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Vias da Sensibilidade Especial

Prof. Gerardo Cristino

gerardocristino.sites.uol.com.br

Vias da Sensibilidade Especial

Olfato Membrana olfatória

Porção superior e posterior das conchas e do septo nasal

Neurônios olfatórios primários Recebem o estímulo olfatório

São os primeiros neurônios da via olfatória

Transformam estímulo químico recebido de um lado em elétrico transmitido no outro (neurônios bipolares)

Lâmina crivosa

Bulbo olfatório

Trato olfatório

Vias da Sensibilidade Especial

Trato e estrias olfatórias

Fibras do trato olfatório

Áreas olfatórias da mucosa nasal

Grupos neuronais do bulbo olfatório

Trato olfatório

Sulco reto ou olfatório do lóbulo orbitário do lobo frontal

Quando atinge o lobo temporal divide-se nas estrias olfatórias medial e lateral (trígono olfatório)

Vias da Sensibilidade Especial

Trato e estrias olfatórias

Estria olfatória lateral

Os axônios atingem as áreas corticais olfatórias sem fazer sinapse ao nível do tálamo

As fibras da estria olfatória medial possuem axônios de regiões cerebrais que se projetam no bulbo olfatório

Vias da Sensibilidade Especial

Córtex Olfatório

Localiza-se na região lobo temporal, medialmente ao sulco rinal e colateral

Área de alocórtex (córtex com 3 camadas neuronais)

Faz parte do paleocórtex do encéfalo humano

Vias da Sensibilidade Especial

Axônios do trato olfatório

Terminam:

No núcleo olfatório anterior

No tubérculo olfatório

Na amígdala

Áreas corticais próximas

Neurônios do núcleo olfatório

Localizam-se caudalmente no trato olfatório

Projetam de volta aos bulbos olfatórios, ipsi- e contralateralmente

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras da via olfatória

Atingem o córtex rostro medial do lobo temporal

Atingem pequena área do lobo frontal basal caudolateral (área orbitofrontal olfatória)

Vias da Sensibilidade Especial

Córtex olfatório do lobo temporal divide-se:

Córtex piriforme (aparência de pêra)

Córtex periamigdalóide

Córtex entorrinal rostral

Vias da Sensibilidade Especial

Córtex piriforme e periamigdalóide

Córtex olfatório primário

Localiza-se no uncus do lobo temporal

Faz percepção olfatória e projeta-se para as áreas do neocórtex

Córtex entorrinal rostral

Situado na região anterior do giro para-hipocampal

Recebe fibras do córtex piriforme (área olfatória secundária)

Associa os odores às memórias e comportamentos

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação Clínica

Patologias inflamatórias da mucosa nasal

Podem levar a déficits parciais ou totais do olfato (anosmia)

Fraturas de crânio que comprometem a lâmina crivosa do etmóide

Podem lesar uni- ou bilateralmente, parcial ou totalmente, os bulbos e tratos olfatórios

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação Clínica

Processos expansivos da região frontorbitária

Podem comprometer o bulbo e trato olfatório

Meningeomas do sulco olfatório

Meningeomas esfenoidais

Estesioneuroblastomas

Tumores primitivos dos neurônios olfatórios da musoca nasal (malignos)

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação Clínica

Síndrome de Foster-Kennedy

Comum nos meningeomas do sulco olfatório

Pequena asa esfenóide

Constituída de:

Anosmia ipsilateral

Atrofia óptica ipsilateral

Papiledema contralateral

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação Clínica

Lobo temporal ântero-medial

Pode ser:

Sede de anomalias congênitas

Seqüelas dos mais variados traumatismos (inclusive parto)

Processos vasculares

Processos tumorais

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação Clínica

Lobo temporal ântero-medial

Dá origem à epilepsia temporal

Sintomatologia olfatória

Alucinações olfatórias, quer na aura, quer na própria crise epiléptica temporal (crises parciais complexas)

