30
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI  www.pontodosconcursos.com.br  1 Au la 7 - CRASE  Bom filho _ __ casa torna” A partir desse adágio, iniciamos a aula sobre crase. E aí, como você preencheu a lacuna? Com um “a”? Com dois? Um com acento grave? Afinal, o que é crase? CRASE NÃ O É O A CENTO,  CRASE É O FENÔMENO!  Portanto, rejeitamos a forma “crasear” (arghh....), mesmo já tendo sido registrada nos melhores dicionários e aceita por professores e gramáticos gabaritados. Preferimos usar expressões como “colocar o acento grave, indicativo de crase” ou  “ocorre crase (fus ão)” - essa última vo cê vai ler bastante no nosso encontro de ho je. Dá-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contíguas. Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os encontros da preposição a com outro a , que poderá ser um artigo definido feminino, um pronome demonstrativo ou um pronome relativo. Ao fim da aula, você verá q ue esse assunto não é nenhum bicho de sete cabeças. Vamos seguir o nosso método da simplificação – se tivermos várias regras e uma ou outra exceção, o que fica mais fácil memorizar? O que há em menor número. Então, vamos ao caso clássico de crase. Mais adiante, veremos alguns casos especiais. COMO ANALI SAR A OCORRÊNCI A DE CRASE? Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você deve olhar para os dois lados!”. Então aplicamos essa lição à análise de crase – devemos olhar para os dois lados. TERMO REGENTE + TERMO REGIDO De um lado, há um termo regente , que pode ou não exigir uma preposição (e, nesta aula, só nos interessa a preposição a ). Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/ as quais. Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viram um só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à . Veja o qu adro ex plicativo d o caso clássico de crase. Preposição A + ARTIGO DEFINIDO A / AS = à / às PRONOME DEMONSTRATIVO A / AS = à / à s  AQUELE (S) = àquele(s) AQUELA (S) = àquela (s) AQUILO = aquilo

07 - Português - Cláudia

Embed Size (px)

Citation preview

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 1/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

1

Au la 7 - CRASE

 “Bom f i l ho _ __ casa t o r na ”

A partir desse adágio, iniciamos a aula sobre crase.

E aí, como você preencheu a lacuna? Com um “a”? Com dois? Um com acento grave?

Afinal, o que é crase? CRASE NÃ O É O A CENTO, CRASE É O FENÔMENO!  

Portanto, rejeitamos a forma “crasear” (arghh....), mesmo já tendo sido registrada nosmelhores dicionários e aceita por professores e gramáticos gabaritados.

Preferimos usar expressões como “colocar o acento grave, indicativo de crase” ou “ocorre crase (fusão)” - essa última você vai ler bastante no nosso encontro de hoje.

Dá-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contíguas.

Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os encontros da preposiçãoa com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino, um pronomedemonstrativo ou um pronome relativo.

Ao fim da aula, você verá que esse assunto não é nenhum bicho de sete cabeças.

Vamos seguir o nosso método da simplificação – se tivermos várias regras e uma ououtra exceção, o que fica mais fácil memorizar? O que há em menor número.

Então, vamos ao caso clássico de crase. Mais adiante, veremos alguns casos especiais.

COMO AN ALI SAR A OCORRÊNCI A DE CRASE?

Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você

deve olhar para os dois lados!”. Então aplicamos essa lição à análise de crase –devemos olhar para os dois lados.

TERMO REGENTE + TERMO REGI DO

De um lado, há um t e r m o r e g e n t e , que pode ou não exigir uma preposição (e, nestaaula, só nos interessa a preposição a).

Do outro lado, há um t e r mo r eg ido , que pode aceitar ou não um artigo definidofeminino. Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronomedemonstrativo a( s ) , aque le ( s ) , aque la ( s ) ou aqu i lo , um pronome relativo aq u a l / a s q u a i s.

Se houver o encontro da preposição a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viramum só “a” e recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à. 

Ve ja o qu adro ex p l ica t ivo d o caso cláss ico de c rase.

Preposição A +

ARTIGO DEFINIDO A / AS = à / às

PRONOMEDEMONSTRATIVO

A / AS = à / às 

AQUELE (S) = àque le ( s )

AQUELA (S) = àque la ( s )

AQUILO = aqu i lo

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 2/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

2

PRONOME RELATIVOA QUAL / AS QUAIS = à qua l /  

às qua is

Voltando ao ditado que encabeça o nosso estudo de hoje, antes de qualquer coisa,ajuda (e muito!) construir a oração na ordem direta (SUJEITO + VERBO +COMPLEMENTOS): “Bom f i lho t o rn a . .. casa.”.

De um lado, o termo regente (verbo t o r n a r , que tem o mesmo sentido e regência doverbo r e t o r na r ) exige a preposição a (“ Alguém torna / retorna a algum lugar .”).

Do outro lado, o termo regido é “casa”, no sentido de lar, não recebe oacompanhamento do artigo.

Note que você costuma dizer “quando eu for para casa”, “saí de casa” ou “fiquei em

casa”, sempre sem o artigo antes da palavra “casa”. Esse vocábulo só aceita artigo quando identificado como a casa de alguém (“Nuncamais piso na casa da minha sogra!”), ou seja, quando a palavra casa estiverDETERMINADA. 

De volta à análise – de um lado, o termo regente exige a preposição. De outro, otermo regido não acei t a o a r t i go d e f in ido .

Há, portanto, a ocorrência de apenas u m  “ a ” , que é a preposição exigida pelo termoregente, não ocorrendo crase. Por isso, a construção correta é “bom filho a casatorna”, sem acento grave.

Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as”, isto é, SIMULTANEAMENTE otermo regente exigir a preposição a e o termo regido:

-  for o pronome demonstrativo a( s ) , aque le( s ) , aque la( s ) , aqu i l o ; 

-  for o pronome relativo a q u a l / a s qu a i s;  

-  admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a ( s ) .

B I Z U: Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construauma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar oartigo antes dela.

1 . Eu me dirijo ____ menina.

2 . Eu me dirijo ____ esta menina.

3 . Eu me dirijo ____ você

Resolução:

Em todas as orações, o termo regente é o verbo DIRIGIR-SE. Ele exige a preposição a( Alguém se dirige a  alguém). Por isso, nas três ocorrências, existe a preposição a .

Para que ocorra crase, é necessário haver outro a, que, neste caso, pode ser um artigodefinido feminino. Vamos verificar:

Exem p lo 1 : O termo regido é m e n i n a . Esta palavra pode, como sujeito, ser precedidade um artigo definido feminino (A m e n i n a  está linda). Assim, o termo regido a d m i t e  

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 3/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

3

o artigo definido feminino antes de si. Como o termo regente exige preposição a e otermo regido admite o artigo definido feminino a , ocorre crase.

1 .   Eu me dirijo à m e n i n a  .

Exemp lo 2 : O termo regido, agora, vem precedido de um pronome demonstrativo:esta menina. Na função de sujeito, a expressão não adm i t e o a r t i go de f in idof e m i n i n o. Você nunca diria “A es ta  menina está linda.”. Então, não podemos colocarum artigo definido feminino antes do termo regido. Em virtude disso, não ocorre crasee o “a” não recebe acento grave.

2 .   Eu me dirijo a est a m en ina  .

Exem p lo 3 : Desta vez, a palavra escolhida é “você”. Não seria possível usar o artigofeminino antes desse pronome de tratamento. Como sujeito, duvido que você dissesse “A você está linda hoje”. Como não há artigo, não ocorre crase antes de “você”.

3 .   Eu me dirijo a você .

A partir da compreensão desses conceitos, evitamos aquela “decoreba” de listas e maislistas de casos de ocorrência (ou, mais precisamente, de não ocorrência) de crase,como:

  an t es de pa lav r a mascu l i na - é lógico que não há crase, uma vez quepalavra masculina não admite artigo definido f e m i n i n o antes de si;

  an t es de ve r bo - um verbo não pode ser antecedido de artigo definidofeminino; mesmo quando substantivado, recebe o artigo mascu l ino e nãofeminino – “o ranger”, “o regressar”; por isso, não poderia ocorrer crase;

  an t es de p r onomes em ge r a l - com exceção dos pronomes possessivos (queveremos adiante, nos casos especiais) e de alguns poucos pronomes indefinidos(mesmas, outras), os p r onomes não adm i t em a r t i go de f in ido f em in inoantes de s i – observe o caso do pronome demonstrativo “essa” no exemploapresentado;

  an t es de subs t an t i vos em sen t ido vago , gené r i co - por serem vagos,genéricos, como no exemplo do adágio, esses substantivos não admitem artigodefinido feminino;

  em expressões de pa lavras repet idas (cara a cara, d ia a d ia, boca a boca ) – nesses casos, há apenas uma preposição ligando dois substantivosgenéricos que formam uma expressão. Se faltar o artigo antes do primeiroelemento, também faltará antes do segundo.

