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CUIDADOS IMEDIATOS AO RECÉM-NASCIDO Profª Márcia Divina

Cuidados Imediatos Ao Recem-nascido

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relata os cuidados imediatos ao recem nascido

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CUIDADOS IMEDIATOS AO RECM-NASCIDO

CUIDADOS IMEDIATOS AO RECM-NASCIDOProf Mrcia Divina

Compreende-se por assistncia imediata ao RN, aquela dispensada logo aps o nascimento, ou seja, nas duas primeiras horas que sucedem o parto.Segundo a recomendao do CREMESP, necessrio a presena de um pediatra com conhecimento em reanimao neonatal na sala de parto no momento do nascimento

INTRODUO

A lei do Exerccio Profissional de enfermagem no Brasil, confere ao enfermeiro, a prestao de assistncia a mulher, durante a gestao, parto e puerprio, e tambm ao RN.Promover e manter o equilbrio orgnicoEstabelecer a permeabilidade das VASManter temperatura corporalPrevenir infecesIncentivar o aleitamento natural

OBJETIVOSPara a assistncia ao RN normal, que constitui a maioria das situaes, nada mais deve ser feito alm de: enxugar, aquecer, avaliar e entregar me para um contato ntimo e precoce

ASSISTNCIAO incio da respirao a alterao fisiolgica mais crtica, imediata e necessria ao RNOs estmulos que ajudam a desencadear a primeira respirao so basicamente qumicos e trmicosOcorre a diminuio do oxignio e do Ph e elevao do dixido de carbono no sangue

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINAEsses estmulos qumicos iniciam impulsos que excitam o centro respiratrio na medula.O estmulo trmico o sbito calafrio do RN, decorrente da transio de uma ambiente aquecido para outro relativamente mais frio, provocando impulsos sensoriais na pele, que so transmitidos ao centro respiratrio

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINAA entrada inicial de ar nos pulmes sofre oposio pela tenso superficial do lquido que preenche os pulmes e os alvolos fetaisA remoo do lquido pulmonar ocorre atravs dos vasos linfticos, capilares pulmonares e pela fora das contraes durante o trabalho de parto

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINA

Conforme o trax atravessa o canal de parto, o lquido espremido dos pulmes atravs da boca e do narizAps a expulso do trax, o ar penetra nas VAS, para substituir o lquido perdido

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINAAs alteraes circulatrias que possibilitam o fluxo sanguneo atravs dos pulmes so tambm de extrema importncia no incio da respiraoA mudana da circulao fetal para ps-natal envolve o fechamento dosShuntsfetais: forame oval, ducto arterial e eventualmente o ducto venoso

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINALogo aps o parto, quando h condies satisfatria, o contato fsico entre a me e o RN e a suco devem ser estabelecido o mais precoce possvel, pois alm de auxiliar no processo de aleitamento, favorece a contratilidade uterina

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINAAlimentar, hidratar, proteger, aquecer, acalentar, aliviar os incmodos, fornecer apoio e segurana, permitem o bem estar do RN e norteiam a estrutura e sua personalidade

ADAPTAO A VIDA EXTRA-UTERINAO estabelecimento da permeabilidade das VAS inicia-se logo aps o desprendimento ceflico, com a limpeza da faceA desobstruo das VAS constituda pelo posicionamento adequado do RN e a aspirao da boca e narinas

ESTABELECIMENTO DAS VIAS AREAS SUPERIORESA aspirao contribui para uma boa ventilao do RN e afasta a possibilidade de atresia de coanas e esfago, porm deve ser realizada somente quando necessrioNa presena de secrees, deve-se realizar a aspirao rpida e suave da boca e das narinas com sonda de borracha ou polietileno, conectada ao aspirador na sala de parto

ESTABELECIMENTO DAS VIAS AREAS SUPERIORESNa presena de lquido meconial, assim que ocorrer o desprendimento ceflico, o profissional dever realizar a aspirao boca e narinas (aspirao intra-parto).

