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Introdução | Em 2012, tanto quanto em anos anteriores, algumas marcas podem estar olhando para o abismo, ao mesmo tempo em que outras vão obter resultados exuberantes. E, apesar de não podermos oferecer ajuda a nações com dívidas nem a em- presas à beira da falência, acreditamos que existam mais oportunidades do que nunca para marcas e empreendedores criativos atenderem às necessidades cambiantes dos con- sumidores. Do Canadá à Coreia. Por isso, apresentamos este apanhado geral de 12 tendências de consumo que é obrigatório conhecer (em ordem aleatória) para você aplicar nos próximos 12 meses. Para o alto e avante: 1. RED CARPET “TAPETE VER- MELHO” Em 2012, empresas do mundo todo vão inundar visitantes e cli- entes chineses com serviços e regalias feitos sob medida para, de maneira geral, enchê-los de atenção e respeito. A China é de fato o novo imperador, e empresas antiquadas, nações com problemas e até instituições monetárias falidas con- tam com os chineses para salvá-las. Não é para menos que tapetes vermelhos são estendidos em todos os lugares onde políticos e CEOs chineses colocam os pés. Na arena global de consumo de 2012, vemos uma cena perecida: lojas de depar- tamentos, empresas aéreas, hotéis, parques temáticos e mu- seus, se não cidades inteiras pelo mundo farão tudo o que podem para inundar os clientes chineses com serviços e re- galias feitos sob medida para, de maneira geral, enchê-los de atenção e respeito. Algumas estatísticas: Residentes da China fizeram mais de 30 milhões de via- gens para países estrangeiros apenas na primeira me- tade de 2011, 20% a mais em relação a 2010. Como base de comparação, cidadãos norte-americanos fize- ram apenas 37 milhões de viagens aéreas para outros países durante todo o ano de 2010 (Fonte: Ministério de Segurança Pública da China, julho de 2011; Escritório do segmento de Viagens e Turismo, setembro de 2011). Você está lendo a versão do PDF em português de um dos Trend Briefings da trendwatching.com. (Veja www.trendwatching.com/pt/trends ) trendwatching.com é uma empresa de tendências independente e com opinião própria, que examina o mundo todo em busca das tendências de consumo mais promissoras, com insights e ideias práticas para a sua empresa. Para obter tudo que há de mais novo e de melhor, con- fiamos na nossa rede de centenas de caça-tendências em mais de 120 países do mundo.

12 tendências de consumo para 2012

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Introdução | Em 2012, tanto quanto em anos anteriores, algumas marcas podem estar olhando para o abismo, ao mesmo tempo em que outras vão obter resultados exuberantes. E, apesar de não podermos oferecer ajuda a nações com dívidas nem a em-presas à beira da falência, acreditamos que existam mais oportunidades do que nunca para marcas e empreendedores criativos atenderem às necessidades cambiantes dos con-sumidores. Do Canadá à Coreia. Por isso, apresentamos este apanhado geral de 12 tendências de consumo que é obrigatório conhecer (em ordem aleatória) para você aplicar nos próximos 12 meses. Para o alto e avante:

1. RED CARPET“TAPETE VER-MELHO”Em 2012, empresas do mundo todo vão inundar visitantes e cli-entes chineses com serviços e regalias feitos sob medida para, de maneira geral, enchê-los de atenção e respeito.

A China é de fato o novo imperador, e empresas antiquadas, nações com problemas e até instituições monetárias falidas con-tam com os chineses para salvá-las. Não é para menos que tapetes vermelhos são estendidos em todos os lugares onde políticos e CEOs chineses colocam os pés. Na arena global de consumo de 2012, vemos uma cena perecida: lojas de depar-tamentos, empresas aéreas, hotéis, parques temáticos e mu-seus, se não cidades inteiras pelo mundo farão tudo o que podem para inundar os clientes chineses com serviços e re-galias feitos sob medida para, de maneira geral, enchê-los de atenção e respeito.

 

Algumas estatísticas:

• Residentes da China fizeram mais de 30 milhões de via-gens para países estrangeiros apenas na primeira me-tade de 2011, 20% a mais em relação a 2010. Como base de comparação, cidadãos norte-americanos fize-ram apenas 37 milhões de viagens aéreas para outros países durante todo o ano de 2010 (Fonte: Ministério de Segurança Pública da China, julho de 2011; Escritório do segmento de Viagens e Turismo, setembro de 2011).

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trendwatching.com é uma empresa de tendências independente e com opinião própria, que examina o mundo todo em busca das tendências de consumo mais promissoras, com insights e ideias práticas para a sua empresa. Para obter tudo que há de mais novo e de melhor, con-fiamos na nossa rede de centenas de caça-tendências em mais de 120 países do mundo.

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• E isto é apenas no começo: a World Tourism Organiza-tion (Organização Mundial do Turismo) estima que o número de turistas internacionais que saem da China vai chegar a 100 milhões em 2020.

Pode contar que indianos e brasileiros estarão na posição de receptores da tendência do RED CARPET (TAPETE VERMELHO) (OU TAPETE COR DE LARANJA OU VERDE). Alguns exemplos:

• Em julho de 2011, a rede Hilton Hotels Worldwide criou um serviço que tinha como alvo os viajantes chineses. Chamado "Hilton Huanying" (“bem-vindo” em man-darim), o programa está disponível em 30 hotéis Hilton espalhados pelo mundo, e oferece assistência personal-izada a hóspedes chineses, incluindo check-in em sua própria língua e serviços no quarto como chá e canais de TV chineses, além de pantufas e uma carta de boas vindas em mandarim. Há ainda bufê de café da manhã disponível, com congee (tipo de mingau de arroz), bolin-hos dim sum e macarrão frito no cardápio.

• A rede Starwood Hotels vai oferecer um serviço semel-hante em 2012, chamado programa de Viagem Per-sonalizada Starwood.

• Em Londres, a loja de departamentos Harrods conta com 70 funcionários que falam mandarim. Também in-stalou 75 caixas específicos para o sistema China Un-ionPay. Em movimento semelhante, a loja de departa-mentos parisiense Printemps tem uma entrada especial para grupos de turistas chineses e mapas da loja em chinês. 

