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AJUSTADOR FGLHA DE

ESCALA INFORMACÃO 51 1 TECNOLÓGICA

O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência de grande rigor ou precisão.

ESCALA

A escala (fig. I), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em geral, graduações do sistema métrico (decímetro, centímetro e milímetro) e graduações do sistema inglês (polegada e subdivisões).

Fig. I

As menores divisões, que permitem clara leitura nas graduações da escala, são as de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem ein parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6" (152,4 mm) e 12" (304,8 mm).

USOS DA ESCALA

As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos.

Fig. 2 - Medição de compri- men to c o m face de referência.

Fig. 3 - Medição de comprimento sem encosto de referência.

Mede-se, neste caso, a partir do encosto da escala. Este deve ser bem ajustado na face do ressalto da peça. Esta face deve estar bem limpa.

Fig. 4 - Medição de didmetro.

No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1 cm com o extremo da dimensão a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1 cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui- dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala .nos sentidos indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida.

Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1".

I MEC - 1965 - 15.000

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FBLHA DE AJUSTADOR ESCALA INFORMAÇÁO 512

TECNOLÓGICA . OUTROS TIPOS DE ESCALA

As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais.

Fig. 5 - Escala de encôsto interno. Fig. 6 - Escala de profundidade.

Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro).

APLICAÇUES

edição de comprimento com face intevna de referência.

Fig. 9 - Medição de pro- Fig. 10 - Medição de profun- fundidade de rasgo.

didade de furo não vazado.

CARACTERÍSTICAS DA BOA ESCALA

1) Ser, de preferência, de aço inoxidável. As graduações de i /2 milímetro e de 1/64 2) Ter graduação uniforme. da polegada na escala são de leitura mais 3) Apresentar traços bem finos, profundos e difícil.

salientados em prêto.

CONSERVAÇÃO DA ESCALA

1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Não flexione a escala, para que não se ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre.

2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e 3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras.

diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de 6leo fino na escala, antes de guardá-la.

QUESTIONARIO

1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico? 2) Quais são as características de uma boa escala? 3) Em que casos o mecânico usa escala? 4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala? 5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)?

50 MEC - 1965 - 15.000

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MEC - 1965 - 15.000 69

AJUSTADOR FOLHA DE

INFORMAÇAO TECNOLÓGICA

PAQUfMETRO NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERfSTICAS

CONSERVAÇÁO 1 21 1

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CONDIÇOES PARA QUE A MEDIDA SEJA BEM TOMADA

1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inclinação dêste, da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida. pressão exagerada no impulsor ou no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfi- fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da

2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça. peçaJ mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura normal. O

calor dilata a mesma e altera a medida.

AJUSTADOR

ERROS DA MEDIÇÃO COM PAQUfMETRO

FOLHA DE

;!;;;'$4&

PAQUf METRO NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTER~ STICAS

CONSERVAÇÃO

Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou contactos inadequados, leitura desatenta,

1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de çáo do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro, forme, traqos grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do do cursor, arranhaduras). vernier e da escala).

1 2/2

CARACTERfSTICAS DO BOM PAQUÍMETRO

1 ) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos, 2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e

salientados em prêto. Qualquer empeno do paquímetro, por

4) Cursor bem ajustado, correndo suave- rmnor que sejaJ pode prejudicar 0 rigor da mente ao longo da haste. medição.

CONSERVAÇÃO DO PAQUf METRO

1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi- evitando-se quedas. que com óleo fino.

2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Náo pressione o cursor, ao fazer uma me- não deve ficar em contacto com as ferra- dição. mentas usuais de trabalho mecânico. 7 ) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é,

3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa.

4) O paquímetro deve ser guardado em estojo próprio.

QUESTIONARIO

1) Cite os erros de medição que podem resultar sòmente do paquímetro.

2) Para que serve o impulsor do paquímetro?

3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada.

4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede.

5) Quais são as características de um bom paquímetro?

6) Quais são os cuidados na conserva~ão de um paquímetro?

7) Que é a aferição de um paquímetro?

1 I

'O MEC - 1965 - 15.000

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I-- ... .. - - I

PAQUf METRO FoLHA DE INFORMAÇÁO 1.21 RET'F'CADoR (TIPOS-USOS-PRINCfPIO DO VERNIER DE 0,l mm) TECNOLÕGICA

TIPOS E USOS DO PAQUÍMETRO

Há diferentes tipos de paquímetros, conforme os usos a que se destinam. As figs. 1 a 6 mostram alguns exemplos.

I/ Fig. 1 - Paquimetro de orelha. (Medição interna).

\orofuso de chwnoda

Fig. 4 - Paquimetro de bicos alongados.

(Medição de partes internas).

O parafuso de chamada no paquímetro pos- sibilita uma medição mais correta, porque de- termina aproximação gradual e suave do en- costo móvel, por meio mecânico.

Fig. 5 - Paqzrimetro de profundidade com talão.

(Med i~ão de espessura de parede).

Fig. 2 - Paquimetro de orelha.

(Medição externa).

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PAQUÍMETRO FGLHA DE INFORMAÇAO 1.22 I " RETIFICADoR (TIPOS-USOS-PRINCIPIO DO VERNIER DE 0,l mrn) TICNOLÕGICA

L I

EXPLICAGÃO DO PRINCÍPIO DO VERNIER DE 0,l mm

I Nesta folha será estudado apenas o

caso do uernier de O, 1 mm. Êste tem o compri- mento total de 9 milímetros e é dividido em 10 partes iguais (fig. 7). Então, cada divisão do vernier vale: 9 mm s 10 = 9/ 10 mm. Por- tanto, cada divisão do vernier é 1 / 10 menor do que cada divisão da escala.

Resulta que, a partir de traços em coin- cidência (como mostra a fig. 7), os primeiros traços do vernier e da escala se distanciam de 1 / 10 mm; os segundos traços se distanciam de 2 / 10 mm; os terceiros traços se distanciam de 3/ 10 mm; e assim por diante. Êste prin- cípio é o mesmo, quer contando no sentido do "zero" para o "10" do vernier, quer no sentido contrário.

Fig. 7- Vernier de 1/10 mm.

(Gradi~ações ampliadas).

Conclusão:

A partir da coincidência de traços do vernier e da escala, UMA divisão do vernier dá 1 / 10 mm de aproximação, DUAS divisões dão 2 / 10 mm de aproximação, TRÊS divisões dão 3 / 10 mm de aproximação, e assim por diante.

Na fig. 8, a leitura é 59,4 mm, porque Na fig. 9 , a leitura é 1,3 mm, porque o 59 da escala está antes do "zero" do vernier o 1 (milímetro) da escala está antes do "zero" e a coincidência se dá no 4.O traço do vernier. do vernier e a coincidência se dá no 3.O traço

7- do mesmo.

Fig. 8 (Graduações ampliadas).

Fig. 9 -

(Graduações ampliadas).

. 1) Qual o nome da graduação especial do paquímetro, que dá a aproximação?

2) Que aproximação pode dar um vernier de medida de 9 mm, dividido em 10 partes iguais?

3) Quais os tipos usuais de paquímetro.? O

4) Faça as leituras indicadas nas figs. 10, 11 e 12 1 1 1 1

Fig. 10 (Cr~.adziações ampliadas).

Fig. 1.I /Graduações ampliadas). .

Fig. 12 (Graduações ampliadas).

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PAQUÍMETRO COM VERNIER DE 1 / 128"

Consiste o vernier numa graduação móvel especial, que dá a aproximação desejada, isto é, neste caso, a aproximação ex- trema de 1 / 128" (fig. 1).

Isso não significa que a parte fracionária tenha sempre o denominador 128. Se, feita a leitura, o numerador for um dos números pares 2, 4, 6 ou 8, resultam as indispensáveis simplifi- cações seguintes :

2/ 128" = 1/64" 4/128" = 1/32" Para medir com aproximação de 1/64 da polegada, usando 6/ 128" = 3/64" 8/128" = 1/16"

a escala ou régua graduada, a leitura é imprecisa, porque os tra- Como se vê, a fração 8/128" equivale à menor graduação ÇOS a 1/64" de distância são muito próximos. Além disso, é co- (1 / 16") da escala do paquímetro. mum existirem as graduações 1 / 64", e mesmo as de 1 / 32", ape- nas em parte da escala. Conclusão: só se faz boa leitura na escala, LEITURA DA MEDIDA COM O VERNIER

Fig. 1

Paquimetro com vernier de 11128 da polegada

quando a sua menor graduação for de 1/16". Lêem-se, na escala, até antes do zero do vernier, as pole-

Daí ser comum, atualmente, nas oficinas mecânicas, o uso gadas e frações (as frações poderão ser: meia polegada ou iuar - do Paquimetro, capaz de aproximar até 1/ 128", ou seja, até a tos, oitavos ou dezesseis avos). Na fig. 1, por exemplo, tem-se: metade de 1/64". Também são usuais os paquímetros que dão 0" 11 / 16" = 881 128". aproximação de 1 / 1000" (1 milésimo da polegada). Em seguida, contam-se os traços do vernier, até o que coin-

cide com u m traço da escala. Na fig. 1 , por exemplo: três tra- Sòmente será estudado nesta folha, o Paquimetro com ver- ÇOS, OU seja, 3 / 128".

nier de 11128". Por fim, soma-se: 88/12Sf' + 3/128" = 91/128".

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L

F6LHA DE AJUSTADOR PAQUÍMETRO DE 1 / 128" INFORMAÇÃO 3612

TECNOL6GICA

Por vêzes, aparecem simplificações na leitura, como se exemplificará a seguir, sur- gindo resultados com aproximações em 64 ou em 32 avos.

1 !' 6 " 6 " - - Vernier: 6.0 traço, ou - 3 "

1.0 exemplo: - Escala: 1 --- 16 128 128 64 . Ora, - - --- 1 " 3 " 4 " 3 "

SOMA: lT+--=lT+--- 7 "

64 64 -1- 64 '

3 " 4 " 4 " - 1 " 2.O exemplo - Escala: 2 - - Vernier: 4.0 traço, ou --- . Ora, - -- 4 128 128 32 '

3" 1 " 24" 1 " 25" SOMA: 2 7$ - -2-+T- 32 -2-.

32

7" 2 " 2 " 1 " 3.O exemplo - Escala: 2 - 8

- Vernier: 2.0 traço, ou - 128

. Ora, - - --- 128 - 64 *

7" 1 " 5 6" 1 " 57" SOMA: 2 --g--+--=2 64 64$-- 64 -2-

64

EXPLICAÇAO DO VERNIER DE 1/ 128 DA POLEGADA

O vernier que aproxima até 1 / 128 da polegada tem o comprimento total de 7/ 16 da polegada e é dividido em 8 partes iguais (fig. 2). Cada divisão mede, portanto, . . . . . 7/16" + 8 = 7/16" X 118 = 7/128".

I V C m m I

1 1 1 1 1 1 1 1 I l I ; l l l l r ! i l 0

l l l l 1 I" P

l i 1 1 r"

Fig. 2 - Vernier de 1 /128" Fig. 3 - Leitura 1 29/128" (Desenho amplzado) (Desenho ampliado)

Ora, cada divisão da escala mede 8/ 128" (= 1/ 16"). Resulta que cada divisão do vernier é 1/128" menor do que cada divisão da escala. A partir, pois, de traços em coin- cidência (de "0" para "8" ou, no sentido contrário de "8" para "0") os 1.OVraços do ver- nier e da escala se distanciam de 1 / 128"; os 2."" traços de 2 / 128" (ou 1/64"); os 3." tra- ços de 3/ 128"; os 4."' traços de 4/ 128" (ou 1 /32"); os 5."" traços de 5/ 128"; os 6."" traços de 6 / 128" (ou 3/64"); os 7 ."~raços de 7 / 128".

Exemplo - Na fig. 3, a leitura é 1 29/128", porque o zero do vernier está entre 1 3/16" e 1 4/16" e a coincidência se dá no 5.0 traço. Então:

3 " 5 " 24 " 5 " - 1 --- + --- - 29 "

16 128 128 - 1 --- 128

QUESTIONAR10

Escreva abaixo de cada figura, a leitura correspondente:

1 I I 111 r, ' l i ! l l i l S.

1 4- I

1 I I I I I I 1 1 : tu I

1 1 I 2-

176 MEC - 1965 - 15.000

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MICROMETRO I F6LHA DE INFORMAÍAO 1 1-23 1 TECNOLÓGICA

O mecânico usa o Micrômetro quando ser muito rigorosa, mais do que permite o a aproximação, na medida das peças, tem que paquímetro.

MICRÔMETRO

É um instrumento de medida de gran- de precisão, feito em aço inoxidável. A fig. 1 apresenta um micrômetro de uso normal nas oficinas mecânicas, graduado em milímetros e meios milímetros, podendo medir até . . . . 25 mm. Usualmente é chamado de micrôme- tro de "O a 25 mm". Há micrômetros do mesmo tipo que medem a partir de 25 mm até 50 mm e outros existem para maiores ca-

pacidades de medida. O micrômetro da fig. 1 permite uma aproximação de medida de 1/100 mm (1 centésimo de milímetro). A graduação circular do tambor é de 50 partes iguais: O a 50, numeradas de 5 em 5.

