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RELATÓRIO DE GESTÃO
REFERENTE AO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE JANEIRO E 25 DE
SETEMBRO DE 2013
DEZEMBRO 2013
2.
ÍNDICE
Página
1. INTRODUÇÃO
3
2. AS ACTIVIDADES PREVISTAS E AS ESPECIFICIDADES DE CONTEXTO
4
3. AS ACTIVIDADES PREVISTAS E A SUA LÓGICA DE INTERVENÇÃO
7
4. ANÁLISE AVALIATIVA DOS PROJECTOS E DOS DOMÍNIOS DE ACTIVIDADE
18
5. A INTERVENÇÃO NA SUA GLOBALIDADE
23
6. RELATÓRIO E CONTAS
25
3.
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório de gestão reporta-se ao período compreendido entre 1 de Janeiro e 25 de
Setembro de 2013, correspondendo ao período de intervenção da Presidência da Escola que
exerceu a sua actividade durante o período em apreço. Com efeito, e dando sequência ao
estipulado estatutariamente, teve lugar a realização de eleições para a Presidência da ESHTE,
as quais culminaram com a tomada de posse do novo responsável, a qual ocorreu
precisamente no passado dia 25 de Setembro.
Por outro lado, em termos legais, estabelece-se que a apresentação da conta de gerência
referente ao período compreendido entre 1/1 e 25/9/2013 compete à nova presidência,
embora a mesma se reporte a um exercício em relação ao qual as responsabilidades e
actividades exercidas não são da sua esfera de competências. Assim, o presente documento
possui um carácter essencialmente descritivo no plano das estratégias e das acções
desenvolvidas, além da apresentação das contas numa perspectiva eminentemente factual.
Durante o período em apreço no presente relatório, os órgãos sociais da ESHTE tinham a
seguinte composição:
Conselho Geral Presidente
Carlos Manuel Lavrador de Jesus Carreiras
Presidente Fernando João de Matos Moreira
Vice-Presidente João Esteves Nunes Leitão
Administradora Cristina Maria Santos dos Santos
Conselho de Gestão
Presidente Fernando João de Matos Moreira
Vogal João Esteves Nunes Leitão
Vogal Cristina Maria Santos dos Santos
Vogal Vitor Manuel Bernardo Toricas
Vogal Sandra Maria Santos Gameiro Henriques de Jesus de Brito Pereira
Conselho Técnico-Científico Presidente
Raúl Manuel das Roucas Filipe
Conselho Pedagógico Presidente
Isilda Maria Lopes de Sousa Ramos Leitão
Após 25 de Setembro e com a posterior realização das eleições para o Conselho Técnico-
Científico, os órgãos sociais da ESHTE passaram a ter os seguintes titulares:
4.
Conselho Geral Presidente
Carlos Manuel Lavrador de Jesus Carreiras
Presidente Raul Manuel das Roucas Filipe
Vice-Presidente Carlos Fernando Santiago Neto Brandão
Administrador Vítor Manuel Pereira de Andrade
Conselho de Gestão
Presidente Raul Manuel das Roucas Filipe
Vogal Carlos Fernando Santiago Neto Brandão
Vogal Vítor Manuel Pereira de Andrade
Vogal António Manuel Henrique Fernandes
Vogal Carlos Manuel Torres
Conselho Técnico-Científico Presidente
Jorge Manuel Rodrigues Umbelino
Conselho Pedagógico Presidente
Isilda Maria Lopes de Sousa Ramos Leitão
O presente relatório – que procurará ser o mais objectivo possível – irá contemplar cinco
partes principais, as quais se debruçarão sobre os aspectos que a seguir se descrevem:
As actividades previstas e as especificidades de contexto;
As actividades previstas e a sua lógica de intervenção;
A intervenção na sua globalidade;
Análise avaliativa dos projectos e dos domínios de actividade nas ópticas da aderência
às grandes estratégias da Escola, relevância, eficiência, eficácia e sustentabilidade;
O relatório e contas, que inclui a análise à execução orçamental e às demonstrações
financeiras.
Na preparação deste documento utilizaram-se documentos produzidos pela anterior
Presidência, com particular enfâse para as “Linhas orientadoras do orçamento para 2013”,
cujo conteúdo inclui o conjunto de apostas por relação aos grandes objectivos (e estratégias)
então definidos para a Escola. Por outro lado, tanto quanto possível no caso vertente,
abordaremos as actividades/projectos inscritas nas “Linhas orientadoras do orçamento para
2013”, não numa óptica descritiva, mas sim avaliativa, tendo sempre presente que a
apreciação efectuada não se reporta à totalidade do ano, o que invalida uma perspectiva final
sobre os níveis de execução.
5.
2. AS ACTIVIDADES PREVISTAS E AS ESPECIFICIDADES DE CONTEXTO
Tal como decorre dos seus estatutos, a ESHTE é um estabelecimento público de ensino
superior politécnico, criado pelo decreto-lei 374/91, de 8 de Outubro, com a tutela do
Ministério da Educação e Ciência, tendo como principais atribuições a criação, transmissão e
difusão de conhecimentos relacionados com o exercício de actividades profissionais altamente
qualificadas, nas áreas do turismo, da hotelaria e da restauração.
A ESHTE constitui, assim, um centro de formação cultural e técnica de nível superior, para
preparar profissionais, que possam dar resposta aos desafios que se colocam ao sector
empresarial e institucional do turismo.
Nas “Linhas orientadoras do orçamento para 2013” refere-se que “ (…) nos anos transactos foi
objectivo principal da ESHTE dar continuidade ao acréscimo qualitativo e quantitativo já
experimentado anteriormente, dando seguimento, desta forma, às opções estratégicas
definidas em sede de plano global. Este desiderato seria conseguido não só aprofundando a
estrutura curricular especialmente adequada a Bolonha, a aposta no 2º ciclo de formação e o
alargamento da oferta dos Cursos de Especialização Tecnológica, mas também dando início a
um conjunto alargado de outros projectos que se entenderam como fundamentais para
assegurar a sustentabilidade da posição cimeira que a Escola vem mantendo no domínio da
educação e da formação superior em turismo”.
Reconhece-se no citado documento que dois aspectos avultaram como fundamentais no
caminho para a manutenção e o reforço da dimensão que decorrem de forma implícita à
problemática da competitividade. Assim, aponta-se, em primeiro lugar, o factor qualidade,
sem o qual, quer a oferta tradicional, quer a que decorrerá de um esforço de correspondência
às exigências do futuro, ficariam gravemente comprometidas, perdendo grande parte da sua
energia transformadora.
A este elemento juntou-se o factor inovação, aquele que, “ (…) conjuntamente com um
posicionamento prospectivo, permitiu - e permitirá - pensar a oferta de amanhã e, desta
forma, assegurar a posição liderante num quadro inevitável de maior concorrência e
mimetismo face à panóplia de produtos formativos e educativos que a ESHTE oferece
presentemente”.
6.
Por outro lado, nas “Linhas orientadoras do orçamento para 2013” recuperam-se os grandes
desafios que a ESHTE se propôs assumir em 2012, destacando-se os seguintes:
a) Finalizar o processo de resolução do estrangulamento principal da Escola – a gestão das
instalações;
b) Pôr a Fundação ESHTE I&D a funcionar em velocidade de cruzeiro;
c) Fazer aprovar nova oferta educativa graduada;
d) Promover, através da Fundação ESHTE I&D, nova oferta formativa não graduada (Pós-
graduações/executive masters, cursos de curta duração, cursos em e-learning);
e) Dar continuidade ao relacionamento com instituições congéneres internacionais,
nomeadamente no que se refere ao lançamento de programas de formação conjuntos;
f) Dar continuidade aos investimentos destinados ao apetrechamento e reparação de
equipamentos, designadamente laboratórios (com a sua acreditação) e áreas técnicas
de cozinha e de restauração;
g) Prosseguir o aprofundamento do quadro relacional da ESHTE, com os PALOP e com
Timor-Leste;
h) Concluir os processos em curso no âmbito do sistema de gestão e garantia da
qualidade/gestão da informação e workflow;
i) Fomentar um conjunto de projectos específicos, nomeadamente o Programa SolidAct
2010/13, o museu virtual do turismo, o restaurante de demonstração;
j) Pôr em prática outras medidas tendentes ao aumento das receitas e contenção das
despesas.
Como se reconhece no Relatório de Actividades referente a 2012, nem todos os objectivos
definidos foram alcançados, nomeadamente o problema de instalações, o qual se reveste de
importância capital para a Escola.
Tendo em conta este aspecto, bem como a vontade demonstrada pela tutela em reformular o
quadro de funcionamento das escolas superiores não integradas, a anterior presidência da
ESHTE concluiu que os grandes objectivos sucessivamente definidos e sempre adiados só
poderiam ser conseguidos num quadro de cooperação estratégica entre três entidades: a
ESHTE (enquanto sujeito interessado e proactivo), a Câmara Municipal de Cascais (enquanto
agente facilitador) e a Universidade de Lisboa (enquanto universo de acolhimento e
fornecedora de espessura institucional e de capilaridade da rede académica).
7.
Como corolário deste entendimento, a anterior presidência da ESHTE identificou como
objectivo prioritário para 2013, a conclusão do processo de integração na Universidade de
Lisboa ou na nova Universidade de Lisboa. A perspectiva existente baseava-se no
reconhecimento que “ (…) se avizinhavam profundas alterações ao nível da rede do ensino
superior público, facto que implicava a adopção de medidas proactivas atempadas” e na ideia “
(…) de que os problemas estruturais da ESHTE, nomeadamente os orçamentais e de
instalações, não seriam resolvidos em tempo útil senão no quadro de uma reformulação global
da instituição apoiada nos acordos estabelecidos com a Universidade de Lisboa e com a
Câmara Municipal de Cascais”.
8.
