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1 Pressclipping em 16.nov.2015 Você não consegue construir uma boa reputação naquilo que pretende fazer, mas naquilo que faz. Governo pode elevar tributos dos combustíveis BRASÍLIA – Sem condições de fechar o Orçamento respeitando a meta fiscal prevista para 2016, o governo já se movimenta para tomar novas medidas, até o fim do ano, que representem aumento de receita. A principal medida em análise é o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidente sobre os combustíveis, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias de tempo real da Agência Estado. A elevação de PIS e Cofins poderá ser feita pela presidente Dilma Rousseff, sem precisar da aprovação do Congresso Nacional e da necessidade do período de noventena (três meses), prazo obrigatório para a entrada em vigor da Cide- combustíveis. Uma fonte da área econômica calcula entre R$ 6 bilhões e R$ 9 bilhões o potencial de arrecadação, a depender do valor da alíquota. O Executivo contará com uma lista de dificuldades em fechar as contas do próximo ano: o governo decidiu abolir a possibilidade de abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do superávit primário previsto de 0,7% do PIB (ver página B5); conta com recursos de arrecadação incerta, como os R$ 10 bilhões previstos com a venda de imóveis na Amazônia, conforme proposto pelo relator de Receitas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), além de enfrentar a queda na atividade econômica, que tem reduzido a arrecadação no País. Segundo uma fonte, o governo deve repetir a estratégia que fez em fevereiro deste ano, ao elevar temporariamente PIS e Cofins da gasolina e do diesel até que a alta da Cide entrasse em vigor. No primeiro pacote tributário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a alta do PIS e da Cofins entrou em vigor em 1.º de fevereiro. Já a elevação da Cide passou a vigorar em 1.º de maio, quando PIS e IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 16.nov.2015

Você não consegue construir uma boa reputação naquilo que pretende fazer, mas naquilo que faz.

Governo pode elevar tributos dos combustíveis

BRASÍLIA – Sem condições de fechar o Orçamento respeitando a meta fiscal prevista para 2016, o governo já se movimenta para tomar novas medidas, até o fim do ano, que representem aumento de receita. A principal medida em análise é o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidente sobre os combustíveis, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias de tempo real da Agência Estado.

A elevação de PIS e Cofins poderá ser feita pela presidente Dilma Rousseff, sem precisar da aprovação do Congresso Nacional e da necessidade do período de noventena (três meses), prazo obrigatório para a entrada em vigor da Cide-combustíveis. Uma fonte da área econômica calcula entre R$ 6 bilhões e R$ 9 bilhões o potencial de arrecadação, a depender do valor da alíquota.

O Executivo contará com uma lista de dificuldades em fechar as contas do próximo ano: o governo decidiu abolir a possibilidade de abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do superávit primário previsto de 0,7% do PIB (ver página B5); conta com recursos de arrecadação incerta, como os R$ 10 bilhões previstos com a venda de imóveis na Amazônia, conforme proposto pelo relator de Receitas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), além de enfrentar a queda na atividade econômica, que tem reduzido a arrecadação no País.

Segundo uma fonte, o governo deve repetir a estratégia que fez em fevereiro deste ano, ao elevar temporariamente PIS e Cofins da gasolina e do diesel até que a alta da Cide entrasse em vigor. No primeiro pacote tributário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a alta do PIS e da Cofins entrou em vigor em 1.º de fevereiro. Já a elevação da Cide passou a vigorar em 1.º de maio, quando PIS e Cofins tiveram um recuo na mesma proporção. O governo tem um limite já autorizado por lei para aumentar a Cide, o PIS e a Cofins sem precisar de aprovação do Legislativo. “Sem receita, não tem como fechar o Orçamento”, disse um integrante da equipe econômica.

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Reajuste adiado

Outra medida em análise pelo governo é um adiamento ainda maior do reajuste dos servidores públicos. Pela proposta original, o aumento seria adiado de janeiro para agosto de 2016, com ganho de R$ 7 bilhões. A proposta agora empurra para novembro o adiamento, mas a medida enfrenta resistências.

Alternativas de aumento de receitas estão sendo também discutidas com o relator do projeto de lei do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). As reuniões têm ocorrido no Ministério da Fazenda.

Contudo, em público, ninguém admitirá, ao menos por enquanto, que há discussões de propostas alternativas de arrecadação. Uma das razões até agora para que novas medidas não tenham sido anunciadas é a preocupação de manter a estratégia em torno da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de recriação da CPMF. O governo ainda espera que o tributo possa entrar em vigor em outubro do ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Fonte:DCI.

ONGs denunciam violência contra cavalos e bois de rodeios11 nov 2015 - Trabalho / Previdência

As recorrentes denúncias contra rodeios foram debatidas, nesta terça-feira (10), na Comissão Parlamentar de

Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos de Animais. A veterinária e diretora do Fórum Nacional de Proteção e

Defesa Animal, Vânia Plaza, citou uma série de danos e lesões a bovinos e equinos em rodeios pelo interior

do País.

A maior parte dos ferimentos físicos foi causada pelo uso de esporas, mas Vânia também ressalta outros

tipos de sofrimento animal, como estresse excessivo, por exemplo. "Quando se fala de prática de rodeio, não

se pode falar em bem-estar animal, principalmente se a gente considerar a violência e a agressividade nas

provas e nos treinamentos, as condições ambientais e de manejo impróprios e o desrespeito aos períodos

cíclicos de sono e vigília dos animais".

Já o também veterinário Cesar Vilela, ligado à organização de rodeios, lembrou que esses eventos são

devidamente regulamentados (Leis 10.519/02 e 10.520/02) desde 2002, com normas sobre o tratamento

adequado aos animais. Além disso, os organizadores seguem o Regulamento do Bem-Estar Animal em

Competições e têm atenção especial com a alimentação e a saúde dos cavalos e bois. "Os animais de

rodeio, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não são animais comuns. Ele não nasce com a

índole de pular. Ele é selecionado e possui cuidados diferenciados porque é tratado como atleta".

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Entre os cuidados especiais com os animais, o veterinário citou a suplementação vitamínica e o controle

zoológico e sanitário, com exames periódicos. Além disso, Vilela garantiu que os animais são transportados

em trailers ou em caminhões com piso antiderrapante e compartimentos almofadados, para evitar traumas

físicos.

Rodeio é torturaO depoimento de Vilela foi contestado pelo representante do Movimento Odeio Rodeio, Leandro Ferro, para

quem "chicote, espora, cinta de flancos e outros equipamentos de rodeios são usados para golpear e causar

dor com carga violenta sobre os animais". Ele também pediu a ajuda dos deputados para entrar com uma

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), no Supremo Tribunal Federal, contra a Lei 10.519/02.

Ativistas do Movimento Odeio Rodeio levaram cartazes para a audiência pública em que sustentam que

"rodeio é tortura" e "exploração animal não é esporte".

Aspectos econômicos

Já os organizadores do maior rodeio do País, o de Barretos, em São Paulo, destacaram aspectos

econômicos da atividade, como a geração de empregos, por exemplo, e a modernização da estrutura desses

eventos.

O pecuarista e organizador do Rodeio de Barretos (SP), Emílio Carlos dos Santos, afirmou que esse tipo de

evento faz parte da cultura rural e pediu a colaboração fiscalizadora das ONGs de defesa dos animais,

sobretudo em relação aos "rodeios mambembes".

Ele admitiu já ter presenciado tratamento inadequado a equinos e bovinos, principalmente no passado, mas

ressaltou as ações que vêm sendo realizadas para modernizar e regulamentar os rodeios. "Em todos os

países com pecuária evoluída, como Austrália e Canadá, há rodeios e as ONGs atuam em conjunto com os

organizadores, buscando fiscalizar", argumentou.

O deputado Capitão Augusto (PR-SP) concordou. "Deu para perceber o quanto os animais realmente são

bem tratados. Sorte do touro que pula: pouquíssimos são os selecionados para ser utilizados em rodeios,

porque os demais vão para o abate virar bifinho".

Atividade cultural

Já para o relator da CPI, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), os rodeios devem se manter apenas como

atividade cultural rural, com exposições e espetáculos de danças típicas, mas sem exposição de animais a

sofrimento. "Espero que tenhamos o apoio de todos para que, ao término dessa CPI, possamos avançar no

que diz respeito ao bem-estar animal".

A veterinária Vânia Plaza também mostrou pesquisa científica - feita em rodeios de Uberlândia (MG),

Uberaba (MG), Presidente Prudente (SP) e Maringá (PR) - segundo a qual 48% a 65% das lesões físicas nos

animais foram causadas por esporas. A veterinária lembrou que todos os mamíferos, aves e répteis têm

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sistemas límbicos, capazes de detectar e expressar a dor e o sofrimento. Plaza cobrou responsabilidade e

ética diante dos animais.

Enxurrada de lama

Também nesta terça, os deputados da CPI pediram providências urgentes do governo mineiro para socorrer

os animais que estão presos, ainda vivos, em meio à lama que escorreu pelos vales de Mariana, após o

rompimento de duas barragens de rejeitos mineirais.Fonte: Agência Câmara Notícias

POPULARIZAÇÃO DO COMPLIANCE

Há dois anos em vigor, Lei Anticorrupção mudou a cultura das empresas

9 de novembro de 2015, 19h07Por   Sérgio Rodas Nos dois anos que se passaram após sua promulgação, a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) mudou a cultura das empresas, que, por medo de terem que arcar com as pesadas punições previstas pela norma — mesmo que elas ainda não tenham sido aplicadas —, passaram a implantar e fortalecer práticas de compliance interno. Esta é o opinião de especialistas ouvidos pela revista Consultor Jurídico no Seasonal Meeting de 2015 da New York State Bar Association — instituição semelhante à Ordem dos Advogados do Brasil —, evento que ocorreu em outubro em São Paulo.Para o desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS)Fausto De Sanctis, o grande mérito da lei foi instituir a responsabilidade objetiva das companhias em casos de corrupção. Com isso, a norma tirou o foco do violador e o transferiu à vítima — o Estado —, aumentado a proteção desta.De Sanctis refutou as críticas de alguns juristas sobre a imputação objetiva estabelecida na Lei Anticorrupção, que avaliam que tal medida é inconstitucional. Segundo ele, esse sistema existe há tempos no ordenamento jurídico brasileiro para crimes ambientais, ilícitos concorrenciais e ofensas a direitos dos consumidores. Então, a seu ver, não faz sentido questionar agora a compatibilidade desse tipo de responsabilidade com a Constituição.

O advogado especialista em fusões e aquisições José Carlos Junqueira Sampaio Meirelles, sócio do Pinheiro Neto Advogados, também elogiou tal mudança de paradigma. “A responsabilização objetiva civil e administrativa da empresa frente a atos contra a Administração Pública implica a condenação da companhia mesmo quando o ato praticado seja atribuível a diretor, gerente ou empregado da pessoa jurídica, o que por sua vez enseja em interesse, da própria companhia, de adotar medidas internas de compliance”. Mas ele ressalvou que a responsabilização penal continua imputável apenas ao funcionário que praticar a conduta, e não à empresa.

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O fato de as empresas se virem “forçadas” a adotar sistemas de compliance é o principal resultado da Lei Anticorrupção, analisou o especialista em Direito Empresarial Rafael Villac Vicente de Carvalho, sócio do Peixoto & Cury Advogados. E isso tem impacto na cadeia de fornecedores, explicou, uma vez que as companhias passaram a exigir que tais vendedores também sigam as práticas de verificação do cumprimento às normas.Seu colega de escritório José Ricardo de Bastos Martins, especialista em Direito Societário, apontou outro fator que estimula as empresas a implementarem programas de compliance: o fato de elas serem beneficiadas se eventualmente firmarem acordos de leniência, uma vez que os órgãos estatais levam em conta essa postura ao definir os benefícios que lhes oferecerão.Mercado de M&AA Lei Anticorrupção também mudou o mercado de fusões e aquisições. Isso porque o seu artigo 4º, parágrafo 1º, estabelece que a compradora é responsável, no limite da porção adquirida, pelo pagamento integral das multas estabelecidas pela Justiça, o que faz com as empresas aumentem o rigor dos processos de due diligence feitos durante as negociações, destacou Meirelles.  Dessa maneira, diz Carvalho, as entidades interessadas em uma aquisição passaram a, entre outras práticas, entrevistar empregados da empresa-alvo e analisar com mais cuidado contratos de consultoria. Na visão do advogado, o passivo de corrupção passou a ser mais importante do que o ambiental e o tributário, que geralmente são os que atraem mais atenção de potenciais compradores. 

Sérgio Rodas é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 9 de novembro de 2015, 19h07

Dilma pede a líderes no Congresso prioridade para medidas de ajuste fiscal

10 de novembro de 2015Na reunião de coordenação política de hoje (9), com ministro e líderes do governo no Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff pediu prioridade para aprovar as medidas de ajuste fiscal, segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva. O ministro disse que é preciso que o Congresso coloque em primeiro plano os interesses do país para garantir a retomada do crescimento econômico.

“A presidenta respeita as bandeiras partidárias. As divergências partidárias são naturais da democracia, mas nesse momento é fundamental que o Congresso Nacional coloque em primeiro plano os interesses do país para que a gente aprove as medidas que garantam a estabilidade fiscal ao nosso país e possamos criar as condições de retomada do crescimento econômico, da geração de empregos”, disse.

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Segundo Edinho Silva, o governo gostaria que a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) fosse aprovada ainda este ano, já que a medida é fundamental para gerar estabilidade fiscal. “O governo vai continuar dialogando com o Congresso Nacional e nós esperamos que se abra o debate, que o projeto possa tramitar dentro do Congresso e esperamos que ele seja aprovado porque é fundamental para a construção da estabilidade fiscal. O governo gostaria muito que essa medida fosse aprovada ainda este ano”, disse.

Ele também lembrou o projeto da repatriação de recursos de brasileiros mantidos no exterior e não declarados à Receita Federal e a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O ministro disse que o governo tem dialogado constantemente com as lideranças e presidentes da Câmara e Senado para garantir o consenso necessário a aprovação das medidas que garantam a estabilidade fiscal.

O projeto de lei encaminhado pelo governo ao Congresso que trata da repatriação de dinheiro mantido no exterior e não declarados pode ser votado nesta semana, no plenário da Câmara. O projeto cria um regime especial de regularização desses recursos, fixando um tributo único para sua legalização perante a Receita. O governo prevê aumentar a arrecadação com a aprovação do projeto.

Já prorrogação da DRU até 2023 só deve começar a ser discutida por uma comissão especial da Câmara na penúltima semana de novembro. A medida levou quatro meses para avançar na Câmara e no último dia 4 foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A prorrogação é considerada estratégica para o governo equilibrar suas contas.

Fonte: Agência Brasil.

Consumidor que propôs diversas ações contra MercadoLivre é condenado por má-féDe acordo com juiz, autor faltou com a verdade e usou do processo para conseguir objetivo ilegal.Publicado por Vitor Guglinski - 3 dias atrásFonte: MigalhasO juiz de Direito Jeronimo da Silveira Kalife, do 2º Juizado Especial Cível de Niterói, negou pedido de danos morais e materiais feito por um consumidor contra o MercadoLivre e ainda o condenou por litigância de má-fé.

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O autor, que possui mais de 12 ações contra a empresa, alega que adquiriu pelo site do MercadoLivre um navegador GPS no valor de R$ 274,90 e uma Câmera Digital no valor de R$ 600,00, vendidos por terceiros, sendo que o GPS chegou queimado e com defeito, e a câmera enviada não era original da Canon, mas falsificada. Segundo o autor, ele devolveu os produtos pelos Correios e o MercadoLivre não procedeu ao ressarcimento dos valores retidos.

