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 LFG – PROCESSO CIVIL – Aula 05 – P rof. Daniel Assumpço – In!ensi"o II – # $%0#%$00& LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 8.  LIQUI DAÇÃO DE SENTENÇA Este é o último tópico da teoria geral.  8.1.  Conceito de Liquidaç ão de Sentença Liquidar significa determinar o objeto da execução. Para doutrina majoritária !inamarco" #$%&" essa determinação do objeto" na realidade" é a fixação do 'alor da obrigação. !eterminar o objeto"  portanto" significa indicar o 'alor da obrigação exequenda. (e 'oc) acreditar que a determinação do objeto é a determinação do 'alor" 'oc) já começa a descobrir que a única obrigação que pode ser objeto de liquidação é a obrigação de pagar quantia. !eterminação do 'alor é algo que só interessa a esse tipo de obrigação. E *á um indicati'o de que essa doutrina majoritária ten*a sido recepcionada pela lei no art. +,-/" caput " do 0P0" porque esse dispositi'o" que é o primeiro que trata da liquidação" justamente fala do 'alor. 1a2 expressa menção 3 fixação do 'alor como objeto da liquidação4  Ar!. '(5)A. Quando a sentença não determinar o valor devido,  procede-se à sua liquidação . (  Acrescentado pela L-011.23 2-200  ! #á doutrina séria" como /ra5en de /ssis" que ac*a que todas as obrigaç6es são liquidá'eis4 obrigação de fa2er" de entregar e de pagar. 7as é uma doutrina minoritária que entra só na pro'a discursi'a" na pro'a oral&. Essa doutrina entende que a liquidação é mais ampla do que sugere o art. +,- /" do 0P0. 8 /ra5en de /ssis sugere que todas as espécies de obrigação seriam passi'eis de liquidação. / discussão" academicamente" é interessante mas" na prática" o que a gente percebe é que as liquidaç6es são para determinar o 'alor. Excepcionalmente" a gente pode 'er uma ou outra para determinar o qu) se de'e e não o quanto se de'e" mas aqui" falou em liquidação" para concurso público" associa com o quantum de"eatur " quer di2er" 'alor. 1alou em liquidação" falou em quantum de"eatur .  8.2.  Ttu!o" Liquid#$ ei" 8 que 'oc) 'ai liquid ar é a obrigação cont ida no t9tulo. 8 objeto da liquid ação é a obrig ação de  pagar quantia contida no t9tulo. 7as a grande pergunta é4 quais as espécie de t9tulo que podem ter a obrigação neles contida liquidada: Por isso" ;t9tulos liquidá'eis<. =ou começar do ób'io4 a* +,!ulo e-eu!i"o e-!ra/uiial  >ão pode ser objeto de liquidação de sentença. /qui não nen*uma alternati'a. >esse t9tulo" 'oc) só consegue executar se a obrigação for l9quida. (e a obrigação for il9quida" 'oc) perde a nature2a do t9tulo. /quele não é um t9tulo executá' el e 'oc) é obrig ado a entrar com proces so de con*ecime nto. =oc) não pode fa2er uma liquidação só para determinar o 'alor. Então" imagine que 'oc) ten*a um contrato assinado por duas testemun*as. >ós 'imos" na aula passada" que isso é um t9tulo. 7as é um t9tulo que rep res ent a uma obr iga ção il9q uid a. =oc)" se qui ser cob rar alg o rel ati'o 3qu ele con tra to" ao inadimplemento" ao atraso no cumprimento" 'ai ter que entrar com processo de con*ecimento. >ão *á outra alternati'a. E isso" confirma algo que 'amos falar ainda *oje. 0onfirma que a ;tal< da liquidação por mero cálcu lo aritmético é uma pseudo liquid ação. ? uma liquidaçã o falsa" é uma liquidação impur a. Porq ue"  perceba" o mero cálculo aritmético pode ser feito no t9tulo extrajudicial. Essa tal liquidação por mero cálcul o que é uma pse udo li qui dação o é uma liq uid ação &" pod e ser feita no t9tu lo exe cuti'o extrajudicial. ,@

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

8.  LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Este é o último tópico da teoria geral.

  8.1.  Conceito de Liquidação de Sentença

Liquidar significa determinar o objeto da execução. Para doutrina majoritária !inamarco" #$%&"essa determinação do objeto" na realidade" é a fixação do 'alor da obrigação. !eterminar o objeto" portanto" significa indicar o 'alor da obrigação exequenda. (e 'oc) acreditar que a determinação doobjeto é a determinação do 'alor" 'oc) já começa a descobrir que a única obrigação que pode ser objetode liquidação é a obrigação de pagar quantia. !eterminação do 'alor é algo que só interessa a esse tipo deobrigação. E *á um indicati'o de que essa doutrina majoritária ten*a sido recepcionada pela lei no art.+,-/" caput " do 0P0" porque esse dispositi'o" que é o primeiro que trata da liquidação" justamente falado 'alor. 1a2 expressa menção 3 fixação do 'alor como objeto da liquidação4

 Ar!. '(5)A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua liquidação. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

#á doutrina séria" como /ra5en de /ssis" que ac*a que todas as obrigaç6es são liquidá'eis4obrigação de fa2er" de entregar e de pagar. 7as é uma doutrina minoritária que entra só na pro'adiscursi'a" na pro'a oral&. Essa doutrina entende que a liquidação é mais ampla do que sugere o art. +,-/" do 0P0. 8 /ra5en de /ssis sugere que todas as espécies de obrigação seriam passi'eis de liquidação./ discussão" academicamente" é interessante mas" na prática" o que a gente percebe é que as liquidaç6essão para determinar o 'alor. Excepcionalmente" a gente pode 'er uma ou outra para determinar o qu) sede'e e não o quanto se de'e" mas aqui" falou em liquidação" para concurso público" associa com oquantum de"eatur " quer di2er" 'alor. 1alou em liquidação" falou em quantum de"eatur .

  8.2.  Ttu!o" Liquid#$ei"

8 que 'oc) 'ai liquidar é a obrigação contida no t9tulo. 8 objeto da liquidação é a obrigação de pagar quantia contida no t9tulo. 7as a grande pergunta é4 quais as espécie de t9tulo que podem ter aobrigação neles contida liquidada: Por isso" ;t9tulos liquidá'eis<. =ou começar do ób'io4

a* +,!ulo e-eu!i"o e-!ra/uiial

 >ão pode ser objeto de liquidação de sentença. /qui não *á nen*uma alternati'a. >esse t9tulo"'oc) só consegue executar se a obrigação for l9quida. (e a obrigação for il9quida" 'oc) perde a nature2ado t9tulo. /quele não é um t9tulo executá'el e 'oc) é obrigado a entrar com processo de con*ecimento.=oc) não pode fa2er uma liquidação só para determinar o 'alor. Então" imagine que 'oc) ten*a umcontrato assinado por duas testemun*as. >ós 'imos" na aula passada" que isso é um t9tulo. 7as é um t9tuloque representa uma obrigação il9quida. =oc)" se quiser cobrar algo relati'o 3quele contrato" aoinadimplemento" ao atraso no cumprimento" 'ai ter que entrar com processo de con*ecimento. >ão *áoutra alternati'a.

E isso" confirma algo que 'amos falar ainda *oje. 0onfirma que a ;tal< da liquidação por merocálculo aritmético é uma pseudoliquidação. ? uma liquidação falsa" é uma liquidação impura. Porque" perceba" o mero cálculo aritmético pode ser feito no t9tulo extrajudicial. Essa tal liquidação por merocálculo que é uma pseudoliquidação não é uma liquidação&" pode ser feita no t9tulo executi'o

extrajudicial.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Então" perceba" eu ten*o que resol'er esse aparente impasse4 quer di2er" não cabe liquidação det9tulo extrajudicial" mas cabe liquidação por mero cálculo judicial. 0omo é que pode uma coisa dessas:7uito simples4 a liquidação por mero cálculo aritmético não é uma liquidação porque está liquidando oque já é l9quido.

1* Sen!ença

/gora" a liquidação" o próprio nome já entrega4 liquidação de sentença. Auer di2er" sentença é ot9tulo executi'o judicial por nature2a. (e 'oc) for ol*ar o rol dos t9tulos executi'os judiciais" 'istos naaula passada" o único t9tulo que não é propriamente uma sentença é a *omologação de sentençaestrangeira" que é feita por acórdão. 7as tudo bem" é o paralelo da sentença para uma ação que é decompet)ncia originária do tribunal. >ão muda nada. (entença ou acórdão 'ai dar rigorosamente nomesmo. 7as percebam que os t9tulos executi'os são sentença4 sentença ci'il" sentença penal" sentençaque *omologa a transação" sentença que *omologa o acordo extrajudicial" sentença que comp6e o formale a certidão de partil*a no in'entário" quer di2er" tudo sentença.

Então" no t9tulo executi'o judicial" é o campo. 8 t9tulo executi'o judicial pode passar por

liquidação. ? para ele que foi feita a liquidação. / liquidação foi projetada para os t9tulos executi'os judiciais.

(ó existe uma pol)mica" que é a sentença arbitral. /9 'oc) 'ai ter parcela da doutrina" porexemplo" o 7arinoni" que di2 que a sentença arbitral não pode ser objeto de liquidação. Ele exclui do roldos t9tulos liquidá'eis a sentença arbitral. !iferente do maior especialista em liquidação de sentença doBrasil" que é o professor Lui2 Codrigues Dambier que tem o mel*or li'ro de liquidação&" di2 o contrário4a sentença arbitral é tão liquidá'el quanto a sentença judicial. =oc) não pode tratar essas duas espécies desentença de maneira distinta.

Eu queria só que 'oc)s soubessem de algo bastante simples4 é muito dif9cil 'oc) ter uma sentençaarbitral il9quida. E isso pela própria nature2a da arbitragem. E o que é a arbitragem: =oc) contrata um

terceiro" de confiança de ambas as partes" que é o árbitro para que ele resol'a o problema. !ificilmente" portanto" alguém 'ai ser contratado para resol'er o problema pela metade. >inguém imagina que o árbitro'en*a e diga4 ;realmente" aqui" a responsabilidade pelos danos é do réu" mas não 'ou poder di2er quantoo réu terá que pagar.< (e eu contrato alguém para resol'er o meu problema" eu espero dele umamanifestação de an de"eatur   e de quantum de"eatur . Então" a possibilidade de uma sentença arbitralil9quida é folclórica" surreal. 7esmo porque se o árbitro der uma sentença arbitral il9quida" a primeiracoisa que as partes 'ão fa2er será cobrar dele a liquidação. 7as" percebam" se eu der por pronta e acabadaa liquidação e" teratologicamente" a sentença arbitral for il9quida" de duas uma4 ou eu deixo liquidar em ju92o ou aquela sentença 'ira um nada jur9dico" porque se eu não puder executar porque ela é il9quida" eu'ou ter que entrar com processo de con*ecimento. (e eu ti'er que fa2er isso" eu pego toda arbitragem e jogo no lixo. (e" teratologicamente" acontecer" o ideal é 'oc) permitir a liquidação em ju92o.

  8.%.  &edação ' "entença i!quida

8 legislador aqui tenta criar situaç6es em que não exista liquidação de sentença" justamente porque é proibida a sentença il9quida. (e eu pro9bo a sentença il9quida" automaticamente" estou retirandodessas situaç6es o instituto da liquidação de sentença" simplesmente porque ele seria inútil. >ão 'ai terespaço e nem necessidade da liquidação nesses casos.

Eu começaria lembrando do art. +-" F único do 0P04

 Par23rafo 4nio - Quando o autor tiver #ormulado pedido certo,

$ vedado ao %ui& pro#erir sentença il'quida.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

8 que eu quero que 'oc)s extraiam daqui4 a sentença il9quida já é excepcional. Ela é uma exceçãodentro do sistema porque o a(t. )*+, - nico ad/ite a "entença i!quida "o/ente no" ca"o" de 0edidoen(ico. (ignifica o seguinte4 se o autor fi2er um pedido determinado" ou seja" se indicar o 'alor da sua pretensão" a sentença do jui2 tem que ser l9quida. (ó *a'erá sentença il9quida se o pedido for genérico.Pedido genérico é aquele pre'isto nos incisos do art. G@H" do 0P04

 Ar!. $6   - pedido deve ser certo ou determinado. ) l'cito, por$m, #ormular pedido *en$rico+

 I   - nas açes universais, se não puder o autor individuar na petição os "ens demandados

 II  - quando não #or poss'vel determinar, de modo de#initivo, asconseq/ncias do ato ou do #ato il'cito

 III   - quando a determinação do valor da condenação dependerde ato que deva ser praticado pelo r$u.