• A Austrália investiu US$ 30 milhões ao longo de três anos para anunciar o país como destino de luxo para turistas chineses ricos. O departamento de turismo Australiano levou sua campanha de marketing a 13 cidades da China continental até agora, e espera ex-pandir para mais de 30 cidades até 2020.

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2. DIY HEALTH“SAÚDE: FAÇA VOCÊ MESMO”A ideia do "faça você mesmo" vai trazer benefícios em 2012: cada vez mais, novos aplicativos e aparelhos vão permitir que os consumidores monitorem a saúde e cuidem dela com discrição e autonomia.

A tendência do “Do It Yourself” (DIY, ou faça você mesmo) não vai desacelerar em 2012. Mas é preciso saber que há dois tipos de DIY: aquele tipo que os consumidores detestam (em sua maior parte!) e o tipo que adoram. Para 2012, a segunda categoria vai apresentar inovações infinitas conduzidas pela tecnologia, como não podia deixar de ser, que por sua vez se alimenta do desejo insaciável que os consumidores têm de estar no controle. E, ape-sar de não faltarem novos exemplos inovadores de DIY (confira o verdadeiro check-in de bagagens DIY no Aeroporto Schiphol de Amsterdã), para esta visão geral de 2012, nós vamos nos con-centrar no DIY ligado à saúde, já que inúmeros aplicativos e aparelhos têm como alvo os consumidores preocupados com prevenção, exame, melhora, monitoramento e cuidado com a saúde. Aliás, a App Store da Apple no momento oferece 9.000 aplicativos móveis de saúde (entre eles, quase 1.500 apps liga-dos a exercícios físicos aeróbicos, mais de 1.300 apps de dieta, mais de 1.000 apps relacionados a estresse e relaxamento e mais de 650 apps de saúde feminina) e espera-se que o número chegue a 13.000 até meados de 2012 (Fonte: MobiHealthNews, setembro de 2011).

Outras implicações positivas para consumidores que acompan-

ham seu próprio estado de saúde incluem menor necessidade de visitas ao médico, potencialmente invasivas e embaraçosas, ou, para aqueles que de fato precisam de atenção e supervisão médica, uma maneira muito mais conveniente e acessível de o médico ficar de olho em qualquer condição ou mudança prob-lemática.

Mais algumas estatísticas: a empresa de pesquisa Technavio prevê que o mercado global de aplicativos móveis ligados à saúde deve chegar US$ 4,1 bilhões até 2014, em relação a US$ 1,7 bilhões em 2010. Então, o que você pode fazer para que a vida de seus consumidores fique mais fácil, além de mais saudável, em 2012? Eis aqui alguns exemplos para começar:

• Lançada em novembro de 2011, a Up, da Jawbone é uma pulseira que funciona como aparelho de monitora-mento, registra os padrões de movimento, alimentação e sono do usuário. O aparelho faz sincronização com um aplicativo de iPhone, e os usuários podem programar a pulseira para vibrar quando passam um período de ina-tividade, além de poderem disputar com os amigos e até receberem   recompensas reais por completar desafios de atividade.

• Pain Free Back (Costas Sem Dor), um produto intera-tivo para aliviar a dor nas costas, permite que os usuários registrem dados específicos na medida em que são conduzidos em um roteiro guiado para desvendar sua dor nas costas. Depois, soluções de exercícios são oferecidas.

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• O aplicativo Play It Down (Toque Baixo) permite aos usuários testar sua audição. O aplicativo oferece diver-sas opções interativas como “'The Ear Knob” ( O Botão do Ouvido) , que permite a amigos compararem quem é capaz de escutar a frequência mais alta, e “The Volume Zone” ( A Zona do Volume) , que mede o volume do som em decibéis.

• O Digifit Ecosystem (ecossistema Digifit) é um conjunto de aplicativos Apple feitos para quem tem vida ativa. Com ele, dá para registrar a taxa de batimento cardíaco, o ritmo, a velocidade e a força. Os dados também po-dem ser adicionados e gerenciados por meio de sites de treinamento como Training Peaks e New Leaf.

• O Withings Blood Pressure Monitor (Monitor de Pressão da Withing) pode ser conectado a um iPad, iPhone ou iPod Touch e mede a pressão sanguínea do usuário. Os dados podem ser enviados diretamente para um médico ou publicados (de modo confidencial) na internet.

• O Skin Scan (Escâner de Pele) é um aplicativo que per-mite os usuários escanear e monitorar pintas com o passar do tempo, com o objetivo de prevenir cânceres de pele malignos. O aplicativo diz aos usuários se é aconselhável fazer uma visita ao médico ou ao derma-tologista.

• A Lifelens criou um aplicativo de smartphone para di-agnosticar malária. O aplicativo é capaz de analisar uma gota de sangue ampliada (capturada com uma simples punção no dedo) e identificar os parasitas da doença. 

• Em outubro de 2011, a montadora norte-americana Ford fez a demonstração de três aplicativos que ofere-cem monitoramento dentro do carro. Os aplicativos que serviram de exemplo usam o software SYNC Ap-plink, da Ford, para permitir aos motoristas que aces-sem certos aplicativos móveis de saúde enquanto estão dirigindo para acompanhar problemas crônicos como diabetes, asma e febre-do-feno. 

• A agência de publicidade dos EUA SapientNitro lançou um aplicativo de realidade ampliada chamado Lungs (pulmões) em julho de 2011 para mostrar aos fumantes os danos causados por cigarros. Os usuários podem controlar os ajustes para refletir sua própria experiência

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com base em fatores como a idade e quantos cigarros fumam por dia; tudo isso influi tanto na representação visual quanto na estatística relativa ao “tempo para os pulmões se recuperarem”. 

• E há mais, mais e mais: Em outubro de 2011, a AT&T anunciou que começará a vender roupas com dispositi-vos para monitorar a saúde embutidos e capazes de acompanhar os sinais vitais do usuário (incluindo as batidas do coração e a temperatura do corpo) e fazer o upload dessas informações num site específico. A insti-tuição sem fins lucrativos X Prize Foundation está co-patrocinando um prêmio de 10 milhões de dólares pelo melhor dispositivo que permita aos consumidores diag-nosticar as suas próprias doenças. 

3. DEALER-CHICPara os consumidores, garantir a melhor oferta está se tornando rapidamente um modo de vida, além de fonte de orgulho e status.