CASOS ESPECI AI S DE EMPREGO DO ACENTO GRAV E

Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendoesse encontro de dois “as”. Outros de “faculdade” da crase.

São os chamados casos especia is.

Há acento grave:

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 4/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

4

  em locuções f em in inas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (àfantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (àespera de, à procura de).

Neste ponto, encontramos posições doutrinárias contrárias. Alguns gramáticosconsagrados só admitem o acento grave quando houver algum risco deambiguidade (Recebeu a bala ≠ Recebeu à bala, Ele cheira a gasolina = aspirao combustível  ≠ Ele cheira à gasolina = fede a combustível ), outrosdesaconselham em locuções adverbiais de instrumento (escrever a máquina).Contudo, em provas de concursos, já encontramos questões que exigiramacento grave em locuções adverbiais femininas. Por isso, nada melhor, na horada prova, do que bom senso. Veja todas as opções antes de indicar “certo ouerrado”; 

  d ian t e de m ascu l i no , em qu e est e ja suben t end ida a exp r essão “ à mod a

d e ” , “ à m a n e i r a d e” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez umgol à Romário.”).

Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho”  não es t ásubentend ida essa expressão (não é à maneira do cavalo ou ao modo dopassarinho) e, por isso, não leva acento.

Não há acento grave: 

¾  pa lavras genér icas como casa, no sentido de lar (já mencionado no inícioda aula); terra, contrário de “a bordo”  (Tão logo o navio aportou, desci aterra.); ou indicação de distância não determinada. Esse último pontotambém é um pouco polêmico. Celso Luft, considerando tratar-se de umal ocução adve r b ia l f em in ina , aceita o acento grave mesmo sem indicação

da distância. Em prova, tenha em mente a posição majoritária (semacento), devendo verificar as demais opções.

Pode haver acento grave:

¾  e m t o p ô n i m o s (logicamente femininos), ou seja, nomes dos lugares, adepender do emprego do artigo antes deles. Na aula sobre concordância, jáfalamos sobre isso (caso 7.a da Aula 5 – Concordância parte 2). Se usamosartigo antes do nome, havendo preposição a antes dele, ocorrerá crase.Para ter certeza desse emprego do artigo, uma DI CA é empregar otopônimo com o verbo m o r a r . Veja:

Bahia – esse lugar aceita artigo (Eu m ore i na Bah ia  ). Então, por exemplo,com o verbo i r , que rege a preposição a, ocorre crase: Ele fo i à Bah ia.

Brasí l ia – vamos ao teste: Eu more i em Bras í l ia  . Então, não usamosartigo antes desse topônimo: Ele fo i a Brasí l ia .

Quando determinado de alguma outra forma (adjetivo ou locução adjetiva),usa-se artigo e, necessariamente, haverá crase no encontro da preposiçãoa: Ele fo i à Bras íl ia do m ensa lão. 

Faça o teste agora e preencha a lacuna: Ele foi ___ Roma e não viu o Papa.

E aí? Como fica? Para desvendar esse mistério, use o verbo m o r a r : Elemorou em  Roma Î não foi usado artigo definido. Então, não há crase: Elefoi a  Roma e não viu o Papa. 

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 5/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

5

¾  com nomes p r óp r ios (femininos, é claro!)– o emprego do artigo antes denomes próprios depende de diversos fatores – regionalismo (em algunslugares, não se usa artigo antes de nomes das pessoas – Fui à casa d e Fulana), intimidade que se tem com a pessoa - por isso, em referência apessoas ilustres, não se emprega o acento, por não se usar artigo definido(Li o livro de Raquel de Queiroz – Eu me refiro a Raquel de Queiroz) 

Os dois próximos casos especiais são chamados por alguns de “emprego facultativo doacento grave”. Vamos analisá-los para compreender onde reside essa “faculdade”:

  pronomes possess ivos – esses pronomes admitem o artigo definido antesde si. Se estivesse na função de sujeito, poderíamos empregar o artigodefinido ou não: “Minha mesa   está suja” ou “A m i n h a m e sa   está suja”.Por isso, se o termo regente exigir a preposição a e se deseje empregar opronome possessivo com   ar t i go , haverá crase (preposição a + artigodefinido feminino + possessivo = à sua – “Refiro-me à sua professora.” );em se escolhendo não colocar o artigo antes do possessivo, haverá somentea preposição e, por isso, não haverá a ocorrência de crase (preposição a +possessivo = a sua - “Refiro-me a sua professora.” ). Não obstante algunsautores chamarem de “um caso facultativo de crase”, o que ocorre, naverdade, é o uso opcional do artigo definido feminino antes do pronomepossessivo;

N o en t an t o , oco r r endo a om issão do subs t an t i vo que acompanha opron om e possess ivo , a acentu ação é obr iga t ór ia !

Refiro a/à sua professora [facultativo], e não à m i n h a  [obrigatório].

Ele deu instruções a/à sua secretária [facultativo] e à m i n h a  [obrigatório]. 

Alguns gramáticos, como Cegalla e Sacconi, rejeitam o artigo antes denomes de parentesco precedidos de possessivos. Segundo eles, o corretoseria “Refiro-me a m i n h a   mãe”. No entanto, já houve questões de provaem que a banca examinadora não faz essa distinção, tratando os nomes deparentesco do mesmo modo que os demais casos de pronome possessivo –artigo definido facultativo e, consequentemente, crase facultativa. Umadessas questões será comentada em nosso material, ao fim da aula.

  com a locução p r eposi t i va “ a t é a ” (que é a junção das duas preposições:até + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido (“Aentrada de sua casa é ali.”), haverá crase (até a + a = até à – “Andei até àentrada de sua casa.” ). Essa locução prepositiva equivale à preposição “até”, que, quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois ‘as’,pois só existe um – o artigo (até + a = até a - “Andei até a  entrada de suacasa.” ). Em resumo, no primeiro exemplo, havia a contração da locuçãoprepositiva a t e a com o artigo a ( a t é à ) ; no segundo, o encontro dapreposição at é com o artigo a ( a t é a ) . Por isso, alguns falamsimplesmente que, com a preposição “até”, a crase é facultativa. Naverdade, o que é facultativo é o uso da locução prepositiva “até a” ou dapreposição simples “até” – com a primeira, haverá crase (a t é à); comsegunda, não (até a).

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 6/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

6

Você verá, nos exercícios de fixação, que a maior parte das questões de prova quetratam de crase envolvem o esquema “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO” (casoclássico). Nesses casos, nunca se esqueça de olhar para os dois lados antes deresolver uma questão de crase! Você pode ser atropelado pela banca examinadora!(rs...)

Então, vamos às questões!

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 7/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

7

QUESTÕES DE FI XA ÇÃO 

0 1 - ( N CE UFRJ / Guar da Mun ic ipa l / 2002 )

Marque a opção que atende às normas gramaticais vigentes.

a) Encaminhei os documentos perdidos as autoridades competentes;

b) Encaminhei os documentos perdido as competentes autoridades;

c) Encaminhei os documentos perdidos às autoridades competentes;

d) Encaminhei os documentos perdidos as competentes autoridades;

e) Encaminhei os documentos perdidos a autoridades competente.

0 2 - ( NCE UFRJ / TRE RJ Aux i l ia r Jud ic iá r io / 200 1)....por que enviar à forca....; o acento grave indicativo da crase, nesse caso, marca:

a) a união do pronome demonstrativo A com o artigo definido A;

b) a contração de A regido pelo verbo com o artigo do substantivo seguinte;

c) a presença de um adjunto adverbial;

d) a presença de uma locução adverbial com palavra feminina;

e) a presença de uma locução prepositiva com palavra feminina.

0 3 - ( N CE UFRJ/ AN TT / 2005 )

Assinale a opção que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza econcisão.

(A) A parada o autorizava à cobrar um novo preço;

(B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preço;

(C) A parada o autorizava de cobrar um novo preço;

(D) A parada o autorizava a cobrar um novo preço;

(E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preço.

0 4 - ( ESAF/ AFPS/ 2002  )Identifique o item sublinhado que contenha er r o de natureza ortográfica ougramatical, ou impropriedade vocabular.

Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotáveis recursos de novas tecnologias, comoo vídeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexão à respeito do(C) invariavelmenteorbita(D) em torno da matéria-prima(E) desta página – o texto.

(Paul Saffo, com adaptações)

a) A

b) B

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 8/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

8

c) C

d) De) E

0 5 - ( FCC / AFTE PB / 200 6)

Em relação aos aspectos gramaticais, julgue a assertiva abaixo:

•  Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar as conclusões dosrelatores dos processos.