 >esses tr)s incisos" *á os pedidos genéricos. Pedido genérico é aquele que não indica o 'alor da pretensão. (e o autor não indica o 'alor" o jui2 também não é obrigado a indicálo na sentença. (e o autor

indica um 'alor" o jui2 é obrigado a indicar na sentença. >ão que seja o mesmo" mas o jui2 tem queindicar. %á *á uma tend)ncia porque o pedido genérico é excepcional. 8u seja" se só cabe sentençail9quida do pedido genérico" a sentença il9quida é excepcional também. Em regra" o pedido é determinadoe a sentença é l9quida" não sendo necessária qualquer espécie de liquidação.

7as o legislador 'ai um pouco além 3s 'e2es e di2 o seguinte4 em algumas situaç6es" mesmodiante do pedido genérico" ele cria uma obrigatoriedade de prolação de sentença l9quida. Ele quebra aregra que ele mesmo fe2 e di24 aqui" não obstante o pedido ser genérico" o jui2 está obrigado a proferiruma sentença l9quida. 8 legislador já tin*a feito isso" *á muito tempo atrás" no art. I@" F único" da Lei.JK-. Auer di2er" nos jui2ado especiais é proibida a prolação de sentença il9quida *á muito tempo"como sempre foi.

 Lei &.0&&7 Ar!. 87 Par23rafo 4nio - ão se admitir sentençacondenatria por quantia il'quida, ainda que *en$rico o pedido.

E mais recentemente" o legislador criou uma no'a regra" agora no 0P0" que é o art. +,-/" F I"que pro9be a prolação de sentença il9quida4

 Ar!. '(5)A 9 8:   os processos so" procedimento comum sumrio, re#eridos no art. 2, inciso 44, al'neas 5d6 e 5e6 desta Lei, $de#esa a sentença il'quida, cumprindo ao %ui&, se #or o caso, #i7ar de

 plano, a seu prudente crit$rio, o valor devido.

8 art. G,- trata do procedimento sumário. Então aqui ele indica duas espécies de ação de procedimento sumário" que é a ação de reparação de dano por acidente em 'ia terrestre e a ação decobrança de seguro por esse acidente. >esses dois casos" *á a 'edação 3 prolação de sentença il9quida. >esses dois casos" mesmo o autor fa2endo pedido genérico" o jui2 seria obrigado a proferir a sentençal9quida.

 Ar!. $(5 - "servar-se- o procedimento sumrio+ II  - nas causas, qualquer que se%a o valor+* de ressarcimento por danos causados em acidente de ve'culo

de via terrestree* de co"rança de se*uro, relativamente aos danos causados em

acidente de ve'culo ressalvados os casos de processo de e7ecução

/9 'em a seguinte pergunta" pergunta ine'itá'el4 o que acontece quando o jui2 não consegue proferir a sentença l9quida: Mma coisa é 'oc) criar uma obrigatoriedade onde sempre *aja condiç6es de

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

cumprila. 8utra coisa" bem diferente" é 'oc) criar uma obrigatoriedade e" e'entualmente" o jui2 não sermaterialmente capa2 de cumprila. 8 que acontece quando for imposs9'el ao jui2 a prolação da sentençal9quida: Auer di2er" o jui2 está lá com uma demanda" em que a lei obriga a uma postura" só que ématerialmente imposs9'el a sua adoção. 0omo resol'emos: Por incr9'el que pareça" *á tr)s correntesdoutrinárias que tentam resol'er essa questão4

13 Co((ente /ra5en de /ssis& N $em a seguinte tese4 essa norma legal art. +,-/" F I&" na'erdade" não cria uma obrigatoriedade ao jui2. Ele fa2 uma sugestão ao jui2. Mma sugestão no seguintesentido4 sempre que poss9'el" nesses casos" profira a sentença l9quida. 8 legislador aqui não estariaobrigando" mas incenti'ando o jui24 ;faça todo o poss9'el para proferir uma sentença l9quida porque nósqueremos uma sentença l9quida. >os ajude com isso.< E o /ra5en de /ssis completa4 ;dentro das possibilidades materiais do caso concreto.< Para essa corrente" se não for poss9'el cumprir o artigo legal"sem problema. 8 jui2 está liberado para proferir uma sentença il9quida.

23 Co((ente #umberto $*eodoro %únior& N =ai se 'aler da própria redação do art. +,-/" F I para di2er4 se não for poss9'el uma sentença l9quida" para di2er o 'alor exato da obrigação" o legisladorestaria consagrando um ju92o de equidade. 8u seja" não é poss9'el se c*egar ao 'alor exato" o jui2 de'e

indicar um 'alor aproximado" um 'alor que ele entenda oportuno e con'eni)ncia. 8 ju92o de equidade éum ju92o fundado na oportunidade e con'eni)ncia. 7as de onde o #$% tirou elementos para c*egar a essaconclusão: 0omo se c*ega a essa consagração do ju92o de equidade: ? que no final do art. +,-/" F I o jui2 fala em prudente arb9trio  os processos so" procedimento comum sumrio, (...!, $ de#esa a sentençail'quida, cumprindo ao %ui&, se #or o caso, #i7ar de plano, a seu pruen!e ri!;rio , o valor devido!. Auerdi2er" essa expressão ;a seu prudente arb9trio<" é o que le'a o #$%" o Ernani 1idelis dos (antos" aentenderem que o legislador teria consagrado o ju92o de equidade. Prudente arb9trio dá ideia de equidade.Eu não sou muito partidário dessa tese porque" para mim" jurisdição contenciosa requer um ju92o delegalidade. %u92o de equidade" como bem di2 o 0ódigo" é só na jurisdição 'oluntária. >a jurisdição'oluntária" 'oc) usa o ju92o de equidade. >a jurisdição contenciosa" 'oc) usa o ju92o de legalidade. Eaqui estamos no Ombito da jurisdição contenciosa.

%3 Co((ente /lexandre 0Omara& =) como solução poss9'el para esse impasse o seguinte4 se o jui2 não consegue fixar o 'alor a lei mandou ele decidir" fixando o 'alor&" a conclusão ób'ia é que o jui2está diante de uma causa complexa. (e não fosse assim" ele teria totais condiç6es de proferir a sentençal9quida. Então" tudo indica que o jui2 esteja diante de um caso complicado" de uma causa complexa. (e acausa é complexa" esse é um dos moti'os de con'ersão do rito sumário para o rito ordinário. =oc) temoutros fatos" outras causas de con'ersão" mas essa é uma delas4 con'ersão do sumário para o ordinário emra2ão da complexidade da causa. E a9 o 0Omara di2 o seguinte4 a partir do momento que 'oc) con'erter para o rito ordinário" o art. +,-/" F I" se torna inaplicá'el 3quele processo porque esse dispositi'o fa2expressa remissão ao art. G,-" ou seja" a processos de rito sumário. 0omo o processo não é mais de ritosumário" mas agora é de rito ordinário" o jui2 está liberado para proferir a sentença il9quida sem infringir alei" sem contrariar o art. +,-/" FI que fa2 remissão ao sumário e aqui não é mais sumário&.

  8.).  Liquidação 4(o$i"5(ia

(empre que 'oc) ti'er condiç6es para uma execução pro'isória e nós já 'imos quais condiç6essão essas na aula passada&" mas a obrigação contida no t9tulo for il9quida" é ób'io que 'oc) não podecomeçar a execução porque a execução pro'isória ou definiti'a só pode ser iniciada com a obrigaçãol9quida. Então" o que 'oc) 'ai fa2er: =ai fa2er uma liquidação. Ela é pro'isória porque o seu t9tulo é pro'isório e a9 'oc) entra com a execução pro'isória. Então" 'oc) pode" perfeitamente" ter uma liquidação pro'isória que precede a execução pro'isória. /té a9 não *á no'idade.

/ no'idade que me parece rele'ante aqui 'em pre'ista no art. +,-/" FG" do 0P0" que 'ai di2er

que a liquidação pro'isória pode ocorrer" inclusi'e" além dessa situação que eu trouxe" na pend)ncia derecurso recebido no efeito suspensi'o. >otem o seguinte4 se o recurso tem efeito suspensi'o" 'oc) não pode executar pro'isoriamente" mas 'oc) pode liquidar.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

 Ar!. '(5)A7 9 $:  A liquidação poder ser requerida na pend/nciade recurso, processando-se em autos apartados, no %u'&o de ori*em,cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cpias das peças

 processuais pertinentes.

8 que acontece nesse caso" na 'erdade" é o seguinte4 o legislador" por opção" e'identemente umaopção ligada ao princ9pio da celeridade processual que" aliás" tem sido o principal norteador das últimasreformas&" tornou a liquidação de sentença um dos efeitos secundários da sentença. E o que são efeitos"ecund#(io" da "entença: 8ão e#eitos *erados imediatamente com a sua prolação, independentementeda postura recursal das partes. >ão deixa de ser interessante porque quando se fala em recurso comefeito suspensi'o" o que a gente sempre aprendeu: Aue a decisão impugnada não gera efeitos. 8 recursocom efeito suspensi'o é a suspensão dos efeitos da decisão impugnada. (ó que esses efeitos secundáriossão gerados normalmente. Auer di2er" o efeito suspensi'o do recurso não consegue impedir a geraçãodesses efeitos secundários. 8 exemplo clássico de efeito secundário da sentença é o da *ipoteca judiciária" do art. +HH" do 0P0. =oc) condenou o réu em primeiro grau" ele apelou. /pelação" de regra"tem duplo efeito. (abe o que 'oc) pode fa2er: Pode pegar o dispositi'o da sua sentença e mandar a'erbar

na matr9cula de imó'eis do réu. Eu sei que o réu tem um imó'el. Ele foi condenado a me pagar IJ milreais. Eu pego o dispositi'o dessa sentença e mando a'erbar lá no 0artório de Qmó'eis" na matr9cula desseimó'el.

 Ar!. '66  - A sentença que condenar o r$u no pa*amento de uma prestação, consistente em din9eiro ou em coisa, valer como t'tuloconstitutivo de 9ipoteca %udiciria, cu%a inscrição ser ordenada pelo

 %ui& na #orma prescrita na Lei de :e*istros ;<"licos.

E para que se fa2 isso: Para e'itar a alegação de boafé do terceiro na fraude 3 execução. >ós'imos que o ($% protege o terceiro de boafé. 7as onde estaria a boafé do terceiro em adquirir umimó'el cuja matr9cula tra2 a indicação de uma condenação em primeiro grau: Então" é uma mara'il*a.

7as o réu pode falar ;a*" mas eu apelei e o efeito é suspensi'o" estão suspensos os efeitos dessasentença.< >o caso da *ipoteca judiciária não suspende. E se ela for il9quida" 'oc) pode fa2er a *ipoteca judiciária e" concomitantemente" a liquidação. ? uma boa not9cia num sistema como o nosso" no qual aapelação" como eu já disse" tem" em regra" o duplo efeito. Então o jui2 profere uma sentença il9quida"'oc) tem apelação do réu" mas já pode" concomitantemente com a apelação" enquanto tramita a apelação"'oc) já 'ai adiantando a sua liquidação de sentença.

8bser'ação4 tudo isso é muito bonito" é muito benéfico" adianta o expediente para o lado doexequente" mas tudo isso é baseado na Teo(ia do 6i"co74(o$eito. (ignifica di2er que o au!or a

e-euço pro"is<ria !em responsa1iliae o1/e!i"a peran!e o r;u . 0á entre nós" a c*ance de ele gerardano com uma liquidação é bem menor do que a c*ance de ele gerar dano com uma execução pro'isória" porque a execução tem atos materiais de constrição" de in'asão do patrimRnio. / liquidação é umaati'idade cogniti'a. 8 que é a liquidação: ? descobrir o 'alor. ? lógico que da9 pode gerar algum danonão estou tirando essa possibilidade&" mas que é bem raro se ter dano nesse caso" do que numa execução pro'isória" não *á dú'ida.

  8.*.  E"0cie de Deci"ão que u!a a Liquidação

Aual é a espécie de decisão que julga a liquidação: / doutrina majoritária >éri" Leonardo Sreco"(carpinella Bueno" etc.&" que é aquela que 'oc) 'ai seguir numa pro'a objeti'a" 'ai di2er que a decisãoque julga a liquidação é atualmente" no sistema brasileiro" uma decisão interlocutória. (ó que eles 'ãolembrar o seguinte4 se essa decisão interlocutória fixa o 'alor da obrigação" se ela declara o 'alor da

obrigação exequenda" ela estará resol'endo o mérito da liquidação. ? uma decisão que resol'e o méritoda liquidação. /qui não *á grandes celeumas doutrinárias. 8 mérito da liquidação é o quantum de"eatur .Então" sempre que o jui2 fixa o quantum de"eatur " ele estará resol'endo o mérito da liquidação.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Estou di2endo tudo isso porque a doutrina majoritária afirma que essa é uma decisãointerlocutória" mas não é uma decisão interlocutória qualquer. Ela é a gloriosa deci"ão inte(!ocut5(ia de/(ito. 8 que poderia ser 'isto como uma anomalia do sistema" quer di2er" a ideia de uma decisãointerlocutória pela qual se resol'e mérito" *oje" com todas as mudanças pelas quais o 0P0 passou" já não

é 'isto com tanta retic)ncia. Por que é importante 'oc) saber que não é uma decisão interlocutóriaqualquer" aquela decisão interlocutória que resol'e questão incidental: Porque" em regra" a decisãointerlocutória é 'oltada para esse tipo de situação" para solução de quest6es incidentais julgar o 'alor dacausa" deferir a inter'enção de um terceiro" deferir ou não a pro'a&. >esse caso" 'oc) tem uma decisãointerlocutória de mérito. Por que é importante saber que ela é uma decisão interlocutória de mérito"diferenciada: Primeiro porque sendo de mérito" com o trOnsito em julgado" ela produ2 coisa julgadamaterial.

