Cristologia posição da iasd

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Posição da IASD

quanto à

Natureza Humana

de Cristo

Com base no material do Dr. Alberto Timm, dos Testemunhos, Revista Parousia

e do voto 2010-117 intitulado

“Unidade de Doutrina e Missão”

Jesus sempre esteve no centro

do interesse da igreja

• A pregação apostólica suscitou questionamentos. Houve várias tentativas de explicar a pessoa de Jesus. As controvérsias cristológicas se dividiram em torno de Sua divindade (Alexandria) e sua humanidade (Antioquia).

A Cristologia

• A Cristologia é um ramo

da Teologia que estuda

toda a sequência de

propostas na história da

igreja desde os primeiros

anos até hoje. Sempre

uma “nova” teoria tem sua

origem no passado.

Os Adventistas

• Os adventistas se detiveram

mais no questionamento de

como era o “SER” de Jesus

em Seu estado humano.

Surgem duas Escolas:

• Os pré lapsarianos

• Os pós lapsarianos.

Porque esta controvérsia?

• A. T. Jones, em 1895 fez a primeira proposta pós-lapsariana e foi rejeitado. A igreja sempre manteve a ideia de que Jesus era sem inclinação para o pecado.

• Na década de 50, uma publicação adventista, “Questions on Doctrine” reforçou a posição pré lapsariana, gerando debates.

Literatura pós lapsariana

• Um livreto com o sermão de

A. T. Jones.

• Jean Zuckher, “Tocado Pelos

Nossos Sentimentos”.

• M. L. Andreasen, “O Ritual do

Santuário”.

• Etc...

Autor pré-lapsariano

• Woodrow Whidden, “Ellen White

e a Humanidade de Cristo”, pela

CASA, 2005. Aqui o autor faz uma

abordagem diacrônica de todas as

declarações de Ellen G. White,

inclusive a famosa Carta 8,

endereçada a William Baker em

1895. Conclui que não há

fundamentação para afirmar que

Jesus possuía uma só natureza

(pré ou pós lapsariana) nos

escritos de Ellen White. Ele era os

dois pólos unidos em uma só

natureza singular.

Problema com a posição pós

lapsariana

• Se Jesus era caído,

possuíndo

tendências para o

mal, Ele foi

concebido em

pecado (Sl 51:5) e

era parte do

problema.

Posição Oficial da I.A.S.D.

• A Igreja Adventista crê

que Cristo veio com as

duas naturezas

humanas de Adão. Em

certo sentido antes da

queda e em outro,

depois da queda.

Posição Oficial da I.A.S.D.

• 1. É pré-lapsariana (idêntica a de Adão antes da queda) no sentido moral e espiritual. Não tinha pendor para o pecado, não tinha paixão ou qualquer inclinação para pecado.

• 2. É pós-lapsariana (idêntica à nossa) no sentido físico e morfológico. Jesus sentia frio, fome, sede, cansaço e veio na estatura dos homens de sua época.

Apoio Bíblico Para os Dois

Conceitos:1. Hebreus 7:26 refere-se a Cristo

como santo, inculpável, sem

mácula e feito mais alto do que

os Céus. Descreve a condição

pré-lapsariana.

2. Por outro lado, Hebreus 2:14 e

17 afirmam que Ele Se tornou

semelhante aos demais homens,

na participação comum na carne

e no sangue, o que sugere uma

condição pós-lapsariana.

Apoio no Espírito de Profecia

para esses Conceitos:

Comecemos pelo conceito de pré-

lapsariano

Condição Pré-Lapsariana:

• 1. “Cristo é chamado o segundo Adão. Em pureza e santidade, unido com Deus e amado por Deus, Ele começou onde o primeiro Adão começou Ele cruzou o chão onde Adão caiu, e redimiu o fracasso de Adão.” Youth’s Instructor, June 2, 1898.

Condição Pré-Lapsariana:

• 2. “Ele venceu Satanás

na mesma natureza

sobre a qual no Éden

Satanás obteve a

vitória.” Youth’s

Instructor, June 2, 1898.

Posição Pré-Lapsariana:

• 3. “Ele devia tomar Sua

posição como cabeça

da humanidade, mas

não a pecaminosidade

do homem.” Signs of

the Times, May 29,

1901.

Posição Pré-Lapsariana:

• 4. “Sede cuidadosos, extremamente cuidadosos quanto a como vos ocupais com a natureza humana de Cristo. Não O coloqueis diante do povo como um homem com propensões para o pecado.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129, Carta 8, 1895.

