Ruído Laboral

Preview:

Citation preview

TSSHST Isabel DiasFormadora:

2012

• OBJECTIVOSIntrodução ao Ruído;Enquadramento Legal;O aparelho AuditivoEfeitos Nocivos do ruidoProtecção Auditiva

2

3

Introdução ao Ruído

4

Introdução ao Ruído

O que é o som

• O som é originado por vibrações da fonte sonora, que se transmitem directamente (até ao ouvido) pelo ar e indirectamente, por meio de materiais sólidos como, estruturas, paredes, tectos, pavimentos, etc. que funcionam como fontes secundárias.

5

O que é o ruído

• O som é normalmente considerado ruído quando a

sensação auditiva que produz for desagradável ou

incomodativa.

• Assim sendo o ruído pode ser considerado como um

som desagradável e indesejável que perturba o

ambiente, contribuindo para o mal-estar e provocando

situações de risco para a saúde do ser humano.

6

Características do ruído

• É uma causa de incómodo para o trabalho;

• Constitui um obstáculo ás comunicações;

• Provoca fadiga geral;

• Quando o ruído atinge determinados níveis, o aparelho

auditivo apresenta uma fadiga que, em casos de

exposição prolongada o ruído intenso, pode

transformar-se em surdez permanente.7

Características do Ruído

• As ondas sonoras transmitem-se desde a fonte ao ouvido, tanto através do ar, como por fontes secundárias, nomeadamente, paredes, pavimentos e tectos.

• Do ponto de vista fisiológico o Ruído é todo o fenómeno acústico que produz uma sensação auditiva desagradável e incomodativa.

TSSHST Clotilde Sousa Vieira (Eng.ª ) 8

9

10

• Estabelece o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações.

• Urge clarificar a articulação com outros regimes jurídicos, designadamente o da urbanização e da edificação e o de autorização e licenciamento de actividades.

Regulamento Geral do RuídoDecreto-Lei nº 9/2007

11

• Transpõe para a ordem jurídica interna às prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído.

• É aplicado a todas as actividades dos sectores privado, cooperativo e social, da administração publica, central, regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas colectivas de direito público, bem como a trabalhadores por conta própria.

Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de Setembro

12

O Aparelho Auditivo

O ouvido humano é constituído por três partes:

• ouvido externo;• ouvido médio, e;• ouvido interno.

Cada uma dessas partes tem uma função

específica na interpretação dos sons.

13

Como se Processa a Informação SonoraO ouvido externo recolhe os sons e envia-os pelo canal auditivo até ao ouvido médio. Neste momento, os sons fazem vibrar o tímpano. Aquando a vibração do tímpano, os ossículos (os três ossos mais pequenos do corpo humano denominados martelo, bigorna e estribo) entram em movimento, transportando a informação por acção mecânica até ao ouvido interno.

14

Como se Processa a Informação SonoraNo ouvido interno estão situados a cóclea, os canais semicirculares e o nervo auditivo.O fluido nos ductos da cóclea move-se em resposta à energia mecânica enviada pelos ossículos. De seguida, pequenos capilares da cóclea convertem a energia mecânica em impulsos eléctricos transmitidos pelos neurónios ao longo do nervo auditivo até ao cérebro.

15

A unidade de medida do Ruído Decibel d-B

• Qualquer fonte sonora emite uma determinada potência acústica.

• A quantidade de ruído que o ouvido humano recebe designa-se por nível de ruído e mede-se em decibel – dB (A).

Limites de Exposição

16

Limite Legal

Valores Limites de Exposição 87 dB

Valores de Acção Superior 85 dB

Valores de Acção Inferior 80 dB

Excedido o valor de acção superior – Medição Anual

Instrumentos de Medição

Sonómetro integrador de classe de precisão 1

– Brüel & Kjær, modelo 2260

Dosímetro de classe de precisão 2

– Brüel & Kjær, modelo 4442

17

Exames Audiométricos

• Medição e avaliação da audição

Exposição superior a:

85 dB(A) – Anualmente

83 dB(A) – 2 em 2 anos

18

Ruído é a maior “doença” profissional

• “Cerca de 40 milhões de europeus estão expostos ao ruído durante metade das horas de trabalho. Os problemas auditivos provocados pelo barulho representam já um terço do total das doenças profissionais”

Jornal “Record” – 21 de Abril de 2005

19

Limiar da audição

20

TSSHST Clotilde Sousa Vieira (Eng.ª ) 21

Tipos de RuídoTipos de Ruído

• O Ruído pode classificar-se em estacionário (com flutuações de nível mínimo durante o período de trabalho) e não estacionário (com flutuações de variação significativa.

• O Ruído não estacionário pode ser subdividido em três tipos:

22

Flutuante Intermitente Impulsivo

Tipos de RuídoTipos de Ruído

• Ruído Flutuante, se durante o período de observação, o nível de ruído variar continuamente.

Ex.: Centrais de produção e máquinas de fiação.

23

Tipos de RuídoTipos de Ruído

24

Ruído Intermitente, se durante o período de observação, o nível descer várias vezes, mantendo-se constante por 1 segundo ou mais.