E isso" até certo tempo atrás" seria um 'erdadeiro sacrilégio" 'oc) imaginar coisa julgada materialde decisão interlocutória. =oc) sempre associou coisa julgada material 3 sentença porque 'oc) sempreassociou a solução do mérito 3 sentença. / partir do momento em que o sistema permite que o mérito sejaresol'ido em interlocutória" automaticamente eu ten*o que le'ar para lá a coisa julgada material.

E outra4 desta decisão interlocutória de mérito transitada em julgado cabe ação rescisória. E nãosou eu que estou falando. 8 ($% já tem decis6es admitindo a ação rescisória contra decisão interlocutória. >ão é esse caso aqui não. >ão é decisão interlocutória que julga liquidação. ? outra espécie de decisãointerlocutória de mérito. 7as já *á uma admissão do ($% a esse julgamento da ação rescisória.Qnteressante porque se 'oc) ler o art. +@-" caput " que é o artigo inicial da rescisória" ele di2 o seguinte4

 Ar!. '5 - A sen!ença e m;ri!o , transitada em %ul*ado, pode serrescindida quando+

!i2" portanto" que a sentença de mérito é rescindida. 8 legislador de ,I nunca imaginou que omérito pudesse ser julgado em outro lugar que não na sentença. Então" ele coloca lá ;sentença de mérito<.

#oje" quando 'oc) ler o art. +@-" caput " tem que ler assim4 ;a deci"ão de mérito" transitada em julgado<.Auer di2er" se é sentença" se é decisão interlocutória" agora já não fa2 mais diferença. 8 ($% já sinali2oude que aqui caberia ação rescisória sem problemas.

8nde *á uma doutrina majoritária que é a que 'oc) de'e seguir numa pro'a objeti'a&" tambémexiste uma doutrina minoritária 1redie !idier" Ernani 1idelis dos (antos do $%K7S&. Para essa doutrina"diante do no'o conceito de sentença do art. HG" F o conceito de sentença mudou e gerou uma serie dediscuss6es&" a decisão que declara o 'alor da liquidação é uma sentença de mérito que" no final" acol*e o pedido do autor porque o autor quer fixar o 'alor.

 Ar!. #6$  - s atos do %ui& consistirão em sentenças, decisesinterlocutrias e despac9os.

 9 #:  - 8entença $ o ato do %ui& que implica al*uma das situaçes previstas nos arts. 2= e 2=> desta Lei. (  Alterado pela L-011.232-200 !

Auando o jui2 declara esse 'alor" ele estará" nos termos do art. GH" Q" do 0P0" acol*endo o pedido do autor já que é justamente essa a pretensão do autor" que o 'alor seja fixado&. Então" a9" 'oc)teria uma sentença de mérito.

 Ar!. $6&  - ?aver resolução de m$rito+ (  Alterado pela L-011.232-200 ! I - quando o %ui& acol9er ou re%eitar o pedido do autor

(ó toma cuidado com o seguinte4 qual recurso cab9'el de sentença: /pelação art. -I" do 0P04@da sentença ca"e apelação&. 7as nesse caso" mesmo essa doutrina minoritária porque a majoritáriadi2 que da decisão interlocutória o recurso cab9'el é o agra'o&" di2 que é uma sentença. 7as

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

excepcionalmente" é uma sentença recorr9'el por agra'o de instrumento. =ai quebrar o sistemaT =aiquebrar o sistema tradicional do art. -I e do art. -GG ;da decisão interlocutória cabe agra'o<&. >essecaso" o que 'ai acontecer: / opção pelo agra'o de instrumento é legal" é do legislador4 art. +,-#" do0P04

 Ar!. '(5)= . Ba decisão de liquidação ca"er a*ravo deinstrumento. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

E a9 mesmo que 'oc) possa discutir as intenç6es do legislador" aqui 'oc) 'ai usar uma regra de*ermen)utica mais 'el*a do que andar para frente. Aue regra de *ermen)utica é essa: 8 espec9fico prefere ao genérico. Eu ten*o uma regra geral4 ;sentença cabe apelação< e ten*o uma regra espec9fica4;da decisão da liquidação cabe agra'o.< =oc) 'ai usar a regra espec9fica que prefere 3 regra geral.

Eu" por exemplo" sou partidário da doutrina minoritária. Eu não consigo aceitar que seja umadecisão interlocutória diante dos no'os conceitos de pronunciamento judicial. 7as" jamais" em *ipótesealguma" 'ou defender o cabimento da apelação porque o legislador fe2 uma opção. E" cá entre nós" nãofoi a primeira 'e2 que ele fe2 isso. Auer 'er outra: /rt. JJ" da Lei de 1al)ncia4

 Ar!. #00. Ba decisão que decreta a #al/ncia ca"e a*ravo, e da sentença que %ul*a a improced/ncia do pedido ca"e apelação.

0á entre nós" ;da decisão que decreta a quebra<" é uma sentença. E cabe agra'o de instrumento.

E como estamos aqui con'ersando e é bom que 'oc)s ten*am o máximo de informação a esserespeito e como é algo relati'amente no'o" ainda está em pauta nos concursos no campo da no'idade" o($% não admite a fungibilidade quando *á indicação espec9fica do recurso cab9'el. ? erro grosseiro.Então" o ($% não aplica o princ9pio da fungibilidade recursal quando *á expressa pre'isão do recursocab9'el. E é erro grosseiro. Então" cuidado" porque se 'oc) atra'essar uma apelação da decisão que julga aliquidação" 'oc) 'ai ter problema porque o legislador expressamente disse4 ;eu quero a interposição doagra'o.<

(ó que é o seguinte" 'amos animarT >em toda decisão da liquidação tem como conteúdo a fixaçãodo 'alor. 8 normal é que a decisão fixe o 'alor da obrigação exequenda" mas nem toda decisão paraliquidação tem como conteúdo a fixação do 'alor. Então" é poss9'el que 'oc) ten*a uma decisãoterminati'a. Mm '9cio procedimental insaná'el que le'e o jui2 a proferir uma decisão terminati'a.

Mma outra situação interessante4 a doutrina e a jurisprud)ncia admitem que o jui2 recon*eça" naliquidação" a prescrição e a decad)ncia. ? uma medida de economia processual. Qmagina que 'oc)" jui2"está fa2endo uma liquidação e percebe que aquele direito de crédito prescre'eu. =oc) não 'ai perder oseu tempo fa2endo toda a ati'idade necessária para se c*egar a um 'alor" sabendo que aquela execução

está prescrita. Então" por uma ra2ão de economia processual" eu adianto uma matéria que" em tese" eu sóde'eria con*ecer na execução" para a liquidação. E o jui2 extingue a liquidação por prescrição edecad)ncia.

Por que eu fi2 essa obser'ação: Porque eu quero mostrar para 'oc)s que" nesses casos aqui" ara2ão de ser do art. +,-# desaparece. =oc) é um intérprete do texto legal. >ão pode imaginar que bastaler o texto legal. =oc) tem que entender por que ele foi formulado daquela maneira. =oc) sabe por quecabe agra'o de instrumento da decisão que fixa o 'alor: Porque o processo continua. (imples assim.1ixado o 'alor" o processo continua" agora na sua fase de execução. Então" o legislador pensou oseguinte4 'em a liquidação" fixase o 'alor. (e eu deixar apelarem dessa decisão" a fase de execução só'ai começar depois de a apelação ser julgada. Primeiro porque a apelação tem duplo efeito e" mesmo que'oc) tire o duplo efeito" 'oc) 'ai ter um problema instrumental" porque a apelação 'ai fa2er os autos

subirem ao tribunal. Então" o legislador imaginou o seguinte4 'ai para a liquidação" fixa o 'alor e já 'ai para a execução. E qual é o jeito mais fácil disso acontecer: /gra'o de instrumento.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

(ó que aqui 'oc) não 'ai para a execução nen*uma. Esse tipo de decisão p6e fim ao processo.(ão decis6es que extinguem o processo na fase de liquidação pouco importa&. Eu estou sugerindo que"nesses casos" é plenamente defensá'el a ideia de que 'oc) ten*a uma sentença recorr9'el por apelação. >esses casos" 'oc) pode trabal*ar fora do art. +,-#. (e perguntarem como é que 'oc) c*egou 3conclusão" é simples4 cabe agra'o quando o processo continua. Auando o processo se encerra" não *á

ra2ão para 'oc) mascarar a realidade que é uma sentença&. ? uma sentença que recon*ece a prescrição ea decad)ncia art. GH" Q=" 0P0&" é uma sentença de mérito e aqui o recurso cab9'el seria a regra geral" orecurso de apelação.

  8.9.  Natu(e:a u(dica da Deci"ão que ;i<a o &a!o( da O=(iação E<equenda

Percebam4 espécie de decisão é4 interlocutória ou sentença. Então" *á aquela discussão" a maioriaac*a que é interlocutóriaU a minoria ac*a que é sentença. /gora nós 'amos 'er a nature2a jur9dica. E aqui*á uma discussão doutrinária.

Dout(ina /a>o(it#(ia  N Para uma parcela da doutrina e eu me arrisco a di2er que é a

majoritária4 !inamarco" #$% e outros&" a decisão que fixa o 'alor é meramen!e elara!<ria. / nature2a jur9dica é meramente declaratória. Eles entendem que o 'alor já consta do t9tulo. 8s elementos do t9tulo jál*e dão 3 possibilidade de c*egar ao 'alor da obrigação. Eu consigo" dos elementos do t9tulo" c*egar ao'alor da obrigação. Então" na 'erdade" o que acontece é o seguinte4 o jui2 não cria um 'alor. Ele apenasdeclara um 'alor que sempre existiu e já esta'a no t9tulo. %á decorria do t9tulo. Era um 'alor que sempreexistiu e que decorria do t9tulo. Então" a decisão não cria nada. /penas afasta a insegurança jur9dicaquanto ao 'alor. >ão *a'ia certe2a de qual era o 'alor. / decisão" ao declarar o 'alor" tra2 a certe2a jur9dica do 'alor.

Dout(ina /ino(it#(ia N Qsso não desanima uma doutrina minoritária >éri& que afirma que essa éuma decisão constituti'a. !ecisão constituti'a é aquela que cria uma no'a situação jur9dica. E" para o >éri" que no'a situação jur9dica é essa: ? a admissibilidade do desencadeamento dos atos executi'os. Em

outras pala'ras" antes da liquidação" não era poss9'el executar o t9tulo. Auer di2er" a situação jur9dica erade inexecutabilidade. E agora é de executabilidade. #ou'e uma mudança na situação jur9dica" justamente"em decorr)ncia da decisão de liquidação.

/s duas correntes acabam se reunindo para di2er o seguinte4 seja pela mera declaração" seja pelaconstituição da no'a situação jur9dica" a função dessa decisão de liquidação é integrar o t9tulo executi'o.E se entende de maneira muito clara o que isso significa4 o t9tulo executi'o 'ai te dar o an de"eatur . (óque" perceba4 somente com o an de"eatur  o t9tulo está incompleto. E o que 'em a complementar esset9tulo: / decisão da liquidação" seja declarando" seja constituindo" isso não interessa. /caba indicando oquantum de"eatur . Então" a ideia de complementar o t9tulo" de integrar o t9tulo" de completar o t9tulo é bastante tranquila" seja na doutrina declaratória" seja na doutrina constituti'a.