3. AS ACTIVIDADES PREVISTAS E A SUA LÓGICA DE INTERVENÇÃO
Para o ano lectivo de 2012/2013 previam-se algumas alterações à paleta de oferta da Escola
Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Na opinião da anterior presidência da ESHTE, as
referidas alterações, admitindo um cenário de futuro optimista, prendiam-se com três ordens
de razões – a adequação da oferta ao perfil da procura verificado nos anteriores anos lectivos;
o preenchimento de janelas de oportunidade no quadro da análise prospectiva efectuada pela
Escola relativamente à evolução futura do sector do turismo internacional e nacional e seus
consequentes reflexos ao nível das necessidades educativas e formativas de amanhã; e, no
novo quadro institucional e relacional da ESHTE.
Contudo, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior apenas aprovou um novo
curso para entrar em funcionamento no ano lectivo 2012/13, o Mestrado em Inovação em
Artes Culinárias, o que limitou a expansão e diversificação pretendida para a oferta formativa
graduada.
A ESHTE contava ainda desenvolver um conjunto de outras iniciativas lectivas e não lectivas, as
quais decorriam de outros documentos de referência produzidos pela anterior presidência e
que, na opinião dos autores, lhes conferiam racionalidade de conjunto: As grandes opções
para a Escola no horizonte do quadriénio do mandato da actual presidência da Escola
(2009/10-2013/14), os Guias para a Sustentabilidade Económica e Financeira da ESHTE e o
processo em curso de integração na Universidade de Lisboa.
Apresenta-se, seguidamente, a listagem estabelecida pela anterior presidência nos domínios
de actividade e respectivas acções.
3.1. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 1 – INSTALAÇÕES, INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
Objectivos – melhoria, alargamento e gestão efectiva das instalações e dos equipamentos
escolares.
3.1.1. Recuperação e adaptação de instalações internas e externas à Escola
Natureza do projecto:
(Não descrito e não contabilizado em orçamento)
9.
3.1.2. Reparação e renovação de equipamentos nas áreas técnicas de cozinha
Natureza do projecto:
Os equipamentos das áreas técnicas de cozinha datam, na sua grande maioria, da abertura do
Centro Escolar e Hoteleiro do Estoril, há 21 anos. Por outro lado, porque os referidos
equipamentos são utilizados por duas instituições, a ESHTE e a Escola de Hotelaria do Estoril
(sob tutela do Turismo de Portugal/Ministério da Economia), recaiu sobre os mesmos, ao
longo dos anos, uma utilização intensa, da ordem das 16 horas diárias (excepto aos Domingos).
Como tal, sejam as infra-estruturas de base (gás, água e sistema de eliminação de efluentes
líquidos), sejam os próprios equipamentos (postos individuais de cozinha, fornos, frigoríficos,
batedeiras, …) encontram-se em situações precárias que se traduzem em frequentes avarias.
Assim sendo, e no quadro do novo mestrado em Inovação em Artes Culinárias, impõe-se,
transformar o Anfiteatro de cozinha num verdadeiro laboratório avançado de cozinha e
gastronomia.
(Contabilizado em Orçamento com verbas PIDDAC)
3.1.3. Apetrechamento das áreas laboratoriais
Natureza do projecto:
O uso intensivo dos laboratórios para actividades docentes e de investigação provoca,
naturalmente, um desgaste acentuado dos equipamentos e das infra-estruturas.
Por outro lado, as instalações do laboratório não compreendiam uma sala de pesagens,
indispensável para que o mesmo cumprisse as boas práticas. A melhoria das instalações
laboratoriais para além de potenciar a função pedagógica, poderá futuramente viabilizar que
esta estrutura cumpra com requisitos considerados básicos para a prestação de serviços à
comunidade.
(Contabilizado em Orçamento com verbas PIDDAC)
3.2. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 2 – INOVAÇÃO, EMPREENDORISMO, INVESTIGAÇÃO E
FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO
Objectivos – manutenção da posição de liderança no âmbito da oferta formativa em turismo,
proactividade, reforço da ligação Escola/Trade, reforço da Escola enquanto centro de
produção de conhecimento, adequação da Escola às novas exigências em matéria de
10.
qualificação do corpo docente, reforço da componente de prestação de serviços à comunidade
e aumento de receitas próprias da Escola.
3.2.1 – Núcleo Inovação e Empreendorismo
Natureza do projecto:
Tendo em conta que o ambiente de contexto das instituições muda em ritmo
progressivamente acelerado, a inovação surge como um factor central da manutenção e do
reforço da competitividade.
Sendo esta uma proposição com a qual a maioria das instituições de nova geração estão de
acordo, verifica-se, não obstante, que são relativamente poucas as que, na prática, criam as
condições indispensáveis ao trinómio “ideia, criatividade, inovação”.
Neste quadro, quando nos referimos à importância da inovação no estabelecimento de um
futuro desejado para a ESHTE, importa transcender as intenções e não só fomentar um meio
escolar efectivamente criativo e inovador, mas também aprender a gerir a inovação.
(Previsto em orçamento)
3.2.2. Acreditação de ciclos de estudos junto da A3ES
Natureza do projecto:
A criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior dá sequência ao desígnio
de avaliação para a qualidade incidente sobre a oferta educativa disponibilizada, quer pelo
subsistema público, quer pelo privado. Assim, para além da avaliação prévia dos cursos já
existentes, durante o próximo ano serão submetidos à agência dois novos ciclos de estudos
graduados, um de primeiro ciclo e um de segundo.
(Previsto em orçamento)
3.2.3 – Criação de condições para o lançamento de oferta formativa em inglês
Natureza do projecto:
Independentemente de apreciações que se possam efectuar, é inegável que a língua inglesa
vem assumindo, de forma crescente, o estatuto de idioma Internacionalmente aceite. Daí
decorre que, no que diz respeito às instituições de ensino superior, as que não acompanhem
esta tendência pesada colocar-se-ão, no futuro, cada vez mais numa posição marginal, seja em
termos de reconhecimento técnico-científico internacional, seja no que às trocas de alunos e
professores diz respeito.
11.
Nesta medida e tendo em vista a necessária internacionalização da ESHTE, importa, desde já,
dar início à criação de condições para que alguma oferta educativa migre para a língua inglesa.
Ex: a criação da pós-graduação em Inovação e Empreendedorismo no Turismo em parceria
com a Grenoble Graduate Business School, que será leccionada em inglês.
(não previsto especificamente em orçamento)
3.3. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 3 – VISIBILIDADE EXTERNA E REDES RELACIONAIS
Objectivos – fortalecimento da massa crítica da Escola através do reforço da sua visibilidade
externa, da sua ligação com o trade e da sua integração em redes relacionais de geometria e
âmbitos diversificados.
3.3.1. Renovação dos materiais de divulgação da Instituição e dos cursos
Natureza do projecto:
Embora a notoriedade de uma instituição de ensino se construa fundamentalmente em torno
do grau de satisfação dos seus diplomados e dos respectivos empregadores, a mesma pode ser
reforçada através da visibilidade que um programa de divulgação coerente e bons materiais de
apoio sempre acrescem. Por outro lado, prevê-se a necessidade de, num novo quadro
institucional, proceder à transformação completa dos suportes de divulgação e comunicação.
(Previsto em orçamento)
3.3.2. Expansão da actividade educativa à distância
Natureza do projecto:
Tendo em conta o desígnio da sociedade portuguesa relativo ao aumento das qualificações e
das competências da população em geral, bem como os progressos efectuados nos últimos
anos ao nível das tecnologias de comunicação à distância e dos processos pedagógicos não
presenciais, prospectiva-se que o ensino e a formação em moldes não tradicionais venha a
sofrer, num futuro próximo, uma expansão extraordinária. Dentro desta última vertente,
salienta-se, como modalidade mais estruturada e aceite, o e-learning.
Por outro lado, é sabido que o ensino e a formação em e-learning, para atingir os fins
pedagógicos que se propõem alcançar e para respeitar patamares de qualidade consentâneos
com instituições de reconhecida qualidade, implica um processo de cuidadoso planeamento,
de intenso esforço de convergência de contributos e de laboriosa preparação de materiais de
apoio aos processos formativo e educativo.
12.
Acresce que no actual quadro de desenvolvimento turístico de países e de regiões com deficits
de oferta formativa e educativa, o e-learning poderá viabilizar a aquisição das competências
indispensáveis à alimentação de um mercado de emprego turístico carenciado de profissionais
susceptíveis de assegurar uma oferta competitiva em termos da qualidade dos serviços e das
experiências turísticas disponibilizadas. Estão neste caso alguns países lusófonos,
designadamente Cabo-Verde, Angola, Moçambique e, em menor grau, São Tomé e Príncipe e
Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Assim, para além de conferir densidade aos laços já existentes entre a Escola e os PALOP no
domínio do ensino e da formação, o estabelecimento de uma oferta em e-learning permitirá
alargar substancialmente o mercado potencial da instituição e, deste modo, contribuir para o
necessário reforço da componente das receitas próprias.
É de referir, ainda, que o apuramento das metodologias e das rotinas associadas ao e-learning,
para além de posicionarem a Escola no pelotão da frente de uma oferta com futuro e do
futuro, permitiria abrir novas janelas de oportunidade associadas a produtos turísticos cuja
formação exige a presença dos alunos em contexto de aplicação prática. A título de exemplo,
cita-se a formação no âmbito dos cruzeiros, a qual, beneficiando do e-learning, poderá
viabilizar ciclos de estudos que combinem a prática profissional a bordo com o ensino à
distância apoiado por monitores residentes.
(Previsto em orçamento)
3.3.3. Promoção de eventos
Natureza do projecto:
Da mesma forma que os destinos turísticos promovem as respectivas visibilidade, notoriedade
e competitividade através da organização de eventos de magnitudes diversificadas, também as
instituições de ensino recorrem à organização e/ou participação em iniciativas diversas tendo
em vista a obtenção de fins similares.
Neste domínio destacaríamos a organização, em conjunto com outras instituições apoiantes,
do evento "EuroMed".
(Previsto em orçamento)
3.3.4. Promoção do projecto ESHTE SolidAct 2011/12
Natureza do projecto:
13.
É um facto iniludível que, progressivamente, as empresas e as restantes instituições de
referência colocam na sua agenda quotidiana preocupações de natureza ambiental e social.
Trata-se, efectivamente, de um alargamento do conceito de missão dessas entidades de um
plano estritamente económico funcional para um outro patamar, mais elevado, em que
acrescem dimensões de natureza ética e solidária.
