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12/08/2014 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. O principal objetivo do programa é garantir a integridade do alimento e a saúde do consumidor. 2 O QUE SÃO BPF’S? As normas que estabelecem as chamadas BPF envolvem requisitos fundamentais que vão desde as instalações da indústria, passando por rigorosas regras de higiene pessoal e limpeza do local de trabalho, tais como: lavagem correta e frequente das mãos; utilização adequada dos uniformes; disposição correta de todo o material utilizado nos banheiros; e, o uso de sanitizantes. 3 REQUISITOS FUNDAMENTAIS Gerências, chefias e supervisão devem estar totalmente engajadas para o êxito do programa, pois o planejamento, organização, controle e direção de todo o sistema depende destes profissionais. 4 REQUISITOS FUNDAMENTAIS Sendo necessários investimentos para a adequação das não- conformidades detectadas nas instalações e nas ações de motivação dos funcionários, o comprometimento da alta administração torna-se fundamental. 5 REQUISITOS FUNDAMENTAIS A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam determinadas categorias de alimentos. Portarias nº. 1428/93, 326/97, 368/97; Portaria CVS nº. 6/99; e, Resoluções da Direção Colegiada RDC nº. 275/2002 e 216/2004. 6 LEGISLAÇÃO DE BPF

3 boas práticas de fabricação

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas

indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária

e a conformidade dos produtos alimentícios com os

regulamentos técnicos.

O principal objetivo do programa é garantir a integridade do

alimento e a saúde do consumidor.

2

O QUE SÃO BPF’S?

As normas que estabelecem as chamadas BPF envolvem

requisitos fundamentais que vão desde as instalações da

indústria, passando por rigorosas regras de higiene pessoal e

limpeza do local de trabalho, tais como:

– lavagem correta e frequente das mãos;

– utilização adequada dos uniformes;

– disposição correta de todo o material utilizado nos banheiros; e,

– o uso de sanitizantes.

3

REQUISITOS FUNDAMENTAIS

Gerências, chefias e supervisão devem estar totalmente

engajadas para o êxito do programa, pois o planejamento,

organização, controle e direção de todo o sistema depende

destes profissionais.

4

REQUISITOS FUNDAMENTAIS

Sendo necessários investimentos para a adequação das não-

conformidades detectadas nas instalações e nas ações de

motivação dos funcionários, o comprometimento da alta

administração torna-se fundamental.

5

REQUISITOS FUNDAMENTAIS

A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas

em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de

alimentos e específico, voltadas às indústrias que

processam determinadas categorias de alimentos.

– Portarias nº. 1428/93, 326/97, 368/97;

– Portaria CVS nº. 6/99; e,

– Resoluções da Direção Colegiada RDC nº. 275/2002 e

216/2004.

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LEGISLAÇÃO DE BPF

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2

• Microrganismos indesejáveis

• Microrganismos indesejáveis

•Microrganismos indesejáveis e material estranho

•Microrganismos indesejáveis e material estranho

Exclusão Remoção

Destruição Inibição

7

FUNDAMENTOS

A exclusão é uma prática muito desejada e efetiva.

Microrganismos ou material estranho excluídos não ameaçam a

segurança ou salubridade do produto.

Exemplos de exclusão incluem os sistemas sanitários de ordenha

mecânica em circuitos fechados, a filtração do ar, o controle de

pragas, fechamento hermético de embalagens, entre outros.

E X C L U S Ã O 8

FUNDAMENTOS

A remoção de microrganismos e materiais

estranhos do leite pode utilizar filtração ou

centrifugação.

Embora seja efetivo até certo grau, nenhuma

prática pode remover completamente

microrganismos ou material estranho. A remoção

de resíduos e microrganismos é essencial para a

limpeza dos equipamentos.

9

FUNDAMENTOS

R E M O Ç Ã O

A inibição de microrganismos indesejáveis é uma prática

amplamente utilizada;

As opções incluem armazenamento a baixas temperaturas ou

condições de congelamento, adição de ingredientes como sal

ou açúcar, e processos fermentativos, onde microrganismos

indesejáveis são inibidos por um grande número de

organismos benignos (ou desejáveis).

1 0

FUNDAMENTOS

I N I B I Ç Ã O

A destruição dos microrganismos é a última medida,

quando outras práticas falharam ou foram ineficazes.

Embora algumas tecnologias alcancem níveis próximos

da completa esterilidade do produto, não é sempre

praticada a destruição completa dos microrganismos

presentes.

1 1

FUNDAMENTOS

D E S T R U I Ç Ã O

As Boas Práticas de Fabricação podem ser divididas em seis

elementos:

1. Fábrica e imediações;

2. Pessoal;

3. Limpeza e sanitização;

4. Equipamentos e utensílios;

5. Processos e controles;

6. Armazenamento e distribuição.

1 2

ELEMENTOS BPF

L I M P E Z A E S A N I T I Z A Ç Ã O

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3

O elemento Fábrica compreende essencialmente o meio

ambiente exterior e interior.