  8.?.  Liquidação co/o ;o(/a de ;(u"t(ação da E<ecução

8u'ir isso pode assustar num primeiro momento. ? ób'io que essa é uma situação excepcional porque a liquidação é feita para preparar a execução. (e tudo der certo" se tudo for como programado" aliquidação ser'e para preparar a execução. Eu não ten*o o 'alor" faço a liquidação e" obtendo o 'alor" 'ou para a execução" sem muito segredo. 7as" excepcionalmente" 'oc)" fa2endo a liquidação" 'oc) frustra aexecução do detentor do t9tulo. Existem duas principais *ipóteses que eu quero que 'oc) lembre. >ós'imos uma já agora4 se o jui2 recon*ecer a prescriçãoKdecad)ncia" a liquidação frustra a execução. %á foiuma *ipótese que 'imos *á pouco. 8 jui2 'ai uma sentença de mérito" que fa2 coisa julgada material.=oc) nunca mais 'ai poder reclamar. Então" é ób'io. 7as 'ou até colocar4

a* >uano ?2 presriço e ea@nia 

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Qsso nós já 'imos" mas 'amos colocar aqui de no'o. ? uma frustração e uma frustração definiti'a.=oc) nunca mais 'ai executar aquele t9tulo. Pode ter certe2a. Porque o recon*ecimento da prescriçãoKdecad)ncia 'ai produ2ir uma sentença de mérito que 'ai gerar coisa julgada material e acabou para 'oc).

1* Liuiaço e "alor Bero 

Essa é uma possibilidade mais folclórica" t9pica de concurso público. / primeira dificuldade que'oc) 'ai enfrentar nessa liquidação é a seguinte4 sendo a liquidação de 'alor 2ero" *a'erá uma ofensa 3coisa julgada da sentença condenatória: Auer di2er" declarar que o réu de'e 2ero ofende a decisão quecondenou o réu a pagar: Percebam" aqui 'oc) tem que saber o seguinte4 inexist)ncia de obrigação édiferente de obrigação de pagar 2ero. (e 'oc) não se con'encer disso" a liquidação de 'alor 2ero ofende acoisa julgada. (e 'oc) disser que pagar 2ero é a mesma coisa de não de'er" então" eu não posso" jamais"ter uma liquidação de 'alor 2ero. (e já *á uma condenação di2endo que o réu de'e" eu não poderiadeclarar que o 'alor é 2ero. 7as *á uma diferença porque a inexist)ncia da obrigação é o nada. E o nada é

diferente do 2ero.

E quem di2 isso não sou eu. ? a matemática. Eu esta'a assistindo a $= %ustiça" um julgamento no($1 e o /ires Brito" no seu 'oto" mencionou uma tese acad)mica da Mni'ersidade de Princeton" #ar'ard"de um matemático em que a tese dele era mostrar que o nada era diferente do 2ero porque o 2ero" afinal" já era alguma coisa. E matematicamente falando" tanto fe2" que conseguiu pro'ar. Qnteressante porque nodireito isso tem alguns reflexos bastante rele'antes.

Auem estuda direito tributário sabe bem que uma coisa é a al9quota 2ero e a outra coisa é aisenção tributária. Qsenção tributária é a não obrigação. /l9quota 2ero é a obrigação de recol*er 2ero. Parao Ombito tributário *á diferenças significati'as da al9quota 2ero e da isenção. /qui" é mais ou menos amesma coisa4 eu ten*o uma decisão que condena o réu a pagar e ten*o uma outra que declara que o 'alor

a pagar é 2ero. Percebam" não *á contrariedade entre uma e outra. ? ób'io :& porque declarar aobrigação" in'aria'elmente" a obrigação 'ai ter algum 'alor. $em doutrinador que até apela4 ;se o jui2realmente entende que o 'alor é 2ero" que d) algum 'alor só para justificar.< >ão dáT (e o 'alor é 2ero"apesar de teratológico" o jui2 tem que indicar o 'alor 2ero. E não tem nen*um problema. (e 'oc)recon*ecer que o nada e o 2ero são diferentes" 'oc) fica muito confortá'el em defender a execução do'alor 2ero.

Mm outro exemplo para 'oc) entender que a não obrigação e a obrigação de pagar 2ero são coisasdiferentes4 o sujeito é condenado a pagar alimentos. !epois de um ano pagando alimentos ele tem aobrigação de pagar alimentos decorrente de uma condenação judicial&" ele perde o emprego" perde suafonte de renda. E" ao mesmo tempo" o alimentado gan*a na loteria. %á não *á mais possibilidade de pagare nem a necessidade de receber. E fica G anos sem pagar. !epois de G anos" o alimentante retoma oemprego e o alimentado gasta todo o din*eiro que tin*a gan*o na loteria. Pergunta4 eu 'ou precisarcondenar de no'o o sujeito a pagar alimentos: >ão. / obrigação dele nunca deixou de existir. !urantedois anos" a obrigação dele era de pagar 2ero. (e a obrigação de pagar 2ero é sinRnimo de não obrigação" para que ele 'olte a pagar" eu teria que condenálo de no'o. 7as eu não 'ou precisar fa2er isso porquenunca deixou de existir a obrigação de pagar" só que durante algum tempo a obrigação foi de pagar 2ero.Vero e nada são diferentes.

8 importante da liquidação de 'alor 2ero a ser lembrado4 não era o esperado pelo autor. 7as ofato é que o jui2 declarou que o 'alor é 2ero. (e o jui2 fe2 isso" declarou o 'alor" 'oc) está diante de umadecisão de mérito" para a maioria uma decisão interlocutória" para a maioria uma sentença" mas o queinteressa é que 'oc) está diante de uma decisão de mérito que fa2 coisa julgada material. Essa"

no'amente" como ocorre na prescrição e na decad)ncia" é uma frustração definiti'a da execução. Essadecisão acarreta uma frustração definiti'a da execução.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

* Aus@nia e pro"a 

Essa terceira *ipótese de liquidação como frustração da execução é muito pol)mica" que é aquestão referente 3 aus)ncia de pro'a. Para fixar o 'alor na liquidação" o jui2 'ai precisar de pro'as

referentes ao 'alor. /9 'em a pergunta4 e se faltarem essas pro'as: E se o jui2 não conseguir aferir o 'alor pela aus)ncia de pro'as: Ele precisa da pro'a para c*egar a um 'alor. (e ele não tem pro'a" o queacontece: Qsso é bem pol)mico e não 'ou colocar corrente majoritária ou minoritária dessa 'e2.

=oc) 'ai encontrar uma corrente doutrinária do /ra5en de /ssis" do 7inistro VaWasc5i" resol'emda seguinte forma4 para eles" tudo se resol'e com a aplicação da regra do Rnus da pro'a. !e quem é oRnus de pro'ar o 'alor da obrigação: !o autor da liquidação. 0abe a ele o Rnus de pro'ar o 'alor. E paraessa corrente" se faltar a pro'a necessária" o jui2 aplica a regra do Rnus da pro'a e se o Rnus era do autor ese ele não se desincumbiu desse Rnus" o jui2 julga a liquidação improcedente. 8 pedido do autor é para afixação do 'alor. >esse caso" o jui2 'ai rejeitar o pedido di2endo4 eu rejeito o seu pedido para fixar o'alor porque eu não ten*o pro'a suficiente para fa2)lo. Mma decisão de improced)ncia" nesse caso" éuma decisão de mérito. ? uma decisão de mérito que produ2irá coisa julgada material. Para essa corrente

doutrinária" é mais uma *ipótese de frustração definiti'a.

7as existe uma outra corrente doutrinária !inamarco" #$%&" que dá uma solução bemexcepcional dentro do nosso sistema processual" mas ela sugere que" nesse caso" o jui2 de'e declarar onon liquet . Em outras pala'ras" o jui2 deixa de decidir. on liquet  significa isso4 o jui2 deixa de decidir. 8importante nessa corrente doutrinária é que" como o jui2 deixa de decidir" não *á pro'a necessária" não *áos elementos necessários para resol'er" significa que é uma decisão terminati'a. !eixar de decidir édecisão terminati'a. Por isso que" na prática" a decisão entre essas duas doutrinas é muito importante. ?uma decisão terminati'a. E isso significa que não *á coisa julgada material. / decisão terminati'a não produ2 coisa julgada material. E" na prática" isso significa que a liquidação pode ser reproposta. Então" oautor entrou com a liquidação" o jui2 declarou non liquit " disse que não *a'ia pro'a necessária" no diaseguinte" o autor pode entrar com no'a liquidação. E a9" a expectati'a é que ele consiga produ2ir a pro'a

necessária.

8.8.  Natu(e:a u(dica da Liquidação

/qui" a doutrina majoritária em liquidação é dif9cil ter uma certe2a&" 7arinoni" #$%" a maioriados doutrinadores" 'em entendendo o seguinte4 a liquidação de sentença passou" com as reformas processuais" a ter nature2a de /e(a @a"e 0(ocedi/enta! dentro da ideia do sincretismo processual que'em sendo adotado pelo sistema processual brasileiro. E" com isso" fica fácil entender por que aliquidação não é mais um processo autRnomo. >ão existe processo de liquidação. Liquidação é sempreuma mera fase procedimental. #ou'e épocas em que a liquidação era" 3s 'e2es um processo" e 3s 'e2esuma fase procedimental. #oje" a ideia é que ela seja sempre uma mera fase procedimental. 7as isso está pre'isto na lei: / doutrina tirou isso de uma pre'isão legal: >ão. >a 'erdade" o que a lei dá são ind9ciosde que não exista mais um processo de liquidação. / lei não 'ai te dar mastigado" não 'ai te dar pronto. 8que ela 'ai fa2er é colocar ind9cios de que não *á mais processo de liquidação. >ão *á mais um processoautRnomo de liquidação. 8 que existe" nesse caso" é sempre uma mera fase procedimental. 8nde estãoesses ind9cios: !ois deles no art. +,-/" F 4

 Ar!. '(5)A7 9 #:  Bo requerimento de liquidação de sentença sera parte intimada, na pessoa de seu advo*ado.

•  ;rimeiro ind'cio4 como começa uma liquidação de sentença: Aual é o ato processualinaugural de uma liquidação de sentença: ? o requerimento do autor. (e fosse um processo

de liquidação" seria uma petição inicial" porque processo de liquidação começa por petiçãoinicial.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

• 8e*undo ind'cio4 o réu é intimado na liquidação. (e 'oc) ti'esse diante de uma inicial"*a'eria a citação do réu.

• Cerceiro ind'cio4 /rt. +,-#" do 0P0" que" para a doutrina majoritária" como 'imos" aoindicar o recurso de agra'o de instrumento da decisão que julga a liquidação" acabou

tornando essa decisão" uma decisão interlocutória. E é a posição majoritária não é a min*a particular" mas é a majoritária&. (e a liquidação fosse um processo autRnomo" que tipo dedecisão a resol'eria: Mma sentença" porque a decisão que resol'e um processo é a sentençarecorr9'el por apelação. /o di2er que aqui 'oc) tem uma decisão interlocutória recorr9'el poragra'o" o legislador" na 'erdade" estaria di2endo4 é uma mera fase procedimental.

 Ar!. '(5)= . Ba decisão de liquidação ca"er a*ravo deinstrumento. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

8bser'ação importante4 no /rt. +,->" F único" do 0P0" um dispositi'o que já foi analisado emaulas passadas" 'oc) tem tr)s espécies de t9tulo executi'o judicial penal" arbitral e *omologação desentença estrangeira&. 8 art. +,->" F único" di2 o seguinte4 quando 'oc) tem um t9tulo desses" il9quido"'oc) 'ai ter que iniciar um processo pela liquidação.

 Par23rafo 4nio.  os casos dos incisos 44, 4D e D4, o mandadoinicial (art. E-F! incluir a ordem de citação do devedor, no %u'&oc'vel, para liquidação ou e7ecução, con#orme o caso.

 >esse caso" tem que ficar esperto e lembrar do seguinte4 nesse caso" a liquidação 'ai ter petiçãoinicial não 'ai começar por mero requerimento& e 'ai ter citação do réu. Ela não perde a nature2a de fase procedimental. Porque" nesse caso" ela continua tendo fase procedimental" mas passa a ser a primeira fase procedimental de um processo sincrético. Eu 'ou ter a fase de liquidação" que 'ai ser a primeira" c*egaseao quantum de"eatur  e fa2se o cumprimento de sentença que 'ai ser a segunda fase&. Auando a gente

fala que a liquidação é fase procedimental" a estrutura que a gente imagina é4 em regra" a estrutura que agente imagina é a seguinte4 fase de con*ecimento e a9 'em a sentença il9quida&" a9 'oc) fa2 uma fase deliquidação c*ega ao 'alor& e a9 'oc) 'ai para a fase do cumprimento de sentença. Essa é a estruturatradicional4 con*ecimento" sentença il9quida. Liquida" 'ai para o cumprimento de sentença. >os casos doart. +,->" F único" não *á essa fase de con*ecimento porque já *á o t9tulo. ? um t9tulo feito porarbitragem" feito na esfera penal" feito por *omologação de sentença estrangeira" mas não interessa4 já éum t9tulo. Então" na 'erdade" eu começo daqui" mas isso não torna a liquidação um processo autRnomo.Ela simplesmente 'ai ser a primeira fase de um processo sincrético. Seralmente" é fase intermediária.7as nesse caso excepcional" ela 'ai ser uma fase inicial.