Em sua decisão, o juiz observou que o autor utilizou o site Mercado Livre dezenas de vezes, estando, portanto, ciente de que a devolução do valor pago é condicionada a uma disputa entre comprador e vendedor, a fim de se resolver a questão de forma amigável, já que a empresa é apenas mediadora e intermediadora das transações comerciais de terceiros cadastrados.

“Verifica-se que os produtos foram enviados em 13/4 e 16/4/15, sendo que o autor exige o recebimento dos valores antes mesmo de os vendedores receberem a encomenda, não estando a ré autorizada, portanto, a restituir a quantia sem a confirmação de recebimento do produto e finalização da disputa.”

Para o magistrado, não há verossimilhança na alegação do autor, sendo incabível, então, na hipótese, a inversão do ônus da prova, vez que não há qualquer comprovação de que o autor tenha recebido um GPS defeituoso e uma câmera falsificada.

“Percebe-se que o autor é experiente no ramo de compra e venda de mercadorias, pelas informações por ele mesmo expostas na inicial. Não é de se imaginar que ao receber um produto na forma apontada, não se tire sequer uma foto ou filmagem da abertura da encomenda e de seu conteúdo. No caso da câmera, o autor demonstra conhecer o preço dos produtos eletrônicos que adquire, deixando claro ao vendedor que uma câmera nas características apresentadas não poderia custar R$ 600,00. Todavia, não comprova que a câmera não condiz com o que fora propagado pelo vendedor.”

De acordo com Kalife, a empresa agiu em conformidade com a legislação vigente e com as regras de utilização expostas em seu sítio eletrônico, não havendo qualquer dano à personalidade do autor. “Não vislumbro falha na prestação do serviço que enseje qualquer abalo na personalidade do reclamante."

O juiz ressaltou que não há dano moral a ser reparado, pois o ocorrido foi por fato exclusivo do autor (artigo 14, parágrafo 3º, II, da lei 8.078/90), devendo suportar eventuais prejuízos decorrentes de sua conduta.Por último, tendo em vista que o autor não expôs os fatos em juízo conforme a verdade (art. 14, I, do CPC), o juiz considerou que ele infringiu as normas constantes nos incisos II e III do CPC, bem como as dos art. 17, II e III, e, por isso, impôs a condenação nas penas da litigância de má-fé, na forma dos art. 16 a 18 do CPC. Processo: 0026222-72.2015.8.19.0002

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Veja a íntegra da decisão.

Conheça as principais mudanças da população

brasileira reveladas pelo IBGEPor BBC | 13/11/2015 12:34

Pesquisa aponta para envelhecimento do brasileiro e aumento do trabalho infantil; cai o número de casas com computador

Helio Carlos Mello

Segundo o levantamento anual do IBGE, desigualdade vem caindo pouco a pouco no Brasil

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (13) a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2014

(Pnad), a principal pesquisa demográfica que realiza a cada ano – e que oferece um raio-X

sobre a população brasileira.

A pesquisa abrange desde tendências na forma de os brasileiros declararem sua cor ou raça a

índices de desigualdade de renda, disparidade regional de taxas de ensino e quantos

brasileiros têm saneamento, televisão ou internet em casa.

Para chegar aos números abaixo, o instituto entrevistou mais de 362 mil pessoas em mais de

151 mil residências brasileiras, distribuídas por todos os Estados do país.

Confira, a seguir, dez mudanças na população apontadas pelo levantamento.

1. O Brasil continua envelhecendoPopulação brasileira continua envelhecendo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE

A tendência vem sendo observada ano a ano. Em 2014, a população chegou a 203,2 milhões

de pessoas, e indivíduos com mais de 60 anos representavam 13,7% do país. É um aumento

de 0,7 ponto porcentual em relação a 2013.

A proporção em si não é gritante, mas o movimento vem sendo contínuo e acompanha uma

redução pequena, porém também constante, do número de jovens. Enquanto o número de

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idosos subiu, o de pessoas com menos de 24 anos caiu 0,8 ponto porcentual, passando a

representar 38% da população.

Para fins de comparação, em 2004 a população acima de 60 anos era de 9,7%.

2. Mais de 80 milhões vivem fora de sua cidade natalA mobilidade pelo país, seja impulsionada por emprego, ensino ou outros motivos, faz com que

mais de 80 milhões de brasileiros vivam fora das cidades onde nasceram, o equivalente a

quase 40% da população.

Ao chegar aos 60 anos de idade, 60% dos brasileiros já não vivem em suas cidades de origem.

São Paulo é o Estado que mais tem pessoas de fora – 10,5 milhões. Já em termos

proporcionais, as unidades da federação com o maior contingente de "forasteiros" são o Distrito

Federal, com 49,3%, e Roraima, com 45,3% da população chegando de outros Estados.

3. Analfabetismo cai, mas ainda reflete desigualdade regionalTaxa de analfabetismo continua a cair no Brasil

De pouco em pouco, a taxa de analfabetismo continua a cair no Brasil, e passou de 8,5% em

2013 para 8,1% no ano passado. A queda vem sendo quase constante de 2001 para cá,

embora tenha permanecido no mesmo patamar entre 2011 e 2013 (quando oscilou entre 8,4%

e 8,5%).

A diferença entre as regiões, porém, permanece gritante neste quesito. Enquanto no Sul e

Sudeste a taxa de analfabetos é de 4,4% e 4,6%, respectivamente, no Nordeste a percentagem

é de 16,6%, de longe a pior situação no país.

A medição é feita entre pessoas de 15 anos de idade ou mais, e, quanto mais velho o grupo,

maior o índice. Entretanto, o analfabetismo ainda assola as novas gerações, afetando 0,9% de

jovens na faixa de 15 a 19 anos e 1,4% na de 20 a 24 anos.

4. Diploma superior é privilégio de apenas 13%Quando se avalia o nível de instrução da totalidade de brasileiros acima de 25 anos, mais da

metade da população (57,5%) tem no máximo o ensino médio completo, sendo que 32% não

completaram o ensino fundamental. Uma graduação universitária é privilégio de apenas 13,1%

das pessoas (contra 12,6% em 2013).

Os números também chamam atenção para a necessidade de se aprimorar o ensino nas

escolas públicas, que são frequentadas por 76,9% dos alunos brasileiros (contra 75,7% em

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2013). Mas a frequência escolar como um todo vêm aumentando, e tem seu maior patamar

entre crianças de 6 a 14 anos: 98,5% nesta faixa etária estão na escola.

Quando se contempla a população como um todo, o número médio de anos de estudo escolar

é de 7,7. Aqui também há disparidades regionais: o Sudeste apresenta a maior média, de 8,4

anos, enquanto Norte e Nordeste registraram o menor tempo médio na escola, 7,2 e 6,6 anos,

respectivamente.

5. Aumento brusco de 'desocupados'Cerca de 7,3 milhões de brasileiros estão desempregados em todo o País

O aumento dos índices de desemprego se refletiu nos resultados da PNAD já em 2014. O

número de pessoas desocupadas aumentou 9,3% de 2013 para 2014, afetando um total de 7,3

milhões de brasileiros (o aumento equivale a 617 mil pessoas a mais nesta condição).

Isso ocorreu no País todo, e em especial no Sudeste, onde o aumento foi de 15,8%. O IBGE

classifica como "desocupadas" pessoas que não estão empregadas, mas estão buscando

trabalho.

A pesquisa indica dificuldades especialmente para jovens de 18 a 24 anos e pessoas que estão

buscando o primeiro emprego, respectivamente 34,3% e 28,3% dos desocupados.

6. Trabalho infantil volta a subirNúmero de crianças trabalhando subiu após sete quedas sucessivas

Após sete quedas sucessivas de 2005 para cá, o número de crianças trabalhando no País

voltou a aumentar. Em 2014, subiu para 554 mil o número de crianças nas idades entre 5 e 13

anos que trabalham, quase 50 mil a mais que em 2013.

No Brasil, o trabalho até os 13 anos é ilegal. Setenta mil dessas crianças têm de 5 a 9 anos, um

aumento de 15,5% em relação ao ano anterior. Em 2005, porém, o número de crianças em

situação de trabalho infantil era quase o triplo do número atual, chegando a 1,6 milhão.

7. Computadores em casa têm primeira quedaDepois de anos de aumento vertiginoso, o número de residências com computador teve a

primeira leve queda em 2014, de 49,5% para 49,2%.

O índice ainda é impressionante quando se considera o patamar de 2001 – quando 12,6% dos

domicílios tinham computadores.

Mas a interrupção na tendência de crescimento é vista como um reflexo do aumento de uso da

internet no celular. A posse de aparelhos de telefonia móvel segue em franca ascensão: hoje, IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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136,6 milhões de brasileiros (ou 77,9% das pessoas acima de 10 anos) têm telefone celular, um

crescimento de 4,9% em relação a 2013.

Outro reflexo dessa expansão é a redução de telefones fixos em casa. Entre 2001 e 2014, a

proporção de domicílios com linha fixa caiu 25,5 pontos percentuais.

8. Água e luz avançam, saneamento deixa a desejarDo total de domicílios no país, 85,4% têm abastecimento de água e 99,7% têm iluminação

elétrica, mas apenas 63,5% têm rede coletora de esgoto, índice praticamente igual ao de 2013

(63,4%).

As piores médias estão no Norte (21,2%), no Nordeste (41,1%) e no Centro-Oeste (46,5%). De

um ano para o outro, 1,2 milhão de casas passaram a contar com esgoto, mas esse número

não acompanha o aumento geral do número de residências no País: de 2013 para 2014, o

número de domicílios brasileiros aumentou em 1,9 milhão, passando a um total de 67 milhões.

9. Desigualdade social continua em redução gradualOs dois extremos da sociedade brasileira – os 10% mais pobres e os 10% mais ricos em termos

de renda mensal – ganharam em média R$ 256 por mês, no grupo de menores salários, contra

R$ 7.154, na fatia de maiores ganhos, em 2014.

O valor recebido pelo primeiro grupo representa apenas 1,4% de todos os rendimentos gerados

por trabalho no País, enquanto os 10% mais ricos concentraram 40,3% do total de rendimento.

A renda por gênero continua a apresentar grande disparidade: no ano passado, as mulheres

receberam em média 74,5% dos salários dos homens – índice pouco melhor que em 2013,

quando essa proporção era de 73,5%.

De uma forma geral, porém, a desigualdade no país continua apresentando uma melhora

gradual – o índice de Gini, que mede a distribuição de renda, continua sua trajetória de queda,

e passou de 0,495 para 0,490 (quanto mais próximo de zero, melhor).

10. Pretos e pardos têm novo aumento proporcionalO número de pessoas que se declara de cor preta ou parda continua aumentando, e hoje soma

53,6% da população brasileira, contra 48,17% em 2004.

Naquele ano, 51,24% dos brasileiros se declararam branco, mas hoje esse número baixou para

45,5%. O contingente de brancos continua a ser o maior grupo individual, mas o número de

pessoas que se consideram pardas chegou ao mesmo patamar, com 45%.

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Já 8,6% se declararam negras, contra 5,92% em 2004. O aumento do reconhecimento da cor é

visto como reflexo de movimentos de maior conscientização e orgulho da cor e de políticas

públicas para valorizar afrodescendentes.

EXPECTATIVAS FRUSTRADAS

Confeitaria terá de indenizar por docinhos ruins em festa de aniversário10 de novembro de 2015, 7h31Os docinhos de má qualidade que “estragaram” uma festa de aniversário renderam uma condenação a uma confeitaria, que terá de pagar R$ 2 mil por danos morais. A decisão é da 1ª Turma Recursal Cível da Justiça do Rio Grande do Sul.

Os autores, um casal que comprou as guloseimas para comemorar o primeiro aniversário da filha, alegaram que a encomenda foi entregue com qualidade inferior à apresentada na página do Facebook da confeitaria.

Os pais da aniversariante ajuizaram ação indenizatória no Juizado Especial Cível de Carazinho (RS), argumentando terem sofrido danos morais e solicitando a devolução do valor previamente pago pelos produtos (R$ 700). Em primeiro grau, o pedido foi negado.

Os autores recorreram, solicitando a condenação da confeitaria ao pagamento de indenização pelos abalos morais e a restituição do valor pago pela encomenda.

O recurso foi apreciado na 1ª Turma Recursal Cível. A relatora, juíza de Direito Fabiana Zilles, decidiu pela reforma parcial da sentença. A restituição do valor pago pelos doces foi julgada incabível. A magistrada ponderou que os produtos foram consumidos na festa, mesmo com aparência inferior ao divulgado pela confeitaria, pois não estavam impróprios ao consumo.

Com relação ao pagamento de danos morais, julgou ter havido efetivo abalo, fixando indenização no valor de R$ 2 mil. Segundo a relatora, “a situação ultrapassa os meros dissabores do cotidiano, isto porque ocasiões como esta (festa de aniversário de 1 ano) são previamente planejadas e nutrem grandes expectativas”.

Os juízes Pedro Luiz Pozza e Roberto Carvalho Fraga votaram de acordo com a relatora. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.Processo 71004989349

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Revista Consultor Jurídico, 10 de novembro de 2015, 7h31

Pesquisa revela desafios do SPEDCom o foco de entender melhor a realidade do projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) dentro das organizações, a Decision IT promoveu uma pesquisa com os participantes do 3º Fórum Sped Porto Alegre, realizado em 2015. A pesquisa reuniu respostas de 180 profissionais, entre especialistas, analistas fiscais, gerentes, coordenadores e diretores de 140 empresas dos ramos de varejo (15%), serviços (52%), financeiro (6%) e indústria (27%) oriundos de diversos estados do País, distribuídos nas regiões Sul (90%), Sudeste (8%) e Nordeste (2%).

O objetivo foi levantar quais as maiores dificuldades encontradas na execução do projeto, o grau de alcance quanto às expectativas dos usuários, o nível de adequação das empresas, além de conhecer a relação do esforço versus investimento para atender ao projeto de adequação ao Sped.

Diante da pergunta “Sua empresa alcançou as expectativas dos projetos de adequação do Sped dentro do planejado?”, 48% disseram que “alcançaram parcialmente, exigindo complementação do custo, tempo ou prazo”. Apenas 18% dos participantes afirmaram estar totalmente dentro do planejado.

Confira aqui  a pesquisa completa.

Fonte: JC Contabilidade via Mauro Negruni

Luís Nassif terá que pagar R$ 30 mil por ofensas a Ali Kamel, julga TJ-RJ12 de novembro de 2015, 6h15O jornalista Luís Nassif ainda terá de indenizar o diretor da TV Globo, Ali Kamel, mas a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro diminuiu de R$ 50 mil para R$ 30 mil o valor a ser pago. O voto do relator, desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, foi acompanhado por unanimidade em sessão nesta quarta-feira (11/11).

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Reprodução

Em primeira instância, Nassif (foto) foi condenado a indenizar Kamel por danos morais por ter extrapolado o direito de informação para atacar a imagem do diretor da TV Globo. Responsável pelo caso na primeira instância, a juíza Larissa Pinheiro Schueler, da 26ª Vara Cível do Rio de Janeiro, entendeu que os textos publicados por Nassif fazem "críticas que ultrapassam a simples emissão de juízo de valor sobre a atividade do autor, posto que visam atingir a imagem e credibilidade deste".Nassif afirmou em seus textos que, “onde Kamel coloca a mão, vira lama”, que ele “gosta de ser paparicado e expor subordinados ao ridículo” e o chama de “subintelectual da velha mídia”.