O fixador, que serve para firmar uma determinada abertura (distância da haste do encôsto) pode ser de botão (fig. 1) ou de anel (fig. 2).

CARACTERfSTICAS DO BOM MICROMETRO

1) Ser de aço inoxidável. 7) Ter a medida bem calibrada, seja por

fig. 1 - Micrômetro O a 25 mm, de 1 /100 mm.

2) Ter graduações uniformes. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e

salientes em prêto na graduação circular do tambor.

4) Também a reta longitudinal da ,bainha deve ser bem fina e preta.

- - meio do regulador de encôsto, seja por outro sistema, na bainha: quando estive- rem juntas as faces da haste e do encôsto, a borda do tambor deve estar sobre o tra- ço O da bainha e, além disso, o O da gra- duação circular do tambor deve coincidir com a reta longitudinal da bainha. -

5) Ter as faces da haste e do encosto bem 8) Possuir o dispositivo de fricção, ou de ca- ajustadas: quando juntas, não deve passar traca, e estar êle em bom funcionamento, luz. para permitir contacto suave na medição

6) Possuir tambor bem ajustado, sem jbgo. de uma peça.

CONSERVA$AO DO MICROMETRO

1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 4) Deve ser guardado em estojo próprio. evitando-se quedas e choques. 5) Usar o botão de fricção ou catraca, para o

2) Evitar arranhaduras ou entalhes que pre- contacto na medição da peça. judiquem as graduações. 6) Aferir, isto é, acertar a abertura com uma

3) Completa limpeza após o uso e lubrifica- medida padrão precisa. ção com óleo fino.

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FÔLHA DE RETIFICADOR MICROMETRO INFORMAÇAO 1.24

TECNOLÓGICA

ERROS DA, MEDIGA0 COM O MICROMETRO

1) Da parte de quem mede, os erros resultam quase que exclusivamente de desatenção na leitura ou na verificação da coincidên- cia de traços.

2) Os do aparelho, devido à construção ou ao

desgaste, podem ser: má graduação, no tambor ou na bainha; desigualdade de passo do parafuso micrométrico ou da por- ca; desgaste nos filêtes do parafuso ou da porca.

VANTAGENS DO MICROMETRO SOBRE O PAQUíMETRO

1) Aproximação precisa de 1 / 100 mm ou de . 3) O tipo de construção impede deformações 1 / 1000 da polegada. que possam alterar a medida.

2) O botão de fricção evita erros porque dá 4) A leitura de 11 100 mm ou de 1/ 1000 mm uniforme pressão de contacto. da polegada é fácil e clara, devido ao sis-

tema de graduação circular.

MICRÕMETRO PARA POLEGADAS

A fig. 2 apresenta um tipo, para medir bainha, está dividida em 40 partes iguais e a com aproximação de 1/1000 da polegada, graduação circular do tambor apresenta 25 até 1". Há tipos quemedem de 1" a 2", divisões iguais. outros de 2" a 3", etc. Uma polegada, na

Fig. 2 - Micrômetro O a l r r , de 111 000".

QUESTIQNARIO

1) Quais são as características de um bom micrôinetro? 2) Que significa: "micrômetro 25 a 50 mm, de 1/ 100 mm? 3) Qual a finalidade do fixador do micrômetro? 4) Faça um desenho à mão livre de um micrômetro e escreva os nomes das suas partes,

indicando-os com setas. 5) Quais as vantagens do micrômetro sôbre o paquímetro? 6) Quais os tipos de fixador? 7) Quais as condições de conservação do micrômetro? 8) Que significa: "micrômetro O a l", de 1 / 100OU? 9) Cite os erros que podem resultar da medição com o micrômetro.

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I O funcionamento do micrômetro é ba- de um parafuso, no sentido longitudinal, seado no princípio do gradual deslocamento q-ndo êle gira em uma porca.

PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO

RETIFKADOR

I

Fig. 1 - A haste é prêsa ao tambor de um comprimento igual ao passo. Em con- através de uma parte em rosca, de determi- seqüência, conhecido o passo, e dividindo-se nado passo, que gira em uma porca. Assim, o tambor em um certo número de partes uma volta completa do tambor faz com que iguais, pode-se medir qualquer deslocamento

I a face da haste se desloque longitudinalmente da face da haste, por muito pequeno êle seja. 1 I

F6LHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA

MICRUMETRO (LEITURAS DE 0,Ol mm)

Fig. 1 - Micrômetro.

1 -25

EXPLICAÇAO DO FUNCIONAMENTO DO MICROMETRO r l

Nesta fôlha se tratará apenas do micrô- Na bainha, as divisões são de milímetros e metro para leitura de 1/100 de milímetro. meias milímetros. No tambor, a gradua~ão Como mostra a fig. 2, no prolongamento da circular tem 50 partes iguais. haste, há um parafuso micrométrico prêso ao Quando as faces da haste e do encosto tambor, Ele se move através de uma porca estão juntas, a borda do tambor coincide com ligada à bainha. Quando se gira o tambor, o traqo "zero" da graduação da bainha. Ao sua graduação circular desloca-se em tôrno mesmo tempo, a reta longitudinal gravada na da bainha. Ao mesmo tempo, conforme o sen- bainha (entre as escalas de milímetros e meios tido do movimento, a face da haste se apro- milimetros) coincide com o "zero" da gra- xima ou se afasta da face do encôsto. As rôs- duação circular do dedal. Como o passo do cas do parafuso micrométrico e de sua porca parafuso é de 0,5 mm, uma volta completa do são de grande precisão. No micrômetro de tambor levará sua borda ao 1.O traço de meios 1 / 100 mm, seu passo é de 0,5 do milímetro. milímetros. Duas voltas, levarão a borda do *

Fig. 2 - Mecanismo interno de um micrômetro.

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I 1 FOLHA DE

RETIFICADOR - MICRBMETRO (LEITURAS DE 0,Ol mm) INFORMAÇAO 1 -26 1 TECNOLÓGICA

ir I

I

tambor ao 1 .O traço de 1 milímetro. Então, ção de: 1/50 X 0,5 mm = 0,5150 = 51500 = o deslocamento de apenas uma divisão da = 1/100 de milímetro. graduação circular do tambor dá a aproxima-

LEITURA NO MICRBMETRO DE 0,Ol mrn

Na fig. 1 encontram-se: 9 traços na gra- tambor, a coincidência com a reta longitudi- duação da bainha (9 mm); 1 traço além dos nal da bainha se dá no traço 29 (0,29 mm). 9 mm na graduação dos meios milímetros da Leitura completa: bainha (0,50 mm); na graduação circular do 9 mm + 0,50 mm + 029 mm = 9,79 mm

O MECANISMO DE FRICGXO OU CATRACA

A perfeição do contacto das superfícies extremo do tambor. Qualquer dos dois siste- da peça a medir com as faces da haste e do mas (fricção ou catraca) permite que se pro- encosto do micrômetro é garantida por meio duza um contacto preciso, sem que haja pres- de um mecanismo de fricção ou de uma ca- são capaz de forçar o mecanismo delicado do traca. O seu botão de acionamento fica no micrômetro. A medição é, assim, exata.

EXEMPLOS DE LEITURAS DE MICRõMETRO DE 1/100 DE MILÍMETRO

Fig. 4 - Leitura: 23,59 mm.

QUESTIONARIO

Fig. 5 - Leitura: 6,62 mm.

1) As roscas do parafuso micrométrico e da sua porca tèm importância no funcioilamento do micrômetro? Por quê?

2) Em que casos o mecânico deve usar o rnicrômetro: para medir com milímetros, centé- ' simos de milímetros ou décimos de milímetro de aproximação?

3) Num micrômetro que tenha graduações de milímetros e meios milímetros na bainha e que aproxime 1 / 100 mm, qual o passo do parafuso micrométrico?

4) Dê a nomenclatura das partes do micrômetro.

5) Para que serve o mecanismo de fricção ou a catraca?

6) Quais são as peças que fazem com que o tambor gire em tôrno da bainha e a haste se aproxime ou se afaste do encosto?

7) Faça as leituras seguintes:

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Fig. 1 - Micrômetro de l / l . O O O m m (com z~ernier). Aproxima até 1 /1.000 de milímetro.

Na fig. 1 encontra-se: na bainha . . . . 6,50 mm; o traço da graduação do tambor, antes da reta da graduação da bainha, é o 27 (portanto 0,27 mm); a coincidência no ver- nier é no 5.O traço (0,005 mm). Leitura com- pleta: 6,775 mm.

Leitura: 18,596 mm

-39 - - =30 - - F 25

2.g .E 8 r p

o 5 9 0 1 5 - ' 5 8

Da*oodo & bainha 5 T'" -- - O l (3

45

4 0

Fig. 2. Fig. 3. Fig. 4.

1 . . -. 49

RETIFICADOR

O micrômetro com vernier permite uma aproximação mais rigorosa que o rnicrômetro normal.

MIGROMETRO DE 1 f 1.000 rnm (com vernier, fig. 1)

Apresenta um vernier gravado na bai- 1 / 100 mm, a 1 .a divisão do vernier, a partir nha. este vernier tem 10 divisões, cujo com- de traços em coincidência, dará. 1 / 10 de . . . primento total corresponde a 9 divisões da 11 100, ou seja 11 10 100 = 11 1000 mm. graduação do tambor. Então, cada divisão do vernier é 1 / 10 menor do que cada divisão do A 2." divisão do vernier dará . . . . . . . tambor. Ora, cada divisão do tambor dando 2 / 1.000 mm, a 3.a dará 3/ 1.000 mm, etc.

LEITURA

Nas figuras 2 a 4 estão apresentadas as três graduações (da bainha, do tambor e do vernier) em sua posição relativa, mas num só plano. Ao lado de cada uma, estão indicadas as leituras. A comparação entre a figura e a leitura escrita permitem esclarecimento com- pleto de cada caso (desenhos ampliados).

Leitura: Leitura: 20,618 mm 13,409 mm

8 B 8 -

o 5 10 l i , ,

I I 90

3!í i

MICR8METROS COM VERNIER FÔLHA DE

INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

1.27

Page 14: 07 - Usinagem

--

- - '

I MLHA DE RETIFICADOR MICRBMETROS COM VERMTER INFORMAÇÁO 1-28

TECNOL6CICA

Micrômetro de 0,0001" (com vernier, 1/1.000 da polegada, a partir dos traços em -. fig. 5) - O vernier, gravado na bainha, tem coincidência, a 1.a divisão do vernier dará 10 divisões iguais, cujo comprimento total 1 / 10 de 1 / 1.000" ou 1 / 1 O.OOOM, a 2.a divisão corresponde a 9 divisões do tambor. Como dará 2/ I0 de 1 / 1.000" .ou 2/ 10.OOOft, etc. cada divisão do tambor dá a leitura de . . . .

-

Fig. 5 - Micrômetro de 1/10.00Wr (com vernier). Aproxima até 1/10.000 da polegada (tamanho m-

pliado).

LEITURA

3 Na fig. 6 estão, num só plano, as três

J graduações da fig. 5, na sua posição relativa,

I para tornar bem clara a leitura:

i Na graduação da bainha (traçi 5) i 0,5" Na graduação da bainha (+ 3 X 0,025") 0,075" Na graduação- do tambor (entre traços 19 e 20) 0,019'' No vernier (coincidência no traço 5) 0,0005"

A leitura completa é portanto: 0,5945" I

QUESTIONARIO

I

-ao -#

Fig. 7 i - Fig. 8 -

A) B ) C) D)

50 MEC - 1965 -- - 1 5.000 --

Faça as leituras seguintes:

Fig. 6

Fig. 10 /o 1

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I 7

F6LHA RE RETI FICADOR MICROMETRO (LEITURAS DE 0,001") I N F ~ W O 1.29

TECNOLóGICA I -

Os miaômetros para polegadas têm, é o que dá a aproximação de 1 / 1.000 da po- em geral, divisões decimais. O mais comum legada, I.

EXPLICAw0 DO. FUNCIONAMENTO

u Fig. 1 - Me~snismo interno de um micrhetro.

: a

'...e

Figs. 1 e 2 - No prolongamento da A graduação circular do -tambor tem haste há um parafuso micrométrico ligado ao 25 partes iguais- Ora, se uma volta completa tambor. Este parafuso gira através de uma do tambor dá o deslocamento-de 0,025", re- porca prêsa à bainha. Quando o tambor gira, sulta que uma divisão do tambor corresponde a face da haste se aproxima ou se. afasta da ao deslocamento de 0,025" -+ 25 = 0,00 1". face do encosto. Como o parafuso micromé- trico tem 40 fios por polegada o deslocamento do tambor, em cada volta, é de 1/40 avos da polegada.

