
decisrio. Esta conceituao importante para entendermos os objetivos e a abrangncia do
Sistema de Informao Contbil Gerencial.
Trata-se, portanto, de um conjunto de procedimentos, envolvendo normas de controle
interno, rotinas de processamento da escriturao e relatrios, suficientemente delineados,
de modo a prover o administrador de informaes para tomada de decises gerenciais.
Toda empresa tem que dispor de sistemas de informaes adequados para que possa
desenvolver com segurana e confiabilidade suas atividades de controle e tomada de
deciso.
Os sistemas so desenvolvidos especialmente para atender aos aspectos gerenciais de cada
setor da atividade. Assim, por exemplo, na administrao financeira o oramento de caixa,
tem por objetivo antever o fluxo monetrio da empresa, evitando surpresas desagradveis,
como a falta de disponibilidade para pagar as dvidas.
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Entre todos os recursos instrumentais utilizados pela administrao, o Sistema de
Informaes Contbeis surge como um meio especialmente desenvolvido e aperfeioado ao
longo do tempo para coletar, registrar, acumular, resumir, medir e interpretar os fenmenos
que afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicas de qualquer atividade.
Iudcibus, em seu livro Anlise de Balano, Editora Atlas, p.22, comenta: O Sistema de
informao contbil, embora comandado pela poltica contbil adotada pela empresa, contm
outras fases: 1. Fase de Coleta de Dados, 2. Fase de Ajustes, 3. Sadas dos Sistemas. Os
relatrios de sada, segundo o autor podem ser classificados da seguinte forma: a- Relatrios
financeiros, b- Relatrios de mudana (fluxos) ex. DRE, c- Dados de planejamento, d- Dados
para estudos especiais).
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A seguir, apresentamos um organograma bsico de um sistema de Informaes Contbeis.
Documentos
Doc. (In e Ext)
Conferncia e Classific. classific.classificao
Ficha de Lanc. Contbil
Dirio
Inventrios Reviso e Anlise
Declar. I.R. Anlise
Livros Fiscais Caixa Cont. Interno
Razo
Balancete
D.F. (Balano)
Relat. Admin. Parecer Fiscal e Auditores Oramentos
AGO
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Contabilidade Instrumental para tomada de decises.
Do seu ponto de vista a Contabilidade fator importante da viabilizao do sucesso
empresarial?
Quais os erros mais comuns quando a Contabilidade utilizada apenas como instrumento de
gesto fiscal?
possvel administrar uma empresa sem apurar custo de produtos, confrontar receitas e
despesas, apurar fluxos de caixa gerados, rotatividade de estoques, etc?
Manifeste seu ponto de vista e conhea a opinio dos outros participantes.
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UNIDADE 4 Objetivo: Apresentar o mtodo na sua concepo conceitual e o universo de interesse da informao.
O MTODO CONTBIL E O INTERESSE PELA INFORMAO
O mtodo contbil tem sua aplicao a uma pessoa fsica ou jurdica, com finalidades
lucrativas ou no, que tenha necessidade de exercer atividades econmicas para alcanar
seus objetivos.
Podemos atribuir contabilidade o seguinte conceito: Contabilidade um sistema de
mensurao cujos registros so feitos somente dos fatos e eventos que podem ser
expressos em formas monetrias.
Pelo conceito, no difcil concluir que a mensurao da moeda claramente essencial,
porquanto o seu uso implica em homogeneidade e similaridade bsica entre R$ 1,00 e outro.
A contabilidade tem por objetivo registrar as transaes provenientes de uma srie de
fatores, tais como:
a) Dinmica empresarial (gesto);
b) Veracidade das transaes ocorridas ou por ocorrerem;
c) As dvidas contradas;
d) Os bens adquiridos;
e) O capital investido pelos proprietrios;
f) Os reflexos que as transaes provocam na situao econmico-financeira;
g) O progresso, estagnao ou regresso para cincia dos interessados em seu passado,
presente ou futuro.
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Embora os interesses no sejam coincidentes, muitas so as pessoas que demandam a
informao contbil:
USURIO DA INFORMAO
CONTBIL
META QUE DESEJARIA MAXIMIZAR OU
TIPO DE INFORMAO MAIS IMPORTANTE
Acionista minoritrio Fluxo regular de dividendos.
Acionista majoritrio ou com
grande participao
Fluxo de dividendos, valor de mercado da ao, lucro
por ao.
Acionista preferencial Fluxo de dividendos mnimos ou fixos.
Emprestadores em geral Gerao de fluxo de caixa futuros suficientes para
receber de volta o capital mais juros, com segurana.
Entidades governamentais Valor adicionado, produtividade, lucro tributvel.
Empregados em geral Fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons
aumentos ou manuteno de salrios, com segurana;
liquidez.
Mdia e alta administrao Retorno sobre o ativo, retorno sobre o patrimnio
lquido; situao de liquidez e endividamento
confortvel.
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Pela abordagem tica, a contabilidade deveria apresentar-se como justa e no enviesada
para todos os interessados. O apelo tico pressupe repousar nas noes que sustentam e
so sustentadas por um contexto de verdades.
Ao mesmo tempo em que todos concordam que a Contabilidade deveria ser verdadeira,
justa e no enviesada, muito difcil definir, objetivamente, o que vem a ser justo,
verdadeiro ou no enviesado (Hendriksen).
J pela abordagem comportamental, as informaes contbeis deveriam ser feitas sob
medida, de forma que os usurios reagissem para tomar a deciso correta.
Esta abordagem atinge os campos da Psicologia, da Sociologia e da Economia. dada
nfase forma pela qual os relatrios contbeis so utilizados mais do que ao
desenvolvimento lgico dos demonstrativos.
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UNIDADE 5 Objetivo: Apresentar, de forma sucinta, o balancete e as demonstraes financeiras.
AS DEMONSTRAES FINANCEIRAS
O objetivo das Demonstraes Contbeis
O objetivo das demonstraes contbeis fornecer informaes sobre a posio patrimonial
e financeira, o desempenho e as mudanas na posio financeira da entidade, que sejam
teis a um grande nmero de usurios em suas avaliaes e tomadas de deciso
econmica.
Demonstraes contbeis preparadas de acordo com os pressupostos do pargrafo anterior
atendem s necessidades comuns da maioria dos usurios.
Entretanto, as demonstraes contbeis no fornecem todas as informaes que os usurios
possam necessitar, uma vez que elas retratam os efeitos financeiros de acontecimentos
passados e no incluem, necessariamente, informaes no-financeiras.
Demonstraes contbeis tambm objetivam apresentar os resultados da atuao da
Administrao na gesto da entidade e sua capacitao na prestao de contas quanto aos
recursos que lhe foram confiados.
Aqueles usurios que desejam avaliar a atuao ou prestao de contas da Administrao
fazem-no com a finalidade de estar em condies de tomar decises econmicas que podem
incluir, por exemplo, manter ou vender seus investimentos na entidade ou reeleger ou
substituir a Administrao.
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Balancetes
Os balancetes so relatrios contbeis, emitidos pela contabilidade, no s no intuito de
verificar a correo dos lanamentos contbeis, mas principalmente a de informar
periodicamente a evoluo econmico-financeira. A periodicidade dos balancetes mensal,
podendo, no entanto este perodo ser aumentado ou diminudo.
A listagem de um elenco de contas com seus respectivos saldos no so suficientemente
hbeis para atender s necessidades de planejamento e controle das atividades da empresa.