Ex.: Rebarbadoras

Tipos de RuídoTipos de Ruído

• Ruído Impulsivo, quando consiste, em um ou mais impulsos de ruído de nível sonoro elevado e duração inferior a um segundo.

• Ex.: Operações de martelagem e de rebitagem.

25

Medições dos Níveis de Medições dos Níveis de

Ruído RuídoPorque é que se procede à Medição de Ruído?• Para determinar se os níveis sonoros são

susceptíveis de provocar dano auditivo.• Determinar o nível sonoro dos equipamentos. • Para elaborar planos de redução do ruído.• Para sabermos quais os protectores

adequados a utilizar.

26

Exposição ao RuídoExposição ao Ruído

• 85 dB ---> 8 horas86 dB ---> 7 horas87 dB ---> 6 horas88 dB ---> 5 horas89 dB ---> 4 horas e 30 minutos90 dB ---> 4 horas91 dB ---> 4 horas92 dB ---> 3 horas93 dB ---> 2 horas e 40 minutos94 dB ---> 2 horas e 15 minutos

27

95 dB ---> 2 horas96 dB ---> 1 hora e 45 minutos98 dB ---> 1 hora e 15 minutos100 dB ---> 1 hora102 dB ---> 45 minutos104 dB ---> 35 minutos105 dB ---> 30 minutos106 dB ---> 25 minutos108 dB ---> 20 minutos110 dB ---> 15 minutos112 dB ---> 10 minutos114 dB ---> 8 minutos115 dB ---> 7 minutos.

Factores de ExposiçãoFactores de Exposição

– O risco a que está exposto um trabalhador depende:

–Tempo de Exposição;–Tipo de ruído: contínuo, intermitente

ou súbito;–Distância da fonte de ruído;–Sensibilidade individual;–Danos na audição.

28

Efeitos Nocivos do RuídoEfeitos Nocivos do Ruído

• O Ruído actua através do ouvido sobre o sistema nervoso central. Quando o estimulo ultrapassa determinados limites causa surdez.

29

Acção do ruído no aparelho auditivo• As perdas de audição são consequências da

frequência e da intensidade do ruído, sendo

mais evidentes quando causadas pelos sons

puros e frequências mais elevadas.

30

31

Efeitos Nocivos do RuídoEfeitos Fisiológicos•Distúrbios gastrointestinais;•Distúrbios relacionados com o sistema nervosos central, tais como:

Dificuldade em falar; Problemas sensoriais –

diminuição da memória de retenção.

Efeitos Psicológicos•Ocasiona irritabilidade em indivíduos normalmente tensos ( os locais ruidosos aumentão as tensões);

•Agrava os estados de angústia em pessoas predispostas a depressões,

32

Outros Efeitos Nocivos do Ruído Dificuldades na transmissão e na recepção da mensagem;

Influencia negativamente a produtividade e a qualidade do produto;

Aumenta a irritabilidade e a fadiga no geral, sendo estes factores causas

directas do aumento do número de acidentes de trabalho.

Acção do ruído no aparelho auditivo

• Fadiga auditiva

A fadiga auditiva traduz-se por um

abaixamento reversível da acuidade

auditiva, sendo determinada pelo grau de

perda de audição e pelo tempo que o

ouvido demora a retomar a audição

inicial.33

Acção do ruído no aparelho auditivo

• Quando a exposição se mantém, durante um longo período de tempo a um ruído excessivo, surge um défice permanente da acuidade auditiva.

• Inicia-se assim o processo de destruição das células internas, numa primeira fase, e externas posteriormente.

34

Efeitos nocivos do ruído

Incómodo É talvez o efeito mais comum sobre as

pessoas e a causa da maior parte das queixas.

Traduz-se por:- Intranquilidade; desassossego;

ansiedade.

35

Efeitos nocivos do ruídoInterferência com a comunicação

A partir dos 65 dB(A) de ruído, torna-se

extremamente difícil conversar.

Para que a conversa seja perfeitamente

audível é necessário que a sua intensidade

supere em 15 dB(A) o ruído de fundo.

36

Efeitos nocivos do ruído

Perda de concentração e de rendimento

Para realizar qualquer tarefa é necessária concentração, no entanto se existir ruído produzirá distracções que reduzem o rendimento no trabalho.

Alguns acidentes tanto laborais como de circulação, podem ser devidos a este efeito

37

Efeitos nocivos do ruído

Transtornos durante o sono

- Insónias;- Causa interrupções no sono;- Diminuição da qualidade de sono,

podendo provocar aumento da pressão arterial e ritmo cardíaco.

38

Efeitos nocivos do ruído

Danos no ouvido

- Surdez transitória ou fadiga auditiva;

- Surdez permanente – em exposições prolongadas a níveis superiores a 85 dB(A).

39

Efeitos nocivos do ruído

• Um factor de grande importância, em qualquer

tipo de perda de audição, é a susceptibilidade

individual. Indivíduos têm sensibilidades

diferentes. A audição de alguns altera-se mais

facilmente que a dos outros.

