0.3-FGTS - Impugnaçao da contestação limpa word 2003

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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM

EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ______VARA DA SEO JUDICIRIA DO ESTADO DE UFProcesso n

Fulano de tal, j qualificado, por si, no processo n xxx.xxx..., de Ao Ordinria de Cobrana FGTS que move contra a CAIXA ECONMICA FEDERAL (CEF), em ateno ao r. despacho proferido fl. xx e no prazo do art. 326 do CPC, vem respeitosamente perante Vossa Excelncia interpor

Impugnao da Contestao

e ao final REQUERER o seguinte:

A resposta da R, em modelo padro, apresenta inverdades, contradio e confuso que em nada modifica a argumentao exposta na inicial.

A R traz um arrazoado sobre juros progressivos, quando tal item no consta do pedido e nem da petio inicial. Deve ser desconsiderado porque no objeto desta lide (fls. tal e tal.

A CEF reconhece a Smula 210 do STJ, que prev a prescrio em 30 anos (fl. 45), mas tenta confundir o Juzo, ao trazer baila legislao de 1971 para contar o prazo, quando o que se discute a correo monetria do FGTS nos meses de Janeiro/89 e Abril/90 sendo que a partir destas datas que se conta o prazo prescricional. A R alega prescrio daquilo que no est prescrito.

Concorda a R com a Smula 252 do STJ, que determinou corrigir os saldos do FGTS pelos ndices de 42,72% (jan/89) e 44,80% (abr/90); confessa que creditou a menor em jan/89 e nada creditou em abr/90 (fls. tais). Concorda que creditou a menor mas entende que no deve pagar.

No procede a alegao da R de que o Fundo no possui liquidez (fl. tal), porque:

a) o sujeito passivo da ao a CEF (e no o FGTS), e sua legitimidade no foi objeto de contestao. Sua liquidez ser aferida quando da liquidao da sentena, sendo intempestivo discutir isso no processo de conhecimento. No apropriado discutir em processo judicial despesa e fonte de custeio do FGTS.

b) a Lei Complementar 110/2001, em seu artigo 4 j previu corrigir as contas do FGTS, conforme os ndices que o Autor pediu e a R concordou, fazendo-se provises para isso, conforme as fls. 33, 38, 39 e 40. Os prazos para que tais crditos ocorressem nas contas vinculadas findaram em julho de 2007 (LC 110/01, 6, II, e).

c) a CEF usou os recursos do FGTS do Autor durante os mais de 35 (trinta e cinco) anos de contribuio, tempo suficiente para aplicar os recursos com encargos adequados, que ao menos cubra a remunerao irrisria com que atualizou os saldos do trabalhador.

Tal assunto j foi amplamente debatido e decidido pelos Tribunais Superiores, sendo que a Smula 252 do STJ, de acordo com o entendimento do STF, veio para solucionar a pendncia.

Caberia R cumprir o que a Justia decidiu, mas eis que se locupleta da Lei Complementar 110/2001, criada aps os julgados do STF, no intuito de atribuir desgios e tempo de espera com os quais o Autor no concordou nem concorda.

Agora, no satisfeita com isso, pretende dar o calote no trabalhador, ao negar o pagamento de um direito, mesmo o reconhecendo e sendo objeto de deciso judicial (Smula 252 do STJ).

Alega a R, nas fls. 51, com base na Lei 7.738/89, de 09/03/1989 converso da Medida Provisria n 38, de 03/02/1989, que no ms de fev/89 atualizou pela LFT (18,35%) e no pelo IPC (10,14%), de modo que teria creditado a maior que o devido em fevereiro, pretendendo com isso deduzir do que faltou em janeiro/89.

A Medida Provisria n 32/89, de 15/01/1989, que instituiu o PLANO VERO, convertida na Lei 7.730/89, em seu art. 17, I, estabelece que a remunerao de fev/89 das cadernetas de poupana seria pela remunerao da LFT (no caso, 18,35%).

A MP n 38, de 03/02/1989, -- convertida na Lei 7.738/89, alegada pela R, em seu art. 6, I, estabelece a atualizao do FGTS em fevereiro/89 pelo mesmo ndice da caderneta de poupana. Dessa forma, o crdito levado a efeito em fev/89 (18,35%) est conforme a legislao da poca, no sendo o caso de se acatar a alegao da CEF de que creditou a maior. Deve-se acatar o princpio da legalidade e, mesmo sendo trimestral a atualizao, usa-se os ndices devidos a cada ms. Neste caso, de dez/88, jan/89 e fev/89: IPC, IPC e LFT, respectivamente.

O Autor concorda com a R quanto a no incidir custas processuais, porque no foram objeto do pedido, observando-se a Lei 9028/95, art. 24-A, nico, nem honorrios advocatcios, merc o art. 29-C da Lei 8.036/90, em sobreposio regra geral do CPC, 20.

Quanto a multa e indenizao por litigncia de m-f, acusao da R ao Autor, este prope que as aplique R, pelas inverdades, contradies e confuso que fez nos autos.

Vejamos:

a) a R usou as 5 (cinco) primeiras folhas da Contestao para tratar de coisa fora da demanda: negar os juros progressivos caracterizando a lide em litigncia de m f (fl. tal).

b) em toda sua defesa, ao mesmo tempo que acolhe a legislao e julgados de tribunais superiores, concordando com o que devido ao trabalhador, conforme seu pedido nos autos, a R nega-se veementemente a cumprir, usando termos pejorativos perante Autor: litigncia de m-f; oportunista; enriquecimento ilcito; pedido em clara desconformidade com a lei; inexistncia do direito; uso de petio padro (fl. tal). Alis, quem usou formulrio padro foi a R, na Contestao.

c) infundada ainda a acusao de que o procurador tem vrias outras demandas, sendo que nesta lide o Autor atua em causa prpria e no , nem nunca foi, procurador em outra ao contra a CEF, sobre FGTS.

O Autor concorda com o prazo de 30 (trinta) dias para a CAIXA juntar aos autos os extratos do FGTS, at mesmo porque sero efetivamente utilizados quando da liquidao da sentena.

Nas fls. tais tem os elementos probatrios de haver saldo nas contas do FGTS nas pocas demandadas.

Por fim, o autor pede o julgamento antecipado da lide (CPC, 330, I), porque a demanda versa exclusivamente sobre questes de direito e prova documental.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Cidade (UF), dia/ms/ano.AdvogadoOAB/UF XX.XXXPAGE 1