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0 Fernanda Lezina Caetano Francielle Bendersky Gomes RISCOS DA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E PRÁTICAS PREVENTIVAS DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA URUGUAIANA 2010 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Pampa

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Fernanda Lezina Caetano

Francielle Bendersky Gomes

RISCOS DA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E

PRÁTICAS PREVENTIVAS DE ENFERMAGEM: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

URUGUAIANA

2010

Trabalho de Conclusão de Curso

Universidade

Federal do

Pampa

FERNANDA LEZINA CAETANO

FRANCIELLE BENDERSKY GOMES

RISCOS DA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA E PRÁTICAS

PREVENTIVAS DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à banca examinadora,

como requisito parcial para a obtenção

do título de Graduação em Enfermagem

na Universidade Federal do Pampa.

Orientadora: Prof. Msc. Paula Pereira de

Figueiredo.

URUGUAIANA - RS

2010

1

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, por

nunca medirem esforços para a realização de

nossos sonhos.

RESUMO

Introdução: No que se refere às gestantes adolescentes, verifica-se que elas são consideradas um grupo de risco, não somente pela sua própria saúde, como também pela saúde de seu concepto. Além disso, é importante considerar que a adolescente pode realizar um pré-natal de baixa qualidade. Por essas razões, o adequado acompanhamento pré-natal e a assistência de enfermagem são considerados fundamentais para a prevenção desses agravos, sendo necessária uma maior atenção às adolescentes. Objetivo: identificar na literatura nacional e internacional da área da saúde quais são os riscos presentes para, da e na gravidez na adolescência e quais são as práticas preventivas a serem realizadas no pré-natal pelo enfermeiro ou por outros profissionais da saúde. Método: Este estudo é uma Revisão Integrativa de Literatura, realizada de acordo com as etapas propostas por Whittemore. A busca de textos foi feita pela Bireme, nas Bases de Dados LILACS e MEDLINE, a partir dos descritores “Assistência Pré-natal” and “Gravidez na adolescência”, limitando-se ao período de 2000 a 2009. Resultados: O corpus da análise foi composto por 26 publicações, a partir das quais se obtiveram três categorias analíticas: 1) Caracterização dos estudos; 2) Riscos e Gravidez na Adolescência; 3) Práticas Preventivas Recomendadas pela Literatura. Os principais riscos para a gravidez na adolescência foram a baixa renda, a baixa escolaridade, o pouco conhecimento e/ou uso dos métodos contraceptivos, as gestações anteriores, a idade do parceiro, a ausência da figura do pai da adolescente, a união consensual, a menarca precoce, a sexarca precoce e não ter função remunerada Por outro lado, os riscos da/na gravidez na adolescência foram a anemia; o trabalho de parto prematuro; a doença sexualmente transmissível; a doença hipertensiva; a ruptura prematura das membranas; a baixa renda; o trabalho pouco remunerado; o abandono dos estudos; o prejuízo no relacionamento com a família, o parceiro e a comunidade; além da baixa expectativa para o futuro e da mortalidade materna. Associados ao concepto, identificou-se o baixo peso ao nascer; a prematuridade; os defeitos congênitos e a mortalidade infantil.Quanto às práticas preventivas, se destacaram a criação de políticas de saúde voltadas às adolescentes, assim como uma assistência mais direcionada a esta população específica. Considerações Finais: Acredita-se que é importante realizar e utilizar estudos como esse, para que se tenha subsídios para a prevenção dos riscos encontrados na e para a gravidez na adolescência. Descritores: Gravidez na Adolescência e Assistência pré-natal

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1: Matriz para coleta de dados ................................................................23 Quadro 2: Número do texto, autoria, periódico, ano de publicação e base ..........25 Quadro 3: Número do texto e caracterização da amostra ....................................29 Figura 1: Riscos e gravidez na adolescência .......................................................31 Figura 2: Riscos para o acontecimento da gravidez na adolescência ..................32 Figura 3: Riscos da/na gravidez na adolescência .................................................37

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................10

2.1 Gestação na Adolescência ...............................................................................10

2.2 Riscos da Gestação na Adolescência .............................................................12

2.2.1 Deficiências no Estado Nutricional ..............................................................13

2.2.2 Problemas com o Aumento da Pressão Arterial.........................................14

2.2.3 Complicações como Hemorragia e Aborto...................................................14

2.2.4 Trabalho de Parto Prematuro e Nascimento de Criança com Baixo

Peso...........................................................................................................................15

2.2.5 Gestação Precoce e os Problemas Psicológicos e Sociais .......................16

2.3 Atenção ao Pré-Natal e a Enfermagem nas suas Dimensões Assistencial,

Educativa e Gerencial..............................................................................................17

3 PROCESSO METODOLÓGICO.............................................................................21

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS................................................................25

4.1 Caracterização dos estudos..............................................................................25

4.2 Riscos e gravidez na adolescência...................................................................31

4.2.1 Riscos para o acontecimento da gravidez na adolescência........................32

4.2.2 Relação entre gravidez na adolescência e inadequação da assistência pré-

natal............................................................................................................................34

4.2.3 Riscos da/na gravidez na adolescência.......................................................37

4.3 Práticas recomendadas pela literatura.............................................................40

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.........................................................................42

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................48

REFERÊNCIAS..........................................................................................................49

APÊNDICES...............................................................................................................56

7

1 INTRODUÇÃO

O diagnóstico de gestação para a mulher gera muitas emoções, tanto alegria

e bem estar intenso, como tristeza profunda e sensação de desamparo. A suspeita

da gestação geralmente ocorre devido ao atraso menstrual, seguido de outros

sintomas como náuseas, vômitos, edema e dor nas mamas e mais tardiamente, o

aumento do peso e do volume abdominal, juntamente com a sensação dos

movimentos fetais (BRASIL, 2005).

No que se refere às gestantes adolescentes1, verifica-se que elas são

consideradas um grupo de risco, não somente pela sua própria saúde, como

também pela saúde de seu concepto. Isso se justifica porque a gestação precoce

pode atrapalhar o crescimento normal da adolescente, assim como aumentar o risco

para anemia, eclâmpsia, parto prematuro, e conseqüentemente, o nascimento de

crianças com baixo peso (SILVA; TONETE, 2006). Além disso, é importante

considerar que a adolescente pode realizar um pré-natal de baixa qualidade,

motivado pela omissão à família ou pelo não comparecimento aos serviços de

saúde. Outro aspecto de grande importância são os conflitos familiares, o abandono

do parceiro e a discriminação social, o que gera uma desestabilidade emocional,

causando, também, uma repercussão nos fatores psicológico, sociocultural e

econômico (XIMENES NETO et al, 2007).

Através de dados² preliminares existentes no sistema de informação sobre

nascidos vivos (SINASC), verificou-se que no ano de 2008 no Brasil, 570 mil

adolescentes ficaram grávidas e, dentre essas gestações, 566 mil resultaram em

nascidos vivos. As demais gestações de adolescentes, entretanto não tiveram um

desfecho favorável, resultando em óbitos fetais (BRASIL, 2008).

Na mesma relação de tempo e espaço, os indicadores de saúde consultados

revelam que dos nascimentos vivos de mães adolescentes, somente 227 mil tiveram

de quatro a seis consultas de pré-natal (BRASIL, 2008), cujo indicador pode sugerir

uma relação entre a mortalidade infantil e o número insuficiente de consultas de pré-

natal, conforme evidenciado por Trevisan et al (2002). Esses autores reafirmam a

1Considerando-se adolescente a faixa etária de 15 a 19 anos (BRASIL, 2005).

²Os dados respectivamente referidos ao número de adolescentes grávidas e nascidos vivos, foram apresentados com um valor absoluto aproximado ao valor real, com a finalidade de melhor construção textual, sem que, no entanto, haja prejuízo à realidade.

8

importância da atenção pré-natal, a qual não deve ser avaliada apenas pelo número

de consultas realizadas, mas também pela qualidade e a resolutividade de cada

atendimento.

Sendo assim, o principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal à

adolescente é acolhê-la desde o início da gravidez, assegurando, no fim da

gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem estar materno

e neonatal.

Além das consultas individuais, o Ministério da Saúde indica a realização de

atividades educativas, entre as quais se destacam as discussões em grupo, às

dramatizações e outras dinâmicas que facilitem a fala e a troca de experiências

entre as componentes do grupo (BRASIL, 2005).

Com a finalidade de realizar um pré-natal qualificado, é recomendada a

participação de uma equipe multiprofissional, em que o trabalho do enfermeiro pode

ser destacado. Nesse sentido, a primeira ação assistencial a ser realizada por ele é

uma escuta aberta, sem julgamento e preconceitos, que permita à adolescente falar

de sua intimidade com segurança, fortalecendo-a no seu caminho até o parto e

ajudando-a a construir um conhecimento sobre si mesma; o que poderá contribuir

para um parto e nascimento tranquilos e saudáveis (BRASIL, 2005).

Por meio de ações preventivas e promocionais para as gestantes, a consulta

de enfermagem no pré-natal tem por finalidade garantir a extensão da cobertura e

melhoria da qualidade de assistência, o que contribui para a redução da mortalidade

materna, do baixo peso ao nascer, dentre outros riscos que a gestação pode causar

(SHIMIZU; LIMA, 2009). Para promover a saúde materna, visa-se a realização do

número ideal e da qualidade das consultas de pré-natal. Nem todas as complicações

da gestação poderão ser prevenidas, mas algumas intervenções, quando

desenvolvidas no momento certo poderão alterar e favorecer o prognóstico materno

(CALDERON; CECATTI; VEGA, 2006).

No contexto da promoção da saúde materna, estão incluídos programas de

prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças intercorrentes mais comuns da

gestação. Prevenir, diagnosticar e tratar a anemia materna, a hipertensão

gestacional e outros riscos intercorrentes na gestação e no parto são intervenções

efetivas de comprovada evidência científica (CALDERON; CECATTI; VEGA, 2006).

Tendo em vista que, a gestação na adolescência é vista em vários países

como um risco social e um problema de saúde pública (SILVA; TONETE, 2006;

9

XIMENES NETO et al, 2007; MOREIRA et al, 2008; TORRES; DAVIM; NÓBREGA,

1999) devido aos problemas que pode causar e que já foram citados anteriormente,

salienta-se que o pré-natal e a assistência de enfermagem se constituem como um

acompanhamento fundamental e de suma importância para a prevenção dos

agravos que contribuem para um desfecho desfavorável da gestação (XIMENES

NETO et al, 2007). Dentro dessa problemática, a Saúde Pública considera prioridade

a atenção materno-infantil, principalmente no que diz respeito aos cuidados da

gestante, a fim de manter um ciclo ameno de riscos possíveis para o binômio mãe-

filho (SHIMIZU; LIMA, 2009).

Considerando toda a problematização da gestação na adolescência, percebe-

se que é necessária uma maior atenção às adolescentes, visando não somente a

redução do preconceito e a aceitação da família como também os riscos que podem

trazer para sua saúde e de seu concepto. No que se refere aos riscos, é necessário

enfocar não apenas os indicadores de saúde, mas também, a importância da

enfermagem e suas dimensões assistencial, educativa e gerencial para a prevenção

dos mesmos, objetivando-se assim, um pré-natal mais qualificado.

Desse modo, identificaram-se na literatura nacional e internacional da área da

saúde os riscos presentes na gravidez na adolescência e as práticas preventivas

desenvolvidas/e ou sugeridas no pré-natal de que a enfermagem possa se apropriar

para realizar seu trabalho nas dimensões assistencial, educativa e gerencial.

Para tanto, têm-se como questões de pesquisa: Quais os riscos de uma

gestação na adolescência apontados na literatura nacional e internacional? Existe

diferença entre os riscos identificados em diferentes realidades (Brasil versus outros

países)? Quais são as práticas preventivas realizadas/e ou sugeridas pelos autores

dos textos e como a enfermagem pode utilizá-las na atenção ao pré-natal?

De acordo com as questões de pesquisa, serão apresentados os riscos de

uma gestação na adolescência em diferentes realidades (países menos

desenvolvidos, onde o risco é social e abrange a saúde pública e coletiva, versus,

países mais desenvolvidos, onde o risco é biológico, aproximando-se mais da saúde

individual); salientando a importância de um pré-natal de qualidade e quais as

práticas que a enfermagem utiliza para dar sua contribuição na atenção ao pré-natal.

10

2 REVISÃO DE LITERATURA

A Revisão de Literatura abordará três aspectos sobre a gravidez na

adolescência, que têm como subtítulos: 1) Gestação na Adolescência; 2) Riscos da

Gestação na Adolescência; 3) Atenção ao pré-natal e a Enfermagem nas suas

dimensões assistencial, educativa e gerencial, que se apresentam de forma mais

detalhada a seguir no decorrer da mesma.

2.1 Gestação na Adolescência

Considera-se que a adolescência deve ser encarada como uma etapa crucial e

bem definida do processo de crescimento e desenvolvimento, cujas maiores

transformações são os aspectos físicos e psíquicos do ser humano, inseridos nas

mais diferentes culturas.

A adolescência é uma fase transitória em que o ser humano em meio aos mais variados tipos de crises, tenta "matar" uma criança que existe dentro de si, para que a partir destas e das novas vivências, do aprendizado, dos processos diversos que vivenciam, sendo no âmbito social, biológico, psicológico e espiritual, como no anátomo-fisiológico, possa "nascer" um adulto socialmente aceito, espiritualmente equilibrado e psicologicamente ajustado (XIMENES NETO et al, 2007, p.280).

A gestação na adolescência é vista em vários países como um risco social e

um problema de saúde pública, devido aos problemas que pode causar, dentre eles

os conflitos familiares, o abandono do parceiro e a discriminação social, o que gera

uma desestabilidade emocional, causando também uma repercussão nos fatores

psicológico, sociocultural e econômico. Encontra-se, também, casos em que as

famílias apóiam e desejam a gravidez,cujos avós assumem a adolescente e seu filho

mesmo na ausência paterna. Nessa fase, a adolescente não imagina as

11

conseqüências futuras de acordo com seu comportamento sexual, o que pode levar

a uma gravidez não desejada (XIMENES NETO et al, 2007).

É preciso considerar, ainda, que a adolescência compreende um período de

muitas modificações físicas e sociais. Nesse sentido, corrobora-se com Godinho et

al. (2000, p.25) quando referem que,

além das rápidas transformações e crescimento acelerado, na mulher observa-se alargamento dos quadris, aparecimento dos pelos pubianos e axilares, menarca e o desenvolvimento mamário, como conseqüência a capacidade reprodutiva, conflitos com o início das relações sexuais, ansiedade, insegurança, consolidação da auto-imagem e auto-estima e os conflitos familiares. Para tanto é necessário que a família esteja bem estruturada nesse período de transformações das adolescentes.

Pesquisas realizadas em diferentes países revelam que o aumento da

fecundidade entre as adolescentes é devido à iniciação da atividade sexual precoce

associada ao desconhecimento sobre saúde reprodutiva e a pouca utilização de

contraceptivos, seja por falta de orientação da família e da escola ou pela

ineficiência de serviços de planejamento familiar (BRUNO et al, 2009).

Apesar de muito freqüente, nem sempre a gravidez na adolescência é um

evento único, fortuito, que “escapou” ao controle, visto que para algumas jovens, isto

acaba se repetindo. Entretanto, pior que uma gestação na adolescência é sua

repetição, que pressupõe problemas como o pequeno intervalo interpartal

ocasionando baixo peso nos recém nascidos. Geralmente as mulheres que iniciam a

maternidade na adolescência têm maior probabilidade de terem mais filhos durante

sua vida reprodutiva (BERLOFI et al, 2006).

Considerando a gestação na adolescência um risco social e um problema de

saúde publica, propõe-se apresentar brevemente esses riscos e outros relacionados

a ela.

12

2.2 Riscos da Gestação na Adolescência

O conceito de risco emergiu desde meados do século XX , como um dos mais

influentes discursos nos diálogos contemporâneos da saúde. Ele atingiu uma

posição privilegiada em função do sucesso de três tarefas simultâneas (AYRES,

2001).