• Existe também uma perda natural de audição

com a idade.

40

Efeitos nocivos do ruído

Stress – verifica-se:

- Cansaço crónico;- Tendência para insónias;- Doenças cardiovasculares;- Comportamentos anti-sociais

(hostilidade, agressividade).

41

Em conclusão – efeitos do ruído

A nível psicológico A nível fisiológico

Perda de concentração Perda auditiva até á surdez permanente

Perda dos reflexos Dores de cabeça

Irritação permanente Fadiga

Insegurança quanto á eficiência dos actos

Distúrbios cardiovasculares

Dificuldade nas conversações

Distúrbios hormonais

Impotência sexual Disfunções digestivas, gastrites

Alergias

Aumento da frequência cardíaca / contracção dos vasos sanguíneos

42

Controlo do ruído

• Quando o nível de ruído nos locais de trabalho

ultrapassa os níveis considerados aceitáveis,

deve proceder-se a um controlo do mesmo, a fim

de o reduzir aos níveis pretendidos.

43

Controlo do ruído

Medidas organizacionais

Controlo administrativo

44

Controlo do ruído

• Medidas organizacionais:

- Redução dos níveis de ruído ou do tempo de

exposição;

- Adquirir equipamentos menos ruidosos;

- Rotação periódica dos trabalhadores.

45

Controlo do ruído

Medidas construtivas ou de engenharia

Actuar sobre a fonte

Actuar sobre as vias de propagação

46

Controlo de ruído

• Medidas construtivas ou de engenharia:

- Encapsulamento da fonte de ruído com material

isolante e absorvente;

-Tratamento acústico das superfícies, revestindo-as

com material absorvente, por exemplo lã mineral;

- Manutenção frequente e cuidadosa.

47

Controlo de ruído

Medidas de protecção individual

Actuar sobre o receptor

48

Controlo do ruído

• Medidas de protecção individual

- Quando não é viável técnica ou

economicamente, qualquer das situações

anteriores;

- Utilização de protectores auriculares.

49

Protectores auditivos

• Devem estar em conformidade com as normas com as

normas europeias harmonizadas ou nacionais existentes e

devidamente e devidamente certificadas;

• Estar adaptados a cada trabalhador que os utilize e ás

características das suas condições de trabalho;

• Proporcionar a atenuação adequada da exposição ao ruído.

Obrigatórios com valores acima dos 85 dB(A)

50

Protectores do tipo concha ou abafadores

Formados por duas conchas

atenuadoras de ruído em

torno dos ouvidos e ligados

por um arco tensor. Estas

conchas devem possuir

bordas revestidas de material

macio de forma a permitir

um bom ajuste na zona do

ouvido.51

Protectores de inserção ou tampões

São colocados no canal externo

do ouvido. Tendem a ser mais

confortáveis que os

abafadores, para exposições

de longa duração,

principalmente em ambientes

quentes e húmidos. Podem ser

de algodão ou borracha.

52

Protectores auditivos

• Estes protectores devem ser testados antes da

sua utilização, pois existem tipos eficientes e

específicos para cada gama de frequência.

• Os fabricantes devem fornecer a respectiva

informação sobre a atenuação do protector

em cada frequência.

53

Protectores auditivos

• Para serem eficazes não devem permitir “fugas”

de som. Protectores velhos, sujos e que não se

adaptem convenientemente não atingem o

objectivo de proteger a audição;

54

Protectores Auditivos

• Os protectores devem ser convenientemente

limpos, com manutenções regulares e quando

necessários substituídos;

• É obrigatória a sinalização das áreas ruidosas (com

valores acima do nível de acção 85 dB (A)) com o

sinal de obrigação do uso de protectores.

55

Protectores Auditivos

• Característica técnica do protector de ouvido tampão BILSOM Série 300

• Características técnicas do protector de ouvido tampão de silicone BILSOM PERFLEX

TSSHST Clotilde Sousa Vieira (Eng.ª ) 56

Acompanhamento médico

• Exames audiométricos aquando da admissão do

trabalhador e a intervalos regulares. Estes

exames avaliam a função auditiva, verificando

como reage o nosso ouvido a um conjunto de

sons, que realizados regularmente pode detectar

perdas de audição que nos passam

despercebidas.

57

Acompanhamento médico

• Estes exames não só detectam os

trabalhadores que têm problemas auditivos,

como identificam aqueles com

susceptibilidade elevada ao ruído, de maneira

a tomar medidas preventivas de forma a

evitar a surdez profissional

58

Acompanhamento médico

• A periodicidade dos exames audiométricos

está definida na legislaçãosendo anual para

trabalhadores expostos a valores acima dos

85 dB(A) e de dois em dois anos para

trabalhadores expostos a valores superiores a

80 dB(A).

59

• EVITE SITUAÇÕES DESTAS:EVITE SITUAÇÕES DESTAS:

60

PROTEJA-SE ASSIM:PROTEJA-SE ASSIM:

Fim

61

Obrigada