Ora, se tal tem sido uma tendência geral em meios tradicionalmente alheios às questões da
solidariedade e da inovação social, muito mais se justifica que no âmbito das instituições de
ensino superior tais preocupações e tais práticas encontrem um acolhimento e um ambiente
propício ao seu desenvolvimento. E, embora ao nível nacional a maioria das instituições de
ensino superior continuem distantes de tal problemática, quando deslocamos a nossa análise
para as grandes escolas de referência internacionais encontramos bem presentes programas
de natureza humanitária, de acção para a cidadania e de intervenção social de voluntariado
num mundo global.
Neste quadro, o programa ESHTE SolidAct (Acção Solidária) 2010/13 encerra dois objectivos
principais; dotar os aderentes com a capacidade de adaptação à mudança, entendendo esta
em termos de função, sector, lugar/país de residência ou de trabalho; promover a
responsabilidade social e os valores humanos, qualidades que os diplomados devem
transportar para os seus locais de trabalho e para os seus projectos de vida.
Trata-se, portanto, de fomentar a acção solidária voluntária enquanto catalisadora de
maturidade, de compreensão do “outro”, de mundivisão global, e de experimentação das
capacidades adquiridas durante o processo educativo, em condições adversas e desafiantes.
Cada aluno ou grupo de alunos desenvolverá o seu próprio projecto – ou aderirá aos projectos
que cada ano a escola proporá. À Escola caberá apoiar o desenvolvimento dos projectos
individuais e promover o encontro de formas de financiamento dos mesmos. Projectos que se
desenrolem tendo o turismo como ferramenta e alavanca para o desenvolvimento das
comunidades e dos espaços desfavorecidos, poderão ter equivalência aos estágios curriculares
nas condições a definir.
O programa ESTHE SolidAct 2012/13, contará com dois ramos de actuação (dois
subprogramas): ESHTE ComunidAct 2013 – vocacionado para uma intervenção de proximidade
(níveis local, regional e nacional) e ESHTE WorldAct 2012/13, vocacionado para a intervenção
14.
nos países em vias de desenvolvimento, nomeadamente nos de expressão portuguesa,
particularmente com Timor-Leste.
(Previsto em orçamento)
3.3.5. Museu Virtual do Turismo (MUVITUR)
Natureza do projecto:
O museu virtual do turismo (MUVITUR) visa preencher uma lacuna que, cremos, existe no País:
um espaço museológico dedicado exclusivamente ao turismo português. Desta forma, a
iniciativa conferirá visibilidade externa à ESHTE e reforçará o seu papel de líder no domínio da
inovação no campo do turismo. Por outro lado, a ESHTE foi, em 2012, alvo da doação, por
parte do Sr. Celestino Domingues, de uma vultuosa colecção de materiais sobre turismo que
urge conservar, organizar, valorizar e disponibilizar à comunidade.
Assim sendo, o MUVITUR assume como sua missão a recolha, a organização, a exposição e a
disponibilização, segundo nexos temáticos e sistemáticos, de objectos relacionados com o
turismo, tendo em vista a educação e o recreio do seu público, bem como o apoio ao ensino e
à investigação científica nacional e internacional. Compreenderá três domínios de actuação
primordiais: o expositivo (exposição permanente, exposições temporárias e ambientário
turístico), o arquivístico consultável on-line configurado pelo seu acervo em reserva
(iconografia e documentos relevantes para a história do turismo) e o de serviços à comunidade
(serviços educativos, apoio à investigação científica, loja on-line e fórum formativo e
relacional).
A opção pela utilização de uma plataforma virtual para estruturar o museu do turismo justifica-
se através de três razões principais: maior facilidade na recolha das peças museológicas a
exibir e arquivar (visto permitir reunir facilmente num mesmo espaço virtual - através de
digitalização - objectos que se encontram dispersos por colecções públicas e privadas e,
sobretudo, por não implicar a perca ou transferência da propriedade dos mesmos); a abertura
de possibilidades para a introdução, a preços exequíveis, de inovações no campo da
museografia de imersão (ambientário turístico), a facilidade no acesso já que a virtualidade
assegura a eliminação dos factores localização e distância e, finalmente, a flexibilidade,
facilidade e economia de meios museográficos na disponibilização dos seus produtos.
Interessa, ainda, sublinhar que o MUVITUR deverá ser encarado como um projecto em
constante produção e evolução, seja no domínio dos objectos museológicos à sua guarda, seja
15.
no âmbito das soluções museográficas adoptadas, seja, também, no que diz respeito às suas
componentes principais, as quais poderão e deverão ser expandidas em conformidade com as
necessidades da procura (por exemplo, para o âmbito de um futuro repositório científico
nacional sobre turismo). Em qualquer dos casos, o leque de caminhos que se abrirão, no
futuro, ao museu virtual do turismo é enorme, nomeadamente através da incorporação das
novas e futuras tecnologias da computação e da disponibilização de conteúdos digitais,
directamente no espaço do Museu, ou indirectamente em suportes conectáveis e consultáveis
no terreno.
3.3.6. Promoção da Associação de Antigos Alunos da ESHTE
Natureza do projecto:
O desejo assumido pela Escola de fortalecer as redes relacionais em que se inclui, passa,
também, por fomentar os laços afectivos entre a mesma e os alunos que, mercê do término
dos seus estudos, se afastam fisicamente.
Trata-se não só de sublinhar e materializar o princípio segundo o qual “uma vez aluno da
ESHTE, a qualidade de membro da comunidade escolar estende-se por toda a vida”, mas
também dar corpo à organização de um centro de opinião informada e de lobbying favorável,
no exterior, à Escola.
A materialização da associação deverá ser da responsabilidade da AEESHTE, reservando-se a
Escola ao papel de catalisador da ideia junto daquela e, posteriormente, de facilitadora e
apoiante da iniciativa concreta. A criação desta Associação permitirá ainda fazer um
acompanhamento do percurso profissional dos ex-alunos da ESHTE, através de registos em
bases de dados, úteis para medir o grau de empregabilidade dos cursos ministrados pela
ESHTE.
(Previsto em orçamento)
3.4. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 4 – REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
Objectivos – racionalização e melhoria de processos; incremento da eficácia e da eficiência dos
serviços; implementação do sistema de gestão documental e workflow. Melhoria da eficácia e
da eficiência dos serviços de âmbito administrativo prestados.
3.4.1. Manutenção do Sistema de Gestão Documental e Workflow
Natureza do projecto:
16.
O Sistema de Gestão Documental e Workflow (SGDW) encontra-se numa fase adiantada de
concretização. Assim, a par com a manutenção das funcionalidades iniciais que se encontram
em funcionamento, foram definidos todos os workflows específicos do sistema, os quais
constam de uma pasta própria.
A evolução do sistema, medida através dos indicadores escolhidos para o efeito, mostra que se
têm atingido os objectivos pretendidos em termos de expansão. Para 2013 definiu-se como
desejável a abertura do SGDW aos docentes. Com efeito, priorizou-se a estabilização da
utilização do sistema por parte do pessoal não docente, já que se entendeu que tal seria
necessário para garantir a abertura do sistema em condições de segurança e de controlo
efectivo das várias funcionalidades.
No plano do envolvimento dos docentes com o sistema irá priorizar-se a integração de grupos
com funções específicas, nomeadamente, os Directores de Cursos e os Coordenadores de
Áreas Científicas, os quais produzem pareceres e outros documentos que podem ser
canalizados directamente para a base de dados, sem necessidade de garantir este
procedimento através do Serviço de Expediente e Arquivo, o qual tem funcionado como
elemento de charneira neste processo.
Saliente-se igualmente que a cadência de operacionalização dos workflows específicos, pelos
efeitos que produz, continuará a obedecer a uma lógica de implementação progressiva, onde
as componentes de teste, de formação de utilizadores e de cruzamento com as rotinas já
existentes, passam sequencialmente por um processo de aferição integrada, de forma a não
introduzir elementos de descoordenação ou de duplicação de procedimentos.
(Previsto em orçamento)
3.4.2. Introdução do programa de produção de horários
Natureza do projecto:
Tendo sido anteriormente reorganizada a estrutura e composição dos serviços da Escola, bem
como incorporados os mecanismos e as ferramentas necessárias para se atingirem os níveis de
eficácia e eficiência nas diversas áreas funcionais compatíveis com os grandes desideratos que
se almejam para a Escola, é necessário, agora, manter os respectivos funcionamentos.
17.
Para libertar os Serviços Académicos da produção dos horários escolares, importa criar uma
Comissão que agilize o processo e garanta a sua elaboração em tempo útil, tirando partido do
software adequado para o efeito.
(Previsto em orçamento)
3.4.3. Adequação dos sistemas internos ao novo quadro institucional
Natureza do projecto:
Adequação de sistemas informáticos, processos e procedimentos à Universidade de Lisboa.
(Previsto em orçamento)
3.5. DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 5 – AVALIAÇÃO E POLÍTICA DE QUALIDADE
Objectivos – qualidade total ao nível de todos os serviços prestados, da oferta educativa e
formativa e dos processos pedagógicos; aderência entre as competências desenvolvidas nos
estudantes e as necessidades do mercado de trabalho.
3.5.1. Renovação da certificação TEDQUAL
Natureza do projecto:
A ESHTE é um dos estabelecimentos de ensino superior com mais cursos certificados ao nível
europeu pela Organização Mundial de Turismo. A referida garantia foi efectuada através de
uma metodologia desenvolvida pela OMT e plasmada no seu sistema de certificação TEDQUAL
tendo em vista garantir o cabal preenchimento das necessidades nos domínios das
administrações e das empresas de turismo. Trata-se, assim, de um sistema de garantia de
qualidade aplicado à educação, formação e investigação científica em turismo, ao mesmo
tempo que assume a natureza de uma ferramenta tendente à promoção da inovação para a
qualidade em paralelo com a maximização da eficácia e eficiência pedagógicas.