Precisam ser administrados para prevenir a contaminação

dos ingredientes durante o processamento ou depois de

transformado em produto acabado.

O meio ambiente externo deve ser mantido livre de pragas.

Os resíduos devem ser apropriadamente isolados e

periodicamente removidos do local.

1 3

ELEMENTOS BPF

F Á B R I C A S E I M E D I A Ç Õ E S

A fábrica deve ser desenhada e construída para acomodar

estes procedimentos , sendo de fundamental importância que

o desenho interno e os materiais de construção facilitem as

condições sanitárias de processamento e embalagem.

As operações com os ingredientes básicos devem ser

isoladas das operações com o produto acabado.

1 4

ELEMENTOS BPF

F Á B R I C A S E I M E D I A Ç Õ E S

1 5

ELEMENTOS BPF

F Á B R I C A S E I M E D I A Ç Õ E S F Á B R I C A S E I M E D I A Ç Õ E S 1 6

POR QUE LIMPAR?

Para criar um ambiente de trabalho saudável e, acima de tudo,

para garantir aos clientes produtos de qualidade e com frescor.

O elemento Limpeza e Sanitização compreende

programas e utensílios usados para manter a fábrica e os

equipamentos em limpeza e em condições próprias de

uso.

Remoção e destruição são as palavras-chave.

L I M P E Z A E S A N I T I Z A Ç Ã O 1 7

ELEMENTOS BPF

1 8

5. Enxágüe final

1.Remova as sujidades

com água.

2. Aplique o detergente

e esfregue 3. Enxágüe

Limpeza

4. Aplique o sanitizante e

deixe agir por no mínimo

15 minutos

6. Secar

naturalmente

Sanitização

Higienização

L I M P E Z A E S A N I T I Z A Ç Ã O

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4

1 9

Todo o local que envolve a produção de alimentos deve ser mantido

limpo e organizado.

Quando limpar?

TODOS OS DIAS: pisos, ralos, banheiros, cadeiras, mesas, caixas de

plástico, recipientes de lixo;

SEMANAL: paredes, portas, janelas, armários, coifas, geladeira,

câmaras;

QUINZENAL: estoques e estrados;

MENSAL: luminárias e telas de proteção. L I M P E Z A E S A N I T I Z A Ç Ã O

O elemento Equipamentos e Utensílios compreende os aparelhos

grande e pequenos, simples e complexos, que são utilizados para

transformar a matéria-prima, ingredientes, e aditivos no produto

final embalado.

As considerações das Boas Práticas de Fabricação incluem o

material no qual equipamentos e utensílios são construídos bem

como seu desenho e fabricação.

E Q U I P A M E N T O S E U T E N S Í L I O S 2 0

ELEMENTOS BPF

2 1

EXEMPLO DE HIGIENIZAÇÃO DOS UTENSÍLIOS

1. Lavar com água e sabão neutro;

2. Enxaguar com água corrente;

3. Lavar com solução desinfetante;

4. Enxaguar com água corrente ou secagem natural.

DICAS:

Para limpeza das instalações: usar 1 colher de sopa de água sanitária (2,0 –

2,5%) para cada litro de água;

Utensílios e equipamentos: 1 colheres de sopa de água sanitária para cada

litro de água.

ETAPAS DE HIGIENIZAÇÃO

2 2 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação

Cuidados com a limpeza:

Começar a limpar pelos lugares mais altos até chegar no chão, cuidando

para não espirrar sabão nas partes que já foram limpas;

Prestar atenção nos cantinhos, cubas de pias e ralos que acumulam

sujeira e gordura;

Panos e esponjas usados para limpar o ambiente não devem ser usados

em utensílios ou mesas;

ETAPAS DE HIGIENIZAÇÃO

2 3 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação

Vassouras, escovas, panos usados na limpeza não devem ser usados

na produção e manipulação de alimentos;

Não usar panos ou papelões como tapetes;

Não varrer o piso a seco;

Substituir as esponjas sempre que necessário;

ETAPAS DE HIGIENIZAÇÃO

2 4 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação

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5

Colocar o lixo em latões de plástico;

Recolher o lixo todos os dias ou sempre que estiver cheio;

Lavar os latões todos os dias;

Não esquecer de lavar também o local onde ficam os latões de lixo com

desinfetante para que moscas ou outros animais não se aproximem;

Manter seco o local onde fica o lixo;

2 5 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação

ETAPAS DE HIGIENIZAÇÃO

2 6

FREQUÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO

2 7 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação 2 8 Estágio Supervisionado

Curso: Boas Práticas de Fabricação

Este elemento também inclui a manutenção preventiva dos

equipamentos para garantir a entrega de alimentos com segurança

e qualidade consistentes. Exclusão via sistemas fechados é uma

prática efetiva.