(4ntervalo G 01+2H+00!  8.+.  Leiti/idade na Liquidação de Sentença

0omo funciona a legitimidade na liquidação de sentença: Auando 'oc) pensa em legitimidadeati'a" o primeiro sujeito que de'e 'ir 3 sua cabeça é o credor porque o credor tem o direito a receber. Eletem o interesse de cobrar" para exercer o direito de receber. 7as ele sabe que" para receber" ele precisafixar o quantum de"eatur . Então" basicamente" tudo se acerta. 8 credor quer receber" entra com aliquidação para se c*egar ao quantum de"eatur  e a9 a legitimidade passi'a fica a cargo do de'edor e aestrutura tradicional é essa.

(ó que tem um porém. 8 de'edor também tem o direito de quitar sua obrigação. ? interessante porque quando a gente pensa em quitação da obrigação" sempre pensa pelo aspecto do de'er. 8 de'edortem o de'er de quitar a sua obrigação. 7as ele também tem o direito de quitar. Ele pode querer se 'erli're daquela obrigação. 7as para quitar a obrigação" eu preciso do 'alor. /pesar de impro'á'el" não é

imposs9'el que o de'edor assuma o polo ati'o" colocando o credor no polo passi'o. >ão *á nen*umempecil*o. Então" na realidade" tanto o credor quanto o de'edor podem ser" tanto autor" quanto réu.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

/ única indicação interessante que eu ac*o aqui é o seguinte4 quando o autor é o credor" 'oc) temuma liquidação seguida de uma execução" que é o tradicional. 8 credor liquida" descobre o 'alor eexecuta. 7as quando 'oc) tem uma liquidação pelo de'edor" 'oc) não pode se animar. 8 de'edor não pode entrar com a execução. Em boa *ora o art. -,J" do 0P0" foi re'ogado porque" por incr9'el que pareça" esse dispositi'o pre'ia exatamente isso4 uma execução proposta pelo de'edor" que sempre 'irou

surrealismo. (e eu sou de'edor e quero pagar" não sei quanto de'o" descobri quanto de'o" nem assim ocredor quer aceitar. 8 que faço: Mma consignação em pagamento. >esse caso" o de'edor fa2 umaliquidação seguida de uma consignação em pagamento. Auer di2er" o instrumento processual depois daliquidação 'ai mudar" a depender de o autor ser o credor ou de'edor. 8 credor executa" o de'edorconsigna. 7as para fins de liquidação" percebam que tanto fa2" pode ser tanto um quanto outro.

  8.1.  Co/0etBncia da Liquidação de Sentença

7ais um tema onde a doutrina não é unOnime.

 Boutrina ma%oritria  1redie !idier" /bel*a Codrigues& N 8s doutrinadores que comp6em a

doutrina majoritária entendem que existe uma compet)ncia funcional do ju92o que formou o t9tuloil9quido. 0ompet)ncia funcional é espécie de compet)ncia absoluta. Então a ideia de queobrigatoriamente que formou o t9tulo il9quido será o competente para liquidar este t9tulo.

 Boutrina minoritria >elson >éri& Perceba que uma doutrina minoritária 'ai entender que 'oc)de'e fa2er uma aplicação por analogia" já que esse dispositi'o não é para liquidação de sentença" ao art.+,-P" F único" do 0P0.

 Ar!. '(5)P7 Par23rafo 4nio. o caso do inciso 44 do caput destearti*o, o e7eqente poder optar pelo %u'&o do local onde se encontram"ens su%eitos à e7propriação ou pelo do atual domic'lio do e7ecutado,casos em que a remessa dos autos do processo ser solicitada ao %u'&o de

ori*em.

Essa é uma regra do cumprimento de sentença. ? uma regra que 'imos juntos" do cumprimento desentença. Para o >éri" ao aplicar por analogia" eu poderia liquidar a sentença no ju92o atual" no foro dolocal dos bens do executado e no foro do local do domic9lio do executado. Auer di2er" o autor daliquidação teria essas escol*as" o que" de cara" já transforma essa compet)ncia em relati'a. (e realmente oautor tem todas essas escol*as" se existe escol*a para o autor" 'oc) está diante de uma compet)nciarelati'a.

Por que não parece correta a posição do >éri: ? a 'el*a *istoria" ser 'oc) quer aplicar uma regra por analogia" 'oc) tem que entender a ra2ão de ser dessa regra. Por que eu posso sair do ju92o atual eexecutar o executado no local dos bens dele: Porque a execução é 'oltada a atos materiais de satisfação.Qr até o local dos bens é facilitar a prática dos atos. Eu saio de onde estou e 'ou para onde está oexecutado porque 'ai ser mais fácil praticar os atos materiais de execução. 7as na liquidação de sentençanão existem atos materiais de execução. / liquidação de sentença é ati'idade intelectual" cogniti'a. 8 jui2'ai" simplesmente" analisar o 'alor da obrigação. >ão tem ato material nen*um a9. Cesumindo4 por que'oc) não aplica por analogia: Porque a regra ser'e para facilitar os atos materiais de execução que nãoexistem na liquidação de sentença. $em que 'er a ratio da norma" principalmente quando 'oc) sea'entura a fa2er aplicaç6es por analogia.

0ertamente 'oc)s já 'iram isso" na aula espec9fica de tutela coleti'a" mas só para não passar em branco. Auando 'oc) tem uma sentença coleti'a" 'amos imaginar uma sentença de direito indi'idual*omog)neo que fa'orece -JJ pessoas. 0ada um desses titulares 'ai ter que fa2er a sua liquidação própria

e a sua execução. Aual é a compet)ncia para essas liquidaç6es indi'iduais da sentença coleti'a: 8 foro dodomic9lio do liquidante. /9 não *á essa 'inculação obrigatória entre quem formou o t9tulo e quem liquida./ compet)ncia é do foro do domic9lio do liquidante" que é o indi'9duo. =amos imaginar uma sentença

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

 proferida na comarca de (P e 'oc) ten*a beneficiados espal*ados por todo Estado. 8 sujeito domiciliadoem Bauru 'ai pegar essa sentença proferida em (P e 'ai liquidar em Bauru. /caba sendo uma exceção 3regra de compet)ncia funcional" de compet)ncia absoluta.

  8.11.  E"0cie" de Liquidação

a* Liuiaço por mero 2lulo ari!m;!io

=amos começar por essa" até por uma questão de cronologia do 0P0. >ão é propriamente umaliquidação" é uma pseudoliquidação" mas tem alguns problemas procedimentais que 'amos ter queenfrentar.

 >ão precisa ser muito perspica2 para perceber que essa liquidação é aquela que depende daapresentação de um memorial descriti'o de cálculos. 8 autor da execução entra com a petição inicial oucom o requerimento inicial porque aqui 'ai 'aler tanto para t9tulo judicial" quanto extrajudicial& e já

instrui essa peça inicial seja a petição" seja o requerimento& com o descriti'o de cálculos. Perceba oseguinte4 quem fa2 o cálculo é o credor unilateralmente. Auem c*ega ao 'alor da execução é o credor"unilateralmente. ? claro que ele de'e" dentro da legalidade" c*egar ao 'alor estabelecido pelo t9tulo. 7aso fato é que quem fa2 a conta é o credor. Esse mero cálculo aritmético quem fa2 é o credor. Por isso" nãoé liquidação. / liquidação é um procedimento que 'em antes da execução. >esse caso" a execução jácorreu. 8 que 'eio antes dessa execução: 8 cálculo que o cara fe2 lá no escritório do ad'ogado dele. 8useja" não *ou'e um procedimento pré'io 3 execução. Auer di2er" a liquidação sempre 'em como um procedimento pré'io" da9 'em a execução. /qui" não. Então" não é uma liquidação propriamente dita" masela gera alguns problemas práticos interessantes.

Primeira questão problemática interessante4 o art. +,-B" FF e G" do 0P0" pre') a seguintesituação4 imagine que os dados necessários para a elaboração dos cálculos estejam em poder do terceiroou do executado. >a 'erdade" basta o cálculo. Por um mero cálculo aritmético" 'oc) resol'e o seu problema" mas 'oc) não tem como fa2er esse cálculo porque os dados necessários não estão com 'oc)"mas estão em poder de um terceiro ou do próprio executado. E a9: /9 'oc) 'ai pedir a exibição incidentaldesses dados em ju92o. 8 0P0 di2 que quando 'oc) pede essa exibição" o jui2 já de'e fixar um pra2o deaté IJ dias para que a exibição ocorra. Qsso está no F . 8 pra2o de até IJ dias para que seja cumpridaessa dilig)ncia.

 9 #:  Quando a ela"oração da memria do clculo depender dedados e7istentes em poder do devedor ou de terceiro, o %ui&, arequerimento do credor, poder requisit-los, #i7ando pra&o de at$ trintadias para o cumprimento da dili*/ncia.

 9 $:   8e os dados não #orem, in%usti#icadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os clculos apresentados pelocredor, e, se não o #orem pelo terceiro, con#i*urar-se- a situação

 prevista no art. 3=2.

E um detal*e ób'io. 8 código não pre'). ? um doutrinador que fala isso" o 7arinoni. 1ala oób'io. Eu não posso obrigar alguém a exibir algo em ju92o sem l*e dar antes oportunidade de reação. ? o princ9pio do contraditório. Então" eu não posso" diante de um pedido do exequente" já determinar" semou'ir ninguém" a exibição. Então" a ideia é que" antes de determinar a exibição" o jui2 d) um pra2o de -dias para que o terceiro ou o executado se manifeste sobre o pedido. Qsso não está pre'isto no código" masé questão constitucional4 princ9pio do contraditório.

Então" a cronologia dos acontecimentos seria a seguinte4 pedido" intimação" - dias de pra2o" e a9se o jui2 entender cab9'el o de'er de exibir" ele dá até IJ dias. 8 código passa longe de di2er isso.

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

(egundo o código" eu peço e ele já manda. 7as aqui" não dá. =oc) tem que respeitar o contraditório.=amos ou'ir o que o sujeito tem a di2er.

7as 'amos supor que superada essa fase" 'en*a a exibição. /9 'em um segundo problema4 o queacontece diante da não exibição conforme determinada pelo jui2: Mltrapassado esse procedimento pré'io"

se o terceiro ou executado le'ar os dados ao ju92o" o exequente pega os dados" fa2 os cálculos e o problema acabou. E se não *ou'er a exibição: /9 a lei dá soluç6es diferentes" a depender de quem é osujeito que não exibe.

 Se a no e-i1iço eorrer o e-eu!ao N / legislação cria uma presunção de correção docálculo apresentado. 8 que já 'ai exigir uma ginástica de *ermen)utica porque não existe cálculoapresentado. 8 legislador di24 ;se não *ou'er exibição" presumese correto o cálculo apresentado.< Auecálculo: 8 exequente está pedindo os dados justamente para fa2er o cálculo. =amos tentar sal'ar4 pediu aexibição" não 'eio. 8e executado não exibiu os dados" a9 o exequente elabora os cálculos com o que eleconseguir de forma aproximada" equitati'a& e se opera a tal da presunção de correção. / 'ida prática émais cruel do que os li'ros. Por 'e2es" o exequente simplesmente não tem condiç6es nen*uma de fa2er oscálculos sem os dados. Exemplo t9pico4 aç6es desses planos econRmicos Bresser" =erão" etc.&. na *ora de

liquidar" ele precisa dos extratos de contapoupança de GJ anos atrás. (e ele não ti'er os extratos" ele nãotem como fa2er os cálculos. /9 o banco é c*amado a exibir em ju92o. Ele di2 que não tem" que perdeu.0omo é que o exequente fa2 os cálculos: >o papel é bonito. 8 exequente peticiona e di2 que não temideia de onde começar. E o jui2 di2 que também não tem. E fica num impasse desgraçado. Então" na prática" a solução não é tão simples como sugere o legislador. 7as" em tese" a ideia é de que se 'oc) nãotem todos os elementos" 'oc) tem algum elemento m9nimo" algum ind9cio que possa permitir o cálculo. >ão 'ai ser um cálculo exato" mas algum cálculo 'ai estar lá. E a9 começa uma discussão deconsequ)ncias práticas inegá'eis. 8s cálculos serão presumidos corretos cálculos apresentados peloexequente e" na mel*or das *ipóteses" de 'alor aproximado" quando não for um c*ute absolutamentealeatório& e qual é a nature2a dessa presunção:

1I Jorrente N /9 'oc) 'ai ter uma corrente doutrinária que me parece" disparado a mais lúcida

VaWasc5i" #$%&" que 'ão di2er que essa é uma presunção relati'a. Eu ac*o até que é a doutrinamajoritária. 8 que significa di2er que o executado pode impugnar o 'alor. ? 'erdade que aquilo sóocorreu pela omissão do executado. 7as mesmo assim" o executado" em embargos" na impugnação" poderá impugnar o 'alor dessas contas.