Imagem cedida por thinkcvox

A busca por ofertas se tornou parte integral do cotidiano de mil-hões de consumidores. Sim, há diversas maneiras inovadoras com que as marcas estão usando promoções e ofertas, mas o que está mudando mesmo é a atitude dos consumidores em relação aos descontos e bons negócios.

Obviamente, os consumidores sempre adoraram obter boas ofer-tas ou recompensas exclusivas, mas em vez de precisar escon-der suas pechinchas, garantir o melhor negócio hoje é aceitável e um ato admirado pelos outros consumidores. Aliás, isso hoje está relacionado a mais do que simplesmente economizar dinheiro: tem que ver com a emoção, a caça, o controle e a sensação de esperteza, fazendo com que se transforme em fonte de status também. Apenas três razões por que DEALER-CHIC só tem a crescer cada vez mais em 2012:

• MAIS POR MENOS: Ao passo que muita gente nas economias desenvolvidas têm menos dinheiro para gas-tar agora, consumidores de qualquer lugar vão sempre querer experimentar mais coisas. 

• O MEIO DE COMUNICAÇÃO É A MOTIVAÇÃO: Hoje, os consumidores são avisados sobre ofertas e descon-tos, que usam, reusam e compartilham, por meio de novas tecnologias (que são, portanto, infinitamente mais emocionantes e atraentes).

• O MELHOR DO MELHOR: Com acesso móvel ou via internet instantâneo a ofertas e também a avaliações, os

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consumidores hoje podem ter certeza que estão pa-gando o melhor preço pelo melhor produto ou serviço.

E depois? Um “ecossistema de ofertas” ainda maior, com mais personalização, mas esquemas de fidelidade, mais pressão para que as marcam ofereçam brilhantismo à prova de ofertas como parte integral de tudo que vendem e promovem. Alguns exem-plos:

• Em setembro de 2011, a Universidade National Louis, em Chicago tornou-se o primeiro estabelecimento edu-cacional do mundo a vender um curso em um site de ofertas diárias.

• O Notikum é um aplicativo baseado em tempo real e localização de Cingapura que permite aos usuários en-contrar ofertas próximas, organizadas em categorias de “Compras”, “Alimentação” e “Diversão”.

• A brasileira Daitan (revendedora de carros usados da marca Honda) deu aos consumidores a oportunidade de propor preços para carros na página “Faça sua Oferta”.

• O programa Link-Like-Love de comércio social da American Express oferece aos usuários do cartão de crédito AMEX ofertas relevantes e experiências com base em seus gostos, interesses e conexões sociais no Facebook. 

Aliás, nós temos muito mais de DEALER-CHIC para lhe oferecer: leia o nosso Trend Briefing específico e recente a respeito deste assunto.

4. ECO-CYCOLOGYQual é a sequência da reciclagem? As marcas vão recolher todos os seus produtos (e reciclá-los de maneira responsável e inova-dora).

Enquanto passam por momentos de recessão, os interesses econômicos costumam se sobrepor às causas ecológicas, deix-ando a busca por um estilo de vida mais sustentável como assunto para o futuro. Nós escolhemos uma tendência “verde” (entre muitas) para esta lista de 2012: o fenômeno das marcas que ajudam os consumidores a reciclar ao recolher peças anti-gas dos compradores para então fazer algo de fato construtivo com elas.

Afinal, como o nosso recente Trend Briefing sobre RECOM-MERCE (RECOMÉRCIO) apresentou, os consumidores estão cada vez mais cientes do valor financeiro de suas compras pas-sadas, mas não só: conhecem também o valor material e ecológico das “coisas”. Insira [aqui] o seu próprio ângulo eco-generoso. Nós apelidamos essa reciclagem turbinada e abrangente de “ECO-CYCOLOGY”. Às vezes estimulados por novas legislações*, outras vezes por marcas que têm uma luz (sim, isto acontece), estes programas não deixam nenhuma desculpa para os consumidores não reciclarem em 2012.

* A mentalidade da ECO-CYCOLOGY é mais do que apenas um fenômeno conduzido pelas marcas; ao perceber sua importância, diversas cidades ou estados dos EUA (San Diego, Seattle e San Francisco, para citar algumas) estabeleceram suas próprias lei de reciclagem obrigatória. Da mesma maneira, o Parlamento Euro-peu votou em legislação mais rígida sobre o descarte de lixo ele-trônico, exigindo que cada país recolha quatro quilos de e-lixo por cidadão até 2012 e que processe 85% de todos os dejetos ele-trônicos até 2016.

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Exemplos:

• Como parte da Iniciativa Common Threads (Fios Comuns) da marca de roupa para atividades ao ar livre Patagônia, dos EUA, qualquer peça comprada da marca que tenha chegado ao fim de sua “vida útil” poder ser devolvida para que seja reciclada e transformada em novas fibras ou tecidos. A empresa afirma ter recuper-ado até agora 45 toneladas de roupas para reciclagem, e de ter transformado 34 toneladas em roupas novas.

• O esquema Reuse-A-Shoe (Re-use-o-Sapato) da Nike coleta e recicla tênis gastos da marca, assim como restos do processo da produção dos calçados. O sa-pato velho é fatiado, separado e moído em um material chamado Nike Grind, que é então usado para criar su-perfícies atléticas e de playgrounds, assim como diver-sos produtos da marca.

• A marca francesa de cosméticos Garnier estabeleceu parceria com a instituição beneficente ambiental dos EUA Terracycle em abril de 2011 para organizar o pro-grama Personal Care & Beauty Brigade (Brigada da Beleza e dos Cuidados Pessoais). A brigada se ofereceu para recolher e reciclar de graça todos os produtos rela-cionados a cuidados pessoais e a beleza entre cidades norte-americanas, onde os participantes podiam reciclar embalagens de cosméticos (e receber em troca pontos ou dinheiro). As embalagens descartadas são então usadas para produzir equipamento de playground por todos os EUA. Sacolas cheias também podiam ser en-viadas de graça pela UPS, com todo o custo pago pela Garnier.

• A Dell tem o Dell Reconnect em parceria com a Good-will Industries. O esquema permite que os usuários levem seus equipamentos elétricos de qualquer marca para uma das mais de 2.200 locações participantes da Goodwill nos EUA ou no Canadá, onde então são re-parados ou reciclados.