Na bainha há uma reta com uma p- duação, na qual o comprimento de 1 polegada é dividido em 40 partes iguais (10 grupos de 4 divisões, fig. 2). Então, cada parte mede 1/40 da polegada, ou seja, 0,025", pois 40 X Fig. 3 (ampliada) X 0,02!5" = 1 .OOO". Leitura: 0,412"

LEITURA DO MICROMETRO DE 1/10001"

Na £ig. 2, a leitura é 1" porque a borda graduação do tambor, pois o traço 12 (o se- do tambor coincide com 10 (l"), e o zero do gundo depois de 10) coiricide com a reta lon- tambor coincide com a reta da bainha. gitudinal da bainha. Então: 4 X 0,l + 12 X

Na fig. 3, encontram-se 4 divisões de X 0,001" = 0,4" + 0,012" = 0,4 12". 0,l" na bainha e 12 divisões de 0,001" na

MEC - 1965 L 15.00C - 51

-

Page 16: 07 - Usinagem

i -- - - - -- - I

FOLHA DE I . RE'nFICAWR MICRÔMETRO (LEITURAS DE 0,001'7 INFORMACAO 1-30

I I TECNOLÓGICA

i

O Micrômetro de 1 / 100 mm e o Mi- de l / 1000" apresenta cada polegada divi- l

crômetro de i / 1.000" - Vi-se que o meca- dida em 40 partes de 0,025" cada uma. O

I nismo do micrômetro de 1 / 1.000" é seme- micrômetro de 1/100 mm apresenta divi- Ihante ao do micrômetro de l ! 100 mm. As sões em milímetros e meios milímetros. diferenças dos dois instrumentos estão apenas 3) Na graduação do tambor, o micrômetro de nos seguintes pontos: 1 / 1000" tem 25 divisões correspondente

I 1) O paraíüso micrométrico do micrômetro cada uma a O,OOlff. O micrômetro de 4 de 1/100OW é de 40 fios por polegada. O 1/100 mm tem no tambor 50 divisões,

do micrômetro de 1 / 100 mm é de 0,5 mm correspondendo cada uma a 0,01 mm. de passo. Outros exemplos de leituras no mi-

2) Na graduação da bainha, o micrômetro crômetro de l / 1000" - Figs. 4 a 7.

I

52 a-- - - --- -

Fig. 6 - Leitura: 0382'' (5 X OJ" + 3 X 0,025" + 7 x 0,001"')

Fig. 7 - Leitura: 0,769" (7 x 0,I" + 2 x 0,025" + 19 x 0,001").

QUESTIONARIO

1) Quais são as diferenças entre o micrômetro de 1 / 1 0 0 de milímetro e o rnicrômetro de 1 / 1.000 da polegada?

2) Em quantas partes é dividida cada polegada da graduaçáo da bainha do micrômetro de 1/1.000 da polegada? Quantos fios por polegada tem o parafuso?

3) A que fração decimal da polegada corresponde uma divisão da graduaçáo da bainha?

4 ) A que fração da polegada corresponde o deslocamento de uma divisão da graduação circular do tambor?

5 ) Faça as leituras seguintes:

Fig. $ - Leitura: 0,736'' (i x 0 ~ ' ' + I x 0,025" + 11 x 0,001")

Fig. 5 - Leitura: 0,138" ( I x OJ" + I x 0,025'' + 13 x O,O0lw)

4 I5

@ 10

B) $01.

--=q *xfr C ) poz.

Page 17: 07 - Usinagem

C

FBLHA DE I

RFTIFICADOR MICR.6METRO DE TRÊS CONTATOS,

PARA FUROS. ("IMICRO") INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

4.1 1 -

I

O Imicro é um micrômetro de alta oficinas mecânicas de produqão, apresenta ca- precisão, destinado exclusivamente à medida racterísticas especiais de grande robustez, sen- e ao contrôle dos diâmetros internos dos fu- do fabricado em aço inoxidável pela firma ros. Este instrumento, de frequente uso nas suíça "TESA", que .o criou.

FTJNCIONAMENTO

Com o auxílio das figuras 1 (aspecto externo de um "Imicro"), 2 (vista esquemá- tica da adaptasão no furo) e 3 (esquema sim- plificado do instrumento e sua adaptação nq furo), o funcionamento é fácilmente com- preensível: baseia-se na rotação de um para- £uso micrométrico de alta precisão ligado, num extremo, ao tambor graduado e, no outro, a um cone roscado. Encostados neste cone roscado - rigoroiamente encaixados em guias protetoras e formando três ângulos de 120° - estão dispostos os três contatos ou apalpadores.

Resulta d$sse dispositivo que, qualquer deslocamento do tambor, por menor que seja, determina o deslocamento simultâneo dos três contatos, para fora ou para dentro da cabe~a do instrumento, conforme o sentido do giro.

O tambor apresenta 100 graduaqóes iguais. Por outro lado, o passo do parafuso micrométrico é tal que, em uma volta com-

pleta do tambor, os contatos ou apalpadores avariqam de 0,5 do milímetro.

Então, o deslocamento de uma divisão do tambor (ou seja 1/100 de volta) corres- ponderá ao deslocamento dos contatos de apenas: 6 5 mm 5 mm

100 -

1.000 = 0,005 do milímetro. É

êste o grau de aproximaqáo do "Imicro" A posi~ão exata dos três contatos a

120° um do outro, e a curvatura da face de apoio de cada apalpador, rigorosamente aca- bada, não oferecem qualquer possibilidade de ser o instrumento posto no furo em coloca~ão excêntrica (f ig. 2).

Por outro lado, o conjunto é de tal forma projetado que estão eliminados quais- quer erros que pudessem resultar de ajustes.

O sistema de fricqão assegura uma boa adaptação dos apalpadores à parede do furo, pois limita a pressão. Afasta, além disso, a

Page 18: 07 - Usinagem

Fig. 5 - Micrômetro de arco profundo. Serve para medições de espessu+a de bordas ou par- tes salientes das peças.

b

FBLHA DE ' FRESADOR MICROMETROS PARA DIFERENTES USOS INFORMAÇAO 10.9 TECNOL6QlCA

Para diferentes usos nas oficinas mecânicas, encontram-se variados tipos de micrô- metros, seja para medições em milímetros, seja para medições em polegadas.

TIPOS DE MICRUMETROS

As figs. 1 a 6 apresentam alguns tipos especiais.

E>- . - - nos@ de nmsas m

Fig. 1 - Micrômetro para rôscas. As pontas da Fig. 2 - Micrômetro de profundidade. Con- haste e do encôsto são substituiveis, conforme forme a profundidade a medir, fazem-se os o tipo da rosca. acréscimos necessúrios na haste por meio de

outras t~aretas de comprimentos calibrados, fornecidas com o micrômetro (hastes de ex- tensão).

&D - c.

Fig. 3 - M i c r h e t r o de medidas internas, tubulares, de dois 'contatos. É fornecido com hastes, para aumento da capacidade de me- dição.

Fig. 4 - Micrômetro de medidas internas de três contatos. É conhecido pela denominação de "Imimo". Facilita a colocação exata no centro e no alinhamento do furo. Possibilita a medição do diâmetro de furos em diversas profundidades. É de grande precisão.

Fig. 6 - Micrômetros para grandes medições.

Éste micrômetro é usado para nzedições em trabalhos de usinagem pesada, para a medição de peças de grandes diâmetros, por exemplo, 275 a 300 m m - 400 a 500 mm, etc. As pontas da haste e do encôsto podem ser mudadas, para dar as medidas prdximas dos diâmetros a verificar.

I 113

Page 19: 07 - Usinagem

Fig. 7 - Medição da espessura de u m bloco. Fig. 8 - Medição do diâmetro de uma rôsca.

- -- -- --- - - -

I - . - - - "-

FBLHA DE FRESADOR MICR~METROS PARA DIFERENTES USOS INFORMAÇAO 10,10

TECNOLÓGICA L

USOS DO MICR6METRO

As figs. 7 a 13 mostram alguns exemplos.

Fig. 9 - Medição da profundidade de uma Fig. 10 - Uso do "Imicro" (três contatos) na ranhura com o micrômetro de profundidade. medição de u m diâmetro interno.

7

Fig. 11 - Medição de u m diânzet~o com o micròmetro tubular.

Fig. 12 - LTso do nzic~dnzetro de gl ande capa- Fig. 13 - Uso do micrômefro de arco pro- cidade para medir os diâmetros de uma peça fundo, numa medição de parte saliente. montada n u m tôrno.

14

Page 20: 07 - Usinagem

EXEMPLOS DO USO DO IMICRO

1

RETIFICADOR MICROMETRO DE TRÊS CONTATOS, FBLHA DE I PARA FUROS. ("IMICRO) INFORMAÇAO 4.2 I . TECNOL6GICA .

influência de desigual pressão manual do operador. Os pinos de contatos são tempera- dos :e retificados e não há pràticamente des- gaste das suas faces, pois o instrumento não exige movimehtos para ã sua adaptasão no furo.

A forma do "~micro" e as condições especiais da sda construção e do seu manejo, dão-lhe, em resumo, as seguintes vantagens:

1) Permite leituras de alta precisão, da ordem de 0,005 mm.. ~ u a n d o graduado para po- legadas tem aproximação de 0,0002".

2) Permite colocação exata no centro do fu. ro, coincidindo o seu eixo geométrico com o eixo geométrico do furo.

3) Possibilita a medição dos diâmetros em di- Fig. ./ versas profundidades do furo.

5) O sistema de contato por fricção evita exa- 4) Permite a medição dos diâmetros de re- gerada pressão manual do operador ao to-

1 baixos internos n u a furo. mar a medida.

I

A fig. 4 mostra a medição do diâmetro estalidos característicos do contato suave das de um furo feito num flange. O operador faces dos apalpadores na superfície do furo. gira o botão de fricção, até que se dêem os

I

$0

QUESTIONARIO

1) Que é o "Imicro" e para que serve?

2) Com o auxílio de uma figura de catálogo, explique o funciona- mento do "Imicro". Qual a aproximação em milímetros? Como é conseguida?

3) Cite as vantagens que oferece o "Imicro" no controle de furos.

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As necessita o mecânico trans- nomina-se Suta. É comum chamar-se também portar ou verificar um ângulo, na tarefa que o instrumento de "falso esquadro". Deve-se po- está executando. O instrumento que lhe per- rém evitar tal denominação. mite êsse transporte, ou essa verificação, de-

A SUTA

421 1

Fig. 1

I

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL~GICA

h

AJUSTADOR

O tipo mais comum de suta é o apre- sentado na figura 1. O instrumento compõe- se de duas peças principais, ambas de aço (a Base e a Lâmina), sendo suas bordas tempera- das, paralelas e retificadas, e de uma Porca borboleta, com a respectiva arruela, para a fixação das peças principais. Dois rasgos lon- gitudinais, um na lâmina, outro na base, per- mitem variadas disposições de uma peça em relação à outra.

SUTA

nada de ângulo, afrouxa-se ligeiramente a bor- boleta, desliza-se a lâmina, faz-se a sua aber- tura em relação à base. Em seguida, adapta-se o instrumento ao ângulo, seja êle um ângulo de duas faces de uma medida padrão ou de um transferidor. Aperta-se, em seguida, a bor- boleta, tendo-se, nesse momento, o cuidado ne- cessário para que não haja qualquer desloca- mento, capaz de falsear a medida tomada. Fica assim a suta transformada em um instru- mento de verificação de um determinado ân-

Para se tomar uma abertura determi- gulo da peça, no ialor que foi fixado.

OUTROS TIPOS DE SUTA

As figuras 2 a 5 mostram outros tipos lizamento da lâmina. A da fig. 3, semelhante . de suta. A da figura 2 é uma suta de articula- à da figura 1, apresenta, como particularida- ção simples: não há rasgo na base para o des- de, lâmina bem mais longa que a base.

Fig. 2 Fig. 3

MEC - 1965 - 15.000 191

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AJUSTADOR FOLHA DE

SUTA INFORMAÇÃO 4212 TECNOL6GICA

A da figura 4 é uma suta de lâmina mina (com um rasgo longitudinal) e a base angular, muito usada para a verificação de são articuladas por meio de uma outra lâmi- dentes inclinados nas engrenagens' e para cô- na com rasgo e duas borboletas. nicos. A da figura 5 é uma suta dupla: a 1â-

Fig. 4 . ,

Fig. 6

EXEMPLOS DO USO DA SUTA

Fig. 7 Fig. 8

A suta comum na verificação de A suta comum aplicada a uma A suta dupla verificando o ângulo um perfil oitavado. ponta cônica. de um perfil sextavado.

Fig. 9

A suta comum usada no traçado de retas paralelas.

QUESTIONARIO

1) De que material é a suta?, Caracterize as partes da suta.

2) Como a suta pode traçar retas paralelas?

3) Para que serve a suta? Como funciona?

4) Exemplifique dois usos da suta.

'2 MEC - 1965 - 15.00

Page 23: 07 - Usinagem

li Apalpador w Fig. 1

Fig. 2

.. FRESADOR

O comparador, também chamado Re- locamento imperceptível do apalpador, por lógio Comparador, Comparador de Quadran- exemplo 1 centésimo de milímetro, corres- te ou Amplificador, apresenta vários tipos, ponde o deslocamento do ponteiro de 1 divi- dos quais são de uso muito frequente os com são do mostrador. Todos os modelos têm o mecanismo de engrenagens e cremalheira mostrador móvel, para que se possa fazer a (figs. 1 e 2). Em qualquer deles, a um des- coincidência do "O" (zero) com o ponteiro.