A eficincia de um balancete somente ser vlida se estiver estruturado em nvel de balano,
onde:
a) Todas as apropriaes (provises, depreciaes, amortizaes...) ajustes e custos
integrados, so considerados no devido tempo, vejamos;
b) Estar disposto em forma de balano;
c) Apresentao em forma comparada;
d) Apresentar as mutaes patrimoniais;
e) Apresentar a demonstrao de origem e aplicao de recursos.
Demonstraes
Balano Patrimonial (BP);
Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE);
Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA);
Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC);
Demonstrao do Valor Adicionado (DVA).
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Vale destacar a importncia das demonstraes financeiras serem acompanhadas por notas
explicativas, o que valoriza a informao, melhorando o esclarecimento sobre a situao
patrimonial e os resultados do exerccio.
Obs: A Lei n 11.638/2007, publicada no Dirio Oficial da Unio de 28/12/2007, determina um
elenco de mudanas trazidas anteriormente pela Lei 6.404/76, inclusive aspectos que
unificam as demonstraes contbeis segundo padres adotados no ambiente internacional.
A matria j possui regulamentao pela CVM (Comisso de Valores Mobilirios), atendendo
interesses tanto cientficos, quanto societrios. O objetivo cumprir exigncias formais de
publicao dos demonstrativos para as companhias de capital aberto, alcanando a todos
quantos possam interessar a informao contbil trataremos do assunto com a propriedade
devida.
Fonte de Informaes atualizadas sobre assuntos contbeis:
www.portaldecontabilidade.com.br
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UNIDADE 6 Objetivo: Destacar o enfoque da Lei 11.638/2007 no que diz respeito obrigatoriedade de publicao das demonstraes contbeis.
OBRIGATORIEDADE NAS DEMONSTRAES CONTBEIS
Segundo o Art. 176 da Lei Societria, ao fim de cada exerccio social, a diretoria far
elaborar, com base na escriturao mercantil da companhia, as seguintes demonstraes
financeiras, que devero exprimir com clareza a situao do patrimnio da companhia e as
mutaes ocorridas no exerccio:
I Balano Patrimonial (BP);
II Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA);
III Demonstrao dos Resultados do Exerccio (DRE);
IV Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC)
V Se companhia aberta, Demonstrao do Valor Adicionado (DVA).
As demonstraes referidas nos itens IV e V podero ser divulgadas, em relao aos
exerccios encerrados em 2008, sem a indicao dos valores correspondentes ao exerccio
anterior. Ou seja, a demonstrao dos fluxos de caixa - DFC, por exemplo, poder ser
apresentado, em 31.12.2008, sem o comparativo com o ano anterior (31.12.2007). J em
relao ao exerccio encerrado em 31.12.2009, este dever ter o comparativo com o DFC de
31.12.2008.
EMPRESAS DE GRANDE PORTE - EXERCCIOS ENCERRADOS A PARTIR DE 01.01.08
O Art. 3 da Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, determina que se aplique s
sociedades de grande porte, ainda que no constitudas sob a forma de sociedades por
aes, as disposies da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Isto sobre escriturao,
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elaborao de demonstraes financeiras e obrigatoriedade de auditoria independente, por
auditor registrado na Comisso de Valores Mobilirios.
Para os efeitos desta determinao, considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto
de sociedades sob controle comum que tiverem, no exerccio social anterior, ativo total
superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhes de reais) ou receita bruta anual
superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhes de reais).
Desta forma, as demonstraes financeiras das sociedades limitadas de grande porte
devem, doravante, obedecer aos ditames da Lei 6.404/1976, dos exerccios sociais
encerrados a partir de 2008.
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UNIDADE 7 Objetivo: Realar pontos objetivos da Lei 11.638/07, com destaque s mudanas mais representativas para a comunidade financeira/contbil.
UMA VISO PONTUAL SOBRE A LEI 11.638
Aps longos anos de tramitao, foi sancionada a Lei 11.638/2007 (passou a vigorar a partir
de 01.01.2008), publicada na Edio Extra do Dirio Oficial da Unio de 28.12.2007.
O trecho que alterava o Art. 181 da Lei 6.404/76 que define o que pode ser classificado como
resultados de exerccios futuros; teve o veto presidencial j que a nova lei contbil ampliava
o alcance desse artigo, incluindo operaes feitas entre empresas de um mesmo grupo
(controladoras e controladas).
Na viso da Receita Federal, que sugeriu o veto presidencial, a nova redao poderia causar
problemas para o controle fiscal das empresas, j que poderia "gerar inobservncia do
regime de competncia" no Balano das empresas, especialmente se a controlada ou
controladora for domiciliada no exterior.
A legislao harmoniza a contabilidade brasileira aos padres internacionais, o que facilita o
investimento estrangeiro. Alm disso, obriga as grandes empresas de capital fechado a
divulgarem seus balanos. Com as novas regras, diversas alteraes significativas
ocorreram, dentre as quais destacamos:
a) A Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos - DOAR foi extinta;
b) Torna-se obrigatria a elaborao e publicao da Demonstrao dos Fluxos de Caixa
- DFC e da Demonstrao do Valor Adicionado DVA;
c) A DFC no obrigatria s pessoas jurdicas com patrimnio lquido inferior a R$
2.000.000,00 (dois milhes de reais);
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d) A DVA exigida para todas as companhias abertas;
e) O Ativo Permanente agora possui um novo grupo chamado Intangvel, alm dos j
existentes Investimentos, Imobilizado e Diferido;
f) Fora extinta a Reserva de Reavaliao que deu lugar a conta Ajustes de Avaliao
Patrimonial que possui caractersticas diferentes;
g) Ainda no Patrimnio lquido, fora includo tambm a rubrica Aes em Tesouraria;
h) Foram extintas as reservas de capital Prmio Recebido na Emisso de Debntures e
Doaes e Subvenes para Investimentos, sendo esta ltima, controlada na conta
Reserva de Incentivos Fiscais e poder ser excluda da base de clculo dos
dividendos obrigatrios;
i) A conta "Lucros e Prejuzos Acumulados" deixa de existir, dando lugar a conta
"Prejuzos Acumulados", assim, o resultado positivo deve ser controlado nas contas
de reservas de lucros ou destinado de acordo com a determinao social;
j) Ocorreram alteraes para a avaliao dos investimentos pelo Mtodo da
Equivalncia Patrimonial, as quais no mais precisam ser relevantes.
Alm das alteraes relacionadas, foram adequados os critrios de avaliao dos ativos e
passivos, a fim de contemplar os novos grupos de contas.
Ateno: As bancas examinadoras de concursos pblicos tm cobrado algumas mudanas
abordadas nesta Unidade 7. A sua vigncia vlida e a inobservncia desses pontos pode
incorrer na perda de pontos valiosos para os menos atentos.
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UNIDADE 8 Objetivo: realar com objetividade as alteraes incorporadas a Lei 6.404, principalmente
aquelas que afetam a estrutura do Balano Patrimonial, e foram introduzidas pela MP n
449/2008, convertida na Lei n 11.941/2009
ALERAES DA LEI 6.404/76.
So alteraes que, consoantes com com as normas internacionais, produziram inmeras
alteraes nas prticas contbeis brasileiras. Elas tem efeito sobre estrutura das
demonstraes contbeis, com grande repercusso sobre o Balano Patrimonial.