Primeiro, ele permitiu estender a tradução da doença para além dos limites do

corpo, ou seja, qualquer fator ambiental, por sua associação probabilística com certo

agravo à saúde, já pode ser considerado como um dano, mesmo antes disto se

materializar no corpo. E, além disso, o que é fundamental, fez retornar ao plano da

individualidade do corpo suas propostas de intervenção. Em segundo, o conceito de

risco foi capaz de realizar a extensão ambiental do raciocínio patogênico através de

um rigoroso manuseio de regularidades, possibilitando um rigoroso controle

científico, e respondendo às necessidades de produção de tecnologias para a

intervenção. Por último, a abordagem do risco traz continuamente a interpretação de

seus limites como necessidade de um "saber como" ainda mais rigoroso, isto é,

coincidindo a idéia de sucesso prático com uma contínua busca de controle técnico

(AYRES, 2001).

Segundo, Cesar-Vaz et al (2009), o risco pode ser entendido como a

percepção do perigo e está relacionado ao indivíduo ou ao coletivo, que compreende

representações racionais e sociais, por meio de práticas específicas.

Sendo considerada, a gestação na adolescência de risco e trazendo vários

efeitos sociais negativos, faz-se necessário uma atenção especializada as

adolescentes, como programas de assistência ao pré-natal por meio de uma equipe

multidisciplinar.

A gravidez na adolescência acarreta vários riscos, como anemia,

desenvolvimento pélvico incompleto, maior índice de parto prematuro, mortalidade

materna por hipertensão, hemorragia e complicações, quando provocado o aborto.

Contudo, o que mais interfere é a precária condição de vida dessas adolescentes, o

que acaba causando uma ausência de assistência durante a gravidez. Um pré-natal

tardio e seguido de baixa adesão contribui para o aumento nos índices de

mortalidade materna entre as mães adolescentes (BRASIL, 2000).

13

As adolescentes estão sujeitas aos diversos fatores psicossociais, o que talvez

revele que a idade não tem tanto impacto se comparado, como um fator isolado,

porém, está ligada a sua potencialização quando relacionada a outros fatores de

riscos (MARIOTONI; BARROS FILHO, 2000).

Segundo o Ministério da Saúde, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

descreve que a adolescência é uma fase em que o ser humano está em “condição

peculiar de desenvolvimento”, pelas mudanças biológicas, psicológicas e sociais

ainda não bem estruturadas, a superposição da gestação acarreta sobrecarga física

e psíquica, aumentando a vulnerabilidade aos agravos materno-fetais e

psicossociais (BRASIL, 2005).

De acordo com os riscos que a gravidez pode causar não somente na

adolescência, como também na fase adulta, a seguir serão descritos sucintamente

alguns dos riscos que a gestação pode acarretar.

2.2.1 Deficiências no Estado Nutricional

Tem sido apontada como a causa mais comum de anemia a deficiência de

ferro, principalmente a alimentar, apresentando relação direta com a própria

prevalência de anemia e variam entre as populações a depender da idade, do sexo,

das condições socioeconômicas e da prevalência regional de outras causas de

anemia (ROCHA et al, 2005).

A inadequação do estado nutricional materno tem grande impacto sobre o

crescimento e desenvolvimento do recém-nascido, pois a gestação é um período

que necessita reposição de nutrientes devido aos ajustes fisiológicos da gestante e

das demandas de nutrientes para o crescimento fetal (BATISTA FILHO; SOUZA;

BRESANI, 2008).

Entretanto, o estado nutricional pré-gestacional pode interferir no processo

normal da gestação, pois as gestantes que apresentam uma reserva inadequada de

nutrientes poderão ter um comprometimento do crescimento fetal e

conseqüentemente, do peso ao nascer (ROCHA et al, 2005).

14

2.2.2 Problemas com o Aumento da Pressão Arterial

A hipertensão arterial é um dos problemas clínicos mais comuns na gestação.

O termo hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aumento da pressão

arterial que se manifesta apenas na gravidez (OLIVEIRA et al, 2006).

As síndromes hipertensivas que ocorrem na gestação são habitualmente

classificadas em hipertensão gestacional (pressão arterial >140 x 90 mmHg

diagnosticada pela primeira vez na gestação, ausência de proteinúria, retorno aos

níveis tencionais até 12 semanas após o parto), pré-eclâmpsia (pressão arterial

>140 x 90 mmHg diagnosticada após 20 semanas de gestação associada à

proteinúria >300 mg/24 horas), hipertensão arterial crônica (pressão arterial >140 x

90 mmHg diagnosticada antes da gestação ou antes de 20 semanas de gestação

não atribuída a doença trofoblástica gestacional ou pressão arterial >140 x 90 mmHg

diagnosticada após 20 semanas de gestação que persiste após 12 semanas pós-

parto), eclâmpsia (presença de convulsão, que não pode ser atribuída a outras

causas, em mulheres com pré-eclâmpsia) e pré-eclâmpsia sobreposta (surgimento

de proteinúria >300 mg/24 horas em paciente hipertensa que não apresentava

proteinúria antes de 20 semanas de gestação ou aumento importante da proteinúria,

da pressão arterial ou plaquetas <100.000/mm3 em gestante hipertensa com

proteinúria presente antes de 20 semanas de gestação) (OLIVEIRA et al, 2006).

2.2.3 Complicações como Hemorragia e Aborto

O abortamento é um período de alterações físicas e psicológicas vivenciadas

por mulheres que necessitam de atenção especial, onde é a equipe de enfermagem

que mais se faz presente ao lado delas nesse momento (NERY et al, 2006).

Diversos fatores estão associados ao aborto entre eles estão os anatômicos,

endócrinos, genéticos, infecciosos e imunológicos. Não há consenso a respeito de

diagnósticos dos defeitos da fase lútea, a biópsia de endométrio tem sido o método

mais acreditado para o diagnóstico (BARINI et al, 2000).

15

Causas genéticas também têm sido apontadas, os defeitos anatômicos do

útero são tidos como possíveis causas. Incluem-se a incompetência istmo-cervical,

septos uterinos, miomas e sinéquias (BARINI et al, 2000).

As infecções maternas por alguns agentes, como Chlamydia trachomatis,

citomegalovírus,Toxoplasma gondii, Mycoplasma hominis e Listeria monocytogenes,

foram relacionadas ao aborto (BARINI et al, 2000).

A investigação da presença de auto-anticorpos maternos associados ao

aborto tem adquirido importância, principalmente no que se refere aos anticorpos

antifosfolípides (BARINI et al, 2000).

Além dessas alterações, a mulher passa por alterações físicas relevantes, há

ocorrência de sangramentos e cólicas abdominais. Na maioria das vezes o

sangramento começa antes do surgimento das dores abdominais que pode persistir

por vários dias ou mesmo semanas (NERY et al, 2006).

2.2.4 Trabalho de Parto Prematuro e Nascimento de Criança com Baixo Peso

O nascimento, em condições normais, traz consigo dificuldades naturais,

atribuídas a diversos fatores que envolvem o cuidado com o mesmo, como o ritual

cultural do cuidado propriamente dito, a interação e a vinculação da mãe, família e

filho e a própria adaptação do recém-nascido à família e ao ambiente (ARRUDA;

MARCON, 2007).

Sendo o peso ao nascer, o determinante mais importante para a sobrevivência,

crescimento e o desenvolvimento saudável do recém-nascido, a prevenção do parto

prematuro torna-se um importante fator (RODRIGUES et al, 2004).

O nascimento prematuro, ou seja, aquele que ocorre em idades gestacionais

inferiores a 37 semanas é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal

(BITTAR, 2001).

A chance de morte é maior em idades gestacionais precoces e pode ser maior

do que no recém-nascido de termo. Por outro lado, evitar a prematuridade continua

sendo um grande desafio. Trata-se de uma missão difícil, não apenas devido ao

conhecimento incompleto dos fatores etiológicos e da fisiopatologia da

16

prematuridade, como o educativo e social, o que o torna mais complexo (BITTAR,

2001).

O parto prematuro espontâneo pode ter sua freqüência diminuída se as

alterações que surgem semanas ou dias antes do trabalho de parto, tais como as de

contratilidade uterina, cervicais e bioquímicas forem diagnosticadas a tempo.

Quando detectadas, devem-se reavaliar as possíveis causas, afastar as infecções

urinárias e vaginais, além de manter a gestante em repouso (BITTAR, 2001).

2.2.5 Gestação Precoce e os Problemas Psicológicos e Sociais

A adolescência e a gravidez, quando juntas, tornam-se um leque de

transformações que levam a um turbilhão de emoções e acontecimentos (MOREIRA

et al, 2008).

A gravidez é uma fase de desenvolvimento humano, que revela complicações,

pois envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento da adolescente. Em

primeiro lugar, verificam-se mudanças na identidade e nova definição de papéis, a

mulher passa a se olhar e a ser olhada de forma diferente (MOREIRA et al, 2008).

Além das situações que a gestação pode trazer para a adolescente, deve-se

também considerar o abandono dos estudos ou o seu adiamento, maior

dependência econômica dos pais, visto que a maioria continua morando com os pais

após o nascimento do filho, já que o pai da criança é, na maioria dos casos, também

adolescente (MOREIRA et al, 2008).

As mudanças provocadas pela vinda do bebê não se restringe às variáveis

psicológicas e bioquímicas, pois os fatores socioeconômicos são fundamentais. A

gravidez na adolescência, antes um problema resolvido por um casamento às

pressas, hoje ameaça o futuro dos jovens, considerando os riscos físicos,

emocionais e sociais dela decorrentes. Atinge tamanha proporção que é

considerada um problema social, revelando a prática de uma sexualidade não

segura (MOREIRA et al, 2008).

Com tantos problemas que a gestação na adolescência pode acarretar,

salienta-se a importância da atenção ao pré-natal e da enfermagem, portanto será

descrita a atenção ao pré-natal e o papel da enfermagem.

17

2.3 Atenção ao Pré-Natal e a Enfermagem nas suas Dimensões Assistencial,

Educativa e Gerencial

O atendimento humanizado e com qualidade, no pré-natal, no parto e no

puerpério é fundamental para diminuir os riscos que já foram citados anteriormente

nesse trabalho. É importante, ainda, a inclusão de medidas de prevenção e

promoção da saúde, ao invés da assistência estritamente biológica e curativa

(BRASIL, 2005).

Para o Ministério da Saúde, o acompanhamento ao pré-natal, deve ter início

precoce, ter cobertura universal, ser realizado de forma periódica, estar integrado

com as demais ações preventivas e curativas, e deve ser observado um número

mínimo de seis consultas (BRASIL, 2002). Diante disso, é importante salientar que o

sucesso do pré-natal dependerá, em grande parte, do momento em que se inicia o

acompanhamento e do número de consultas.

O Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) criado em

2000, é integrado por três componentes, com objetivos específicos, em que o

primeiro é incentivar à assistência pré-natal, com a finalidade de estimular os

Estados e Municípios a realizarem um pré-natal qualificado. Já o segundo, é abordar

a organização, regulação e investimentos na assistência obstétrica e neonatal, com

vistas ao desenvolvimento de condições técnicas e operacionais de centrais de

regulação e de sistemas móveis de atendimento e financiamento de hospitais

integrantes do Sistema Único de Saúde. O terceiro e último componente abrange a

nova sistemática de pagamento da assistência ao parto, que se relaciona à melhoria

do custeio da assistência ao parto nos hospitais integrantes ao Sistema de

Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS, elevando o valor

e a forma de remuneração (BRASIL, 2002).

Sob essa perspectiva no que se refere ao pré-natal, a assistência deverá ser

realizada através de pelo menos seis consultas, sendo uma no primeiro trimestre,

duas no segundo trimestre e três no último trimestre, prioritariamente. Na primeira

consulta, deverá ser realizada uma anamnese, abordando antecedentes

ginecológicos e obstétricos, aspectos epidemiológicos, familiares, pessoais e a

situação da gestação atual.

18

No exame físico deve constar a avaliação de cabeça e pescoço, tórax,

abdômen, membros e inspeção de pele e mucosas, além do exame ginecológico e

obstétrico. Também necessita ser contemplada a história clínica da gestante, a sua

identificação, dados socioeconômicos, o grau de instrução, a profissão/ocupação, o

estado civil/união, o número e idade de dependentes, a renda familiar, as pessoas

da família com renda, as condições de moradia (tipo, número de cômodos), as

condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo), a distância da residência

até a unidade de saúde, os antecedentes familiares, pessoais e ginecológicos, o

exame físico em geral e específico (gineco-obstétrico), bem como a solicitação de

exames complementares. (BRASIL, 2005).

Segundo o PHPN, é necessário que a gestante realize exames laboratoriais de

rotina, como: ABO-RH na primeira consulta; VDRL, urina, e glicemia em jejum na

primeira consulta e na 30ª semana de gestação; HB/Ht e testagem anti-HIV na

primeira consulta. Além disso, é preconizada a aplicação da vacina antitetânica, até

a sua dose imunizante, ou dose de reforço quando já imunizada anteriormente

(BRASIL, 2002).

Um dos objetivos do PHPN foi recolocar a atenção pré-natal dentro das

intervenções voltadas à saúde das mulheres, como estratégia necessária e de

fundamental importância para um desfecho favorável do processo gravídico

puerperal (SERRUYA; CECATTI; LAGO, 2004).

Além disso, o pré-natal consiste num dos principais indicadores do Pacto da

Atenção Básica do SUS, pois envolve todos os procedimentos que os serviços

devem realizar para outras ações da atenção básica. No conjunto de normas que

regem o SUS, é evidente a importância da atenção ao pré-natal como política

governamental (RIBEIRO et al, 2004).

Para melhor qualidade de atendimento de adolescentes, preconizam-se alguns

princípios e diretrizes específicas, tais como: a adequação dos serviços de saúde às

necessidades de adolescentes e jovens; a consideração do modelo de atenção

vigente no local e dos recursos humanos e materiais disponíveis; a consideração

das características da comunidade nos aspectos socioeconômicos e culturais, além

do perfil epidemiológico da população local; a participação ativa de adolescentes e

jovens no planejamento, desenvolvimento, divulgação e avaliação das ações. Além

disso, é fundamental que os profissionais de saúde assegurem a privacidade para

19

que as gestantes adolescentes sejam entrevistadas e examinadas sem a presença

de outras pessoas, dando assim, uma maior liberdade para elas (BRASIL, 2005).

No que diz respeito à dimensão assistencial do trabalho do enfermeiro,

destaca-se o seu papel na primeira consulta de pré-natal. Durante a consulta de

enfermagem é prevista a realização do cálculo da idade gestacional e data provável

do parto, a avaliação nutricional, o fornecimento de informações necessárias e

respostas às indagações da mulher ou da família, orientações sobre sinais de risco e

assistência em cada caso, a referência para atendimento odontológico, o

encaminhamento para imunização antitetânica e referências para serviços

especializados, quando for necessário (BRASIL, 2005).

Nas próximas consultas, a anamnese poderá ser simplificada e deverá ocorrer

uma escuta sobre dúvidas e ansiedades da gestante, abordando aspectos do bem-

estar materno e fetal, questionando-a sobre alimentação, hábito intestinal e urinário,

movimentação fetal e sobre a presença ou não de corrimentos ou outras perdas

vaginais. O enfermeiro deve interpretar os dados obtidos nos exames realizados

anteriormente, com a solicitação de outros se for necessário, tratar alterações

encontradas conforme protocolo de atendimento ou fazer o encaminhamento

médico, fornecer a suplementação de sulfato ferroso e ácido fólico, orientar sobre a

alimentação, fazer acompanhamento das condutas adotadas em serviços clínicos

especializados, realizar ações e práticas educativas individuais e em grupos, e o

agendamento das consultas seguintes (BRASIL, 2005).

O profissional da saúde que oferece assistência à gestante não deve adotar

condutas somente nos aspectos físicos da mesma, pois nesta fase ela passa por

processos psicológicos decorridos pela gravidez. Assim, é necessário uma avaliação

da adolescente, com sua história de vida, seus sentimentos e suas ansiedades

(BRASIL, 2005).

Uma outra dimensão do trabalho da enfermagem contempla as ações

educativas, em que o enfermeiro assume uma postura de compartilhamento de

saberes, dando assim uma confiança para a mulher viver melhor sua gestação. A

realização de ações educativas durante a gravidez é muito importante, e é no pré-

natal que as orientações devem ser mais bem explicadas (RIOS; VIEIRA, 2007).

