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Vias aéreas
Fundação Santa Casa de Misericórdia do ParáMD9 - CESUPA
Belém-PA2015
Lorena Faiz Storch Kuster Pantoja
Anatomia• Via aérea superior: cavidades nasal e oral;
- Aquece, umidifica e filtra o ar;
- Composta ainda pela faringe e laringe;
- É acima da laringe que encontramos a epiglote, que direciona o ar para a traqueia e sólidos e líquidos para o esôfago; a laringe contém as cordas vocais.
• Via aérea inferior: compreende a traqueia, brônquios e os pulmões.
• Após adentrarem no hilo dos pulmões, os brônquios principais se ramificam, formando a árvore bronquial.
Avaliação das Vias Aéreas
• Avaliação do grau de dificuldade da Intubação:
- Distância inter-incisivos - > 3cm
- Distância Tireomentoneana ≥ 6
- Distancia Esternomentoneana > 12cm
- Comprimento dos incisivos superiores – curtos
- Conformação do pálato – não estreito
- Protusão voluntária da mandíbula – dentes mandibulares ultrapassam linha dos maxilares
Favorecem
Para intubação eletiva
Avaliação das Vias Aéreas
Micrognatia: Nao consegue-se ultrapassar os Incisivos superiores com os inferiores;
Macrognatia: Nao consegue-se ultrapassar os Incisivos inferiores com os superiores;
Avaliação das Vias Aéreas
• Classificação de Mallampati - < 2
- Avaliação da língua em relação ao tamanho da orofaringe.
I: Palato mole; Pilares amigdalianos; Úvula; Amígdalas palatinas visíveis; fácil
II: Palato mole; Pilares; Úvula visíveis; relativamente fácil
III: Palato mole; Base da úvula; relativamente difícil
IV: Palato mole parcialmente visível; difícil
• Classificação de Cormack-Lehane:
I- glote bem visível
II- somente parte posterior da glote é visualizada (aritenóides)
III- somente epiglote é visível
IV- epiglote e glote não visualizadas;
Escore de Intubação
• Na avaliação inicial e gestão de qualquer paciente criticamente doente o ABCDE são a primeira prioridade.
• Hipóxia = lesões cerebrais irreversíveis = 5 min.
- Cérebro, pulmões e coração 4 a 6 min
- Rins, Fígado, TGI 45 a 90 min
- Músculos, ossos e pele 4 a 6h
• Gestão das vias aéreas deve preceder qualquer outro tratamento.
• Habilidades essenciais para médicos:• Estabelecer e manter as vias respiratórias abertas • Garantir a ventilação adequada e oxigenação do paciente
Causas de obstrução da VA
• Relaxamento da língua: queda da língua
• Restos alimentares
• Corpo estranho
• Traumatismo facial• Hemorragia• Avulsões dentárias
• Fratura de laringe / traquéia
• Fratura bilateral de mandíbula
• Ferimentos penetrantes do pescoço
Desobstrução manual da via aérea:
1- inspeção da orofaringe. 2- Retirar corpos estranhos (dente, alimentos) com uma luva e aspirar sangue ou vômito, se presentes, ou colocar o paciente em decúbito lateral (caso não haja fraturas).
Manobras de desobstrução
Manobras de desobstrução
• PACIENTE INCONSCIENTE: a causa mais comum da obstrução é a queda da língua para a faringe posterior devido à perda do tônus nos músculos submandibular.
• Este problema pode ser rapidamente corrigido
• Manobra simples: é necessário para abrir as vias aéreas e permitir uma ventilação adequada
• ELEVAÇÃO DO QUEIXO – Manobra Chin-Lift sem suspeita de lesão medular
• ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA - Manobra de Jaw-Trhustcom suspeita de lesão medular
• Respiração ruidosa/ "borbulhas“: aspiração (sonda rígida)
Manobra de Chin-Lift
Vias Aéreas Adjuntas• Se via aérea pérvia, usamos:
• Orofaríngea – cânula de Guedell• Nasofaríngea
Ambos os dispositivos impedem que a língua faça a oclusão da via aérea e, assim, proporcionar um canal aberto para que o ar possa passar.
Via Aérea Orofaringea• Tubo curvo oco que é usado para criar um canal aberto
através da boca e faringe posterior.
• Escolha do tamanho: da lateral da mandíbula do paciente, orientando-o para a boca.
• Introdução: curvatura invertida e depois girar para a ponta atingir a faringe posterior.