O Balano Patrimonial era apresentado da seguinte forma:
Quadro 1 Estrutura Balano Patrimonial antes das Leis 11.638/07 e 11.941/09. ATIVO PASSIVO
Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Permanentes
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Circulante
Exigvel a Longo Prazo
Resultado de Exerccios Futuros
PATRIMNIO LQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Reavaliao
Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuzos Acumulados
Com o advento das Leis 11.638/07 e 11.941/09, o Balano Patrimonial apresentar-se- da
seguinte forma:
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Quadro 2 Estrutura Balano Patrimonial aps Leis 11.638/07 e 11.941/09. ATIVO PASSIVO
Circulante
No Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangvel
Circulante
No Circulante
Exigvel a Longo Prazo
PATRIMNIO LQUIDO
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliao Patrimonial
Reserva de Lucros
Aes em Tesouraria
Prejuzos Acumulados
Alteraes decorrentes das alteraes das Leis 6.404/76, 11.638/07 e 11.941/09
Alteraes processadas no Ativo
Uma das grandes mudanas apontadas pela nova legislao foi a diviso do ativo em dois
grupos, quais sejam: Ativo Circulante e No Circulante, o que prope permitir uma anlise
mais eficiente. Sero classificadas como Ativo Circulante todas as contas realizveis ou
conversveis em curto prazo, bem como, as despesas antecipadas que sero transformadas
em despesa ao longo do exerccio seguinte. O Ativo No Circulante, que classificar os
direitos de vencimento em prazo superior ao trmino do exerccio seguinte, ter os seguintes
subgrupos: Realizvel a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado ; e Intangvel.
Dentre as alteraes que dizem respeito ao Ativo, importante destacar a extino do grupo
Permanente e do subgrupo Diferido, a incluso do subgrupo Intangvel e a redefinio do
termo Imobilizado. O objetivo destacar contabilmente os bens Intangveis, que so
classificados como bens incorpreos destinados manuteno das atividades da empresa
ou com esta finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido. Como exemplo, podemos
citar: as marcas, patentes, direitos autorais, softwares, etc.
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Com a importante classificao dos Ativos Intangveis, o Imobilizado passa a classificar
somente os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das
atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens. Desta
forma, os arrendamentos mercantis financeiros, antes tratados como aluguis, passam a ser
contabilizados como Ativo Imobilizado para fins contbeis, uma vez que para fins fiscais
continuam sendo aluguis.
A Lei 11.941/2009 extinguiu o subgrupo Diferido, passando estes gastos a serem
contabilizados como despesas do perodo. O Diferido compreendia as despesas pr-
operacionais e os gastos de reestruturao que contribuiriam, efetivamente, para o aumento
do resultado de mais de um exerccio social e que no configurassem to somente uma
reduo de custos ou acrscimo na eficincia operacional. A referida Lei permite que os
saldos que, em 31/12/2008, por sua natureza, no forem reclassificados para outros grupos,
poder permanecer como ativo at sua completa amortizao.
Alteraes processadas no Passivo
Da mesma forma que no Ativo, o Passivo ser dividido em Passivo Circulante e Passivo No
Circulante, tendo como condio para alocao nestes grupos o prazo de exigibilidade da
conta. Sero registradas no Passivo Circulante as obrigaes que vencero no exerccio
seguinte, sendo registradas no Passivo No Circulante as obrigaes com vencimento
superior.
Outro grupo tambm extinto pela nova legislao foi o de Resultados de Exerccios Futuros
que devero ter seus saldos, em 31/12/2008, reclassificados no Passivo Circulante, em conta
representativa de receita diferida, e esse registro dever evidenciar a receita diferida e o
custo diferido respectivo.
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Alteraes processadas no Patrimnio Lquido
Foram extintas do Patrimnio Lquido, as Reservas de Prmio de Emisso de Debntures,
por Doaes e Subvenes Governamentais para Investimento e de reavaliao, sendo esta
ltima as contrapartidas de aumentos de valores atribudos a elementos do ativo em virtude
de novas avaliaes, bem como a extino da conta Lucros Acumulados.
A Lei, corrigiu uma distoro contbil, at ento presente na Lei das S.A. As Doaes e
Subvenes Governamentais para Investimentos ficam extintas como Reservas de Capital.
Pelo novo dispositivo legal devero ser reconhecidas como contas de resultado. Entretanto,
a Assemblia Geral, poder destinar para Reserva de
Incentivos Fiscais, parcela que fora acrescida ao lucro lquido decorrente de doaes ou
subvenes governamentais para investimentos. Com a extino da Reserva de
Reavaliao, fica proibida a reavaliao espontnea. Cabe destacar, que as reavaliaes
realizadas pelas empresas, na maioria das vezes, no cumpria o real objetivo que era cobrir
a defasagem entre o valor de custo e mercado. No entanto, em substituio Reserva de
Reavaliao, foi criado Ajustes de Avaliao Patrimonial, que dever registrar as
contrapartidas de aumentos ou diminuies de valores atribudos a elementos do ativo e do
passivo, em decorrncia da sua avaliao a valor justo, enquanto no computadas no
resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia.
Consoante entendimento de que a Lucro Lquido do Exerccio deve ser destinado, em sua
totalidade, foi extinta a conta de Lucros Acumulados, por no evidenciar a destinao do
lucro, devendo constar apenas no Balano Patrimonial a conta de Prejuzos Acumulados,
quando os prejuzos excederem a todas as Reservas de Lucros.
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UNIDADE 9 Objetivo: Apresentar as caractersticas fundamentais do balano patrimonial e seus registros, segundo o grau de liquidez do ativo e a exigibilidade do passivo.
CARACTERSTICAS CONCEITUAIS DO BALANO PATRIMONIAL
O balano patrimonial uma apresentao sinttica e ordenada do saldo monetrio de todos os valores integrantes do patrimnio de uma empresa numa determinada data. Ele divide-se em dois grandes grupos, relacionando de um lado - ativo - as aplicaes de recursos em bens e direitos e, de outro passivo e patrimnio lquido - as vrias fontes de recursos, que possibilitam as aplicaes no Ativo.
O ativo indica a natureza dos valores sobre os quais a empresa aplicou seus recursos:
dinheiro, estoques, crditos, valores mobilirios, bens de uso, etc., enquanto o passivo e o
patrimnio lquido indicam a origem desses mesmos recursos: fornecedores, emprstimos,
capital, lucro, etc.
No Balano as contas sero classificadas segundo os elementos do patrimnio, e agrupadas
de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da empresa.
Ativo Passivo
Bens e Direitos Obrigaes e Deveres
Aplicaes de Recursos Origem de Recursos
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O ativo so todos os bens e direitos de propriedade da empresa:
Bens: mquinas, terrenos, estoques, dinheiro, veculos, instalaes, etc.
Direitos: contas a receber, duplicatas a receber, ttulos a receber, aes, depsitos em contas bancrias, ttulos de crditos, etc.
Todo o ativo representa benefcios presentes ou futuros para a empresa.
O passivo representa toda a obrigao (dvida) que a empresa tem com terceiros:
fornecedores, obrigaes trabalhistas e tributrias, emprstimos bancrios, etc.
O patrimnio lquido representa os recursos dos proprietrios aplicados no negcio.
Alm do capital dos proprietrios, soma-se ao patrimnio lquido o Lucro. O lucro resultante
da atividade operacional da empresa.
Contas do ativo
As contas do ativo so agrupadas de acordo com a sua rapidez de converso em dinheiro,
ou seja, de acordo com o seu grau de liquidez.
Assim, agrupamos em primeiro lugar as contas que j so dinheiro (na ordem decrescente
de liquidez do maior para o menor), a seguir aquelas que se convertero em dinheiro
rapidamente (ttulos a receber, estoques, etc.). A este grupo de contas denominamos de
circulante.