Na sequência da certificação TEDQUAL, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril foi
admitida na restrita categoria de membro filiado da OMT, com o decorrente assento no
conselho de educação desta organização. Tendo em conta que a certificação TEDQUAL é
conferida por um período limitado de tempo, há que proceder à renovação da mesma.
(Previsto em orçamento)
3.5.2. Manutenção do sistema de gestão de qualidade
Natureza do projecto:
18.
Aplicada que está a norma ISO 9001, importa que a Escola mantenha o seu processo rumo à
qualidade total.
(Previsto em orçamento)
3.5.3. Operacionalização efectiva do sistema de avaliação do corpo docente
Natureza do projecto:
Adequação do regulamento existente ao novo quadro institucional (RJIES e UL).
(Não previsto em orçamento)
19.
4. ANÁLISE AVALIATIVA DOS PROJECTOS E DOS DOMÍNIOS DE ACTIVIDADE
Apresenta-se seguidamente, através dos Quadros 1 a 5, o resumo das acções inseridas dentro
de cada domínio de actividade, reproduzindo-se para cada caso as metas definidas, os desvios,
as razões dos desvios verificados e o grau de cumprimento.
QUADRO 1
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 1 – INSTALAÇÕES, INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
Acções Metas definidas Desvios Razões dos desvios verificados
Grau de cumprimento Observações
Até Set. Final do ano *
Recuperação e adaptação de instalações internas e externas à Escola
Concessão do espaço. Início dos estudos.
O projecto sofreu desvios muito significativos, não se tendo iniciado na prática.
Decorreram da estagnação do processo referente à integração na Univ. de Lisboa.
0% 0% Dependente do futuro da Escola e da triangulação entre o Ministério da Educação e Ciência, o Turismo de Portugal e a C. M. Cascais.
Reparação e renovação de equipamentos nas áreas técnicas de cozinha
Reparação e colocação em funcionamento de todos os equipamentos e estruturas básicas que apresentam deficiências.
Concretizaram-se intervenções parciais.
Limitações decorrentes da contenção orçamental.
25% 25% Entrou em funcionamento em 2012 o novo anfiteatro de cozinha.
Apetrechamento das áreas laboratoriais
Melhoria das condições de funcionamento dos laboratórios.
O processo de certificação não está concluído.
Complexidade da instrução do processo de certificação.
25% 25% Concretizaram-se intervenções parciais.
* - Previsão
QUADRO 2
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 2 – INOVAÇÃO, EMPREENDORISMO, INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO
Acções Metas definidas Desvios Razões dos desvios verificados
Grau de cumprimento Observações
Até Set. Final do ano *
Núcleo Inovação e Empreendorismo
Fomento de um meio escolar criativo e inovador, com capacidade para gerir a inovação.
A actividade desenvolvida pelo NIE não alcançou a visibilidade pretendida.
Apenas o COCOON se manteve em funcionamento activo. Participação no Poliempreendedorismo.
75% 75% O Núcleo será reequacionado no âmbito do novo modelo de funcionamento da Escola.
Acreditação de ciclos de estudos junto da A3ES
Submissão à agência de dois novos ciclos de estudos graduados, um de primeiro ciclo e um de segundo.
Apenas se concretizou a candidatura do Mestrado em Gestão Hoteleira (2.º ciclo).
Por razões estratégicas optou-se pela não apresentação da candidatura da licenciatura em Eventos.
0% 50% A candidatura do Mestrado em Gestão Hoteleira foi efectuada posteriormente a Setembro de 2013.
Criação de condições para o lançamento de oferta formativa em inglês
Criação de condições para que alguma oferta educativa migre para a língua inglesa.
Manteve-se apenas a leccionação de cadeiras piloto em inglês.
Não existiram condições para a expansão do projecto.
50% 50% Acção que carece de reforço tendo em vista o desígnio da internacionalização.
* - Previsão
20.
QUADRO 3
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 3 – VISIBILIDADE EXTERNA E REDES RELACIONAIS
Acções Metas definidas Desvios Razões dos desvios verificados
Grau de cumprimento Observações
Até Set. Final do ano *
Renovação dos materiais de divulgação da Instituição e dos cursos
Renovação de todos os suportes de divulgação.
Desvios muito significativos. Não ocorreram desenvolvimentos neste processo.
Restrições orçamentais.
0% 0% Projecto a relançar pela nova presidência da ESHTE.
Expansão da actividade educativa à distância
Lançamento de uma oferta em e-learning para expansão do mercado potencial da instituição.
Desvios muito significativos. Não ocorreram desenvolvimentos neste processo.
Restrições orçamentais.
0% 0% Projecto a reequacionar pela nova presidência da ESHTE.
Promoção de eventos Organização e presença em 15 eventos.
Não foram verificados desvios.
100% 100% Concretizaram-se 18 eventos na esfera da iniciativa da Escola. Realizou-se o Congresso Internacional EUROMED, o qual registou custos elevados.
Promoção do projecto ESHTE SolidAct 2011/12
Desenvolvimento do programa
Não foram verificados desvios significativos.
75% 75% Realizou-se o programa com a República de Timor Leste.
Museu Virtual do Turismo (MUVITUR)
Instalação da base de dados e dos postos de trabalho dos utilizadores; Catalogação e digitalização de documentos; Elaboração de regulamentos e de normas; Acções de divulgação.
Não foram verificados desvios.
100% 100% O projecto continuará em desenvolvimento em 2014, com candidatura a programas de apoio neste domínio.
Promoção da Associação de Antigos Alunos da ESHTE
Dinamização da Associação de antigos alunos.
Observaram-se desvios.
Os contactos com o núcleo de alunos promotores apenas tiveram resultados em Outubro.
25% 75% O projecto será concluído em 2014.
* - Previsão
21.
QUADRO 4 DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 4 – REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
Acções Metas definidas Desvios Razões dos desvios verificados
Grau de cumprimento Observações
Até Set. Final do ano *
Manutenção do Sistema de Gestão Documental e Workflow
Continuação da implementação das funcionalidades do Sistema de Gestão Documental e Workflow e alargamento do sistema aos docentes.
Não ocorreram desvios.
100% 100% O projecto continuará em 2014 com abertura plena do sistema a todos os docentes, com aprofundamento de alguns módulos e operacionalização de novos workflows específicos.
Introdução do programa de produção de horários.
Produção automática de horários.
A produção automática de horários não avançou pelo 2.º ano consecutivo
Dificuldades no ajuste do programa informático às especificidades da ESHTE.
0% 0% O projecto será relançado em 2014.
Adequação dos sistemas internos ao novo quadro institucional
Adequação de sistemas informáticos, processos e procedimentos à Universidade de Lisboa.
O processo não avançou.
Face à estagnação do processo de integração na Universidade de Lisboa, esta acção não teve concretização.
0% 0% A continuidade do projecto dependerá da evolução institucional da ESHTE.
* - Previsão
QUADRO 5
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 5 – AVALIAÇÃO E POLÍTICA DE QUALIDADE
Acções Metas definidas Desvios Razões dos desvios verificados
Grau de cumprimento Observações
Até Set.
Final do ano *
Renovação da certificação TEDQUAL
Renovação da certificação TEDQUAL para as 5 licenciaturas da ESHTE e para o Mestrado em Turismo.
O projecto não revelou desvios.
75% 100% O grau de cumprimento de 75% até final de Setembro explica-se pelo facto da concretização da auditoria in loco só ocorrer no último trimestre do ano.
Manutenção do sistema de gestão de qualidade
Monitorização do processo de certificação dos serviços com a norma ISO 9001.
O projecto não revelou desvios.
100% 100% O sistema de garantia de qualidade continuará em 2014, admitindo-se a sua extensão a outras áreas.
Operacionalização efectiva do sistema de avaliação do corpo docente
Colocação em prática do sistema.
Não se procedeu à aplicação efectiva durante 2013.
A hipótese de integração na Un. de Lisboa levou à suspensão deste processo.
0% 0% Os regulamentos estão aprovados e prontos a serem aplicados.
* - Previsão
De forma a se obter uma perspectiva mais integrada da situação, optou-se pela elaboração de
um quadro que sistematiza para os vários domínios de intervenção a intensidade dos desvios
registados por acção.
22.
QUADRO 6
Desvios nas acções até 25/09/2013
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 1 – INSTALAÇÕES, INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 2 – INOVAÇÃO, EMPREENDORISMO, INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 3 – VISIBILIDADE EXTERNA E REDES RELACIONAIS
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 4 – REORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
DOMÍNIO DE ACTIVIDADE 5 – AVALIAÇÃO E POLÍTICA DE QUALIDADE
Recuperação e adaptação de instalações internas e externas à Escola
Reparação e renovação de equipamentos nas áreas técnicas de cozinha
Apetrechamento das áreas laboratoriais
Núcleo Inovação e Empreendorismo
Acreditação de ciclos de estudos junto da A3ES
Criação de condições para o lançamento de oferta formativa em inglês
Renovação dos materiais de divulgação da Instituição e dos cursos
Expansão da actividade educativa à distância
Promoção de eventos
Promoção do projecto ESHTE SolidAct 2011/12
Museu Virtual do Turismo (MUVITUR)
Promoção da Associação de Antigos Alunos da ESHTE
Manutenção do Sistema de Gestão Documental e Workflow
Introdução do programa de produção de horários
Adequação dos sistemas internos ao novo quadro institucional
Renovação da certificação TEDQUAL
Manutenção do sistema de gestão de qualidade
Operacionalização efectiva do sistema de avaliação do corpo docente
Projecto concluído sem desvios Projecto com desvios menores Projecto com desvios significativos
Projecto com desvios muito significativos Projecto abandonado
Conforme se pode constatar, das 18 acções expressas 5 foram concluídas sem desvios (27,8%
do total) e 5 desenvolveram-se com desvios menores, o que conduziu a uma taxa global de
realização de projectos a um nível satisfatório (ou muito satisfatório) de cerca de 55,6%.
23.
No plano oposto, 8 projectos (44,4% do total) registaram um desenvolvimento com desvios
significativos ou muito significativos, sendo que no caso destes últimos contabilizaram-se 6
projectos sem qualquer execução. Assinale-se que 3 dos projectos sem execução derivaram da
estagnação do processo de integração da Escola, 2 decorreram das restrições orçamentais
observadas em 2013 e outro ficou a dever-se a dificuldades internas no plano informático.