Isso se justifica porque é no pré-natal que ocorre uma preparação física e

psicológica para o nascimento do bebê e para a maternidade. Nesse período ocorre

também um aprendizado e uma oportunidade para os profissionais de saúde

20

realizarem a educação como dimensão do processo de cuidar. Como é considerado

um momento para que a mulher se prepare para vivenciar melhor seu parto,

percebe-se que o processo educativo é de grande importância para adquirir

conhecimentos. Sendo assim, as emoções, os sentimentos, e as histórias relatadas

devem ser valorizadas para que o pré-natal seja individualizado (RIOS; VIEIRA,

2007).

Considerando a experiência profissional do enfermeiro, ele deve estar atento e

interpretar a percepção da gestante de uma forma mais ampla contemplando

aspectos como ambiente família, mudanças físicas, psicológicas e sociais, e sem a

imposição de seus conhecimentos, mas levando em conta sua realidade. Se nesse

período o profissional de saúde perceber as necessidades de conhecimento da

gestante, é um sinal de que sabe levar em conta a importância que a cliente tem em

seu auto cuidado (RIOS; VIEIRA, 2007).

De um modo geral, o trabalho de enfermagem, possui vários processos como

cuidar/assistir, administrar/gerenciar, pesquisar e ensinar, sendo que o processo de

gerenciar é um dos mais evidenciados (PERES; CIAMPONE, 2006).

A gerência constitui-se num processo de trabalho específico, que para seu

desenvolvimento considera-se elementos como o objeto de trabalho (recursos

humanos e organização do trabalho), tendo como finalidade recursos humanos

qualificados e trabalho organizado. Para tal finalidade, são usados instrumentos

como recursos físicos, financeiros, materiais e os saberes administrativos que

utilizam ferramentas específicas para serem operacionalizados (PERES;

CIAMPONE, 2006).

Segundo Aguiar et al (2005), cabe ao enfermeiro gerente, ter a capacidade de

conhecer e atuar sobre determinadas situações, ter habilidades para desenvolver o

planejamento, a implementação e a avaliação das atividades propostas, sendo a

experiência, importante para uma gerência de qualidade. Dessa maneira o papel do

enfermeiro na atenção ao pré-natal deve envolver o planejamento das ações, as

implementações de atividades no auto cuidado e a avaliação individual de cada

adolescente gestante no decorrer do pré-natal.

21

3 PROCESSO METODOLÓGICO

A Revisão de Literatura de Pesquisa tem como objetivo trazer conhecimentos

sobre um determinado assunto. Para Polit; Beck; Hungler (2004) refere-se a uma

orientação sobre o que é e o que se desconhece em uma determinada área, onde é

necessário um estudo anterior, identificando estruturas teóricas e conceituais

relevantes para o problema de pesquisa. Portanto, a função da Revisão de Literatura

é integrar e facilitar o conhecimento.

Este estudo foi elaborado a partir de uma Revisão Integrativa da Literatura que

de acordo com Whittemore (2005), é um método específico de revisar a literatura, a

partir do qual é obtida uma compreensão mais detalhada de um problema

específico, que objetiva reunir e sintetizar resultados de pesquisa sobre um

determinado tema, de maneira sistemática e ordenada.

Um dos métodos utilizados para a revisão integrativa é a Prática Baseada em

evidências (PBE), que aborda a definição de um problema, a busca e a avaliação

crítica das evidências disponíveis, bem como, a implementação das evidências na

prática e a avaliação dos resultados obtidos. Sendo um dos propósitos da PBE,

incentivar a utilização de resultados de pesquisa formando assim, um elo com a

assistência à saúde prestada (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Nesse

sentido, serão descritas sucintamente as etapas necessárias para a realização da

revisão integrativa, baseando-se nos autores Whittmore (2005) e Mendes; Silveira;

Galvão (2008).

Na primeira etapa da revisão integrativa compreende-se a escolha e a

definição do tema, seguindo da seleção da hipótese ou questão de pesquisa, vista

como uma etapa fundamental para uma revisão integrativa bem elaborada. O

assunto deve ser definido de maneira clara e específica para facilitar a identificação

da pesquisa. Nesse caso, têm-se como tema de investigação a prevenção de riscos

da gravidez na adolescência através da assistência de enfermagem ao pré-natal,

considerando-se como questões de pesquisa: A) quais os riscos para, da/na

gestação na adolescência? B) existe diferença entre os riscos identificados em

diferentes realidades (Brasil versus outros países)? C) Quais são as práticas

preventivas realizadas e/ou sugeridas pelos autores dos textos e como a

enfermagem pode utilizá-las na atenção ao pré-natal?

22

A segunda etapa está ligada à anterior, uma vez que a abrangência do assunto

a ser estudado determina o procedimento de amostra, que serve para estabelecer

critérios para inclusão e exclusão de estudos, amostras e busca na literatura. Nesse

estudo, foi realizada a revisão integrativa através da busca de textos pela Bireme,

nas Bases de Dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências

da Saúde) e MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), a partir dos

descritores “Gravidez na adolescência” and “Assistência Pré-natal”, limitando-se ao

período de 2000 a 2009. A escolha desse período justifica-se pela atualização que

ocorre anualmente nos dados e para que assim tenha-se uma visão recente do tema

e da importância do mesmo.

Como critérios de inclusão, foram considerados textos provenientes de

resultados de pesquisa e de relatos de experiências que apresentem abordagem

qualitativa ou quantitativa; que foram publicados em periódicos nacionais e

internacionais e que se apresentem completos para leitura do conteúdo integral.

Quanto aos critérios de exclusão, foram desconsiderados textos de abordagem

teórica ou reflexiva, que não sejam provenientes de resultados de pesquisa; ou seja,

derivados da análise de dados primários. Foram excluídos teses, dissertações e

documentos organizados por órgãos governamentais, tais como Ministério da Saúde

e Organização Mundial da Saúde. Também foram excluídos textos que não

trouxeram relação direta da prevenção com a gestação na adolescência, ainda que

a prevenção não estivesse diretamente relacionada à gestante, mas sim ao produto

da gestação, ou seja, o feto, assim como, textos que não falavam especificadamente

na gestante adolescente como objeto central de estudo.

Salienta-se, ainda, que embora houvesse possibilidade de comutação dos

artigos, optou-se por não adquiri-los, pois o corpus da análise já se mostrava

satisfatório e representativo da produção na temática escolhida.

A terceira etapa da revisão integrativa foi a definição das informações a serem

extraídas dos estudos selecionados, utilizando um instrumento para reunir e

sintetizar as informações-chave. Abaixo, apresentam-se algumas questões que se

pretende obtiveram na coleta de dados, dispostas no Quadro 1.

23

Quadro 1. Matriz para coleta de dados

1. Número do texto 2. País de origem

3. Título do texto

4. Periódico e Ano de publicação

5. Autoria

6. Objetivo do estudo

7. Abordagem metodológica

8. Tipo de estudo

9. Coleta de dados

10. Análise de dados

11. Resultados Pré-natal

12. Resultados Risco na Gestação

13. Resultados Prevenção dos riscos

14. Trabalho do Enfermeiro

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem)

Fonte: Polit; Beck; Hungler, (2004) adaptado.

Com relação ao Quadro 1, no que diz respeito ao ano de publicação foram

considerados textos referentes ao período entre 2000 a 2009, ou seja, nos últimos

dez anos. Quanto à abordagem metodológica, foram analisados os estudos de

pesquisa quantitativa e qualitativa. Em relação aos métodos para coleta de dados,

consideramos textos que utilizaram entrevistas, grupo focal, observação e

documentos. Nos métodos de análise dos dados foram consideradas as análises do

conteúdo, do discurso e de estatísticas. A respeito aos resultados do pré-natal,

foram apontados os estudos que referem à assistência pré-natal. Nos resultados de

gestação na adolescência, foram identificados os estudos que a caracterizaram e

quais são os riscos relacionados na sua ocorrência. E na parte de prevenção,

pretendeu-se obter a identificação das práticas de prevenção realizadas e/ou

sugeridas.

24

O último item consiste numa apreensão do trabalho do enfermeiro em suas

dimensões assistencial, educativa e gerencial no pré-natal a partir dos artigos

pesquisados.

Durante a quarta etapa foi realizada a avaliação dos estudos, ou seja, uma

análise dos dados como em uma pesquisa convencional, na qual há o emprego de

ferramentas apropriadas. Os dados coletados desses estudos foram analisados de

maneira sistemática, interpretados, sintetizados e então concluídos, compreendendo

a avaliação dos estudos no que diz respeito ao objetivo da presente revisão

integrativa, ou seja, se foi identificado os riscos presentes na gravidez na

adolescência e as práticas preventivas que são desenvolvidas e que a enfermagem

possa se apropriar no que diz respeito ao cuidado no pré-natal.

A quinta e última etapa da revisão integrativa correspondeu à fase de

discussão dos principais resultados da pesquisa. Portanto, realizou-se a

comparação com o conhecimento teórico, a identificação de conclusões e

implicações resultantes da revisão integrativa. Através da identificação de lacunas

permitiu-se ao revisor apontar sugestões pertinentes para futuras pesquisas

direcionadas à temática, que diz respeito à prevenção de riscos da gravidez na

adolescência através da assistência de enfermagem ao pré-natal. Além disso, a

identificação de conclusões e implicações está relacionada, com os riscos de uma

gestação na adolescência sem um acompanhamento adequado salientando a

importância de um pré-natal de qualidade e ressaltando a importância assistencial

de enfermagem no decorrer do pré-natal, abrangendo também as dimensões

educativa e gerencial.

25

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A apresentação dos resultados está dividida entre a caracterização do corpus

que integrou a revisão e as categorias apreendidas do conteúdo revisado e que

atendem ao objetivo proposto nesse estudo, sendo elas: 1) Caracterização dos

estudos; 2) Riscos e Gravidez na Adolescência; 3) Práticas Preventivas

Recomendadas pela Literatura.

4.1 Caracterização dos estudos

Primeiramente, será apresentada a caracterização dos textos, a partir dos

quadros 2 e 3. No quadro 2, encontra-se explanado o periódico, autores, ano de

publicação e a base que foi consultada para a coleta dos artigos utilizados na

revisão integrativa.

Quadro 2. Número do texto, autoria, periódico, ano de publicação e base.

Nº Text

o

Autoria Periódico Ano de Publica

ção

Base

01 Paulo Rogério Gallo; Alberto Olavo

Advíncula Reis; Claúdio Leone.

Pediatria 2000 LILACS

02 Eleonora RO Ribeiro; Marco A Barbieri; Heloisa Bettiol;

Antônio AM da Silva.

Revista de Saúde Pública

2000 LILACS

03 Marina Padilla de Gill. Revista Sogia 2000 MEDLINE

04 Juliana Luzardo Rigol; Lilian Cordova do

Espírito Santo.

Revista Gaúcha de Enfermagem

2001 LILACS

05 Pedro L. Tauil; Erik Chaloult; Fransber R. A. Rodrigues; Lucas

S. C. Nogueira; Paulo E. T. F. Costa;

Revista Brasília Médica

2001 LILACS

26

Silviano F. dos Santos.

06 Maureen G. Phipps; MaryFran Sowers.

Jornal Americano

Public Health

2002 MEDLINE

07 Maria Conceição O. Costa; Carlos A. T.

Santos; Carlito Lopes N. Sobrinho; Juliana O. Freitas; Karine A.

S. Leão Ferreira; Melissa A. Silva;

Priscila L. B. Paula.

Caderno de Saúde Pública

2002 LILACS

08 Esther Casanueva, Julieta Jiménez,

Carlos Meza-Camacho, Mónica Mares, Luis Simon.

Arquivos Latino-

americanos de Nutrição –

ALAN

2003 MEDLINE

09 Vanda Maria Ferreira Simões; Antônio

Augusto Moura da Silva; Heloisa Bettiol; Fernando Lamy-Filho; Sueli Rosina Tonial;

Elba Gomide Mochel.

Revista de Saúde Pública

2003 LILACS

10 María Adela Barón; Liseti Solano; Daisy

Llovera; Evelyn Peña.

Arquivos Latino-americanos de

Nutrição - ALAN

2003 MEDLINE

11 Beth Barnet; Carmen Arroyo; Margo Devoe; Anne K.

Duggan.

Arq. Pediat. Adolesc. Med.

2004 MEDLINE

12 Julie A. Quinlivan; Sharon F. Evansb.

Jornal Internacional de Ginecologia e

Obstetrícia

2004 MEDLINE

13 Lia Persona; Antonieta K. K.

Shimo; Maria Celina Tarallo.

Revista Latino Americana de Enfermagem

2004 LILACS

14 Adriane Reis Sabroza; Maria do Carmo Leal;

Paulo Roberto de Souza Jr.; Silvana

Granado Nogueira da Gama.

Caderno de Saúde Pública

2004 MEDLINE

15 Silvana Granado Nogueira da Gama;

Célia Landmann Szwarcwald; Adriane

Caderno de Saúde Pública

2004 LILACS

27

Reis Sabroza; Viviane Castelo Branco; Maria

do Carmo Leal.

16 Liliam Susana Fernández; Eugenio

Carro Puig; Dalia Oses Ferrera; Julia

Pérez Piñero.

Revista Cubana de Obstetrícia e

Ginecologia

2004 LILACS

17 Paulete Goldenberg; Maria do Carmo T. Figueiredo; Rebeca de Souza e Silva.

Caderno de Saúde Pública

2005 LILACS

18 Lynn Atuyambe; Florence Mirembe; Annika Johansson; Edward K. Kirumira; Elisabeth Faxelid.

African Health Sciences

2005 MEDLINE

19 Dayane Cristina de Sousa Rocha; Maria

Gorette Andrade Bezerra; Antonia do

Carmo Soares Campos.

Escola Anna Nery/Revista de

Enfermagem

2005 LILACS

20 Goonewardene, I.M.R.; Deeyagaha,

W.R.P.K.

Ceylon Medical Journal

2005 MEDLINE

21 Samir B. Kassar; Marilia de C. Lima;

Maria de Fátima M. de Albuquerque; Marco

Antônio Barbieri ; Ricardo Q. Gurgel.

Revista Brasileira de

Saúde Materno Infantil

2006 LILACS

22 Elisa Chalem; Sandro Sendin Mitsuhiro; Cleusa P. Ferri; Marina Carvalho

Moraes Barros; Ruth Guinsburg; Ronaldo

Laranjeira.

Caderno de Saúde Pública

2007 LILACS

23 Héctor Oviedo Cruz; Josefina Lira

Plascencia; Ayumi Ito Nakashimada; Juan

Manuel Grosso Espinoza.

Revista de Ginecologia e Obstetrícia do

México

2007 MEDLINE

24 Denise G. S. Faria; Dirce M. T. Zanetta.

Arquivo Ciência e Saúde

2008 LILACS

25 Khooshideh Maryam; Shahriari Ali.

J. Pak. Med .Assoc.

2008 MEDLINE

26 Thelma Spindola; Escola Anna 2009 LILACS

28

Larissa Freire Furtado da Silva.

Nery/Revista de Enfermagem

O corpus final do estudo totalizou 26 artigos, sendo destes dez

internacionais e dezesseis nacionais. Dos artigos internacionais, verificou-se a

produção nos países do México, Estados Unidos da América, Venezuela,

Austrália, Cuba, Uganda, Galle, Irã e El Salvador. No Brasil, os estudos foram

desenvolvidos, sobretudo, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre

outros, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Minas Gerais,

Ceará e Alagoas, além do Distrito Federal. Entre os artigos que compuseram a

análise do estudo, o periódico que obteve o maior número de publicações foi o

Caderno de Saúde Pública, totalizando cinco dos 26 artigos.

Na amostra selecionada para o estudo, a base que mais se destacou foi a

LILACS, contemplando 16 artigos. No que se refere ao item ano, salienta-se que

2004 foi o ano em que mais houve publicação sobre a temática, totalizando sete

artigos. Em contrapartida, pode-se dizer que nos anos de 2006 e 2009 houve

apenas um artigo a respeito.

Identificou-se nos estudos, a área de atuação dos autores, tendo destaque a

Pediatria e a Medicina, com seis artigos cada, seguido de Enfermagem e

Ginecologia e Obstetrícia, contemplando cinco artigos, respectivamente. Outras

áreas como Saúde Publica/Coletiva, Puericultura, Epidemiologia, Materno-Infantil,

Nutrição, Neonatologia, Perineonatologia, Psiquiatria, Ciências Sociais, também

estiveram presentes, porém, na minoria das publicações analisadas. Quanto à

categoria profissional, há de se considerar que nem todos os textos apresentavam

claramente a formação dos autores e, nesse contexto, foi possível verificar que

seis publicações foram produzidas por enfermeiros, especificamente.