Em segundo lugar, sero agrupadas as contas que sero transformadas em dinheiro mais
lentamente. So ativos de menor grau de liquidez. A este grupo denominamos de ativo no
circulante.
Em terceiro lugar, sero agrupados os itens que dificilmente sero transformados em
dinheiro, que no so vendidos, mas utilizados como meio de consecuo dos objetivos
operacionais da empresa.
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Outra caracterstica desse grupo que so itens utilizados pela empresa por vrios anos -
vida til longa - (prdios, veculos, mquinas, etc.).
O circulante e o conceito de ciclo operacional
Como j vimos o Circulante, o primeiro grupo de contas, tanto para o Ativo como para o
Passivo. Para melhor entender este grupo de contas, vamos partir de uma empresa
industrial. No processo de industrializao, a primeira preocupao bsica adquirir matria-
prima para transform-la em produto acabado.
Essa aquisio de matria-prima pode ser feita vista ou a prazo. Se vista, a empresa
utilizar seus recursos disponveis (dinheiro); se a prazo a empresa utilizar capital de
terceiros, contraindo uma dvida denominada fornecedores.
Essa matria-prima utilizada na industrializao (em parte ou no todo) e, agregada aos
custos de mo-de-obra e demais custos, permite-nos chegar ao custo do produto acabado.
Esse produto acabado , por sua vez, vendido. Se a vista, aumentar a disponibilidade, se a
prazo, resultar em um dinheiro a receber, denominado contabilmente de duplicatas a
receber. O perodo entre a aquisio da matria-prima (incio do processo produtivo) at o
recebimento das duplicatas denominado de Ciclo Operacional.
Ativo no circulante
No ativo existe ainda um grupo de contas que sero transformadas em dinheiro no futuro,
mas que no so circulantes. Se, por exemplo, a empresa colocar a venda um prdio que
normalmente demora muito tempo para ser negociado - dois anos - observamos que no se
trata de circulante, mas de um Realizvel em longo prazo.
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Entende-se por longo prazo perodos superiores a um ano ou superior ao ciclo operacional
da empresa, quando este for maior que um ano. H certos direitos a receber que, mesmo
pressupondo recebimentos em curto prazo, devem ser classificados no ativo no circulante.
o caso de emprstimos a diretores ou empresas coligadas. O ativo no circulante, de
maneira geral, o grupo de contas cuja participao em relao ao outro grupo estudado
(circulante) bastante pequena.
Em resumo: classifica-se no ativo no circulante os direitos a realizar a mais de 360 dias da
data do encerramento do Balano.
Investimentos: so participaes permanentes em outras sociedades, isto , no h interesse de a empresa vender sua participao. Por exemplo: aes de outras companhias
e outros itens no necessrios atividade da empresa (no utilizados na manuteno do
negcio principal), mas com caractersticas de permanente, os quais devem ser classificados
em investimentos.
Prdios no utilizados pela empresa, alugados para terceiros como rendimento (aluguel) e,
portanto, sem utilizao na atividade principal da empresa; terrenos adquiridos para futura
expanso (ociosos no momento); obras de arte, quadros adquiridos pela empresa para
ornamentar suas instalaes, etc.
Imobilizado: so os bens ou direitos destinados manuteno da atividade principal da empresa, ou exercidos com esta finalidade. A atividade bsica ou principal da empresa est
descrita no estatuto ou contrato social.
Intangveis: O termo tangvel significa literalmente, perceptvel ao toque, capaz de ser possudo ou realizado. Intangvel, um ativo de capital que no tem existncia fsica, cujo
valor limitado pelos direitos e benefcios que antecipadamente sua posse confere ao
proprietrio. Exs.: Softwares, marcas e patentes, direitos de autor, franquias.
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Contas do passivo
As contas do passivo so agrupadas de acordo com seu vencimento, isto , aquelas a serem
liquidadas mais rapidamente sero destacadas daquelas a serem pagas em um prazo mais
longo (na ordem decrescente de exigibilidade primeiro as mais exigveis, depois as menos
exigveis).
Em primeiro lugar agrupamos as contas que sero pagas mais rapidamente (Fornecedores,
salrios a pagar, impostos, etc.). Este grupo de contas chamado de passivo circulante.
Em segundo lugar, agrupamos as contas que sero pagas num prazo mais longo. Este grupo
chamado de passivo no circulante.
Passivo no circulante
Todas as obrigaes com vencimento superior a um ano sero classificadas no passivo no
circulante (exceo para casos onde o ciclo operacional superior a um ano). Portanto, no
passivo no circulante sero classificadas obrigaes com vencimento aps os 12 meses
seguintes ao encerramento do balano. Todavia, se o ciclo operacional da empresa for de 24
meses, o no circulante ser acima desse prazo. So exemplos: financiamentos,
emprstimos de acionistas, emprstimos de sociedades coligadas, etc.
Contas do patrimnio lquido
Estas contas praticamente no sero pagas. So obrigaes com os proprietrios da
empresa (capital e lucros). O lucro resultante da atividade operacional das empresas.
Grau de liquidez: No ativo aparecero em primeiro lugar as contas que se convertero mais rapidamente em dinheiro e, a seguir as contas mais lentas de realizao em dinheiro; no
passivo sero destacadas prioritariamente, as contas que devero ser pagas mais
rapidamente e, a seguir, aquelas que sero acertadas a longo prazo.
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Grau de liquidez Ativo Passivo e PL
Rpida Circulante Circulante
Lenta No Circulante No Circulante
Antes de dar continuidade aos seus estudos fundamental que voc acesse sua SALA DE
AULA e faa a Atividade 1 no link ATIVIDADES.
Dica
Os exerccios (atividades), alm de ajudar a fixar o aprendizado, exercem efeito positivo na
realizao das provas, da a importncia de realiz-los.
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UNIDADE 10 Objetivo: Destacar a equao patrimonial, como forma de permitir uma viso espacial sobre os fundamentos do registro do patrimnio, segundo a cincia contbil.
Equao Patrimonial e suas variaes
PATRIMNIO LQUIDO = ATIVO - PASSIVO
Situaes Patrimoniais
a) Ativo > Passivo Patrimnio Lquido Positivo / Superavitrio
Situao Favorvel PL + ou SL +
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigaes com
terceiros (Passivo)
b) Ativo < Passivo Patrimnio Lquido Negativo / Deficitrio
Situao Desfavorvel PL (-) ou SL (-) ou Passivo a Descoberto
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigaes com
terceiros (Passivo)
c) Ativo = Passivo Patrimnio Lquido Nulo / Equilibrado
Situao Nula, Equilbrio Aparente A = P, logo PL = 0.
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais s obrigaes com
terceiros (Passivo); nessa hiptese o patrimnio lquido ser nulo.
d) Ativo = Patrimnio Lquido
Situao Plena ou Propriedade Total A = PL, logo P = 0
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Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais ao patrimnio lquido;
nessa hiptese, as obrigaes com terceiros (Passivo) sero nulas.
e) Passivo = Patrimnio Lquido
Situao de Inexistncia de Ativos P = ( PL ) , logo A = 0
Ocorre quando as obrigaes com terceiros (Passivo) for igual ao patrimnio
lquido negativo; nessa hiptese, o ativo ser nulo.
Representao Grfica dos Estados Patrimoniais
Na representao grfica apresentada temos, de um lado, os Bens e os Direitos, que
formam o grupo dos elementos positivos; e, do outro lado, as Obrigaes, que formam o
grupo dos elementos negativos.
Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo (obrigaes). Assim,
a representao mais comum do patrimnio de uma empresa comercial assume a
forma:
Ativo = Passivo + Patrimnio Lquido
Diz-se que a:
o Situao Lquida Negativa quando o Ativo Total :
Menor que o Passivo.
o Situao Patrimonial inconcebvel quando a:
Situao Lquida maior que o Ativo.
o Aumenta o patrimnio lquido quando h:
Recebimento de duplicatas com juros.
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o Diminui o patrimnio lquido quando h:
Pagamento de duplicatas com juros.
Com base nas informaes das unidades 09 e 10 monte um balano patrimonial, tomando
como base um caso real de qualquer balano publicado em jornal ou revista. Sobre as
rubricas que eventualmente no forem identificadas ou que suscitarem dvidas, vamos trocar
informaes, de forma a extrair conhecimentos e aproximar a teoria ao caso real (apenas
monte, e s apresente caso haja dvidas).
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UNIDADE 11 Objetivo: Apresentar de forma didtica e objetiva o Balano Social aos nossos alunos, por tratar-se de recurso contemporneo indispensvel para demonstrar sociedade a participao e a responsabilidade social da entidade.
Balano Social: Caractersticas e Formalidades
A partir de 01.01.2006 a Resoluo CFC 1003/2004 aprovou a NBC T 15 - Informaes de
Natureza Social e Ambiental, tratando especificamente dos procedimentos para
apresentao de informaes de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar
sociedade a participao e a responsabilidade social da entidade.
As Normas Contbeis so de utilizao obrigatria pelas empresas e profissionais,
independentemente do porte empresarial.
Balano Social um conjunto de informaes demonstrando atividades de uma entidade
privada com a sociedade que a ela est diretamente relacionada, com objetivo de divulgar
sua gesto econmico-social, e sobre o seu relacionamento com a comunidade,
apresentando o resultado de sua responsabilidade social.
Entende-se por informaes de natureza social e ambiental:
a) A gerao e a distribuio de riqueza;
b) Os recursos humanos;
c) A interao da entidade com o ambiente externo;
d) A interao com o meio ambiente.
A primeira tarefa do profissional de contabilidade e finanas para uma adequada formao
de dados para o balano social ajustar o plano de contas da entidade. Quanto mais cedo o
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fizer, mais facilitada ser sua tarefa, j que o incremento de informaes exigidas nem
sempre ser suprido pelos relatrios internos ou estatsticos das entidades.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Quem tem que elaborar o Balano Social? (tipo de empresa, porte, etc.)
Resposta: Todas as entidades, independente de porte, que querem demonstrar sociedade
a sua responsabilidade social, devem divulgar Informaes de Natureza Social e Ambiental.
2. As empresas obrigadas a apresentar so somente aquelas que tm alguma atividade com
o social e meio ambiente ou todas independente de ter ou no algum projeto ou ao scio-
ambiental?
Resposta: Nenhuma empresa/entidade est obrigada a elaborar ou divulgar Informaes de
Natureza Social ou Ambiental. Aquela que optar por sua apresentao, deve adotar as regras
estabelecidas pela NBC T 15. No compete ao Conselho Federal de Contabilidade obrigar as
empresas a elaborarem Demonstraes, mas somente disciplin-las.
De acordo com o item 1.5.1.3. da Resoluo CFC n 1.003/04: "A Demonstrao de
Informaes de Natureza Social e Ambiental, ora instituda, quando elaborada, deve
evidenciar os dados e as informaes de natureza social e ambiental da entidade, extrados
ou no da contabilidade, de acordo com os procedimentos determinados por esta norma".
3. A Resoluo menciona entidades, isso tem gerado grande dvida com relao a quem
deve fazer o balano. O termo entidade na resoluo engloba todas as empresas da
iniciativa privada e as entidades sem fins lucrativos?
Resposta: Sim. O Termo entidade foi utilizado no sentido amplo, englobando todas as
unidades com ou sem fins lucrativos.
4. Empresas do segmento de prestao de servios, terceirizaes, comrcio, que trabalham
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com lucro real e/ou lucro presumido, devem apresentar o balano?
Resposta: Conforme resposta ao item 2, no h obrigatoriedade; no entanto, as empresas
que optarem por sua apresentao devem adotar as regras estabelecidas pela NBC T 15.
5. Qual o ano que obrigado a transcrever no Livro Dirio as Demonstraes?
Resposta: De acordo com o item 1.5.1.5 da NBC T 15 "a Demonstrao de Informaes de
Natureza Social e Ambiental deve ser apresentada, para efeito de comparao, com as
informaes do exerccio atual e do exerccio anterior".
6. As empresas, independente do porte ou constituio, devero publicar o Balano Social
em jornal ou revista?
Resposta: As empresas podero divulgar o Balano Social no veculo habitualmente
adotado para a publicao das demais demonstraes contbeis.
7. Quais as outras formas aceitveis de divulgao do Balano Social?
Resposta: No existe outra forma, a no ser aquela a que se refere a NBC T 15. A entidade
pode, no entanto, divulgar outras informaes adicionais que entender relevantes, conforme
o item 1.5.1.3 da NBC T 15: "alm das informaes contidas no item 1.5.2, a entidade pode
acrescentar ou detalhar outras que julgar relevantes".
O CFC, por meio dos Conselhos Regionais, exercer fiscalizao sobre as divulgaes? E
tambm sobre o Contabilista e/ou Auditores envolvidos nos trabalhos?
Resposta: Sim, de acordo como processo de fiscalizao das demais demonstraes
contbeis. Inclui tambm os profissionais envolvidos no trabalho, em funo da prpria
demonstrao.
9- Como se dar a fiscalizao?
Resposta: De acordo com os procedimentos fiscalizatrios adotados pelos Conselhos
Regionais de Contabilidade que tem por obrigao legal fiscalizar o Exerccio Profissional.
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10-As Informaes de Natureza Social e Ambiental, quando elaboradas devem ser assinadas
por Contabilista e auditadas por Auditor Independente?
Respostas: As Informaes de Natureza Social e Ambiental, quando elaboradas devem ser
assinadas por Contabilista e auditadas por Auditor Independente, "A Demonstrao de
Informaes de natureza Social e Ambiental deve ser objeto de reviso por auditor
independente, a ser publicada como relatrio deste, quando a entidade for submetida a esse
procedimento".
Conselho Federal de Contabilidade
Resoluo CFC 1003/2004
www.cfc.org.br
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UNIDADE 12 Objetivo: Apresentar a Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados, evidenciando conceitos e exemplos, segundo obrigatoriedade de publicao determinado pela Lei 6.404/76 e 11.638/07.
Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados
A DLPA evidencia as alteraes ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuzos
acumulados, no Patrimnio Lquido.
De acordo com o artigo 186, 2 da Lei n. 6.404/76, adiante transcrito, a companhia poder,
sua opo, incluir a demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados nas demonstraes
das mutaes do patrimnio lquido.
"A demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados dever indicar o montante
do dividendo por ao do capital social e poder ser includa na demonstrao
das mutaes do patrimnio lquido, se elaborada e publicada pela companhia."
Nota: Em virtude da edio da Lei 11.638/07 que extinguiu a conta "Lucros Acumulados", o
demonstrativo em questo dever ser renomeado atravs de um novo pronunciamento do
rgo fiscalizador. Os artigos que tratam da DLPA na Lei Societria devem sofrer alteraes
para espelhar a nova nomenclatura e as novas normas para a elaborao do relatrio.