COMPARADOR COM AMPLITUDE DE 10 mm (fíg. 1)

Mostrador dividido em 100 partes pador). A cada volta do ponteiro grande, o iguais. O ponteiro grande pode dar o máximo ponteiro pequeno avanqa uma divisão do de 10 voltas (10 mm de deslocamento do apal- mostrador pequeno.

COMPARADOR COM AMPLITUDE ACIMA DE 1 mm

Menor que 10 mm - A fig. 2 exem- 50 partes iguais, correspondendo cada parte plifica o de 3 mm. Mostrador dividido em a 1 centésimo de milímetro.

EWNL*IQNAMENTQ DO WL6GIQ CDMPBRB230R I33 WGUMAGFLNS E +3UZM#URELM

O mecanismo do comparador é de grande sensibi- lidade. Uma pressão no apalpador, por mais leve que seja (deslocamento de centésimos de milímetros), faz o pon- teiro girar no sentido positivo (+). Cessada a pressão (des- locamento contrário do apalpador), o ponteiro gira no sentido contrário (-).

A fig. 3 apresenta, como exemplo, 'um comparador de mecanismo bem simples, para que se compreenda fàcil-

Fig. 3

6 1

FoLHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA

COMPARADOR CENTESIMAL (TIPOS USUAIS - FUNCIONAMENTO -

MONTAGEM) 3.8

Page 24: 07 - Usinagem

COMPARADOR CENTESJMAL FBLHA -DE

FRESADOR (TIPOS USUAIS - FUNCIONAMENTO - INFORMAÇAO MONTAGEM) TECNOLóGICA

3.9 I

mente o funcionamento. O mostrador é de 100 divisões.

Tendo a cremalheira da haste do apal- pador o passo de 1 mm, quando o apalpador se desloca de 1 mm, resulta:

O pinhão R1 (de 15 dentes) avança 1 dente;

A roda R2 (de 45 dentes) avança 3 den- tes;

O pinhão R3 (de 12 dentes) avança i/4 de volta;

A roda R4 (de 40 dentes) avança 10 dentes;

O pinhão R5 (de 10 dentes) dá uma volta completa, e também o ponteiro, que a êle está prêso.

A mola espiral da roda R6 mantém todo o mecanismo sob tensão, fazendo com que o ponteiro e o apalpador voltem às suas posições primitivas, quando cessa a pressão sobre a ponta do apalpador. Vê-se que, se o apalpador se deslocar apenas de 0,Ol mm, o ponteiro só avançará de 1 divisão no mos- trador.

MONTAGENS USUAIS DQ CjOMPARADOR

Em suporte comum (fig. 4), em mesa de medição de alta precisão (figs. 5 e 6) e em base magnética (fig. 7).

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

PRECAUÇÃO IMPORTANTE

Fig. 7

O instrumento é sensível e a amplitu- mitam o mínimo possível de deslocamento de do giro do ponteiro é limitada. Deve-se, da ponta do apalpador. portanto, procurar sempre condições que per-

CONSERVAÇÃO DO COMPARADOR

1) Evitar que o instrumento sofra choques. 4) Observar sempre as instruções do fabri- 2) Guardá-lo sempre em estojo. cante quanto à lubrificação. 3) Ao montá-lo no suporte, verificar o apêrto

de todos os para£usos.

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RETIFICADOR C O M P A W O R CENTESIMAL F6LHA DE (FINALIDADES DO SEU USO) INFORMAÇAO TECNOLÓGICA

2.3

Para verificar, por comparação, o pa- ferenças de medidas em relação a uma me- ralelismo de duas superfícies, ou um alinha- dida-padrão, o mecânico usa o comparador. mento, ou a excentricidade, ou, ainda, as di-

I

I COMPARADOR (figs. 1 e 2)

É um instrumento de grande precisão e sensibilidade. Tem, geralmente, o aspecto de um relógio. Pelo movimento de um pon- teiro, num mostrador dividido em 100 partes iguais, o comparador acusa desvios ou dife- renças de medidas da ordem de CENTÉSIMOS DE MILÍMETRO.

Qualquer pressão, por mínima que se- ja, na ponta ou no apalpador, faz com que êste se desloque e o ponteiro, girando no mostrador, indica o deslocamento em centé- simos de milímetro.

1 .O) Verificação do paralelismo das faces pla- nas de uma peça (fig. 3).

O contato do apalpador, em diferentes pontos da face superior da peça, faz com que o ponteiro se desloque e dê os valores das diferenças das alturas.

2 . O ) Verificação do paralelismo da base da morsa na retífica ou na 'fresadora.

. A fig. 4 mostra o caso da plaina.

3 . O ) Verificação da excentricidade de uma peça montada na placa do torno. A fig. 5 dá um exemplo de verificação externa. A fig. 6 mostra u m caso de verificação interna.

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RETIFICADOR COMPARADOR CENTESIMAL FBLHA DE (FINALIDADES DO SEU USO) . TECNOLÓGICA INFORMAÇÁO 2.4

4.O) Verificação do alinhamento das pontas to do .carro, darão desvios do ponteiro, se as de um torno (fig. 7). p~ntas não estiverem alinhadas.

A peça colocada entre pontas é um eixo rigorosamente cilíndrico com a superfi- 5.O) Verificação de medidas, comparando-as cie e os centros retificados. Os contatos do ' com medidas-padrão. As fie. 8 e 9 apre- apalpador com êste eixo, durante o movimen- sentam um exemplo.

Fig. 8

Coloca-se a medida padrão sobre uma mesa de medição, por exemplo, blocos de aço de medidas precisas, denominados blocos-pa- drão, dando o total de 50 mm + 3,5 mm + + 1,4 mm = 54,9 mm.

Com ligeira.pressão, põe-se o apalpador em contato com a face superior da medida padrão (fig. 8). O ponteiro se desloca de al- guns centésimos na direção da seta. Como o mostrador do comparador é girante, faz-se o "traço zero" coincidir com o ponteiro.

Retiram-se da mesa os blocos da medi- da-padrão. Em seguida, coloca-se a peça cuja medida se quer verificar, sobre a mesa e em contato com o apalpador (fig. 9). Se o pon- teiro se deslocou, por exemplo, de 5 centési- mos, na diresáo da seta, isto significa que a Se o deslocamento do ponteiro fosse no ' medida da pega é 54,9 mm + 0,05 mm = sentido contrário ao da seta de, por exemplo, = 54,95 mm, ou seja, 5 centésimos de milí- 3 centésimos, a peça teria medida menor que metro mais que a medida-padrão. o padrão: 54,9 mm - 0,03 mm = 54,87 mm.

Fig. 9

QUESTIONARIO

1) A que medida corresponde uma divisão do mostrador no com- parador?

2) Para que serve o comparador? Cite exemplos.

3) Que é o comparador centesimal?

4) Por que meio o comparador acusa diferenças ou desvios de medidas? Qual a ordem de grandeza dessas diferenças?

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MEC - 1965 - 15.000

- - -

AJUSTADOR

O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa, para medir ou verifi- ou verificar ângulos nas peças que executa: a car ângulos, é um Goniômetro ou Transferi- fim de usinar ou preparar determinadas su- dor. perfícies com o rigor indicado pelos desenhos.

\ MEDIGÃO DE UM ÂNGULO

A medição ou verificação de um ângu- é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer 10 qualquer, numa peça, se faz ajustando-o em 360 partes iguais, o ângulo central corres- entre a régua e a base do goniômetro. Êste pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau. instrumento possui graduações adequadas, O grau se divide em 60 minutos de ângulo e que indicam a medida do ângulo formado pela o minuto se divide em 60 segundos de ân- régua e pela base, e, portanto, do ângulo da gulo. Os símbolos usados são: grau ( O ) , minu- Peça- to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se

A unidade prática de medida angular lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

CONIQMETRO

Em geral, o goniômetro, ou instrumen- dro universal, que possui mais duas peças (es- to de medida angular, pode apresentar, ou um quadro de centrar e esquadro com meia es- círculo graduado (360°), ou um semi-circulo quadris). graduado (1800), ou um quadrante graduado O fixador prende o disco graduado e a (90°). Praticamente, 1 grau é a menor divisão regua. O alinhamento dos traços extremos do apresentada diretamente na graduação do go- disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da niômetro. Quando possui vernier, pode dar aproximação de 5 minutos. O goniômetro de régua. No arco, encontra-se um traço "0" de

alta precisão aproxima até 1 minuto. referência. Quando a base é perpendicular à

Um tipo de goniômetro muito usado borda da régua, a referência "0" do arco coin- na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). cide com O "90°" do disco. Quando a base é Suas duas peças fazem parte de um conjunto paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco denominado Esquadro combinado ou Esqua- coincidem.

Troco de referCncio ("O')

Rlgua graduo

Flg. I - Transferidor universal.

Ângulo que se lê n a figura: 50° ( o u o suplemento 1300).

,

GONI~METRO E TRANSFERIDOR FBLHA DE

INFORMAÇAO TECNOL6GICA

L

431 1

Page 28: 07 - Usinagem

Fig. 4

EXEMPLOS DE USOS DE GONIBMETRO E DO TRANSFERIDOR

-- -- I

I

Ranhura

Para usos comuns, em casos de medi- No transferidor indicado na fig. 4, a 1â- das angulares que não exijam extremo rigor, mina, além de girar na articulação, pode des- o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura. iples (figs. 2, 3 e 4).

As figs. 5 a 7 apresentam alguns casos.

AJUSTADOR

Fig. 7

CARACTERÍSTICAS DO BOM GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR

F6LHA DE ~NFORMAÇAO TECNOL6GICA

GONIBMETRO E TRANSFERIDOR

1) Ser de aço inoxidável.

43/2

2) Apresentar graduação uniforme, com tra- ços bem finos e profundos.

3) Ter as peças componentes bem ajustadas.

4) O parafuso de articulação deve dar bom apêrto e boa firmeza.

CONSERVAÇÃO DO GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR

1) O goniômetro deve ser manejado com todo o cuidado, evitando-se quedas e choques.

2) Evite ranhuras ou entalhes que prejudi- quem a graduação.

4) Guarde-o em estojo próprio.

5) O goniômetro deve ser aferido, isto é, de- vem ser comparadas diferentes aberturas com ângulos padrões precisos.

3) Faça completa limpeza, após o uso, e lu- brifique-o com 6le0 fino.

QUESTIONARIO

1) Quais são as características do bom goniôrnetro ou transferidor?

2) Que é grau? Que é minuto de ângulo? Que é segundo de ângulo?

3) Para que serve o goniômetro ou transferidor?

4) Qual é a menor divisão angular de um transferidor ou goniôrnetro?

5) Quais as condições de conservação do goniômetro ou transferidor?

6 ) Como o mecânico mede um ângulo de uma peça com o goniômetro ou transferidor?

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F6LHA DE RETIFICADOR GONIOMETRO COM VERNIER INFORMAÇAO

TECNOLóGICA 3.3

- Para medir um ângulo com aproximação até 5 minutos, usa-se na oficina o Goniô-

metro de Vernier.

GONIOMETRO COM VERNIER (figs. 1 e 2)

É um instrumento medidor de ângulos, o nome de Goniômetro a êste tipo de ins- de precisão, e feito em geral de aço inoxidá- trumento. Os demais, quase sempre, são cha- vel. Em mecânica, reserva-se particularmente mados de transferidores.

P

I

Fig. 1 - Goniômetro com Vernier

Fig. 2 Lâmina pequena

É colocada e m lugar da lâmina grnnde, e m casos especiais de me- diqões de ângulos.

O disco graduado e o esquadro formam com uma das bordas do esquadro, aos lados uma só peça. O disco graduado apresenta ou às faces do ângulo que se quer medir. A quatro graduações de O0 a 90°. O articulador posição variável da lâmina em torno do disco gira com o disco do vernier e, em sua extre- graduado permite, pois, a medição de qual- midade, há um ressalto adaptável à ranhura quer ângulo e o vernier aproxima esta me- da lâmina. Estando fixado o articulador na dição até 5 minutos de ângulo. lâmina, pode-se girá-la de modo a adaptá-la,

USOS DO GQNIUMETRO

As figs. 3 a 6 dão exemplos de diferentes medições de ângulos de peças ou ferramentas, mostrando variadas posições da lâmina e do esquadro.

A fig. 7 apresenta um goniômetro mon- tado sobre um suporte, que facilita a medição de ângulos, pois sua base se apóia sobre uma superfície de referência (a do desempeno, por exemplo).

Fig. 3

I Fig. q

Page 30: 07 - Usinagem

Fig. 9

F6LHA DE RE?'IFICADOR GONIOMETRO COM VERNãER INFORMACÁO 3.4

TECNOL6GICA I

EXPLICAÇXO DO VERNIER DE 5 MINUTOS

A medida total do vernier (fig. 8), de Ora, 2 graus correspondem, em minu- cada lado do "zero", é igual à medida total tos, a 2 O X 60' = 120'. de 23 graus do disco graduado. Resulta que CADA DIVISÃO do vernier

O vernier apresenta 12 divisões iguais: tem menos 5 minutos do que DUAS DNISÕES 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60. do disco graduado. A partir, portanto, de tra- Então, cada divisão do vernier vale 115 mi- ços em coincidência, a l.a divisão do vernier nutos porque dá a diferença de 5 minutos, a 2.a divisão dá 23O t 12 = (23 X 60') m i n s 12 = 1380'+ 10 minutos, a 3.a dá 15 minutos, etc. + 12 = 115'.