• Auxílio: uma espátula pode ser usado para mover a língua para fora
Via Aérea Nasofaringea• Estes tubos podem ser usados quando o uso de uma via aérea
orofaríngea é difícil, como quando um paciente está apertando sua mandíbula.
• Melhores em pacientes semi-conscientes
• Para inserir: lubrificar com gel anestésico
• Contra-indicação• Fraturas base crânio• Distúrbios de coagulação• Deformidades nasais• Bacteriemia• Gestação
Os tubos vêm em tamanhos com baseno diâmetro interno (ID) do tubo.
Quanto maior o diâmetro interno maior otubo.
Adulto grande porte: 8,0 - 9,0 IDAdulto médio porte: 7.0 - 8,0 ID
Adulto pequeno porte: 6,0 - 7,0 ID
Assistência Ventilatória• Máscara de bolso
- Boa adaptação à face do paciente – sem escapes
Para ofertar O2 a 100%
Suporte Invasivo Das Vias Aéreas
• Indicações VIA AÉREA DEFINITIVA:• Não manutenção com suporte não invasivo• Escala de Coma de Glasgow ≤ 8• Traumatismo facial grave / Queimadura• Hematoma cervical• Instabilidade hemodinamica – choque• PCR• Anestesia geral • Antes do transporte:
• Piora do nível de consciência mesmo que Glasgow >8• Crises convulsivas
Intubação Orotraqueal
Iot• Contra-Indicações:
- Abcesso da faringe
- Epiglotite epidêmica
- Traumatismo de face
- Tumor com deformidade da via aérea alta
- Indicação para traqueostomia eletiva
iot• Complicações:
- Em relação a técnica laringoscopia• Dificuldade para intubação• Intubação esofagiana inadvertida• Regurgitação com broncoaspiração• Fratura dental• Edema e sangramaneto de mucosa• Lesão de estrutura glótica• Lesão cervical secundaria ao posicionamento da cabeça
• - Em relação ao tubo traqueal• Lesão do aparelho fonador• Lesão Traqueal• Infecção pulmonar• Atelectasia
Intubação OrotraquealSequência Rápida:
- Pré-oxigenação- Cuidados com estômago cheio- Analgesia- Sedação- Bloqueio Neuromuscular
AnalgesiaFentanil 3 mcg/kg EV bolus / 25 a 100 mcgAlfentanil 15 a 30 mcg/kg EV
SedaçãoMidazolan 5 a 15 mg EV bolus até 0,15 mg/kgEtomidato 0,3 a 0,4 mg/kg EV bolusPropofol 1 a 4 mg/kg EV bolusTiopental sódico 2,5 a 5 mg/kg EVQuetamina 2 a 4 mg/kg EV
Bloqueio neuromuscularSuccinilcolina 1 a 1,5 mg/kg EV bolus Rocurônio 0,6 a 1,2 mg/kg EV bolusVecurônio 0,1a 0,3 mg/kg EVAtracúrio 0,4 a 0,6 mg/kg EV
Cuidados imediatos pós-intubação
• Insuflar o cuff ( Press cuff )
• Checar posição do tubo: (estômago – pulmão esquerdo - pulmão direito)
• Fixar o tubo
• Ajustar parâmetros do respirador e colocar em VM – FiO2: 100%
• Checar sinais vitais: FC, ritmo cardíaco, pressão arterial e saturação de O2
• Iniciar sedação e analgesia em infusão contínua em BI
• Elevar cabeceira do leito á 30 grau
• Solicitar: RxTx ( checar posição do tubo – ideal 2 cm acima da carina)
• Solicitar gasometria arterial (após 30 minutos de ventilação)
• Reajustar parâmetros ventilatórios e reduzir FiO2 ( PO2 > 60 ou Sat. > 90%)
• Passar SNG (manter aberta, em drenagem) e passar sonda vesical
• Checar pressão do cuff c/ manovacuômetro (manter pressão em 20 cm/H2O)
Confirmação da IOT• Ausência de ruídos epigástricos
• Sons respiratórios bilateral
• Elevação simétrica do tórax
• Melhora da cianose
• CO2 expirado/capnografia
• Oximetria de pulso
Alinhamento dos Eixos
Manobra de Sellick
Via Aérea Difícil
Via Aérea DifícilIntubação traqueal difícil: ” A inserção de um tubo endotraqueal com laringoscopia convencional requer mais de 3 tentativas ou mais de 10 minutos”
Via aérea difícil: “ situação clínica que um médico com experiência tem dificuldade para ventilar com máscara e tem dificuldade para intubação traqueal ”
Sinais sugestivos de Intubação difícil:
Sinais sugestivos de Ventilação difícil:
• Intubação com Paciente Acordado• Indicações:
• VAD antecipada• Instabilidade cervical
• Contra-indicações: • Não- cooperativo / recusa • Infecção ativa na área do bloqueio • Tempo insuficiente para procedimento
Via Aérea Difícil
• Via Aérea Difícil após Indução Anestésica• Ventila?