Outras Sociedades
A DLPA obrigatria para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme a
legislao do Imposto de Renda (art. 274, do RIR/99).
Composio
A demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados dever discriminar:
1. O saldo do incio do perodo e os ajustes de exerccios anteriores;
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2. As reverses de reservas e o lucro lquido do exerccio; e
3. As transferncias para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital
e o saldo ao fim do perodo.
Ajustes de Exerccios Anteriores
Como ajustes de exerccios sero considerados apenas os decorrentes de efeitos da
mudana de critrio contbil, ou da retificao de erro imputvel a determinado exerccio
anterior, e que no possam ser atribudos a fatos subsequentes.
Reverses de Reservas
Corresponde s alteraes ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a
reverso de valores para a conta Lucros Acumulados, em virtude daqueles valores no
serem mais utilizados.
Lucro ou Prejuzo Lquido do Exerccio
o resultado lquido do ano apurado na Demonstrao do Resultado do Exerccio, cujo valor
transferido para a conta de Lucros Acumulados.
Transferncias para Reservas
So as apropriaes do lucro feitas para a constituio das reservas patrimoniais, tais como:
reserva legal, estatutria, de lucros a realizar, para contingncias.
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Substituio pela Demonstrao das Mutaes do PL (DMPL)
De acordo com o 2 do artigo 186 da Lei n. 6.404/76 a Demonstrao dos Lucros ou
Prejuzos Acumulados poder ser includa na demonstrao das mutaes do patrimnio
lquido, se elaborada e divulgada pela companhia. Ela (DMPL) no inclui somente o
movimento da conta de lucros ou prejuzos acumulados, mas tambm o de todas as demais
contas do patrimnio lquido.
MODELO
CIA. OLMPICA - DEMONSTRAO DOS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS EXERCCIO FINDO EM 31.12. X1 - SALDO EM 31.12. X1
RECURSOS:
1. Saldo inicial de lucros acumulados
2. Ajustes credores de Exerccios Anteriores
3. Reverso de reservas
De contingncias
De lucros a realizar
4. Outros recursos
5. Lucro lquido do exerccio
6. (-) Saldo anterior de prejuzos acumulados
7. (-) Ajustes devedores de exerccios anteriores
8. (-) Prejuzo lquido do ano
9. Total dos recursos.
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APLICAES:
10. Transferncia para reservas
Reserva legal
Reserva estatutria
Reserva p/ contingncias
Reserva de lucros a realizar
Reserva p/ investimentos
11. Dividendos ou lucros distribudos, pagos ou creditados (R$. por ao)
12. Parcela dos lucros incorporados ao capital
13. Outras aplicaes
14. Total das aplicaes
15. Lucros ou prejuzos acumulados (recursos - aplicaes)
Exemplo:
Lucro Lquido do Exerccio R$ 35.000,00
Em 31.12.2006, o saldo da conta de Lucros Acumulados da Cia. Temporal registrava o valor
de R$ 39.000,00.
Durante o exerccio de 2007, houve os seguintes lanamentos na conta Lucros Acumulados:
Destinao proposta para Distribuio de Dividendos (R$ 0,11 por ao) - R$ 10.500,00
Transferncia Para Reserva de Investimentos - R$ 6.000,00
Transferncia Para Reserva de Contingncias - R$ 1.100,00
Transferncia Para Aumento de Capital - R$ 20.000,00
Reverso das Reservas de Lucros a Realizar - R$ 9.000,00
Reverso da Reserva de Contingncias - R$ 10.000,00
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Diferena a Maior de CMV p/ Mudana de Critrio de Avaliao - R$ 3.000,00
Transferncia Para Reserva Estatutria - R$ 5.000,00
Lanamento a Menor na conta Proviso de Frias - R$ 1.000,00
Transferncia Para Reservas de Lucros a Realizar - R$ 1.500,00
Constituio da Reserva Legal - R$ 1.750,00
CIA. TEMPORAL
DEMONSTRAO DOS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS
EXERCCIO FINDO EM 31.12.2007
RECURSOS: Valor - R$ 1. Saldo inicial do exerccio 39.000,00 2. Ajustes credores de exerccios anteriores
Efeitos de mudana de critrio contbil 3.000,00 3. Reverso de reservas
De contingncias 10.000,00 De lucros a realizar 9.000,00
4. Lucro lquido do exerccio 35.000,00 5. (-) Ajuste de exerccios anteriores
Retificao de erro de exerccio anterior 1.000,00 6. Total dos recursos 95.000,00 APLICAES: 7. Transferncia para reservas
Reserva legal 1.750,00 Reserva estatutria 5.000,00 Reserva para contingncia 1.100,00 Reserva para investimentos 6.000,00 Reserva de lucros a realizar 1.500,00
8. Dividendos a distribuir (R$ 0,11 por ao) 10.500,00 9. Transferncia para aumento de capital 20.000,00 10. Total das aplicaes 45.850,00 11. Lucros Acumulados (Recursos - Aplicaes) 49.150,00
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UNIDADE 13 Objetivo: Destacar o lucro como orientao do investidor/scio, a sua formao e os registros no patrimnio lquido.
VARIAES DO PATRMNIO LQUIDO
O lucro como uma boa fonte do PL
A principal fonte de fortalecimento do capital prprio (PL) o bom lucro. Diferente do
prejuzo, que enfraquece a posio da empresa, ele representa o resultado positivo
(remunera os scios) e valoriza o empreendimento. A parcela do lucro no distribuda aos
proprietrios (retida na empresa) que fortalece a situao econmica, permitindo novos
investimentos e a continuidade da empresa.
Outras fontes do PL
Ao patrimnio lquido podem ser acrescidos novos aumentos de capital, originrios de
investimentos dos proprietrios, objetivando a expanso da empresa.
Todavia, em outros momentos, diante de problemas na situao patrimonial (e mesmo
financeira) comum que os proprietrios promovam um aumento de capital (reforo) na
tentativa de buscar um equilbrio, o que no seria recomendvel enquanto poltica de gesto.
O bom e constante lucro (principalmente a parte no distribuda aos scios) fator de
equilbrio da situao econmica da empresa e, por consequncia, da situao financeira e
patrimonial. Ressalte-se, entretanto, que, se o PL apresentar crescimento, durante vrios
perodos, em proporo menor que o capital de terceiros, a situao geral da empresa tende
a enfraquecer, caracterizando dependncia externa e dificuldade na gerao de resultados.
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Demonstrao das mutaes do PL (DMPL)
A demonstrao das mutaes do patrimnio lquido visa avaliar as modificaes sofridas
por seus componentes durante o exerccio social. As modificaes nos valores monetrios
dos elementos formadores do patrimnio lquido podem ser geradas de:
Ajuste de Exerccios Anteriores;
Capitalizao de Reserva de C.M. do Capital Realizado;
Formao de Reservas de Capital;
Capitalizao ou Utilizao de Reservas de Capital;
Formao de Reservas de Reavaliao (Ajuste de Avaliao Patrimonial);
Capitalizao de Reservas de Reavaliao (Ajuste de Avaliao Patrimonial);
Reverso de Reservas para Contingncias;
Reverso de Reservas de Lucros a Realizar;
Reteno de parte do Lucro Lquido de Exerccio sob forma de Lucros Acumulados;
Reteno de parte do Lucro Lquido de Exerccio sob forma de reservas de lucros;
Capitalizao de Reservas de Lucros;
Capitalizao de Lucros Acumulados;
Aumento do Capital Social por Subscrio de Aes;
Destinao de Lucro no Exerccio para Dividendos Intermedirios ou Antecipados.