LEITURA D o GONIOMETRO COM VERNIER DE 5 MINUTOS (fig. 9)

O "zero" do vernier está entre o 24 e traço do disco graduado. Resulta a leitura '

o 25 do disco graduado (24O). O 2 O traço completa: 24O10'. Outros exemplos de leitu- da vernier (2 X 5' = 10') coincide com um ras estão nas figuras 10, 1 1 e 12.

-.

Fig. 1 0 Fig. 1 2

Le i tura: 90 2W Le i tura: 300 5'

Fig. 14

Fig. 11

Le i tura: 510 15'

EXERCÍCIO

1 - Faça as leituras das figuras 13 e 14

Page 31: 07 - Usinagem

A planeza das faces das peças verifica- se por meio de réguas ou planos de controle. Os ângulos entre faces podem ser verificados por esquadros, goniômetros ou transferidores. Quando, entretanto, o mecânico necessita executar uma peça com um perfil complexo como, por exemplo, o da fig. 1, não bastam os recursos citados.

Há curvaturas e formas especiais cujo rigor tem que ser controlado durante a exe- cução da peça, sem o que ela irá apresentar defeitos e não poderá ser utilizada.

Em tais casos, o mecânico será obriga- do a utilizar modelos ou moldes exatos de partes do perfil. Muitas vêzes, terá mesmo que confeccionar, antes da execução da peça, um ou mais moldes do perfil. Com êsses ins-

trumentos auxiliares de controle, estará então habilitado a verificar a forma que vai dando à peça, em obediência aos desenhos orienta- dores da sua execução. Tais moldes ou mo- delos são chamados gabaritos.

AJUSTADOR

Fig. 1

FBLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

GABARITOS

GABARITOS PADROES (COMERCIAIS)

261 1

Para curvaturas em arcos de circunfe- rência, de raios determinados, ou para ângu- los, de aberturas determinadas, encontram-se no comércio gabaritos padrões, já prontos, constituídos de pequenas lâminas de aço iso- ladas (figs. 2 e 3), em estojo (fig. 4), ou em "canivetes" (figs. 5 e 6). Os gabaritos dos ti- pos mostrados nas figs. 2, 3, 4 e 5 são também chamados verificadores de curvaturas ou veri- ficadores de raios. Os da fig. 6 são mais co- nhecidos como verificadores de ângulos.

Consiste o uso dêsses gabaritos em pô- 10s em contacto com a curvatura ou o ângulo

que se quer verificar. Escolhe-se a lâmina adequada a cada verificação, pela indicação (que tem gravada) .do raio de curvatura ou do ângulo.

Verifica-se se há ou não coincidência dos perfis da peça e do gabarito, observando- se o contacto contra a luz. Se não passa lumi- nosidade, está perfeita a coincidência. Se pas- sa luz, há frestas correspondentes a irregula- ridades no perfil da peça. Estas vão sendo corrigidas por meio de verificações e retoques sucessivos.

Fig. 2

Fig. 4 EstGjo de gabaritos de

curvaturas.

Fig. 3

Fig. 5

Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 127

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F6LHA DE AJUSTADOR GABARITOS INFORMAÇÃO 2612

TECNOLóGICA

GABARITOS ESPECIAIS (EXECUTADOS EM CADA CASO)

O exemplo dado na fig. 1 reaparece na Para melhor compreensão, os contor- fig. 7, para melhor esclarecimento. Como se nos de contacto dos gabaritos foram mostrados trata de um perfil de forma irregular, deve em traços mais fortes na fig. 7. o mecânico fazer o trabalho preliminar de execução dos gabaritos, recortando-os e dando- lhes acabamento preciso. Os gabaritos são placas de aço dos tipos A, B, C e D da fig. 7. Para obter os contornos de contacto, o mecâ- nico recorre ao desenho da peça, em cujas vistas encontra os raios de curvatura, os ân- gulos e as cotas necessárias. Transporta êsses elementos para a chapa, por meio de traçado. Recorta os contornos traçados. Dá-lhes, por fim, cuidadoso acabamento, por meio de

0

limas de diferentes tipos e também, muitas vêzes, usando um raspador. Fig. 7

)

GABARITOS DIVERSQS

O ferreiro, o serralheiro e o caldeireiro usam como gabarito uma peça inteira, exe- usam com frequência gabaritos para confeccio- cutada cuidadosamente em primeiro lugar narem as suas peças. A maioria dêsses gaba- (exemplo: ornatos, peças curvadas, etc.). Na ritos é de chapa. confecção das demais peças iguais, vai o ope-

Podem ser de dois tipos: 1) chapas re- rador dando-lhe formas sucessivas, cada vez cortadas 2) simples traçados sôbre chapas. mais aproximadas do gabarito, até atingir Por vêzes, entretanto, em trabalhos seriados, aquela que com êle coincida.

I I28 MEC - 1965 - 15.000

QUESTIONARIO

1) Em que se baseia o mecânico para fazer um gabarito?

2) Para que serve um gabarito? Cite os seus tipos.

3) De um modo geral, como o mecânico faz um gabarito?

4) Que são os gabaritos padrões encontrados no comércio?

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No preparo das ferramentas de corte, com ranhuras ou recortes em ângulos rigoro- usa o mecânico, com frequência, Verificado- samente talhados nas bordas. res de Ângulos. São placas de aço temperado,

MODO DE USAR

7.3

É simples o processo de utilizar um verificador de ângulos. Consiste ape- nas em colocar o ângulo padrão do veri- ficador em contacto com o ângulo que se quer medir na ferramenta, verificando se êsse contacto se faz com rigor. É o que mostra a fig. 1: verificação do ângulo de uma talhadeira para cortar aço de baixo teor (60°). Se a talhadeira se destinasse ao corte de metal diferente, a verifica550 do ângulo se faria em um dos outros en- talhes, tendo em conta que a experiência indica o ângulo de 65O para o aço duro,

FÔLHA DE I NFORMACAO TECNOLÓGICA

TORNEIRO MECÂNICO

-

o de 'O0 para bronze e ferro fundi- Fig. 1 - Verificador de k n , ~ u l o de talhadeiras e brdarnes. do; e o de 50° para o cobre.

VERIFICADORES DE ÂNGULOS

VERIFICADORES DE ANGULOS, DE LAMINAS

ARTICULADAS

O da fig. 2 contém dois jogos de lâmi- nas: as da direita verificam ângulos de 2 O - 40 - 60 - 80 - 120 - 200 - 300 - 450; as da esquerda verificam ângulos de l0 - 3O - 5O - 10° - 14O - 15' - 25O 35'.

A fig. 3 mostra o uso de uma das lâmi- nas, na verificação de um ângulo chamado ângulo de folga ou de incidência, nas ferra- mentas de corte de torno e plaina.

Se há contato exato entre o fio da 1â-

I mina e o topo da ferramenta, o ângulo que se verifica está correto.

I A base da ferramenta e a aresta da 1â- mina devem ficar bem assentadas sobre um

Fig. 2 - Verificador de ângulos.

plano.

Fig. 3 - Verificação d o n"ngulo d e u m a ferramenta de plaina ou tôrno.

I I MEC - 1965 - 1 5.000 123

Page 34: 07 - Usinagem

TORNEIR0 FOLHA DE

MECÂNICO VERIFICADORES DE ÂNGULOS INFORMACAO

TECNOLÓGICA 7.4

i

TIPOS DIVERSOS DE VERIFICADORES DE ÂNGULOS

As figuras abaixo apresentam alguns verificadores para diferentes usos.

Fig. 4 - Verificador de ângulos universal para ferramentas de tôrno, brocas, porcas sextavadas.

Fig. 6 - Verificador de ângulo de broca.

Fig. 9 - Verificador de ângulos diversos de ferramentas de corte para plaina e tôrlio.

10 - Verificador de dngu- 10s de 1200 ou verificador de

perfil sextavado.

Fig. 5 - Verificador de ângulos de ferramentas para roscar.

Eig. 7 - Vista da face anterior.

Fig. S - Vista da face posterior.

Verificador de ângulos de ferranzen- tas de tôrno para rôscas triangulares. ( A s escalas medem os números de fios por polegada da rosca).

Fig. 11 - Verificador de ângu- los de 13j0 o u verificador de

perfil oitavado.

'

Os verificadores de 120° e de 135O se rado chamá-los de "esquadro de 120°" e "es-

I usam, em geral, para ângulos de peças. É er- quadro de 13506'.

I I MEC - 1965 - 15.000

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TORNEIRO FOLHA DE CALIBRADORES DE ROSCAS INFORMAÇÃO 15.7

MECÂNICO . TECNOL~GICA r

A produção em série exige que todas as peças fabricadas sejam verificadas com o máximo rigor. Essa verificação abrange não sòmente as dimensões e o acabamento, mas ainda outros aspectos da execução que possam influir no'ajuste, quando as peças tivei-ciii tle ser montadas no conjunto mecânico no qual

Nos conjuntos sujeitos a .ajustes é fre- quente a existência de peças roscadas, cuja confecção deve ser verificada com todo o cui- dado, sem o que não poderão ser aproveitadas, perdendo-se, pois, tempo, dinheiro e material.

irão funcionar.

CALIBRADORES DE ROSCAS

Fig. 1 Fig. 2

O ajuste de partes roscadas, como a de partes lisas, compreende peças "machosJ' (as de roscas externas) e peças "fêmeas" (as de roscas internas). Nestas últimas, as primeiras devem penetrar, por meio de giro, obedecen- do a certas normas padronizadas, que prevêem uma folga máxima e uma folga mínima para que o conjunto possa funcionar bem.

Além disso, se as roscas (tanto internas como externas) têm dimensões e acabamento que as situam dentro dos limites máximo e mínimo, resultará a possibilidade do uso de qualquer das peças "machos" com qualquer das peças "fêmeas". Então, as peças em tais condições são intercam biáveis. Isso significa qiie qualquer parte "fêmea" pode ser trocada por outra "fêmea" das mesmas especificações, assim como qualquer "macho" poderá ser em- pregado em lugar de outro, sem que o fun- cionamento do conjunto mecânico sofra qual- quer alteração.

Quando isso acontece, as peças estão dentro da tolerância, isto é, entre o limite máximo e o limite minimo especificados para a ajustagem.

Um dos processos usuais e rápidos de verificar rôscas consiste no uso dos Calibra- dores padrões de rôscas. São peças de aço, tem- peradas e retificadas, obedecendo às dimen- sões e condições de execução de cada tipo de rdsca (figs. 1 e 2). O verificador de rôsca mos- trado na fig. 1 é um tipo usual de Calibrador

de anel e controla rosca externa. O verifica- dor da fig. 2 é o modêlo comum do Calibra- dor tampão de rôsca, servindo ao controle de rôsca interna.

A extremidade de rosca mais longa do calibrador tampão (fig. 2) verifica o limite mínimo: ela deve penetrar suavemente, sem ser forçada, na rosca interna da peça que está sendo controlada. Diz-se que ela passa. A ex- tremidade de rosca mais curta (à direita, na fig. 2), não passa na rosca que se estiver veri- ficando; ela verifica o limite máximo.

Quanto aos calibradores de anel, com um dos tipos se faz rigorosamente o controle de um dos limites da rosca externa executada na peça: êle passa. O outro calibrador de anel verifica o outro limite: não passa.

As canaletas ou ranhuras que existem em ambos os tipos de calibradores, de tam- pão e de anel, servem para coletar os cavacos ou sujeiras que estejam aderidos aos filêtes das roscas, à medida que se dá a penetração durante a operação de controle. De qualquer forma, é conveniente limpar cuidadosamente as rôscas, quer nas peças, quer nos calibrado- res, antes de iniciar o trabalho de verificaqão.

Quando o calibrador já estiver adap- tado na peça, deve-se sempre verificar se há esquadro entre um e outro. Se isso não acon- tecer, ou o furo está com o eixo inclinado ou foi executado incorretamente.

MEC E- 1965 - 15.000

Page 36: 07 - Usinagem

I TORNEIRO FBLHA DE

MECÂNICO CALIBRADORES DE ROSCAS INFORMAÇÃO 1 5.8 TECNOL6GlCA

O calibrador não pode oscilar ou apre- Outro verificador adequado, e de mui- sentar-se frouxo durante o controle, pois, se to uso, mas sòmente para roscas externas, é o isso se der, a folga é exagerada, não estando, Calibrador de bôca de roletes (figs. 3 e 4). As pois, a rosca dentro dos limites de tolerância vantagens dêste calibrador sobre o calibrador desejados. de anel são:

1) permite uma verificação mais rá- pida;

2) não há desgaste, pois os roletes giram suavemente contra a rôs- ca ;

3) permite a regulagem exata con- forme a tolerância;

4) uso de um só calibrador para vá- rios diâmetros, uma vez que o

instrumento é ajustável.