"Evidencia-se que o réu busca direcionar suas críticas ao autor, e não às suas ideias, com as quais por ventura não concorde, difamando-o, caracterizando o ato ilícito gerador do dever de indenizar", disse a juíza na ocasião.

Nassif responde a processo no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes pede indenização por danos morais. Já foicondenado a corrigir acusação de morosidade em seu site e a indenizardiretor da revista Veja e o colunista Diogo Mainardi.

Revista Consultor Jurídico, 12 de novembro de 2015, 6h15

Receita terá que emitir certidão reconhecendo decisão judicial favorável à empresa de ração

13 de novembro de 2015A Receita Federal deverá emitir documento reconhecendo que a empresa de alimentos para cães e gatos Nutrire está vinculada à decisão judicial que estabeleceu classificação fiscal de seu produto como ração animal. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Regiao (TRF4) na última semana.

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No início do ano passado, a empresa Nutrire Indústria de Alimentos Ltda ajuizou um mandado de segurança solicitando que a Receita reconhecesse a classificação fiscal do produto. Segundo a autora, o erro na identificação da mercadoria estaria lhe causando problemas na hora de exportar a ração para o Uruguai.

Após o pedido ser negado pela Justiça Federal de primeira instância, o autor recorreu ao TRF4, que deu provimento à sua apelação.

O relator do processo, desembargador federal Joel Ilan Paciornik, entendeu que “é ilegal a negativa de emissão da certidão por parte da Receita Federal do Brasil, pois impede a defesa dos direitos da autora”.

Fonte: TRF4

O que sua empresa pode fazer antes de fechar as portas São Paulo, 10 de Novembro de 2015 às 10:00 por Italo Rufino

Em 2015, o número de pedidos de recuperação judicial cresceu 44,7% entre as empresas brasileiras. Saiba como usar a medida para evitar uma falência

Dívidas acumuladas, dificuldade de acesso ao crédito e menor volumes de vendas podem ser indícios de que a saúde financeira da empresa está ameaçada. 

Em alguns casos, quando o quadro já perdura por anos, evitar enxergar a realidade pode fazer com que o problema vire uma bola de neve ainda maior. 

“Muitos empreendedores demoram em tomar uma atitude e fingem que as dificuldades nas finanças são uma má fase passageira”, afirma Luiz Eugênio Müller, advogado sócio do escritório Lobo & Ibeas, que participará de um evento sobre recuperação judicial na Associação Comercial de São Paulo (leia abaixo). “Admitir uma crise na empresa ainda é visto como sinônimo de fracasso pelos empresários brasileiros.” 

Entre o céu e a falência, há uma salvação: a recuperação judicial. A medida de gestão financeira visa dar um respiro para que empresas endividadas possam renegociar valores e prazos com os credores, ao mesmo tempo em que preserva a operação e os empregos. 

De janeiro a setembro deste ano, o número de empresas que solicitaram recuperação judicial cresceu 44,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. As micros, pequenas e médias empresas respondem por 81,4% dos pedidos. 

Entre os casos mais recentes estão a Lupatech, fornecedora de equipamentos e serviços para o setor de óleo e gás, que pediu recuperação em agosto, e o Grupo Proema, fabricante de autopeças da Fiat, GM e Mercedez-Bens, que fez a solicitação em maio.  

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QUANDO A EMPRESA DEVE RECORRER À MEDIDA

Uma empresa pode recorrer à recuperação judicial quando perde a capacidade de quitar seus débitos, o que trava a produção e ameaça o emprego dos funcionários.  

Há várias causas que levam a tamanho endividamento e perda de caixa. As oscilações macroeconômicas, a alta brusca do dólar e reajustes de combustíveis e energia elétrica, estão entre delas. 

Há também problemas pontuais que afetam determinados mercados e sua cadeia de produção, como o de petróleo, uma vez que o valor do barril caiu mais de 70% nos últimos dois anos. 

“Erros de gestão, como investimentos equivocados, em que foram necessários financiamentos junto a bancos e não geram o resultado esperado, também provocam rombos”, afirma Mauro Johashi, sócio-diretor da área de Gestão da BDO, consultoria e auditora. 

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Por último, há razões hoje em pauta, como o caso de grandes empresas acusadas de corrupção que, durante a investigação, têm suas atividades afetadas e comprometem a cadeia do setor.

Um bom exemplo são as empresas citadas na operação Lava-Jato que pediram recuperação judicial recentemente, como a Galvão Participações (subsidiária da Galvão Engenharia) e empresas do Grupo OAS, que possui dívida de R$ 8 bilhões e teve projetos paralisados. 

Em setembro, a rede varejista Eletrosom entrou com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça da Comarca de Catalão, em Goiás. 

A empresa possui 3 mil funcionários e 184 lojas, espalhadas por seis estados. Em 2014, atingiu faturamento de R$ 1,1 bilhão. No entanto, atualmente, a Eletrosom possui dívida de cerca de R$ 550 milhões com bancos, fornecedores, prestadores de serviços e funcionários.

No pedido enviado à Justiça, a empresa alega que a dívida foi causada, principalmente, por motivos macroeconômicos, que afetaram as vendas e os custos da empresa, como alta da taxa de juros e inflação e quadro recessivo na economia. Uma parceria desastrosa no Espírito Santo também ajudou na derrocada da empresa.  

“Atualmente, o Grupo Eletrosom se encontra em um ciclo vicioso de destruição de valor, no qual, sem caixa, é incapaz de comprar produtos para revender e quitar suas dívidas”, afirma o pedido de recuperação da Eletrosom. 

NEGOCIAR E CONVENCER

MÜLLER, ESPECIALISTA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL: A MEDIDA DEVE SER ENCARADA COMO ALTERNATIVA DE GESTÃO FINANCEIRA/Divulgação

Ao recorrer à Justiça, o primeiro passo do empreendedor é formar uma equipe composta por advogados, consultores e gestores interinos especializados em gestão de crise financeira. 

O grupo irá ajudar a fazer o pedido de recuperação, que deve conter o histórico da empresa, os motivos que levaram ao acúmulo de dívidas, demonstrativos financeiros e a relação de credores. Também é importante salientar que já foram esgotadas as alternativas de quitação de débitos. 

Após a entrada com o pedido, a empresa tem 60 dias para desenvolver o plano de recuperação, que, além das informações prestadas anteriormente, também teve apresentar como a empresa vai gerar lucro e de qual forma pretende pagar os credores. 

Durante o desenvolvimento do plano, a empresa precisa negociar e convencer os credores que tem condição de se reerguer e pagar as dívidas – e que, até a quitação final, vai precisar de mais prazo e descontos na antigas compras.  

A conversa gira em torno de dois pontos fundamentais. Primeiro: caso a empresa devedora não tiver ajuda do credor, a única alternativa será a falência. Nesse caso, o risco do credor receber uma percentagem bem pequena da dívida a um longo prazo é maior do que se ajudar na recuperação. Então, aceitar a recuperação é uma decisão econômica. 

O segundo fator de convencimento é a empresa demonstrar que o plano é viável – se posto em prática, a empresa terá condições de, realmente, se recuperar e dar lucro.  

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Em 2013, o Grupo LBR, então detentor da marca Parmalat no Brasil, entrou com pedido de recuperação judicial. Na época, a empresa somava uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão com funcionários, fornecedores e bancos – somente o BNDES respondia por mais de R$ 334 milhões. 

Como garantia para os credores, o plano de recuperação apresentava a possibilidade de venda de ativos ociosos, no valor de R$ 75 milhões, alienação e arrendamento de unidades produtivas e pagamento de 2% de juros anual e correção monetária sobre a dívida. 

 

FÁBRICA DA PARMALAT: RECUPERAÇÃO JUDICIAL APÓS DÍVIDA DE MAIS DE R$ 1 BILHÃO/ESTADÃO CONTEÚDO 

Para ser acatado pela Justiça, o plano precisa ser aprovado em assembleia entre a empresa e representantes dos credores. Caso durante a negociação a empresa consiga a aprovação de 60% de cada grupo de credores, é possível o juiz conclamar um acordo extrajudicial que valerá para todos  – por isso é tão importante negociar previamente os termos do plano. 

No mês passado, o Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu o pedido de recuperação judicial do Grupo Simbal, dono da rede de varejo Daron. O Banco Safra, um dos credores, questionou o pedido alegando que outras empresas do grupo não se encontravam em grau elevado de crise, condição fundamental para a aceitação do pedido de recuperação.

A RECUPERAÇÃO NA VIDA REAL 

Após a Justiça e os credores aceitarem a recuperação, o empreendedor e a equipe interina da empresa devem colocar o plano em prática. 

A gestão da empresa passa a ser acompanhada de perto pela figura do Administrador Judicial, um representante escolhido pelo juiz que vai acompanhar a execução do plano. 

Atenção. Caso não cumpra os acordos definidos pelo plano, a empresa pode ter sua falência decretada. Dívidas firmadas após o pedido de recuperação não são reguladas pelo plano – e, se não forem pagas, há novamente o risco de falência sumária.  

Por mais que seja uma esperança, essa fase costuma ser traumática. Para gerar caixa e reduzir custo, é comum que a empresa venda ativos e demita funcionários. Os bancos poderão reduzir ou extinguir crédito

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– ou elevar os juros por causa do maior risco de inadimplência. Fornecedores também vão pedir pagamentos à vista.

Mas a situação pode servir como aprendizado. “Por isso é importante trazer gente de fora da empresa para acompanhar a fase de recuperação”, afirma Müller. “Eles poderão apontar os erros que levaram a degradação da empresa.”

ILUSTRAÇÃO: THINKSTOCK

TJ-SP nega união estável a mulher que não tinha chave da casa do namorado Publicado por Consultor Jurídico - 4 dias atrás

Por Sérgio Rodas

Se a namorada de um homem não possui a chave da casa dele, nem deixa objetos seus nesse lugar, fica claro que parceiro não tinha confiança nela ou intenção de constituir família. Com esse entendimento, a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu Apelação interposta pelo espólio de um homem que morreu recentemente e reverteu sentença que havia reconhecido união estável dele com a autora da ação.

Após a decisão de primeira instância, os herdeiros recorreram argumentando que os dois namoraram, mas não de forma ininterrupta, e estavam separados quando o homem morreu. Embora reconheçam que ele a ajudou financeiramente, os autores da Apelação sustentam que ele agia da mesma forma com diversas pessoas. Como prova de que não tinha especial carinho por ela, apontaram o fato de que ele declarou em seu Imposto de Renda que sua antiga namorada lhe devia dinheiro.

Em sua decisão, o relator do caso, desembargador Carlos Teixeira Leite Filho, afirmou que as provas trazidas pela autora não são suficientes para que se comprove que ela mantinha uma relação estável com o homem à época de sua morte. Segundo o relator, o ex-namorado dela “não tomou qualquer atitude para tornar definitiva essa relação amorosa, pois, diferente do que acontece com os jovens, não havia o que esperar para constituir família, ou, garantir algum conforto para sua namorada, doze anos mais nova”.

Na opinião de Teixeira Leite, o fato de a antiga companheira não ter a chave da casa de seu parceiro nem objetos no local demonstra que “não havia essa mínima confiança e disponibilidade de privacidade em relação ao afirmado companheiro, o que também sugere incompatibilidade com o que se espera de uma união estável”.

Outra prova disso é que o homem declarou em seu IR que a mulher lhe devia R$ 35 mil, quando poderia ter registrado a operação como doação, sem exigir a devolução do valor. Além disso, o desembargador cita a venda, por ele, de seu sítio a sua parceira comercial por um valor irrisório. Para o relator, se o homem tivesse intenção de manter união estável com ela, não teria feito essa transação, mas mantido o imóvel para lazer dos dois.

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Com isso, o relator concluiu que a autora manteve “simples namoro com o falecido”, e, por isso, votou pelo provimento da Apelação. Seus colegas de Câmara seguiram o seu entendimento e declaram a inexistência de união estável entre os dois.

Clique aqui para ler a voto vencedor

Apelação 0014396.19.2013

Resposta a Luana Piovani Li a respeito do seu questionamento sobre que tipo de preconceito a Taís Araújo teria sofrido e se alguém poderia lhe esclarecer melhor. Publicado por Consultor Elder - 1 semana atrás

Caríssima, Luana Piovani!

Li a respeito do seu questionamento sobre que tipo de preconceito a Taís Araújo teria sofrido e se alguém poderia lhe esclarecer melhor. Pois bem! Com o devido respeito que lhe tenho como atriz, pois sou fã do seu trabalho, e como apreciador da sua postura não hipócrita e sempre autêntica diante das câmeras, o que me faz crer que você é o que é, e não "doura pílula", venho por meio deste artigo tentar responder a sua pergunta.

Tenho certeza de que você tem conhecimento que tivemos um período historicamente ordinário no qual seres humanos viviam sob o regime de escravidão. Por acaso isso aconteceu no Brasil também. E também por acaso, esses seres humanos escravizados eram negros trazidos da África em navios chamados "negreiros" e obrigados a trabalhar de graça, dia e noite para os colonizadores europeus. Que por acaso eram brancos. Essas pessoas, Luana, eram vistas e tratadas como verdadeiros animais. Eram acorrentados. Era-lhes privado o direito de ir e vir. Não tinham dignidade. Não tinham escolha. Não tinham liberdade. E caso ousassem a querer ter, eram castigados. Açoitados da forma mais vil e covarde. Isso quando não era-lhes tirada a vida como punição.

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Essas pessoas, Luana, eram vendidas como se fossem animais de estimação ou aparelhos de uso doméstico. Por acaso, quem as traficava eram brancos. Essas pessoas, que por acaso eram negras, eram tidas como "sem alma", pelos senhores colonizadores e até mesmo por alguns sacerdotes representantes de Deus da época. Afirmação usada para legitimar a escravidão e os maus tratos a eles destinados. Toda referência à cor negra era usada como ofensa. Negro era um substantivo quase sempre acompanhado de um adjetivo desqualificante. Negro fujão. Negro safado. Negro abusado. Compará-los a um macaco também era uma brincadeirinha comum na época, para desqualificar o indivíduo e igualá-lo a um animal primitivo e de raciocínio limitado.

Luana, não eram poucas as menções pouco elogiosas às características étnicas dos negros. Seus cabelos eram considerados ruins. Cabelo duro. Cabelo carapinha. Seus narizes eram achatados. Nariz de batata. Suas bocas eram grandes. Beiçolas. Seus traços eram marcantes demais. Tudo visando a inferiorização da etnia para que se justificasse cada vez mais a sua exploração e segregação. Ainda hoje, Luana, alguns brancos se utilizam dessas referências para tentar nos ofender. Talvez numa atitude insana e nostálgica de retornar ao passado, onde tudo era permitido e ninguém era punido por isso. Era tão bom poder maltratar as pessoas e não ter que responder por isso. Hoje é tudo muito chato. Nem uma piadinha de preto se pode contar mais. Não posso mais chamar meu coleguinha de escola de Mussum, tição, suco de asfalto. Tá ficando sem graça! Afinal, o sofrimento alheio não comove o opressor.

Você perguntou se ela foi sacaneada na internet, né? Não! Ela não foi apenas sacaneada, Luana. Ela e muitos outros negros foram ofendidos na sua essência. Na sua honra. Na sua autoestima. No seu direito de serem como Deus os fez e com as características que a natureza os abençoou. Você disse que é "blaster sacaneada e xingada na net" e ninguém nunca saiu em sua defesa. Talvez seja porque nunca fizeram piada com a sua cor. Com os seus cabelos. Talvez seja porque nunca lhe dirigiram ofensas racistas nas redes sociais. Talvez seja porque a sua etnia nunca foi escravizada nesse país. Nunca foi explorada, chicoteada, açoitada. Talvez seja porque é considerado normal um branco ser protagonista de uma série de TV ou postar fotos glamourosas no facebook sem que cause estranheza. Afinal, somos um país europeu, não é verdade?