0 6 - ( FCC / MPE PE – Técn ico / 200 6)

O acesso ...... mercados externos por boa parte dos produtores que passaram ......usar novas tecnologias, aconteceu devido também ...... qualidade das sementes.

As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas, respectivamente,por

(A) a - à - à

(B) a - a - à

(C) à - à - à

(D) a - a - a

(E) à - a - a

0 7 - ( FCC / TRE P I / 2002 )

Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito doprojeto.

(A) a - a - à

(B) a - à - a

(C) à - a - à

(D) à - à - a

(E) à - à - à

0 8 - ( ESAF/ ACE/ 2002)

Marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ouortográfico.

A democracia, segundo Aristóteles, é forma de governo. Esse entendimento milenar(A)assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os teólogos da Idade Média. Nãodiscreparam(C) também do juízo aristotélico pensadores políticos do tomo(D) deMontesquieu e Rousseau, presos as heranças(E) clássicas.

(Baseado em Paulo Bonavides)

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 9/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

9

a) A

b) Bc) C

d) D

e) E

0 9 - ( U nB CESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios para a economia brasileira,que levaram a mudanças substanciais na formação de expectativas quanto aodesempenho das principais variáveis econômicas.

Em relação ao trecho acima, julgue a assertiva.  O uso do sinal indicativo de crase em “levaram a mudanças” (R.2) é facultativo,

porque “mudanças” está no plural.

1 0 - ( U nB CESPE/ Banco do Br asi l / 2002 )

 A Venezuela, como a Argentina, ainda que de maneira distinta, recebe as duraslições de adaptações malsucedidas ao dilema entre a valorização do interno e aincorporação dos valores externos. A presidência de Hugo Chávez, nos últimosanos, expunha a fratura a que, estruturalmente, está submetida a AméricaLatina, inclusive o Brasil. A tensão entre a administração para os de dentro,especialmente aqueles menos favorecidos pelo modelo de inserção aberta e

liberal, e o agrado aos centros internacionais de poder, especialmente àque les   que hegemonizam as relações internacionais do presente, levou ao descompassosocial e político a que chegou a Venezuela.

Relativamente ao texto e ao assunto nele tratado, julgue o item seguinte.

•  O sinal indicativo de crase em “àqueles” indica que ocorre aí uma preposição, a,por exigência do substantivo “agrado”, segundo as regras de regência da normaculta.

1 1 - ( UNB CESPE/ CEF/ 200 2)

 As carteiras Hipotecária e de Cobrança e Pagamentos surgiram em 1934, durante

o governo Vargas, quando tiveram início as operações de crédito comercial econsignação. As loterias federais começaram a ser gerenciadas pela CAIXA em1961, representando um importante passo na execução dos programas sociais dogoverno, já que parte da arrecadação é destinada à seguridade social, ao FundoNacional de Cultura, ao Programa de Crédito Educativo e a entidades de práticaesportiva.

Considerando o texto acima, julgue o item que se segue.

•  Caso se reescrevesse o trecho "a entidades de prática esportiva" (1.10-11) como àen t idades de p r á t i ca despo r t i va, o período permaneceria de acordo com anorma culta da língua portuguesa.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 10/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

10

1 2 - ( FUN D EC / TRT 2 ª Reg ião / 2003 )No enunciado “os serviços essenciais à população” (linhas 41-42), é obrigatório oemprego do acento para marcar a crase. Nas alterações do enunciado feitas abaixodispensa-se o acento por não haver a crase. Numa das alterações, entretanto, pode-seusar o acento por se tratar de um caso de crase facultativa. Esta alteração está naopção:

A) os serviços essenciais a essa população;

B) os serviços essenciais a toda e qualquer população;

C) os serviços essenciais a uma população ansiosa por melhorias;

D) os serviços essenciais a quase toda a população;

E) os serviços essenciais a nossa população.

1 3 - ( N CE U FRJ / I N CRA / 2005 )

A alternativa em que o acento grave indicativo da crase é optativo é:

(A) Entreguei-o à minha mãe;

(B) Entreguei-o àquela mulher;

(C) Entreguei-o à elegante atriz;

(D) Entreguei-o à polícia;

(E) Entreguei-o à mesma funcionária.

1 4 - ( Fundação João Gou la r t / Engenhe i r o Civ i l / 2004 )

Dentre as frases abaixo, a que apresenta sinal indicador da crase i ndev ido é:

A) Estas teses sobre a ilusão, à primeira vista, nada acrescentam ao que já se lê nosestudos antigos.

B) À terapia convencional preferem os médicos novas condutas que combatam asilusões patológicas.

C) Minha experiência revela que à ilusão não se pode combater senão com otratamento psicológico.

D) A referência a doenças mentais ligadas às ilusões marcou o congresso de medicinado mês passado.

1 5 - ( U nB CESPE / Banco do Br as i l / 2003 )

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante alei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade,votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não assegurama democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação doindivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo,

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 11/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

11

à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.

 Jaime Pinsky. História da cidadania. (Org. Contexto 2003).

Considerando o texto acima e a atualidade brasileira, julgue o item seguinte.

•  Constitui uma estrutura alternativa e também correta para o primeiro período dotexto o trecho Ser c idadão é te r d i re i to a v ida , l iberdade, p ropr iedade,igua ldade pe r an t e a l e i : é , em r esumo, t e r d i r e i t os c iv i s  .

1 6 - ( UnB CESPE/ DEFENSOR/ 20 04 )  

Não temos dado muita atenção a uma de nossas mais importantes riquezasnacionais. Trata-se de nosso patrimônio lingüístico. Exatamente as línguas ouidiomas e dialetos falados em nosso país. Qual é a situação atual e importância? Há proteção legal para eles? É o que tentaremos analisar.

A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item.

•  Na linha 1, é gramaticalmente opcional o emprego do sinal indicativo de crase em “a”, mas seu uso tornaria o sentido de “atenção” menos genérico e maisespecificamente direcionado para “riquezas nacionais” (R.2).

1 7 - ( UnB CESPE/ SMF Maceió / 200 3)

FHC recua e t i ra “ superpod eres” da Rece i ta

O presidente Fernando Henrique Cardoso alterou ontem o decreto que facilitava oacesso da Receita Federal a dados bancários protegidos por sigilo e desobrigou os

bancos de informarem ao órgão as movimentações mensais superiores a R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas, e a R$ 10 mil, no caso de empresas.

A respeito da organização do texto acima, julgue o seguinte item.

•  Na expressão “a dados bancários”, caso o vocábulo “dados” fosse substituído porinformações, seria necessário não somente o ajuste na concordância com “bancários” e “protegidos”, na linha 2, mas também o emprego do sinal indicativode crase no “a” que antecede a expressão.

1 8 - ( FCC/ CEAL Advogado/ 200 5 )

Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a umposto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um políticoprofissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nosprendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àquelesartistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam aspessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 12/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

12

(E)  Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, poiseste se reserva às pessoas generosas.

1 9 - ( FUNDEC / PRODERJ / 200 2)

No trecho “Do décimo andar à rua” (linha 15), foi usado adequadamente o acentoindicativo da crase. O mesmo NÃO ocorre na frase:

A) Há muito não se assistia à peças com tanto senso crítico com estas.

B) Chegando-se à varanda, era possível admirar a paisagem.

C) Do Leblon a Ipanema e de Jacarepaguá à Barra, todas as vias expressa estavamengarrafadas.

D) O povo referia-se às nossas praias como redutos de esgoto e mau cheiro.

E) As ondas dirigiam-se à direita e à esquerda do palanque sobre a areia.

2 0 –  ( ESAF/ Técn ico ANEEL / Abr i l 20 06 )

Julgue a correção da alteração proposta em relação ao texto abaixo.

Não é a violência nem as da economia e muito menos a saúde. A maior preocupaçãodo brasileiro é o trabalho. A conclusão é resultado de uma consulta realizada com 23,5 mil pessoas de 42 países. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relação àsoportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posições. Na médiaglobal, o emprego seguro é citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundolugar entre as preocupações de curto prazo, depois da economia.

(Adaptado da Folha de São Paulo, 19 de fevereiro de 2006)

  Retirar o artigo definido antes de “oportunidades”(l.4), escrevendo apenas à.

2 1 - ( ESAF/ Ana l i st a AN EEL/ Ab r i l 200 6 )

Indique a opção que preenche com correção as lacunas numeradas no texto abaixo.