2I Jorrente N 8 que não acreditam que possa acontecer o >éri" o /lexandre 0Omara. Eles ac*amque a presunção é absoluta. 8 que significa di2er que o 'alor se torna imutá'el e indiscut9'el. 8 'alor dascontas apresentadas tornase imutá'el e indiscut9'el presunção absolutaT&. 8 problema desseentendimento é que omissão processual não pode criar direito material. ? uma regra básica de direito. >ão *á dú'ida de que *ou'e uma omissão. >ão *á dú'ida de que eu não estou feli2 e ninguém de'e estarfeli2 com o executado eu foi malandro" foi safado" mas a9 di2er que essa omissão dele cria um direito decrédito ao credor" isso não existe. (e o meu t9tulo executi'o me dá um direito de J" não é a omissão doexecutado que pode transformar o meu direito de crédito em -J" porque a omissão dele estaria criando umdireito a +J que não existe. ? um direito material inexistente. Eu preciso ser fiel ao t9tulo. (e se descobrirnuma defesa do executado seja impugnação" seja embargos& que o 'alor não é o apresentado" o jui2 éobrigado a manter a fidelidade ao 'alor do t9tulo.

 Se a no e-i1iço for fru!o o a!o o !ereiro  N /9 não se pode presumir como correto porque"em tese" a presunção de correção prejudica o executado. E o executado aqui não te'e nada a 'er com isso.Então" podemos fa2er uma busca e apreensão do bem. #a'erá aqui um crime de desobedi)ncia" segundo adisposição legal. E" apesar do código expressamente não indicar" o jui2 também poderá aplicar" nessecaso" as /streintes. ;/*" !aniel" mas a (úmula I,G" do ($%" di2 que não cabe /streintes na ação cautelarde exibição de documento.< 7as aqui a súmula não é aplicada porque di2er que não cabe /streinte na

cautelar de exibição de documento é" na 'erdade" 'oltada 3 omissão do réu na cautelar de exibição. Auerdi2er" eu entro com uma cautelar contra o réu e o réu não exibe. /9 eu presumo 'erdadeiros os fatos queeu queria pro'ar com a exibição. ? a 'el*a *istória4 o réu não fe2" ele é prejudicado. Percebam que aqui

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

não foi a parte contrário que não fe2. 1oi o terceiro. >ão tem nada a 'er com a parte contrária. Então"'oc) pode entrar com a busca e apreensão e aplicar as /streintes. >ão tem problema nen*um. $udo paraque os dados c*eguem 3s mãos do exequente.

8utro problemin*a4 agora" o art. +,-B" F I.

'(5)7 9 8:  ;oder o %ui& valer-se do contador do %u'&o, quandoa memria apresentada pelo credor aparentemente e7ceder os limites dadecisão e7eqenda e, ainda, nos casos de assist/ncia %udiciria.

8 que eu 'ou colocar agora" é bom que 'oc)s entendam" é algo excepcional. ? absolutamenteexcepcional. Em regra" isso não 'ai acontecer. 8 que é excepcional: / remessa do processo ao contador judicial. Em regra" não 'ai para o contador. (omente em duas *ipóteses" o jui2 pega a sua inicial petição"requerimento& e manda para o contador. / primeira *ipóteses é quando o jui2 desconfiar" suspeitar daregularidade dos cálculos. Essa desconfiança não de'e ser fruto de uma ati'idade cogniti'a exauriente.Pelo contrário. /qui" o jui2 fa2 uma cognição superficial. Mma batida de ol*o" ou como prefere o!inamarco" uma análise a ol*onu. Qsso significa sem fa2er cálculo" sem fa2er pesquisa. ? aquela coisa

a'iltante. =oc) tem um t9tulo de I mil e o cara fe2 um cálculo que c*egou em -J mil. 8 jui2 não 'ai fa2eranálise" mas está estran*o demais. Auando o jui2 tem uma desconfiança ante situaç6es de disparidadeentre o t9tulo e o cálculo" ele manda para o contador.

(egunda *ipótese N Auando o exequente for beneficiário da assist)ncia judiciária. >esse caso" jánão *á mais desconfiança. >o primeiro caso" 'oc) está desconfiando da lisura do autor que pode terquerido dar uma inflada no cálculo. /qui" não. /qui" é uma questão de aux9lio. 8 legislador pensou que o beneficiário da assist)ncia judiciária que não tem condiç6es de fa2er os cálculos. /9 o sujeito entra com aexecução e não consegue fa2er os cálculos. /9 o ju92o fa2 para ele. 7as aqui" 'oc) só 'ai mandar para ocontador se o exequente deixar de apresentar os cálculos. $em lógica porque eu não posso usar umanorma que é para ajudar o exequente para prejudicálo. 7andar para o contador é ruim porque demora. (eeu sou beneficiário" mas indiquei os cálculos" não *á ra2ão para mandar para o contador.

? poss9'el que o contador ac*e um 'alor superior ao 'alor executado. ? pouco pro'á'el" mas é poss9'el. ? poss9'el que o contador diga4 ;exequente" 'oc) tem direito a -" 'oc) só está executando J.<=amos imaginar o contador c*egando a um 'alor superior ao da execução. ? bastante impro'á'el" masnesse caso" o exequente é intimado4 ;'oc) está cobrando J" mas o contador está di2endo que 'oc)merece -.< Ele" de duas uma" ou mantém o 'alor original e a execução continua normalmente. 7asquem 'ai abrir mão de um direito de crédito recon*ecido pelo contador: ? que o sujeito pode saber quede'ia só J mesmo e não quer executar -. =ai que o executado pro'a que era só J mesmo e depois ele'ai querer receber em dobro. ? poss9'el" então" que ele queira executar o que ac*a que tem que executar.8u então" o exequente entra na pil*a do contador. Ele" então" emenda a petição inicial adotando o 'alordo contador. E a9 a execução segue normalmente. 8 que eu quero te mostrar aqui é que" independente da posição adotada pelo exequente" a execução segue normalmente. 7antido o 'alor originário segue"adotado o 'alor do contador" segue também.

8 contador pode c*egar a um 'alor igual ao da execução. E a9 a normalidade é uma coisa maisób'ia ainda. / execução segue normalmente.

8 que costuma acontecer é o contador c*egar a um 'alor inferior ao executado. ? isso quecostuma acontecer. /9 o exequente será intimado. Ele pode concordar com o contador e se fi2er isso ele'ai emendar a inicial corrigindo o 'alor" adequando o 'alor da inicial ao 'alor obtido pelo contador. 8uentão" ele mantém o 'alor originário. 8 exequente não dá crédito ao contador e mantém o 'alor. Ele podeexecutar o 'alor que ac*ar adequado. (ó que" nesse caso" o que acontecerá: / execução segue pelo 'alorinicial" indicado pelo exequente. (ó que a pen*ora de bens tomará por base o 'alor do contador. Em

outras pala'ras" o 'alor da pen*ora será o 'alor do contador. Eu estou executando -" mas o contadordisse que era J" eu 'ou pen*orar bens até o 'alor de J. ? interessante porque no final das contas" se o

G

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

contador esti'er errado" eu 'ou ter que fa2er um reforço de pen*ora. 7as se o contador esta'a certo" a9 bele2a.

Mma obser'ação. Essa obser'ação e importanteT 8 jui2 não se manifesta sobre o 'alor nessemomento. Pelo menos nesse momento procedimental. 8 jui2 pegou a inicial" desconfiou. 7andou para o

contador" o contador fe2 o cálculo" ele mandou ou'ir o autor" o exequente que resol'eu continuar aexecução pelo 'alor originário" o jui2 continuou. 8 jui2 não se manifesta porque o jui2 'ai deixar parafalar sobre o 'alor quando ele decidir a defesa do executado. 8 jui2 deixa para falar sobre o 'alor nadecisão dos embargos" na decisão da impugnação" porque em tese" a *istória é a seguinte4 cada um dossujeitos narrados 'ai ter um momento espec9fico para falar sobre o 'alor. 8 autor fala na inicial" ocontador fala no cálculo dele" o executado fala na defesa e o jui2 depois decide. 8 credor quer -" ocontador di2 que é J" o executado di2 que de'e I. E a9: 8 jui2 resol'e.

8 que acontece diante da omissão defensi'a do executado: Auando o script é seguido" tudo dácerto porque o jui2 'ai ter uma oportunidade para falar sobre o 'alor que é a defesa do executado. E se oexecutado não se defender: >esse caso" quando não *á defesa do executado" o ST" no CEsp.JG.IJHKPC e aqui *á uma pol)mica doutrinária considerá'el&" já resol'eu que o jui2 pode se

manifestar de of9cio. >esse caso" de of9cio" o jui2 pode corrigir o 'alor da execução" sempre que entenderque é um 'alor inadequado. Em tese" ele espera a resposta do réu" mas se a defesa do réu não 'ier" nãoestá tudo perdido porque o jui2 poderá fa2er essa correção de of9cio.

6E"0 112%9 46 7 ini"t(a NANC AND6IFGI 7 TE6CEI6ATU6A 7 u!a/ento 28)2+ 7 De ?*2+- s %u'&os de 1K e 2K *raus de %urisdição, sem violação ao princ'pio dademanda, podem determinar as provas que l9es aprouverem, a #im de

 #irmar seu %u'&o de livre convicção motivado, diante do que e7pe o art.130 do J;J.- A iniciativa pro"atria do %ui&, em "usca da verdade real, comreali&ação de provas de o#'cio, $ ampl'ssima, porque $ #eita no interesse

 p<"lico de e#etividade da Fustiça.- m"ora recaia so"re o devedor-em"ar*ante o Mnus de demonstrar aine7atidão dos clculos apresentados pelo credor-e7equente, deve-seadmitir a iniciativa pro"atria do %ul*ador, #eita com equil'"rio era&oa"ilidade, para a#erir a e7atidão de clculos que aparentem serinconsistentes ou inveross'meis, pois assim se presti*ia a e#etividade,celeridade e equidade da prestação %urisdicional.

 :ecurso especial improvido.

1* Liuiaço por Ar1i!ramen!o

Auando *a'erá uma liquidação por arbitramento: E aqui é com triste2a que trago a 'oc)s o art.+,-0" do 0P0. E por que trago com triste2a: Porque ele pre') tr)s *ipóteses de cabimento4 duas sãoerradas e uma incompreens9'el. ? um artigo de todo imprestá'el.

 Ar!. '(5)C . Nar-se- a liquidação por ar"itramento quando+(  Acrescentado pela L-011.232-200 !

 I  G determinado pela sentença ou convencionado pelas partes II  G o e7i*ir a nature&a do o"%eto da liquidação.

 >o inciso Q" ele tra2 as duas incorreç6es4

. Se(# 0o( a(=it(a/ento, quando dete(/inado na "entença  N 7entiraT ? mentira porque adeterminação na sentença não pode mudar a nature2a da liquidação. 0omo assim: 8 jui2fixou liquidação por arbitramento na sentença" só que na *ora de executar descobriuse que

I

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

 basta'a o mero cálculo aritmético. 0omo 'ai ficar a liquidação: Por mero cálculo aritmético.;/*" mas o jui2 falou que ia ser por arbitramento.< >ão interessaT >a 'erdade" só 'ale aindicação do jui2 na sentença quando a liquidação for por arbitramento de qualquer maneira.;!aniel" preciso pro'ar fato no'o<. 1ato no'o é liquidação por artigos. ;>ão" mas o jui2 disseque era por arbitramento.< >ão interessaT =oc) 'ai fa2er por artigos. Auer di2er" a

determinação do arbitramento na sentença não ser'e para nada.

G. Se(# 0o( a(=it(a/ento, diante do aco(do de $ontade da" 0a(te"  N Está erradoT (e o jui2não pode mudar a nature2a da liquidação da sentença" muito menos podem as partes poracordo. 8 jui2 não pode mudar a nature2a na sentença. /s partes também não podem mudar anature2a por acordo.

8 inciso Q é daqueles... /gora" o inciso QQ" do art. +,-0" não fica muito atrás4

I. Se(# 0o( a(=it(a/ento, quando o e<ii( a natu(e:a do o=>eto da !iquidação   N $9pica*ipótese que se fala muito e não se di2 nada.