CALIBRADORES COMUNS

QUESTIONARIO

1) Que são peças intercambiáveis? Quando estão as peças dentro da tolerância?

2) Que são os calibradores tampão de rosca? Quais as suas particularidades?

3) Que são os calibradores de rosca de anel? Um só verifica o máximo e o mínimo?

4) Que são os calibradores de rosca de roletes? Quais as suas vantagens3

Fig. 3 Fig. 4

Quando não se exige que as roscas se- a rosca de uma porca, dentro das especifica- jam executadas com grande precisão e não se qões e medidas do desenho, a porca será o trata de produção em grande série, o proces- calibrador. O mecânico abre as roscas corres- so comum é calibrar uma das peças por meio pondentes em diversos parafusos e controla a de outra ("macho" com "fêmea" ou vice-ver- ajustagem usando a porca. sa). Por exemplo, preparada cuidadosamente

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I NOÇõES DE TOLERÂNCIA DE MEDIDAS

Modernamente, na indústria mecânica, o técnico ou o operário encontra com fre- quência - nos desenhos ou nas ordens de serviço - certas medidas das peças, acompa-

nhadas de algarismos adicionais precedidos de um dos sinais "mais" ou "menos", ou de ambos.

Em tais casos se diz que qualquer des- cota nominal. Os números em algarismos me- sas medidas fixa uma tolerância de fabricação nores precedidos de sinal, representam os ou uma tolerância de usinagem. O número limites da tolerância admitidos para a usina- principal, em algarismos maiores (nos exem- gem, em relação à cota nominal. plos acima: 45, 63, 200, 63 e 450) indica a

Exemplo - A medida com tolerância 200 admite dois limites:

1.O) Superior: 200 = 200,000 mm + 0,016 mm = 200,016 mm

2.O) Inferior: 200 = 200,000 mm - 0,013 mm = 199,987 mm de tal modo que a diferença entre os dois limites tem o valor:

POR QUE A INDÚSTRIA MECANICA MODERNA NECESSITA DA TOLERÂNCIA NA FAIBRICAGAO

Por três motivos principais: isto é, peças por assim dizer idênticas, com formas e medidas tão aproximadas entre si, que umas se substituem às ou- tras sem que o conjunto mecânico, no qual venham a ser montadas, sofra qual- quer alteração no seu funcionamento.

1.O) Máquinas, numerosos aparelhos, enfim conjuntos mecânicos os mais variados só funcionam bem e se conservam por longo tempo quando suas peças se ajustam bem, ou seja, quando têm entre si uma folga ou um apêrto, controlados por me- dições rigorosas.

3.O) Uma medida exata, que seja rigorosa- mente a cota nominal indicada no pro- jeto ou no desenho, é difícil de se obter na prática, pelas seguintes causas, que pr~duzem êrros inevitáveis:

a) Imperfeição dos materiais ou das ferra- mentas;

b) Desgaste das ferramentas ou folgas nos órgãos das máquinas;

c) Maior ou menor habilidade do operador que executa a peça;

d) Imperfeição dos métodos, instrumentos ou aparelhos de verificação.

2.O) Uma característica importante da indús- tria moderna é a produção de peças em série, isto é, em grandes quantidades, para que o custo do produto possa ser o menor possível. Como conseqüência dessa necessidade econômica, surgiu, ães- de o início do século XX, êsse novo método de produção. Por tal sistema, tô- das as peças executadas mediante um projeto, um desenho ou uma ordem de serviço, se tornam peças intercambiáveis,

DEFINIÇãO DA TOLERÂNCIA

De um modo geral, segundo o estado 2) Usinadas, que são as trabalhadas por ferra- exigido para as suas superfícies, as peças exe- menta de corte, mas livres; cutadas ém mecânica são de um dos três gru- 3) Ajustadas, que são usinadas, mas devem pos seguintes: ter contato com outras superfícies usina- 1) Brutas, isto é, não trabalhadas por uma das, com maior ou menor folga ou aperto.

ferramenta de corte;

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Eixo Bucha com furo cllindrico

Pig. 3 Fig. 5

Barra priemdtioa

€!!i9 Pig. 2

aula com emalxe prisdtlao

Fig. 4 Fig. 6

E r r m ~ l o de um oiao

r

I' ' - -- - - C

FRESADOR

A tolerância de fabricação só diz res- (figs. 3 e 4), por exemplo, uma bucha, um peito ao grupo das ajustadas - Um jogo de encaixe prismático. pesas ajustadas compreende duas partes: 1) A peça macho, que é a que se encaixa (figs. As figs. 5 e 6 apresentam dois conjun- 1 e 2), por exemplo, um eixo, um prisma; tos ou jogos de peças ajustadas: Fig. 5 - eixo 2) A peça fêmea, que é a que oferece encaixe e furo; Fig. 6 - prisma e encaixe.

O ajuste entre duas pesas pode ser (figs. 1 a 4): 1) com folga (Di > De); 2) com aperto (Di < De); 3) ajuste "exato" (hipótese que só se realiza por acaso).

Em qualquer dêstes casos, é necessário fixar uma dimensão máxima e uma dimensão minima, entre as quais a ajustagem das duas peças seja possbel.

Denomina-se tolerância (T) a diferença A IDEAL e a de max entre a cota máximo e a cota minima (fig. 7):

e D min:

Cota ideal (D max + D min) +- 2 T = D max-D min. Exemplo na

A COTA REAL é a medida que o medida operador obtém, quando realiza o acabamento

450 +;o,;; da peça. Se a cota real está entre o limite mdximo e o limite minimo, diz-se que a me- T = (450,000 + 0,020) - (450,000 -

- 0,020) = 450,020 - 449,980 = + 0,040 dida está dentro da tolerância.

- - -

NOÇUES DE TOLERANCIA DE MEDIDAS F6LHA DE

INFORMA- TECNOL661CA

10.2

Page 39: 07 - Usinagem

CALIBRADORES DE TOLERANCIA

Fig. I Calibrador tampão de tolerância rPASSAJ' - "NA0 PASSA").

-- P '

B FRESADOR NOÇÕES SOBRE PEÇAS INTERCAMBIAVEIS E S6BRE CALIBRADORES DE TOLERÂNCLA

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

Sendo pràticamente impossivel fabricar ficação das medidas dentro de tais limites tem peças que tenham medidas EXATAS, pode-se, que ser feita cuidadosamente durante a exe- entretanto, executá-las com medidas dentro cução. Para êsse controle se empregam instru- de certos LIMITES BEM PRÓXIMOS, indicados no mentos de medidas fixas, correspondentes aos projeto ou desenho. Nestas condições, a veri- limites.

PEÇAS INTERCAMBIAVEIS

A execução de peças intercambiáveis, 1) As mesmas peças são tôdas executadas com em mecânica, é a condição principal da pro- dimensões compreendidas entre um limite dução em série. As peças que têm medidas máximo e um limite mínimo. dentro de certos limites são intercambiáveis, 2) mesmas peças, de séries diferen- isto é, podem ser trocadas umas por outras, tes, podem ser montadas sem necessidade porque constituem conjuntos pràticamente de retoques. idênticos.

3) Quando desgastadas ou quebradas são r&- As peças intercambiáveis apresentam pidamente substituidas por peças corres-

as seguintes caracteristicas: pondentes de série diferente.

A intercambiabilidade exige precisão. Esta palavra deve ser entendida, não no sen- tido rigoroso de medida matemàticamente exata, mas sim de medida dentro de limites. A folga ou o apêrto entre peças que se ajus- tam é, frequentemente, de poucos centésimos de milímetro, ou menor ainda sendo portanto necessário o controle da precisão. O calibra- dor usado para verificar essa precisão se de- nomina Calibrador de Tolerância (figs. 1 a 6). É de aço duro, inoxidável, e tem duas medidas rigorosamente fixadas: máxima e mi- nima. Entre elas fica então a medida ideal, média do máximo e do minimo: Dideal = que é difícil de se obter exatamente. = (Dmax + Dmin) + 2. Explicou-se também

O calibrador tampão de tolerância da que a tolerância é a diferença entre Dmax e fig. 1, por exemplo, aplicado a uma bucha, Dmin. Resulta que, no caso exemplificado controla o rigor da medida do seu diâmetro. (fig. l), o diâmetro ideal é D = (50,030 mm + A extremidade cilindrica da esquerda, de 1- 50,000 mm) s 2 = 50,015 mm e a tolerân- diâmetro 50 mm + 0,000 mm, ou seja, . . . . . cia T = 50,030mm - 50,000 mm=0,030mm. 50,000 mm, deve passar através do furo da Se pràticamente fosse possivel, tôdas as peças bucha. Além disso, a extremidade cilfndrica intercambiáveis teriam a medida ideal. Não da direita, de diâmetro 50 mm + 0,030 mm sendo possivel, as peças são aceitas desde que ou 50,030 mm não passa através do furo da suas medidas estejam dentro dos limites da bucha. tolerância. Estes vêm indicados nos desenhos,

Em informação tecnológica anterior foi de acordo com as funções que as peças irão explicado que a dimensão ou cota ideal é a ter nas máquinas ou nos conjuntos mecânic~s.

107

1 0.3

I

I

1

f 1 I

1

i

I

Page 40: 07 - Usinagem

OUTROS 'TIPOS DE CALIBRADORES DE TOLERANCIA (figs. 2 a. 6)

Passo Ndo oossa

POSBO' 'NSQ parna

Fig. 2

Calibradores de tolerância, chatos, para eixos.

Calibradores de tolerância, chatos, para furos.

Fig. 4 Fig. 5

Corte Pr#ru traiwamu

Fig: 3

Calibradores de tolerância ajustúveis.

A - Passa (Nw pinos da brota)

Os pinor cilfbdricos podam s u ajustodos a ur tas tolarinJi1 Fig.

Os números e símbolos nas placas dos calibradores (por exemplo 125 H71SO) cor- respondem a medidas e tolerâncias estandardizadas de um sistema internacional. "ISO" significa International Sistem Organization.

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-- - 1 - -

' NORMALIZAÇÃO DAS TOLERANCIAS. FBLHA DE RETIFICADOR CONVENÇõES DO SISTEMA INTERNACIONAL INFORMAÇAO 21.1

"ISO" DE TOLERÂNCIAS TECNOLóGICA .

A intercambiabilidade das peças, que se tornou possível em virtude do estabeleci- mento das tolerâncias, teria um efeito restri- to se dependesse exclusivamente de certos padrões adotados em cada fábrica ou em cada região. Ora, os interêsses da indústria exigem frequentemente que as peças sejam fabricadas em um local e montados em outro, às vêzes distante, em país diferente. Por outro lado, é comum, na produção industrial, que uma certa emprêsa encomende a diversas outras,

L mediante um desenho ou projeto padrão, séries ou partidas de uma mesma peça.

Por tais motivos, verificou-se ser de grande vantagem, para atender a exigências técnicas e econômicas da indústria, que se criasse um sistema uniforme ou normalizado de tolerâncias de fabricação.

A partir de 1928, as tolerâncias passa- ram a obedecer ao sistema internacional nor- malizhdo "ISA (iniciais da International Standardizing Association). Em 1947, mu- dou-se a denominação do sistema para "ISO" (International System Organization).

ELEMENTOS CARACTERfSTICOS DO SISTEMA INTERNACIONAL "150" DE TOLERÂNCIAS

São dois os característicos fundamen- tais: 1) indice literal, correspondente à posi- 550 da tolerância em relação à linha "zero";

2) indice numérico, correspondente ao valor '

da tolerância, ou seja, definindo a. qualidade de fabricação.

ÍNDICES DE POSIÇÃO

1 Letras A a Z (maiúsculas) para as tole- para as tolerâncias dos eixos correspondentes. râncias dos furos e letras a a x (minúsculas)

Podem existir sistemas normalizados de tolerância baseados em "furo único" ou em "eixo ~inico". No primeiro caso, fixam-se as tolerâncias de uma categoria de furo (H, por exemplo) e com elas se relacionam as de vá- rios tipos de eixos. No segundo caso, fixam- se as tolerâncias de uma categoria de eixo e se variam, com relação a ela, as de vários tipos de furos.

É de uso generalizado o sistema de furo calibrado ~zormal H, no qual a diferença in- ferior do furo é nula, isto é, o diâmetro me- nor é igual à cota nominal. A figura apre- senta o gráfico simbólico do sistema, pelo qual se compreendem as posições, em relação à linha "zero" das diferentes ajustagens fvro Aleixo a, furo Bleixo b, furo c/eixo c, etc.

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- I '

- - . - - . --'-"~w-"- -- A NORMALIZACÃO DAS TOLERÂNCIAS. FBLHA DE I - . - - -- - I R E T I F I C A ~ ~ K 1 CONVENÇdES DB SISTEMA INTERNACIONAL NO^^$^ ( 21.2 1 . "ISO DE TOLERÂNCIAS I

I . < . . . Com o auxilio da figura, pode-se tam- principais tipos de ajustagem, relacionados

bém entender as especificações do quadro com os respectivos ándices de posição, no sis- abaixo, que indica, de um .modo geral, os tema de furo calibrado normal H.

