Principais cuidados com o recem nascido

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Principais cuidados com o recém-nascido

Tatiana S. RussiPediatria e Neonatologia

UFMS

Recém-nascidos ou Neonatos: zero a 28 dias de vida.

• Período neonatal geram ansiedade e muitas dúvidas

• Mãe insegura• Interferência Familiar (conflitos)• Instituição de hábitos incorretos• Risco e exposição • Hábitos culturais

Primeira consulta

• Até 15 dias de vida sempre que possível • Suporte a mãe• Identificar fatores de risco para desmame, icterícia,

infecções• Sanar dúvidas freqüentes• Importante a presença de pai e avós (especialmente

se 1º filho).

“Escutar não é só ouvir; é compreender e entrar em sintonia = Empatia”

Higiene

àBanho diário com água morna e sabão neutro.àEvitar hidratantes, cremes, perfumes, talcos ou

óleos.àEvitar fricção exagerada da pele.àTrocas de fraldas freqüentes à limpar com água

morna (não usar lenços umedecidos).

Sempre higienizar as

mãos com água e sabão antes de

manipular o recém-nascido!

Perguntas freqüentes sobre o coto umbilical...

“O cordão umbilical caiu e ficou uma bolhinha dura no umbigo...”

“O bebê apresenta um estufamento no umbigo e que aumenta quando ele chora...”

Coto Umbilical

• Contém 2 artérias e 1 veia.• Potencial “porta de entrada” para bactérias =

comunicação direta com sistema circulatório.

Coto umbilical

àLimpeza com álcool 70% ou clorexidina aquosa 0,5% aplicando com gazes ou cotonetes.àNão manter curativo oclusivo ou gaze enrolada no

cordão umbilical.àRealizar limpeza a cada troca de fraldas.àPode ser molhado durante o banho.àDesencorajar o uso de faixas abdominais assim

como objetos (ex. moeda) sobre o coto ou cicatriz umbilical.àLavar as mãos antes de manipular o coto.

LIMPEZA DO COTO UMBILICAL

Avaliação do coto umbilical• Aspecto, Odor, presença de secreção.

Queda do coto: 7 ao 15º

dia

Após a queda do coto é comum a ocorrência de sangramento

local em pequena quantidade!

Onfalite

• Onfalite à infecção do coto umbilical: sinais de inflamação ao redor do umbigo (edema, hiperemia e calor local) além de sinais sistêmicos de infecção (febre, recusa as mamadas, taquipnéia, baixo ganho de peso, icterícia, apatia etc.)

Onfalite

àRequer internação para tratamento com antibióticos EV. àRisco de infecção disseminada para pulmões,

meninges e sepse.

Granuloma umbilical

• Tecido granulomatoso de 0,5 a 2 cm, podendo excretar secreção serosa ou sanguinolenta.

• Forma-se após a queda do coto umbilical.

• Tratamento: Reforçar limpeza local

Aplicação local de Nitrato de prata bastão

Hérnia umbilical• Achado frequente• Conduta expectante até 2 anos• O uso de faixas*, cintas*, moedas* e botões* não

modifica a evolução natural da hérnia.

* O uso desses acessórios no coto umbilical deve ser desencorajado!

Hábito intestinal

• Constipação intestinal à fezes duras, ressecadas com dor e dificuldade é rara no bebê que MAMA SEIO !!

• Consistência e aspecto habitual das fezes: Mecônio (1ª evacuação) à fezes amareladas,

pastosas a semi-líquidas.

• Ritmo intestinal: até 7 dias sem evacuar (desde que evacue com consistência habitual) ou, podem evacuar várias vezes (após cada mamada).

Constipação intestinal funcional

Cólicas do lactente• Pouco provável nos primeiros 15 dias de

vidaà Controlar o peso e verificar se não existem problemas com amamentação!

• Período: 15 dias a 3 meses de vida.• Características:ü Início súbito,ü Horário marcado (final da tarde e início da madrugada),ü Choro agudo, inconsolável, extensão e flexão ritmada das pernas,ü Elimina gases – causa alívio temporário,ü Quer mamar a “toda hora”, intervalos curtos,ü Recorrência.

Perda de peso de até 10% do peso de

nascimento

Cólicas do lactente• Fatores comportamentais envolvidos na

etiologia:ü Cuidado inadequado,ü Ansiedade,üDepressão,ü Insegurança,üModificações no cotidiano decorrentes da chegada da criança,ü Ligação mãe-filho não suficientemente boa.