O objetivo predominante dos artigos foi avaliar o perfil socioeconômico,

demográfico e comportamental das gestantes adolescentes, o que proporcionou

subsídios para serem elencados os riscos para, da e na gravidez na

adolescência.

No que se refere ao processo metodológico, se obteve o predomínio de

estudos de abordagem quantitativa, do tipo comparativo; ou seja, contemplando

nessa categoria um comparativo entre as mães adolescentes e as mães adultas.

29

Também foi observado que alguns estudos utilizaram mais de um método para a

coleta de dados, chamando-se a atenção para as fontes de dados documentais

(os prontuários das gestantes e os sistemas de informações, como o Sistema de

Informação sobre Nascidos Vivos), além das entrevistas. Quanto à análise dos

dados, verificou-se onze artigos que usaram o teste qui-quadrado e outros

abrangeram distribuições de freqüências, dispersão e regressão logística.

A seguir, apresenta-se o Quadro nº3, em que são sintetizadas as

características da amostra de cada um dos estudos, em que se identifica o

número de sujeitos/casos, o local e o ano de realização das pesquisas.

Quadro 3. Número do texto e caracterização da amostra

Nº Texto

Caracterização da Amostra

01 9.006 Declarações de Nascidos Vivos da cidade de Joinville, Santa Catarina, notificados no ano de 1995.

02 1442 mães adolescentes divididas em dois grupos etários de 13 a 17 anos e 18 a 19 anos, logo após o parto, sendo 943 em 1978/79 e 499 em 1994, no município de Ribeirão Preto, São Paulo.

03 305 puérperas menores de 20 anos que tiveram seus partos nos meses de novembro e dezembro de 1998, no município de San Salvador, El Salvador.

04 931 fichas de gestantes adolescentes na faixa dos 15 aos 19 ano, no período entre 1989 e 1999 em Porto Alegre.

05 106 492 partos de mães adolescentes e adultas, e partos de adolescentes de até 16 anos com as adolescentes de 17 até 19 anos, no Distrito Federal, de 1995 e 1996

06 1000 nascimento de bebês do ano de 1995, de mães adolescentes entre 12 a 23 anos, nos E.U.A.

07 5.279 nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19) e adultas jovens (20 a 24 anos) no município de Feira Santana em 1998.

08 163 gestantes adolescentes entre 11 e 17 anos que freqüentavam uma clinica para adolescentes no período de seis meses no ano de 2002, no município de Montes Urales, México.

09 2.429 mulheres, 714 eram adolescentes residentes em São Luis, Maranhão, em dez maternidades e hospitais no período de março de 1997 a fevereiro de 1998.

10 75 gestantes adolescentes com idade inferior ou igual a 18 anos, realizado na cidade de Valência, Venezuela, entre os anos de 1997 a 2001.

11 431 adolescentes gestantes de até 18 anos, em uma determinada escola em Battimore de julho de 1995 a agosto de 1997.

12 651 adolescentes grávidas menores de 18 anos de idade atendidas em três hospitais metropolitanos da Austrália no ano de 2001.

30

13 26 gestantes adolescentes, ).adolescentes (dos 11 aos 17 anos e 11 meses ), durante o período de cinco meses, em um ambulatório de pré-natal do CAISM (Centro de Atendimento Integral a Saúde da Mulher)- UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas

14 1.228 puérperas de 12 a 19 anos de idade que se hospitalizaram em maternidades do município do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2001.

15 10.0742 puérperas de 10 a 19 anos de idade no pós-parto em maternidades no município do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2000.

16 206 nascimentos de gestantes adolescentes menores de 20 anos em um hospital materno infantil no período de junho a dezembro de 2001, no município de La Habana, Cuba.

17 7.672 nascidos vivos de adolescentes de 10 a 14 anos de idade e de 15 a 19 anos, ocorridos em Montes Claros, Minas Gerais, no ano de 2001

18 44 adolescentes grávidas subdivididas em 6 grupos, em novembro de 2002 em Wakiso, Uganda

19 30 adolescentes primíparas com idade entre 13 e 19 anos que estavam no alojamento conjunto de uma maternidade nos meses setembro e outubro de 2004 na cidade de Fortaleza, Ceará.

20 620 mães adolescentes nulíparas de 13-16 anos de idade e com 17-19 anos, utilizando a faixa etária de 20-24 anos, no ano de 2001, em Galle na Ásia.

21 250 puérperas adolescentes (<20 anos) e 250 puérperas adultas jovens em três maternidades públicas do município de Maceió, Alagoas, no período de julho a outubro de 1996.

22 1.000 adolescentes grávidas entre 10 e 20 anos incompletos admitidas no Hospital Municipal Maternidade-Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelfer Silva, no município de São Paulo no período de julho de 2001 a novembro de 2002.

23 2326 adolescentes de 12 a 16 anos, em uma instituição ,de maio de 1998 a janeiro de 2004, no México.

24 84 mães adolescentes entre 10 e 19 anos, em três hospitais de São José do Rio Preto, São Paulo, no período de 01 de outubro a 01 de dezembro de 2004.

25 10.352 gestantes primíparas de 13 a 19 anos e entre mulheres de 20 a 29 anos, de janeiro de 2003 a janeiro de 2005, em um hospital do município de Zahedan, Irã.

26 112 fichas de atendimento do serviço de pré-natal de adolescentes gestantes de 10 a 17 anos de idade em um hospital universitário do Rio de Janeiro, no período de 2004 a 2006.

No que se refere ao quadro 3, verifica-se o predomínio de estudos realizados

em hospitais, mais especificamente nas maternidades. Também se pode observar

que houve estudos que utilizaram registros de escolas e ambulatórios.

31

Identificou-se que a faixa etária predominante entre as adolescentes

estudadas foi de 10 a 19 anos de idade. No caso em que os estudos eram

comparativos, a faixa etária predominante era de mulheres de 20 a 34 anos,

sendo que nove artigos adotaram como método de estudo as comparações entre

as gestantes adolescentes e as adultas.

A seguir, será apresentada a segunda categoria analítica, que aborda os

resultados específicos para os riscos e a gravidez na adolescência.

4.2 Riscos e gravidez na adolescência

A figura 1 representa uma síntese dos resultados verificados na literatura

revisada, elucidando primeiramente, os riscos para o acontecimento da gestação

na adolescência. A partir da gestação confirmada, a literatura consultada

apresenta uma ligação entre essa condição e a inadequação da assistência pré-

natal. Ambas as condições, ou seja, gestação na adolescência e inadequação do

pré-natal, por sua vez, aumentam o risco para intercorrências, que podem ter

repercussão para a gestante adolescente e/ou seu concepto, aqui denominadas

de risco da/na gestação.

Figura 1. Riscos e Gravidez na Adolescência

32

A seguir, será melhor explicada cada uma das subcategorias representadas

na figura, quais sejam: a) riscos para o acontecimento da gravidez na

adolescência; b) relação entre gravidez na adolescência e inadequação da

assistência pré-natal e c) riscos da/na gravidez na adolescência.

4.2.1 Riscos para o acontecimento da gravidez na adolescência

As condições que podem promover o acontecimento da gestação na

adolescência foram descritas no primeiro quadro da figura, as quais são: baixa

renda, baixa escolaridade, pouco conhecimento e/ou uso dos métodos

contraceptivos, gestações anteriores, idade do parceiro, ausência da figura do pai

da adolescente, união consensual, menarca precoce, sexarca precoce e não ter

função remunerada, que serão enfatizadas a seguir, de acordo com sua

semelhança e ligação.

Figura 2 - Riscos para o acontecimento da gravidez na adolescência

A gravidez na adolescência é cada vez mais comum nos países em

desenvolvimento, especialmente em comunidades de baixa renda. No que se

refere à situação ocupacional, a maioria delas não estudavam e nem

33

trabalhavam. A maior proporção de adolescentes grávidas pertence a uma

situação socioeconômica desfavorável. Sendo assim, a renda familiar da maioria

não ultrapassa a cinco salários mínimos, considerando que o valor do salário

mínimo é variável conforme o país e a época em que os estudos foram feitos

(BARÓN et al., 2003; SIMÕES et al., 2003; PERSONA; SHIMO; TARALLO, 2004;

ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005; KASSAR et al., 2006; SPINDOLA; SILVA,

2009; FARIA; ZANETTA, 2008).

Pôde-se observar nos estudos o elevado percentual de mães com menor

grau de instrução, em que a maioria das adolescentes era analfabeta ou não

tinham escolaridade compatível com o ensino fundamental completo (GAMA et

al., 2004; FARIA; ZANETTA, 2008; BARÓN et al., 2003; KASSAR et al., 2006;

CHALEM et al., 2007; SPINDOLA; SILVA, 2009).

Constatou-se, também, que a presença de repetência escolar pode ser um

fator de risco à repetição da gravidez na adolescência, pela experiência escolar

negativa que traz. A primeira gestação levou ao abandono escolar, o que

favoreceu outras gestações, principalmente se não houve retorno à escola

(PERSONA; SHIMO; TARALLO, 2004).

Outra evidência encontrada foi que a ausência do pai da adolescente seja

por morte ou desaparecimento, favorece a ela o amasiamento e o casamento.

Outro dado que a literatura aponta como fator associado é a idade do parceiro,

que geralmente é maior que a da adolescente (PERSONA; SHIMO; TARALLO,

2004; ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005; FARIA; ZANETTA, 2008; GIL, 2000).

De acordo com a literatura, a freqüência de adolescentes que viviam com o

companheiro foram maiores. Nesse caso, a maioria delas apresentava união

consensual, porém, sem vínculo civil (FARIA; ZANETTA, 2008; SIMÕES et al.,

2003; ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005).

Um estudo mostrou que as adolescentes que desejaram a gestação

apresentaram pouca ou nenhuma expectativa em relação ao futuro, o que

representaria, efetivamente, uma possibilidade de reconhecimento social

(SABROZA et al, 2004).

Outro risco para o acontecimento da gravidez na adolescência é a falta de

conhecimento do adolescente sobre as questões sexuais. Os adolescentes

continuam mal informados, apresentando falta de compreensão sobre assuntos

34

como o ciclo menstrual, o tempo de fertilidade e o processo de concepção

(ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005).

A proporção de adolescentes que não conhece nenhum método não tem

sido melhorada ao longo do tempo, o que desencadeia reflexões sobre o fato de

os adolescentes não conseguirem traduzir seus conhecimentos em sexo

protegido e mudanças de comportamento. O início precoce da atividade sexual,

principalmente de forma desprotegida, contribui para o elevado índice de

gestações não planejadas (GIL, 2000; CHALEM et al., 2007; SPINDOLA; SILVA,

2009).

Os resultados dos estudos também salientaram que a menarca e a sexarca

precoces são fatores de risco para a gestação, classificando a menarca na faixa

dos 12 anos e a sexarca dos 12 aos 15 anos (SPINDOLA; SILVA, 2009;

PERSONA; SHIMO; TARALLO, 2004).

A partir do acontecimento da gravidez na adolescência, os riscos durante o

processo gravídico-puerperal se mostraram relacionados, na literatura revisada, à

inadequação da assistência pré-natal, resultados estes que serão apresentados a

seguir.

4.2.2 Relação entre gravidez na adolescência e inadequação da assistência

pré-natal

Esta subcategoria elaborada tem como propósito apresentar como é referida

a relação entre o pré-natal e a gravidez na adolescência, explorando o que os

textos estudados trazem sobre essa assistência e os motivos da sua

inadequação, que corroboram para o aumento dos riscos que a adolescente pode

ter.

De acordo com a literatura analisada, verificou-se que a maioria das

adolescentes inicia o pré-natal e as consultas de enfermagem a partir da 20ª

semana, ou seja, na segunda metade da gestação. Nesse sentido, o estudo de

Rigol e Santo (2001), mostrou que dos 65,1% das adolescentes que realizaram o

pré-natal, 10,8% iniciaram a assistência com a enfermeira no 1º trimestre de

gestação, ao passo que 53,9% iniciaram no 2º trimestre e 35,3% no 3º trimestre.

35

Os estudos de Spindola e Silva (2009), Maryam e Ali (2008) e Casanueva et al

(2003), indicam que o início do pré-natal nas mães adolescentes também

aconteceu tardiamente.

Tauil et al (2001) demonstraram que a prematuridade de conceptos de

adolescentes pode estar relacionada com o cuidado pré-natal deficiente,

característico dessa categoria etária. Neste artigo analisado, identificou-se que as

adolescentes procuram menos auxílio médico pré-natal em relação às mães

adultas e, entre as possíveis razões que explicam esse fenômeno, estão a

inexperiência e o temor em procurar auxílio médico durante a gravidez.

Para Simões et al (2003), o pré-natal foi considerado adequado quando

iniciado até o quarto mês e realizado um mínimo de seis consultas para uma

gestação a termo, ou menor número de consultas de acordo com a idade

gestacional.

No artigo de Costa (2002), foi apresentado que 31% das adolescentes

estudadas realizaram o pré-natal de forma insuficiente, considerando inadequada

a frequência a menos seis consultas. Além disso, o autor verificou que 14,2% das

adolescentes não realizaram o pré-natal. Em comparação com as gestantes

adultas, as adolescentes destacaram-se em proporção estatisticamente

significante para a inadequação da assistência.

Na análise do texto de Gama et al (2004), pode-se observar que o número

insuficiente de consultas pré-natal apresentou relação com as mães adolescentes

insatisfeitas com a gestação. À medida que se eleva o grau de satisfação com a

gravidez, aumenta o número de consultas. Assim, as mulheres insatisfeitas com a

gestação, tiveram o percentual de inadequação do pré-natal de 23,9%, enquanto

que as mulheres satisfeitas, não realizaram satisfatoriamente a assistência

somente em 15,9% dos casos. Ocorre o mesmo em relação à satisfação paterna,

no que diz respeito ao apoio do pai.

Este artigo, a respeito das gestantes adolescentes, também traz como

considerações de número precário de consultas, ou seja, de zero a três, algumas

variáveis significativas como a existência de filhos nascidos vivos anteriormente,

baixo nível de escolaridade materna, consumo de bebidas alcoólicas e uso de

cigarros na gestação e tentativa de interromper a gestação. Quanto ao número

intermediário de consultas, ou seja, de quatro a seis, destacam-se as variáveis

significativas como o uso de cigarros na gestação e a presença de filhos nascidos

36

vivos anteriores. Além das variáveis citadas anteriormente, o presente estudo

apresentou uma associação entre as diversas variáveis de baixa condição de vida

com a não realização ou realização inadequada do pré-natal, tais como o baixo

grau de escolaridade e a não disponibilidade de água encanada em casa (GAMA

et al., 2004).

Nesse contexto, segundo Kassar et al (2006) e Goldenberg, Figueiredo, Silva

(2005), observa-se que a frequencia ao pré-natal no caso da prematuridade e

baixo peso ao nascer, é baixa na gestação precoce, pois o pré-natal inadequado

(menos de seis consultas) ressalta uma chance aumentada de ocorrência de

prematuridade e baixo peso ao nascer.

No mesmo intuito, Chalem et al (2007) confirmam que os elevados índices

de prematuridade (13,3%) e de baixo peso (15,9%) ao nascer encontrados no

presente estudo associa-se com a assistência pré-natal. Em relação a esses

dados, os mesmos podem servir de subsídios na elaboração de políticas de

saúde e devem ser considerados nas prioridades da atenção materno-infantil.

Verificou-se, também, que a aderência às consultas do atendimento pré-

natal pode ser influenciada por fatores emocionais, tais como o apoio familiar e as

possibilidades econômicas e de transporte, como facilitadores ou não na

aderência ao atendimento pré-natal (SABROZA et al, 2004).

Entre outros fatores que justificam a ausência ou o começo tardio de

consultas pré-natal pelas adolescentes, salientam-se as dificuldades de assumir a

gestação, conflitos familiares, assim como o desconhecimento da importância

dessa assistência, situação que é agravada pela presença de abandono da

família e/ou do parceiro (COSTA et al, 2002). A inadequação do pré-natal entre as

adolescentes ainda se relaciona às dificuldades específicas observadas entre elas

para a procura de serviços de saúde, como o medo de procedimentos obstétricos,

a vergonha dos pais, assim como de abordagem sobre práticas sexuais, entre

outras questões (GOLDENBERG; FIGUEIREDO; SILVA, 2005).