5. CASH-LESS“SEM DINHEIRO VIVO”Por que o futuro sem dinheiro vivo está (quase) aqui e por que estará relacionado a conveniência e a um ecossistema total-mente novo de pagamentos, recompensas e ofertas. 

Sim, é verdade que a história da sociedade que não usa dinheiro vivo vem aparecendo em todas as listas de tendências desde 2005. E, apesar de 2012 (mais uma vez) não ser o ano em que os consumidores em peso deixarão de lado as moedas e as notas de dinheiro para passar o telefone em uma maquininha, vai ser sim o ano em que empresas importantes como Google e Mas-terCard vão promover de maneira ativa suas iniciativas cash-less* no mundo todo. Para os consumidores, o atrativo inicial será a conveniência, mas, com o tempo, os pagamentos móveis criarão um ecossistema totalmente novo, movido a dados, com recom-pensas, histórico de compras, ofertas e assim por diante.

* Muitas dessas iniciativas incorporam a tecnologia conhecida como NFC (Near Field Communication – Comunicação de Campo Próximo), que permite troca de dados criptografados entre dois aparelhos próximos. Por exemplo: um leitor localizado ao lado da caixa registradora de uma loja de varejo. Os clientes que tiverem as informações de seu cartão de crédito armazenadas em seus smartphones NFC podem pagar pelas compras aproximando o telefone do leitor ou encostando-o nele, em vez de usar um cartão de crédito de fato.

Apresentamos apenas algumas iniciativas CASH-LESS para você ficar de olho em 2012:

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• Em outubro de 2011, o sistema de pagamento móveis do Google, Google Wallet (Carteira do Google), que é de graça e usa a tecnologia NFC, tornou-se operacional em redes de lojas de varejo selecionadas por todos os EUA. Com a tecnologia PayPass, da MasterCard, os compradores simplesmente poderão encostar seu aparelho móvel em terminais especiais em pontos de venda para pagar na hora. Nas lojas participantes, eles também poderão trocar cupons especiais, participar de promoções de vendas ou ganhar pontos de fidelidade com a simples escolha do pagamento por meio do Google Wallet.

• Em junho de 2011, o processador de pagamentos online PayPal, dos EUA, fez a demonstração de um aplicativo de pagamentos móveis para aparelhos An-droid. Os usuários instalam o app e ativam o widget PayPal; a partir daí, podem requisitar o envio ou recebi-mento de fundos de outro indivíduo com um smart-phone e uma conta do PayPal. Usando tecnologia NFC, os dois usuários podem então aproximar seus aparelhos e efetuar a transferência instantânea de fundos.

• O Square é um serviço de pagamentos eletrônicos que permite aos usuários aceitar pagamentos com cartão de crédito por meio do uso de um leitor de cartões portátil conectado a um iPhone, iPad ou aparelho Android. Tanto o leitor de cartão da Square quanto o app são grátis, mas há cobrança de 2,75% para cada paga-mento feito. Uma vez que o sistema foi instalado, os usuários podem aceitar pagamentos imediatamente. Em novembro de 2011, Richard Branson e a Visa se tor-naram investidores na iniciativa. No mesmo mês, Square atualizou o aplicativo permitindo uma experiên-cia de pagamento completamente hands-free na qual você simplemesmente diz o seu nome.

• Lançado na Suécia, em junho de 2011, o iZettle é um aparelho que permite aos consumidores aceitar paga-mentos em trânsito. O leitor de chip e de senha portátil pode ser conectado a iPhones ou iPads e usa um apli-cativo iZettle, e isso significa que as transações com cartão podem ocorrer na hora. Também é possível pagar contas ou fazer transferências de dinheiro usando o aparelho. Há a conveniência de marcar as transações com imagens, anotações ou dados de localização, que os usuários podem postar no Facebook e no Twitter para compartilhar suas compras com os amigos.

Imagem cedida pela antimega

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• Em novembro de 2011, a Deutsche Bahn, principal op-eradora de ferrovias da Alemanha, estendeu seu serviço Touch&Travel (Toque e Viaje) a todas as suas 320 es-tações. Os passageiros podem usar a tecnologia NFC para pagar ou para tirar uma foto de um código de bar-ras quando entram e saem das estações.

6. BOTTOM OF THE URBAN PYRAMID“BASE DA PIRÂMIDE URBANA”Em 2012, as oportunidades de atender a centenas de milhões de consumidores urbanos de baixa renda serão inéditas.

Uma tendência impulsionada pela extrema globalização em es-cala global que não vai arrefecer em 2012, espere mais consumi-dores pertencentes ao extrato BOTTOM OF THE URBAN PYRA-MID (BOUP) do que nunca (as centenas de milhões de CITY-SUMERS que não contam com salários de classe média para gastar) exigindo inovações criadas exclusivamente para suas circunstâncias, de questões ligadas à saúde a falta de espaço, passando pela necessidade de durabilidade. Ah, e adivinhe só: os consumidores BOUP também têm desejos materialistas e estéticos.

Alguns exemplos:

• Desenvolvido pela NCR, o caixa eletrônico Pillar conta com tecnologias biométricas, fazendo com que seja adequado para o uso de populações analfabetas e semi-analfabetas. O equipamento apresenta um leitor de cartão que não exige contato, um leitor de impressões digitais biométricos, botões para a retirada expressa de dinheiro, compartimento para entrega de notas e im-pressora de recibo. Usuários do equipamento indepen-dente podem simplesmente colocar o polegar no sensor e apertar o botão com a cor correspondente à quantia de dinheiro que desejam retirar. No terceiro bimestre de 2011, a NCR começou a testar cinco protótipos de caixas eletrônicos Pillar no EUA, com a intenção de

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lançar o equipamento em mercados em desenvolvi-mento.

• O Aakash é um computador tablet com sistema opera-cional Android e wifi, produzido em Hyderabad, na Índia, como aparelho de baixo custo, porém funcionalidade total. Espera-se que seja vendido a US$ 60 no varejo, e a cerca de US$ 35 (com subsídio do governo indiano) para estudantes.

• A PepsiCo da Índia está fazendo teste de venda com dois produtos: Lehar Gluco Plus, uma bebida com ele-trólitos e glicose, e Lehar Iron Chusti, um petisco fortifi-cado com ferro. Ambos são direcionados a consumi-dores na base da pirâmide – em áreas urbanas (e rurais) (Fonte: Economic Times, Junho de 2011).