Vias da Sensibilidade Especial

Visão

Órgãos receptores visuais da retina

Estruturas de percepção e interpretação do córtex occipital

Conjunto de fibras e centros sensoriais que realizam a conexão da retina com o córtex visual

Vias da Sensibilidade Especial

Vias ópticas (sistema visual)

Retina

Nervo óptico

Trato óptico

Corpo geniculado lateral

Trato geniculocalcarino

Radiação óptica

Córtex visual (lobo occipital)

Vias da Sensibilidade Especial

Sistema visual

Tem grande valor semiótico-neurológico

Nervo óptico

Não é um verdadeiro nervo

Apresenta características ontogenéticas, anatômicas e histológicas (semelhança com o cérebro)

Prolongamento do diencéfalo

Vias da Sensibilidade Especial

Retina

Neuroepitélio que reveste internamente a cavidade do bulbo ocular (estrato interno)

Composta dos receptores visuais I, II e III (neurônios da via óptica)

Forma-se a partir de uma evaginação do diencéfalo primitivo (vesícula óptica)

Após uma introflexão, transforma-se num cálice óptico com dupla parede

A parede interna dá origem à camada nervosa da retina

A parede externa forma a camada pigmentar da retina

Vias da Sensibilidade Especial

Fotorreceptores

Cones

Adaptados para percepção com maior intensidade luminosa e para cores

Bastonetes

Adaptados para visão em ambientes pouco iluminados

Vias da Sensibilidade Especial

Primeiros neurônios da via visual na retina

Fotorreceptores

Células bipolares

Células ganglionares

Prolongamentos axônicos agrupam-se para formar os nervos ópticos

Vias da Sensibilidade Especial

Retina

Segmento nasal

Ao nível do quiasma óptico, temos a decussação parcial dos nervos ópticos

Segmento temporal

O cruzamento das fibras originadas ao nível das retinas nasais constitui os tratos ópticos formados com fibras retinianas temporais homolaterais

Vias da Sensibilidade Especial

Tipos de fibras (retina corpo geniculado lateral)

Retino-hipotalâmicas;

Retino-tectais;

Retino-pré-tectais;

Retino-geniculares.

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras retino-hipotalâmicas

Vão ao núcleo supra-quiasmático (hipotálamo), envolvidas em ritmos biológicos

Fibras retinotectais

Chegam ao colículo superior pelo braço do colículo superior e relacionam-se com reflexos do movimento ocular e pálpebras (reflexo do piscar)

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras retino-pré-tectais

Chegam à área pré-tectal pelo colículo superior e são responsáveis pelos reflexos fotomotor direto e indireto (consensual)

Fibras retinogeniculares

Prolongamentos envolvidos com a visão e fazem sinapse com o IV neurônio (corpo geniculado lateral)

Vias da Sensibilidade Especial

Axônios do IV neurônio

Constituem o trato geniculocalcarino (radiação óptica)

Chegam até a área visual

Lobo occipital

Encontram-se as áreas visuais responsáveis desde a percepção da imagem até a sua elaboração e identificação

Vias da Sensibilidade Especial

Avaliação dos constituintes da via visual

Acuidade visual

Campos visuais

Fundoscopia

Vias da Sensibilidade Especial

Acuidade visual

Verificação:

Induzindo o paciente a ler letras, números ou frases de tamanhos gradativos

Diminuição ambliopia

Abolição amaurose

Decorrem de doenças degenerativas e/ou desmielinizantes do sistema nervoso (hipertensão intracraniana)

Vias da Sensibilidade Especial

Campos visuais

Fóvea central epicentro de maior

percepção

Para determinar o campo, utiliza-se aparelhos de campimetria ou de perimetria ou o teste de confrontação (consultório)

Escotomas falhas ou reduções nas

alterações nos campos visuais

Vias da Sensibilidade Especial

Campos visuais

Escotoma fisiológico

Corresponde à projeção espacial da papila óptica (ponto cego)

Escotoma patológico

Classificado em função de sua percepção e localização

Central (comprometendo a mácula)

