FACELI - D1 - Helga Catarina Pereira de Magalhães Faria - Teoria Geral do Direito - Aula 08

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PROCESSO LEGISLATIVO

ATENÇÃO LO

A discussão e votação dos projetos de LO NÃO devem, obrigatoriamente, ter início na Câmara dos deputados. SOMENTE os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

PROCESSO LEGISLATIVO

LEI DELEGADA

Trata-se de ato normativo elaborado e editado pelo Presidente da República, por delegação do Poder Legislativo. Este pode delegar o poder de editar regras jurídicas novas ao Poder Executivo.

De acordo com Pedro Lenza:

A lei delegada caracteriza-se como exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições, na medida em que sua elaboração é antecedida de delegação de atribuição do Poder Legislativo ao Executivo, através da chamada delegação externa corporis.

 

A lei delegada será elaborada pelo Presidente da República, após prévia solicitação ao Congresso Nacional, delimitando o assunto sobre o qual pretende legislar.  Trata-se da primeira fase do processo legislativo de elaboração da lei delegada, denominada iniciativa solicitadora.

A solicitação será submetida à apreciação do Congresso Nacional, que no caso de aprovação, tomará a forma de resolução, especificando o conteúdo da delegação e os ternos do seu exercício.

ATENÇÃO

A Constituição, veda a delegação:

Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 

 

Havendo exorbitância nos limites da delegação legislativa caberá ao Congresso Nacional sustar o aludido ato normativo, por meio de decreto legislativo, realizando desta feita, controle repressivo de constitucionalidade. Por meio de resolução, que especificará o conteúdo e os termos de seu exercício, o Congresso Nacional determinará se haverá ou não a apreciação da lei delegada.  Em caso de apreciação, o Congresso Nacional a fará em votação única, sendo vedada qualquer emenda.

 

ATENÇÃO 

É dispensável a sanção ou veto do Presidente da República, pois seria ilógico o veto de um projeto elaborado pelo próprio presidente.  Elaborada a lei delegada, o Presidente da República a promulgará, determinando a sua publicação no diário oficial.  Por fim, constata-se a pouca utilização da lei delegada pelo Presidente da República, tendo em vista a previsão de medida provisória, muito mais ampla. Lei delegada - Fundamentação legal – art. 68 da CF

 

MEDIDA PROVISÓRIA

São atos normativos com força de lei editados pelo Presidente da República, em casos de RELEVÂNCIA E URGENCIA, com vigência provisória pelo prazo de 60 dias, prorrogável uma única vez por igual período.

Trata-se de ato privativo do Presidente da República, mas quem analisa a relevância e urgência é o Congresso Nacional.

ATENÇÃO

Uma vez expedidas pelo Presidente da República, as medidas provisórias passam a ter força de lei, sendo, posteriormente, remetidas ao Congresso Nacional.

É importante ressaltar que o prazo de validade da medida provisória não se confunde com o prazo que o Congresso Nacional tem para votação, que é de 45 dias.

Caso a MP não seja votada em 45 dias, ocorrerá o chamado TRANCAMENTO DA PAUTA na Casa em que estiver tramitando. Com o trancamento nenhum outro projeto de lei pode ser votado.

Aprovada pelo Congresso a MP é convertida em lei.

ATENÇÃO

MP rejeitada só pode ser reeditada na sessão legislativa seguinte.

ATENÇÃO

Não se admite MP sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos, direito eleitoral, direito penal, processual penal processual civil, organização do Poder Judiciário, do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º, que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro, reservada a lei complementar, já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República., bem como relativa à competência exclusiva do Congresso Nacional e suas casas.

DECRETO LEGISLATIVO

É um instrumento normativo por meio do qual serão materializadas as COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DO CONGRESSO NACIONAL.As regras sobre seu procedimento vêm contempladas nos Regimentos Internos das Casas ou Congresso Nacional

Deflagrado o processo legislativo, ocorrerá a discussão no Congresso, e, havendo aprovação do projeto (maioria simples), passa-se imediatamente, à promulgação, realizada pelo PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL, que determinará a sua publicação, não existe manifestação do Presidente da República, sancionando ou vetando, pela própria natureza do ato.

RESOLUÇÃO

Por meio das resoluções regulamentar-se-ão as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Os regimentos internos determinam as regras sobre o processo legislativo. A discussão dar-se-á nas respectivas casas. Uma vez aprovado (maioria simples), passa-se à promulgação, que será realizada pelo presidente da Casa, e no caso de resolução do CN, pelo presidente do Senado Federal.

Atençãoa) Não haverá manifestação presidencial

sancionando ou vetando o projeto de resolução.

b) A única hipótese de previsão constitucional expressa de resolução deu-se no ar. 68, §2º, pelo qual o Congresso Nacional delegará competência ao Presidente da República para elaborar a lei delegada.

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