A colonização jamais correspondeu, entre nós, ...(1)... necessidades do trabalho;correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produção, ou, mais realmente ànecessidade das colheitas, isto é, ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e dedinheiro fácil, que é o que sustenta as culturas, nas regiões onde se encontram

colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias...(5)... gente do campo, afluirá para o trabalho remunerado grande parte dapopulação, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia.

( Adaptado de Alberto Torres, “As fontes da vida no Brasil”. Rio, 1915, p. 47 )

(1) (2) (3) (4) (5) (6)

a) às a às a a a custas da

b) às à as à a às custas da

c) as à as a à a custas da

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 13/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

13

d) a a às à a a custa da

e) a à às à à à custa da

2 2 - ( FCC/ TRT 22ª Reg ião / 2004 )

Os dados comprovam que, de janeiro ...... julho deste ano, houve aumento naprodução de veículos, em comparação com ...... obtida no ano passado. Asmontadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produção.

As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por

(A) a - a - a

(B) à - à - a

(C) à - a - à

(D) a - à - a

(E) a - à - à

2 3 - ( FCC / TRF 4 – Técn ico Jud ic iá r io / 200 7 )

Os elefantes apresentam necessidades parecidas com ...... dos seres humanos e, paraoferecer ...... eles os cuidados exigidos, os especialistas têm recorrido até mesmo ......táticas inovadoras.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) as − a − à

(B) as − a − a

(C) as − à − à

(D) às − à − a

(E) às − a − a

2 4 -  ( FCC / TRF 4 – Ana l is t a Jud ic iá r io / 200 7 )  

Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Voltam-me à memória os romances a que me dediquei como jovem leitor, bemcomo os filmes a que assisti com tanto prazer.

(B) Se à princípio os jovens demonstram pouco interesse pelas ficções, o contínuoestímulo a elas pode reverter esse quadro.

(C) Quem se entrega à boa leitura pode avaliar sua inestimável contribuição à umavida interior mais rica e mais profunda.

(D) Ao se referir à ficção de “O Caçador de Pipas”, o autor tomou-a como exemploessencial a argumentação que desenvolvia.

(E) Os que se dedicam à cultivar a boa literatura sabem o quanto é difícil dotar aspalavras de um sentido verdadeiramente essencial.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 14/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

14

2 5 - ( ESAF/ Agen t e Tr ibu t á r io - P iau í / 2001 )Assinale a opção que corresponde a erro.

Desde o início de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivousar os dados da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nasinvestigações, o Fisco está apto a(2) ajudar o INSS nas investigações das entidadesfilantrópicas. As informações sobre a CPMF são enviadas a Recei ta(3) pelasinstituições financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, é possível verificarse há distorções muito grandes entre o faturamento da entidade e a suamovimentação financeira. Nos casos e m q u e(5) o programa de informática que faz ocruzamento de dados para o Fisco apontar discrepância, a fiscalização poderá seriniciada.

(Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 )a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 15/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

15

GABARI TOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FI XAÇÃO 

01 – C

Para não perder o hábito, a primeira questão é simples. Trata-se de um caso clássicode crase. Olhe para os dois lados:

- termo regente: verbo encam inha r ( Alguém encaminha algo a  alguém) – o verbo étransitivo direto e indireto e rege a preposição a.

- termo regido: autoridades competentes – esse elemento aceita o emprego de artigodefinido feminino: As autoridades competentes receberam os documentos. 

De um lado, temos uma preposição a; de outro, o artigo definido feminino plural as:OCORRE CRASE!

A posição do adjetivo “competentes” não iria influenciar nossa análise, pois o termoregido é, nesse caso, o substantivo au t o r idades.

Assim, a construção correta é: Encaminhei os documentos perdidos às autoridadescompetentes. 

02 – B

Para começar, ocorre crase a partir da união da PREPOSIÇÃO A com outro elemento,que pode ser o artigo definido feminino a/ as, os pronomes demonstrativosa ( s ) / a qu e le ( s) / a q ue la ( s) / a q ui lo ou os pronomes relativos a q u al / a s q u a i s.

Não há possibilidade de contração de um pronome demonstrativo com um artigo,como sugere a opção a .

Vamos olhar para os dois lados:

- termo regente: o verbo env iar , que exige a preposição a (Alguém envia algumacoisa a alguém ou a algum lugar);

- termo regido: o substantivo feminino f o r ca, que admite o artigo definido feminino (Aforca foi usada para matar Tiradentes).

OCORRE CRASE!

A justificativa para o emprego do acento grave está indicada na opção b .

03 – D

Como vimos na aula anterior, o verbo au t o r i za r é um daqueles que apresentam duplapossibilidade de regência: posso autorizar alguma coisa a alguém ou autorizar alguéma  (fazer) alguma coisa (normalmente, um verbo no infinitivo).

Então, de acordo com a primeira possibilidade, a construção seria:  A parada lheautorizava (lhe = objeto indireto) cobrar um novo preço (objeto direto sob a formaoracional). 

Construindo-se da segunda forma, seria:  A parada o autorizava (o = objeto direto) acobrar um novo preço. 

Vamos, agora, verificar a ocorrência da crase:

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 16/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

16

- termo regente: verbo au t o r i za r , que exige a preposição a;

- termo regido: a oração reduzida de infinitivo cob r a r um novo p r eço  .Antes de verbo, não podemos empregar um artigo definido feminino. Assim, a únicaocorrência de “a” é a preposição exigida pelo termo regente. Não há c rase!  

A construção correta é: A parada o autorizava a cobrar um novo preço.

Essa questão foi objeto de comentário na aula anterior. Resolvemos comentá-latambém nesse encontro para que você observe uma ocorrência muito comum de erro:acento grave antes de verbo no infinitivo.

Isso pode ser observado, também, em expressões como a pa r t i r de, locuçãoprepositiva cujo elemento principal é um verbo. Nesse caso, não se coloca acentograve. As locuções prepositivas que recebem acento, independentemente daverificação desse esquema TERMO REGENTE X TERMO REGIDO, são as locuçõesFEMI N I N AS.

Esse é o nosso próximo assunto.

04 – C 

Essa questão trata de um dos casos especia is – locuções femininas; sejam elasadverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas, recebem acento graveindependentemente do esquema TERMO REGENTE x TERMO REGIDO.

Acentuam-se as locuções f em in inas . A locução prepositiva “a respe i to de” tem emseu núcleo um substantivo mascu l ino, não sendo, portanto, acentuada – “a respeitode” .

Estão corretos os demais itens, cabendo comentários em relação aos seguintes:

(B) arroubo = êxtase, encanto;

(D) orbita = conjugação do verbo o r b i t a r = g i r a r (eu orbito, tu orbitas, ele orbita...)– sentido conotativo de g i r a r  .

Além do erro de crase na locução prepositiva (C), parece que faltou algum elementoregido por ela na sequência: “mas qualquer reflexão à respeito do (... ? ...)invariavelmente orbita em torno da matéria-prima desta página – o texto”. Pergunta-se: reflexão a respeito do quê? Ficou faltando algo, causando prejuízo na coesãotextual e, por consequência, em sua coerência.

05 – I tem I NCORRETO

Esse tipo de erro, como já mencionamos, é muito comum em provas. Antes de verbo,não pode haver crase por inexistir um artigo definido feminino que se contraia com apreposição porventura exigida pelo termo regente.

Assim, a única coisa que existe ali é a preposição a, exigência da regência nominal doadjetivo d ispos to ( Alguém está disposto a  alguma coisa).

06 – B

Agora deve ter ficado bem mais fácil.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 17/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

17

Vamos analisar cada um das lacunas.

1 ª l a cu n a :

- termo regente: acesso ( Alguém tem acesso a  alguma coisa/algum lugar ). A palavraexige a preposição a;

- termo regido: mer cados ex t e r nos. Essa expressão não admite um artigo definidofeminino. No máximo, masculino plural. Assim, não poderia ocorrer crase – o único “a” é a preposição.

O acesso a m ercados ex t ernos . . .

2 ª l a cu n a : 

- termo regente: verbo auxiliar modal passar . Falei grego? O que é mesmo um verboauxiliar modal? Bem, um verbo auxiliar faz parte de uma locução verbal (ainda lembra,não é? VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL).

Esse tipo de verbo auxiliar (chamado de m o d a l  ) emprega ao verbo principal umatributo, como em  passar a usar , em que se exprime a mudança de ação (eles passaram a usar novas tecnologias), que não poderia ser alcançado somente com oemprego das construções “normais”.

No meio de uma locução verbal, pode haver uma preposição (cheguei  a  comentar,estou a  sair, acabo de  saber ).

Assim, o termo regente (verbo auxiliar de uma locução) exige a preposição a;

- termo regido: o verbo principal da mesma locução.