Em suma, Luana, acho esses ataques racistas algo orquestrado, sim. Não pelo PT ou pela esquerda, como os escravocratas modernos disfarçados de democratas querem fazer a sociedade acreditar. A intenção é manter acesa a chama do preconceito racial. Rende polêmicas. Estimula-se hashtags hipócritas do tipo: somos todos fulano. É plataforma política para os aproveitadores. É deleite fascista. Tem sabor de champanhe e caviar para alguns da elite europeia tupiniquim. É crueldade gratuita. É instigar o ódio de uma etnia contra a outra. É fazer com que racista s mais tímidos sintam-se incentivados a praticar a sua estupidez de forma pública e notória. É tentar fazer com que se enxergue com naturalidade o desrespeito ao outro. É tentar intimidar minando a autoestima. É atacar as políticas de afirmação social.

Uma ferida jamais cicatrizará se ficarmos mexendo nela a todo instante. Mas existe uma "junta médica" paralela, cuidando para que essa ferida nunca cicatrize. É a tal novela de época que vira e mexe está no ar, não para contar a história, mas apenas para te fazer lembrar que a senzala um dia abrigou os seus antepassados. E que por sorte você não está lá ainda. É o enredo do folhetim que coloca os negros apenas como personagens de apoio, como se na vida real fossemos apenas serventes da realeza branca do pau Brasil. É o filme publicitário que escolh e a etnia que julga superior e mais vendável para falar do que é bom e a outra etnia inferiorizada pela patologia de mentes brilhantemente perversas, para falar do que é ruim ou secundário, porque a imagem do negro não é vendável.

Não existe vitimismo. Existe um sistema perverso que manipula as pessoas como bem entende, se aproveitando da podridão de sentimentos contida na alma de muitos que se dizem humanos. Não se engane Luana! Quem trata alguém com diferença ou indiferença e preconceito pelo fato desse alguém ser negro, branco, Índio, gordo, magro, pobre, rico, gay, hétero, cristão, ateu, flamenguista ou vascaíno, tem sérios problemas. Talvez seja o preconceituoso e o racista quem não mereciam estar no convívio da

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sociedade. Talvez seja o racista o mal do qual precisamos nos livr ar para construirmos um mundo melhor, mais igual e mais justo. Precisamos nos humanizar. Precisamos ser mais educados e respeitosos com as diferenças. Enquanto não agirmos como seres de fato educados e humanos, sugiro que usemos a hashtag: #SOMOSTODOSPORRANENHUMA!

Saudações!

Fonte: Brasil 247

Disputa para fornecer 1,26 milhão de quilos de feijão termina na Justiça paulista11 de novembro de 2015, 7h38A disputa pelo posto de fornecedor de 1,26 milhão de quilos in natura do consagrado feijão carioca terminou com decisão judicial que estabelece que as cooperativas de agricultura familiar que queiram participar de licitações públicas devem se registrar na Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). A decisão é da juíza Cynthia Thomé, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, em julgamento de mandado de segurança impetrado pelo Sindicato das Cooperativas de Trabalho do Estado de São Paulo (Sincotrasp).O caso começou quando a Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares (Cise), órgão da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, abriu processo licitatório em agosto para credenciar agricultores familiares (cooperativas e empreendimentos familiares rurais) com o objetivo de adquirir 1,26 milhão de quilos de feijão carioca in natura, a serem utilizados no Programa de Alimentação Escolar do governo de São Paulo.Um mandado de segurança Coletivo foi impetrado pelo Sincotrasp visando afastar item do edital que exige, conforme a Lei Federal 5.764/1971, a apresentação do registro das cooperativas na Ocesp, ligada à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O sindicato alegou que a exigência seria “ilegal”, argumento não acatado pela juíza de primeira instância. “Não há o que se falar em afronta a direitos fundamentais. O direito à livre associação não é ilimitado e irrestrito, além de estar sempre subordinado ao interesse público. No caso, a exigência combatida se trata de mera regulação da atividade econômica’’, afirmou Cynthia.

Para a coordenadora jurídica da Ocesp, Patrícia Cabral, a decisão contribui para esclarecer a diferença entre livre associação e registro de cooperativa. “Como sentenciou a juíza, o registro na Ocesp serve para regular a atividade econômica cooperativista, que tem inúmeras particularidades, evitando o funcionamento de falsas cooperativas, que lesam a sociedade”, disse Cabral.

Clique aqui para ler a decisão. Revista Consultor Jurídico, 11 de novembro de 2015, 7h38

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Compras online – Fique de olho nos seus direitos Publicado por Glauber Dantas - 1 semana atrás

O fim do ano se aproxima e com ele vem uma série de eventos e datas comemorativas que estimulam o brasileiro a comprar, como a Black Friday e o Natal. Assim, o volume de vendas das lojas online aumenta bastante, tanto pelas ofertas diferenciadas como pela alternativa à lotação de shoppings e lojas físicas.

Algumas lojas experimentam uma sobrecarga de pedidos, aumentando a chance de problemas com os produtos. Não é estranho que ocorram demoras acima do prazo estipulado, que o produto esteja com algum defeito ou mesmo não satisfaça às exigências do cliente.

Assim, é importante se informar a respeito dos seus direitos como consumidor digital diante dos problemas que podem aparecer.

Black Fraude?

No próximo dia 27 de novembro, será realizada a 6ª edição da Black Friday, grande dia de liquidações em que as lojas participantes concedem descontos na compra de produtos que podem chegar até a 80% do valor original.

No entanto, devido à manipulação de preços feita por algumas lojas, passou-se a apelidar o evento brasileiro de Black Fraude. Como então evitar o slogan “tudo pela metade do dobro do preço”?

Pensando nisso, sites brasileiros criaram mecanismos de monitoramento de fraudes, como o site Reclame Aqui, que mantém um banco de dados de reclamações abertas contra empresas. Há também o site Black Friday Brasil, que se compromete a cada ano a verificar se os descontos concedidos pelas lojas eletrônicas são reais. Por fim, o site Bizoo mantém um histórico da variação dos preços dos produtos cadastrados em várias lojas virtuais, permitindo o consumidor verificar se há ou não fraude.

Outra possibilidade é o próprio consumidor monitorar a mudança dos preços no período que antecede a data. De qualquer forma, caso se constate alguma irregularidade, é importante que o consumidor denuncie a prática aos órgãos de proteção.

Meu pedido está demorando, o que fazer?

Com o grande aumento no volume de pedidos e a logística limitada dos vendedores, naturalmente ocorrem atrasos na entrega do bem comprado. O prazo pode ser ultrapassado em alguns dias, semanas ou, nos piores casos, meses. Em um primeiro momento, o melhor é se comunicar com o vendedor, verificar a situação do pedido e esperar um pouco mais.

No entanto, quando a demora se deve ao descaso do vendedor, prolongando a espera do consumidor por tempo indeterminado, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) caracteriza a situação como descumprimento da oferta. Nesses casos, o consumidor poderá escolher livremente uma dentre as seguintes opções:

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1 - Exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;

2 - Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;

3 - Rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia paga, atualizada, e a perdas e danos.

Nestes casos, o consumidor, deverá registrar seu pedido ou encaminhá-lo pelo correio com aviso de recebimento (AR).

Vale lembrar que o Estado de São Paulo possui a Lei Nº 14.951/13, a qual determina que os fornecedores de bens e serviços são obrigados a fixar data e turno para a realização dos serviços ou entrega dos produtos, sem qualquer ônus adicional aos consumidores.

Tenho direito à desistência do pedido?

Como em uma compra online não se pode manusear, experimentar, verificar a real qualidade de um produto, uma das principais perguntas que surgem na mente do consumidor é sobre a possibilidade de desistência da compra realizada em uma loja virtual, inclusive de produtos em promoção.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), aplicável às transações online, permite que o consumidor que queira desistir da compra possui um prazo de 07 dias, contados da data de recebimento, para o retorno do produto ao vendedor. Importante frisar que não é necessário informar as razões da sua desistência. Assim mesmo que a devolução se motive na insatisfação com o tamanho de uma roupa, na não adaptação ao manuseio de um eletrônico ou qualquer desagrado com o produto não podem ser motivo para o vendedor se recusar a cancelar a operação e devolver ao consumidor o valor pago.

Em casos como esses, como é um direito do consumidor, deste não pode ser cobrada qualquer taxa de transporte para a devolução do item, sendo um risco da atividade do vendedor e, portanto, este deve suportá-la. Da mesma forma, é obrigação do consumidor devolver o produto no mesmo estado de conservação em que se encontrava quando recebeu.

E quanto à troca de produtos?

É normal que, mesmo comprando o produto desejado, por um motivo ou outro se queira realizar a sua troca. Entretanto, o consumidor deve ter em mente que não são todos os tipos de trocas garantidas pelo CDC.

Após passados os 07 dias para a desistência da compra virtual, o direito do consumidor de devolver um bem que não o agradou não é mais protegido pelo Código. Algumas lojas costumam oferecer aos seus clientes a possibilidade de trocar os produtos por conta de tamanho, cor, modelo, porém não há qualquer obrigação legal, sendo uma mera cortesia ofertada. Nessas situações, o vendedor poderá impor condições para a troca.

Por outro lado, quando o bem apresenta defeitos não conhecidos pelo consumidor no momento da compra, os quais prejudicam o seu uso adequado, há o dever do vendedor de sanar aquele vício. Não sendo o vício sanado no prazo de 30 dias, o CDC dá ao consumidor o direito de exigir uma das seguintes opções:

1 - A substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

2 - A restituição imediata da quantia paga, atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

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3 - O abatimento proporcional do preço.

É bastante comum lojas, físicas ou virtuais, afirmarem que não realizam a troca de produtos em promoção. Essa declaração só tem efeito com relação àquelas trocas por simples insatisfação do cliente. Persiste a obrigação de substituição do bem defeituoso mesmo em promoções, pois o cliente não é obrigado a levar para casa um produto em tais situações.

Importante lembrar os casos em que há a venda por um valor reduzido de produtos com pequenos defeitos. Desde que o consumidor tenha ciência da condição, não se pode protestar por conta de tais avarias. Entretanto, caso apareçam outros defeitos, é sim possível a troca mesmo desse tipo de bem.

Em todos esses casos, é importante dar ao vendedor um prazo para a resolução do problema. Não havendo solução amigável, é aconselhável procurar o Procon de sua cidade ou o Juizado Especial Cível.

Estados compram plataforma que ‘vigia’ contribuintes

11 de novembro de 2015

Seguindo exemplo dos bancos, dez secretarias responsáveis por cuidar das finanças de Estados e do Distrito Federal usam ou estão interessadas numa ferramenta capaz de cruzar informações de bancos de dados hospedadas em diferentes plataformasBRASÍLIA – Os governos estaduais investem em tecnologia para aumentar a arrecadação e evitar mais medidas impopulares, como aumento de impostos, com o objetivo de fechar as contas públicas. Dez secretarias responsáveis por cuidar das finanças de Estados e do Distrito Federal usam ou estão interessadas numa ferramenta capaz de cruzar informações de bancos de dados hospedadas em diferentes plataformas. Trata-se do mesmo sistema utilizado por grandes bancos e empreiteiras, além de redes de varejo.

Uma das últimas a aderir foi a Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, Estado que enfrenta sérias dificuldades financeiras, inclusive com o atraso de salários dos servidores públicos. O órgão comprou a plataforma de big data – que permite, em frações de segundos analisar e cruzar informações sobre a movimentação das empresas – por R$ 5,5 milhões, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Passaremos de horas ou dias de análise de informações para questão de segundos. Uma análise de determinado setor econômico, que hoje leva quatro meses, será concluída em meia hora”, explica o subsecretário da Receita estadual Mario Luis Wunderlich dos Santos. De acordo com ele, nas atuais 55 malhas fiscais em operação na Receita estadual estão lançadas bilhões

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de informações: 8,5 bilhões de registros de notas fiscais, 26 bilhões de registros de escrita fiscal e 4,5 bilhões de transações em cartões de crédito e débito cadastrados.

O subsecretário diz que os investimentos em tecnologia foram responsáveis por fazer com que o Fisco tivesse em 2015 o melhor resultado dos últimos quatro anos: nos nove primeiros meses, o combate à sonegação do ICMS alcançou R$ 1,2 bilhão, quase 30% a mais do que em 2014.

Empresas. Outra possibilidade da nova ferramenta é encontrar o padrão de comportamento de empresas que sonegam. “Elas sempre têm o mesmo modus operandi. Em momento de crises como este, posso apertar a fiscalização naquelas que sempre são atuadas e evitar assim as fraudes em estágio inicial”, diz Abílio Xavier, diretor-geral de Planejamento Fiscal da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

Uma das frentes em que o Estado apertou a fiscalização foi sobre os pequenos negócios. Com a ajuda da ferramenta, a secretaria mapeou 6 mil microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais (MEIs) em situação irregular, principalmente ter faturamento superior ao enquadrado pela empreso. Segundo Xavier, foi possível encontrar um MEI com faturamento anual de R$ 10 milhões, sendo que o teto permitido pela Lei é de R$ 60 mil por ano. O faturamento é superior, inclusive, ao do Simples Nacional, de R$ 3,6 milhões. Do total de 246 mil contribuintes da Fazenda estadual, 85% são optantes do Simples Nacional. “Estamos de olho no comportamento do contribuinte. Nenhum ponto fora da curva nos escapa”, afirma.

O sistema de cruzamento de informações também permite acompanhar de forma mais precisa a movimentação interestadual de cargas. É possível saber, por exemplo, se o IPVA do caminhão está em dia, o perfil do motorista, o produto que está sendo transportado e até mesmo o horário que os caminhões cruzam os postos de pedágio.

No Distrito Federal, a plataforma Qlink está sendo usada em duas frentes: para aumentar tornar mais assertiva a fiscalização e para diminuir os gastos da máquina pública. Com a medida, conseguira, por exemplo, incremento de 37% na arrecadação de ICMS no setor de cosméticos. “O contribuinte tem que ser vigiado de perto porque cada um que deixa de pagar, o ônus é em cima de outro”, afirma Wilson de Paula, da Sefaz do DF. Ele diz que o DF montou um “mapa de preços” com 50 milhões de itens comercializados pela administração. Com ele, esperam reduzir em 20% o valor que o governo paga para os produtos, que não podem ser maiores do que a média paga pela iniciativa privada.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO

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Novos acordos fortalecem transparência e intercâmbio de informações para fins tributários

Fonte: Receita Federal do Brasil - RFBData de publicação: 11/11/2015

A Presidência da República encaminhou ao Congresso Nacional, conforme publicado no Diário Oficial da União de 9/11/2015, quatro acordos para o intercâmbio de informações tributárias (TIEA, sigla para Tax Information Exchange Agreement), celebrados com Uruguai, Jersey, Guernsey e Ilhas Cayman, e um protocolo para ampliar e atualizar o intercâmbio de informações previsto no Acordo para Evitar a Dupla Tributação com a Índia.

Esses acordos, após ratificados, permitirão ao Brasil obter informações sobre ativos financeiros mantidos e rendimentos auferidos nesses países, para averiguar o cumprimento das obrigações tributárias por contribuintes brasileiros. A celebração desses acordos está alinhada às diretrizes do G20 para se aumentar a transparência em matéria tributária e combater a evasão por meio da ocultação no exterior de ativos e rendimentos.