7. IDLE SOURCING“CONTRIBUIÇÃO SEM ESFORÇO”Conte com a solução grupal de problemas para alimentar infinitas inovações 2012, principalmente porque, para os consumidores, a contribuição exigirá menos esforço do que nunca.

Saiba que, em 2012, a tendência do crowdsourcing continuará sacudindo os processos comerciais e dará lugar a inovações sem fim. Afinal de contas, as pessoas gostam, e sempre vão gostar, de contribuir com algo que é maior do que elas mesmas.

Mas a realidade é que a maior parte dos consumidores – apesar de talvez desejarem contribuir – acham que é muito difícil e dá trabalho demais. E é por isso que você pode esperar ver iniciati-vas de IDLE SOURCING em 2012: produtos e serviços que fazem com que seja absolutamente simples (ou são coisas que não exigem absolutamente esforço nenhum) para contribuir com qualquer coisa, desde informar sobre ruas que precisam de con-serto até encontrar sinais de vida extraterrestre.

Apenas um avanço que abre novas possibilidades: a prevalência em 2012 dos smartphones que estão sempre ligados, com GPS e acelerômetro, significa que os consumidores vão, cada vez mais, divulgar dados a respeito de onde estão e do que estão fazendo (partindo do princípio de que eles concordaram em fazer isso, é claro: não vamos nem começar a discutir a questões de privacidade que vão causar furor no ano que vem).

Dois exemplos de IDLE SOURCING que apontam o caminho:

• Lançado como teste em março de 2011, o aplicativo Street Bump, criado em Boston, aproveita os sensores de smartphones para fornecer à prefeitura um mapa em tempo real das condições das vias de circulação. O

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aplicativo para Android usa a tecnologia de acelerôme-tro e de GPS nos telefones dos usuários para registrar quando e onde o carro do usuário passou em um bu-raco, que registra e informa automaticamente. 

• O Waze um aplicativo israelense de navegação de trân-sito que funciona com base em crowdsourcing alcançou sete milhões de usuários em 45 países em outubro de 2011. O aplicativo fornece navegação grátis, passo a passo, junto com informação ao vivo sobre as con-dições de trânsito, colhidas junto aos outros usuários. Os usuários também podem fazer o log-in e ver a locali-zação dos amigos.

8. FLAWSOMEPor que, para os consumidores em 2012, as marcas que se comportarem de maneira mais humana, inclusive mostrando suas falhas, serão fantásticas.

Imagem cedida por Russ Frushtick

Apesar de muitas tendências estarem ligadas ao novo, sempre vale a pena lembrar que o sucesso nos negócios, no final das contas, tem mais a ver com estar alinhado com a cultura dos consumidores do que com simplesmente conhecer “novas” técnicas e tecnologias.

Ao passo que 2011 presenciou os níveis de rejeição dos consu-midores à maneira como muitas empresas se aproveitaram deles de maneira absolutamente imoral (se não criminal mesmo), notícias de empresas que fizeram coisas boas (Patagonia! Ben & Jerry's!) servem para lembrar aos consumidores que personali-dade e lucro podem ser compatíveis. Aliás, em 2012, os consu-midores não vão esperar que as marcas não apresentem falhas; vão até receber bem as marcas que são FLAWSOME*, quer dizer, que apresentam algumas falhas, e que são, de maneira geral (ou pelo menos um pouco) humanas. Marcas que são honestas a respeito de suas falhas, que demonstram empatia, generosi-dade, humildade, flexibilidade, maturidade, humor e, se nos permite dizer, algum caráter e qualidades humanas.

Bom, existe um número infinito de estratégias fortes e novas que você pode usar para ressaltar seu lado FLAWSOME, e é por isso que vamos dedicar um Trend Briefing inteiro a FLAWSOME e HUMAN BRANDS (MARCAS HUMANAS) em março de 2012. Por enquanto, apenas um belo exemplo de FLAWSOME:

• Em julho de 2011, a Domino's, rede de fast-food dos EUA, lançou uma campanha promocional de um mês em Nova York. Em um enorme espaço de outdoor em Times Square, a marca transmitiu ao vivo opiniões de

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consumidores (boas e ruins) enviadas por meio do Twit-ter para o painel digital.

* Sim, é possível que tenhamos cunhado nosso pior nome de tendência da história. Apesar de TRYVERTISING chegar bem perto ;-)

9. SCREEN CULTURE“CULTURA DA TELA”Em 2012, a “vida” vai acontecer por meio de telas cada vez mais difundidas, pessoais, envolventes e interativas.

SCREEN CULTURE é menos uma tendência em si e mais o meio pelo qual muitas tendências deste Trend Briefing vão se manifes-tar. 2012 verá a convergência de megacorrentes tecnológicas: as telas serão (ainda mais) onipresentes / móveis / baratas / sem-pre ligadas; interativas e intuitivas (por meio de telas sensíveis ao toque, tablets e assim por diante); uma interface para tudo e qualquer coisa que estiver além da tela (por meio da internet móvel e, cada vez mais e finalmente difundida em 2012, “a nu-vem” – cloud, em inglês). Aliás, o futuro para a maior parte dos aparelhos será um mundo em que os consumidores vão se im-portar menos com eles e se importarão apenas com a tela, ou melhor, com o conteúdo que pode ser acessado por meio dela.

Então, seja por meio da convergência do “online” e do “offline” [consulte OFF=ON no nosso recente Trend Briefing RETAIL RENAISSANCE (RENASCIMENTO DO VAREJO)], dos consumi-dores aproveitando o THE F-FACTOR (FATOR-F) para descobrir novos produtos ou decidir a respeito dele com a ajuda de friends, fans e followers (amigos, fãs e seguidores), ou de megatendên-cias como a “conveniência” ou o INFOLUST, saiba que toda a cultura de consumo será influenciada e se dará na dominante SCREEN CULTURE.