O estudo de Rocha; Bezerra e Campos (2005), constatou que, apesar das

adolescentes freqüentarem o posto de saúde para a realização do pré-natal,

ainda falta por parte destes serviços, pessoal que trabalhe na adesão das

gestantes, no sentido de incentivá-las a participar das palestras oferecidas e/ou o

chamamento para as palestras.

37

Salientando os riscos que a adolescente pode adquirir no período

gestacional tanto através de fatores biológicos como através de uma inadequada

assistência pré-natal, a seguir serão descritos os riscos mais evidenciados nos

artigos analisados.

4.2.3 Riscos da/na gravidez na adolescência

Esta é uma subcategoria que tem como objetivo explanar os riscos da/na

gravidez na adolescência, e apresenta-se, primeiramente, ilustrada através da

figura3.

.

Figura 3. Riscos da/na Gravidez na Adolescência

38

Os riscos da/na gravidez na adolescência podem ter repercussão direta

sobre a vida e a saúde da mãe, ao mesmo tempo em que refletem sobre o

concepto, conforme indicado na seta pontilhada da Figura 3. Nesse sentido,

verificou-se que os riscos podem estar associados à gestante e/ou seu concepto,

sendo que em relação a gestante prevaleceram: anemia; o trabalho de parto

prematuro; a doença sexualmente transmissível; a doença hipertensiva; a ruptura

prematura das membranas; a baixa renda; o trabalho pouco remunerado; o

abandono dos estudos; o prejuízo no relacionamento com a família, o parceiro e a

comunidade; além da baixa expectativa para o futuro e da mortalidade materna.

Associados ao concepto, identificou-se o baixo peso ao nascer; a prematuridade;

os defeitos congênitos e a mortalidade infantil.

Dentre as situações que podem ocorrer devido a gravidez precoce percebe-

se que os problemas emocionais, ou seja, o sofrimento psíquico esteve presente

diante de uma gravidez não planejada. Outro fator encontrado foi a pouca ou

nenhuma expectativa em relação ao futuro que, junto com o apoio familiar pode

consistir na motivação para a gravidez e a sua reincidência. Além disso, o modo

como a adolescente lida com o futuro pode comprometer a relação mãe/bebê

(SABROZA, 2004).

De acordo com a literatura, a maternidade precoce tem sido identificada

como um fator de afastamento e dificuldade de retorno da mãe adolescente aos

estudos, levando a um agravamento das suas condições sócio-econômicas,

limitando suas possibilidades na qualificação e inserção no mercado de trabalho,

o qual é cada vez mais exigente, gerando uma dependência do companheiro ou

da família (GIL, 2000; COSTA et al., 2002; ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005;

FARIA; ZANETTA, 2008; SPINDOLA; SILVA, 2009).

Em relação ao peso de nascimento do bebê, Costa et al (2002), salientaram

que o baixo peso do recém-nascido está associado a fatores biológicos ligados à

imaturidade materna da adolescente, referindo que o baixo peso (≤2.500g) e peso

insuficiente (2.501g – 3.000g), em maior proporção, em relação às adultas jovens,

sendo que, na faixa de 10 a 16 anos, a soma dos índices de baixo peso e de peso

insuficiente (47,3%) foi maior que o de peso adequado (45,9%).

Simões et al (2003), trazem que o grupo de adolescentes muito jovens

(menores de 18 anos) apresentaram risco aumentado de ter filhos prematuros e

pequenos para a idade gestacional, na Razão de Prevalência 2,09 e1,68,

39

respectivamente. Através de sua pesquisa, também pode afirmar que os bebês de

mães adolescentes apresentam um risco 4,23 vezes maior para a mortalidade

infantil. Já as gestantes de 18 a 19 anos apresentaram maior risco de terem

recém-nascidos pequenos para a idade gestacional.

Em comparação com mulheres adultas, as adolescentes apresentaram

proporção de 6,1% para a prematuridade, enquanto as mulheres adultas 4,3%.

Em relação ao baixo peso, as gestantes adolescentes tiveram 9,6% de

ocorrência, ao passo que as mulheres adultas tiveram 5,3%. Na baixa vitalidade,

a diferença foi pequena, contemplando a frequência de 2,8% em adolescentes e

de 2,1% em adultas. O único fator que quando comparado às mulheres adultas

apresentou menor prevalência nas adolescentes foi o parto cesáreo, totalizando

23,6% nas adolescentes e 35,7% nas mulheres adultas (TAUIL et al., 2001).

Gallo, Reis e Leones (2000) e Ribeiro et al (2000), apontam que o baixo

peso de nascimento se relaciona mais com a prematuridade, mesmo que ainda

haja uma proporção bastante elevada de recém-nascidos com retardo de

crescimento intra-uterino.

Fernandez et al (2004), associam a condição nutricional do concepto com a

idade materna, mostrando que existe uma diferença significativa em mães

menores de 18 anos em comparação com as mais velhas. Em seu estudo, os

82% de recém nascidos pequenos para a idade gestacional eram de mães

menores de 18 anos.

Estão incluídos nos fatores de risco da/na gravidez na adolescência as

intercorrências clínicas como a anemia com 29,9%, o trabalho de parto prematuro

11,4%, as doenças sexualmente transmissível 12,3%, e as infecções do trato

urinário com 10,5% (RIGOL; SANTO, 2001;)

A prevalência de anemia na amostra estudada apontou que entre as

mulheres com pré-natal precoce foi de 20%, enquanto as que tiveram um

acompanhamento ao pré-natal tardio atingiu 57%(CASANUEVA et al., 2003)

Dos artigos analisados apenas um apresentou o aborto como um risco na

gravidez precoce, enfatizando a expressão do não desejo de levar a termo a

gestação, neste estudo 8% tiveram registro de um aborto e, destas, 5 (4,4%)

tinham 18 anos, 2 (1,8%), 17 anos, 1 (0,9%), 16 anos e 1 (0,9%), 15 anos.

Representando um grave problema, pois deve –se considerar que seus riscos

40

estão voltados à saúde materna, e pode vir a levar a óbito essa jovens

(SPINDOLA; SILVA, 2009).

Após a identificação dos riscos da/na gravidez na adolescência, serão

descritas as práticas recomendadas pela literatura, que podem ser usadas pela

enfermagem como subsídio para a prevenção de situações que prejudiquem a

díade mãe-filho.

4.3 Práticas recomendadas pela literatura

A seguir, serão descritas algumas práticas que foram sugeridas pela

literatura estudada, afim de que façam seu uso como forma de amenizar e/ou

prevenir os riscos encontrados em uma gravidez precoce.

Com o aumento no percentual de gravidez na adolescência, faz-se

necessário uma atenção especializada, ou seja, fornecer serviços de saúde para

esta faixa etária, tendo em vista que as adolescentes se encontram na fase em

que o ser humano está se desenvolvendo com mudanças biológicas, psicológicas

e sociais ainda não bem estruturadas.

Além disso, a literatura aponta a necessidade de sensibilização de

profissionais quanto ao investimento dos serviços de saúde na captação precoce

e inserção da mãe adolescente ao pré-natal, acompanhamento pós-parto e

planejamento familiar. É recomendada, também, a implementação de ações de

sensibilização da população de adolescentes pelos Sistemas de Educação e de

Saúde quanto à responsabilidade de prevenir a gestação precoce e não

planejada, assim como suas conseqüências (GOLDENBERG; FIGUEIREDO;

SILVA, 2005).

Destaca-se como uma prática para a prevenção da gravidez na adolescência

a participação desse público-alvo em palestras e a divulgação de informações

sobre a contracepção, visto que as adolescentes na maioria das vezes,

engravidam sem planejamento, por falta de informação e de educação sexual,

assim como pelo desconhecimento dos métodos anticoncepcionais. Estes fatores,

por sua vez, são exacerbados pela dificuldade de acesso a serviços e

41

profissionais de saúde especializados e comprometidos no atendimento

específico à gestante (ROCHA; BEZERRA; CAMPOS, 2005).

Perante a assistência de enfermagem o pré-natal tem por objetivo a

orientação sobre hábitos de vida saudáveis e higiene pré-natal, apoio psicológico

e rastreamento de dificuldades, prevenção e diagnóstico de intercorrências que

possam intervir no período gestacional. Nesse contexto, a assistência pré-natal

precoce é fundamental para uma boa evolução gestacional e neonatal. No

entanto, cabe ao profissional da área da saúde fornecer subsídios para as

adolescentes grávidas para que possam lidar melhor com esse fenômeno precoce

(TAUIL et al., 2001; RIGOL; SANTO, 2001).

Podem ser utilizadas algumas dinâmicas de grupo com a participação ativa

das gestantes, com uma linguagem de fácil compreensão, dando espaço para

temas de escolha das participantes, promovendo assim, a oportunidade de

participação do parceiro e/ou da família (RIGOL; SANTO, 2001).

42

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste item da revisão integrativa serão abordados aspectos relacionados

com os resultados obtidos, construindo uma discussão entre estes resultados

encontrados e o que a literatura corrobora ou contesta sobre os mesmos. Além

disso, a discussão será permeada pelo discurso da promoção da saúde, que se

identifica com a temática dos riscos em saúde e/ou com a sua consolidação.

Justifica-se a abordagem da promoção da saúde por compreendê-la como

um determinante geral sobre a saúde, em que a saúde apresenta-se como um

produto amplo de fatores que se relacionam com a qualidade de vida,

contemplando a nutrição, alimentação, habitação, saneamento básico, ou seja,

adequado cuidado à saúde (MUZA; COSTA, 2002).

Sendo assim, a promoção da saúde tem como princípio assegurar

oportunidades, e através delas, permitir que a população em geral, principalmente

as adolescentes gestantes, tenham um cuidado adequado à sua saúde, refletindo

assim, em uma melhor qualidade de vida para ela, seu concepto e a sua família.

Neste contexto, devido ao objetivo geral da promoção da saúde, escolheu-se

esta estratégia como eixo norteador para a discussão da revisão integrativa, pois

grande parte dos resultados encontrados na literatura parte da baixa renda e baixa

escolaridade desta população, o que reflete significativamente na qualidade de vida

das adolescentes grávidas. Desse modo, pode-se fazer uma co-relação com a

promoção da saúde, já que ela visa oferecer oportunidades que motivem esta

população a ter um papel de co-responsabilidade pela sua saúde.

A promoção da saúde é uma estratégia promissora para que se possa

enfrentar os problemas de saúde encontrados na população e suas abrangências. A

mesma, às vezes, pode ser interpretada como a reação à medicalização social e por

outras, como resposta articulada de recursos técnicos e idéias ideológicas (BUSS,

2000).

Dos resultados obtidos nesta revisão integrativa, pode-se apontar a

dificuldade dos autores em descrever os riscos da/na gestação na adolescência, já

que muitas vezes eles aparecem nos textos como condições reais e com

repercussão negativa confirmada sobre a vida e a saúde do binômio mãe-filho.

Talvez isso aconteça porque o risco é definido como uma percepção de perigo, que

43

compreende representações racionais e sociais. Desse modo, pode ficar suscetível

à concepção daqueles que estudam sobre a temática, uma vez que nem sempre os

estudos apontam um resultado estatisticamente significativo para as variáveis

testadas. Assim, o risco pode não ser bem especificado e discutido pelos autores,

assim como, por outro lado, podem ser confirmados como condições reais, de

repercussão direta sobre os objetos investigados.

Entende-se assim, que o conceito de risco pode assumir uma condição

limítrofe entre o que pode acontecer e que se consolida em termos de saúde e

doença, sendo necessária uma atuação de enfermagem baseada em evidências

científicas, que esteja voltada para a promoção da saúde e a prevenção de um

desfecho desfavorável da gestação.

Para, além disso, não somente o risco biológico deve ser considerado, como

também o risco social, pois conforme identificado na literatura revisada o que num

momento se constitui no risco para o acontecimento da gravidez, posteriormente

contribui para o aumento da probabilidade de prejuízo à condição econômica e

obstétrica da gestante e seu concepto.

Quanto aos riscos que a gravidez na adolescência pode ocasionar para o

concepto estão os defeitos congênitos, que se relaciona diretamente ao incompleto

crescimento físico da gestante. Muitas vezes estes, resultam em mortalidade

materna e/ou infantil, os quais foram salientados nos resultados, mostrando, desse

modo, a associação entre os riscos que ora são diretamente relacionados a um dos

sujeitos e ora confirmam-se como risco ou problema para o outro, nesse caso a

mãe e o bebê, respectivamente.

A seguir, será realizada uma ligação da promoção da saúde com as

dimensões do trabalho da enfermagem, sendo elas: a assistencial, a gerencial e a

educativa. Objetiva-se, assim, promover implementações, as quais podem servir de

subsídios para que essa categoria esteja preparada para lidar com a

problematização da gravidez na adolescência.

Na dimensão assistencial, pode-se dizer que o enfermeiro tem um

importante papel, pois é na assistência que ele presta à gestante as informações e

cuidados necessários para que ela tenha uma menor probabilidade de apresentar

algum risco relacionado à gravidez. Além da redução do risco, a assistência pode,

não apenas abranger o aspecto de risco provável, mas também auxiliar as

gestantes adolescentes a realizarem um planejamento familiar, incentivando-as a

44

melhorar suas expectativas de vida em relação ao futuro, pois elas se caracterizam

como uma população de baixa renda e tendem a agravar essa situação de vida,

sendo vulneráveis aos riscos que a gravidez na adolescência pode acarretar e às

dificuldades financeiras.

Quanto à dimensão educativa, cabe dar destaque para as ações educativas

que podem ser realizadas durante a consulta de enfermagem no pré-natal, que

visam não somente realizar uma educação voltada para a gravidez, mas também a

realização de grupos, as quais podem ser elaboradas através de rodas de conversa

com relatos de experiências de mães adolescentes que vivem na mesma

comunidade (JEOLÁS; FERRARI, 2003).

Desta maneira, a educação tem como propósito incentivar as adolescentes a

manter um cuidado adequado à sua saúde, corroborando assim, na saúde do seu

concepto.

Por fim, a dimensão gerencial também apresenta uma ligação com a

promoção da saúde, pois o enfermeiro atua sobre os problemas mais evidenciados

nesta população específica, assim como, a implementação e a avaliação das

atividades que são realizadas, contemplando uma visão ampla destes profissionais

da saúde, estas propostas podem amenizar os problemas relacionados à

adolescente.

Partindo destas dimensões, no que se refere aos riscos mais enfatizados

nesta revisão integrativa, pode-se salientar a baixa renda e baixa escolaridade com

grande característica desta população. No diz que respeito a essa característica,

ressalta-se a suma importância da prevenção de alguns fatores de riscos durante

assistência pré-natal.

Corroboram com esta perspectiva, Serruya, Ceccati e Lago (2004), que

ainda há carência na qualificação da atenção ao pré-natal. Em contrapartida, vários

artigos da literatura apontam uma melhora na quantidade do número de consultas

ao pré-natal e aos exames que devem ser encaminhados para que as gestantes

tenham o controle de sua saúde, porém são poucos os que abrangem a temática

de qualificação do pré-natal.

Outro aspecto que pode ser salientado é muitas vezes as adolescentes

deixam de realizar o acompanhamento pré-natal, devido ao medo e/ou vergonha de

comunicar aos familiares sobre a gestação. Alguns estudos apontam que muitas

gestantes engravidam para ter reconhecimento social, mostrando assim, uma idéia

45

contraditória relacionados a outros autores (CABRAL, 2003; BRANDÃO; HEILBORN,

2006).

No que se refere à baixa renda da população em estudo, ou seja, das

gestantes adolescentes, conclui-se que a maioria delas vive com o parceiro ou com

a família, outra característica, é não possuírem trabalho e/ou pouca ou nenhuma

perspectiva ao futuro. Outros dados encontrados foram que as adolescentes que

viviam com os pais do bebê tinham uma união consensual e que muitas delas

estavam longe da escola, o que representa grande relação com a baixa renda das

mesmas, pois o fato de viverem com o parceiro enfatizam essa vulnerabilidade

(SILVA et al, 2005).