Globalmente, e em termos da apreciação qualitativa da execução, entende-se que a mesma
deve ser classificada como fraca, existindo contudo um conjunto relevante de vectores que
podem explicar a taxa baixa de realização das acções. Com efeito, a conjuntura externa, a
contenção orçamental, o impasse no eventual processo de integração na Universidade de
Lisboa e a aproximação do acto eleitoral para a escolha da nova presidência, contribuíram
fortemente para a geração de um clima pouco favorável à assunção de novas
responsabilidades ao nível dos projectos com características menos rotineiras ou mais
dependentes de factores externos.
Por domínios de actividade, tendo em conta a desigualdade entre o número de projectos
acolhidos por cada um, o confronto entre o programado e o executado pode ser apreciado de
forma negativa nos casos da “Reorganização Funcional ” e das “Instalações, Infra-estruturas e
equipamentos” e moderadamente positivo para a “Inovação, Empreendedorismo, investigação
e formação do capital humano”, para a “Visibilidade externa e redes relacionais" e para a “A
Avaliação e política de qualidade”
Assinale-se que comparativamente aos dois anos anteriores, os níveis de concretização das
acções ficaram num plano inferior, pelo que o desempenho global está longe de poder ser
considerado como satisfatório, reflectindo o aumento dos constrangimentos que a Escola
defrontou. Contudo, deve-se ter presente qua a situação relatada reporta-se ao período entre
1 de Janeiro e final de Setembro, pelo que a avaliar pelas previsões constantes dos Quadros 1 a
5, a situação poderá melhorar até ao final do ano.
24.
5. A INTERVENÇÃO NA SUA GLOBALIDADE
Dando seguimento à apreciação já efectuada no último ponto, interessa, agora, de uma forma
global, perceber como o Plano contribuiu para o cumprimento das grandes estratégias da
Escola (relevância), pelo que se irá proceder ao cruzamento das actividades/projectos com as
grandes opções estratégicas presentes no Plano de Acção apresentado à Escola em 2009 pela
anterior presidência.
QUADRO 7 Cruzamento das actividades com as opções estratégicas
Opções estratégicas Actividades
Política pró-activa
Diferenciação
Aumento da massa crítica
Forward integration
Internacionali-zação
Gestão inclusiva
Recuperação e adaptação de instalações internas e externas à Escola
Reparação e renovação de equipamentos nas áreas técnicas de cozinha
Apetrechamento das áreas laboratoriais e sua certificação
Núcleo Inovação e Empreendorismo
Acreditação de ciclos de estudos junto da A3ES
Criação de condições para o lançamento de oferta formativa em inglês
Renovação dos materiais de divulgação da Instituição e dos cursos
Expansão da actividade educativa à distância
Promoção de eventos
Promoção do projecto ESHTE SolidAct 2011/12
Museu Virtual do Turismo (MUVITUR)
Promoção da Associação de Antigos Alunos da ESHTE
Manutenção do Sistema de Gestão Documental e Workflow
Introdução do programa de produção de horários
Adequação dos sistemas internos ao novo quadro institucional
Renovação da certificação TEDQUAL
Manutenção do sistema de gestão de qualidade
Operacionalização efectiva do sistema de avaliação do corpo docente
Projecto concluído sem desvios Projecto com desvios menores Projecto com desvios significativos
Projecto com desvios muito significativos Projecto abandonado
25.
Através do quadro anterior e numa apreciação simplificada, podemos encontrar três grupos de
opções estratégicas cujos desideratos foram mais potencializados – diferenciação, política pró-
activa e internacionalização.
Como nota final, ressalta a convicção que importa dinamizar alguns vectores estratégicos para
a Escola, sendo imprescindível proceder ao seu aprofundamento nos futuros planos de
actividades, a par com a introdução de novas linhas de trabalho adaptadas à realidade de
contexto e aos desafios endógenos e exógenos existentes. Assim, numa perspectiva de
sustentabilidade dilatada, torna-se imprescindível remeter para a necessidade do Plano de
Actividades a construir para o ano de 2014 dispor de um alto grau de coerência e o necessário
suporte financeiro e institucional.
Neste contexto, o presente relatório considera que, face aos condicionalismos externos e
internos, o Plano de Actividades de 2013 foi levado a cabo de forma satisfatória, sublinhando-
se, contudo, que a sua execução até final de Setembro foi menos sucedida que as relativas aos
três anos precedentes.
26.
6. RELATÓRIO E CONTAS
À semelhança do verificado em anos anteriores, a conta de gerência e demais peças finais de
prestação de contas foram preparadas com base nos livros e registos contabilísticos da ESHTE,
mantidos em conformidade com os princípios, métodos e critérios geralmente aceites em
Portugal e consignados no Plano Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação
(POC – Educação), aprovado pela Portaria nº. 794/2000, de 20 de Setembro.
A elaboração das demonstrações financeiras assentou, nomeadamente, nos princípios
contabilísticos da consistência, da especialização dos exercícios, da prudência e da
materialidade, no pressuposto da continuidade das operações.
A análise efetuada no âmbito do Relatório e Contas incidiu sobre a análise à execução
orçamental e às demonstrações financeiras (balanço e demonstração de resultados) previstas
no POC – Educação. Relativamente às demonstrações financeiras, utilizaram-se técnicas de
análise comparativa e de rácios. Na leitura dos comentários, em particular sobre os
indicadores económicos e financeiros, deve ter-se em consideração que a ESHTE está
integrada no sector público administrativo, o que condiciona a interpretação sobre os
indicadores relacionados com a solvabilidade, endividamento e equilíbrio financeiro.
A realização de uma análise comparativa sobre os dados disponíveis referentes à execução
orçamental ficou prejudicada, atendendo ao facto de não existirem elementos para o
confronto directo com o período Janeiro a Setembro de anos anteriores, o que implicou o foco
da apreciação no ano de 2013, através da aferição do grau de concretização detectado para os
primeiros nove meses do ano face às dotações anuais definidas.
6.1. Execução orçamental
No período decorrido entre 1 de Janeiro e 25 de Setembro de 2013, a despesa global do
Orçamento de Funcionamento da ESHTE atingiu 4.174.532 Euros, o que representou 68,5% do
total do orçamento corrigido e disponível até ao final do ano.
27.
QUADRO 8 ESHTE - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
Execução da despesa Euros
Tipos
2013 2012 2011
Orçamento Execução % Orçamento Execução
% Orçamento Execução
%
Corrigido até Set.º Execução Corrigido Execução Corrigido Execução
Pessoal 4817977 3453679 71,7% 4423642 4346996 98,3% 5096890 5288930 103,8%
Aquisição de bens e serviços 1002974 569917 56,8% 893827 708526 79,3% 809233 629670 77,8%
Transferências correntes 187272 105986 56,6% 135736 109237 80,5% 168126 159260 94,7%
Outras despesas 9500 7413 78,0% 6500 6442 99,1% 22700 22117 97,4%
Despesas de capital 78500 37537 47,8% 96775 88856 91,8% 99500 65761 66,1%
Total 6096223 4174532 68,5% 5556480 5260057 94,7% 6196449 6165738 99,5%
Assinale-se, em primeiro lugar, que o reforço orçamental de 2012 para 2013, ao nível das
despesas de pessoal, deve-se à aplicação da Lei do Orçamento de Estado para 2013, a qual
determinou a consideração dos subsídios de férias e de Natal, por oposição ao verificado no
ano anterior.
Por outro lado, assinale-se que a impossibilidade de possuir dados homólogos comparáveis
para o ano de 2012 prejudica a análise evolutiva para o período em referência (1/1/13 a
25/9/13), pelo que o foco da apreciação terá que se centrar necessariamente no ano em curso,
sobretudo no plano da execução orçamental registada até 25 de Setembro face à dotação
anual corrigida para o funcionamento da Escola.
Conforme se pode inferir, as despesas com pessoal representaram 83% do total pago até finais
de Setembro de 2013, o que constitui uma incidência superior à prevista na dotação anual
corrigida (79%).
28.
Em contrapartida, as despesas com aquisições de bens e serviços ascenderam a 14% do total
pago até 25/09/13, sendo expectável, face aos compromissos já assumidos, que no final do
ano o peso desta rubrica atinja (ou ultrapasse) o previsto na dotação anual corrigida (17%).
No Gráfico 3, abaixo reproduzido, comparam-se para o período em apreço, as despesas pagas
com os compromissos assumidos e por pagar.
Assinale-se que os compromissos assumidos excederam a despesa liquidada em 144028,66
Euros, pelo que o confronto com a dotação anual aponta para um grau de mobilização de 71%
da despesa anual orçamentada.
O Gráfico 4, incluído seguidamente, evidencia precisamente o confronto entre as verbas
anuais corrigidas do orçamento e os compromissos assumidos até final de Setembro de 2013,
tendo por base de desagregação aos principais grupos de despesas.
0
2000000
4000000
6000000
Gráfico 3 Controlo orçamental da despesa (Euros)
Jan./Set. 2013Compromissosassumidos
Jan./Set. 2013Despesa paga
Jan./Set. 2013Compromissospor pagar
01000000200000030000004000000500000060000007000000
Gráfico 4
Controlo orçamental da despesa (Euros)
Ano 2013 Dotaçãocorrigida
Jan./Set. 2013Compromissos assumidos
29.
Detalhando o controlo orçamental da despesa por principais rubricas dentro das tipologias
atrás apresentadas, detectou-se que até 25/09/13, o grau de execução orçamental foi de
68,48% da dotação anual, evidenciando as despesas correntes uma taxa de concretização de
68,75%, ao passo que as despesas de capital se quedaram por uma taxa de realização de
47,82%.
A leitura do Quadro 9, inserto na página seguinte, permite igualmente detectar que no caso
das despesas de pessoal, a colaboração técnica especializada atingiu um grau de execução
orçamental de 96,29% até 25/09/13, deixando uma verba residual inexpressiva até ao final do
ano.