• Diagnóstico diferencial:àRefluxo gastro-esofágico;àAlergia alimentar: excesso de leite de vaca (produtos

lácteos) consumidos pela mãe;àInfecções.

Cólicas do lactente

• Tratamento:àMedidas não medicamentosas:• Compressas quentes ou calor no abdome,• Massagens,• Aumento do contato com a mãe,• Música tranquila,• Manutenção de ambiente calmo na casa.

àMedidas medicamentosas:• Antiflatulência (ex. Simeticona),• Analgésicos (ex. Paracetamol).

Regurgitação • Refluxo de conteúdo gástrico a boca sem que haja

náuseas ou esforço. (≠ vômito).• Refluxo fisiológico à criança saudável e com ganho

de peso adequado!

• Desaparece com a idade, não requerendo investigação ou tratamento medicamentoso.

• Preocupar quando??ü Baixo ganho de peso, Infecções respiratórias de repetição (aspiração),ü Vômitos (bilioso, intolerância alimentar, alergia ao leite de vaca), choro

continuado/irritabilidade (esofagite, dor),ü Apatia, distensão abdominal (cirúrgico), febre.

Regurgitação

• Orientações a mãe:àMedidas posturais,àManter elevado após as mamadas,àEsvaziar as mamas (mãe com muito leite),àEvitar mamadas muito prolongadas,àEvitar uso de medicamentos (anti-eméticos)

sem a devida indicação.

Monilíase Oral “sapinho”

• Infecção oral pelofungo candida albicans.

• Tratamento:àLimpeza cavidade oral (gaze embebida em água).àNistatina solução oral 1ml na boca 6/6 horas por

2 semanas.à*Resistentes: Miconazol gel oral – aplicar com

dedo 4 vezes ao dia por 7 a 10 dias.

Verificar possibilidade de contaminação materna (seio e vaginal) e monilíase perineal na criança!

Limpeza de chupetas e

bicos de mamadeira!

Problemas de PeleMiliária

• “brotoejas”

• Retenção suor nas glândulas sudoríparas.

• Locais preferenciais: face (couro cabeludo), pescoço e parte superior do tórax.

• Manifestação clínica: Microvesículas ou pápulas avermelhadas.

Pode haver infecção secundária por candida albicans.

Miliária = “brotoejas”

Miliária - Tratamento• Ambiente fresco e arejado.• Evitar excesso de roupas.Preferir roupas de

algodão.• Não recomendado uso de talcos, maisena etc.• Banhos mais freqüentes com água morna.• Corticóide de baixa potência (hidrocortisona,

dexametasona) à por curtos períodos até 5 dias.• Se infecção 2ª: avaliar necessidade de antibiótico e

antifúngicos.

Problemas de peleDermatite área de fraldas

• “assaduras”

• Etiologia multifatorial:

üHiper-hidratação

ü Fricção

ü Aumento de temperatura

ü Irritantes químicos

ü Fezes e urina

Eritema nas superfícies convexas do períneo

Ocorre pelo contato da urina com a pele e oclusão pela fralda

Lesões erosivas, poupando dobras

Importante papel da amônia levando àdestruição da barreira epidérmica

Eritema e descamação em períneo e parte proximal das coxas com pápulas satélites

Presença do fungo Candida albicans

TRATAMENTO – Dermatite de fraldas• Limpeza com água morna, evitar fricção, secar bem o

local• Troca frequente das fraldas ( 5 a 6 vezes/ dia)• Cremes de barreira: óxido de zinco, cetrimida + óleo

de sementes, dexpantenol è aceleram reepitelização• Casos severos è corticoide tópico de baixa potência

(hidrocortisona/ dexametasona/ desonida) 2 x/dia (5 dias)

• Nistatina ou derivados imidazólicos para Candidíase (7 a 10 dias 2 x/dia)

• AREJAR!• CUIDADO COM AS ASSOCIAÇÕES!

Problemas de peleDermatite seborreica

• Crianças saudáveis, assintomáticas, em geral não há prurido.

• Desaparece sem tratamento (2 a 3 meses).

Placas cor salmão com escamas amareladas

Crosta láctea

Tratamento – Dermatite Seborreica

• Vaselina, óleo mineral, óleo de amêndoas: amolece as escamas e facilita a remoção usando escova macia.

• Xampu anti-seborreico 3 x semana

• Cetoconazol tópico creme ou xampu.

• Corticóide tópico de baixa potência. (ex. Hidrocortisona) à cuidado com atrofia cutânea,

evitar uso em áreas extensas (absorção)

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