=oc) quer saber" finalmente" o que é uma liquidação por arbitramento" ou quando ela é cab9'el:Eu 'ou tentar tirar desse inciso QQ" a coisa mais ób'ia do mundo. / liquidação por arbitramento tem como*ipótese de cabimento a necessidade de produção de uma pro'a pericial para a fixação do 'alor daobrigação. Liquidação por arbitramento é uma pro'a pericial. (empre que o 'alor depender de uma pro'a pericial" a liquidação se dará por arbitramento. 8 que nos le'a a uma facilidade muito grande que é aseguinte4 qual é o procedimento de uma liquidação por arbitramento: ? o da pro'a pericial. Lembra dasregras de pro'a pericial" pro'a em espécie: $udo o que 'oc) aprendeu lá 'ai aplicar aqui. ;/*" !aniel"então o jui2 'ai determinar o perito e 'ai abrir pra2o de - dias para indicação dos assistentes técnicos do perito:< QssoT ;/*" cabe quesitos fundamentais:< QssoT ;/*" cabe c*amar o perito em audi)ncia:< QssoT;8 perito tem que entregar com GJ dias de anteced)ncia o laudo:< QssoT ;/*T Pode ser intimado para" emde2 dias" se manifestar sobre...< QssoT /s regras da pro'a pericial. $udo le'a 3 per9cia. / liquidação porarbitramento é uma per9cia. Então" não *á de se deixar de aplicar a regra da pro'a pericial. Então" acaba

sendo até simples. 0laro que as regras da pro'a pericial t)m a sua complexidade.

* Liuiaço por Ar!i3os

Auando ocorre a liquidação por artigos: E a9" de maneira um pouquin*o mais feli2" o art. +,-E"do 0P0" resol'e o problema.

 Ar!. '(5)E.  Nar-se- a liquidação por arti*os, quando, paradeterminar o valor da condenação, 9ouver necessidade de ale*ar e

 provar #ato novo. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

/ liquidação por artigos será cab9'el sempre que *ou'er necessidade de alegação e pro'a de umfato no'o. !e cara" percebam" 'oc) pode ter uma per9cia dentro de uma liquidação por artigos.Liquidação por arbitramento" é quando basta a per9cia. 0omo é que 'oc) pro'a um fato: Por todos osmeios de pro'a em direito admitidos" inclusi'e a per9cia. ? interessante" e 3s 'e2es e isso pode gerarconfusão e é a9 que c*amo a atenção de 'oc)s&" a única pro'a da liquidação por artigos é a per9cia. ;Bom"mas se a única pro'a é a per9cia" a liquidação tin*a que ser por arbitramento.< >ão" porque a per9cia se dá para pro'ar o fato no'o. Percebam" *a'endo fato no'o" já não interessa quais sejam os meios de pro'aque eu 'ou utili2ar. #a'endo um fato no'o" a liquidação" obrigatoriamente tem que ser por artigos.

E o que significa fato no'o: 0uidadoT 1ato no'o é o fato ainda não apreciado pelo Poder%udiciário. ? o fato que ainda não foi apreciado pelo Poder %udiciário. Qsso" em outras pala'ras" significadi2er que é uma no'idade para o %udiciário. Por isso é que ele é no'o. ? importante 'oc) entender que

esse fato no'o não se confunde com fato super'eniente. (ão coisas diferentes. 1ato no'o pode teracontecido antes ou depois da formação do t9tulo. Pouco importa. / no'idade aqui não di2 respeito ao

+

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

momento do fato" mas 3 análise pelo %udiciário. >ão é no'o porque aconteceu agora. ? no'o porquenunca o %udiciário analisou.

8 art. +,-1 fala do procedimento e 'ai indicar que o procedimento da liquidação por artigos é o procedimento comum. Procedimento comum para o 0P0 é o ordinário e o sumário. Então" aqui" a

liquidação por artigos pode seguir tanto o rito ordinário quanto o sumário.

 Ar!. '(5)F . a liquidação por arti*os, o"servar-se-, no quecou"er, o procedimento comum (art. 22!. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

Por que ela c*ama assim" liquidação por artigos: Porque a tradição manda que 'oc)" norequerimento inicial desta liquidação" 'oc) descre'a os fatos no'os na forma de artigos. Essa é a tradição.? a descrição dos fatos no'os na forma de artigos. ? claro que *oje" com o princ9pio da instrumentalidadedas formas e tudo o mais" me parece que exigir essa estruturação do requerimento inicial não se coadunemuito com o atual clima do processo ci'il" mas a ideia é importante. Ela continua a existir" portanto" éinalterada. (e 'oc) não quiser fa2er na forma de artigos" ac*o que não tem nen*um problema. 7as é

imprescind9'el que 'oc) faça a descrição indi'iduali2ada dos fatos no'os. Pode até não ser na estrutura deartigos" mas uma coisa é certa4 'oc) é obrigado a descre'er" indi'idualmente" fato por fato. Qsso" comcerte2a. Essa é uma exig)ncia que fica.

0om isso" nós encerramos a liquidação de sentença e" por consequ)ncia" a $eoria Seral daExecução. =amos passar 3 análise da execução em espécie.

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CU46IENTO DE SENTENÇA

EHECUÇÃO E ES4CIE

Eu costumo di2er que a execução em espécie é muito mais c*ata do que a teoria geral" mas émuito mais simples. Qn'aria'elmente" em concurso público" quando 'oc) 'ai para a execução em espécie"é texto da lei" porque é procedimento. ? falar" basicamente" de sucessão de atos processuais. >ós 'amosfa2er isso" mas não se perde muito não. =amos fa2er uma análise dos principais aspectos dessasexecuç6es em espécie. =amos começar com o cumprimento de sentença e depois" processo de execução.#oje" a execução em espécie é separada assim4

• Cumprimen!o e Sen!ença que" em regra é a execução do t9tulo judicial 'imos na X aula&•  Proesso e E-euço" que ficou para o t9tulo extrajudicial.

1.  CU46IENTO DE SENTENÇA

 >otem o seguinte4 execução de t9tulo judicial 'ai ser sempre por cumprimento de sentença. 1oi onome que o legislador deu a essa fase procedimental executi'a. Então" ficou o nome. / fase procedimental de execução do t9tulo judicial c*amase cumprimento de sentença.

8 art. +,-Q" do 0P0" principalmente no caput " di2 o seguinte4 o procedimento deste cumprimento

de sentença 'ai 'ariar a depender da espécie de obrigação exequenda.

 Ar!. '(5)I . cumprimento da sentença #ar-se- con#orme osarts. E=1 e E=1-A desta Lei ou, tratando-se de o"ri*ação por quantiacerta, por e7ecução, nos termos dos demais arti*os deste Jap'tulo.(  Acrescentado pela L-011.232-200 !

  1.1.  Cu/0(i/ento da "entença de o=(iaçJe" de @a:e(, não @a:e( e ent(ea( coi"a

Então" o art. +,-Q di2 o seguinte4

• 8 cumprimento da sentença de o=(iaçJe" de @a:e( e não @a:e( seguem o ar!. '6#.• 8 cumprimento da sentença de obrigaç6es de ent(ea( coi"a" seguem o art. '6#)A

 Ar!. '6#  - a ação que ten9a por o"%eto o cumprimento deo"ri*ação de #a&er ou não #a&er, o %ui& conceder a tutela espec'#ica dao"ri*ação ou, se procedente o pedido, determinar provid/ncias queasse*urem o resultado prtico equivalente ao do adimplemento.

 9 #:  - A o"ri*ação somente se converter em perdas e danos se oautor o requerer ou se imposs'vel a tutela espec'#ica ou a o"tenção doresultado prtico correspondente.

 9 $:  - A indeni&ação por perdas e danos dar-se- sem pre%u'&o damulta (Art. 2H!.

H

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CU46IENTO DE SENTENÇA

 9 8:   - 8endo relevante o #undamento da demanda e 9avendo %usti#icado receio de ine#iccia do provimento #inal, $ l'cito ao %ui&conceder a tutela liminarmente ou mediante %usti#icação pr$via, citado or$u. A medida liminar poder ser revo*ada ou modi#icada, a qualquertempo, em decisão #undamentada.

 9 ':  - %ui& poder, na 9iptese do par*ra#o anterior ou na sentença, impor multa diria ao r$u, independentemente de pedido doautor, se #or su#iciente ou compat'vel com a o"ri*ação, #i7ando-l9e pra&ora&ovel para o cumprimento do preceito.

 9 5:  - ;ara a e#etivação da tutela espec'#ica ou a o"tenção doresultado prtico equivalente, poder o %ui&, de o#'cio ou a requerimento,determinar as medidas necessrias, tais como a imposição de multa portempo de atraso, "usca e apreensão, remoção de pessoas e coisas,des#a&imento de o"ras e impedimento de atividade nociva, se necessriocom requisição de #orça policial.

 9 6:   %ui& poder, de o#'cio, modi#icar o valor ou a

 periodicidade da multa, caso veri#ique que se tornou insu#iciente oue7cessiva.

 Ar!. '6#)A. a ação que ten9a por o"%eto a entre*a de coisa, o %ui&, ao conceder a tutela espec'#ica, #i7ar o pra&o para o cumprimentoda o"ri*ação.

 9 #:  Cratando-se de entre*a de coisa determinada pelo */nero equantidade, o credor a individuali&ar na petição inicial, se l9e cou"er aescol9a ca"endo ao devedor escol9er, este a entre*ar individuali&ada,no pra&o #i7ado pelo %ui&.

 9 $:  ão cumprida a o"ri*ação no pra&o esta"elecido, e7pedir- se- em #avor do credor mandado de "usca e apreensão ou de imissão na posse, con#orme se tratar de coisa mvel ou imvel.

 9 8:  Aplica-se à ação prevista neste arti*o o disposto nos OO 1K a=K do art. E=1.

E sabe qual é a surpresa que 'oc) tem ao ler os arts. +H e +H/: 8 art. +,-Q fa2 essa remição4;'oc) quer saber como cumpre uma sentença de fa2er e não fa2er e de entregar coisa" ol*a os arts. +H e+H/.< (abe o que eu descubro quando ol*o para eles: Aue eles não cont)m pre'isão do procedimento. >ão *á pre'isão de procedimento nesses artigos. /9 'oc) 'ai di2er4 ;então aqui algo muito estran*oaconteceu<. >a 'erdade" não. >a 'erdade" essa aus)ncia de procedimento não é uma fal*a. Essa aus)nciade procedimento é programada. E por qu): Porque a execução de obrigaç6es de fa2er e não fa2er e deentrega de coisa segue a aplicação da c*amada tute!a di@e(enciada. (egue as regras da c*amada tutela

diferenciada. (abe o que é isso: ? um procedimento flex9'el para que o jui2 o crie conforme asnecessidades do caso concreto. >inguém dá aquele negócio duro" opressor - dias para isso" J dias paraaquilo" se não fi2er acontece isso&. 8 legislador dá uma liberdade ao jui2 para que o jui2 determine o procedimento mais adequado 3s exig)ncias do caso concreto. / tutela diferenciada é mais do que isso"mas uma das caracter9sticas da tutela diferenciada é isso aqui. Para nós" a explicação acaba agora porquecomo não *á procedimento e isso 'ai depender do jui2 no caso concreto" não *á muito mais que eu possadi2er a 'oc)s.

/9 'oc) pergunta4 ;o jui2 'ai dar pra2o para o sujeito fa2er ou não fa2er: =ai aplicar multa: =aidar uma busca e apreensão na obrigação de entregar: 8 executado 'ai poder se defender: E ao sedefender" *á efeito suspensi'o:< (ei láT >em eu nem ninguém sabe. $udo isso 'ai ser constru9do no casoconcreto.

Qsso é um pouco diferente da obrigação de pagar quantia.

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CU46IENTO DE SENTENÇA

  1.2.  Cu/0(i/ento da "entença de o=(iação de 0aa( quantia

 >a obrigação de pagar quantia" o próprio art. +,-Q di2 que seguirá as ;regras a seguir<. Então"

existe um procedimento. Este procedimento está concentrado nos arts. +,-%" +,-L" +,-7 e +,-C do0P0.

Mm detal*e importante. 8 art. +,-L e o art. +,-7 tratam da impugnação" impugnação que é adefesa t9pica do executado no cumprimento de sentença. / não ser un passant " não 'eremos *oje aimpugnação. ? matéria para aman*ã" quando falaremos das defesas do executado o professor não leu"mas transcre'i por conta própria&.

 Ar!. '(5)L. A impu*nação somente poder versar so"re+(  Acrescentado pela L-011.232-200 !

 I  G #alta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia II  G ine7i*i"ilidade do t'tulo

 III  G pen9ora incorreta ou avaliação errMnea IV  G ile*itimidade das partesV  G e7cesso de e7ecuçãoVI   G qualquer causa impeditiva, modi#icativa ou e7tintiva da

o"ri*ação, como pa*amento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.

 9 #:  ;ara e#eito do disposto no inciso 44 do caput deste arti*o,considera-se tam"$m ine7i*'vel o t'tulo %udicial #undado em lei ou atonormativo declarados inconstitucionais pelo 8upremo Cri"unal Nederal,ou #undado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas

 pelo 8upremo Cri"unal Nederal como incompat'veis com a Jonstituição Nederal.