E, não, ninguém vai sofrer de “excesso de telas” ou de “cansaço das telas”. Aliás, o vídeo acima é apenas uma amostra das coi-sas que estão por vir para os nativos digitais em 2012 e depois. Alguns sinais dos tempos aleatórios:

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• A rede de supermercados Sainsbury, do Reino Unido, em parceria com a fornecedora de televisão Sky, per-mite aos clientes assistiram aos principais eventos esportivos enquanto fazem compras usando docks para iPad e alto-falantes acoplados ao carrinho. O Sky Go trolley (Sky no Carrinho) vem com um suporte ajustável para iPad, alto-falantes e bateria acoplada com painel solar de autocarregamento. Os clientes que gostam de esportes só precisam baixar o aplicativo de streaming Sky Go em seu tablet e então colocá-lo no suporte do carrinho de compras. 

• O “Parlamentarium”, do Parlamento Europeu, é o maior centro de visitantes da Europa. Ele combina mul-timídia interativa e história em 23 línguas para mostrar o cotidiano dos cidadãos da União Europeia. Uma tela digital surround de 360 graus conduz os visitantes ao centro da ação do Parlamento Europeu, com aplicativos de tela sensível ao toque que fornecem mais infor-mações a respeito dos Membros do Parlamento Euro-peu. Uma das características únicas do centro é atender a todas as 23 línguas oficiais da organização por meio de aparelhos iPod Touch, que podem ser configurados em qualquer uma das línguas.

• Em outubro de 2010, a marca de telecomunicações móvel 8ta, da África do Sul, instalou vitrines que podiam ser ativadas pelo toque em suas lojas, permitindo aos consumidores que examinem o catálogo da loja durante todo o dia e a note. Usando tecnologia da empresa de mídia digital One Digital Media (também da África do Sul), as “vitrines sussurrantes” da loja funcionam como alto-falantes e permitem aos usuários ouvir informações sobre os produtos, assim como vê-los na loja. No es-paço de vendas, outras telas sensíveis ao toque utiliza-das em mesas de exposição de produtos e embutidas em paredes apresentam os produtos da 8ta.

• Em setembro de 2011, a rede de sopas de Sichuan Hao Di Lao e a firma chinesa de tecnologia Huawei anunci-aram uma parceria para instalar telas de telepresença nos restaurantes da Hao Di Lao em Xangai e em Beijing. Os clientes podem se sentar e compartilhar sua refeição de sopa com familiares e amigos locaizados em outros lugares por meio das telas. Os clientes da Hao Di Lao já podem usar iPads disponibilizados nas mesas para pe-dir comida.

• E exemplos de SCREEN CULTURE continuarão apare-cendo. Em 2012, fique atento no iPhone5 e iPad3. E no Kindle Fire. Ah, e no tablet Aakash. As televisões e as telas serão atualizadas: da Apple iTV e Samsung SmartTV até uma série de aplicativos com, de GoogleTV ao Projetor LG em 3D e aos planos da próxima TV da Sony.Ah, e com o inverno atingindo várias partes do mundo em breve, espere uma volta das luvas screen-friendly da Muji e as versões de luxo da Etre. Olhando ainda mais adiante, que tal o OmniTouch, um protótipo de vestir (da Microsoft Research Redmond) que transforma qualquer superfície numa touchscreen via uma projeção? Ou, as telas flexíveis da Samsung e as telas embutidas em janelas? Além dos eletroeletrôni-cos, Adidas e Intel mostraram o Virtual Footwear Wall, possibilitando aos compradores xeretarem em 8 mil sa-patos de uma só vez com a interface de uma touchscreen.  Sim, SCREEN CULTURE, verdadeira-mente, é a cultura ;-)

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10. RECOMMERCE“RECOMÉRCIO”Para os consumidores inteligentes, “trocar por descontos” é o novo comprar em 2012.

Nunca foi tão fácil para os consumidores aproveitar o valor de compras antigas.

Os consumidores sempre revenderam bens grandes e duráveis como carros e casas, mas, em 2012, quase tudo está pronto para ser revendido, de aparelhos eletrônicos a roupas, e até experiências. Novos programas de recompra pelas marcas, esquemas de troca, plataformas online e mercados em tecnolo-gia móvel oferecem opções inteligentes e convenientes para os consumidores dispostos a “trocar por descontos para obter um produto melhor”, aliviam pressões financeiras (alguém aí pensou na volta da recessão?) e/ou acalmam preocupações ambientais e éticas.

Três eixos motores por trás do fenômeno do RECOMMERCE:

• NEXTISM: Os consumidores vão sempre ansiar pelas novas experiências emocionantes prometidas pelo “próximo”.

• STATUSPHERE: O crescente impulso no status que vem de ser esperto e de fazer compras com responsa-bilidade (ambiental).

• EXCUSUMPTION: Consumidores sem dinheiro, abati-dos pela recessão vão adotar soluções criativas para gastar menos e ainda assim desfrutar do maior número de experiências e compras possíveis.

Alguns exemplos:

• A Decathlon, loja de roupas e equipamentos esportivos francesa, lançou o Trocathlon durante uma semana, em outubro de 2011. As lojas recompravam qualquer equi-pamento usado em troca de cupons válidos por seis meses.

• Já mencionada em ECO-CYCOLOGY, a Common Threads Initiative, da Patagônia, é também um exemplo excelente de RECOMMERCE. A marca norte-americana de equipamentos para esportes ao ar livre fez parceria com o eBay em setembro de 2011 para lançar um mar-ketplace oficial em que os clientes podiam comprar e vender peças usadas.

• A Levi's de Cingapura ofereceu as clientes SGD 100 quando eles entregavam uma calça jeans velha na com-pra de uma nova: desconto de SGD 50 e mais SGD 50 em vales-compras.

• A DealsGoRound, dos Estados Unidos, permite as usuários revender e comprar ofertas passadas dos sites de compras coletivas Groupon, LivingSocial e Buy-WithMe.

• O programa Amazon Student, lançado em agosto de 2011, permite aos alunos escanear o código de barras de livros, DVDs, games ou aparelhos eletrônicos por conta própria, e ver qual é o preço de troca com desconto. Se o negócio for aceito, uma etiqueta de

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remessa é gerada e o valor é creditado como cartão de presente da Amazon.

• StubHub, o mercado secundário de entradas, adicionou a funcionalidade de entrada móvel a seu aplicativo, em agosto de 2011. Isso significa que os usuários podem revender e comprar entradas direto do evento, mesmo sem acesso a uma impressora.