Obs: No caso das empresas de capital aberto, a Demonstrao das Mutaes do Patrimnio
Lquido (DMPL) substitui a Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA).
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Demonstrao de Mutao do Patrimnio Lquido - DMPLDemonstrao de Mutao do Patrimnio Lquido - DMPL
Reserva de Capital Reserva de LucroLucro
AcumuladoCapital
RealizadoTotalgio na
Emissode Aes
C.M.Capital Legal Estat.
P/Conting. Oram.
Lucro aRealizar
Movimentao
Saldo Inicial
(+ / - Ajustes)
C. MonetriaA u m e n t o d eC a p i t a lR e v e rs o d eR e s e rv a sL u c r o L q u i d od o E x e r c c i o
Reserva Legal
Reserva Estat.
Reserva Oram.
Reserva p/ Cont.R e s e rv a L e g a la R e a l i z a r
Dividendos
Saldo Final
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UNIDADE 14 Objetivo: Visa separar receitas de despesas e apurar o resultado do exerccio.
APURAO DO RESULTADO
Resultado
A cada exerccio social ou perodo contbil (que ser no mximo de 12 meses) a empresa
apurar o resultado de suas operaes. Todavia recomendvel que a empresa apure o
sucesso (lucro) ou insucesso (prejuzo) em perodos mais curtos, trimestrais, quadrimestrais,
etc. O resultado a diferena entre as receitas e as despesas. Sendo positivo - lucro. Sendo
negativo - prejuzo.
Receita
Corresponde, em geral, s vendas de mercadorias ou prestaes de servios. Ela aparece
no balano atravs de entrada de dinheiro no caixa - vendas vista, ou entrada em forma de
direitos a receber - vendas a prazo - duplicatas a receber.
Despesas
todo o sacrifcio (consumo de bens ou servios para a obteno de receita) da empresa
para obter receita. Ela refletida no balano atravs de uma reduo do caixa (quando
paga no ato - vista) ou atravs de um aumento de uma dvida - passivo (para ser paga no
futuro).
Obs.: Em conformidade com a MP n 449 de 2008, convertida na Lei 11.941 de 2009, as receitas e despesas no devem mais ser segregadas como operacionais e no operacionais.
As receitas e despesas que estavam sendo classificadas como no operacionais, em conformidade com a norma anterior, devem ser denominadas de Outras Receitas e Outras Despesas, observando o disposto nos itens 136 e 137 do Comunicado Tcnico n 03 (Resoluo CFC n 1.157/09).
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DESPESAS
So todos aqueles gastos incorridos, que se relacionam diretamente com o objetivo do
negcio de uma empresa. Suponhamos o exemplo de uma empresa comercial que vende
mveis.
Os salrios e encargos do pessoal da administrao, do setor de vendas ou dos outros
setores, esto diretamente ligados ao objetivo do negcio. Isto porque, sem o pessoal da
administrao a empresa no sobreviveria. Da mesma forma, sem os vendedores a empresa
no teria receitas e, de maneira semelhante, sem os empregados dos outros setores, a
empresa no teria o apoio necessrio ao seu desenvolvimento.
Assim, so considerados custos e despesas todos aqueles gastos incorridos com o objetivo
final de gerar receitas diretamente relacionadas com a natureza especfica dos negcios de
uma empresa.
As despesas nas demonstraes financeiras
Dependendo do tamanho de uma empresa, as despesas exigidas para desenvolver suas
operaes podem variar, devendo ser contabilizadas em contas especficas para cada tipo
(ex: numa indstria temos que separar os salrios e encargos do pessoal da administrao).
Dessa forma, as empresas necessitam manter um grande nmero de contas que
representam e identificam as diversas despesas incorridas.
Para simplificar a apresentao das demonstraes financeiras, bem como para fornecer
informaes resumidas administrao da empresa, algumas despesas so agrupadas sob
ttulos indicativos de sua natureza.
Outras, por terem importncia e representarem parcelas relevantes em relao ao total de
despesas no so agrupadas, sendo apresentadas com ttulos separados. Damos a seguir
alguns exemplos de grupamentos que compe essas despesas.
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Despesas tributrias sobre vendas
Esse grupo contm as despesas tributrias geradas, conforme dito anteriormente.
ICMS S/vendas
ISS
PIS Faturamento
COFINS
Estas despesas so subtradas das vendas brutas para se chegar as vendas lquidas.
Despesas com vendas
Nesse grupo so agregadas todas as despesas que se relacionam com as vendas. Deve ser
observado que muitas das contas de despesas agrupadas, como despesas administrativas,
tambm podem ser classificadas com as despesas de vendas, desde que se relacionem
diretamente com as mesmas, e desde que a contabilidade mantenha contas separadas para
cada tipo de despesa.
Salrios e encargos sociais do pessoal de vendas; Alugueis de salas ou lojas de vendas;
Material de expediente do setor de vendas; Viagens, estadias e representaes dos
vendedores; gua, luz, telefones das lojas ou setor de vendas; Comisses de vendedores;
Prmios e seguros (sob bens utilizados p/setor de vendas); Manuteno de veculos
utilizados em vendas; Amostras grtis; Propaganda e publicidade dos produtos; Proviso
para devedores duvidosos (necessria para cobrir as perdas estimadas na cobrana de
contas a receber).
Honorrios da diretoria
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Nas sociedades annimas, os diretores so eleitos pelos acionistas reunidos em assembleia
geral, quando seus honorrios so fixados. At alguns anos atrs, os honorrios dos
diretores eram considerados como despesas administrativas.
Embora essa classificao esteja correta, cada vez maior o nmero de empresas que
apresenta os honorrios dos diretores destacados dos demais grupos de despesas. O
destaque mostra a influncia que a remunerao dos diretores provoca no resultado do
exerccio, comparativamente com as outras despesas.
Despesas administrativas
Nesse grupo so agregadas as despesas relacionadas com a administrao da empresa,
com exceo dos honorrios da diretoria, com j exposto.
Salrios e encargos sociais do pessoal administrativo; Alugueis de escritrio ou referentes a
administrao; Material de expediente; Servios de terceiros; Viagens, estadias e
representaes; gua, luz, telefones; Conservao e manuteno; Prmios e seguros;
Transporte do pessoal administrativo; Manuteno e reparos de veculos da administrao;
Outras despesas.
Despesas financeiras lquidas
Representam o custo das operaes de emprstimos e financiamentos. Nesse grupo esto:
Despesas de juros de emprstimos e financiamentos; Despesas de comisses bancrias;
Juros pagos s/atrasos de duplicatas; Receitas financeiras que devem ser deduzidas das
despesas.
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Outras despesas
So aquelas no relacionadas diretamente com a natureza especfica dos negcios de uma
empresa: Prejuzos na venda do Ativo Imobilizado; Multas (decorrente do no cumprimento
de uma obrigao); Perdas com sinistros;
Dbitos de proviso para desvalorizao de investimentos ( considerado como outra
despesa, desde que aplicar numerrio em investimentos no seja o objetivo da empresa).
Esse grupo de contas demonstrado aps as outras receitas no.
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UNIDADE 15 Objetivo: Estudar a importncia e a dinmica do demonstrativo em revelar o lucro ou prejuzo da empresa, o que muito oportuno para o conjunto dos estudos e cumpre demonstrar os componentes que permitiram alcanar o resultado.