Posição Pré-Lapsariana:

• 5. “Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado puro, impecável, sem uma mancha de pecado sobre si; ele era a imagem de Deus.” SDABC, vol. 5, págs.1128 e 1129. Carta 8, 1895.

Posição Pré-Lapsariana:

• 6. “Nem por um

momento existiu nEle

uma propensão má.”

SDABC, vol. 5, págs.

1128 e 1129. Carta 8,

1895.

Posição Pré-Lapsariana:

• 7. “Nunca de forma alguma, deixeis a mais leve impressão sobre mentes humanas de que uma mancha, ou corrupção, ou inclinação para a corrupção se apegou a Cristo.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129. Carta 8, 1895.

Posição Pré-Lapsariana:

• 8. “Que cada ser

humano seja advertido

contra a idéia de tornar

Cristo totalmente

humano tal como um

de nós; isto não pode

ser.” SDABC, vol. 5,

págs. 1128 e 1129.

Carta 8, 1895.

Posição Pré-Lapsariana:

• 9. “Cristo não

tinha natureza

pecaminosa.”

Sign of the

Times, 29 de

maio de 1901.

Posição Pré-Lapsariana:

• 10. “Cristo não tinha a

mesma deslealdade

pecaminosa, corrupta e

decaída que nós

possuímos.” -

Mensagens Escolhidas,

vol. 3, p. 131.

Posição Pré-Lapsariana:

• 11. “Deus enviou um Ser

sem pecado.”

Mensagens Escolhidas,

vol. 3, p. 132

• 12. “Ele nunca teve

doença em Sua própria

carne.” Mensagens

Escolhidas, vol. 3, p. 133

Posição Pré-Lapsariana:

• 13. “Não havia nElenenhuma mancha de pecado.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 134

• 14. “Ele era sem pecado. A virtude e purezacaracterizavam Sua vida.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 134

Apoio no Espírito de Profecia

para esses Conceitos:

Passemos ao conceito pós-

lapsariano

Posição Pós-Lapsariana:

• 1. “Estava no plano de

Deus que Cristo

tomasse sobre Si a

forma e natureza do

homem caído.” Spirit of

Prophecy, vol. 2, p. 39

Posição Pós-Lapsariana:

• 2. “A natureza de Deus, cuja lei tinha sido transgredida, e a natureza de Adão, o transgressor, se reuniram em Jesus – o Filho de Deus e o Filho do homem.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129. Carta 8, 1895

Posição Pós-Lapsariana:

• 3. “Cristo, que não

conhecia o mínimo

vestígio de pecado ou

contaminação, tomou

nossa natureza em seu

estado deteriorado.”

Mensagens Escolhidas,

vol. 1, p. 253

Posição Pós-Lapsariana:

• 4. “Cristo assumiu a

natureza humana

enfraquecida com

quatro mil anos de

pecado.” O Desejado

de Todas as Nações, p.

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Conclusão acertada:

• Os dois conceitos não se contradizem, mas se complementam. No entanto, os defensores da natureza de Cristo com pendor para o pecado se detêm somente nos textos do segundo grupo, do pós-lapsarianismo.

Conclusão Perigosa:

Cristo teria vindo com

tendência pecaminosa.

Os defensores desta ideia

dizem que se Jesus foi

vitorioso tendo uma

natureza como a nossa,

também nós podemos ter

vitória perfeita sobre o

pecado.

Deduções dessa conclusão

perigosa:

• 1. Se consigo com o tempo ser perfeito e justo como Cristo foi, logo não vou precisar mais Dele. Não preciso mais de um intercessor no Céu.

• 2. Posso me tornar igual a Ele se acumulo muita santidade.

Deduções dessa conclusão

perigosa:

• 3. A salvação se torna

fruto de meus próprios

esforços, afinal.

• 4. O cristão cairá no

perfeccionismo e

ficará cego à sua

verdadeira condição.

Deduções dessa conclusão

perigosa:

• 5. Se Cristo tivesse inclinação para o pecado, Ele precisaria de um Salvador para Ele mesmo.

• Por que? Porque pecado não é meramente ato, mas status (estado). A inclinação, o pendor para o pecado já é pecado. O rei Davi afirmou em Salmo 51:5 – “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”.

Deduções dessa conclusão

perigosa:

• 6. Jesus teria um coração carnal denunciado em Jeremias 17:9=

• “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”

• 7. A criança já nasce egoísta. (Exemplo: é natural a criança não repartir seus brinquedos, sem ninguém ter-lhe ensinado isso.)