Nós temos muito mais para falar sobre RECOMMERCE a você: leia nosso Trend Briefing específico sobre RECOMMERCE, publicado recentemente, sobre o tema »

11. EMERGING MATURIALISM“MATURIALISM EMERGENTE”Por que, em 2012, consumidores com experiência e com a cabeça aberta em mercados emergentes tradicionalmente “con-servadores” vão adotar campanhas e produtos que sejam sin-ceros, ou até arriscados. 

Eis o que nós dissemos a respeito de MATURIALISM há algum tempo: “Totalmente expostos a um mundo sem censura, cheio de opiniões e cru (isso quando não participam diretamente dele, principalmente na esfera online!), consumidores com experiência já não toleram ser tratados como o público de antigamente, que se chocava com facilidade, não tinha experiência e sempre ficava em cima do muro. Capazes de conduzir conversas muito mais honestas, aceitar inovações mais ousadas, sabores mais fora do comum e experiências mais arriscadas, esses consumidores cada vez mais apreciam marcas que extrapolam os limites.”

Isto se aplicava principalmente a consumidores em sociedades de consumo maduras, mas, em 2012, vamos ver cada vez mais manifestações de MATURIALISM em mercados emergentes também.

Por quê? Apesar de todas as diversas diferenças culturais que podem existir, a classe consumidora global é parecida, de modo notável, em relação a suas necessidades e desejos, isso sem

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mencionar que também é mais urbana (leia-se: mais conectada, mais espontânea e mais propensa a experimentar). Então, se você é uma marca chinesa ou indiana ou turca, ou se é uma marca ocidental que vende para mercados emergentes, 2012 é o ano em que você pode fazer as coisas avançarem um pouco mais.

Exemplos:

• Em 2011, a Diesel da Índia fez uma promoção nas lojas físicas com a seguinte frase: “Sexo vende. Infelizmente, nós vendemos jeans” que oferecia um brinquedinho sexual bobinho para clientes que gastassem mais de US$ 150. A joelheira “Knee J”, de couro sintético, vinha em uma caixa que mostrava desenhos retrô ousados e a frase: “Reações de Reflexo no Joelho Garantidas”.

• Lançada em março de 2011, a campanha de publici-dade da marca indiana de produtos para cuidados pes-soais Cardiograph Corporation para o gel de impar as mãos Sanitol mostra um homem pegando na área íntima de outro e um segundo cutucando o nariz de um colega. As propagandas indicam os tipos de germes que os consumidores podem ter nas mãos e comprova por que devem usar o produto para mantê-las limpas. 

• A marca farmacêutica Johnson & Johnson, dos EUA, criou uma campanha publicitária na China em setembro de 2011 para elevar a consciência sobre a saúde gine-cológica. Um comercial em vídeo que mostrava um diário supostamente escrito por “V” (vagina, “小V日记”

em chinês) levava os usuários de internet para um mi-crosite específico em que as usuárias podiam ver um

diário online fictício escrito a respeito da saúde sexual feminina. O livreto virtual de 30 páginas trazia artigos e informação a respeito de relacionamentos e sexo, assim como moda e amizade.

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12. POINT & KNOW“APONTE & SAIBA”2012 vai ser o ano das recompensas instantâneas de informação visual.

Com busca de texto e informação de texto atualmente disponível para a maior parte das pessoas durante a maior parte do tempo, a corrida está em adicionar um elemento do mundo real (que seja útil) – e, quando dizemos “mundo real”, estamos falando do mundo de objetos e pessoas.

2012 vai presenciar uma mistura do que é conhecido (Apps! Re-alidade Aumentada!) e do que é muito conhecido (códigos QR!) para trazer informação a respeito de objetos (e até de pessoas) que os consumidores encontram no mundo real de modo in-stantâneo. E, assim como algumas outras tendências, é a multi-plicação dos smartphones (sempre no bolso) que vai alimentar o auge do POINT & KNOW nos próximos 12 meses. Afinal de con-tas, a necessidade e expectativa por informação instantânea e acesso instantâneo a tudo que se quer saber já está profunda-mente enraizado no consumidor SEE-HEAR-BUY (VER-ESCUTAR-COMPRAR). Use o POINT & KNOW de maneira prática: adicione profundidade de informações, comunique histórias, origens, comparações de preço, avaliações, ecom-merce e assim por diante, ou, por favor, apenas se divirta um pouco com isso!

Exemplos:

• Google Goggles é um aplicativo gratuito de reconheci-mento de imagens que permite aos usuários fazer bus-cas com base em fotografias tiradas por um aparelho portátil. Ao tirar fotos de objetos, lugares ou códigos de barras de produtos, os usuários podem receber mais informações.

• Lançado em novembro de 2011, o aplicativo Amazon Flow permite aos usuários acessar informações sobre produtos – e comprá-los – usando reconhecimento de imagem. Além de livros, música e filmes, muitos outros produtos que temos em casa podem ser reconhecidos. 

• Ah, e será que em 2012 finalmente verá o ponto de mu-tação para os códigos QR codes, o vovozinho das tec-nologias POINT & KNOW? Hoje, eles estão em todo lugar, e graças aos smartphones, os consumidores finalmente podem estar começando a se deixar encan-tar por eles.Em setembro de 2011, a Ralph Lauren apresentou códigos QR customizados em suas lojas, com o jogador de pólo que é o logo da marca. Ao escaneá-los, os usuários podiam ganhar ingressos para o torneio de tênis US Open ou comprar produtos no site Ralph Lauren M-Commerce. Outras marcas de luxo como, Louis Vuitton, também estão enfeitando seus códigos QR. E, veja bem, uma vez que até as marcas de luxo pegam o bonde... ;-)

• Em outubro de 2011, a Starbucks revelou uma pro-moção com códigos QR feita para mostrar aos consu-midores seu aplicativo de pagamentos móveis e falar sobre seu café.

• A coleção “Ask Clogs”, da marca de calçados canad-ense John Fluevog incorpora um código QR na sola de cada sapato. Os códigos levam a vídeo da produção

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daquele item específico – desde os primeiros estágios da fabricação até chegar à loja.