No caso da aquisição de bens e serviços, que revelou um grau de execução orçamental de
56,82%, sobressaíram as taxas de concretização particularmente elevadas nos casos de
“Estudos, pareceres e projectos” (91,49%), “Deslocações e estadas” (82,37%) e “Conservação
de bens” (82,14%). Saliente-se, contudo, que os mapas de controlo orçamental na rubrica
“Seminários” não reflectem ainda os compromissos assumidos pela anterior presidência da
ESHTE, pelo que em termos anuais os resultados irão superar a dotação anual definida.
30.
QUADRO 9 CONTROLO ORÇAMENTAL DA DESPESA - Valores em Euros
Dotação corrigida Cativos/congela-
mentos
Compromissos
assumidos
Despesa paga Dotação não
comprometida
Compromissos
por pagar
Grau de execução
orçamental (%)
6017723,00 82312,00 4318560,74 4136995,24 1616850,26 181565,50 68,75
Órgãos sociais 164990,00 4035,00 120692,61 120692,61 40262,39 0,00 73,15
Pessoal dos quadros 1574519,00 27042,00 1128222,23 1128222,23 419254,77 0,00 71,66
Pessoal além dos quadros 1468506,00 45223,00 1079127,63 1079127,63 65356,42 0,00 73,48
Pessoal em regime de tarefa/avença 234846,00 0,00 169489,58 169489,58 38914,90 0,00 72,17
Subsídios de refeição 115313,00 1972,00 74426,10 74426,10 72144,29 0,00 64,54
Subsídio de férias e de Natal 287093,00 0,00 214948,71 214948,71 10576,82 0,00 74,87
Horas extraordinárias 30000,00 0,00 19423,18 19423,18 3955,27 2653,21 64,74
Ajudas de custo 15000,00 0,00 11044,73 11044,73 637,00 0,00 73,63
Colaboração técnica especializada 40000,00 0,00 38516,75 38516,75 1483,25 0,00 96,29
Contribuições ADSE 82024,00 0,00 63172,37 63172,37 18851,63 0,00 77,02
Contribuições C.G. Aposentações 507708,00 0,00 375261,81 333729,47 132446,19 41532,34 65,73
Contribuições Segurança Social 229975,00 0,00 166806,26 147926,28 63168,74 18879,98 64,32
Outras despesas 68003,00 415,00 52959,13 52959,13 14638,87 0,00 77,88
Total 4817977,00 78687,00 3514091,09 3453678,77 881690,54 63065,53 71,68
Matérias-primas e subsidiárias 103100,10 0,00 63964,30 57740,53 39135,70 6223,77 56,00
Alimentação - Refeições confeccionadas 39000,00 0,00 30907,16 25907,16 8092,84 5000,00 66,43
Limpeza e higiene 33000,00 0,00 23661,00 18403,00 9339,00 5258,00 55,77
Conservação de bens 64000,00 3625,00 53489,16 52570,34 6885,84 918,82 82,14
Hardware informático 30000,00 0,00 22651,16 15888,77 7348,84 6762,39 52,96
Comunicações móveis 30000,00 0,00 20779,65 16980,40 9220,35 3799,25 56,60
Transportes 22670,00 0,00 18060,86 16823,84 4609,14 1237,02 74,21
Deslocações e estadas 50000,00 0,00 42931,18 41186,97 7068,82 1744,21 82,37
Estudos, pareceres e projectos 78840,00 0,00 72127,41 72127,41 6712,59 0,00 91,49
Seminários 25000,00 0,00 0,00 0,00 25000,00 0,00 0,00
Software informático 74350,00 0,00 61317,52 41581,32 13032,48 19736,20 55,93
Outros trabalhos especializados 247198,00 0,00 174342,53 147602,36 72855,47 26740,17 59,71
Outras aquisições 205815,90 0,00 106838,23 63104,88 442486,14 41080,14 30,66
Total 1002974,00 3625,00 691070,16 569916,98 651787,21 118499,97 56,82
187272,00 0,00 105986,44 105986,44 81285,56 0,00 56,59
9500,00 0,00 7413,05 7413,05 2086,95 0,00 78,03
78500,00 2625,00 48766,74 37536,84 27108,26 11229,90 47,82
Equipamento de informática 28000,00 0,00 15132,35 15132,35 12867,65 0,00 54,04
Software informático 9500,00 0,00 0,00 0,00 9500,00 0,00 0,00
Equipamento administrativo 1000,00 0,00 0,00 0,00 1000,00 0,00 0,00
Equipamento básico 40000,00 2625,00 33634,39 22404,49 3740,61 11229,90 56,01
Total geral Despesas correntes e de capital 6096223,00 84937,00 4367327,48 4174532,08 1643958,52 192795,40 68,48
Tipos de despesas
Ano 2013 1/1/2013 a 25/9/2013
1. Despesas correntes - Total
1.1. Pessoal
1.2. Aquisição de bens
e serviços
1.3. Transferências correntes
1.4. Outras despesas correntes
2. Despesas de capital - Total
Ainda na apreciação da execução da despesa, e na perspectiva das fontes de financiamento,
podem-se evidenciar alguns aspectos marcantes.
Assim, como decorre da observação do Gráfico 5, incluído na página seguinte, o Orçamento do
Estado assume-se com a principal fonte de financiamento (3373124,00 Euros, ou seja, 55,3%
do total), seguindo-se as receitas próprias (2561887,00 Euros; 42,0% do total) e, de uma forma
praticamente residual, as verbas decorrentes de programas comunitários.
Assinale-se que a desagregação atrás mencionada não diferiu significativamente da detectada
em 2012, onde o Orçamento do Estado financiou 55,8% da despesa e as receitas correntes
42,6%.
31.
Considerando o período de Janeiro a Setembro de 2013, observou-se que a desagregação da
despesa por fontes de financiamento seguiu uma distribuição muito semelhante à
estabelecida na dotação anual, quer no caso dos compromissos assumidos (54,3% do OE e
43,5% de receitas próprias), como nas despesas já pagas (56,5% do OE e 41,2% de receitas
próprias). Aliás, o Gráfico 6 reproduz precisamente a manutenção desta proporcionalidade.
Passando à execução da receita, apurou-se que o montante cobrado líquido (acumulado) até
25/09/13 atingiu 4359187,09 Euros, o que representou 71,2% da previsão estabelecida até
final do ano (6122147,00 Euros).
No Gráfico 7, inserto na página seguinte, sintetiza-se a previsão da desagregação das receitas
correntes para o ano de 2013, podendo-se observar a predominância das transferências
correntes do Orçamento de Estado (55% do total) e, no plano imediato, as receitas próprias.
55,3%
2,7%
42,0%
Gráfico 5 Orçamento 2013: Despesa - Dotação corrigida
Valor total = 6096223,00 Euros
Orçamento de Estado
União Europeia -Financiamentos
Receitas próprias
0
2000000
4000000
6000000
8000000
Gráfico 6 Controlo orçamental da despesa (Euros)
Dotação corrigida 2013
Compromissos assumidos(Janeiro a Setembro de2013)
32.
Gráfico 7
Por outro lado, como decorre da apreciação do Quadro 10, as transferências correntes do
Orçamento de Estado (54,7% do total das receitas arrecadadas até 25/09/2013) e as verbas
decorrentes da cobrança de propinas e outros emolumentos (39,6% do total das receitas
arrecadadas até 25/09/2013), assumiram-se como as fontes de financiamento prioritárias,
representando no conjunto 94,3% do total arrecadado.
QUADRO 10
Previsão % Receita cobrada líquida % Execução orçamental (%)
311 OE - Transferências correntes 3335370,00 54,5 2382400,31 54,7 71,4
311 OE - PIDDAC 29000,00 0,5 19031,23 0,4 65,6
319 Transferências da FCT 4700,00 0,1 0,00 0,0 0,0
480 Transferências da União Europeia 98500,00 1,6 46161,80 1,1 46,9
510 Receitas próprias 2555698,00 41,7 1821458,15 41,8 71,3
Propinas 2057151,00 33,6 1569174,39 36,0 76,3
Taxas diversas 344476,00 5,6 156254,00 3,6 45,4
Multas e outras penalidades 25000,00 0,4 10578,80 0,2 42,3
Juros 2000,00 0,0 22,24 0,0 1,1
Bancos - Transferências correntes 10000,00 0,2 14000,00 0,3 140,0
Venda de publicações e impressos 10000,00 0,2 4459,87 0,1 44,6
Outras vendas 5000,00 0,1 4549,50 0,1 91,0
Estudos, pareceres e projectos 31639,00 0,5 0,00 0,0 0,0
Outros serviços 45000,00 0,7 62418,97 1,4 138,7
Outras receitas correntes 25432,00 0,4 0,38 0,0 0,0
540 IEFP 4528,00 0,1 7870,59 0,2 173,8
Receitas correntes - Total 6027796,00 98,5 4276922,08 98,1 71,0
311 OE - PIDDAC 21000,00 0,3 13781,25 0,3 65,6
313 OE - Saldo da gerência anterior 2539,00 0,0 2538,50 0,1 100,0
480 Reposições não abatidas nos pagamentos 4000,00 0,1 3941,60 0,1 98,5
480 Saldo orçamental na posse do serviço 58712,00 1,0 58711,93 1,3 100,0
510 Reposições não abatidas nos pagamentos 5000,00 0,1 191,81 0,0 3,8
520 Saldo orçamental na posse do serviço 3100,00 0,1 3099,92 0,1 100,0
94351,00 1,5 82265,01 1,9 87,2
6122147,00 100,0 4359187,09 100,0 71,2
Controlo orçamental da receita
Origem das receitas
Receitas de capital - Total
Total geral
Ano 2013 Jan.º a Set.º 2013
55%
1%
0%
2%
42%
0%
Previsão da desagregação das receitas correntes para o ano de 2013
OE - TransferênciascorrentesOE - PIDDAC
Transferências da FCT
Transferências daUnião EuropeiaReceitas próprias
IEFP
33.
Assinale-se que as rubricas das receitas próprias referentes às “transferências correntes de bancos” e
“outros serviços” já ultrapassaram no período em apreço as respectivas previsões anuais. Em
contrapartida, a rubrica “estudos, pareceres e projectos” não registou até final de Setembro nenhuma
receita líquida cobrada.