E Q U I P A M E N T O S E U T E N S Í L I O S 2 9

ELEMENTOS BPF

O elemento Processos e Controles inclui uma ampla gama

de dispositivos e procedimentos através dos quais o controle

é exercido de forma consistente.

Os controles podem incluir dispositivos manuais ou

automáticos que regulam cada atributo, como temperatura,

tempo, fluxo, pH, acidez, peso, etc.

Inibição e Destruição são práticas adotadas. Este elemento

também inclui sistemas de registro que contém informações

que documentam a performance do sistema de

processamento turno por turno, dia após dia.

3 0

ELEMENTOS BPF

P R O C E S S O S E C O N T R O L E S

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6

O elemento Armazenamento e Distribuição

compreende a manutenção de produtos e ingredientes

em um ambiente que proteja sua integridade e qualidade.

Uma forma usual de controle é a temperatura baixa, mas

o ambiente de armazenagem e distribuição também

devem ser defendido da ameaça de pragas e poluição

ambiental.

A R M A Z E N A M E N T O E D I S T R I B U I Ç Ã O 3 1

ELEMENTOS BPF

3 2

ELEMENTOS BPF

A R M A Z E N A M E N T O E D I S T R I B U I Ç Ã O

3 3

ELEMENTOS BPF

A R M A Z E N A M E N T O E D I S T R I B U I Ç Ã O

O elemento Pessoal é o mais importante entre os seis

elementos;

São a chave para planejar, implementar e manter

sistemas efetivos de Boas Práticas de Fabricação;

Um programa de treinamento efetivo é um processo

contínuo e, como tecnologia ou mercado, em constante

evolução.

3 4

ELEMENTOS BPF

P E S S O A L

Os funcionários devem seguir hábitos de higiene

pessoal, incluindo-se roupas apropriadas.

3 5

ELEMENTOS BPF

P E S S O A L P E S S O A L 3 6

ELEMENTOS BPF

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7

3 7

ELEMENTOS BPF

P E S S O A L P E S S O A L 3 8

ELEMENTOS BPF

P E S S O A L 3 9

ELEMENTOS BPF

Antes de iniciar o trabalho;

Antes de manipular o alimento;

Antes e após usar luvas;

Após utilizar os sanitários;

Após pegar em dinheiro;

Após tossir, espirrar, assoar o nariz ou se coçar;

Após comer ou fumar;

Após recolher lixo e outros resíduos;

Após passar muito tempo em uma mesma atividade;

Ao trocar de atividade, principalmente quando estiver manipulando alimento cru e

for trabalhar com alimento cozido.

Na dúvida, lave

as mãos

sempre!.

4 0 P E S S O A L

4 1 P E S S O A L

A saúde de quem manipula alimentos é condição importante para

a qualidade dos mesmos.

Não devem manipular alimentos pessoas com:

Feridas nas mãos;

Infecções nos olhos ou na garganta;

Infecções pulmonares, resfriado ou gripe;

Diarreias ou disenterias.

4 2

CONTROLE DA SAÚDE DOS COLABORADORES

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8

4 3

CONTROLE DA SAÚDE DOS COLABORADORES

4 4

Cuidados com a Higiene e

Conservação dos Alimentos

Cuidados com o

Local de Trabalho

Cuidados com Equipamentos

e Utensílios

Cuidados com a

Higiene Pessoal

Satisfação do Consumidor

Reclamações dos clientes

Desperdícios

Custo de produção

Ambiente mais agradável

Riscos

Alimento Garantido

Lucro Certo

Manipulador Capacitado e

Consciente

Contaminação cruzada é a contaminação de um

alimento para o outro por substancias estranhas de

origem biológicas , químicas ou físicas, nocivas a

saúde.

Na indústria de alimentos o fluxo não deve permitir

o cruzamento de produtos de áreas sujas (matéria-

prima, recepção) com as das áreas limpas

(processamento).

4 5

PREVENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO CRUZADA

4 6

PREVENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO CRUZADA

SEMPRE lave bem as mãos antes e depois de manipular

alimentos e depois de usar o banheiro.

INFORME imediatamente seu supervisor quando tiver

problemas de ferimentos na pele, irritação no nariz, na garganta e

diarréia.

CERTIFIQUE-SE de cobrir com bandagem à prova d’água todos

os cortes ou machucados.

MANTENHA-SE sempre limpo e use roupas limpas.

JAMAIS FUME nas áreas de processamento, cozinhas ou

despensas.

4 7

DEZ MANDAMENTOS DA HIGIENE ALIMENTAR

JAMAIS tussa ou espirre sobre alimentos.

VÁ LIMPANDO enquanto trabalha.

PREPARE os alimentos crus e cozidos em lugares separados.

Mantenha os alimentos cobertos, refrigerados ou bem quentes.

MANTENHA as mãos afastadas do alimento, sempre que

possível.

GARANTA o correto armazenamento e descarte os restos de

alimentos. Mantenha tampados os latões de lixo.

4 8

DEZ MANDAMENTOS DA HIGIENE ALIMENTAR

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