Nesse esforço, destaca-se o desenvolvimento de um padrão global para o intercâmbio automático de informações financeiras para fins tributários - Standard for Automatic Exchange of Financial Account Information in Tax Matters. Uma vez implementado, esse modelo irá aumentar a transparência internacional ao ampliar o acesso do fisco às movimentações financeiras e ao multiplicar a rede de administrações tributárias envolvidas no processo de intercâmbio de informações.

O Brasil assumiu compromissos perante o G20 e o Fórum Global sobre Transparência e Intercâmbio de Informações para Fins Tributários de que irá adotar o referido padrão a partir de 2018. Além dos acordos ora encaminhados e das convenções para evitar a dupla tributação em vigor, a Convenção Multilateral sobre Assistência Mútua Administrativa em Matéria Tributária, que se encontra em apreciação pelo Congresso Nacional, conforma o marco legal que possibilitará a implementação do padrão global para o intercâmbio automático de informações financeiras.

Para que se possa ter uma ideia do impacto deste projeto, a partir de 2018, a Receita Federal passará a ter acesso a qualquer tipo de movimentação financeira realizada por cidadãos brasileiros, em qualquer uma das setenta e sete jurisdições signatárias da Convenção Multilateral, inclusive daquelas consideradas como centros financeiros e jurisdições com tributação favorecida. A informação obtida de maneira automática e periódica assegurará a identificação de indícios de evasão tributária, dentro de uma estratégia de avaliação de riscos.

Essas iniciativas, tomadas de maneira coordenada entre os 129 países membros do Fórum Global, permitem vislumbrar o fim da era do sigilo bancário como instrumento para evitar o pagamento dos tributos devidos, especialmente em relação a ativos mantidos no exterior.

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Senado recoloca obrigação de declarar planejamento tributárionovembro 12, 2015 em Geral por Karin Rosário

12.11.2015

Medida Provisória que institui o Prorelit, programa que permite aos contribuintes quitarem débitos com créditos de prejuízos

fiscais, retornará à Câmara dos Deputados.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (11/11) a Medida Provisória que instituiu o Programa de Redução de Litígios Tributários

(Prorelit) e restabeleceu a obrigação de os contribuintes apresentarem ações de planejamento tributário à Receita Federal,

artifícios encontrados na legislação para pagar menos impostos.

O Prorelit permite que empresas quitem débitos tributários vencidos até 30 de junho de 2015 utilizando créditos de prejuízos

fiscais.

Os senadores discordaram das mudanças que haviam sido feitas na tramitação da medida pela Câmara dos Deputados e

aprovaram o texto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que foi relator a MP na comissão mista e tinha o aval do governo e

da Receita Federal.

Com as alterações, a proposta terá de voltar para a Câmara, que terá até a quarta-feira para apreciá-la sob pena de perder a

validade.

A obrigação de apresentar as ações de planejamento tributário à Receita Federal constava no texto original enviado pelo

governo, mas, na semana passada, foi retirada pela Câmara, o que havia representado uma derrota para o Executivo,

particularmente para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Na votação da MP, o plenário da Câmara aprovara um destaque apresentado pelo PPS que retirou do texto original artigos que

determinavam a apresentação das ações de planejamento tributário. Essa parte foi suprimida pelos senadores.

“É uma tendência mundial, recomendação da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, disse

Tasso Jereissati, após a votação.

Na segunda-feira, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que o governo ainda avaliava se negociava a reinclusão

do planejamento tributário no Senado. O temor do órgão é que a medida provisória perca a validade e, com isso, haja

problemas para o Prorelit. O programa já está em vigor e as empresas poderão aderir ao parcelamento até o fim deste mês.

Rachid defendeu a apresentação à Receita do planejamento tributário e disse que essa prática é adotada em vários países.

Atualmente, as ações só são analisadas pelo fisco posteriormente, o pode implicar multa de até 150% caso o órgão entenda

que houve planejamento tributário abusivo. Com a nova regra, se o fisco entender que houve irregularidade, determinará o

pagamento do tributo devido, sem multa. “É uma medida positiva, que dá mais transparência a esse processo”, afirmou.

PRORELIT

O Senado manteve o pagamento mínimo de 30% de recursos em dinheiro para aderir ao Prorelit. Inicialmente, o governo queria

que fossem pagos 43% à vista.

Com a baixa adesão ao programa, porém, o governo reduziu esse montante para 30% e permitiu o pagamento parcelado da

entrada, percentuais que já haviam sido mantidos na votação na Câmara.

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Fonte: Diário do Comércio – SP- See more at: http://www.spednews.com.br/11/2015/senado-recoloca-obrigacao-de-declarar-planejamento-tributario/#sthash.Sw02nWOh.dpuf

Mais informações:

MP que desestimula disputas judiciais com a Receita volta à Câmara

12 de novembro de 2015Os senadores aprovaram em plenário nesta quarta-feira (11) a Medida Provisória (MP) 685/2015 (PLV 22/2015) que cria o Programa de Redução de Litígios Tributários (Prorelit). Esse programa terá por objetivo desestimular disputas judiciais entre empresas e a Receita Federal. A matéria integra o eixo Equilíbrio Fiscal da Agenda Brasil.

A MP, que recebeu 215 emendas, foi inicialmente aprovada pela comissão mista na forma do substitutivo do relator, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas o Plenário da Câmara aprovou texto diferente. Hoje, o texto aprovado pelos senadores foi o de Tasso, assim, a matéria terá de voltar para revisão da Câmara.

Além de estimular o devedor a desistir de processos administrativos ou judiciais sobre débitos tributários, a medida provisória autoriza o Poder Executivo a atualizar taxas administradas por 11 taxas federais, entre elas a de registro de armas de fogo, de fiscalização de vigilância sanitária e de fiscalização de aviação civil. Segundo o governo, algumas dessas taxas estão há 17 anos sem correção.

De acordo com Tasso, o Prorelit será um instrumento interessante tanto para o governo quanto para as empresas, que terão de optar por aderir ou não ao programa. Os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Delcídio do Amaral (PT-MS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Reguffe (PDT-DF) também participaram dos debates.

A MP permite a quitação de débitos tributários com a Receita Federal ou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e que sejam objeto de questionamento administrativo ou judicial. Para aderir ao Prorelit, o contribuinte tem que desistir de impugnações, recursos administrativos ou ações judiciais cujos objetos sejam débitos a ser incluídos no programa.

O contribuinte deverá pagar em espécie pelo menos 43% do total do débito até o último dia útil do mês da opção. Para quitar o valor restante (57% do débito), poderão ser usados créditos de prejuízos fiscais e da base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurados até 31 de dezembro de 2013 e declarados até 30 de junho de 2015.

Com a medida, o governo esperar aumentar a arrecadação tributária ainda neste ano. Segundo dados da Receita Federal, dos mais de 35,4 mil contribuintes com dívidas em contencioso

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administrativo ou judicial, 28,4 mil (80%) têm créditos de prejuízo fiscal do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou base de cálculo negativa da CSLL para quitação de 57% do passivo tributário.

Fonte: Senado Notícias

Falta de irrigação no cérebro? Ou de vergonha na cara?

APROPRIAÇÃO INDEVIDA

TRF-2 aposenta juiz que foi flagrado dirigindo carro de Eike Batista12 de novembro de 2015, 18h16

Defesa alegou que falta de irrigação no cérebro impedia juiz Flávio Roberto de Souza de discernir certo e errado.Reprodução

O juiz Flávio Roberto de Souza foi condenado à pena de aposentadoria compulsória pelo Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). A decisão foi proferida nesta quinta-feira (12/11) no julgamento de três dos cinco processos administrativos disciplinares instaurados pela corte contra o magistrado, que ficou conhecido depois de ter sido flagrado dirigindo um carro de luxo de Eike Batista. O veículo havia sido apreendido por ordem do próprio juiz, quando estava à frente das ações criminais que o empresário responde.

O primeiro processo tratava da apropriação de R$ 989 mil referentes a uma ação criminal contra um traficante espanhol, preso na operação monte perdido, e que estavam sob a custódia da 3ª Vara Federal Criminal, então comandada por Souza. Os outros dois procedimentos foram instaurados em razão do uso indevido de bens apreendidos de Eike Batista e por declarações dadas à imprensa que demonstraram a parcialidade dele no caso e puseram em dúvida a credibilidade da Justiça.

A aposentadoria compulsória é a pena máxima no âmbito administrativo e foi aplicada no julgamento das duas primeiras ações. Com relação ao último processo, a pena imposta foi a de disponibilidade. Souza continuará recebendo salário, mas de forma proporcional.

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Irrigação no cérebroA sessão do Órgão Especial começou com o advogado Renato Tonini, que defende o juiz, pedindo a conversão das ações em diligência para analisar um laudo técnico produzido pela defesa que mostra que o réu sofre de demência provocada por falta de irrigação no cérebro. Por isso, não poderia discernir entre o certo e o errado. O advogado afirmou também que o juiz era dependente de álcool, apresentava quadro depressivo e estava endividado na época dos fatos.O Órgão Especial, contudo, não acolheu o pedido. O julgamento, então, teve início com o processo sobre o desvio dos recursos apreendidos na operação monte perdido. A relatora do caso, desembargadora Nizete Lobato, disse que primeiro o juiz se apropriou de R$ 166 mil que estavam nos cofres da Justiça Federal. Depois, ele pegou R$ 823 mil decorrentes do leilão de uma Hilux, uma Ferrari e uma Haley do traficante espanhol, também apreendidos no processo.

De acordo a desembargadora, Souza tentou eliminar provas do ilícito ao queimar documentos do processo criminal. Os restos dos papéis queimados foram colocados em uma mochila dada pelo juiz ao motorista para que a descartasse. “Os fatos, muito graves, são incontroversos”, afirmou.

O segundo processo foi relatado pelo desembargador Ivan Athiê e versou sobre a utilização dos bens de Eike. Em fevereiro, o juiz foi flagrado dirigindo o Porsche Cayenne que ele mesmo havia mandado apreender nos processos a que o empresário responde por uso de informação privilegiada e prática anticoncorrencial.

O episódio trouxe a tona outras irregularidades do juiz. Entre elas, ter dado a um vizinho a posse de um piano de Eike, também apreendido na ação, e ter se apropriado de relógios do empresário, que iriam a leilão.

A defesa de juiz argumentou que a decisão dele de guardar o Porsche e um outro carro de luxo de Eike Batista na garagem do condomínio onde mora se deu em razão da preocupação dele em preservar os bens, já que o prédio da Justiça Federal não parecia seguro. Segundo Tonini, o magistrado não passeava com os carros e no dia em que foi flagrado estava, na verdade, levando o Porsche para o fórum, por causa do leilão que estava marcado para poucos dias depois.

O desembargador também desconsiderou os argumentos da defesa. Ao votar, afirmou que o juiz foi flagrado usando um dos relógios do empresario em uma entrevista à imprensa. Ele destacou que o magistrado também recebeu R$ 50 mil do relojeiro convocado por ele para fazer a perícia dos bens, a título de empréstimo. “Ele [o relojeiro] apenas transferiu o dinheiro, sem qualquer garantia, a uma pessoa recém-conhecida”, ressaltou.

Sobre os carros, Athiê disse que “a alegação do juiz de querer levar os veículos mais caros para casa, para protegê-los, não convence”.

Declarações à imprensaPor fim, o TRF-2 julgou o juiz pelas declarações feitas à imprensa. Em uma entrevista à Folha de S.

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Paulo, Souza disse que era comum os juízes fazerem uso de bens apreendidos. Ao G1, criticou o juiz que o sucedeu nos processos contra Eike ao dizer que a decisão dele de desbloquear os bens do empresário o deixava deprimido e o fazia acreditar menos na Justiça. A defesa disse que as declarações foram deturpadas.O desembargador dessa ação, desembargador Marcus Abraham, também não aceitou os argumentos. De acordo com ele, as declarações foram meses depois da Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça, o afastar do cargo e o proibir de se manifestar sobre as ações contra o empresário.

Abraham destacou que a imprensa é regida por um código de ética e é muito difícil acreditar que diversos veículos, muitos de credibilidade nacional, tenham deturpado as falas do réu. “Não é possível que quatro veículos tenham incorrido nisso. Ainda mais quando ele mesmo disse que esteve em contato com a imprensa”, ressaltou.

Renato Tonini disse à ConJur que vai aguardar a publicação das decisões para saber que atitude a defesa irá tomar. Ele lembrou que ainda na esfera administrativa cabe recurso ao CNJ. “Vamos analisar com calma voto, os fundamentos de cada um desses votos, para analisar eu providência vamos tomar”, afirmou.Além dos processos administrativos, Flávio Roberto responde a um processo criminal, também no TRF-2.

Giselle Souza é correspondente da ConJur no Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 12 de novembro de 2015, 18h16

MG: ICMS Turístico irá beneficiar 240 municípios mineiros em 2016

12 de novembro de 2015O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), divulgou nesta quarta-feira (11/11) a listagem referente aos municípios habilitados a receberem parcela do ICMS Turístico em 2016.

O número de municípios habilitados em 2015 chega a 240, representando um aumento de 42 habilitações em relação ao ano passado. Foram recebidos no total, 288 processos, dos quais 48 não atenderam aos requisitos estabelecidos. A estes municípios ainda cabe recurso no prazo de 15 dias.

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A relação dos municípios habilitados e dos seus respectivos índices provisórios está publicada no Diário oficial do Estado desta quarta-feira (11/11) e também no sitehttp://www.turismo.mg.gov.br/icms-turisticoA inclusão do critério Turismo no ICMS é resultado de esforço coletivo entre as Associações de Circuitos Turísticos e a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur) e visa à descentralização de recursos.

Tem também por objetivo estimular a implementação de uma gestão municipal voltada para o turismo, além de incentivar o aumento dos investimentos no turismo local, promover melhorias nos serviços, aumentar o potencial turístico, oferecer mais atrações e, assim, fortalecer o turismo no interior de Minas Gerais e oferecer produtos turísticos que estimulem os viajantes a permanecer por mais tempo nos destinos.

De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Mário Henrique Caixa, “o aumento de municípios habilitados é muito positivo para o turismo. Faz parte de uma estratégia maior, que busca dar mais autonomia para as cidades incrementarem o setor. Além disso, estamos alinhados com o governo estadual e a política de regionalização que está sendo posta em prática através dos territórios de desenvolvimento”, afirma.

O recurso oriundo do ICMS Turístico poderá ser investido em ações, programas e projetos voltados para o desenvolvimento turístico dos municípios.

RequisitosOs requisitos mínimos para habilitação do município são: participar de uma Associação de Circuito Turístico reconhecida pela Setur/MG, nos termos do Programa de Regionalização do Turismo no Estado de Minas Gerais; ter elaborada e em implementação uma política municipal de turismo; possuir Conselho Municipal de Turismo (Comtur), em funcionamento e possuir Fundo Municipal de Turismo (Fumtur), em funcionamento. Também é desejável que o município participe nos critérios ICMS Meio Ambiente e Patrimônio Cultural da Lei Robin Hood.

ICMS TurísticoA inclusão do critério Turismo no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Minas Gerais ocorreu através da Lei n.º 18.030/2009, também conhecida como Lei Robin Hood.

Fonte: Agência Minas

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Pesquisa da Fiesp ‘sugerida’ por Levy mostra que 56% sabem o que é CPMF

12 de novembro de 2015SÃO PAULO – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, (Fiesp) divulgou nesta quinta-feira, 12, a pesquisa sugerida pelo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre porque as pessoas não gostam da CPFM. Segundo o levantamento realizado pela Ideia Inteligência a pedido da Fiesp, 56% dos entrevistados sabem o que é a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, enquanto 40% das pessoas desconhecem o imposto. Os outros 4% não responderam.