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
A demonstrao do resultado do exerccio, conforme o prprio nome sugere, demonstra o
resultado obtido pela empresa no perodo, isto , o lucro ou prejuzo.
importante notar que, enquanto o Balano Patrimonial representa a posio da empresa
em determinado momento, a Demonstrao do Resultado acumula as receitas, os custos e
as despesas relativas a um perodo de tempo, mostrando o resultado e possibilitando
conhecermos seus componentes principais.
O artigo 187 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Aes),
instituiu a Demonstrao do Resultado do Exerccio.
A Demonstrao do Resultado do Exerccio tem como objetivo principal apresentar de forma
vertical resumida o resultado apurado em relao ao conjunto de operaes realizadas num
determinado perodo, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislao mencionada, as empresas devero na Demonstrao do
Resultado do Exerccio discriminar:
A receita bruta das vendas e servios, as dedues das vendas, os abatimentos e os
impostos;
A receita lquida das vendas e servios, o custo das mercadorias e servios vendidos
e o lucro bruto;
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As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
O lucro ou prejuzo operacional, as receitas e despesas no operacionais;
O resultado do exerccio antes do Imposto sobre a Renda e a proviso para o
imposto;
As participaes de debntures, empregados, administradores e partes beneficirias,
e as contribuies para instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de
empregados;
O lucro ou prejuzo lquido do exerccio e o seu montante por ao do capital social.
Na determinao da apurao do resultado do exerccio sero computados em obedincia
ao princpio da competncia:
a) As receitas e os rendimentos ganhos no perodo, independentemente de sua
realizao em moeda; e
b) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
MODELO DA DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
RECEITA BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestao de Servios
(-) DEDUES DA RECEITA BRUTA
Devolues de Vendas
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Abatimentos
Impostos e Contribuies Incidentes sobre Vendas
= RECEITA LQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Servios Prestados
= RESULTADO BRUTO
(-) DESPESAS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variaes Monetrias e Cambiais Passivas
(-) Variaes Monetrias e Cambiais Ativas
(-) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS
= RESULTADO LQUIDO
RESULTADOS
Outra Receitas
Outra Despesas
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= LUCRO LQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIO SOCIAL E
SOBRE O LUCRO
(-) Proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social Sobre o Lucro
= LUCRO LQUIDO ANTES DAS PARTICIPAES
(-) Participaes de Administradores, Empregados, Debntures e Partes
Beneficirias
(=) RESULTADO LQUIDO DO EXERCCIO
RECEITA BRUTA
Compreende a receita bruta das vendas de bens e servios prestados em operaes
realizadas pela empresa.
Na receita bruta no se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais
concedidos e os impostos no cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou
contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos servios seja mero
depositrio (pargrafo nico do art. 31 da Lei 8.981/1995).
Os impostos no cumulativos citados correspondem ao IPI e ao ICMS quando cobrado como
substituio tributria.
Assim, para a aplicao do conceito legal de Receita Bruta, recomendvel que a empresa
que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o faa em conta de Faturamento
Bruto e no em Receita de Venda de Produtos, ficando assim o plano de contas da
empresa:
Faturamento Bruto
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituio Tributria
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(=) Receita Bruta de Vendas e Servios
DEDUES DA RECEITA BRUTA
Devolues de Vendas
Nesta conta, de natureza devedora, so registradas as devolues de vendas relativas
anulao de valores registrados como receita bruta de vendas e servios. Assim sendo, as
devolues no devem ser deduzidas diretamente da conta de vendas, mas registradas
nessa conta devedora.
Abatimentos
Nessa conta sero registrados os descontos incondicionais concedidos aos clientes relativos
s vendas e servios.
Impostos e Contribuies Incidentes sobre Vendas
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituio tributria), que so registrados em contas
devedoras.
Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS, ICMS,
PIS, COFINS, sero diminudos da receita bruta.
Custos das Vendas
Estas contas registram os custos de bens ou servios vendidos. A apurao do custo das
mercadorias vendidas est diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois
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representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no perodo e
apurado atravs da equao CMV=EI+C-EF.
Despesas de Vendas e Administrativas
As despesas de vendas representam os gastos de promoo, colocao e distribuio dos
produtos da empresa, bem como os riscos assumidos pela venda, tais como:
a) Despesas com folha de pagamento da rea de vendas;
b) Comisses sobre vendas;
c) Propaganda e publicidade;
d) Gastos com garantia de produtos;
e) Utilidades e servios: transporte, depreciao e manuteno de bens, energia eltrica,
telefone, gua.
As despesas administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direo ou
gesto da empresa, tais como:
a) Despesas com o pessoal: salrios, gratificaes, frias, encargos, assistncia mdica,
transporte;
b) Utilidades e servios: energia eltrica, gua, telefone, fax, correio, seguros;
c) Despesas gerais: material de escritrio, material de limpeza, viagens, alimentao,
jornais e revistas, despesas legais e judiciais, servios profissionais contratados,
depreciao e manuteno de bens;
d) Impostos e taxas: IPTU, IPVA, ITR, Contribuio Sindical.
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Receitas e Despesas Financeiras
Nesse grupo so includos os juros, os descontos e a atualizao monetria pr-fixada, alm
de outros tipos de receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicaes
financeiras.
As atualizaes monetrias ou variaes cambiais de emprstimos so registradas
separadamente no grupo variaes monetrias.
As Receitas Financeiras compreendem:
Descontos obtidos, decorrentes de pagamentos antecipados de duplicatas de fornecedores ou outros ttulos;
Juros recebidos referentes aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de pagamento e outras operaes similares;
Receitas de aplicaes financeiras que englobam as receitas decorrentes de aplicaes financeiras, correspondentes diferena entre o valor aplicado e o valor resgatado, do tipo Certificado de Depsito Bancrio (CDB), etc.;
Outras receitas de investimentos temporrios.
As Despesas Financeiras compreendem:
Descontos concedidos aos clientes pelo pagamento antecipado ou pontual de duplicatas;
Juros de emprstimos, financiamentos, descontos de ttulos e outras operaes;
Comisses e despesas bancrias cobradas pelos bancos nas operaes de desconto, de concesso de crdito, etc.
Correo monetria prefixada de emprstimos.
As Variaes Monetrias de Obrigaes e Crditos compreendem:
Variao cambial incorrida pela atualizao peridica de obrigaes ou crditos a
serem pagos ou recebidos em moeda estrangeira;
Atualizao monetria que registra as atualizaes sobre obrigaes ou crditos
sujeitos clusula de atualizao monetria.
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Outras Receitas e Outras Despesas
Abrange outras receitas e despesas decorrentes de atividades acessrias do objeto da
empresa, tais como:
a) Lucros e prejuzos em participaes societrias;
b) Vendas de sucatas ou sobras de estoques.
Resultados sobre Outras e Receitas e Outras Despesas
So os resultados decorrentes de outras operaes no ligadas s atividades principais ou
acessrias da empresa, tais como:
a) Ganhos e perdas na alienao de investimentos permanentes;
b) Ganhos e perdas na alienao de bens e direitos do ativo permanente;
c) Ganhos e perdas por desapropriao, baixa por perecimento, extino, desgaste,
obsolescncia de bens do ativo permanente.
Imposto de Renda e Contribuio Social Sobre o Lucro
Nessas contas devem ser registrados os valores relativos Contribuio Social Sobre o
Lucro e do Imposto de Renda devido sobre o resultado.
Participaes e Contribuies
Essas participaes e contribuies devem ser contabilizadas na prpria data do balano,
mediante dbito nas contas de particip
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