Compreendendo textos complexos

• Hebreus 2:17, 18 – “Em todas as coisas se tornasse semelhante aos irmãos... tendo sido tentado.”

• Hebreus 4:15 – “Foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado.”

Na lógica, Cristo foi tentado em

tudo, em todas as coisas?

• 1. Não foi tentado naquilo que Ele não era. Exemplo: não era mulher nem gay. Cristo era homem. A tentação de Cristo não tem que ver com cada detalhe da tentação. Seria impossível.

Na lógica, Cristo foi tentado em

tudo, em todas as coisas?

• 2. Nasceu como judeu no

primeiro século. Isto quer

dizer que Ele não poderia

entender o homem do

século 21? No primeiro

século não havia Internet,

pornografia, novelas, TV.

Na lógica, Cristo foi tentado em

tudo, em todas as coisas?

• 3. A tentação tem significado apenas quando ela é adequada a uma pessoa em particular. A acusação de Satanás não era que seres pecaminosos não poderiam guardar a lei de Deus, mas que Adão, antes da queda, não podia fazê-lo.

Na lógica, Cristo foi tentado em

tudo, em todas as coisas?

• 4. A identificação de Cristo conosco, em nossas tentações está em Sua vitória sobre a essênciado pecado, porque toda tentação tem um elemento comum: levar-nos a viver de forma independente de Deus.

Conclusão

• Do ponto de vista lógico,

Ele não poderia ser

tentado em todas as

coisas. Esta é uma ideia

provinciana, pequena.

Rom. 8:3 – “Em semelhança d

carne pecaminosa” – RA.

• “Porquanto, aquilo que a Lei fora incapaz de realizar por estar enfraquecida pela natureza pecaminosa, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do ser humano pecador, como oferta pelo pecado. E, assim, condenou o pecado na carne.” – KJV.

A palavra “semelhante”

(homoioma) é uma forma bíblica de

expressão. Exemplos:

• Romanos 6:5 – “Se

dessa forma fomos

unidos a ele na

semelhança da sua

morte, certamente o

seremos também na

semelhança da sua

ressurreição.”

A palavra “semelhante”

(homoioma) é uma forma bíblica de

expressão. Exemplos:

• Romanos 1:23 – “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem...”

• Romanos 5:14 – “... mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão...”

A palavra “semelhante”

(homoioma) é uma forma bíblica de

expressão. Exemplos:

• Apocalipse 9:7 – “O

aspecto dos gafanhotos

era semelhante a

cavalos...”

Conclusão: Semelhança

(homoioma) não era igualdade

absoluta.

• Homem, aparência de judeu, filho de José e Maria, tinha uma mãe, tinha uma linhagem de genealogia humana, passou pelas leis do desenvolvimento humano, características físicas, sono, fadiga, fome, sede. EGW diz: Cristo veio com quatro mil anos de degenerescência.

Diferenças:

• Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, nós pela concepção carnal,

• Jesus era “ente santo” desde o ventre (Lc 1:35); nós somos concebidos em pecado (Sl 51:5).

• I João 3:5 – Nele não existe pecado.

• João 14:30 – “...aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim.”

• João 8:46 – “Quem dentre vós me convence do pecado?”

A raiz do problema é a

concepção de pecado

• Pecado não é só ação.

É o estado que precede

a ação. Você não é

pecador porque peca,

mas peca porque é

pecador. Há um estado

que antecede a ação.

As forças que condenam o homem

e o tornam necessitados da graça

• Tiago 1:14 - “cada um é tentado pela sua própria cobiça... Que dá a luz o pecado.”

• (Uma corrupção interna é o pecado natural, que se torna visível em atos).

Efésios 2:3

• “Éramos, por natureza,

filhos da ia, como também

os demais...”

• A condição de sua

natureza é o que condena

o homem e o torna

necessitado da graça

Conclusões1. Há duas dimensões da natureza de Cristo, a pré-queda e a pós-queda. Não apenas uma só.

• 2. A natureza pré-queda era sua natureza moral plenamente pura e sem corrupção, sua natureza física havia se degenerado e era cercada de fraquezas humanas.

Conclusões• 3. Ele não era como um

de nós e é por isso que é nosso perfeito salvador.

• 4. Ele é nosso Redentor e nosso Exemplo, nessa ordem. Sempre será primeiramente nosso Redentor, embora seja nosso ideal de conduta.