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Divulgação cientifica: entre a vulgarização e a informação cientifica (apresentação em mesa redonda durante II Semana Científica do Araguaia, UFMT, Campus Araguaia, Barra do Garças (MT). Participantes: Sra. Valérya Prósperos Cardoso (Revista FAPEMAT Ciência) Sr. Alfredo José LOPES COSTA (Prof. de Jornalismo ICHS/CUA/UFMT e membro do Grupo de Pesquisa em Ciberjornaliso Ciberjor-UFMS)
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Vulgarização científica e/ou Divulgação científica
Jornalismo científico existe?
04/12/23 ALFREDO J. L. COSTA 1
II Semana Científica do Araguaia http://araguaia2.ufmt.br/semanacientifica/iisemana/
Divulgação cientifica: entre a vulgarização e a informação cientifica (Mesa redonda)
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Falar de ciência para os leigos: tensão entre termos
Vulgarização
Vulgus na Roma clássica era uma categoria inferiorque não votava
Divulgação
diferente de populus, os cidadãos
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Divulgação, difusão e disseminação
são termos complementares
Enquanto a difusão e a divulgação estão voltadas a um público
universal e englobam várias formas, a disseminação é feita apenas entre
especialistas.
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Divulgação científica == Jornalismo científico?
são similares por evocar a atenção pública e institucional a respeito dos assuntos pesquisados e democratizá-
los
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mas diferem na forma e na medida em que são veiculados
Divulgação científica
palestra, feira, mostra,
livro didático, dissertação ou tese
Pesquisador publica os resultados dos seus
estudos
Público universal
Jornalismo científicoMídias (veículos de comunicação), como o
rádio, jornal, internet, TV
publicar debates entre os pesquisadores e fazer a
população pensar e relacionar
conhecimentos inseridos na sociedade
Público leigo
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Jornalismo Científico
uma especialização da divulgação científica que obedece ao padrão de
produção jornalística (periodicidade, atualidade e difusão
coletiva)
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Jornalistas e pesquisadores
Parceria mais do que necessária
Apesar de conviverem com sistemas de produção distintos e que mantêm as suas especificidades, devem buscar parceria em prol da alfabetização científica e da democratização do conhecimento científico.
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A notícia e os lobbies poderosos
Os lobbies continuam atuando com intensidade na mídia brasileira, buscando neutralizar a resistência de determinados setores da sociedade que repudiam posturas não éticas voltadas apenas para manter privilégios e monopólios. O Jornalilsmo Científico não pode se contaminar pela ação dos grandes interesses.
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Jornalismo científico (campo do Jornalismo?)
Pautas: transgênicos, efeito estufa, energia nuclear, agricultura orgânica, biodiversidade, reuso da água, espécies invasoras, camada de ozônio, agrotóxicos, poluição em todas as suas formas etc.
O que nos interessa aqui é analisar se o jornalismo científico é um campo particular, se apresenta singularidades tais que, para sua cobertura adequada, é necessária uma especialização
Se somos campo específico,...
... faz sentido agrupar-nos em associações e também postularmos
disciplinas ou cursos específicos para o aprendizado e a reflexão sobre a teoria
e a prática do Jornalismo Científico.
mas Jornalismo Científico não é Jornalismo? Um bom jornalista não se sai bem em
qualquer campo?
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Um jornalismo mais investigativo
O jornalismo científico, precisam ser mais investigativos, tentando enxergar além da
notícia.Redações acomodadas, pressão de
anunciantes e falta de capacitação dos jornalistas reduzem a cobertura de ciência
e tecnologia à mera reprodução de falas e releases, comprometendo a sua
credibilidade.
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Qual a necessidade de jornalistas especializados no Brasil?
Raramente as instituições de ensino disponibilizam na matriz curricular o
jornalismo científico. A maioria realiza cursos e seminários sobre essa
especialidade. Mas algumas entidades de jornalistas científicos trabalham na
formação de profissionais, melhorando a qualidade das matérias.
Exemplos: Portal do jornalismo científico, Revistas dos fundos de pesquisa, ABJC
Coberturas específicas exigem formação específica
Cada campo específico não exige conhecimentos, conceitos, informações, fontes e o domínio de uma "cultura" particular? Dá para cobrir, de maneira qualificada, economia, política, esportes, sem essa formação adicional?
assim como na Medicina ou na Engenharia, o jornalista científico tem que conhecer mais do que o básico em jornalismo. O ginecologista ou o ortopedista também são médicos, mas a formação básica em Medicina não é suficiente. Para ser jornalista ambiental, econômico, científico etc., basta o curso regular de jornalismo? Não é preciso refinar os conhecimentos? Não é preciso, nesse caso, adaptar o olhar?
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Perspectiva multi e interdisciplinar
Quando o foco se afunila, a análise fica empobrecida e muitos equívocos são cometidos por causa disso: editoria de economia enxerga o meio ambiente como negócio (modelo agroexportador é festejado, mesmo que degrade meio ambiente)
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Plantação (“floresta”) de eucaliptos
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Abrangência de visões
A cobertura qualificada da questão ambiental, por exemplo, exige, não apenas um conhecimento maior dos temas (das pautas), mas o treinamento do olhar.
É fundamental que se tenha nitidez sobre os conceitos (empresário, ambientalista, jornalista econômico)
Jornalista científico e ambiental: que se postule uma cobertura que respeite essa abrangência.
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Campo do jornalismo científico
Quando se defende o se está defendendo esta perspectiva abrangente, sistêmica, que inclui as conexões essenciais entre as partes e o todo.
Relação entre economia, sociedade, cultura e ciência & tecnologia.
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Algumas possíveis abordagens
Relações e possíveis interações entre comunicação, educação, ciência e meio ambiente;
com destaque para a importância das informações históricas, do paradigma da complexidade, dos estudos de impactos na sociedade e da diversificação das fontes na elaboração de pautas e reportagens sobre ciência e tecnologia
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O jornalista científico é, sim, um jornalista,
mas tem um olhar treinado para contemplar o mundo de uma forma particular. A sociedade precisa de
profissionais com esta capacitação.
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Recomendação
Ciência na mídia
http://www.comciencia.br/links/midia.htm
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