 9 $:  Quando o e7ecutado ale*ar que o e7eqente, em e7cesso dee7ecução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-l9e- declarar de imediato o valor que entende correto, so" pena dere%eição liminar dessa impu*nação. 

 Ar!. '(5). A impu*nação não ter e#eito suspensivo, podendo o %ui& atri"uir-l9e tal e#eito desde que relevantes seus #undamentos e o prosse*uimento da e7ecução se%a mani#estamente suscet'vel de causar aoe7ecutado *rave dano de di#'cil ou incerta reparação. (  Acrescentado 

 pela L-011.232-200 !

 9 #: Ainda que atri"u'do e#eito suspensivo à impu*nação, $ l'cito

ao e7eqente requerer o prosse*uimento da e7ecução, o#erecendo e prestando caução su#iciente e idMnea, ar"itrada pelo %ui& e prestada nos prprios autos.

 9 $:  Be#erido e#eito suspensivo, a impu*nação ser instru'da edecidida nos prprios autos e, caso contrrio, em autos apartados.

 9 8:  A decisão que resolver a impu*nação $ recorr'vel mediantea*ravo de instrumento, salvo quando importar e7tinção da e7ecução,caso em que ca"er apelação.

E o art. +,-C" por sua 'e2" é o dispositi'o que explica como o legislador conseguiu" em tr)sartigos de lei pre'er o procedimento todo do cumprimento de sentença. ? curioso que para o processo de

execução eu ten*a mais de GJJ artigos" obrigação de pagar quantia" e para cumprimento de sentença euten*a só o %" o L e o 7 e a9 esse C: 8 +,-C des'enda o mistério. 8 que ele manda fa2er: 7anda aplicarsubsidiariamente ao cumprimento de sentença as regras do processo de execução.

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CU46IENTO DE SENTENÇA

 Ar!. '(5)R. Aplicam-se su"sidiariamente ao cumprimento da sentença, no que cou"er, as normas que re*em o processo de e7ecuçãode t'tulo e7tra%udicial. (  Acrescentado pela L-011.232-200 !

 >os arts. +,-%" L e 7" não *á uma lin*a sobre pen*ora. 0omo é que funciona a pen*ora:(egundo as regras do processo de execução. E a *asta pública: (egundo as regras do processo deexecução. ? poss9'el adjudicar um bem no cumprimento de sentença: 0laroT (egue as regras do processode execução. Então" muito do processo de execução é aplicá'el ao cumprimento de sentença. 1a2endoessa limpe2a inicial" sobrou para nós 'er o qu): 8 art. +,-%. 8 C já está 'isto. Ele abre as portas para o processo de execução e aman*ã o meu objeti'o é falar com 'oc)s sobre os principais aspectos do processo de execução" pen*ora" expropriação de bens. E tudo o que a gente for falar aman*ã seráaplicá'el ao cumprimento de sentença. (erá uma aula" portanto" com dupla finalidade.

7as o art. +,-% é espec9fico" só 'ale para o cumprimento de sentença da obrigação de pagarquantia. Então" é ele que nós 'amos analisar agora. E 'amos começar pela maior pol)mica" que é o caput "que trata da famosa multa na *ipótese do réu não pagar o objeto da condenação em - dias.

 Ar!. '(5) . Jaso o devedor, condenado ao pa*amento de quantiacerta ou % #i7ada em liquidação, não o e#etue no pra&o de quin&e dias, omontante da condenação ser acrescido de multa no percentual de de&

 por cento e, a requerimento do credor e o"servado o disposto no art.=1E, inciso 44, desta Lei, e7pedir-se- mandado de pen9ora e avaliação.(  Acrescentado pela L-011.232-200 !

 9 #:   Bo auto de pen9ora e de avaliação ser de imediatointimado o e7ecutado, na pessoa de seu advo*ado (arts. 23= e 23!, ou,na #alta deste, o seu representante le*al, ou pessoalmente, por mandadoou pelo correio, podendo o#erecer impu*nação, querendo, no pra&o de

quin&e dias.

 9 $:  Jaso o o#icial de %ustiça não possa proceder à avaliação, por depender de con9ecimentos especiali&ados, o %ui&, de imediato,nomear avaliador, assinando-l9e "reve pra&o para a entre*a do laudo.

 9 8:   e7eqente poder, em seu requerimento, indicar desdelo*o os "ens a serem pen9orados.

 9 ':  #etuado o pa*amento parcial no pra&o previsto no caputdeste arti*o, a multa de de& por cento incidir so"re o restante.

 9 5:  ão sendo requerida a e7ecução no pra&o de seis meses, o %ui& mandar arquivar os autos, sem pre%u'&o de seu desarquivamento a pedido da parte.

Percebam" desde já o seguinte4 a multa de JY é aplicá'el ao não pagamento. Qsso significa" decara" que o e'entual oferecimento de bem 3 pen*ora" ainda que din*eiro" não e'ita a multa. 8oferecimento de bem 3 pen*ora" ainda que seja din*eiro o que será muito bem recebido" não me entendamal&" se o executado oferecer din*eiro" depositar din*eiro em ju92o oferecendo a pen*ora" aceitaremoscom extrema felicidade" mas isso não e'itará a aplicação da multa" por uma ra2ão muito simples. Pagar ésatisfa2er. Pen*orar é garantir a satisfação. (ão coisas bem diferentes. Pagar é satisfa2er. 8 que o códigoestá querendo di2er é o seguinte4 me pague" se 'oc) me pagar" satisfa2 a obrigação e eu te libero da multa

de JY. (e 'oc) não me pagar" 'oc) 'ai ser obrigado a pagar a d9'ida e também pagar os JY.

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CU46IENTO DE SENTENÇA

Aual é o grande problema dessa multa: 8 termo inicial. / partir de quando se contará o pra2o de- dias para a obrigação ser paga: =oc) tem aqui" no m9nimo" quatro correntes doutrinárias tentandoexplicar o termo inicial4

 Parinoni N Ele di2 que o termo inicial é a partir do momento em que a sentença condenatória

 passa a ser efica2. =eja que curioso. ? poss9'el aqui falar na contagem do pra2o mesmo na pend)ncia derecurso contra a decisão" desde que o recurso não ten*a efeito suspensi'o. (e eu posso aplicar a multa"contar a multa quando pendente um recurso sem efeito suspensi'o" quer di2er que eu posso cobrar essamulta em sede execução pro'isória. #á um recurso pendente" mas como ele não tem efeito suspensi'o" eu já posso executar. 0omo já *ou'e a contagem da multa" eu já posso executar incluindo a multa. 8 que nãodeixa de ser muito estran*o porque 'oc) acaba obrigando o sujeito a cumprir a obrigação quando eleainda tem um recurso pendente de julgamento. E é ób'io" se ele cumprir a obrigação" o recurso perde oobjeto. (e ele cumprir a obrigação não se tem mais o que discutir.

 ?um"erto C9eodoro F<nior  N >ão" não tem nada a 'er com a eficácia da decisão" mas com aimutabilidade da decisão. Então" o termo inicial se dá quando a decisão passa a ser imutá'el. E quandoisso acontece: 0om o trOnsito em julgado. Para ele" portanto" o termo inicial é o trOnsito em julgado.

Qmportante4 o trOnsito em julgado abre a contagem do pra2o independentemente de intimação doexecutado. $ransitou" no dia seguinte já está contando o pra2o. Esse entendimento é o entendimentoconsagrado no ($%. ;/*" mas *ou'e uma decisão de agosto de GJJ" da +X $urma" di'ergente<. /té te'e.7as o tribunal tem como posição oficial o trOnsito em julgado. Qnfeli2mente" porque na min*a 'isão é umentendimento caótico" que gera uma insegurança jur9dica na prática forense" só compreens9'el por quemnão trabal*a na área. (ó que no ($% é assim e nos jui2ados especiais também" conforme indica oenunciado J-" do 18>/%E" que di2 que a cobrança da multa ocorrerá a partir do trOnsito em julgado.

Cere&a Arruda Alvim am"ier  N Para essa corrente" 'oc) precisa esperar o trOnsito em julgado ea9" depois do trOnsito em julgado" reali2ar uma intimação pessoal do de'edor e da9 'ai começar a correr o pra2o. Por que a intimação tem que ser pessoal: Porque 'oc) só pode intimar a parte na pessoa doad'ogado para atos postulatórios. =oc) 'ai intimar a parte na pessoa do ad'ogado da sentença porque a

apelação" que é o ato a ser praticado contra a sentença é um ato postulatório. E para eles" o ato de pagarnão é um to postulatório. / ideia é4 o de'er de pagar é da parte" de forma que eu ten*a que intimar a parte pessoalmente" a9 sim" sob pena de multa.

 $lson $ri N >a min*a opinião é a mel*or e a que conseguiu con'encer alguns ministros do ($%e que conseguiu uma decisão isolada da quarta turma que di2 o seguinte4 depois do trOnsito em julgado"'oc) tem" realmente" que fa2er uma intimação" mas é uma intimação na pessoa do ad'ogado. Auer di2er"só será na pessoa do de'edor" só será intimação pessoal" senão *ou'er ad'ogado constitu9do nos autos. /9não *á outra forma" senão a intimação pessoal.

/lgumas consideraç6es sobre esse cumprimento4

8 jui2 não pode começar o cumprimento de pagar quantia de of9cio. /qui" o legislador prestigiouo princ9pio da inércia. Esse cumprimento de sentença só começa com pro'ocação do interessado. 0omonão é um processo" como não está nascendo um processo no'o" é uma mera fase procedimental" a pro'ocação não se dá por petição inicial" mas por um requerimento inicial. Ela 'ai se dar por meio de umrequerimento inicial. E esse requerimento inicial não precisa seguir as regras formais da petição inicial.0laro que não. ? ób'io que não precisa seguir os requisitos do art. G@G" do 0P0" as exig)ncias formais dainicial. 7as cuidado porque ele tem que contar com elementos m9nimos para a identificação da demanda.Auer di2er" é mais informal. 7as não é a'acal*ado total. $em que ter endereçamento" nomes das partes"'alor. Mm m9niom para indicar a demanda 'oc) 'ai precisar fa2er.

;!aniel" e se eu não fi2er o requerimento:< 8 art. +,-%" F - di2 que se 'oc) não fi2er o

requerimento" em seis meses" os autos são remetidos ao arqui'o. (e 'oc) não fi2er o requerimento inicialno pra2o de H meses do trOnsito em julgado o código não fala" mas é ób'io que é do trOnsito em julgado&"'oc) manda os autos para o arqui'o. 8 meu medo" nessa regra" é que a prescrição intercorrente" nesse

JJ

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CU46IENTO DE SENTENÇA

caso" que é a prescrição exclusi'a da execução tem in9cio no trOnsito em julgado. (e é a partir do trOnsitoem julgado que se admite a execução pelo cumprimento de sentença" é a partir do transito em julgado queresta configurada a des9dia do exequente em executar. Então" é de lá que começa.

 >ão 'ai confundir porque na execução fiscal" art. +J" da LE1" que é um processo de execução de

t9tulo extrajudicial quer di2er" não tem nada a 'er com o que estamos 'endo aqui&" a prescriçãointercorrente tem in9cio na data de remessa dos autos ao arqui'o. Lá a regra é outra. >a execução fiscal" a prescrição intercorrente se inicia na dada de remessa do processo ao arqui'o. >ão 'ai querer me aplicar aLE1 no 0P0. 8 camin*o é exatamente o contrário. =oc) aplica subsidiariamente o 0P0 na LE1.

E uma última consideração com relação ao cumprimento da sentença interessante sobre o ($%. 8($% entende o seguinte4 se não *ou'er o cumprimento 'oluntário da sentença são de'idos *onoráriosad'ocat9cios no cumprimento da sentença. 8 único jeito de 'oc) se eximir desses *onorários é cumprir'oluntariamente a condenação. E o que significa cumprir 'oluntariamente: (e eu cumpri 'oluntariamenteeu estou fora dos *onorários" se eu não cumpri os *onorários são de'idos. Perceba" *a'erá uma no'afixação de *onorários porque" em tese" se eu estou executando uma sentença" eu já fui condenado em*onorários. 8 réu já foi condenado em *onorários e agora 'ai ser de no'o no cumprimento de sentença.

8 cumprimento 'oluntário" tudo le'a a crer" é aquele feito dentro dos - dias do art. +,-%" caput "do 0P0. / ideia é a seguinte4 eu ten*o - dias para pagar. Para alguns" do trOnsito em julgadoU paraoutros" da intimação. 7as eu ten*o - dias para pagar. (e eu não pagar" aplica a multa e passo a de'er os*onorários. Em tese" isso pode aumentar significamente a min*a d9'ida. (e o jui2 fixa os *onorários emGJY e a multa Z J. (ó a9 já ou'e um acréscimo de IJY do 'alor original da sua d9'ida.

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