ESTABELECIMENTO DAS VIAS AREAS SUPERIORESO RN dever ser recepcionado em campos estreis aquecido, e enxug-lo de maneira rpida, mas suave.A resposta ao estresse trmico, envolve mecanismos adaptativo, com um gasto muito grande de energia e conseqente aumento no consumo de oxignioPoder ser colocado em contato pele a pele com o corpo da me, porm coberto com o campo aquecido

MANUTENO DA TEMPERATUA CORPREAResfriamento = vasoconstrico perifrica = forma do organismo controlar a perda de calor.Aumenta o consumo de O2 e glicose, diminuindo a oferta de O2 para os tecidosOcorre hipoxemia = aumento da FR = vasoconstrico pulmonarDiminui a captao de O2 pelos pulmes e o O2 para os tecidos = glicose anaerbicaOcorre liberao de cido ltico na corrente sangunea = Acidose Metablica

EFEITOS DA HIPOTERMIA ou = a 8, o prognstico geralmente bomSe a nota estiver entre 4 e 7, classifica-se o RN como moderadamente asfixiado, sendo necessrio a utilizao de manobras como estmulo cutneo plantar ou leve frico nas costas na tentativa de provocar choro forte

BOLETIM DE APGARCIANOSE CENTRALNo caso de haver cianose central, com movimentos respiratrios normais e FC > que 100 bpm, o RN dever receber oxignio umedecido e aquecido, para evitar perda de calor e o ressecamento das mucosas da VAS

ESCALA DE APGARAjustar o fluxmetro em 5l/minuto e colocar o tubo a uma distncia de 2 cm das narinasDessa forma 80% de oxignio so administrados, jamais encostar o tubo na narina, para evitar pneumotrax devido a presso das VAS

MTODOS DE ADMINISTRAO DE OXIGNIO AO RNAssim que o RN se tornar rosado, remover a cnula e desligar o oxignio gradativamenteObservar colorao do RN, caso volte a ficar ciantico, administrar novamente oxignio

MTODOS DE ADMINISTRAO DE OXIGNIO AO RNPara prevenir a oftalmia e a vaginite gonoccica, deve ser instilada de uma a duas gotas de nitrato de prata a 1% em cada olho e na genitlia feminina.Essa soluo dever ser armazenada e frasco escuro, em pequenas doses, pois fotossensvel e torna-se irritante para a conjuntiva

CREDEIZAOO colrio no deve ser pingado sobre a crnea e sim na mucosa conjuntival, o excesso dever ser removido com gaze, uma para cada olho e a soluo incompatvel com SF0,9%Poder ocorrer uma conjuntivite medicamentosa, pois a soluo produz reao inflamatria

CREDEIZAOA vitamina K lipossolvel necessria para a produo dos fatores de coagulao, principalmente a protrombina absorvida da dieta e produzida normalmente pela microbiota intestinal, onde absorvida e transportada ao fgado para a sntese dos fatores de coagulaoO RN ainda no tem o colo colonizado com bactrias e so deficientes de vitamina K

ADMINISTRAO PROFILTICA DE FITOMENADIONA- KANAKION Apresentao: ampolas de 10mg/mlDosagem: de 0,5 a 1,0 mg por via IMMtodo:aspirar 10 UI na seringa de 1ml e administrar com agulha 13x4,5 no M. vasto lateral da coxa em ngulo reto (90)Cuidados: medicamento fotossensvel e termossensvel, manter longe da luz e a uma temperatura de 25, sobras devem ser descartadas

ADMINISTRAO PROFILTICA DE FITOMENADIONA- KANAKION O RN dever ser identificado com pulseira de material plstico no pulso e no tornozelo, com o nome da me, n de ident. Hospitalar, sexo, Apgar, hora, data de nascimento e pesoEm sequncia, realiza-se a identificao pela impresso plantar do RN e a digital materna que devem ser registradas, bem como os dados especficos do nascimento, na Declarao de Nascido Vivo (DNV) e na ficha do RN

IDENTIFICAO DO RNDNV: documento padronizado e distribudo nacionalmente pelo MS, que alm de carter legal, alimenta os sistemas de informao de nascimentos (SINASC)Responsabilidade do enfermeiro, cuidados no preenchimento, controle e encaminhamento

IDENTIFICAO DO RN parte integrante dos cuidados ao RN e consta de inspeo e palpao, com finalidade de avaliar respirao, circulao, condies vitais, malformaes.Realizado rapidamente ainda na sala de parto e posteriormente mais detalhado

EXAME FSICO DO RNCuidar de um recm-nascido ajud-lo a superar a fase de maior vulnerabilidade da vida do ser humano: a transio da vida intra para extra-uterina