Assim, em resumo, no meio de uma locução verbal, só há espaço para umapreposição, pura e simples. Não pode haver um artigo definido que justifique a crase.

. .. por boa par te dos prod uto res que passaram a usar novas tecno log ias . .. 

3 ª l a cu n a :

Voltamos ao caso clássico.

- termo regente: a locução prepositiva dev ido a.

A locução prepositiva “devido a” tem origem na forma participial adjetiva do verbodever (devido).

Vamos ape r t a r a t ec la SAP: como ass im “ f o r ma pa r t i c ip ia l ad je t i va ” ?   Vimosque o particípio é uma forma nominal que, muitas vezes, exerce a função que seriaprópria de um adjetivo, lembra? “Roupa lavada (adjetivo / particípio do verbo lavar)”, “cabelo penteado (adjetivo / particípio do verbo pentear)” 

Na função adjetiva, a palavra “devido” (adjetivo, cuja origem é o particípio do verbodever) concorda em gênero e número com o substantivo correspondente e rege apreposição a:

  “Sua ausência dev ida   a  problemas de saúde foi notada.” 

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 18/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

18

  “Muitos acidentes dev idos   à  falta de prudência dos motoristas são registradosnas estradas brasileiras.”.

Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra só deve serempregada na função adjetiva, a forma prepositiva “dev ido a” é abonada por ilustrescomo Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questões de prova.

Quando usado na locução prepositiva (dev ido a  ), o vocábulo “devido” não se flexiona(pertence ao conjunto de palavras invariáveis, lá dos “primórdios” do nosso curso) –equivalente a “por causa de” - “Dev ido aos   problemas de saúde, ela não veio.”, “Muitos acidentes ocorrem dev ido à  falta de prudência dos motoristas.”.

A preposição a, que faz parte da locução prepositiva, poderá se contrair ao artigosubsequente, no esquema “termo regente – termo regido”.

Vejamos, então, qual o termo regido:

- termo regido: qua l idade das semen t es. Essa expressão admite o artigo definidoantes de si. Se estivesse na posição de sujeito, poderíamos ter, por exemplo:  Aqualidade das sementes tem trazido bons resultados à safra deste ano. 

De um lado, então, temos a locução prepositiva dev ido a, que apresenta em seucorpo a preposição a. De outro lado, temos um vocábulo que admite artigo definidofeminino. Pronto! Ocorreu crase!

. .. aconteceu dev ido tam bém à qua l id ade das sement es  .

A ordem correta é, portanto: a / a / à - opção B. 

07 – B

Novamente, temos uma questão de lacunas.

Nas provas, esse tema pode ser explorado em questões assim ou naquelas em que seexige todo tipo de conhecimento gramatical (concordância, regência, ortografia).

1 ª l a cu n a :

- termo regente: o verbo d izer , que, na construção, é bitransitivo (Dizer algo aalguém). Complementam o verbo um objeto direto (a oração que se segue) e umobjeto indireto, regido pela preposição a.

- termo regido: o pronome pessoal ela. Esse pronome não admite artigo definidofeminino antes de si (Ela está linda, e não “ A ela está linda” ). Assim, a única coisa quevai aparecer antes dele é a preposição, exigida pelo verbo.

Diga a e la . . .

2 ª l a cu n a :

A expressão que será apresentada a seguir tem valor adverbial. Indica o momento emque a pessoa deve estar em algum lugar. Na indicação de hora certa, usa-sepreposição. Na dúvida, uma boa saída é a troca do feminino pelo masculino, sempre.Em vez de “uma hora”, vamos colocar “meio-dia”.

“Diga a ela que esteja aqui ao me io - d ia  ...” 

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 19/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

19

Opa! Se eu empreguei “ao”, já fico sabendo que, antes da expressão adverbial queindica horas, existe um artigo definido. Da mesma forma que uso “ao meio dia” (a+o),posso usar “às duas horas, às dez horas ou à uma hora” (a+a).

O que causa certo mal-estar é a proximidade do “a” acentuado com o “uma”. Note,contudo, que esse vocábulo (“uma”) é um n u m e r a l , e não um artigo indefinido. Porisso, está certíssima a colocação de um acento grave antes do adjunto adverbial queindica as horas.

O mesmo pode acontecer com expressões adverbiais que indicam lugar: “À entrada dasala”.

Em alguns casos, além da troca do feminino pelo masculino, dá certo substituir apreposição a (que introduz o advérbio) pela preposição em , ficando aparente o artigoou pronome que forma crase com a preposição a:

À entrada da sala, fui avisada de que não haveria aula Π Na  [em +a] entrada da sala...

Àque la ho r a da madr ugada   , recebi a notícia Π Naquela   [em + aquela] hor a da  m a d r u g a d a , ...

Diga a e la que este j a aqu i à um a hora . . .

3 ª l a cu n a : como vimos na questão 4, a locução prepositiva a respe i to de tem umelemento mascu l ino, não havendo justificativa para sua acentuação.

. .. para conversarm os a respe i to do pro j e to .

A ordem correta é: a / à / a  – opção B.

08 - E

Caso clássico.

De um lado, o termo regente presos exige a preposição a (“Eles estão presos a alguma coisa”); de outro, o termo regido as heranças admite artigo definido feminino(“ As heranças foram apresentadas.”).

Ocorre crase da preposição a com o artigo definido feminino plural as: “presos àsheranças”.

09 – I tem I NCORRETO 

De um lado, o termo regente (verbo levar ) exige a preposição. Contudo, na posiçãode termo regido, temos um substantivo feminino p lu r a l (mudanças). Não foiempregado o artigo na construção original devido ao emprego genérico do substantivo(não se determina quais foram essas mudanças).

Se houvesse algum artigo antes desse vocábulo, este seria um artigo também noplural (as mudanças), por exigência da sintaxe de concordância.

Exatamente por haver um substantivo plural, não existe a menor possibilidade de seempregar somente o acento grave, como sugere o examinador, pois, nesse caso, oartigo seria singular (a+a).

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 20/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

20

10 – I t em CORRETOO primeiro complemento ao substantivo agr ado já indica a necessidade de seempregar a preposição a: “o agrado aos centros internacionais de poder”.

De um lado, o termo regente agr ado exige a preposição a; de outro, há um pronomedemonstrativo aque le . Ocorre crase! Portanto, está correta a afirmativa.

11 – I t em I NCORRETO

Verifica-se nessa questão o mesmo erro apresentado na questão 09. Antes de umelemento no plural, pode-se usar um artigo definido também no plural. Por isso,estaria i nco r r e t a a construção “à entidades de prática desportiva”.

12 – E

Temos, agora, uma ótima oportunidade de observar como se emprega o acento gravecom pronomes.

De um lado, o termo regente é essencia is , que exige a preposição a (Algo é essencial a  alguma coisa).

Do outro lado, temos:

a)  o pronome demonstrativo “essa”. Vamos fazer o teste do sujeito: Essa população está carente. Podemos usar um artigo definido antes do “essa”?Lógico que não. Então, não há crase! Está certa a opção. Nós estamosprocurando um caso f acu l t a t i vo. Assim, essa não é a nossa resposta.

b)  os pronomes indefinidos “toda e qualquer”. Na função de sujeito: Toda equalquer população está carente. Podemos usar o artigo? Não. Então oemprego não é facultativo.

c)  o artigo indefinido “uma”. Se já existe um artigo, por que colocar outro? Só sefor para confundir.

d)  a expressão indefinida “quase toda a população”. Como sujeito: Quase toda a população está carente. Posso usar outro artigo (“A quase toda a população”)? 

Cruzes!!!!e)  um pronome possessivo acompanhado de um substantivo. Como vimos, o

emprego do artigo, nesses casos, é opcional. Consequentemente, a crasetambém poderá ocorrer ou não. Essa é a resposta.

13 – A

Veremos mais uma questão que aborda o emprego de pronome possessivo.

Assim, vamos treinar mais uma vez: fale bem alto: “Meu trauma com Português foisuperado!” ou “O meu trauma com Português foi superado” (repita 20 vezes, em voz

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 21/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

21

alta!!!)

Viu só? Não só resolvemos um (possível) bloqueio psicológico (que talvez você estejacarregando desde a sua 2ª sér ie – na época, se chamava assim, não é?...rs...), comoconstatamos que, antes de pronome possessivo, o artigo é facultativo.

Agora, vamos resolver a questão.

Essa é uma ótima oportunidade de analisarmos, na prática, aquele conceito de “nãoempregar artigo antes de nome de parentesco”, defendido por alguns autores.

Analisando todas as opções da questão, a única em que o emprego do artigo definidofeminino poderia ser facultativo seria a opção a: Ent r egue i - o à m in ha mãe  .