6.2. Saldos de gerência
A conta de gerência relativa ao período entre 1 de Janeiro e 25 de Setembro de 2013
apresentou um volume global de 5.419.882,94 Euros e resume-se no quadro seguinte.
QUADRO 11
(Em euros)
Saldo da gerência anterior
De dotações orçamentais (OE) 2.538,50
De receitas próprias 61.811,85
De operações de tesouraria 58.925,56
123.275,91
Recebimentos na gerência
De dotações orçamentais (OE) 2.382.400,31
De receitas próprias 1.879.623,95
De investimento no plano 32.812,48
De operações de tesouraria 1.001.770,29
5.296.607,03
TOTAL RECEBIMENTOS 5.419.882,94
Pagamentos na gerência
De dotações orçamentais (OE) 2.328.102,79
De receitas próprias 1.813.956,69
De investimento no plano 32.472,60
De operações de tesouraria 953.479,40
5.128.011,48
Saldo para a gerência seguinte
De dotações orçamentais (OE) 56.836,02
De receitas próprias 127.479,11
De investimento do plano 339,88
De operações de tesouraria 107.216,45
291.871,46
TOTAL PAGAMENTOS 5.419.882,94
6.3. Análise às Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras para o período entre 1/172013 e 25/9/2013 foram elaboradas
de acordo com os princípios contabilísticos consagrados no Plano Oficial de Contabilidade
34.
Pública para o Sector da Educação (POC-Educação), apresentando-se seguidamente uma breve
análise à Conta de Resultados e ao Balanço. Tal como já foi salientado, a inexistência de dados
para o período homólogo de 2012 inviabilizaram uma apreciação evolutiva de base temporal,
pelo que se optou em alguns casos por comparar os resultados obtidos para o período Janeiro
a Setembro com os valores anuais detectados no cômputo do ano passado. Contudo, tenha-se
sempre presente que não estamos na presença de elementos similares, pelo que não se
produzem conclusões definitivas sobre o ano em curso, as quais constarão das contas finais a
apresentar para todo o ano de 2013.
6.3.1. Análise da Conta de Resultados
De Janeiro a Setembro de 2013, a ESHTE obteve resultados correntes negativos de 254.153,71
Euros, fruto de resultados operacionais negativos de 253.397,96 Euros e de resultados
financeiros também negativos de 755,75 Euros. O prejuízo líquido do exercício foi de
289.648,84 Euros, o que constituiu um valor próximo do obtido para a totalidade do ano de
2012 (303.562 Euros).
A formação dos Proveitos e Ganhos Operacionais aparece resumida no Quadro 11,
observando-se que em termos estruturais não foram visíveis alterações significativas face à
distribuição detectada na globalidade do ano de 2012.
QUADRO 11
Valor € % Valor € %
Vendas e prestações de serviços 71.428,34 1,7 75971,54 1,4
Impostos e taxas 1.637.512,24 38,5 2196544,67 41,0
Transferências e subsídios correntes obtidos 2.526.025,43 59,4 3047214,30 56,8
Proveitos e ganhos financeiros 22,24 0,0 17,73 0,0
Proveitos e ganhos extraordinários 17.274,63 0,4 42428,78 0,8
Proveitos e ganhos totais 4252262,88 100,0 5362177,02 100,0
Proveitos e ganhos
1/1/2013 a 25/9/2013 Ano 2012Proveitos e ganhos
Volta-se a sublinhar a importância das “Transferências e subsídios correntes obtidos”
(Orçamento de Estado) e das receitas próprias contabilizadas em “Impostos e taxas”, as quais
contribuíram em conjunto com 97,9% para o total de proveitos e ganhos, incidência esta muito
próxima da registada no ano de 2012 (97,8%), embora se observe no período Janeiro a
35.
Setembro de 2013, uma subida do peso das transferências do OE em detrimento dos proveitos
provenientes das propinas cobradas.
Passando aos custos e perdas, os dados contabilísticos existentes apontam para um total de
4541911,72 Euros no período entre 1 de Janeiro e 25 de Setembro de 2013, o que superou os
proveitos totais, no mesmo período, em 6,8%.
QUADRO 12
Valor € % % (a) Valor € % % (a)
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 67748,37 1,5 1,6 101570,55 1,8 1,9
Fornecimentos e serviços externos 519606,79 11,4 12,2 472954,99 8,3 8,8
Custos com o pessoal 3622417,15 79,8 85,2 4613099,7 81,4 86,0
Transferências correntes concedidas e prestações sociais 107089,10 2,4 2,5 103548,6 1,8 1,9
Amortizações do exercício 95478,32 2,1 2,2 181686,02 3,2 3,4
Provisões do exercício 70056,40 1,5 1,6 131222,6 2,3 2,4
Outros custos e perdas operacionais 5967,84 0,1 0,1 7842,58 0,1 0,1
Custos e perdas financeiras 777,99 0,0 0,0 638,85 0,0 0,0
Custos e perdas extraordinárias 52769,76 1,2 1,2 53175,97 0,9 1,0
Custos e perdas totais 4541911,72 100,0 106,8 5665739,86 100,0 105,7
(a) - Percentagem face aos proveitos totais
Custos e perdas
Custos e perdas1/1/2013 a 25/9/2013 Ano 2012
O Quadro 12, anteriormente apresentado, mostra a estrutura de custos para o período em
análise e para a globalidade do ano de 2012, além de incluir a relação percentual face aos
proveitos totais. Como decorre da sua leitura, os “custos com pessoal” (79,8% do total) e os
“fornecimentos e serviços externos” (11,4% do total) constituíram as rubricas determinantes
no total, sendo expectável, no caso da primeira, que ainda atinja uma expressão mais
significativa no final do ano, face ao pagamento do subsídio de Natal em Novembro, facto não
ocorrido em 2012.
Por outro lado, os “fornecimentos e serviços externos” dispararam no período entre 1/1/2013
e 25/9/2013, atingindo um valor (519606,79 Euros) que já supera em 9,9% o quantitativo
apurado para o cômputo de 2012 (472954,99 Euros). Trata-se de uma situação que se desvia
claramente do previsto e que poderá acarretar dificuldades de tesouraria no 4.º trimestre de
2013.
36.
6.3.2. Balanço
A síntese das principais rubricas do Balanço surge devidamente reflectida no Quadro 13,
abaixo reproduzido. A estrutura encontra-se evidenciada em relação ao Activo Total (100,0%),
destacando-se desde já, o facto da superioridade do Passivo em relação ao Activo ter subido
de 31,8% no final de 2012 para 44,3% em 25/9/2013. Trata-se de uma situação que merece a
melhor atenção porque em 2011, o Passivo Total era superior ao Activo Líquido Total em
apenas 11,7%.
QUADRO 13
Valor € % Valor € %
Activo Imobilizado 160073,35 8,8 206784,93 12,7
Activo circulante 1664862,69 91,2 1420418,59 87,3
Activo Total 1824936,04 100,0 1627203,52 100,0
Passivo de Curto Prazo 2363897,40 129,5 2075975,50 127,6
Passivo de Médio e Longo Prazo 0,0 0,0
Passivo Total 2632528,43 144,3 2145147,07 131,8
Fundos Próprios -807592,39 -44,3 -517943,55 -31,8
Rubricas do Balanço
1/1/2013 a 25/9/2013 Ano 2012Rubricas do Balanço
Assinale-se que os Fundos Próprios atingiram em 25/09/2013 o valor negativo de 807592,90
Euros. Trata-se da diferença entre o que a Escola tem e o que deve a terceiros em
determinado momento. Ao longo do tempo, os Fundos Próprios são influenciados por vários
factores, como os resultados obtidos pela empresa, as reavaliações do imobilizado, entre
outros, mas a sua expressão crescente deve ser entendida como um sinal de alerta que
interessa inverter no futuro imediato.
Passando à desagregação do Activo, importa enfatizar que, em 25 de Setembro de 2013, a sua
expressão líquida cifrava-se 1824936,04 Euros, como resultado da diferença entre o seu valor
bruto de 4400971,74 Euros e o valor das Amortizações acumuladas, no montante de
2576035,70 Euros (ver Quadro 14).
37.
QUADRO 14 Activo
Valores Brutos Amort./Prov. Activo Líquido Valores Brutos Amort./Prov. Activo Líquido
Imobilizado
Imobilizações Incorpóreas
Propriedade Industrial e outos direitos 198880,90 198697,99 182,91 198880,90 194269,71 4611,19
Imobilizações Corpóreas
Equipamento e material básico 833526,06 734415,97 99110,09 799891,67 690814,10 109077,57
Equipamento de transporte 36446,41 36446,41 36446,41 36446,41
Equipamento administrativo 1289396,05 1228615,70 60780,35 1274263,70 1181250,43 93013,27
Outras Imobilizações Corpóreas 47460,53 47460,53 47460,53 47377,63 82,90
2206829,05 2046938,61 159890,44 2158062,31 1955888,57 202173,74
Circulante
Existências
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Dívidas de terceiros - curto prazo
Clientes C/C 2272,50 2272,50 16272,50 16272,50
Alunos C/C 1359350,46 1359350,46 1264170,11 1264170,11
Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 330399,10 330399,10 260342,70 260342,70
Outros devedores 1414,35 1414,35
1693436,41 330399,10 1363037,31 1540785,31 260342,70 1280442,61
Depósitos em Instituições Financeiras 291871,46 291871,46 123275,91 123275,91
Acréscimos e Diferimentos 0,00
Custos Diferidos 9953,92 9953,92 16700,07 16700,07
Total do Activo 4400971,74 2576035,70 1824936,04 4037704,50 2410500,98 1627203,52
Activo1/1/2013 a 25/9/2013 Ano 2012
Para melhor visualização do peso das várias rubricas do activo, chama-se a atenção para o
Quadro 15, o qual contém o resumo da estrutura percentual para o período em apreço e para
a globalidade de 2012.