Periférico (determinando um estrangulamento do campo visual)

Vias da Sensibilidade Especial

Campos visuais

Escotoma patológico

Hemianopsia

Quando a falha se estende a uma metade do campo visual

São denominadas em função das alterações nos campos visuais e não dos setores retinianos lesados

Quadrantanopsia

Quando compreende um quarto do campo visual

Vias da Sensibilidade Especial

Lesões das vias ópticas

Lesão do nervo óptico

Causa cegueira no lado da lesão

Ocorre em traumatismos craniofaciais envolvendo o canal óptico

Perda do reflexo fotomotor

Manutenção do reflexo consensual

Vias da Sensibilidade Especial

Lesões das vias ópticas

Lesão ao nível da região centroquiasmática

Hemianospia bitemporal

Crescimento de neoplasias da hipófise

Lesão da porção lateral do quiasma óptico

Resulta em hemianospia nasal contralateral

Ocorre por dilatações aneurismáticas em artéria carótida interna parasselar

Vias da Sensibilidade Especial

Lesões das vias ópticas

Lesão do trato óptico

Resulta em hemianopsia homônima direita ou esquerda

Pode ocorrer por comprometimento do trato óptico, corpo geniculado lateral e radiação óptica

Lesão da radiação óptica completa

É rara

Produz falhas que comprometem um quadrante do campo visual (quadrantanopsias)

Vias da Sensibilidade Especial

Lesões das vias ópticas

Lesão do córtex visual

Ocorre com mais freqüência no lobo inferior do sulco calcarino direito

Resulta em quadrantanopsia homônima superior esquerda

Vias da Sensibilidade Especial

Fundoscopia

Exame realizado no fundo do olho para avaliar:

Retina

Vasos retinianos

Papila óptica

Importância na avaliação da hipertensão intracraniana

Mácula lútea

Vias da Sensibilidade Especial

Fundoscopia

Verificam-se os seguintes aspectos

Cor da papila

Bordas do disco papilar

Vasos (artérias e veias)

Vias da Sensibilidade Especial

Gustação

Possui quimiorreceptores que traduzem estímulo químico em elétrico

Células receptoras botões gustatórios

Língua

Palato mole

Faringe

Laringe

Papilas linguais

Vias da Sensibilidade Especial

Sensação gustatória

Doce

Azedo

Salgado

Amargo

Vias da Sensibilidade Especial

Língua

A ponta é sensível ao doce e salgado

As porções laterais são sensíveis ao azedo (papilas foliáceas e fungiformes)

Na base da língua predomina o amargo (papilas valadas)

Vias da Sensibilidade Especial

Nervos que veiculam o gosto

Facial

Sensação gustatória dos dois terços anteriores da língua e palato

Glossofaríngeo

Sensação gustatória do terço posterior da língua

Vago

Sensação gustatória da epiglote e laringe

Vias da Sensibilidade Especial

Trato e núcleo solitário Fibras gustativas (VII, IX e X gânglios dos

nervos cranianos) reúnem-se no trato solitário fazendo sinapse na porção rostral do núcleo do trato solitário

Neurônios do núcleo solitário Trato tegumentar dorsal núcleo ventral

póstero-medial do tálamo

O núcleo solitário conecta-se ao nível do tronco do encéfalo com os núcleos salivatórios e lacrimal para os mecanismos reflexos

Vias da Sensibilidade Especial

Córtex Gustatório

Sensibilidade gustatória projeta-se:

No encéfalo humano (opérculo frontal)

No córtex insular anterior

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação clínica

Déficits gustatórios

Lesões da mucosa receptora

Lesão nos nervos que conduzem sensibilidade ao encéfalo

Nervo facial é mais comumente comprometido

Gustação dos 2/3 anteriores da hemilíngua é perdida na paralisia facial periférica

Pode ser irreversível como nas paralisias faciais periféricas traumáticas

Vias da Sensibilidade Especial

Aplicação clínica

Patologias do lobo temporal

Podem originar epilepsia com crises parciais complexas com alucinações gustativas ou olfativas e gustativas