• Aberta em outubro de 2011, a eBay Inspiration Shop em Nova York foi o resultado da colaboração entre o site de comércio eBay, o estilista norte-americano Jonathan Adler e uma seleção de “formadores de gosto” como celebridades, editores, blogueiros e produtores. A vitrine virtual apresentava uma seleção de produtos eletrôni-cos, de moda e automotivos e, para comprar os itens instantaneamente, os compradores tinham que baixar o aplicativo móvel do eBay e escanear o código QR.

• O leafsnap é um aplicativo gratuito que utiliza tecnolo-gia de reconhecimento visual para permitir que os usuários identifiquem várias espécies de árvores ao tirar fotos de folhas.

• O WeBIRD permite que qualquer pessoa com um smartphone grave o pio de um pássaro, envie por wire-less a um servidor e (depois de alguns segundos) receba identificação positiva sobre a espécie do pássaro. O WeBIRD espera estar disponível ao público a tempo da migração de primavera (primeiro semestre no hemisfério norte) em 2012.

• O aplicativo de música Shazam (que faz muito sucesso oferecendo um software de reconhecimento de música que permite aos usuários identificar qualquer canção que escutem, em qualquer lugar que estejam, compar-tilhem e/ou comprem a faixa), registrou aumento de 100% por semana nos downloads do app a cada se-mana nos doze meses que precederam junho de 2011, com mais de 125 milhões de usuários marcando quatro milhões de músicas todos os dias. Em setembro de 2011, o Shazam também anunciou que mais de US$ 100 milhões tinham sido gastos a cada ano em música

digital por meio do aplicativo. Confira também o serviço similar Midomi SoundHound, que está fazendo parceria com o Spotify.

• Criado pela Universidade Carnegie Mellon University, o PittPatt é uma ferramenta de reconhecimento facial que permite aos usuários encontrar indivíduos a partir de fotos ou vídeos. O software de detecção de rostos é capaz de localizar rostos humanos e combiná-los a fo-tografias do Facebook e do Google Images, identificandi indivíduos em menos de 60 segundos. O PittPatt, ainda em desenvolvimento, foi adquirido pelo Google em julho de 2011. Assustador? Talvez. Interessante? Com certeza.

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13. MORE-ISMEstas 12 tendências são apenas a ponta do iceberg. Se você precisa de acesso a todas as tendências e inovações de con-sumo que nós acompanhamos, o nosso Premium Service 2012, que inclui o exclusivo Trend Report 2012, com mais de 100 páginas, é para você.

Para muitos de vocês, o nosso conteúdo grátis basta para seguir em frente. E, no entanto, as 12 tendências que estão neste Trend Briefing gratuito são apenas uma amostra das que nós monito-ramos. Então, se você precisa de acesso a todas as tendências que nós estamos acompanhando em 2012, incluindo exemplos de tendência totalmente indexáveis e pesquisáveis do mundo todo, então, por favor, dê uma olhada no nosso Premium Serv-ice »

Isto inclui acesso protegido por senha ao nosso Trend Report 2012 com mais de 100 slides/páginas e os nosso sempre cres-cente Trend Database (Banco de Dados de Tendências) que hoje contém mais de 5.000 exemplos. Os clientes Premium também recebem relatórios de tendências específicos por setor, atuali-zações mensais e conteúdo-bônus, até novembro de 2012.

 

Você vai ver que está em boa companhia (apesar de seus cole-gas serem bem competitivos): grandes marcas e agências que trabalham com produtos para o consumidor final já estão trabal-hando com o nosso conteúdo Premium. Muitas pequenas em-presas ambiciosas também já assinaram, já que nós oferecemos preços possíveis. Mais informações aqui »

Não esqueça…Se você chegou até aqui, então, muito bem. Mas, já que estamos falando de tendências, e com “tendências” queremos dizer tudo que abrange “população com idade mais avançada na China” e “mania do feltro para o outono 2013”, precisamos esclarecer que:

• Nós acompanhamos tendências de consumo. Não macrotendências. Bom, na verdade, nós acompanha-mos essas também, mas não as publicamos. Então, para a “macropaisagem geopolítica e ambiental” para 2012, confira fontes como McKinsey Global Institute e Global Trends.

• Obviamente, as tendências não “surgem” simplesmente no dia 1º de janeiro nem terminam no dia 31 de dezem-bro. Profissionais que adoram uma lista de Top 12 são pessoas que nós ficamos contentes de atender, mas todas as tendências evoluem de modo constante, e todo o conteúdo acima já está acontecendo, de um modo ou de outro. Grandes tendências de consumo são mais parecidas com correntes do que com ondas únicas gigantescas. 

• Também não estamos dizendo que só há 12 tendências de consumo para acompanhar em 2012; há dúzias de tendências de consumo importantes que vale a pena conhecer e aplicar a qualquer momento do ano. Nós simplesmente fizemos uma seleção para fazer as coisas avançarem. Se quiser mais, confira outras empresas de tendências ou dê uma olhada no No 13 acima ;-).

• Tudo isto significa que várias das tendências que desta-camos ao longo do últimos anos continuarão sendo tão importantes no anos seguintes quanto as que apresen-tamos neste briefing. De CITYSUMERS a BRAND BUT-LERS (MORDOMO DAS MARCAS).

• Ah, e nenhuma dessas tendências se aplica a todos os consumidores.

• Para terminar, observar tendências tem que ver com a aplicação. Com inovações. São questões práticas. E tudo está ligado a ganhar dinheiro. Então esqueça ex-pressões como “legal saber” ou “até parece”. Veja abaixo para saber como aplicar tudo isto imediata-mente.

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Aplicação

Para leitores fiéis, isto aqui já é uma notícia antiga: as quatro maneiras de aplicar estas tendências de consumo e ganhar algum dinheiro com as inovações que elas acarretam. Apenas pergunte a si mesmo se elas têm potencial para tanto (e se tiv-erem, como):

1. Influenciar ou moldar a visão da sua empresa.2. Inspirá-lo a apresentar um novo conceito de negócios,

um empreendimento totalmente novo, uma nova marca.3. Adicionar um novo produto, serviço ou experiência

para um certo segmento de consumidores. 4. Falar a linguagem dos consumidores que já “vivem”

uma tendência.Para mais dicas a respeito de como identificar e aplicar estas tendências, visite a nossa seção TIPS (DICAS). Facinho, não?

Boa sorte. E, por favor, não se esqueça de assinar os nossos Trend Briefings grátis: há muitos mais por vir em 2012 e além!

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