A Fiesp é francamente contrária à criação do imposto, que é defendido a unhas e dentes pelo ministro como forma de obter receita e entregar a meta fiscal. Durante participação em evento da entidade no último dia 3, Levy sugeriu que a imprensa fizesse uma enquete sobre o porque as pessoas não gostam da CPFM. “É porque é transparente? Porque todo mundo paga, porque é fácil de recolher ou só porque é mais um imposto?”, disse o ministro na ocasião.

A ideia de enquete do ministro levada a cabo pela Fiesp mostra que do universo de pessoas que sabem o que é a CPMF, 86% dizem não gostar do imposto; 11% falaram que gostam do imposto; e 3% não responderam. Do total de pessoas que sabem o que é a CPMF e não gostam dela, 78% rejeitam a contribuição “porque é mais um imposto”. Nove por cento desse universo diz que não gosta da CPMF “porque ela alcança todo mundo”, 5% a repele “porque ela é fácil de recolher” e 3% recusa o imposto “porque ele é transparente”. Não responderam a essa questão 5% dos entrevistados.

A pesquisa se ateve às perguntas colocadas pelo ministro no evento e não avançou em relação a outros pontos sobre o imposto. Não foi feita, por exemplo, uma pergunta direta às pessoas sobre se elas eram favoráveis ou não à criação do imposto.

A pesquisa da Ideia Inteligência foi realizada por telefone, pelo método URA (Unidade de Resposta Audível) – ou seja com perguntas e respostas automática pelo teclado – nos dias 7 e 8 de novembro. Foram entrevistadas 20.005 pessoas em 122 cidades brasileiras. A Fiesp não divulgou a margem de erro do levantamento.

Fonte: Estadão Conteúdo via DCI.

Dilma veta redução de prazo para empresa tornar-se inativa16:22

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13/11 - Agência Senado

Foi publicado nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da União veto integral da presidente da República, Dilma Rousseff, ao projeto do Senado que reduz de dez para cinco anos o prazo para que uma empresa sem atividade seja considerada inativa.

De autoria da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), o PLS 304/2008 determina que, passados cinco anos sem atividade, a junta comercial ficaria autorizada a cancelar o registro do empresário ou da sociedade empresarial, acabando com a proteção do nome comercial.

Os senadores aprovaram o projeto em 2009 e os deputados em setembro último, concordando com argumentos da autora, de que a redução do prazo agilizaria o processo de baixa perante as autoridades arrecadadoras, liberando o nome empresarial para outros potenciais interessados, sem prejuízos para o Erário ou para credores.

Em mensagem justificando o veto, Dilma Rousseff afirma que “a redução do período de obrigatoriedade da declaração de atividade da empresa perante a junta comercial seria contrária aos princípios da eficiência administrativa e da economicidade, norteadores dos esforços de simplificação da relação entre entidades e órgãos públicos e o setor privado”.

O que é lobby? Tal prática é crime no Brasil?Publicado por Canal Ciências Criminais - 3 dias atrásPor Marcelo CrespoSão várias as denominações que pretendem identificar pessoas que exercem influência de forma direta ou indireta para defender os interesses de alguém junto a órgãos públicos e privados. Usualmente as denominações empregadas para esta definição orbitam entre os termos “relações institucionais”, “relações governamentais”, “consultoria” sendo que o termo “lobby” parece, muitas vezes, ser evitado.

Há controvérsias sobre a origem do termo “lobby” já que há registros de que se trata de expressão de origem norte-americana surgida há mais de dois séculos. O então presidente Ulysses Grant (governou os EUA entre 1864-1869) era apreciador de conhaque e charutos, que eram consumidos no final dos dias de trabalho. Este consumo se dava no lobby do hotel Willard, ocasião em que era abordado por uma série de pessoas que pediam ajuda ao Presidente e tentavam influenciá-lo sobre alguns assuntos, já que naquela época era possível acessá-lo pessoalmente. Ulysses referia-se às pessoas como “os lobistas do hotel Willard” e, com o tempo, a expressão se popularizou. Por outro

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lado, há relatos de que a expressão surgiu na Inglaterra, precisamente nos corredores e antessalas do Parlamento – lobby, lobbies – onde pessoas se reuniam na tentativa de aproximação e influência nos parlamentares prestes a votarem projetos de leis.Nos Estados Unidos a atividade dos lobistas é regulamentada, havendo a exigência de que prestem contas das suas atividades. Na Europa o tema também é polêmico, com poucos países que regulam o tema, e, ainda, assim, de modo insuficiente. É o que aponta um recente documento da Transparência Internacional. Como dito, no Brasil o termo “lobby” parece ser evitado, o que se reputa que aconteça em razão da não regulamentação e do desconhecimento do assunto.Seu conceito é impreciso, não havendo uma definição legal. Apesar de, normalmente, ser entendido como sinônimo de atos ilícitos, mormente maculados pela corrupção, originalmente seu conceito remete a algo mais neutro. Pode-se dizer que se trata da atividade exercida por alguém com o objetivo de influenciar o poder público para que dele se obtenha determinadas medidas ou decisões.

Apesar da não regulamentação no nosso ordenamento jurídico cabe-nos destinar certa atenção a alguns tipos penais que abrangem algumas características normalmente inseridas no entendimento do que seja “lobby” no Brasil. São casos a corrupção (passiva e ativa, nos termos dos artigos 317 e 333, CP), a advocacia administrativa (art. 321, CP) e o tráfico de influência (art. 332, CP).O crime de corrupção apresenta-se dividido nas condutas de quem corrompe e de quem é corrompido, portanto, nas modalidades passiva (art. 317, CP) e ativa (art.333, CP). Aquele que pede ou recebe vantagem indevida ou aceita promessa de recebe-la, em razão da função, pratica crime de corrupção passiva. Isto é, trata-se de crime praticado por funcionário público. Note-se, no entanto, que apesar donomen juris conter a expressão “passiva”, o praticante do crime pode ter papel ativo, solicitando vantagem para que deixe de fazer seu trabalho ou, ainda, faça algo que não é condizente com suas funções. Já o crime de corrupção ativa é praticado pelo corruptor e se dá pelo oferecimento de alguma forma de compensação para que o agente público faça algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer, ou deixe de fazer algo que deveria fazer.Veja-se que as condutas podem envolver uma espécie de entendimento, uma negociação, algo que pode haver entre o lobista e o funcionário público. Ocorre que no lobby, a intenção de influenciar não passa pela prática de ilícito, mas em decisões, ajustes e argumentações políticas de interesse das partes.

Já a advocacia administrativa envolve a conduta daquele que, sendo funcionário público, patrocina interesse privado perante a Administração, valendo-se justamente da qualidade de funcionário. É a defesa de interesse privado (qualquer finalidade, meta ou objetivo, legítimo ou ilegítimo) por funcionários públicos junto a colegas, gozando da influência que detém junto a estes. Seria uma prática comum pelos lobistas que, no entanto, não poderiam ser funcionários públicos, daí uma grande diferença para a prática do lobby.

Quanto a criminalização do tráfico de influência, este teria surgido “quando o Imperador Alexandre Severo tomou conhecimento de que um certo Vetrônio, que frequentava a Corte, recebia dinheiro sob o pretexto de influir em decisões governamentais, ordenou fosse ele colocado numa fogueira de palha úmida e lenha verde. Veio ele a morrer, não pelo fogo, mas sufocado pela fumaça (fumus), enquanto um funcionário apregoava em alta voz: fumu punitur qui fumun vendit (pune-se com a fumaça aquele que vende a fumaça). Até hoje, na doutrina italiana, em razão da origem histórica do

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crime, é ele conhecido igualmente como venda de fumaça (vendita di fumo)” (COSTA JR., 1989, p. 513).

Trata-se de uma incriminação que visa punir aquele que ilude outrem (que nada recebe em troca da vantagem ou promessa de vantagem) e, ainda, deprecia a Administração Pública, que é exposta ao descrédito. É fundamental, para fins de tipicidade, que o sujeito ativo se atribua prestígio junto a funcionário público (sendo que não o tem), de modo que a conduta se amolda a uma espécie sui generis de estelionato.

Vê-se, pois, que no tráfico de influência o sujeito ativo usa de artimanha para induzir o sujeito passivo em erro, que acredita que haverá influência exercida perante funcionário público. Não se trata de um verdadeiro ato de lobby na medida em que ao lobista interessa que sua atividade, de fato, influencie o funcionário público e, assim, justifique sua fama de influenciador e seus honorários.

Resta claro, portanto, que há algumas condutas criminosas que, em algum ponto, podem se parecer com práticas lobistas mas, no entanto, com elas não se confundem, considerando-se “lobby” em acepção de conduta não ilícita para a defesa de interesses de um grupo, junto a autoridades públicas, no intuito de influenciar-lhes e tomar medidas ou decisões úteis àqueles. O lobby, portanto, pode se dar em qualquer área da vida, não apenas na seara política e, acima de tudo, não diria respeito a práticas espúrias.

Por fim, mencionamos algumas palavras sobre a regulamentação da atividade de lobista no país, tendo-se em vista que isso propiciaria, ao menos em tese, melhores perspectivas de atuação deste tipo de profissional na medida em que isso permitiria maior transparência.

Pois bem. A regulamentação do lobby no país não é algo pacífico, sendo que o debate se divide em opiniões favoráveis e contrárias. Os argumentos favoráveis fundam-se, basicamente, na necessidade de promover maior transparência nas atividades de lobistas. Já os argumentos contrários defendem que a regulamentação cria obstáculos à entrada dos menos influentes e impede uma certa confidencialidade dita necessária para a atuação mais eficaz.

No Brasil há alguns projetos de leis aguardando deliberação na Câmara e no Senado, destacando-se o projeto de lei nº 1202/2007 do Deputado Carlos Zarattini que pretende definir normas que devem ser cumpridas nas atividades que envolvem qualquer tipo de lobby, e também define os limites para o ato. Por exemplo, determina que cabe à Controladoria Geral da União o credenciamento das entidades que poderão praticar o lobby. Há, ainda, o Projeto de Lei 6132/199, de autoria do ex-senador Marco Maciel e o Projeto de Lei 6928/2002, de autoria da deputada Vanessa Grazziotin. Contudo, os projetos encontram-se parados, sem previsão de andamento breve.

Quanto a nós, entendemos que enquanto não houver a devida regulamentação da atividade no país, viveremos tempos com pouca transparência dos interesses defendidos junto às autoridades públicas, o que, nos parece, incompatível com os ditames da democráticos insculpidos em nossa Constituição.ReferênciasCOSTA JR., Paulo José da. Comentários ao Código Penal. V. 3. São Paulo: Saraiva, 1989.Fonte: Canal Ciências Criminais

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DANOS MORAIS

Mulher acusada de furto por levar compra sem sacola será indenizada8 de novembro de 2015, 9h51Por ter sido abordada na saída de um hipermercado e acusada de furto pelo segurança, uma consumidora será indenizada em R$ 8 mil por danos morais. A decisão monocrática é do juiz substituto em segundo grau Delintro Belo de Almeida Filho, que manteve sentença da 9ª Vara Cível de Goiânia.

Segundo o processo, em 7 de outubro de 2012, ao comprar jarras e copos no hipermercado, a mulher foi informada no caixa que não havia sacola para o tamanho do produto. Ao sair do estabelecimento com a mercadoria sem embalagem, foi abordada pelo segurança, que a acusou de furto, sendo levada ao supervisor de prevenção de perdas. O supervisor a liberou após constatar que ela estava com o cupom fiscal das mercadorias.

O supermercado alegou que não houve comprovação de ato ilícito e que “o segurança da empresa não agiu de forma bruta causando vexame à autora, pelo contrário, agiu discretamente ao solicitar o cupom fiscal para verificar se os produtos haviam sido pagos”. Argumentou que não houve comprovação da ocorrência de danos morais e, por isso, buscava a reforma da sentença.

Porém, ao analisar as provas apresentadas, o magistrado entendeu que o segurança constrangeu a consumidora durante a abordagem, “apontando-lhe publicamente como autora de furto, após esta ter pagado pela mercadoria que portava”.

Almeida Filho destacou as declarações de uma testemunha que confirmou que o segurança estava “um pouco mais alterado” e perguntou à mulher “Você pagou por esse produto ou você roubou?”. Após isso, segundo a testemunha, a cliente foi levada a uma sala e acabou liberada, mas saiu chorando muito, o que chamou a atenção dos outros consumidores. 

“Neste contexto, está devidamente comprovada a conduta ilícita (abordagem desapropriada com acusação de furto), o dano (vexame público) e o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado, pelo que o dever de indenizar está fortemente configurado”, concluiu o juiz. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-GO.Clique aqui para ler a decisão.Revista Consultor Jurídico, 8 de novembro de 2015, 9h51

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CASO CONCRETO

"Brasileiros aprovariam a pena de morte, mas não deixariam que fosse aplicada"8 de novembro de 2015, 6h57Por   Marcos de Vasconcellos Recentemente, a advocacia recebeu de volta em seus quadros um operador do Direito que há muito atuava do outro lado do balcão. Com 59 anos de idade, 33 de Ministério Público, Marco Vinicio Petrelluzzivolta a advogar, depois de ter passado pelos poderes Executivo (como secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo) e Legislativo (como assessor de Mário Covas durante a Assembleia Constituinte). Sua atuação será focada no Direito Público e no Direito Criminal.Petrelluzzi vê como aspecto positivo de sua experiência o conhecimento sobre como funciona o lado que, muitas vezes, será seu adversário nas cortes. Mas faz uma autocrítica: não se vê com a mentalidade do advogado que passou a vida inteira nas trincheiras. Também por isso, diz, tem feito parcerias com outros profissionais da área.

Em visita à ConJur, Petrelluzzi se mostrou um fã da dialética processual, mais do que da defesa ou do ataque. “O processo tem que ter visões. O promotor está olhando sob uma ótica do coletivo. Ele defende o interesse público, muitas vezes contra o individual. O advogado vê o interesse privado que, às vezes, se antepõe ao coletivo. Mas não é que um está certo e outro está errado, são formas de ver a mesma questão”, explica, com ar professoral. Ele, aliás, tentou dar aulas por algum tempo, mas diz não ter encontrado sua vocação para estar à frente do quadro negro.Talvez por sua vivência na política — além de ter sido secretário, participou ativamente do movimento estudantil, foi filiado ao Partido Comunista Brasileiro (o Partidão) na época da ditadura, ao PSDB e ao PPS —, o advogado enxerga com uma distância analítica o cenário brasileiro, inclusive no Direito. Questionado sobre uma possível “sanha condenatória” do MP, responde, de forma direta: “Ainda somos uma sociedade sem muita convicção democrática, então não gostamos muito de ver alguém que está do outro lado defender uma coisa diferente da gente”.

Ele avalia ainda que o cumprimento da pena imediatamente após condenação em colegiado, mesmo se houver espaço para recursos, é salutar. Já a pena de morte, diz, tem espaço para ser aprovada no Brasil, mas não para ser aplicada. “O brasileiro, até o momento em que se confronta com um fato concreto, é sempre duro. Quando ele se confronta com um ser humano sofrendo aquilo, fica bonzinho.”

Petreluzzi volta ao mercado em uma época que a advocacia tende a mudar bastante, principalmente com a Lei Anticorrupção (12.846/2013), que exige a união de diferentes áreas do Direito para a adequação das empresas. Quanto à política, diz já tê-la deixado de lado, atuando apenas para auxiliar a administração do seu clube: o Palmeiras.