• Acordar• Máscara Laríngea
• Não ventila? • Emergência• Pedir ajuda
Via Aérea Difícil
Intubação com o doente vigil
Abordagem da V. Aérea com técnicas de intubação não-invasivas
Abordagem da V. Aéreacom técnicas invasivas
Sucesso FALHA
Abordagem da V. Aérea com técnicas invasivas
Considerar viabilidade de outras opções
AdiarCirurgia
Acesso Invasivo da V. AéreaCricotirotomiaTraqueostomia percutânea ou cirúrgica
Máscara facial ou laríngea
Anestesia localAnestesia regional
Intubação traqueal com Broncofibroscopia
A partir deste ponto considerar:1. Chamar ajuda2. Retornar à ventilação espontânea3. Acordar o doente
Tentativa de Intubação após indução de Anestesia Geral
Tentativa inicial de intubação FALHA
Tentativa inicial de intubação com SUCESSO
Ventilação sob máscara facialnão adequada
Ventilação sob máscara facialadequada
Máscara Laríngea (ML)
ML não adequadaML adequadaSituação EmergênciaNão Ventilo, Não Intubo
Chamar Ajuda
Situação Não-EmergenteVentilo, Não Intubo
Abordagens alternativas para a intubação
SUCESSO na Intubação
FALHA após múltiplas tentativas
Se Ventilação Sob Máscara Facial ou ML Se tornareminadequadas
Ventilação Emergência não-invasiva
Ventilação adequada
FALHA
Acesso Invasivo Emergente da V. AéreaAcordar
o doenteAcesso invasivo
Via AéreaConsiderar viabilidade
outras opções
Ténicas não invasivas para intubação difícil
Lâminas de laringoscópio alternativas (McCoy ou Miller)Estiletes para intubação (“Bougie, Frova)Máscara Laríngea FastrachIntubação por fibroscopiaIntubação “às cegas” Técnicas para ventilação
não-invasiva de emergênvia
CombitubeEstilete para “jet intratraqueal”Broncoscópio rígido
Outras Técnicas
Fibroscopia
Outras Técnicas
• Fibroscopia
• Contra-indicação: • Sangue e secreções vias aereas superiores• Ventilação sob máscara difícil
• Desvantagens: • Alto custo• Maior tempo de treinamento • Requer tempo para execução.
• Via aérea definitiva/temporária• Conduto para IOT/fibroscopia• Salva vidas (não intuba/ não ventila)
Máscara Laríngea
• Vantagens:• Dispensa laringo, rápida
• Contra-indicações:• Risco regurgitação• Baixa complacência pulmonar/ alta
resistência ventilatoria• Dificuldade abrir boca/extender cervical• Lesões expansivas orais, faríngeas,
glóticas
• Complicações:• Dificuldades para posicionar• Trauma da úvula ou epiglote• Laringoespasmo• Deslocamento/ prejuízo da ventilação• Distensão abdominal • Regurgitação, náuseas, vômitos, aspiração
Máscara Laríngea
Outras Técnicas
• Intubação Retrógrada• Indicações• VAD antecipada
• Contra-indicações: • Não palpação da membrana • Doença da laringe (neoplasia, estenose)• Infecção (abcesso pré-traqueal)• Coagulopatias e uso de anticoagulante• Situações ñ intubo/ñ ventilo
Vias Aéreas e Intubação Traqueal
• Combitube• Contra-indicações:
• Pacientes menos de 1,40m• Reflexos laríngeos presentes• Patologia esofagiana conhecida• Ingestão de substâncias cáusticas
Vias Aéreas e Intubação Traqueal
• Via Aérea Cirúrgica: • Cricostomia• Traqueostomia
Intubação Nasotraqueal
Cricotireoidostomia
Obrigada!
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