A banca do NCE UFRJ considerou válido o emprego de artigo antes de pronomepossessivo que acompanha parentesco.

É por essas e outras que, em se tratando de pontos doutrinários divergentes, devemosapresentar todas as formas válidas, a fim de possibilitar ao candidato a análise dasopções e identificação da resposta válida. Se a banca apresentar referênciabibliográfica, siga a linha adotada pelo autor indicado. Caso contrários, leve na mangatodos esses conceitos e, na hora, analise as opções.

De volta à questão, em todos os casos, o termo regente é o verbo en t r ega r .  Alguémentrega alguma coisa a alguém. Então o termo regente (en t r ega r ) exige a preposiçãoa . Assim, estão corretas as formas “Entreguei-o a m i n h a   mulher” e “Entreguei-o à m i n h a  mulher ”. Se for dinheiro, então, entregue logo à sua mulher de qualquer jeito,com crase ou sem crase!

PRESTE BASTANTE ATENÇÃO quando houver, em construções com pronomespossessivos, mais de um termo regido. Neste caso, devemos respeitar oPARALELI SMO SI NTÁTI CO, ou seja, o que acontecer com um elemento deveacontecer também com todos os demais que exercem a mesma função sintática.

Exemplo:

“ Pr ec iso ped i r d inhe i r o . .. .. m inha pa t r oa ” .

Termo regente – ped i r – exige preposição a

Termo regido – ( a ) m i n h a p a t r o a – como o emprego do artigo é facultativo, sehouver artigo, há crase (ped i r d inhe i r o à m inha pa t r oa  ); se não houver artigo, nãohá crase (ped i r d inhe i r o a m inha pa t r oa  ). Assim, a lacuna pode ser preenchida coma ou com à.

Com dois termos regidos:

“ P r ec iso ped i r d inhe i r o . . . . . m inha pa t r oa e ao meu pa t r ão . ” – nesse caso, sehouve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu pa t r ão  ), deve-seempregar também no outro (à m i n h a p a t r o a  ), já que ambos exercem a mesmafunção sintática: “Prec iso ped i r d inhe i ro à   minha pa t r oa e ao meu pa t r ão”. Alacuna, agora, só poderia ser preenchida com à .

Sobre paralelismo sintático, teremos outra questão mais adiante.

14 – C

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 22/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

22

Para acertar essa questão, devemos ter na ponta da língua diversos tópicos jáestudados nas aulas anteriores (concordância e regência).

O gabarito foi opção c.

A pergunta que soluciona o problema é: o que se pode com ba t e r ?

A estrutura PODER + SE + VERBO NO I NFI NI TI VO possibilita duas construções:

1ª. VOZ PASSIVA – Pode-se combater a ilusão. (= A ilusão pode ser combatida).

2ª. SUJEITO ORACIONAL – Pode-se combater a ilusão. (= Combater a ilusão épossível).

De qualquer forma, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Assim, na primeira construção, “a ilusão” exerce a função de sujeito, que não deve serantecedido de preposição, segundo a norma culta.

Na segunda, “a ilusão” serve de complemento verbal para o verbo comba t e r . Esse éum complemento direto, dada a transitividade do verbo ( Alguém combate algumacoisa - transitivo direto).

Não há justificativa para o emprego da preposição qualquer que seja a construçãoescolhida.

Em relação às demais opções:

a)  a locução adverbial feminina recebe acento grave – à primeira vista.

b)  o termo regente é o verbo pr e f e r i r . Como bitransitivo, exige a preposição a antes de seu complemento indireto, que vem representado pela expressão “terapia convencional”. O que se afirma (colocando na ordem direta) é: Os

médicos preferem novas condutas (...) às terapias convencionais. Portanto,está correta a construção.

d)  de um lado, o termo regente é o substantivo re ferênc ia , que exige apreposição a ( Alguém faz referência a  alguma coisa). De outro, um substantivousado em sentido amplo, genérico: doenças mentais. Nesse caso, há apenasum “a”, a preposição, o que impede a acentuação. Está correta a passagem. Emseguida, outra ocorrência: o termo regente é o adjetivo l igadas, que exige apreposição a. De outro lado, o termo regido é i lusões . Deu-se o encontro dosdois “as”: ligadas às ilusões. Tudo certinho, certinho...

15 – I t em CORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “tranquila”.

Essa é uma ótima questão sobre paralelismo sintático, que começamos a estudar naresolução da q.13.

O termo regente é d i r e i t o .  Alguém tem direito a  alguma coisa. Assim, o substantivoexige a preposição a.

Na posição de termos regidos, originalmente o autor determinou cada um deles: avida, a liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 23/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

23

O examinador sugere a retirada desses determinantes. Não há problema algum, desdeque se retire TODOS os determinantes, como indicou (direito a  [só a preposição] vida,liberdade, propriedade, igualdade...). Por isso, está correta tal assertiva.

Observe, mais adiante no texto, um outro bom exemplo: “o direito à educação, aotrabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila (*).”. 

Os termos educação, t raba lho, sa lár io jus to , saúde estão acompanhados deartigos definidos. Já o substantivo ve lh ice , por ser vago, apresenta um artigoindefinido. De qualquer forma, todos os elementos apresentam-se junto de umdeterminante – o artigo.

16 – I t em I NCORRETO

ACORDO ORTOGRÁFI CO: O trema foi abolido – a palavra, agora, é “linguístico”.

O termo regente d ar (verbo que faz parte da locução temos dado) apresentacomplemento direto (atenção) e indireto (regido pela preposição a).

Sugere o examinador que a expressão que se segue perderia seu caráter genérico seestivesse, opcionalmente, antecedida de um a com acento grave.

Tudo lindo, maravilhoso, não estivesse o termo regido “riquezas nacionais” acompanhado da expressão “uma de nossas mais importantes”.

Quem se ateve a ler a opção sem voltar ao texto deve ter caído direitinho nessa cascade banana. Não é possível o emprego do acento grave por não ser possível o empregode um artigo definido feminino antes daquela expressão.

Mesmo que assim não fosse, ou seja, que não houvesse a expressão, o termo regido

seria “riquezas nacionais”, expressão plural que, se fosse o caso, seria acompanhadade um artigo definido p lu r a l .

17 – I tem I NCORRETO 

O termo regente é o substantivo acesso ( Alguém tem acesso a alguma coisa/ algumlugar), que exige a preposição a.

A troca sugerida do termo regido, com o emprego do sinal grave, iria alterar o sentidoda expressão “dados bancários protegidos por sigilo”, que foi usada de maneira vaga,genérica (não são os dados bancários “X ou Y”, mas quaisquer dados). Essaacentuação indicaria o uso de artigo definido antes do substantivo.

Seria possível, sim, a troca de dados por i n f o r mações, desde que ajustada aconcordância com os adjetivos correspondentes e mantida a preposição (exigida pelotermo regente) sem a r t i go , para dar à expressão um valor vago: “... que facilitava oacesso da Receita Federal a in form ações bancár ias pro teg idas por s ig i lo  ...” .

18 - E 

Para confirmar a existência da preposição antes de “aqueles”, é necessário,primeiramente, colocar a oração na ordem direta. Para isso, partimos do verbo ser  e,para haver lógica, do adjetivo i n ú t i l  . O que é inú t i l  ? Resposta: “recomendardesprendimento” (sujeito oracional).

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 24/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

24

O verbo “recomendar”, na construção, é transitivo direto e indireto (Recomendaralguma coisa a alguém). O que se recomenda (ou seja, qual é o objeto direto)?Desprendimento. A quem se recomenda desprendimento (qual é o objeto indireto?) Àqueles [a + aqueles] que alimentam um preconceito. Note que o objeto indireto éregido pela preposição a.

Na ordem direta, a oração seria: Recomendar desprendimento àqueles que alimentamum preconceito é inútil.

Então, seguindo a análise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o termo regente,verbo “recomendar”, exige a preposição “a”. O termo regido é o pronomedemonstrativo “aqueles”. Houve crase, devendo ser indicado com o acento grave: “Àqueles   que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento” –construção perfeita.

Na sequência, há outra ocorrência de crase:

TERMO REGENTE – verbo “reservar”:  Alguém reserva alguma coisa a alguém. Comoestá acompanhado do pronome “se” apassivador, o pronome “este”, que se refere a “desprendimento”, é o sujeito paciente.

Como vimos na aula sobre verbos, o objeto indireto da voz ativa (Fulano reservoualguma coisa a alguém) continua a exercer a mesma função na voz passiva ( Algumacoisa foi reservada por Fulano a alguém) – esquema em “Transposição de VozesVerbais” do tópico “Vozes do Verbo” da aula 3 (pg.16, se não me engano...).