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Leia a entrevista:ConJur — Há quanto tempo o senhor está advogando?Marco Petrelluzzi — Eu me aposentei em junho, com 59 anos de idade e 33 de Ministério Público. Era uma coisa que eu já vinha programando, entreguei o meu requerimento de aposentadoria no dia em que completei tempo para me aposentar. Sempre tive muito prazer de ser promotor. Eu me realizei completamente no Ministério Público e, também, fazendo algumas atividades políticas dentro e fora do MP. Fiz política até na faculdade, no Largo de São Francisco.ConJur — O senhor  participou do movimento estudantil?Marco Petrelluzzi — Meu grupo na faculdade era mais de esquerda, embaixo de ditadura ainda. Fui filiado ao Partido Comunista Brasileiro. Foi uma escola grande, na época em que o Partidão ainda era clandestino. As minhas ligações políticas, então, não tinham a ver com o Ministério Público. O próprio Mário Covas, eu conheci antes de ser promotor.ConJur — Como vocês se conheceram?Marco Petrelluzzi — Conheci em campanha política. Depois, fui estagiário do Iberê Bandeira de Mello, grande advogado. Depois me formei, fiz concurso e entrei para o MP. O Iberê, então, foi convidado para ser secretário do Covas na prefeitura [de São Paulo] e me levou como chefe de gabinete. Daí eu nunca mais me separei do Covas até a morte dele. Tínhamos uma relação muito próxima, mas sempre difícil, porque a relação com o Covas nunca era fácil para ninguém. Ele tinha um nível de cobrança e de exigência que era terrível. Eu fui chefe de gabinete dele na Constituinte. Era um político extraordinário e um homem que, na lealdade, no companheirismo, na política, não tinha igual.ConJur — Como foi sua chegada ao MP?Marco Petrelluzzi — Eu ingressei em 1982 e trabalhei em várias comarcas, sobretudo na Grande São Paulo, porque, à época, faltava alguém para fazer júri e eu gostava de fazer júri. Fiz júri em Osasco, Barueri, Santo André, São Bernardo, Diadema... Fiquei muito tempo na Grande São Paulo. Saí por pouco mais de um ano para trabalhar com o Covas na prefeitura, mas voltei. Depois, fui trabalhar na Constituinte, com o Covas também. Não fiquei até o fim da Constituinte, porque era muito complicado, inclusive financeiramente, porque tinha que ir para Brasília e naquela época ganhava-se muito mal. Não que hoje os promotores ganhem muito bem, mas os salários eram muito baixos.ConJur — A própria Constituinte foi o ponto para o MP dar essa  virada, não é?Marco Petrelluzzi — É, mas na minha área não mudou tanto. Mudou muito na área de direitos difusos, que foi a área na qual eu fui trabalhar mais tarde. Houve algumas mudanças que outorgaram ao Ministério Público algumas atribuições e que fizeram com que o Ministério Público fosse muito mais amplo.ConJur — Falam que o Ministério Público ganhou super poderes com a Constituição de 88.Marco Petrelluzzi — Não é verdade. O poder do Ministério Público é requerer. O Ministério Público não decide. A única coisa que o MP tem, que é um certo poder, é o inquérito civil. No resto, o órgão pode representar, ir atrás, pedir. Quem tem poder é o Judiciário.

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ConJur — E quanto ao poder de investigação do MP, o que o senhor acha?Marco Petrelluzzi — Eu sou favorável, porque não deve haver monopólio de poder, sobretudo de investigação.ConJur — Mas como se faz a divisão de o que cabe ao MP ou à polícia investigar? A polícia aponta também que não há critério claro de investigação pelo MP como há na polícia, um manual a ser seguido.Marco Petrelluzzi — Hoje em dia, existe o manual de atuação constitucional, com limites para fazer procedimentos investigatórios criminais. Está tudo regulado. Talvez precisasse ter um regulamento nacional, mas aqui em São Paulo está perfeitamente razoável, bem organizado. Muita gente critica o poder de investigação do MP não por medo de que ele faça arbitrariedade, porque a polícia pode fazer também. Na verdade, o que não se quer é que haja amplitude na investigação.ConJur — A questão de o MP ser o autor da ação não é um problema? Advogados apontam que o MP vai coletar provas que ele mesmo vai usar para a acusação.Marco Petrelluzzi — Não, a defesa faz isso. Ela não coleta provas para usar na defesa? Há alguma limitação para a defesa coletar provas, investigar, agir?ConJur — Mas o poder do Estado não é muito maior?Marco Petrelluzzi — Existe um lugar para julgar isso: o Judiciário. É lógico que o Ministério Público não é isento. O desvio não é das instituições, é das pessoas. Haverá promotores, juízes, advogados e jornalistas que praticam desvios.ConJur — Por que parece que o MP tem essa sanha de condenar?Marco Petrelluzzi — Porque é o papel dele, o Ministério Público é parte do processo. O processo tem que ter visões. O promotor está olhando sob uma ótica do coletivo. Ele defende o interesse público, muitas vezes contra o individual. O advogado vê o interesse privado que, às vezes, se antepõe ao coletivo. Mas não é que um está certo e outro está errado, são formas de ver a mesma questão. E os dois são imprescindíveis. Se não tiver os dois, jamais haverá uma Justiça democrática. Ainda somos uma sociedade sem muita convicção democrática, então não gostamos muito de ver alguém que está do outro lado defender uma coisa diferente da gente.ConJur — É uma questão de amadurecimento da sociedade?Marco Petrelluzzi — Acho que sim, amadurecimento democrático.ConJur — E temos caminhado neste sentido?Marco Petrelluzzi — Sim. A “lava jato” é um dos processos mais importantes da história do Brasil, porque, não há dúvidas, está dando parâmetros para muitos anos, como foi o mensalão.ConJur — São bons parâmetros?Marco Petrelluzzi — Sem falar de nenhum caso específico, é verdade que a colaboração premiada passa a ter um significado importante.ConJur — O senhor, o tempo todo, passa uma visão um pouco fria do processo. O senhor não é um apaixonado por posições, mas parece apaixonado pela dialética do processo...Marco Petrelluzzi — Eu procuro tentar exercitar esse negócio de democracia. Quando chega a prática, quando se está envolvido num caso, é um pouco diferente. Eu acredito que as pessoas têm que

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se respeitar. Isso não quer dizer que eu não brigo com ninguém, mas que é preciso compreender a posição com que o outro se encontra.ConJur —E como tem sido passar a atuar na defesa, em vez de no MP?Marco Petrelluzzi — Fiquei muitos anos como procurador de Justiça, trabalhando em pareceres. Atuei na área criminal muito tempo e depois fiz a migração pra área de direitos difusos. Trabalhei muito em casos de improbidade, área da qual gosto demais. Há dois anos, escrevi um livro sobre a Lei Anticorrupção, que é muito importante e muito inovadora. Já não estou naquela coisa da linha de frente da promotoria há muito tempo e trabalhar como procurador dá uma visão um pouco mais distante da briga. Mas não deixava de ter a ótica do Ministério Público. Mas não estou tendo grandes problemas em mudar minha atuação. Meu escritório é pequeno e estou trabalhando em parceria com outros maiores. Não quero dar passos maiores do que a perna e também acho que as duas áreas em que estou me envolvendo, Direito Público e Direito Penal, estão entrando em um novo momento da advocacia.ConJur — Por causa da Lei Anticorrupção?Marco Petrelluzzi — É. A Lei Anticorrupção é Direito Público, mas os criminalistas passaram a mexer com isso, como já estavam atuando na área da improbidade. Acho interessante que precisemos, agora, de traquejo nas duas frentes.ConJur — A vivência no MP influencia sua atuação como advogado?Marco Petrelluzzi — A única coisa que talvez eu traga de acréscimo é saber como funciona a cabeça de quem está do outro lado do balcão. Por outro lado, eu também talvez tenha desvantagem de não ter um pouco também essa mentalidade de quem sempre esteve do lado de cá. É por isso que eu gosto de trabalhar em parceria. O trabalho do advogado é vertical, são menos casos para cuidar. O advogado se concentra profundamente no caso e tem múltiplas atribuições dentro dele. Estou achando muito interessante e acho que a minha experiência como promotor, de ter essa visão horizontal e aplicá-la no estudo vertical dos processos, está ajudando.ConJur — Com a Lei de Improbidade, todo mundo que ocupa um cargo público vai responder, um dia, a uma ação de improbidade?Marco Petrelluzzi — A lei precisa ser melhorada. Os tribunais já têm dado uma solução salomônica, dizendo, em alguns casos, que “a mera ilegalidade não é improbidade”. Mas a lei é muito aberta. Qualquer coisa que “contrarie os princípios da administração pública” é caracterizado como improbidade. É muito subjetivo, o que gera decisões muito díspares. Por outro lado, nós somos um país onde a corrupção ainda é muito grande e endêmica. Não prestigiar uma legislação que vem sendo aplicada é errado. Temos que aprimorá-la e torná-la sistemática.ConJur — A execução da pena depois da condenação colegiada, em segunda instância ou pelo júri, faz sentido?Marco Petrelluzzi — Faz total sentido. Eu sei que o pessoal da advocacia, não é muito favorável, mas eu sempre disse que era um absurdo o réu ser condenado por unanimidade a 20 anos de reclusão e pegar o metrô junto com os jurados que o condenaram. O Supremo, com todo respeito à decisão do

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Supremo, tem uma interpretação muito literal da presunção de inocência. A prisão é um mal necessário, não que seja edificante. É preciso evitá-la, até pelo próprio custo.ConJur — Qual é a função da prisão?Marco Petrelluzzi — A função da prisão é, primeiro, de prevenção geral, e, segundo, de retribuição. Tem que prender a pessoa que fez coisa errada para o outro olhar e falar, “opa, não vou fazer também”.ConJur — E usar o Direito Penal como exemplo?Marco Petrelluzzi — Já se escreveu muita coisa sobre isso, mas no fundo, no fundo, a prisão é isso. Também não se pode ter a ilusão de que ela resolve qualquer problema. Pelo contrário, ela cria muitos problemas. É um mal necessário. Ainda não se inventou nada que chegasse a substituí-la. E as pessoas ainda têm um certo desprezo por penas alternativas. No próprio mensalão, a opinião repetida por aí é que “fulano foi preso, beltrano foi preso, tem gente presa até hoje, mas foi pouco”.ConJur — E a vontade de vingança, a sede de ação penal, aqui, é muito latente...Marco Petrelluzzi — O brasileiro, até o momento em que se confronta com um fato concreto, é sempre duro. Quando ele se confronta com um ser humano sofrendo aquilo, fica bonzinho. A pena de morte, aqui, não funcionará nunca, por causa disso.ConJur — O senhor acredita que a pena de morte será aprovada aqui, um dia?Marco Petrelluzzi — Sim! Até você ter o primeiro condenado. Aí todo mundo vai ficar contra matá-lo, como aconteceu com o caso do brasileiro condenado na Indonésia. Eu sou contra a pena de morte. Em princípio, acho que ela é ultrapassada historicamente.ConJur — O senhor acha que o direito de defesa tem sido diminuído?Marco Petrelluzzi — A lei é a mesma e não teve nenhuma grande mudança. O que aconteceu é que, hoje em dia, todo mundo que quiser fazer algo errado tem que saber que, se for bem investigado, vai ser pego. Se eu negar que vim dar uma entrevista, haverá umas 50 câmeras no caminho que me filmaram entrar aqui, estacionar o carro.ConJur — Tem o celular rastreando...Marco Petrelluzzi — Com isso, hoje em dia, apontam violações às garantias, porque sempre houve possibilidade de interceptação telefônica, de abrir correspondência... Só que isso não era fácil de fazer como é hoje. Não é à toa que o sucesso nessas investigações que envolvem dinheiro público. Tudo deixa rastro. Mas não vi nenhuma grande mudança legislativa que retirasse direitos. Com esse exagero de alegar violação à intimidade, vamos acabar transformando qualquer mera atividade de investigação numa atividade que necessita autorização judicial.ConJur — O crime de desacato ou o crime de abuso de autoridade deveriam acabar?Marco Petrelluzzi — São dois lados da mesma moeda. A autoridade pública é o Estado, ela é revestida do poder do Estado, por isso tem que ser respeitada. Da mesma forma que se ela abusar, ela vai responder por abuso de autoridade, que é um crime, hoje, no Brasil, muito fraquinho. Como um pode acontecer, o outro também pode.ConJur — O clamor público afeta muito o Judiciário?Marco Petrelluzzi — É uma coisa do ser humano. E não acho errado que a opinião pública seja um

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dado a ser considerado. Ele não é um dado jurídico, mas é um dado que interfere na vida das pessoas, ainda mais hoje em dia.ConJur — O Ministério Público é acusado de ser pouco transparente. O senhor concorda?Marco Petrelluzzi — Sim. O Ministério Público precisa ser mais transparente, o Judiciário também. Essas instituições ainda pecam por isso. Gui sempre defensor do controle externo da magistratura e do MP por conta disso. Hoje tem o Conselho Nacional do Ministério Público, que está aos poucos se transformando num órgão institucional. Ele deveria ser mais de controle externo, como também o Conselho Nacional de Justiça.ConJur — Como a atuação no governo influenciou sua atuação como procurador, como promotor e como deve influenciar como advogado?Marco Petrelluzzi — Ter visões diferentes enriquece. Eu brinco que no governo, o pessoal diz que sou do Ministério Público; no Ministério Público, diziam que eu era agente do governo, agora, na advocacia, vão dizer que sou o que? Eu trabalhei no Executivo, quando fui secretário de Segurança Pública, trabalhei no Legislativo, na Constituinte, e trabalhei no Judiciário — muito mais tempo. Então eu consegui entender um pouco como as coisas funcionam. Não quero ser pretensioso, mas pelo menos eu tive uma vivência.ConJur — Estar no Executivo é ser vidraça?Marco Petrelluzzi — Também, ainda mais na Secretaria de Segurança Pública. Na minha época, era pancada todo dia. Mas também conseguimos coisas muito boas. Houve o primeiro programa de redução de homicídio sério de São Paulo. Foi um programa pensado, onde nós estudamos, vimos outras experiências, começamos a aplicar e deu certo. Entrei em 1999 — o ano que teve o maior índice de homicídio no estado de São Paulo. Quando saí, em 2002, já estava em queda há dois anos, pela primeira vez na história. De lá pra cá, continua reduzindo, porque a gente conseguiu criar um círculo vicioso na área específica e aconteceram outras coisas que ajudaram, como a Lei do Desarmamento.ConJur — Lei do Desarmamento foi um bom passo?Marco Petrelluzzi — É, mas tinha um pessoal que afirmava que o homicídio só caiu por causa da lei. Eu digo: “o homicídio começou a cair em 1999 e a lei é de 2002. Se você explicar como o efeito acontece antes da causa, eu concordo”. Mas uma das coisas que a gente fez foi aumentar demais a apreensão de armas. Apreendíamos 10 mil armas por mês.ConJur — Por que não temos visto mais o PCC no noticiário?Marco Petrelluzzi — A primeira vez que o PCC botou a cabeça realmente para fora eu estava no governo. Eles fizeram uma rebelião gigante em 29 presídios federais ao mesmo tempo e nós fizemos a retomada dos presídios no mesmo dia, com polícia entrando, invadindo, com muito medo, se esforçando para não morrer ninguém, para não repetir o que aconteceu no Carandiru em 1992.ConJur — Esse risco existe?Marco Petrelluzzi — Ali no Carandiru foi um erro enviar a tropa. Se mandarem a Rota invadir um presídio, hoje, vai acontecer igual. A Rota não é feita pra isso. Toda polícia precisa ter uma Rota, mas vai criar um problema se colocar a Rota para fazer, por exemplo, uma retomada de ocupação de sem

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teto ou para organizar a saída de um jogo de futebol. Vai morrer gente do mesmo jeito. Eles estão armados, equipados e treinados para isso. Quanto ao PCC, é uma organização forte dentro dos presídios, mas não sei se é tão forte fora quanto dizem que é. É que muita gente esteve preso, se afiliou ao PCC enquanto estava lá dentro, aí, faz alguma coisa depois que é solto e dizem que é coisa do PCC.Marcos de Vasconcellos é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 8 de novembro de 2015, 6h57

O Novo Código de Processo Civil e a Avaliação de Intangíveis

Por Wesley Montechiari Figueira* - 04.11.2015

Entrará em vigor em Janeiro de 2016 o chamado CPC 2015, ou Novo Código Civil. Em gestação há anos, e com virtudes e acertos, o CPC 2015 tem o que poderíamos chamar de vício de origem e que pode acarretar, sob o ponto de vista das sociedades (Ltdas., S.As de capital fechado e Sociedades Simples) uma discussão nova e basicamente interminável.

