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Prevalência de dores em tenistas adolescentes!

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Universidade Católica de PelotasCentro de Ciências da Vida e da Saúde

Disciplina Fisioterapia e Atenção á Saúde IIIProfessora Patrícia Giusti Haertel

Prevalência de algias em adolescentes de ambos os sexos de 10 a 19 anos

praticantes de Tênis a mais de um ano no Parque Tênis Clube na cidade de Pelotas

Felipe SzymanskiFernando ReisSandro Kohler Sandro Lima Tiago Damé

O Esporte:

O esporte como conhecemos no dia de hoje, corresponde desde simples atividades físicas praticadas ao ar livre até desportos de alto nível de competição.

O Tênis é um desporto de origem francesa, disputado em quadras geralmente abertas e de superfícies sintéticas, cimento, saibro. Participam no jogo dois oponentes ou duas duplas de oponentes, podendo ser mistas (homens e mulheres) ou não. A quadra é dividida em duas meia-quadras por uma rede, e o objetivo do jogo é rebater uma pequena bola para além da rede (para a meia-quadra adversária) com ajuda de uma raquete.

Porque há dores e lesões ?

Os esforços mecânicos de elevada intensidade, impostos pelas cargas de treino existentes, mostram que terão de haver respostas músculo esqueléticas face à hiperfunção e, se o gesto corporal for assimétrico do ponto de vista da lateralidade ou por fatores biomecânicos, as adaptações comportar-se-ão, necessariamente, como assimétricas. Como em todas as facetas da vida existem limites que determinam a passagem do fisiológico para o patológico

Metodologia

Escolhemos um delineamento de caráter transversal, colhendo os dados em um momento apenas, de forma que a exposição do questionário e o recolhimento dos dados sejam simultâneos.

Local das Amostras

Foram avaliados 33 adolescentes tenistas de ambos os sexos de 10 a 19 anos, praticantes de tênis a mais de um ano, integrantes do clube Parque Tênis Clube situado na cidade de Pelotas.

Coleta de dados :

Para a coleta de dados, foram enviados entrevistadores para os demais locais de estudos. Os mesmos portaram: um questionário nórdico uma tabela relacionada com o nível de intensidade da dor e mais um questionário codificado com 13 perguntas, a coleta foi aplicada pelos entrevistadores de modo simultâneo.

Resultados :

Na amostragem não houve perdas nem recusas.

Sendo 30 jovens do sexo masculino e 3 jovens do sexo feminino. A média de idade entre os 33 praticantes é 15,2 anos, e a moda é 15 anos.

Com relação a prática de outras atividades

físicas, com exceção da educação física escolar, esportes como futsal, vôlei e natação foram citados. Porém praticados apenas como lazer.

• A prática regular semanal apresentou os seguintes resultados:

• 15% treinam 5 vezes por semana;• 15% treinam 4 vezes por semana;• 33% treinam 3 vezes por semana;• 36% treinam 2 vezes por semana;• 1% treinam mais de 5 vezes por semana.

No item tipo de calçado foi encontrado que:

• 90% dos atletas utilizam calçado especifico para o tênis;

• 10% dos atletas não utilizam calçado especifico para o tênis.

Quando questionados sobre o período de treino:

O período da tarde é o mais freqüentado pelos adolescentes, ou seja, 84% dos jovens praticam no horário da tarde (14 horas ás 18 horas), 15% praticam pela manhã e a noite não houve nenhum praticante.

Quando questionados se conheciam fisioterapia:

O conhecimento dos atletas sobre o que é fisioterapia: 87% demonstraram conhecer a profissão. Sendo que 24% dos jovens já foram tratados por profissionais da área da fisioterapia, por inúmeros motivos, além de patologias acometidas pela prática esportiva referente a este estudo.

Sobre qual braço utiliza para jogar:

Foi constatado que 90% dos praticantes utilizam o membro superior direito para golpear.

Tabela 1. Dor relatada pelos atletas nos ultimos 7 dias

Local do corpo nº de

queixas

pescoço 1

ombros 7

cotovelo 5

punhos/mãos 4

parte inferior das costas 2

quadril/coxa 3

joelhos 3

tornozelos/pés 2

sem dor 13

tabela 2. Dor relatada pelos atletas nos ultimos 12 meses

Local do corpo nº de queixas

pescoço 1

ombros 10

cotovelo 8

punhos/mãos 6

parte inferior das costas 6

quadril/coxa 6

joelhos 4

tornozelos/pés 2

sem dor 7

Com base nos dados, as regiões

mais acometidas por lesão são:

Tornozelo....................3Lombar........................2Pulso...........................2Cotovelo......................1Quadril.........................1Coxa............................1Ombro..........................1

Sendo que dos 11

adolescentes lesionados, 9 procuraram atendimento médico e 2 não procuraram atendimento médico.

Desse modo, dos 11 adolescentes lesionados, 18% não fez uso de medicamentos, 18% fez uso de auto-medicação e 63% fez uso de medicamento por ordem médica.

Somente 6 entrevistados, fizeram uso de auto-medicação devido as dores.

Os praticantes que alegaram sentir

dor no momento da prática do esporte equivalem a 11% da amostra.

Após o treinamento 36% dos adolescentes entrevistados alegam não sentir dor, 30% sentem dor no período noturno e 33% alegam dor no período da tarde, porém após os treinamentos.

O nível da dor nos últimos 7 dias mais predominante foi o de dor após atividade física que desaparece com o aquecimento

O nível da dor nos últimos 12 meses mais predominante foi dor durante e após atividade específica que não afeta o desempenho.

Conclusão

Com base nas análises dos dados obtidos na nossa pesquisa, a prevalência de algias nos adolescentes de ambos os sexos, com idade de 10 a 19 anos, praticante de tênis a mais de um ano no Parque Tênis Clube da cidade de Pelotas, se observa mais freqüentemente na região do ombro, seguido por cotovelo, tanto no período de tempo dos últimos sete dias, quanto no período de tempo dos últimos 12 meses, após as entrevistas realizadas.

Portanto, o índice de dor encontrado na amostra, permite observar que a prevalência de algias nos adolescentes atletas é considerada alta, levando em conta os valores significativos da amostra.

Torna-se necessário a abordagem de métodos fisioterapêuticos as quais considerem os fatores biológicos respectivos a fase de desenvolvimento osteomuscular, característicos da respectiva idade dos praticantes de tênis entrevistados durante a pesquisa.

Além disso, seria conveniente alertar os responsáveis pelos adolescentes, praticantes dessa atividade esportiva a buscar intervenção de saúde precocemente antes que estes problemas se tornem crônicos e conduza esses jovens a incapacitação do esporte, ou até mesmo para as atividades da vida diária.

Fim.