Como o termo regente exige a preposição “a” e o termo regido (“ pessoas generosas”)admite artigo definido feminino plural, há ocorrência de crase, estando correta aconstrução: “...este se reserva às pessoas generosas”.

Os demais itens apresentam as seguintes incorreções.(A) Dos dois registros de crase, somente o segundo está i nco r r e t o .

Na primeira ocorrência, o termo regente é o verbo r epo r t a r - se , que exige apreposição “a” ( Alguém se reporta a alguém/alguma coisa). O termo regido é osubstantivo inexperiência, que aceita o artigo definido feminino. Há, portanto,ocorrência de crase, que está devidamente indicada pelo acento grave em “Reportamo-nos à  inexperiência de um cidadão...”.

Já no segundo registro, o termo regente “ propensos” (adjetivo) exige a preposição “a” ( Alguém é propenso a alguma coisa). Contudo, o termo regido não admite o artigodefinido, pois é um verbo (rejeitar ). A construção seria: “somos propensos a rejeitar acandidatura de um político profissional ”.

(B) A primeira ocorrência de crase está corretamente indicada. O termo regente cu l t o  exige a preposição “a”; o termo regido aparênc ias admite o artigo definido femininoplural – há crase: “O culto às  aparências”.

Já no segundo, o termo regente, o verbo pr ender , é transitivo direto (pronominal) eindireto, com a preposição “a” ( Alguém se prende a alguma coisa); no entanto, otermo regido é o pronome pessoal e las, que não admite o artigo definido antes de si.Há, portanto, apenas um “a”, que é a preposição – “uma vez que a  elas nos prendemos todos, em nossa vida comum”.

(C) O termo regente caber é transitivo indireto ( Alguma coisa cabe a alguém). Aexpressão que exerce a função de objeto indireto é “a gente”, que, segundo o

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 25/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

25

contexto, apresenta a acepção equivalente a “n ós”; uma vez antecedida da preposição “a”, forma crase. Para a análise, não se deve levar em conta a expressão denotativa “éque”; na ordem direta, a construção seria: “identificar os preconceitos (sujeito) cabe à g e n t e  .”.

Em seguida, o termo regente, verbo afe tar , é transitivo ( Alguma coisa afeta alguém).O termo regido é “aqueles artistas e profissionais”: “sobretudo os que afetam aque les   artistas” – crase i nco r r e t amen t e   indicada.

Finalmente, o termo regente d ar é transitivo direto (objeto direto: graça) e indireto(objeto indireto: nossa vida), devendo o complemento indireto ser precedido dapreposição “a”. Como o termo regido é iniciado por um pronome possessivo, oemprego de artigo definido feminino é facultativo, podendo ocorrer crase ou não(“profissionais que dão graça a / à nossa vida”). Portanto, está correta a indicação decrase.

(D) O termo regente, verbo assist i r , no sentido de “ver, presenciar”, é transitivoindireto, exigindo a preposição “a”. O termo regido é “exibição”, que admite artigodefinido feminino. Há crase: “Assistimos à exibição descarada de preconceitos...”.Correto emprego do acento grave.

O erro está na sequência: o termo regente, verbo causar , é transitivo direto (coisa) eindireto (pessoa) (Fulano causou alguma coisa a alguém), regendo a preposição “a”; otermo regido é “pessoas”, que admite o artigo definido feminino plural. Houve oregistro desse artigo, mas faltou a indicação de crase para registrar a existência dapreposição. A forma correta seria: “que tantos dissabores causam às  pessoas...”.

Por fim, a expressão “à distância”, como vimos, é objeto de bastante polêmica.

Vamos relembrar: a maioria dos gramáticos afirma que, sem especificação, a

expressão não recebe acento (“Mantenha-se a distância.”). Havendo definição dessadistância, usa-se o acento grave (“Mantenha-se à distância de 10 metros.”). Contudo,a recomendação do professor Celso Luft é acentuá-la sempre, por considerá-la umalocução adverbial feminina.

Note que o examinador, nesta questão, não deixou clara a sua posição, ao indicaroutro erro de crase antes dessa expressão. Ótimo para o candidato, que não precisariaesquentar a cabeça. Mas, mesmo assim, todo cuidado é pouco. Leve esseconhecimento para a prova e, caso se depare com a polêmica expressão adverbial “a/àdistância”, analise as demais opções para afirmar se está certo ou errado o empregona questão.

19 – AO verbo assist i r é transitivo indireto e rege a preposição a. Este é o termo regente. Otermo regido é o substantivo peças, que, por estar no plural, deve ser acompanhadode artigo definido feminino plural. Só que esse substantivo está sendo usado demaneira genérica, dispensando o artigo. Assim, a forma correta seria: “... não seassistia a  peças com tanto senso crítico como estas”.

Em relação às demais opções, devemos observar.

a) O termo regente é chegar , verbo transitivo indireto que, por indicar movimento,rege a preposição a. Como o termo regido é o substantivo va r anda , a contração doartigo que o acompanha com a preposição forma “à”. Para nunca mais errar na

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 26/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

26

regência deste verbo, passe a usá-lo corretamente no seu dia a dia. Assim que chegara casa (sem acento , como v imos logo no in íc io ) , ensine essa lição ao seu filho,seu cônjuge, sua sogra, seu cunhado... seja um chato!!!! Passe a corrigir todomundo!!! Assim é que se apre(e)nde o conceito...rs...

c) Um bom exemplo do emprego de artigo com topônimos. Vamos fazer o teste dom o r a r: Eu moro em Ipanema, em Jacarepaguá ou n a Barra. Dos três bairros, o únicoque admite artigo é o terceiro, motivo pelo qual o “a” foi acentuado.

d) O verbo r e f e r i r - se é transitivo indireto, com a preposição a. O artigo antes depronomes possessivos é facultativo. O examinador optou por seu emprego. Assim,houve a fusão da preposição a com o artigo definido as = “O povo referia-se às nossas praias...”.

e) Os artigos definidos que acompanham os substantivos d i r e i t a e esquerda secontraíram com a preposição exigida pelo termo regente, o verbo d i r i g i r - se (transitivoindireto, regente da preposição a), formando crase (“...à direita e à esquerda do palanque”).

Observe que estas não são locuções adverbiais femininas, como em “Vire à direita / àesquerda” (que também seriam acentuadas).

20 – I t e m  I NCORRETO 

Até que essa questão não foi das piores, não é mesmo?

O termo regente é a locução prepositiva “em relação a”. O termo regido é “oportunidades”. Houve crase por ter sido empregado o artigo definido feminino pluralantes desse substantivo: as oportunidades.

A questão propõe a retirada do artigo. Até aí, tudo certo. O erro está em indicar que aforma passaria a ser “à”. Opa! Você já está careca de saber que “à” é a contração dapreposição “a” com o artigo definido singular feminino “a”. Se ele quisesse usar umartigo, não poderia ser, de modo algum, no singular, haja vista que o substantivocorrespondente está no plural.

A retirada do artigo levaria ao registro de “em relação a  oportunidades”, em que sóhaveria a locução prepositiva e, portanto, apenas um “a”, sem acento grave.

21 - E 

Essa questão de crase nos dá a oportunidade de falar sobre a expressão “à custa de”,

que deve ter derrubado muita gente.Vamos analisar lacuna por lacuna.

1ª lacuna) O termo regente cor responder exige a preposição “a” ( Algo corresponde aalguma coisa). O termo regido poderia até admitir o artigo ou ser usado em sentidogenérico (correspondeu às / a    necessidades do trabalho). Para confirmar essapossibilidade, vamos construir uma oração em que “necessidade do trabalho” seja osujeito: “Necessidade do trabalho leva milhares de pessoas à migração” – ou - “Anecessidade do trabalho leva...”. Pode haver artigo ou não. Mas de qualquer forma hápreposição, exigida pelo termo regente. Eliminamos, assim, a opção “c” (as  – sóartigo, sem preposição).

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 27/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

27

2ª lacuna) Esse termo regido possui o mesmo termo regente (correspondeu) que exigea preposição “a”. Dessa vez, o termo regido foi usado em sentido específico(necessidade da produção, ou mais realmente à  necessidade das colheitas) – percebeuo “à” antes da segunda ocorrência de “necessidade”? Então, há artigo antes de “necessidade da produção” também, o que provoca crase: “[corresponde] à  necessidade da produção” .

3ª lacuna) Essa lacuna dá continuidade à estrutura que teve início em “correspondeusempre, sim, à necessidade de produção”. Como houve artigo antes de “necessidadeda produção”, antes de “necessidade das colheitas”, deve haver também antes de “necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fácil”. Todos esses substantivosencontram-se definidos, o que justifica o emprego do artigo. Em virtude do encontrocom a preposição exigida por “correspondeu”, há crase: às necessidades de d inhe i r o .  