I AJUSTAGQUI PURO ' EIXO

ROTATIVA DESLI WTE PoRçADA ~~ FORCADA &IA FORçADb DURA PBEPISADA

A-B-GD-E-F-C H J K

M-N

a-b-c-d-e-r-g h

1 k

m-n p-r-e-t-a-v.., 2 .

São números, de 1 até 16, que se rela- ciona, em cada posição (A, B, C, . . . ou a, b, c, . . .), à precisão ou qualidade de fabri- cação, ou seja, à maior ou menor tolerância exigida, conforme a cota nominal da ajus- tagem.

' Variando a tolerância na razão direta dos valores das cotas nominais (quanto maior a cota nominal, maior a tolerância), estabe- leceram-se, na normalização "ISO", 13 grupos c$e cotas nominais, desde a de 1 mm até a de 500 mm, cada grupo com os seus respectivos limites de tolerância.

Quanto aos 16 indices de qualidade, estão êles classificados da forma seguinte, com a finalidade de caracterizar os graus de qua- lidade das ajustagens, ou seja, os graus de

precisão com que devem ser controladas as usinagens das peças:

fndices 1-2-3-4: alta precisão (calgos pa- drões, calibres, etc.)

fndices 5-6: precisão de ferramentm e p e ~ m de máq.irinas

fndices 7-8: tolerdncia de imecânica de bom acnbamento

fndices 9-10-1 1-12-13-14-15-16: s e m piecisão

Assim, as tolerâncias mais finas (de 1i- mites mais próximos) correspondem aos ín- dices mais baixos. Quanto mais alto o número índice de qualidade, maior será a tolerância, e, portanto, menor a característica de precisão da ajustagem.

1) Que significam as iniciais "ISA? E as iniciais "ISO"?

2) Quais são os dois elementos característicos do sistema "ISO"?

3) Faça um gráfico dos índices de posição do sistema H do "ISO".

4) Indique 6 tipos de ajustagem (de rotativa até prensada) com os índices.

5) Faça a classificação dos grupos dos índices de qualidade.

Page 43: 07 - Usinagem

FBLHA DE

RETIFICADOR .ELEMENTOS DETERMINANTES DA AJUSTAGEM INFo~MAFAO

TOLLERÂNCIA - FOLGA - APÊRTO TECNOLóGICA 16.1

'

I

Para o exame das condições das ajus- quais irão depender dos dois fatores seguin- tagens, é usual considerar-se o conjunto ci- tes: lindrico de eixo (peça macho) e furo (peça

1) Dimensões Telatiuas do eixo- e do furo. fêmea). Poder-se-ão apresentar, nos proble- mas de acabamento dessas duas peças, dife- 2) Estado de acabamento das superffcies ou rentes tipos ou categorias de ajustagem, os qualidade de fabricação.

DIMENSõES RELATIVAS DO EIXO E DO FURO

As figs. 1 e 2 apresentam um esquema desenhos, é iquela em torno da qual a ajus- claro, de eixo e furo, que facilitará as defi- tagem tem que ser necessàriamente feita. Sra- nições dos elementos dimensionais. ta-se de uma medida técnica, que se exprime

A cota nominal, que vem inscrita nos sempre por um número inteiro de milímetros.

Fzg. 1 Fig. 2

As diferenças (superior ou inferior) são A tolerância, con£orme já se definiu em consideradas a partir da linha "zero" (linha da outra folha, é a diferença entre a cota máxi- cota nominal) com um sinal da sua posição: ma e a cota mínima. Vê-se, nas figs. 1 e 2, + (mais) se forem acima da linha "zero"; que a tolerância de uma ajustagem pode se - (men,os) se forem abaixo da linha "zero" situar ou inteiramente acima da cota nominal (fig. 3). (linha "zero"), sendo então positiva; ou in-

teiramente abaixo, caso em que é negativa. Mas pode também se situar entre uma parte e outra, tendo os dois sinais (*). LINHA "

Define-se como jôgo máximo de uma ajustagem, a diferença (com o respectivo si- nal), entre a cota máxima do furo e a cota minima do eixo. O jôgo minimo é a dife- rença (com o respectivo sinal ) k t r e a cota minima do furo e a cota máxima do eixo (fig. 4).

Page 44: 07 - Usinagem

RETIFICADPJt

Se o jôgo mínimo & positivo (+), trata- Consideremos os casos contrários. Se o se de uma ajustagenz com folga. jogo máximo é negativo - e, com maior ra-

Tem-se, ainda, com maior razão, uma zão, o jôgo mínimo - trata-se de uma ajusta- ajustagem com folga quando o jôgo máximo gem com apêrto (fig. 5). é também positivo.

EXEMPLO NUMÉRICO DE UMA AJUSTAGEM. INTERPRETACAO GRRFICA E NUMBRICA

Tolerância para o furo: + 0,046 mm - O = 0,046 mm. Tolerância para o eixo: - 0,015 mm- (- 0,044mm) = = I - 0,015 mml+ 0,044 mm = 0,059 mm.

Diferença superior no furo = = Dmax - Cota nom. = 0,046 mm

Diferença inferior no furo = - (180,000 mm - 0,015 mm) = 180,000 - = Dmin - Cota nom. = O mm - 179,985 mm = 0,015 mm. Diferença superior no eixo =

As diferenças, que definem as posições = Dmax - Cota nom. = -0,015 mm dos limites em relação à linha "zero", são as Diferença inferior no furo =

= Dmin - Cota nom. = -0,044 mm.

175TADO DE ACABAMEWQ OU QUALIDADE DE FABRICASAO

Êste fator e ~aracterizadc, pio maior As tolerâncias se exprimem, como se ou menor valor da tolerância adotada. viu nos exemplos dados, em milésimos de mi-

Quanto menor o valor da tolerância, límetros. Como é usual representar-se o milé- mais precisa se torna a ajustagem entre eixo simo de milímetro (chamados Micron) pela

letra grega p (''mu"), pode-se exprimir a tole- A tolerância varia com a cota nominal rância em números inteiros. Exemplo: 46

das peças: quanto maior a cota nominal tanto p (46 mícrons) = 0,046 mm. maior será o valor da tolerância.

-QITESTZONARIO

Interprete gràficarnente e calcule os elementos das seguintes ajustagens:

1) Furo 60 +V3O 2 ) Furo 6 + t012 3) Furo 10 + , 0 p s ô

Page 45: 07 - Usinagem

d-L; v ~' F6LHA DE

RETIFICADORV FURO PADRPLO ‘'H" E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇAO 21.3 TECNOLóGICA .

TABELA DAS TOLEUNCIAS DE AJUSTAGEM DO FURO NORMAL "H?" COM OS EIXOS ESPECIFICADOS NA laa PAGINA

A título de exemplo, está abaixo o quadro das tolerâncias de uso mais comum nas oficinas mecânicas, desde a cota nominal 1 mm até a cota nominal 500 mm. As tolerâncias estão indicadas em mícrons (milésimos de milímetros).

QUESTIONARIO

1) Quando o sistema de tolerância ISO se denomina normal?

2) Quais são as equivalências de Dmin. e de Dmax. no sistema normal?

3) Faça os gráficos das ajustagens do furo calibrado iiormal "H" com OS eixos e, f, g, h, j, m e p.

4) Dê as características da ajustagem H7 com os seguintes eixos: e7 -f7 - g6 - h6 - j6 - m6 e p6.

151

Page 46: 07 - Usinagem

. F6LHA DE

RETIFICADOR FURO PADRÃO "H" E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇAO 21-4 TECNOL6GICA

Estabelecido que o diâmetro mínimo do furo "H" É IGUAL à cota nominal, todos os demais elementos de ajustagem com eixos diversòs ficarão em funqão da posição "H" e o sistema de tolerância se denomina normal.

Temos, então, no sistema normal: Dmin. de H-Cota nominal de H e, portanto, Dmax. de H-Cota nominal de H + Tolerância.

As figs. 1 e 2 dão a representação gráfica do sistema H nas ajustagens com 7 posi- ções de eixos.

Fig. 2

EMC AJUSTAGEM EMPR~GO EXEMPLOS

Em Órgãos que permitem a jus ta - Eixos com diversos supor tes , e7 LIVRE gem com ampla folga . ax t i cu l a~Ões .

Peças r o t a t i v a s , mesmo para Eixos e mancais p r i nc ipa i s de RoTATIVA velocidades elevadas. maquinas, de caixas de velocl-

dade, de virabrequins. Peças que deslizam em guias , Hastes de válvulas , corrediças ,

g6 DESLIZANTE sem g i r a r , o u r o t a t i v a s de grande precisao. engrenagens de grande precisão*

DESLIZANTE 6rgãos montados a mão, com au- f i e s a s em seu8 e ixos , p i s t õ e s h 6

JUSTA x i l i o de l u b r i f i c a n t e . de f r e i o h i d r h l i c o .

LIGEIRAMENTE Peças f i x a s montadas ou desmon- . j6 AüERENTE tadas , com pancadas leves . Enchave tamentos em geral.

Peças montadas com pancadas foy Engrenagens e po l i a s , d iscos m6 FORÇADO

t e s , pa ra boa fixação. de acoplamento . Peças que devem s e r montadas Coroas de bronze em engr nagenq

I p6 PBENSeo com grande pressão. m o s de. Podas de vagões.

Page 47: 07 - Usinagem

SCMBOLOS DAS FERRAMENTAS

Alargadores cõnicos

Broca de centrar

Broca de guia

Contra molde

Cossinete - Tarraxa - Desandador

4 9 -

Compasso de ferreiro 4 Compas~o de centrar R Compasso de pontas /9 Contra - estampo cl=

Page 48: 07 - Usinagem

I. ' '

SCMBOLOS DAS FERRAMENTAS

Porca calibre

Ferro de soldar

Graminho

Estampo para rebites

Limas murças

Limas bastardas

Macete

Macho

Malho

Mandril para brocas Verificador de ângulo

Martelo Verificador d e cone morse 3 Q=

Molde €i7 Verificador de rosca €E

Morsa de mão @+ Vazador 'd % V Mandril - manivela Vazador chato

Punção de bico 'ii' Fresa escatel SE

Page 49: 07 - Usinagem

A morsa serve para fixar, por apêrto, por meio de um dispositivo de parafuso e a peça na qual o mecânico trabalha. A adapta- porca. ção da peça na morsa e seu apêrto são feitos

A MORSA PARALELA

O tipo usual é o da figura 1. É assim É geralmente fabricada de aço fundido chamada porque as faces internas das suas ou de ferro fundido. As morsas que suportam mandíbulas ficam sempre paralelas nos mo- . maior esforço são de aço forjado. vimentos de abrir e fechar.

\ Fig. 1 - Morsa de bancada de base fixa.

Corto I r i i r i o r n l da my ,-I.=.

Fig. 3 Corte transversal. L

Fig. 2 - Corte mostrando o dispositivo de movimento da mandibula.

As figuras 2 e 3 mostram claramente como funciona o mecanismo de abertura e' fechamento das mandíbulas.

Page 50: 07 - Usinagem

F6LHA DE AJUSTADOR MORSA DE BANCADA INFORMAÇÃO 212

TECNOLÓGICA I

A figura 4 apresenta urna morsa para- lela giratória. Sua base pode girar horizontal- mente, por ser articulada sobre outra base fixa. Para apêrto ou desapêrto da peça, o ma- nípulo deve ser sempre segurado nas condi- ções indicadas na figura 4. Esta posição apro- veita todo o comprimento do manípulo. Como a alavanca é maior, o mecânico terá que em- pregar menor esforço. O movimento, no sen- tido da seta, aperta a peça entre as mandí- bulas. O movimento contrário desaperta a mesma.

Fzg. 4

MORDENTES FIXOS

As duas mandíbulas da morsa possuem, em geral, mordentes de aço carbono duro e temperado. Suas faces de apêrto são estriadas. Assim, se evita deslizamento da peça prêsa, em trabalhos que devam suportar choques ou grandes esforços. Exemplos: martelar, cortar, Fig. 5 talhar. As figuras 5 e 6 mostram detalhes de mordentes aparafusados nas mandíbulas.

MORDENrTES DE PROTEÇÃO cikova varo aparter r

C*opafiW O. C I t O U I D I IIW '

m u o a r t u

Servem para proteger as faces já acaba- Fig. 6

das da peça e são adaptados conforme mostra a figura 7. Devem ser sempre de material mais macio que o da peça. A escolha do mordente depende do material da peça e do tipo de tra- balho a executar. Há mordentes de cobre, chumbo, alumínio, madeira e couro. Na pro- teção de peças de aço e de ferro fundido, é comum o uso de mordentes de chapas de co- bre dobradas sobre as mandíbulas. Fig. 7

QUESTIONARIO

1) Para que servem os mordentes fixos? De que material são feitos? 2) Para que se usam mordentes de proteção? De que são feitos? 3) Por que a morsa é chamada "morsa paralela"? 4) Para que serve a morsa de bancada? 5) Qual o critério para a escolha dos mordentes de proteção? 6) De que materiais são fabricadas as morsas de bancada? 7) Qual o mecanismo que permite apêrto ou desapêrto, na morsa? 8) Como se deve segurar o manípulo no apêrto ou desapêrto? Por quê?