QUADRO 15
1/1 a 25/9/2013 2012
Imobilizado 8,8 12,7
Imobilizações Incorpóreas 0,0 0,3
Propriedade Industrial e outos direitos 0,0 0,3
Imobilizações Corpóreas 8,8 12,4
Equipamento e material básico 5,4 6,7
Equipamento de transporte 0,0 0,0
Equipamento administrativo 3,3 5,7
Outras Imobilizações Corpóreas 0,0 0,0
Circulante 91,2 87,3
Clientes C/C 0,1 1,0
Alunos C/C 74,5 77,7
Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 0,0 0,0
Outros devedores 0,1 0,0
Depósitos em Instituições Financeiras 16,0 7,6
Acréscimos e Diferimentos 0,0 0,0
Custos Diferidos 0,5 1,0
Total do Activo 100,0 100,0
ActivoActivo Líquido
Desagregação do Activo Líquido (%)
38.
Constatou-se que o Activo Circulante representou 91,2% do total em 25/9/2013, o que
proporcionou uma subida face aos 87,3% detectados no final de 2012; para este reforço
contribuiu sobretudo o volume de depósitos em instituições financeiras, o que reveste um
carácter necessariamente transitório.
O valor das dívidas de alunos ascendeu a 1359350,46 Euros, revelando um agravamento de
95180,35Euros face ao montante contabilizado no final de 2012 (1264170,11 Euros). Este facto
implicou a criação de uma provisão de 330399,10 Euros para fazer face a dívidas de clientes,
alunos e utentes de cobrança duvidosa. Como decorre da leitura do Quadro 15, as dívidas de
alunos constituem a rubrica com maior peso no total do Activo (74,5%).
Entrando na análise do Passivo, apurou-se que atingiu o quantitativo global de 2632528,43
Euros em 25/9/2013, o que originou um acréscimo de 22,7% em relação ao valor registado no
final de 2012 (2145147,07 Euros). Em termos absolutos, o agravamento foi 487381,36 Euros.
QUADRO 16
Passivo
Valor € % Valor € %
Dívidas a terceiros de curto prazo
Fornecedores C/C 87444,31 3,3 10246,01 0,5
Fornecedores de Imobilizado C/C 11229,90 0,4
Estado e Outros Entes Públicos 165507,25 6,3 58925,56 2,7
Outros credores 4449,57 0,2
268631,03 10,2 69171,57 3,2
Acéscimos e diferimentos
Acréscimo de Custos 793564,51 30,1 697399,88 32,5
Proveitos Diferidos 1570332,89 59,7 1378575,62 64,3
2363897,40 89,8 2075975,50 96,8
Total do Passivo 2632528,43 100,0 2145147,07 100,0
1/1/2013 a 25/9/2013 Ano 2012Passivo
Como evidencia o Quadro 16, a dívida ao Estado e Outros Entes Públicos aumentou no final de
Setembro de 2013 (mais 106581,69 Euros do que em 31/12/2013), por via da retenção
efectuada no mês de Setembro, com incidência sobre o IRS, a Caixa Geral de Aposentações e a
Segurança Social, e cuja entrega é devida no início do mês de Outubro.
Na estrutura do Passivo releva-se igualmente a rubrica “Acréscimo de Custos”, no montante
de 793564,51 Euros em 25/9/2013 (30,1% do total), e que se reporta a encargos com
remunerações a liquidar (759404,14 Euros), cujos custos se reportam ainda a 2013, bem como
39.
consumos de Outros Fornecimentos e Serviços, no valor de 34160,37 Euros, para os quais não
existiam documentos a 25/9/2013 mas que concorrem para o apuramento dos resultados do
exercício, nomeadamente, o Congresso Euromed (almoços, jantares e coffee breaks), os
serviços de segurança e a comparticipação nas refeições de alunos. (conforme Notas ao
Balanço e à Demonstração de Resultados).
Por outro lado, os Proveitos diferidos, no montante de 1570332,89 Euros em 25/9/2013,
dizem respeito sobretudo ao diferimento do valor relativo a propinas (1533307,36 Euros), na
proporção que respeita ao 4.º trimestre de 2013 e a parte de 2014.
Orientando a apreciação para os Fundos Próprios, convém mencionar que esta rubrica agrega
três contas – a conta de Património, que manteve o valor de 328761,04 Euros, os Resultados
Transitados (dos anos anteriores) com uma preocupante expressão negativa acumulada de
846704,59 Euros e o “Resultado Líquido do Exercício”, o qual acusou o já citado prejuízo de
289648,84 Euros.
QUADRO 17 Fundos Próprios
Valor € Var. % (2013/12)* Valor € Var. % (2012/11)
Activo Imobilizado 160073,35 -23% 206784,93 -35%
Activo Circulante 1664862,7 17% 1420418,6 -6%
Activo Total 1824936 12% 1627203,52 -11%
Passivo de Curto Prazo 2363897,4 14% 2075975,50 15%
Passivo de Médio e Longo Prazo
Passivo Total 2632528,4 23% 2145147,1 5%
Fundos Próprios -807592,39 56% -517943,55 142%
* - Comparação entre o período compreendido entre 1/1 e 25/9/2013 e 1/1 e 31/12/2012.
Rubricas do BalançoAno 20121/1/2013 a 25/9/2013
Saliente-se que o valor negativo dos Fundos Próprios agravou-se fortemente nos dois últimos
anos (mais 593211,68 Euros de prejuízo em 25/9/2013 face a 31/12/2011), atingindo uma
expressão que obrigará a tomar medidas correctivas ao nível das acções a desenvolver em
2014.
A análise da evolução da situação das contas da ESHTE será objecto de uma análise detalhada
no final do ano, período temporal em relação ao qual se podem retirar ilações definitivas face
aos exercícios anteriores. Assim, proceder-se-á- nessa ocasião à apreciação de um conjunto de
rácios que permitirão aquilatar a situação em termos de rendibilidade, endividamento,
autonomia financeira, solvabilidade e liquidez.
40.
Contudo, para ilustrar a situação existente até final de Setembro de 2013, seleccionaram-se
um conjunto de indicadores, os quais integram o Quadro 18, constante da página seguinte.
QUADRO 18
2013* 2012 2011Rácios de RentabilidadeRentabilidade do volume de negócios -18% -13% -23%Rentabilidade dos fundos próprios 36% 59% 253%Rentabilidade do activo total -16% -19% -30%Rácios de EndividamentoRácio de endividamento geral 144% 132% 112%Rácios de endividamento de curto prazo 144% 132% 112%Outros RáciosRácio de Autonomia Financeira -44% -32% -12%Rácio de Solvabilidade -31% -24% -10%Rácio de Liquidez Geral 70% 66% 74%Rácio de Liquidez Imediata 12% 6% 3%* - De 1/1 a 25/9/2013
Indicadores económico-financeiros
Como nota geral, saliente-se o agravamento dos rácios de rentabilidade, nomeadamente do
volume de negócios e dos fundos próprios. Torna-se igualmente visível, o aumento da
expressão dos rácios de endividamento, a par dos indicadores de autonomia financeira e de
solvabilidade.
Como apontamento final, saliente-se que os dados contabilísticos referentes ao período
compreendido entre 1 de Janeiro e 25 de Setembro de 2013 apontam para uma progressiva
perda de valor dos principais agregados económico-financeiros da ESHTE, exigindo uma
inversão urgente da situação. Pelos compromissos assumidos pela anterior Presidência da
ESHTE, os quais ainda terão reflexo no exercício respeitante ao 4.º trimestre de 2013, como
anteriormente se demonstrou, apenas será possível à nova equipa responsável pela direcção
da Escola, encetar uma política económico-financeira assente em critérios objectivos de
racionalidade no início do próximo ano.
São conhecidas as limitações decorrentes do próximo orçamento para 2014, o qual não foi
elaborado pela actual presidência da ESHTE e que será concretizado num quadro difícil,
decorrente da conjuntura económico-financeira do país. Contudo, tal situação não poderá
impedir que a nova Presidência desencadeie um conjunto de medidas que consolidem as
receitas próprias da instituição e que introduzam um procedimento adequado para se garantir
um maior controlo sobre as despesas da instituição.
41.
Estas iniciativas serão oportunamente apresentadas com a elaboração do Plano de Actividades
para 2014, abrangendo um leque coerente de intervenções, as quais abrangerão acções
tendentes a criar um sistema adequado de informação contabilística que sirva de apoio à
gestão, além de se introduzirem novos procedimentos em áreas relacionadas com os
aprovisionamentos e a gestão dos recursos humanos da Escola.
É entendimento da nova Presidência que a potenciação dos pontos fortes da Escola,
devidamente associados a uma adequada exploração de oportunidades, poderá facultar as
condições para a ESHTE sustentar os níveis de excelência que possui no contexto geral do
ensino superior público no domínio do turismo. Para tal, a resolução do problema das
instalações e do seu enquadramento institucional, poderá constituir um factor que contribua
para a recuperação da situação económico-financeira, pelo que o apoio da tutela será
imprescindível neste contexto.
Contudo, independentemente da maior ou menor celeridade neste processo, reconhece-se
que será indispensável implementar as tais medidas internas orientadas para uma actuação de
curto prazo, sob pena de, caso contrário, se prosseguir na linha das dificuldades económico-
financeira que este relatório deixa transparecer.
Face aos aspectos atrás referidos, o Conselho de Gestão da ESHTE propõe ao conselho Geral a
aprovação das contas e do presente relatório de gestão, com as seguintes ressalvas:
A responsabilidade pelas actividades e contas apuradas até 25/9/2013 é unicamente
imputável à Presidência cessante e ao seu Conselho de Gestão;
A situação reflectida nas contas apresentadas, deve ser devidamente corrigida em
função de eventuais directrizes resultantes da auditoria efectuada pelo Tribunal de
Contas à ESHTE no 2.º semestre de 2013;
Esta última nota contempla particularmente as implicações decorrentes das
irregularidades detectadas pelo tribunal de Contas nos procedimentos inerentes à
utilização do Fundo de Maneio, as quais deram origem a um extenso pedido de
esclarecimentos e que conduziram à abertura de um processo de inquérito por parte
da Presidência da Escola (ainda em curso).
Estoril, em 18 de Dezembro de 2013
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