Corroborando com essa idéia, a baixa escolaridade é referida como

facilitadora para o acontecimento da gravidez na adolescência, no mesmo sentido,

a gestação pode dificultar a volta das adolescentes às escolas, resultando em uma

grande chance de abandono dos estudos e de uma nova gravidez (YAZLLE et al,

2002; CABRAL, 2003; GONÇALVES; KNAUTH, 2006).

Deve-se também, levar em conta que os riscos presentes na gravidez na

adolescência podem se refletir na saúde e bem estar do concepto. Desta maneira,

os riscos que mais se destacaram em relação ao concepto foram o baixo peso e a

prematuridade.

Ambos os riscos presentes no concepto são reflexos dos riscos obtidos e

gerados pela gestação da adolescente. Assim, estão extremamente relacionados a

qualidade de vida que estas jovens possuem durante o período gestacional.

Nesta mesma relação, ressalta-se a importância que a promoção da saúde

tem sob esta perspectiva, de que pode diminuir os riscos da gestação na

adolescência e de seu concepto através do próprio cuidado que a gestante venha

ter com sua saúde. Tendo em vista, que o enfermeiro que presta o cuidado para

esta população específica tenha o objetivo da promoção em saúde no atendimento

da mesma (YAZLLE et al., 2002; OLIVEIRA, 2005).

Já que muito dos artigos tratam-se de abordagens metodológicas, onde as

análises de dados são feitas por freqüências, pode-se enfatizar a fragilidade de

alguns estudos, pois apresentavam uma comparação mais detalhada e sim

análises simples.

Outro ponto de fragilidade encontrado nos artigos que compuseram a análise

da revisão integrativa foi referente ao número de consultas ao pré-natal, pois eles

46

não identificam exatamente o número de consultas realizadas pelas adolescentes,

e sim um número indeterminado, como por exemplo, de quatro a seis consultas.

Este dado pode ser importante não apenas pelo estudo em questão, mas também

para a construção de novas políticas de saúde voltadas ao pré-natal.

Ressalta-se que apenas um dos artigos utilizados na revisão apresentou o

aborto como um risco da gestação na adolescência, o que mostra que mesmo com

os problemas socioeconômicos que as adolescentes enfrentam, elas, em sua

grande maioria levam a gestação até o fim.

Em relação às intercorrências da gestação como anemia, doenças

sexualmente transmissíveis, hipertensão arterial, entre outros, percebe-se que a

literatura estudada confirma que a gestante adolescente está mais propícia ao

aumento destes riscos do que uma gestante adulta. A única situação em que as

adolescentes apresentaram resultado menor do que as adultas foi relacionado ao

número de cesáreas (parto Cesário).

Referente à inadequação do pré-natal, a literatura utilizada aponta indícios

de que a maioria das adolescentes inicia o acompanhamento ao pré-natal a partir

da 20º semana de gestação. Alguns estudos colaboram com este dado, quando o

pré-natal é apresentado como adequado quando iniciado até o quarto mês e a

gestante realiza pelo menos seis consultas. Contraditório a estes estudos, outros

apresentam que em comparações a mulheres adultas, as adolescentes tiveram

uma inadequação maior no pré-natal. Neste sentido, ressalta-se que os problemas

como baixo peso e a prematuridade estão diretamente associados à baixa

assistência ao pré-natal.

Contudo, um dos principais fatores direcionados a não aderência ao pré-

natal, está relacionado ao medo de assumir a gestação ou até mesmo a falta de

conhecimentos por parte das adolescentes sobre a importância da realização

adequada do pré-natal.

Um índice importante que deve ser ressaltado nesta discussão é que ao

contrário do que algumas revisões apresentam, os artigos que foram analisados

não verificaram que as adolescentes apresentam maior probabilidade de ter

repercussões durante a gestação como hemorragia, deficiências nutricionais, e

problemas relacionados à hipertensão arterial.

No que se refere às diferentes realidades, ou seja, Brasil versus outros

países pode-se dizer que os artigos revisados não apresentaram diferenças, e sim

47

uma semelhança entre os problemas encontrados nas diferentes localidades

analisadas.

Tanto os artigos nacionais como internacionais destacaram a inadequação

ao pré-natal, assim como, os riscos para a saúde da adolescente e do seu

concepto. Isso nos mostra que mesmo em países mais desenvolvidos que o Brasil

ainda existem dificuldades quando se trata da temática gravidez na adolescência.

48

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os artigos utilizados nesta revisão integrativa voltada aos

riscos de uma gestação na adolescência, percebe-se a fragilidade que muitos

autores possuem em separar o risco do problema com o fato concreto. Nesse

mesmo contexto, a maioria dos estudos ressaltou a inadequação ao pré-natal, a

baixa renda e a baixa escolaridade como os principais riscos na gravidez na

adolescência.

Tendo em vista a Enfermagem em quaisquer de suas dimensões

(assistencial, educativa e/ou gerencial), é necessário que a categoria se aprimore

para qualificar e aprofundar os conhecimentos direcionados a esta população

específica, ou seja, as gestantes adolescentes.

Desta forma, essa revisão integrativa explana os principais riscos apontados

pela literatura e corrobora, concomitantemente, para a criação de subsídios para

que os profissionais da saúde, em especial os profissionais da enfermagem criem e

executem políticas públicas voltadas à promoção da saúde da gestante

adolescente e sua família e contribuam para a consolidação da enfermagem como

ciência.

Considerando este trabalho, é possível afirmar a importância da assistência

ao pré-natal como prática preventiva dos riscos encontrados em uma gravidez

precoce. Sobretudo, acredita-se que é preciso dar ênfase ao trabalho dos

profissionais enfermeiros, os quais podem contribuir para a melhoria da qualidade

de vida do binômio mãe-bebê.

Apesar de reconhecer a importância da participação do enfermeiro na

assistência pré-natal e no cuidado às gestantes adolescentes, os textos analisados

nessa revisão integrativa pouco trouxeram o que é ou pode ser feito

especificamente por esse profissional, evidenciando uma lacuna importante na

produção sobre essa temática pelos enfermeiros.

Diante disso, conclui-se que este estudo, contribuiu para a melhoria do

nosso conhecimento específico sobre a temática enriquecendo, assim, a nossa

prática como futuras enfermeiras, além do crescimento como seres humanos,

permitindo uma visão mais ampla da enfermagem como ciência e o destaque do

exercício da enfermagem como papel fundamental na prevenção de riscos.

49

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56

APÊNDICES

1. Número do texto:

01

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Características de seguimento pré-natal, do parto e do

recém-nascido de adolescentes grávidas, município de Joinville, estado de

Santa Catarina, Brasil, 1995.

4. Periódico e Ano de publicação: Pediatria 2000

5. Autoria: Paulo Rogério Gallo, Alberto Olavo Advíncula Reis, Cláudio

Leone.

6. Objetivo do estudo: Analisar algumas características da gravidez, parto e

do nascituro de mães adolescentes, passíveis de recuperação a partir da

Declaração de Nascido Vivo (DN), recentemente implantada no Brasil,

comparando o desempenho das mães adolescentes com o das adultas.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: Comparativo

9. Coleta de dados: Procurou-se inicialmente avaliar a consistência dos

dados registrados nas DNs identificando valores aberrantes, por meio de

listagem de freqüência e analise gráfica.

10. Análise de dados: A análise foi realizada por comparação de freqüências

simples, por faixas de idade materna, sem a aplicação de testes

estatísticos, já que se tratava de dados do universo das DNs e não de uma

amostra probabilística das mesmas, o que significa que os valores

observados não correspondiam à estimativa, mas, sim, ao valor

populacional real para aquele local e ano.

11. Resultados Pré-natal: Pouco mais da metade das mães realizou um pré-

natal adequado, além de haver uma maior proporção de mães

adolescentes que não chegaram sequer a fazer acompanhamento pré-

natal

12. Resultados Risco na Gestação: Os resultados evidenciaram que as

57

mães adolescentes apresentavam menor concentração de consultas pré-

natal, menores proporção de partos operatórios, taxas maiores de

prematuridade e maior incidência de baixo peso ao nascer, do que as

mães de 20 a 34 anos de idade.

Do ponto de vista do desempenho reprodutivo, os resultados sugerem que

não há risco médico-obstétrico (maternos) mais elevados nessa idade, mas

que há nessa população riscos evidentes de conceptos de baixo peso ao

nascer, inclusive por prematuridade.

Conseqüentemente, mesmo sem considerar aspectos maternos e/ou

psicossociais, a gravidez na adolescência deve ser considerada com uma

situação de risco biológico e social.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): A gestação

na adolescência deve seguramente ser considerada como também de risco

médico-biológico, e não apenas médico-social, mesmo que seja apenas

pelo que diz respeito ao recém-nascido, pois, não se pode esquecer, o

baixo peso de nascimento, além de ser por si só uma condição anormal,

associas-se a maiores taxas de morbi-mortalidade.

1. Número do texto: 02 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Comparação entre duas coortes de mães adolescentes em

município do Sudeste do Brasil

4. Periódico e Ano de publicação: Revista de Saúde Pública 2000

5. Autoria: Eleonora RO Ribeiro, Marco A Barbieri, Heloisa Bettiol e Antônio

AM da Silva

6. Objetivo do estudo: Comparar a prevalência de gravidez na adolescência

e analisar variáveis sociobiológicas relacionadas ao binômio mãe-filho entre

duas coortes de mães adolescentes de nascidos vivos em Ribeirão Preto

(1978-1979 e 1994).

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: comparativo

9. Coleta de dados: entrevistadas todas as mães que deram à luz a recém-

58

nascidos vivos, logo após o parto. As entrevistas foram realizadas em todos

os hospitais que tinham serviço obstétrico, 8 unidades em 1978/79 e 10 em

1994, que atendiam a mais de 98% dos nascimentos ocorridos no município

10. Análise de dados: teste do Qui-Quadrado

11. Resultados Pré-natal: observou maior percentual de adolescentes sem

pré-natal entre aquelas com idade entre 13 e 17 anos em 1978/79, mas em

1994 esta diferença desapareceu, indicando melhoria no acesso ao pré-

natal em todo o grupo de adolescentes.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa escolaridade, hábito de fumar, falta

de acompanhamento pré-natal, baixo peso e prematuridade do recém-

nascido

13. Resultados Prevenção dos riscos: O aumento no percentual de gravidez

na adolescência coloca desafios para os serviços de saúde. Atenção

especializada deve estar disponível para esta faixa etária, tendo em vista

as diferenças na maturidade biológica e psicológica neste grupo.

14. Trabalho do Enfermeiro: É importante que se tenha este conhecimento e

que se comece desde o início da adolescência a fornecer atendimento não

só às jovens adolescentes, como também aos adolescentes do sexo

masculino. O fornecimento de informações sobre saúde reprodutiva deve

ser feito antes do início da atividade sexual, para que os jovens possam

optar pelo sexo seguro, sem riscos de doenças ou gravidez indesejada.

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): Também é

necessário que se tenha mais cuidado ao se estudar as mães adolescentes,

visto que as características não são homogêneas para todas as idades

abaixo dos 20 anos. A Organização Mundial de Saúde classifica

adolescência como a idade compreendida entre os 10 e 19 anos.

Entretanto, os resultados do presente estudo apontam que muitas

características das mães adolescentes de 13 a 17 anos são mais

desfavoráveis do que daquelas com 18 e 19 anos.

59

1. Número do texto: 03 2.País de origem:

3. Título do texto: Aspectos Médicos y Sociales de la Maternidad en la

Adolescencia

4. Periódico e Ano de publicação: Revista Sogia 2000

5. Autoria: Marina Padilla de Gil

6. Objetivo do estudo: Descrever os aspectos sociais que caracterizam a

mãe adolescente, bem como os principais fatores de risco reprodutivos e

morbidades da gravidez e do parto, que na maioria das vezes é um gatilho.

Descrever as variáveis de educação, a qualidade do casal, início da

atividade sexual e projetos de vida, o conhecimento da sexualidade e da

reprodução.

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: Descritivo

9. Coleta de dados: documento contendo as variáveis a investigar

10. Análise de dados: teste qui-quadrado

11. Resultados Pré-natal: Maior parte das adolescentes grávidas tinham

tomado pelo menos uma assistência pré-natal e mais da metade tinham

um mínimo aceitável de cinco consultas que é considerado pré-natal

adequado. 35% estão matriculados no pré-natal durante o primeiro

trimestre e um adicional de 21% o fizeram entre 13 e 16 semanas,

resultando em um registro 56% mais cedo.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa escolaridade, gestações

anteriores, ausência da figura paterna da adolescente, baixo conhecimento

sobre a contracepção, abandono dos estudos.

13. Resultados Prevenção dos riscos: estratégias pelos diversos atores

sociais para alcançar a melhoria e incentivar ações de prevenção

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

Disponibilizar aos jovens informações sobre a fertilidade e contracepção para

acabar com os mitos e medos que dificultam a sua utilização. Facilitar o acesso

ao aconselhamento e obtenção de contracepção para os adolescentes

sexualmente ativos, proporcionando privacidade e confidencialidade. A

habilitação de um telefone para consulta e que os adolescentes podem chamar

60

e responder às suas perguntas em relação aos seus problemas de saúde

reprodutiva. Apoiar e incentivar ações de desenvolvimento local e comunitário.

1. Número do texto:

04

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Perfil das gestantes adolescentes atendidas em consulta

de enfermagem

4. Periódico e Ano de publicação: Revista Gaúcha de Enfermagem 2001

5. Autoria: Juliana Luzardo Rigol, Lilian Cordova do Espírito Santo

6. Objetivo do estudo: Identificar o perfil social, obstétrico e comportamental

em relação às consultas de enfermagem e cursos de preparo para o parto

das gestantes adolescentes no período de 1989 a 1999, no ambulatório de

pré-natal do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

7. Abordagem metodológica: Pesquisa quantitativa.

8. Tipo de estudo: Descritivo

9. Coleta de dados: Os dados foram coletados das fichas das gestantes

adolescentes que iniciaram o pré-natal com a enfermeira a partir do mês de

janeiro de 1989 até aquelas que iniciaram o pré-natal em 1999 e já tiveram

concluídas suas gestações até maio de 2000, quando foi realizada a coleta

de dados.

Para coleta de dados, foi elaborado instrumento baseado na ficha

obstétrica que está sendo utilizada atualmente. Essa ficha sofreu algumas

modificações no ano de 1991, quando foram acrescentados itens

considerados importantes pelas enfermeiras.

10. Análise de dados: Os dados foram analisados utilizando o Programa Epi

Info na versão 6.0.

11. Resultados Pré-natal: Reveste-se de especial importância, por ser este

período considerado de alto risco.

A adesão das gestantes e a manutenção da procura pela assistência pré-

natal no referido Programa. Isto se reflete, certamente, em um melhor

prognóstico da gestação e interfere positivamente no cuidado que as

adolescentes prestarão a seus filhos.

61

12. Resultados Risco na Gestação: Considera-se a gravidez na adolescência

o principal fator de risco para o abandono escolar. uma inadequada

assistência pré-natal e a falta de apoio e orientação podem resultar em

complicações maternas e perinatais. Em conseqüência, a gravidez na

adolescência torna-se um problema social.

13. Resultados Prevenção dos riscos: a assistência pré-natal precoce é

fundamental para uma boa evolução gestacional e neonatal.

14. Trabalho do Enfermeiro: A assistência de enfermagem ao pré-natal tem

por objetivo a orientação sobre hábitos de vida saudáveis e higiene pré-

natal, apoio psicológico e rastreamento de dificuldades, prevenção e

diagnóstico de intercorrências que possam intervir no processo gestatório.,

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): O

profissional ideal para atender esta clientela precisa ser empática, dominar

com destreza as técnicas de relações humanas e ser bem aceita pelas

adolescentes. É pertinente a associação de vários profissionais, a fim de

formar uma equipe multiprofissional, essencial para a promoção de uma

assistência global a gestante adolescente.

De um modo geral, os programas especiais às gestantes adolescentes

devem contemplar atendimento individual, através de consultas, e

atendimento em grupo. É necessário investir na captação das gestantes e

promover um fácil acesso aos programas.

Considerando a importância da atividade da enfermeira obstétrica junto a

gestante em consulta pré-natal, esta e outros programas necessitam de

constante aprimoramento. Uma maneira de se conhecer as características

da clientela assistida, visando a melhoria dos programas, é a realização de

trabalho à semelhança deste.