4ª lacuna) Agora a palavra “guerra” (em abrir guerra) requer a preposição “a” ( Alguémabre guerra a ou contra algo/alguém). Como “ociosidade” admite artigo, há crase: “Nodia em que se abrir guerra à  ociosidade...” .

5ª lacuna) O verbo “oferecer” é bitransitivo, ou seja, apresenta complemento direto eindireto. O objeto direto é “garantias” e o objeto indireto “gente do campo”. Comotemos uma voz passiva pronominal (presença do pronome apassivador se – seoferecerem garantias = se garantias forem oferecidas), o objeto direto exerce a funçãode sujeito paciente. Mas nada disso afeta a função de objeto indireto (olha o esquemaaí, gente!!!). Em relação a esse segundo complemento, exige-se a preposição “a” ( Alguma coisa é oferecida a  alguém). Antes de “gente do campo” pode haver artigodefinido feminino singular, o que justifica o acento grave: “se oferecem garantias à  

gente do campo” .

6ª lacuna) Finalmente, chegamos à última lacuna. Trata-se da expressão “à cus tad e”, que significa “às expensas de”.

Cuidado com a confusão que muita gente boa faz: o substantivo “custas” significa “despesas judiciais devidas no processo”. Já o correspondente no singular (custa) temo sentido de “custo, dispêndio, despesa”. A partir do significado de cada um dosvocábulos, já dá para perceber que a expressão deve ser grafada no singular: “ Aquelerapaz vive até hoje à custa do pai” , “Eu não sou homem de viver à custa de mulher” .Se você costumava usar essa expressão no plural, pode começar a mudar hojemesmo. Como é uma locução feminina, recebe o acento grave. Esse conceito seria

suficiente para definir a resposta dessa questão – a única opção que apresenta “àcusta de” é a de letra E.

22 - A 

1 ª l a cu n a: Para começar, analise uma outra estrutura:

“A loja funciona das  10h .... 18h”.

Há um artigo (contraído com a preposição “de”) antes do primeiro elemento (das 10h).Então, deve haver artigo antes do segundo. Como já existe uma preposição “a”, ocorrea fusão: “das 10h às  18h” . A isso se dá o nome de paralelismo sintático (Lembra? O

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 28/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

28

que acontece com um elemento ocorre também com os demais de mesma funçãosintática).

Note, agora, que antes de “janeiro” há somente uma preposição (“de”), não há artigo.Aliás, não daria para ser diferente. Ninguém fala “do  janeiro ao  dezembro”, não émesmo??? Pois, se não há artigo antes do primeiro elemento, não pode haver antesdos demais. A relação é “de ... a ...”, somente com preposições. Por isso, não hácrase: “de janeiro a  julho”. Paralelismo nele!

2 ª l a cu n a: Na expressão “em comparação com” já existe uma preposição (“com”), oque impossibilita a existência da preposição “a”. O que irá preencher a lacuna é opronome demonstrativo “a”, equivalente a “aquela”, que se refere à palavra “produção” (“houve aumento na produção de veículos, em comparação com [a produção] obtida no ano passado” ). Não há dois “as”, somente um - o pronomedemonstrativo. Portanto, não há crase: “em comparação com a  obtida...” .

3 ª l a c u n a: Em locução verbal, há apenas preposição, sem artigo. Por isso, não hácrase: “As montadoras passaram a  exportar” .

A ordem será: a, a, a – opção (A)

2 3 - B

Reforçando: CRASE é o fenômeno de encontro de duas vogais iguais e contíguas. Oencontro da preposição “a” com outro “a” (artigo definido feminino, pronomedemonstrativo, pronome relativo) acarreta crase, registrada com o acento grave.

Assim, para que um “a” receba o acento, é preciso esse encontro dos dois “as”.

1ª lacuna – O termo regente “parecidas” exige a preposição “com” e não “a”. Emseguida, temos um pronome demonstrativo “as”, que se refere a “necessidades”. Nãoocorre crase: “ parec idas com as dos seres hum anos”  .

2ª lacuna – O termo regente é o verbo OFERECER, que é bitransitivo. O objeto direto érepresentado por “os cuidados exigidos”, e o objeto indireto, o pronome pessoal “eles”.Esse termo regido não admite artigo definido feminino e, por isso, há apenas UM “a”: apreposição – “para o fer ecer a e les os cu idados ex ig ido s”  .

3ª lacuna – O termo regente “RECORRER”, da locução verbal “têm recorrido”, exige apreposição “a” (Alguém recorre A alguma coisa/ alguém). O termo regido, contudo,além de estar sendo usado em sentido genérico, o que dispensa o emprego de artigodefinido, se o aceitasse, seria o artigo “as” (plural – “as táticas”) e não “a”(singular).Por isso, há apenas a PREPOSIÇÃO e, por isso, não ocorre crase: “t êm recor r id o . .. a  

tá t icas inovadoras”  .

2 4 -  A

O verbo VOLTAR rege preposição “a” (Alguém volta A algum lugar). Esse é o termoregente. O termo regido admite artigo definido feminino (“a memória”). Assim, há oencontro da preposição com o artigo definido feminino, ocorrendo crase: “V o l t a m - m e  à m emór ia . ..” .

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 29/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

29

Em seguida, o termo regente é o verbo ASSISTIR, que, no sentido de ver, presenciar,rege a preposição “A”. Como o termo regido é o pronome relativo “que”, não há crase,pois o pronome relativo não aceita artigo definido feminino antes de si.

Está correta a opção.

B) A expressão “a princípio”, por apresentar um substantivo masculino, não recebeacento grave.

C) Está certa a primeira ocorrência de crase: o verbo ENTREGAR-SE rege a preposição “a” (Alguém se entrega A alguma coisa) e o termo regido “leitura” aceita artigo. Oproblema está a seguir: o termo regente exige preposição “a” (contribuição A algumacoisa), mas o termo regido é “uma vida interior”, expressão que já apresenta umartigo INDEFINIDO. Há apenas uma preposição e, por isso, não ocorre crase.

D) Novamente, o examinador acerta na primeira, mas erra na segunda. O verbo

REFERIR-SE exige a preposição “a” e, ao encontrar-se com o artigo definido femininoque acompanha “ficção”, provoca o fenômeno, que deve ser acentuado. Em seguida, otermo regente, o adjetivo “essencial”, exige a preposição (Algo é essencial a algumacoisa/alguém) e o termo regido admite artigo (a argumentação que desenvolvia). Maisuma vez, há o encontro dos dois “as”, devendo ser assinalado com o acento:“essencial à argumentação que desenvolvia” .

E) Antes de verbo, não há artigo definido feminino. Por isso, mesmo que o termoregente exija a preposição (Alguém se dedica A alguma coisa), o termo regido, o verboCULTIVAR, não aceita artigo e, com isso, não ocorre crase.

25 - C

Essa é para terminarmos o nosso estudo de hoje.Vamos analisar cada um dos termos destacados.

1º) O termo regente p e r m i t i r exige a preposição a ( permitir algo a alguém); o termoregido Execut ivo admite artigo definido masculino – forma-se “ao” - co r r e t o;

2º) O termo regente ap t o exige a preposição a (“ Alguém está apto a alguma coisa.”);o termo regido a juda r é um verbo e não admite artigo definido feminino. Portanto,não ocorre crase: est á ap t o a a ju da r -  co r r e t o; 

3º) O termo regente env iar exige a preposição a (“ Alguém envia algo a alguém.”); otermo regido Recei ta admite o artigo definido feminino (“ A Receita divulga o últimolote de restituição.”). Por isso, ocorre crase: “ As informações ... são enviadas à 

Recei ta ...” – Esse é o i t em incor r e to .  4º) O pronome demonstrativo está se referindo a alguma informação que já foi dada(pertence ao “passado” do texto), por isso requer a forma “esse”. O emprego depronomes demonstrativos em relação ao texto (referência anafórica) será objeto denossa próxima aula (Pr onomes  ).

5º) O pronome relativo qu e substitui casos. Em uma outra estrutura, teríamos “nesses  ( = e m + e s s e s ) casos, o programa ...”. Percebe-se a necessidade doemprego da preposição em , então a forma está correta: “nos casos em que o  p r o g r a m a  ...”.

7/31/2019 07 - Português - Cláudia

http://slidepdf.com/reader/full/07-portugues-claudia 30/30

CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULARADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO

PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 

www.pontodosconcursos.com.br 

30

Mas não se preocupe com pronome relativo. Em nosso próximo encontro (que serábem maior que esse de hoje), veremos também esse assunto.

Grande abraço e até a próxima.