Um advogado amigo chamou a questão de “intenção do legislador, que nem o próprio entende”, no que tange ao processo de dissolução parcial de uma sociedade. Em negrito abaixo o que pode causar o bafafá:

“Art. 606.  Em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá, como critério de apuração de haveres, o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo também a ser apurado de igual forma.

Parágrafo único.  Em todos os casos em que seja necessária a realização de perícia, a nomeação do perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação de sociedades.

A questão que salta aos olhos não é o conceito de avaliação de ativos tangíveis e intangíveis, de per si, mas “preço de saída”. O que isso significa? “Preço de Saída” não é nem um termo técnico definido, nem termo de uso contábil amplo. O CPC 46 define Valor Justo, e denomina de Preço de Saída como sendo:

“Preço de saída - Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo.”[1]

Mais detidamente:

 “2. O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade. Para alguns ativos e passivos, pode haver informações de mercado ou transações de mercado observáveis disponíveis e para outros pode não haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos é o mesmo – estimar o preço pelo qual uma  transação não forçada para vender o

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ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado (ou seja, preço de saída   na data de mensuração do ponto de vista de participante do mercado que detenha o ativo ou o passivo).”[2](grifo nosso)

O que é relativamente fácil de aferir para ativos tangíveis não o é para intangíveis, porém. E é aí que mora o perigo, e morarão discussões infindáveis. No mesmo CPC 462 lemos:

“10. Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, preço de saída),  independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação.”(grifo nosso)

Em síntese, Preço de Saída é, em princípio, Valor Justo. Ocorre que o CPC 46 define que este Preço de Saída deva ser calculado independentemente de ser observável ou estimado – e aí poder-se-ia aplicar uma técnica de avaliação. E coloca mais pimenta na discussão quando define:

“16. Em muitos casos, o preço da transação é igual ao valor justo(esse pode ser o caso, por exemplo, quando, na data da transação, a transação para a compra do ativo ocorre no mercado em que o ativo seria vendido).

Ou seja, o Preço de Saída pode não ser Valor Justo?  Ainda estamos na questão mais geral, ou seja, de qualquer classe de ativos ou passivos. O caso de passivo é mais fácil por não haverem passivos intangíveis (pelo menos não contabilizáveis). E se o ativo é intangível? Ele tem que ser avaliado a preço de saída, que pode ou não ser o valor justo. Para isso, em teoria, pode-se usar uma técnica de avaliação. O CPC elenca diversas.

O CPC 2015 Anotado[3]traz algumas explicações e detalhes da jurisprudência sobre o assunto:

“Ao contrário, para fixação da data de resolução da sociedade, deverá utilizar os critérios legais definidos no art. 605 e poderá definir o critério de apuração de haveres apenas na omissão do contrato social nesse sentido, conforme o art. 606. Esta regra consagra que a apuração de haveres será realizada pelo valor patrimonial real da quota do sócio cujo vínculo societário foi desfeito, apurado mediante balanço patrimonial de determinação, salvo se outro critério tiver sido estabelecido pelo contrato social. Essa regra não irá resolver completamente o problema das avaliações de empresas. Há quem entenda que o balanço especial de determinação é apenas uma espécie de balanço patrimonial em que se avalia cada bem ou direito que a sociedade tem, levando em consideração o valor que se obteria caso fossem vendidos. E mais, também  leva-se em conta os bens intangíveis, como por exemplo, os decorrentes da propriedade intelectual. (COELHO, Fábio Ulhoa. A ação de dissolução parcial de sociedade, 2011). Há, por outro lado quem defenda que o valor real da quota do sócio que sai da sociedade somente é obtido através de uma avaliação econômica da empresa, a qual  leva em conta o quanto os sócios lucrarão com a sociedade no futuro em um determinado horizonte temporal. A  jurisprudência tem indicado que o melhor método para tal avaliação é o do fluxo de caixa descontado. Aliás, em recente decisão da Terceira Turma do STJ (REsp 1.335.619-SP, DJe 27/3/2015), determinou-se que somente prevalecerá o critério previsto no contrato social se o sócio retirante concordar com o resultado obtido. Caso não concorde deverá ser aplicado o critério do balanço de determinação conjuntamente com a metodologia do fluxo de caixa descontado. Fato é que, pelo menos, não mais serão realizadas apurações de haveres com base no valor patrimonial contábil, baseado exclusivamente no patrimônio líquido das sociedades, eis que este, não admitindo a contabilização dos intangíveis fica muito distante do valor real das participações dos sócios. Por fim, como a avaliação da empresa não pode ser feita por mero critério contábil, lógica a determinação do parágrafo único do art. 606 de que o perito seja preferencialmente especialista em avaliação de sociedades.

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Técnicas como PPA (Purchase Price Allocation) poderiam servir de base para esta apuração, por preverem derivações do método genérico de Fluxo de Caixa Descontado, aplicadas a áreas específicas do balanço, normalmente não avaliadas de per si, como Marcas, Carteira de Clientes, Metodologias, Patentes, entre outros ativos, e que têm dinâmica própria de valorização, embora baseadas no conceito geral de FCD. A aplicação não seria tão direta, pois que um PPA se aplica ex-post-facto, ou seja, depois de uma transação “arms-lenght” concluída. Serve então, somente para demonstrar de o que se pagou por cada classe de ativos, tangíveis e intangíveis, sendo o primeiro passo avaliar todo o ativo fixo tangível a Valor Justo.

A técnica teria que ser adaptada a uma condição de gerar o valor de saída, ou seja, aplicada a cada grupo de ativos, tangíveis e intangíveis, separadamente, cujo somatório deveria prover o equivalente a um fluxo de caixa descontado total, e com ele ser reconciliado. Pode-se chamar de “Alocação de Preço de Saída”, para dar um nome bonito, mas é, na prática, FCD. 

*Wesley Montechiari Figueira é Contador e Auditor registrado junto a Comissão de Valores Mobiliários, especialista em Finanças Corporativas e Mestre em Finanças Corporativas. É diretor-presidente e fundador da ValuConcept, no ramo de consultoria e auditoria em Curitiba-PR.

[1] www.cpc.org.br  – CPC 46 – Apêndice A.

[2]Idem, CPC 46 Sumário

[3]Novo Código de Processo Civil Anotado - OAB-RS, 2015 pp. 434-435.

Advogada é chamada de ‘cachorra’ por advogado em audiência em Lauro de Freitas Publicado por Ylena Luna - 5 dias atrás

Uma advogada foi chamada de “cachorra” por um colega advogado durante uma audiência de conciliação no Juizado Cível de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, no último dia 27 de outubro.

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O áudio da sessão, obtido pelo Bahia Notícias, mostra o momento exato em que Marconi de Souza Reis critica a roupa da causídica Louise Lima Andrade e, em seguida, profere a agressão verbal.

“Repare, dali eu estava vendo sua calcinha. Da próxima vez, venha com uma roupa mais composta. Cachorra!”, atacou.

Um processo administrativo foi instaurado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) para apurar a conduta do advogado. A ação corre em sigilo.

Marconi de Souza Reis chamou a advogada Louise Lima Andrade de 'cachorra'

Em nota, a presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB-BA, Andréa Marques Silva repudiou a agressão sofrida pela advogada.

“É inadmissível que, ainda nos dias atuais, a mulher sofra censura moral e agressão verbal, de cunho discriminatório de gênero, em razão das suas roupas ou aparência. Não ter direito de propriedade sobre o seu próprio corpo e a sua imagem profissional é uma violência contra a mulher e não pode ser ignorada por esta Seccional”, criticou.

Segundo Andréa, logo após a agressão, a advogada recebeu apoio da comissão e todas as orientações para apuração do caso. A presidente do colegiado destacou, ainda, que “toda advogada, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, idade e religião, goza dos direitos fundamentais, inerentes à pessoa humana”.

Confira o momento da agressão verbal: http://lunatenorio.jusbrasil.com.br/noticias/253973791/advogada-e-chamada-de-cachorra-por-advogado-em-audiencia-em-lauro-de-freitas?utm_campaign=newsletter-daily_20151111_2261&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Publicado por Bruno Luiz/ Cláudia Cardozo em Bahia Notícias

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As leis mais absurdas do mundo Publicado por Paula Argolo - 5 dias atrás

Todo mundo sabe que as leis são essenciais para manter a ordem social, mas algumas delas são um tanto absurdas e até certo ponto inacreditáveis. Confira agora com o JurisOffice as leis mais absurdas do mundo.

Camboja

Quem não gostava de brincar com pistolas de água quando criança? Pois é, mas parece que no Camboja o uso dessas inofensivas armas é proibido, pelo menos na celebração do ano-novo. Acredita-se que a brincadeira pode trazer azar para o ano que se inicia.

Carolina do Norte - EUA

Esta é para aqueles que namoram há dez anos e ainda não tiveram coragem de casar. É melhor ficarem atentos e não irem para a Carolina do Norte! No estado, basta um casal entrar em um hotel e pedir um quarto de casal para serem considerados legalmente casados.

Blythe – EUA

Você usa roupas de skatista, mas não sabe andar de skate? Que absurdo!

Foi mais ou menos o que os elaboradores dessa lei em Blythe pensaram. Se você quer usar bota de cowboy deve possuir, pelo menos, duas vacas. Isso não é ideia do esquadrão da moda, está na lei!

Israel

Atenção, aos sábados em Israel é proibido enfiar o dedo dentro do próprio nariz. A lei vale somente para os homens judeus, pois afirma que o ato pode gerar sangramentos, resultando em violação do código de santidade religiosa

França

Em respeito a Napoleão Bonaparte, é proibido batizar qualquer porco com o nome de Napoleão. Das 8h às 20h, 70% das canções tocadas nas rádios do país devem ser de músicos franceses.

Nada de demonstração de afeto em público, na França é ilegal beijar na boca dentro do metrô.

Suíça

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Na Suíça é proibido dar sorte para o azar. Caso você deixe as chaves dentro do carro com a porta destravada, será multado.

Finlândia

Sabe aquele taxista que está sempre ouvindo Alfa-Fm no carro? Na Finlândia, se os taxistas colocam músicas em seu carro (enquanto transportam clientes) devem pagar direitos autorais.

Chico – Califórnia

Não vá explodir uma bomba nuclear em Chico, pois senão você terá de pagar uma multa de 500 dólares. Difícil mesmo é saber que ia sobrar vivo para cobrar o dinheiro.

Lei da Melancia - Rio Claro, SP, 1894.

A deliciosa melancia foi proibida em 1894 na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, pois era acusada de ser agente transmissora de tifo e febre amarela. Hoje em dia a lei já não é mais válida e o consumo de melancia está liberado na cidade!

Laranjon - Espanha

Em 1999 era proibido morrer em Laranjon, pois não havia mais vagas no cemitério. A proibição durou até a Prefeitura construir um novo cemitério.

Kentucky – EUA

Essa é para aqueles que não gostam de tomar banho. No estado americano há uma lei que obriga todo cidadão a tomar pelo menos um banho por ano.

Buracos e pedradas? Saiba como ser indenizado se o seu carro for avariado em uma estrada privatizada Publicado por Geison Paschoal - 4 dias atrás

São cada vez mais comuns os casos de motoristas que foram ressarcidos por avarias decorrentes de asfalto mal conservado, buracos ou obras na pista.

Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), essas empresas se responsabilizam por qualquer dano que um veículo sofra na rodovia desde que seja comprovado que o acidente ocorreu devido a um defeito no pavimento ou durante alguma obra de conservação.

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De acordo com o artigo 20 do Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor de um serviço é responsável pela qualidade do trabalho que prestar, e a concessionária responde como qualquer outro prestador de serviço.

'Renato Goldschmidt sentiu na pelé essa política de ressarcimento das concessionárias de rodovias quando voltava da casa da namorada pela SP-332 e caiu em um buraco onde rasgou o pneu e quebrou a roda. "Como era madrugada, continuei rodando. No hotel, pude verificar o estrago. Já estava fazendo as contas de quanto seria o prejuízo quando meu sogro me orientou a pedir o ressarcimento à concessionária. Mesmo sendo domingo, explicaram que eu teria que fazer um Boletim de Ocorrência na Polícia Rodoviária e encaminhar a cópia com três orçamentos do conserto. Após enviar toda a documentação, Renato obteve retorno em cinco dias: a concessionária pagou por uma nova roda (R$ 379), um pneu (R$ 495) e o serviço de alinhamento, balanceamento e correção de cáster (R$ 350)'.

Um buraco ou defeito no asfalto que causa um acidente é o caso mais clássico de ressarcimento de danos (em torno de 90% dos casos), mas a lógica vale para outras avarias como pedras lançadas do asfalto por outro veículo, obstáculos ou animais na pista que não estejam identificados por placas ou problemas causados por equipes responsáveis pela manutenção da pista.

É importante ressaltar que as chances de sucesso são diretamente proporcionais à quantidade e solidez das provas apresentadas. Podem ser fotos do local, relatos de testemunhas ou até mesmo vídeos de câmeras onboard. Quantos mais evidências você juntar, menor o risco de ficar no prejuízo.

Mas se nas rodovias privatizadas o reembolso por avarias geralmente é rápido e descomplicado, nas estradas estaduais e federais a história pode ser bem diferente.

Para obter a indenização, nesses casos, o único caminho é recorrer à Justiça. Tenha em mente que o poder público vai sempre negar a responsabilidade, portanto, o motorista precisa estar munido de provas concretas, e em alguns casos até perícias que comprovem a sua versão. Além disso, o tempo do processo pode ser muito longo.

Pode acontecer também da Concessionária negar o ressarcimento, e neste caso, você também vai precisar de um advogado, e além de estar munido de provas, precisa comprovar que tentou resolver a questão pela via 'amigável', seja com protocolos, gravações de ligação telefônica, emails e principalmente, o comprovante de pagamento do pedágio.

Você precisa saber:

A empresa não é responsável: Por detritos, pedras ou outros materiais que caem da caçamba de um caminhão por exemplo, ou que são lançados pela janela de outro carro; objetos arremessadas propositalmente de viadutos ou pontes; acidentes provocados pela imprudência do próprio motorista ou de outros.

A empresa é responsável: Por avarias provocadas por buracos, lombadas não sinalizadas, emendas malfeitas no asfalto, falta de sinalização adequada, pedras ou objetos que estavam na via e foram arremessados pelas rodas de outros veículos ou que caíram de caminhões de manutenção a serviço da concessionária.

No caso de um animal solto na pista, a concessionária pode ser responsabilizada, pois ele é caracterizado como um obstáculo na via que prejudica a prestação do serviço. Mas se houver sinalização no local informando sobre a presença de animais a empresa pode se isentar de culpa.

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