1.Número do texto: 06 2. País de origem: E.U.A

3. Título do texto: Defining Early Adolescent Childbearing

4. Periódico e Ano de publicação: Jornal Americano Public Health 2002

5. Autoria: Maureen G. Phipps e MaryFran Sowers

6. Objetivo do estudo: determinar a faixa etária para caso de gravidez na

adolescência precoce , baseado nas taxas de desfechos clínicos

62

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: coorte

9. Coleta de dados: certidão de nascidos vivos

10. Análise de dados: análises bivariadas

11. Resultados Pré-natal:.

12. Resultados Risco na Gestação: prematuridade, baixo peso ao nascer e

mortalidade infantil

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): desenvolver

mais programas e políticas específicas para ajudar essas jovens. À luz do

conhecimento que pré-adolescentes não têm a mesmos fatores de risco ou

de resultados como os adolescentes mais velhos.

1. Número do texto:

07

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Estudo dos partos e nascidos vivos de mães adolescentes

e adultas jovens no Município de Feira de Santana, Bahia, Brasil, 1998.

4. Periódico e Ano de publicação: Caderno de Saúde Pública 2002

5. Autoria: Maria Conceição O. Costa; Carlos A. T. Santos; Carlito Lopes N.

Sobrinho; Juliana O. Freitas; Karine A. S. Leão Ferreira; Melissa A. Silva;

Priscila L. B. Paula.

6. Objetivo do estudo: conhecer as características e associações simples e

múltiplas entre faixa etária materna, peso ao nascer, idade gestacional de

NV e realização de pré-natal de adolescentes e adultas jovens em Feira de

Santana, Bahia.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa e qualitativa

8. Tipo de estudo: epidemiológico de corte transversal

9. Coleta de dados: ficha de DNV do SINASC – 1998, e processados no

programa Epi Info 6.0 (Dean et al., 1997) e SPSS 9.0 (SPSS Incorporation,

1999), utilizando-se microcomputador Pentium III.

10. Análise de dados: Estatística: análise bivariada utilizando razão de

prevalência; e análise multivariada utilizando regressão logística;

63

11. Resultados Pré-natal: alta proporção de ingresso tardio e ausência ao

pré-natal entre adolescentes da faixa de 10 a 16 anos, comparadas às de

outras faixas etárias estudadas

12. Resultados Risco na Gestação: alta prevalência de NV e baixo nível de

escolaridade, além do risco aumentado para analfabetismo, não-realização

de pré-natal, baixo peso e peso insuficiente dos NV, na faixa de 10 a 16,

comparada à de 20 a 24 anos.

13. Resultados Prevenção dos riscos: Deve-se ampliar a cobertura e

número de consultas pré-natais, que certamente contribuirá para alcançar

melhores resultados da gestação.

14. Trabalho do Enfermeiro: implementação de ações de sensibilização da

população adolescente pelos Sistemas de Educação e de Saúde quanto à

responsabilidade de prevenir a gestação precoce e não planejada e suas

conseqüências.

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem) O estudo

aponta a necessidade de sensibilização de profissionais quanto ao

preenchimento adequado do SINASC, investimento dos Serviços de Saúde

na captação precoce e inserção da mãe adolescente ao pré-natal,

acompanhamento pós-parto e planejamento familiar. implementação de

ações de sensibilização da população adolescente pelos Sistemas de

Educação e de Saúde quanto à responsabilidade de prevenir a gestação

precoce e não planejada e suas conseqüências.

1. Número do texto: 08 2. País de origem: México

3. Título do texto: Prevalence of nutritional deficiencies in Mexican

adolescent women with early and late prenatal care

4. Periódico e Ano de publicação: Arquivos Latino-americanos de Nutrição

– ALAN 2003

5. Autoria: Esther Casanueva, Julieta Jiménez, Carlos Meza-Camacho,

Mónica Mares, Luis Simon

6. Objetivo do estudo: avaliar a prevalência de deficiências nutricionais

específicas em um grupo de gravidez na adolescência, de acordo com a

idade gestacional que iniciaram pré-natal

64

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: tranversal

9. Coleta de dados: através de uma pesquisa em dados antropométricos e

uma amostra de sangue de cada adolescentes

10. Análise de dados: dispersão e medida de tendência

11. Resultados Pré-natal:.

12. Resultados Risco na Gestação: pré-natal tardio, baixo peso ao nascer,

anemia

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

1. Número do texto: 09 2.País de origem: Brasil

3.Título do texto: Características da gravidez na adolescência em São Luís,

Maranhão

4. Periódico e Ano de publicação: Revista de Saúde Pública 2003

5. Autoria: Vanda Maria Ferreira Simões, Antônio Augusto Moura da Silva,

Heloisa Bettiol, Fernando Lamy-Filho, Sueli Rosina Tonial e Elba Gomide

Mochel.

6. Objetivo do estudo: Identificar as principais características

socioeconômicas, demográficas, antropométricas e comportamentais, bem

como os resultados perinatais da gravidez na adolescência e conhecer os

tipos de serviços de saúde utilizados pelas gestantes adolescentes.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: transversal

9. Coleta de dados: De março de 1997 a fevereiro de 1998, envolvendo 10

maternidades e hospitais do Município, que prestam assistência ao parto e

ao recém-nascido, sejam de caráter público (Sistema Único de Saúde –

SUS), conveniado e/ou privado.

10. Análise de dados: teste qui-quadrado e razão de prevalência

11. Resultados Pré-natal: Entre as adolescentes, observaram-se os maiores

percentuais de mães primíparas e com utilização de assistência pré-natal

65

inadequada.

12. Resultados Risco na Gestação: Os dados do estudo confirmam que a

gravidez na adolescência está associada a resultados desfavoráveis para a

gravidez e à sobrevivência de seus filhos para as adolescentes menores de

18 anos.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

necessidade de se viabilizar políticas adequadas de atendimento a essas

mulheres que estão engravidando em condições de vida desfavoráveis.

1.Número do texto: 10 2. País de origem: Venezuela

3. Título do texto: Estado de vitamina A en adolescentes embarazadas de

bajo estrato socioeconómico

4. Periódico e Ano de publicação: Arquivos Latino-americanos de Nutrição

- ALAN 2003

5. Autoria: María Adela Barón, Liseti Solano, Daisy Llovera, Evelyn Peña.

6. Objetivo do estudo: avaliar o estado nutricional de vitamina A em

gestantes nos três primeiros trimestres da gravidez e sua relação com a

ingestão alimentar

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: descritivo, longitudinal.

9. Coleta de dados: através de entrevistas e exames laboratoriais

10. Análise de dados: distribuição de frequências

11. Resultados Pré-natal: pode ser menor essa deficiência se as

adolescentes começarem a gestação com adequado estado nutricional de

vitamina A.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa renda, solteiras, baixa

escolaridade, prematuridade, baixo peso ao nascer, mortalidade materna e

infantil.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

66

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): Os

resultados deste estudo fornecem uma base para recomendar a

monitorização dos níveis séricos dessa vitamina durante a gravidez, desde

materna afeta deficiência marginal de vitamina A situação do recém-

nascido, principalmente nos grupos mais vulneráveis, como adolescentes

grávidas. Sobre estes resultados podem sugerir a suplementação com

vitamina A puérperas que apresentaram valores baixos no terceiro trimestre

da gravidez, a fim de melhorar o conteúdo da vitamina no leite materno e

aumentar a contribuição para novas nascido.

1.Número do texto: 11 2.País de origem: EUA

3. Título do texto: Reduced School Dropout Rates Among Adolescent

Mothers Receiving School-Based Prenatal Care

4. Periódico e Ano de publicação: Arq. Pediat. Adolesc. Med. 2004

5. Autoria: Beth Barnet; Carmen Arroyo; Margo Devoe; Anne K. Duggan

6. Objetivo do estudo: examinar a associação de escolaridade,

serviços pré-natais e as taxas de abandono

à escola.

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: coorte retrospectivo

9. Coleta de dados: através de uma lista de adolescentes com 18 anos ou

mais que freqüentaram a escola durante a gestação.

10. Análise de dados: Logística hierarquizada

e regressão

11. Resultados Pré-natal:. as adolescentes que receberam

nas escolas um acompanhamento pré-natal, foram menos propensas a

abandonar a escola durante a gestação.

12. Resultados Risco na Gestação: abandono escolar

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): reforçam a

67

importância do financiamento

e Avaliação dos centros de saúde nas escolas e outras intervenções

entre o que melhora os resultados negativos

na gravidez.

1. Número do texto: 12 2. País de origem: EUA

3. Título do texto: Teenage antenatal clinics may reduce the rate of preterm

birth: a prospective study

4. Periódico e Ano de publicação: Jornal Internacional de Ginecologia e

Obstetrícia 2004

5. Autoria: Julie A. Quinlivan e Sharon F. Evans

6. Objetivo do estudo: averiguar clínicas pré-natais reduzir a incidência de

parto prematuro em adolescentes

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: estudo prospectivo multicêntrico

9. Coleta de dados: através de certidões de nascimentos

10. Análise de dados: análise de regressão

11. Resultados Pré-natal:

12. Resultados Risco na Gestação: prematuridade, baixo peso ao nascer,

trabalho de parto prematuro.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

1. Número do texto:

13

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Perfil de adolescentes com repetição da gravidez

atendidas num ambulatório de pré-natal.

4. Periódico e Ano de publicação: Revista Latino Americana de

Enfermagem 2004

5. Autoria: Lia Persona; Antonieta K. K. Shimo; Maria Celina Tarallo

6. Objetivo do estudo: Identificar o perfil biopsicossocial das adolescentes

com repetição da gravidez atendidas no ambulatório de pré-natal de

68

adolescentes do CAISM.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: Descritivo

9. Coleta de dados: Consulta à prontuários e entrevista semi-estruturada

10. Análise de dados: Quantitativa

11. Resultados Pré-natal: Pouca adesão ao pré-natal

12. Resultados Risco na Gestação: menarca precoce, primeira relação

sexual após curto intervalo da menarca, repetência escolar, abandono

escolar, ausência de ocupação remunerada, baixa renda familiar,

envolvimento com parceiros mais velhos, residir com o parceiro, união

consensual com o parceiro, um parceiro fixo, baixo uso de condon, história

familiar de gravidez na adolescência, ausência do pai por morte ou

abandono, reação positiva da família à gravidez anterior, aborto anterior,

parto anterior bem conceituado pela adolescente, e ausência à revisão

pós-parto anterior.

13. Resultados Prevenção dos riscos: importância de programas,

alicerçados na literatura, dirigidos aos adolescentes, como dispor novas

formas, que não a maternidade, de saciar as necessidades emocionais e

de desenvolvimento através de atividades técnicas e/ou práticas pela

educação alternativa, programas de treinamento vocacional e elaboração

de projeto de vida. Também são importantes os programas educativos

sobre desenvolvimento sexual, treinamento de habilidades interpessoais,

de negociação e de comunicação nas escolas, além de desenvolver

instrumentos para identificar adolescentes com alto risco para a gravidez

precoce.

14. Trabalho do Enfermeiro: o envolvimento dos profissionais da saúde

(especialmente aqueles ligados ao Programa de Saúde da Família,

Programa de Atendimento Integral à Saúde da Mulher e serviços de pré- e

pós-natal) é essencial para o sucesso de qualquer ação direcionada aos

adolescentes.

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem)

69

1. Número do texto:

14

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Perfil sócio-demográfico e psicossocial de puérperas

adolescentes do Município do Rio de Janeiro, Brasil – 1999-2001.

4. Periódico e Ano de publicação: Caderno de Saúde Pública 2004

5. Autoria: Adriane Reis Sabroza, Maria do Carmo Leal, Silvana Granado

Nogueira da Gama, Janaína Viana da Costa.

6. Objetivo do estudo: Identificar o perfil sócio-demográfico das puérperas

adolescentes do Município do Rio de Janeiro, segundo a faixa etária e a

situação conjugal. Pretende-se, com base nesses dados, colaborar para a

melhoria de políticas de prevenção da gravidez precoce e de atenção pré-

natal, tornando-as adequadas a esta população.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa.

8. Tipo de estudo: Estudo descritivo transversal.

9. Coleta de dados: Os dados sócio-demográficos foram coletados

diretamente em entrevista com as puérperas de todas as idades por meio

de um questionário padronizado aplicado por acadêmicos bolsistas de

Enfermagem e Medicina previamente treinados para a função.

10. Análise de dados: Com base nas variáveis foram feitas análises

bivariadas.

11. Resultados Pré-natal: A assistência ao pré-natal e perinatal que inclua não

somente a gestante mas todos os envolvidos, como companheiro e as

famílias de origem de ambos.

12. Resultados Risco na Gestação: A tendência para estabelecer uniões com

homens ainda adolescentes, e muitas vezes desempregados, deixa-as em

uma situação sócio-econômica mais precária, o que pode torná-las mais

expostas a outras situações de risco social.

Sabe-se que nos países ricos, engravidar na adolescência reduz as

chances de sucesso

13. Resultados Prevenção dos riscos: Profissionais habilitados ao manejo de

aspectos emocionais devem ser incluídos na formulação de políticas

públicas, que visem tanto a prevenção da gestação em adolescentes, quanto

o atendimento desta população específica na rede assistencial, visando,

70

desse modo, a minimizar as conseqüências emocionais negativas da

gravidez precoce.

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): A

constatação de que a experiência da maternidade nos primeiros anos da

adolescência influencia negativamente a vivência e os efeitos da gravidez

leva-nos a ressaltar a importância do desenvolvimento de políticas públicas

que privilegiem a educação sexual como forma de se adiar a ocorrência da

gestação. Essas medidas certamente possibilitarão o desenvolvimento de

todo o potencial psíquico da adolescente, bem como a ampliação de

oportunidades de vida, que venham a garantir uma melhor condição social

futura para as gerações subseqüentes.

1. Número do texto: 15 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Fatores associados à assistência pré-natal precária em

uma amostra de puérperas adolescentes em maternidades do Município do

Rio de Janeiro, 1999-2000

4. Periódico e Ano de publicação: Caderno de Saúde Pública 2004

5. Autoria: Silvana Granado Nogueira da Gama; Célia Landmann

Szwarcwald; Adriane Reis Sabroza; Viviane Castelo Branco; Maria do

Carmo Leal.

6. Objetivo do estudo: identificar o perfil das gestantes que tiveram um

número insuficiente de consultas de atendimento pré-natal, mediante

variáveis sóciodemográficas, história reprodutiva da mãe, apoio familiar,

satisfação com a gestação e alguns comportamentos de risco durante a

gravidez.

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: exploratório

9. Coleta de dados: entrevistas com puerperas no pós-parto imediato.

10. Análise de dados: análise bivariadas, teste qui-quadrado e regressão

logística multinominal

11. Resultados Pré-natal: Os resultados apontam uma maior proporção de

71

mães insatisfeitas com a gestação (23,9%) com número insuficiente de

consultas, quando comparadas com as satisfeitas (15,9%). Ou seja, à

medida que se eleva o grau de satisfação com a gravidez aumenta o

número de consultas.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa escolaridade, condição de moradia

precária, não satisfação com a gestação, não ter apoio do pai do bebê.

13. Resultados Prevenção dos riscos: Os achados deste estudo levam a

refletir sobre o papel do serviço de saúde na captação deste grupo excluído

para o qual, certamente, o pré-natal teria um efeito fundamental sobre o

resultado da gestação.

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): fornecer

subsídios para políticas de expansão da cobertura do acompanhamento pré-

natal e implementação de medidas que propiciem a melhoria da qualidade

do atendimento, especialmente no que se refere à gestante adolescente.

1. Número do texto: 16 2. País de origem: Cuba

3. Título do texto: Caracterizacion del recién nacido en una muestra de

gestantes adolescentes

4. Periódico e Ano de publicação: Revista Cubana de Obstetrícia e

Ginecologia 2004

5. Autoria: Liliam Susana Fernández; Eugenio Carro Puig; Dalia Oses

Ferrera; Julia Pérez Piñero.

6. Objetivo do estudo: abordar a questão dos resultados perinatais,

morbidade e mortalidade em recém-nascidos para a adolescente grávida

no hospital "Julio Trigo López" de La Habana, Cuba, e determinar o bem-

estar do produto nascimento até a idade da mãe adolescente.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: transversal

9. Coleta de dados: livro de registro de nascimento, cartão de gestante, a

história médica materna e neonatal prontuários.