Vias da Sensibilidade Especial

Audição

Inicia quando o som é transmitido da orelha externa à orelha média orelha interna

passa para o sistema nervoso

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Orelha média

Funciona como um transformador de impedância que facilita a transmissão do som no ar em vibrações da cóclea

Membrana timpânica

Há transmissão aos ossículos martelo, bigorna e estribo

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Cóclea

Forma de caracol

Apresenta 3 compartimentos por líquido separado pelas membranas basilar e de Reissner

Transforma sons em código neural para as fibras da parte coclear do nervo vestibulococlear

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Membrana basilar

Vibra pelo movimento do fluido da cóclea causado pelo estribo

O movimento propaga-se como uma onda e vai da base até o ápice da cóclea

A distância que a onda percorre é proporcional à freqüência do som

Seres humanos: Fmáx= 20.000 Hz

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Núcleos cocleares

Dorsal

Ventral posterior

Ventral anterior

Cruza a linha média Colículo inferior

Estria acústica dorsal

Estria acústica ventral

Corpo trapezóide

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Complexo olivar superior

Formado pelos núcleos olivares medial e lateral

Núcleos do corpo trapezóide

Lemnisco lateral

Fibras originadas nos núcleos do corpo trapezóide

Apresenta trajeto ascendente

Vias da Sensibilidade Especial

Via auditiva

Sistema auditivo descendente

Originado no complexo olivar superior

Tem destino nas células ciliadas externas (via olivococlear)

Vias da Sensibilidade Especial

Equilíbrio

Aparelho vestibular

Localiza-se na porção petrosa do temporal

Formado por 3 canais semicirculares e pelo vestíbulo, que contém o utrículo e o sáculo

Vias da Sensibilidade Especial

Via vestibular

Aparelho vestibular

Inicia-se com excitação de receptores sensoriais sensíveis à variações hidráulicas da endolinfa

Epitélio sensorial (ampolas)

Cristas ampulares (contém células ciliares)

Receptores utrículo e sáculo máculas

Vias da Sensibilidade Especial

Via vestibular

Otólitos

Exercem diferentes pressões sobre os cílios do epitélio sensorial

Utrículo

Responde à gravidade, à aceleração linear e à força centrífuga

Relaciona-se com os movimentos de flexão e extensão da cabeça

Vias da Sensibilidade Especial

Via vestibular

Sáculo

Órgão de transição vestibulococlear

Não tem função perfeitamente elucidada

Canais semicirculares

Podem responder a forças lineares constantes

Gravidade

Força centrífuga

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Provenientes dos canais:

Semicirculares

Utrículo

Sáculo

Vão ao gânglio vestibular (de Scarpa)

Células dipolares

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Vestibular superior

Vestibular inferior

Nervo vestibulococlear (junto com ramo coclear)

Entra na cavidade craniana pelo meato acústico interno

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Nervo vestibulococlear

Penetra no tronco do encéfalo

Sulco pontino inferior (bulbopontino)

Fibras vestibulares dirigem-se aos núcleos situados na área vestibular do assoalho do IV ventrículo

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Área vestibular

Núcleos vestibulares

Lateral (de Deiters)

Superior (de Bechterew)

Medial (de Schwalbe)

Inferior (de Roller)

Ponte

Bulbo

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Núcleo vestibular

Recebe fibras do urículo

Recebe fibras do cerebelo

Envia ao fascículo longitudinal medial

Trajeto ascendente e descendente

Vias da Sensibilidade Especial

Fibras vestibulares

Sintomas labirínticos

Formação reticular

Hipotálamo

Sistema límbico

Vias da Sensibilidade Especial

Síndrome vestibular

Doenças vasculares

Doenças infecciosas

Doenças psicoafetivas

Vertigem

Principal sintoma

Corresponde à sensação errônea de deslocamento de objetos ou do corpo no espaço

Aula disponível em:gerardocristino.sites.uol.com.br

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