10. Análise de dados: teste qui-quadrado

72

11. Resultados Pré-natal:

12. Resultados Risco na Gestação: anemia, infecção no trato urinário,

distúrbio hipertensivo, trabalho de parto prematuro, ruptura das

membranas, baixo peso do recém nascido pela idade gestacional,

mortalidade materno-infantil, mortalidade fetal tardio, mortalidade neonatal.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): torna-se

necessário dedicar uma atenção crescente, especialmente no que diz

respeito à promoção da educação e informação sobre saúde reprodutiva

desse grupo de pessoas. A ênfase deve ser dada aos cuidados primários na

gravidez na adolescência, pois é a este nível de cuidados que podem

promover saúde e prevenir doenças na mãe e na criança com melhores

resultados.

1. Número do texto:

17

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Gravidez na adolescência, pré-natal e resultados

perinatais em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

4. Periódico e Ano de publicação: Caderno de Saúde Pública 2005

5. Autoria: Paulete Goldenberg; Maria do Carmo T. Figueiredo; Rebeca de

Souza e Silva

6. Objetivo do estudo: Estimar o coeficiente específico de fecundidade

entre adolescentes de 10 a 14 anos de idade e de 15 a 19 anos, ao lado

da proporção de mães assistidas na rede hospitalar de Montes Claros,

considerando a hipótese que esses valores, resguardadas as

especificidades regionais, aproximariam-se aos do país.

7. Abordagem metodológica: Quantitativa

8. Tipo de estudo: Comparativo

9. Coleta de dados: Levantamento do dimensionamento do número de

nascidos vivos ocorridos em Montes Claros, a partir do Sistema de

Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), relativo ao ano 2001.

10. Análise de dados: Razão de prevalência

73

11. Resultados Pré-natal: Número insuficiente de consultas no pré-natal

12. Resultados Risco na Gestação: O pré-natal não-adequado conferiu

uma chance aumentada de ocorrência de prematuridade e baixo peso ao

nascer.

13. Resultados Prevenção dos riscos: torno do caráter protetor da

freqüência adequada ao pré-natal, de um lado, e dos indicativos da

exposição “intrínseca” da idade às complicações relativas aos desfechos

considerados, de outro, confirmaram a hipótese de concentração da

presença de prematuridade e baixo peso ao nascer nas idades mais

jovens e, em particular, na adolescência precoce.

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): tais

resultados reafirmam a relevância da atenção ao adolescente como

questão de saúde pública, não só diante da significativa presença desse

segmento na rede hospitalar de Montes Claros, mas em vista dos

indicativos da tendência de seu aumento no contexto demográfico

regional, vislumbrando a mobilização que se faz necessária no sentido do

atendimento às demandas locais e, mesmo, de reversão desse processo,

como vem acontecendo em outras localidades do país.

1. Número do texto:

18

2. País de origem: Uganda

3. Título do texto: Experiências de adolescentes grávidas - as vozes da

Wakiso distrito, Uganda

4. Periódico e Ano de publicação: African Health Sciences 2005

5. Autoria: Lynn Atuyambe, Florence Mirembe, Annika Johansson, Edward

K. Kirumira, Elisabeth Faxelid

6. Objetivo do estudo: explorar os problemas que as adolescentes

grávidas enfrentam a fim de formular políticas e intervenções

apropriadas.

7. Abordagem metodológica: Qualitativo

8. Tipo de estudo: estudo descritivo

9. Coleta de dados:

74

10. Análise de dados:

11. Resultados Pré-natal:

12. Resultados Risco na Gestação: enfrentam problemas de

relacionamento com as famílias, parceiros e comunidade

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem)

1. Número do texto:

19

2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Cuidados com os bebês: o conhecimento das

primíparas adolescentes

4. Periódico e Ano de publicação: Escola Anna Nery/Revista de

Enfermagem 2005

5. Autoria: Dayane Cristina de Sousa Rocha, Maria Gorette Andrade

Bezerra, Antonia do Carmo Soares Campos

6. Objetivo do estudo: Investigar se as gestantes adolescentes

primíparas estão recebendo orientações acerca do cuidado com seus

bebês.

7. Abordagem metodológica: Abordagem quantitativa

8. Tipo de estudo: Descritivo

9. Coleta de dados: Entrevista estruturada

10. Análise de dados: tabelas, quadros e discussões textuais.

11. Resultados Pré-natal: início tardio do controle pré-natal e ao número

insuficiente de consultas

12. Resultados Risco na Gestação: Falta de conhecimento do

adolescente sobre questões sexuais. A gravidez na adolescência

repercute mal na vida pessoal, familiar, social e educacional da

mesma.

13. Resultados Prevenção dos riscos: Acredita-se que, com as palestras

e/ou cursos oferecidas às gestantes, juntamente com a adesão e o

interesse das mesmas, haveria benefícios para a saúde dos bebês

75

tendo como conseqüência a baixa procura destas mães aos postos de

saúde e hospitais com seus filhos doentes.

14. Trabalho do Enfermeiro: Incentivá-las a participar das palestras

oferecidas. Divulgação de informações sobre a contracepção, visto

que as adolescentes engravidaram sem planejamento, por falta de

informação, do desconhecimento dos métodos anticoncepcionais e de

educação sexual, fatores exacerbados pela dificuldade de acesso a

serviços especializados com profissionais de saúde francamente

comprometidos e especializados no atendimento dessa clientela

específica.

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem)

1. Número do texto: 20 2. País de origem: EUA

3. Título do texto: Adverse effects of teenage pregnancy

4. Periódico e Ano de publicação: Ceylon Medical Journal 2005

5. Autoria: Goonewardene, I.M.R.; Deeyagaha, W.R.P.K.

6. Objetivo do estudo: comparar os dados sociodemográficos, obstétricos

complicações e atitudes em relação ao planejamento familiar entre

adolescentes e mulheres mais velhas

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: comparativo

9. Coleta de dados: dados sociodemográficos, informações sobre

cuidados pré-natais e de apoio à família, complicações pré-natais,

gestação, no parto, tipo de parto, a proporção de gestações não planejadas,

e os possíveis efeitos do aconselhamento contraceptivo, em dois grupos de

gestantes adolescentes

10. Análise de dados: variável preditor-mensal

11. Resultados Pré-natal:

12. Resultados Risco na Gestação: baixo nível economico, anemia,

hipertensão gestacional e prematuridade do recem nascido.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro: grande proporção dessas gestações

não são planejadas e podem ser evitadas através de aconselhamento.

76

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): Gravidez na

adolescência, especialmente aqueles abaixo de 17 anos de idade, estão

significativamente associados com a pobreza, a anemia, educação, gravidez

e hipertensão induzida parto prematuro. Uma grande proporção dessas

gestações não é planejado e poderia ser prevenida através de

aconselhamento contraceptivo e serviços.

1. Número do texto: 21 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Comparações das condições socioeconômicas e

reprodutivas entre mães adolescentes e adultas jovens em três

maternidades públicas de Maceió, Brasil

4. Periódico e Ano de publicação: Revista Brasileira de Saúde Materno

Infantil 2006

5. Autoria: Samir B. Kassar; Marilia de C. Lima; Maria de Fátima M. de

Albuquerque; Marco Antônio Barbieri ; Ricardo Q. Gurgel

6. Objetivo do estudo: descrever e comparar fatores

socioeconômicos,assistência pré-natal, exposições ao fumo e

álcool e fatores reprodutivos entre mães adolescentes e adultas jovens em três

maternidades públicas de Maceió, Alagoas, Nordeste do Brasil

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: corte transversal

9. Coleta de dados: entrevistadas 250 puérperas adolescentes (< 20 anos) e

250 puérperas adultas jovens

10.Análise de dados: teste qui-quadrado

11. Resultados Pré-natal: Quando comparamos as adolescentes com as mães

de maior faixa etária, as puérperas menores que 20 anos desse estudo

tiveram resultado ainda pior, já que elas deixaram de fazer o pré-natal

adequadamente. As adolescentes sempre estão em desvantagem nesse

tipo de assistência quando comparadas a outros grupos etários.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa renda, baixa escolaridade, pouca

assistência pré-natal, uso de fumo e álcool, doença hipertensiva, anemia,

baixo peso e prematuridade dos recém-nascidos.

77

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro: essa população de adolescentes merece

atençãodiferenciada e estruturada

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): Gestantes

adolescentes estão mais expostas a risco, no entanto, recebem menor

atenção médica, mostrando, mais uma vez, a inversão do cuidado médico

que vigora em nossa sociedade.

1. Número do texto: 22 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Gravidez na adolescência: perfil sóciodemográfico e

comportamental de uma população da periferia de São Paulo, Brasil

4. Periódico e Ano de publicação: Caderno de Saúde Pública 2007

5. Autoria: Elisa Chalem; Sandro Sendin Mitsuhiro; Cleusa P. Ferri; Marina

Carvalho Moraes Barros; Ruth Guinsburg; Ronaldo Laranjeira

6. Objetivo do estudo: identificar o perfil sócio-demográfico e comportamental

de gestantes adolescentes

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: corte transversal descritivo

9. Coleta de dados: entrevista com mil adolescentes, admitidas entre 24 de

julho de 2001 e 27 de novembro de 2002,em um hospital municipal de São

Paulo

10. Análise de dados: tabelas descritivas, utilizando-se as freqüências em

números absolutos e percentuais e o teste qui-quadrado

11. Resultados Pré-natal: Quanto ao pré-natal, 92,7% das mais novas e 90,3%

das mais velhas referiram ter acompanhamento, comparecendo a seis ou

mais consultas (65,3% e 65,6%). Relataram faltas ao pré-natal 25,1% e

20,9% das adolescentes e o principal motivo alegado foi o esquecimento.

12. Resultados Risco na Gestação: A gravidez na adolescência é um

fenômeno complexo, associado a grande número de fatores, como os

econômicos, educacionais e comportamentais, precipitando problemas e

desvantagens decorrentes da maternidade precoce.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

78

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): O presente

estudo fornece subsídios importantes para o estabelecimento de estratégias

específicas e políticas públicas preventivas visando à redução de

comportamentos de risco.

1. Número do texto: 23 2. País de origem: México

3. Título do texto: Causas de nacimiento pretérmino entre madres

adolescentes

4. Periódico e Ano de publicação: Revista de Ginecologia e Obstetrícia do

México 2007

5. Autoria: Héctor Oviedo Cruz, Josefina Lira Plascencia, Ayumi Ito

Nakashimada, Juan Manuel Grosso Espinoza

6. Objetivo do estudo: descrever a freqüência de prematuridade e as

condições maternas, obstétricas e fetais em diferentes casos de

adolescentes grávidas

7. Abordagem metodológica: quantitativo

8. Tipo de estudo: descritivo

9. Coleta de dados: dados de pacientes admitidos no controle pré-natal do

Instituto Nacional de Perinatologia Isidro Espinosa de los Reyes.

10. Análise de dados: medidas de tendência central, disperssão e proporção.

11. Resultados Pré-natal: Todos os pacientes foram admitidos ao pré-natal

a partir de na sexta semana de gestação. A média de idade foi de 25 semanas

13. Resultados Risco na Gestação:

14. Resultados Prevenção dos riscos: O pré-natal baseada em evidência e

centrada problemas (apropriado para o contexto clínico de cada paciente)

deve ser atualizado continuamente para melhorar a saúde dos filhos de

mães adolescentes. Essas condições devem ser maior atenção nos

programas de saúde materna e mortalidade perinatal entre adolescentes

15. Trabalho do Enfermeiro:

16. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

79

1. Número do texto: 24 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Perfil de mães adolescentes de São José do Rio

Preto/Brasil e cuidados na assistência pré-natal

4. Periódico e Ano de publicação: Arquivo Ciência e Saúde 2008

5. Autoria: Denise G.S. Faria e Dirce M.T. Zanetta

6. Objetivo do estudo: Identificar o perfil sócio-demográfico; características

da vida sexual e reprodutiva; característicasdo pré-natal, intercorrências e

tipo de parto; tipo de orientações recebidas no pré-natal; freqüência de

baixopeso, prematuridade e Apgar

7. Abordagem metodológica: quantitativo

8. Tipo de estudo: descritivo

9. Coleta de dados: questionário para entrevista após o parto, com questões

semi-abertas e fechadas, de forma a caracterizar as mães adolescentes

10. Análise de dados: expressos em média e desvio padrão, mediana e faixa

de variação dos dados ou porcentagem,conforme considerado na

avaliação estatística.

11. Resultados Pré-natal: Observou-se neste estudo que todas as

adolescentes fizeramacompanhamento pré-natal, sendo que a maioria

(58,5%) referiuter iniciado o pré-natal no primeiro trimestre de

gravidez.Somente 4,9% iniciaram no terceiro trimestre, Em relação ao

número de consultas de pré-natal realizadas, 84,6%fizeram pelo menos

seis consultas. A maioria 67,9% dasadolescentes foi atendida pelo mesmo

médico e apenas 1,2%das adolescentes relataram ser atendidas pela

mesma enfermeira. Apenas 39,3% das adolescentes participaram de

grupos degestantes.

12. Resultados Risco na Gestação: idade do parceiro, morar com o parceiro,

baixa renda, abandono dos estudos, não ter ocupação remunerada, falta

do uso de contraceptivos, prematuridade e baixo peso ao nascer do recém-

nascido.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): permitir a

proposição e implantação de programas de orientação a gestantes quanto

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às questões de sexualidade, incluindo dados referentes ao ciclogravídico

puerperal.

1. Número do texto: 25 2. País de origem: Irã

3. Título do texto: Pregnancy outcome in teenagers in East Sauterne of Iran

4. Periódico e Ano de publicação: J. Pak. Med .Assoc. 2008

5. Autoria: Khooshideh Maryam; Shahriari Ali.

6. Objetivo do estudo: comparar os resultados da gravidez, em comparação

com adolescentes entre mulheres de grupos mais velhos

7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: retrospectivo

9. Coleta de dados: .registros do pré-natal e de Hospitais durante o período

de janeiro de 2003 a janeiro de 2005.

10. Análise de dados: teste do qui-quadrado e a razão de risco relativo

11. Resultados Pré-natal: Um dos principais fatores que contribuíram para

resultados desfavoráveis foi a falta do pré-natal adequado.

12. Resultados Risco na Gestação: prematuridade e baixo peso ao nascer,

fumo, baixa assistência pré-natal, baixa escolaridade, retardo do

crescimento intra-uterino.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem):

1. Número do texto: 26 2. País de origem: Brasil

3. Título do texto: Perfil epidemiológico de adolescentes atendidas no pré-

natal de um hospital universitário

4. Periódico e Ano de publicação: Escola Anna Nery/Revista de

Enfermagem 2009

5. Autoria: Thelma Spindola e Larissa Freire Furtado da Silva

6. Objetivo do estudo: identificar características sociodemográficas de

adolescentes grávidas, delineando o perfil epidemiológico

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7. Abordagem metodológica: quantitativa

8. Tipo de estudo: exploratório, descritivo, quantitativo

9. Coleta de dados: roteiro estruturado com 16 questões que foi aplicado aos

prontuários das gestantes

10. Análise de dados: em tabelas de distribuição de frequências absolutas e

percentuais

11. Resultados Pré-natal: No grupo investigado, podemos observar que 70,5%

das jovens iniciaram tardiamente o acompanhamento do pré-natal.

12. Resultados Risco na Gestação: baixa escolaridade, abandono escolar,

baixa renda, não ter função remunerada, falta do uso de contraceptivos,

menarca precoce, sexarca precoce, aborto, assistência pré-natal tardia,

pré-aclampsia.

13. Resultados Prevenção dos riscos:

14. Trabalho do Enfermeiro:

15. Limitações e sugestões (Implicações para a Enfermagem): a

necessidade de políticas públicas que promovam a educação sexual dos

jovens e, na ocorrência de uma gestação, o encaminhamento das mulheres

para o planejamento familiar. Assim, também é oportuna a realização de

campanhas de esclarecimento sobre a sexualidade, a contracepção e os

riscos a que se expõem as mulheres que praticam o aborto e que iniciam

tardiamente o acompanhamento no pré-natal.

Recomenda-se a implantação de um atendimento diferenciado para o acolhimento

e acompanhamento da adolescente grávida, por uma equipe multidisciplinar, com

valorização dos registros nos prontuários e fichas de atendimento do pré-natal.