34 MEC - 1965 - 15.000

Page 51: 07 - Usinagem

AJ USTADOR

A Lixa serve para o polimento das su- mas de fitas, folhas retangulares ou discos de perfícies das peças, por meio de um material pano ou de papel, nos quais está colada a subs- abrasivo. Apresenta-se, para o uso, sob as for- tância abrasiva.

CONSTITUIÇÃO DA LIXA

A figura mostra, para maior clareza, um que os grãos fiquem ligados uns aos ou- corte bem aumentado de uma lixa, segundo a tros e também ao fundo. É uma cola ani- direção transversal. Encontram-se três partes mal ou vegetal, ou uma resina sintética. distintas: 3.O) O fundo, de papel ou de pano, que cons- 1 .O) A granulação abrasiva, constituída de titui o suporte comum de toda a granu-

inúmeros grãos duríssimos e de arestas lação abrasiva: vivas. São êstes grãos que, por atrito, ar- 1) de papel tipo manilha ou de fibra de rancam minúsculas partículas da super- juta (lixas para madeira, couro e ma- fície da peça. teriais macios);

2.O) O aglomerante ou aglutinante, ao qual 2) de pano (lixas para metais e lixas de é aplicada a granulação abrasiva, para fita ou esteira).

1 2nd0

T*ml-r-w

O* obrorlvor Aglomemnte

GRANULAÇAO ABRASIVA DA LIXA

Conforme as aplicagões, encontram-se, 3) O "Garnet" ou Granada tem a dureza de no comércio, lixas de abrasivos naturais (es- 7,5 a 8 na -escala de Mohs. meril, "flint" e "garnet") e de abrasivos artifi- ciais (siliciosos e aluminosos). 4) O Carborundum e o Crystolon são as mar-

cas comerciais dos abrasivos artificiais de 1) O Esmeril é um mineral constituído da carbonêto de silício mais usados. Dureza

mistura de óxidos de ferro e de alumínio. 9,6 na escala de Mohs. Dureza de ' a na de dureza de 5) O Durexite e o Alundum são as marcas Mohs. mais comuns dos abrasivos artificiais de

2) O "Flint" ou Pederneira é o abrasivo na- óxido de alumínio. Dureza 9,4 na escala tural de menor eficiência. Dureza de 6,8 de Mohs. a 7 na escala de Mohs.

ESCALAS DE GRANULAÇÃO

Na fabricação, o abrasivo C moído em seja, 400 orifícios (20 X 20) por polegada qua- vários tamanhos e separado por peneiramen- drada. to (grãos), ou por meio de deposição lenta das As peneiras de malhas mais finas (pe- partículas na água (pós). neiras de sêda) são as de n.O 240, isto é, com

A escala antiga de 'g-ranulagão adotava 57.600 orifícios por polegada quadrada (240 X uma numeração arbitrária. Na escala moder- X 240). Para pós mais finos, os números cor- na, há correspondência com os números das respondem aos tempos que as partículas levam peneiras. Assim, a granulaçzo n.O 20 indica para se depositarem no fundo, sendo a profun- que os grãos passam nos orifícios de uma pe- didade determinada e a água de densidade neira de 20 orifícios por polegada linear, ou também determinada.

1

MEC - 1965 - 15.000 185

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA

LIXA 41 I 1

Page 52: 07 - Usinagem

1 ) Para que serve a lixa? Quais são as suas partes constituintes?

2) Quais são os abrasivos naturais e quais os artificiais usados nas lixas?

3) Explique como é estabelecida a escala moderna de granula~ão dos abrasivos.

AJUSTADOR FBLHA DE

INFORMAÇÃO TECNOL6GICA

LIXA 41 /2

O quadro abaixo compara as escalas antigas e modernas.

TIPOS DE GRANULA-

ÇÃO

P d

MUITO FINA

FINA

MÉDIA

GROSSA

MUITO GROSSA

-- - .-e .-.- ,c A",,

SÍMBOLOS DAS

ESCALAS ANTIGAS

1210 l l / O l O / O

9 /o 81° 710 610

510 4/O 310

210

I / o

I12 1

n 112

2 2 112

3 3 112

4 4 112

ESCALAS

ESMERIL

s/o 2Io 110

I12 1

1112 2

2 112

3

"GARNET"

280 240 220

180 150 120

100

8 0

60 5 O

40

3 6 30

24 20

ANTIGAS

"FLINT"

410

3/8

2/O

110

I12

1

1 112

2

2 112

3

ESCALAS MODERNAS

CARBO- RUNDU~J

600 500 400

360 320 280 240 220

180 150 120

1 O0

8 O

60 5 o

40

3 6 30

24 20 16 12

DUREXITE

500 400

320 280 240 220

180 150 120

1 O0

80

60 5 o

40

36 3 O

24 20 16 12

Page 53: 07 - Usinagem

LIMA FOLHA DE

AJUSTADOR (NOMENCLATURA - CLASSIFICAÇÃO INFORMAÇÁO CONSERVAÇÃO) TECNOL6GICA

311

A lima é uma ferramenta temperada, a superfície de um material mais macio, des- feita de aço carbono. Suas faces são estriadas gasta-o, arrancando pequenas partículas (Li- ou picadas. Quando a lima é atritada contra malha).

PARA QUE SERVE A LIMA

Com a crescente utilização de máqui- Deve ser usada em pequenas espessuras de nas na indústria, o uso da lima tem diminuí- material a desgastar (cêrca de 0,2 a 0,3 do do. É hoje usada sòmente em pequenos tra- milímetro). É a ferramenta manual que o balhos de desbaste leve e acabamento, em pe- ajustador mecânico mais utiliza (fig. 1). ças prèviamente desbastadas em máquinas.

Fig. 1

CLASSIFICAÇÃO

Três fatores influem na classificação mas, mais afastadas ou em distâncias médias. das limas: picado, seção (ou forma) e compri- Existem, assim, três tipos principais de lima, mento. de cuja escolha depende o desbaste ou o aca-

PICADO - Pode ser simples ou cruzado. bamento (figs. 2 a 7). Os dois podem apresentar estrias mais próxi-

PICADO SIMPLES PICADO CRUZADO

Fig. 2 - Lima murça. Fig. 5 - Lima mzlrça,

Fig. 3 - Lima bastardinha.

Fig. 4 - Lima bastarda.

Há ainda o picado grosa (fig. 8) que apresenta dentes isolados e não estrias. É usa- da em madeira e couro.

Fig. 6 - Lima bastardinha.

Fig. 7 - Lima bastarda.

Fig. 8 - Lima grosa.

MEC - 1965 - 15.000

Page 54: 07 - Usinagem

SE~ÃO OU FORMA - As figs. 9 a 16 in- COMPRIMENTO - É dado em polega- dicam os tipos mais usados. das e corresponde à medida do corpo (fig. 1).

I

Fig. 9 - Lima paralela.

AJUSTADOR

Fig. 10 - Lima chata. I Fig. 11 - Lima de bordos redondos.

LIMA (NOMENCLATURA - CLASSIFICAÇÃO

CONSERVAÇÃO)

Fig. 13 - Lima quadrada.

Fig. 15 - Lima meia-cana.

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOL~GICA

Fig. 12 - Lima faca.

312

a- Fig. 14 - Lima redonda.

Fig. 16 - Lima triangular.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇOES DE LIMAS

Lima paralela bastarda de 10", lima redonda muna de 6", lima faca bastarda de 4", etc.

LIMPEZA

A limalha, prendendo-se entre as estrias do picado, prejudica o corte da lima. É necessário manter o picado sempre limpo: Usa-se, para isso, uma escova de fios de aço e, em certos casos, uma vareta de cobre de ponta achatada (fig. 17). Fig. 19

C;ONSERVA@O

1) Não coloque limas em contato, para que seus dentes não se choquem e não se estraguem.

2) Evite choques com a lima. 3) Proteja-a contra a oxidação (ferrugem). 4) Mantenha sempre a lima com cabo próprio. Engaste a espiga

no cabo, com firmeza.

QUESTIONARIO

1 - Para que serve a lima? Como a lima ataca a superficie da peça? 2 - De que material é fabricada a lima? 3 - Quais os cuidados a observar na conservação das limas? 4 - Quando é aconselhável o uso da lima? 5 - Dê quatro exemplos de especificações completas de limas. 6 - Quais os fatores da classificação das limas? Como se classificam?' 7 - Como são as faces da lima? 8 - Como se faz a limpeza do picado?

MEC - 1965 - 15

Page 55: 07 - Usinagem

Fig. 2

AJUSTADOR

O uso da lima apresenta certas parti- sável ao mecânico, para que faça melhor cularidades. O seu conhecimento é indispen- trabalho e obtenha maior rendimento.

PRESSA0 SOBRE A LIMA

Ao iniciar o golpe (fig. 1): a pressão No fim do golpe (fig. 3), PI deve ser da mão, no cabo, deve ser MENOR do que MAIOR do que P2, porque a distância de Pi à a pressão da mão, na ponta, isto é, Pl deve pesa é menor. ser MENOR do que P2, porque a distância da .O movimento de volta da lima se faz pressão Pi à peça é maior. ALIVIANDO-SE AS PRESS~ES, pois. no retorno,

A medida que a lima avança, a pressão NÃO SE DANDO O CORTE. deve-se evitar DES-

P2 deve ir decrescendo e a pressão Pi deve GASTE OU QUEBRA DOS DENTES. ir aumentando. Nos casos mais cornuns de limar, o mo-

Assim, no meio do golpe (fig. 2), Pi do de segurar a lima deve ser'o indicado nas deve ser IGUAL a P2, porque as distâncias são figuras 1 a 4. iguais.

Fig. 1

Fig. 3 A moo dlrelta produz O movimenta de Ida e volto

RECOMENDAÇOES SOBRE O USO DA LIMA

1) Não use lima mal engastada no cabo. Ajuste o cabo à espiga.

2) A colocação e a retirada devem ser feitas como indicam as figuras 5 e 6.

5 ) Não trabalhe com lima muito gasta ou com lima que tenha limalha agarrada ao picado.

4) Em superfície estreita, não use lima nova. Fig. 5 Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 7 1

FõLHA DE INFORMACÁO TECNOLÓGICA

LIMA

(USOS - RECOMENDAÇÕES) 1 31 1

Page 56: 07 - Usinagem

Qualquer crosta de ferro fundido, ou de forja, ou oxidada (enferrujada), sòmente deve ser limada com lima bastarda que já tenha bastante uso. É aconselhável, às vêzes, eliminar essa crosta, raspando coni a ponta da lima.

6) Para desbaste, use lima bastarda. Para acabamento, limas murças.

7) As limas murças usadas, que não sirvam para aço duro, são as melhores para li- mar latão e cobre. A lima bastarda não

convém, por que geralmente desliza sô- bre o latão e oferece muita resistência ao movimento sôbre o cobre.

I 1 1 I

I

I 8) Não lime com rapidez nem vagarosamen-

te; 60 golpes por minuto é boa média.

9) Não dê golpe de lima nem muito longo, nem muito curto. Use todo o compri- mento útil da lima.

I 1 - Cite o maior número possível de recomendações sobre o uso da lima. I 2 - Qual a pressão maior, no início do golpe de lima: no cabo ou na ponta?

3 - Qual a pressão maior, no fim do golpe? E no meio do golpe?

4 - Por que se alivia a pressão, na volta da lima?

1 5 - Qual é a função da mão esquerda na operação de limar? E da mão direita?

6 - Como é feita a colocação da lima no cabo? E a retirada?

7 - Que se deve observar ao limar peças que tenham crosta de fundição ou de forja?

- -

10) Não lime continuamente. Controle o tra- balho, nos intervalos.

AJUSTADOR L

LIMA

(USOS - RECOMENDAÇõES)

FOLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

1312

Page 57: 07 - Usinagem

A ação cortante da lima depende de três fatores: picado (tipo de' dente), quali- dade do aço da lima e têmpera da parte picada.

MODO DE AÇÃO DA LIMA SOBRE A SUPERFÍCIE DA PEGA

401 1

A pressão sobre a lima deve ser feita durante a fase de ida (fig. 1). Na volta, alivia- se essa pressão.

FBLHA DE IMFORMAÇÁO TLCNOLÓGICA bJUSTAD'R

O picado da lima (a figura 2 mostra uma parte aumentada) é um conjunto de nu- merosos dentes de aço. Como recebem pressão e, além disso, são pontiagudos e mais duros que o material da peça, os dentes fazem inú- meros riscos na superfície que está sendo li- mada. É, assim, arrancada uma grande quan- tidade de pequenos cavacos (Limalha). Pouco a pouco, a superfície da peça vai sendo des- gastada.

Conforme o tipo da lima, o picado apre- senta certa distância entre os dentes ou enta- lhes. Distâncias aproximadas, nos tipos usuais:

LIMA

(CORTE - PREPARO DA SUPERFICIE DA PEGA)

Fig. 2 CI- C *v t rinrttiaf

Em lima bastarda - 1 milímetro Em lima bastardinha - 0,4 do milímetro Em lima murça - 0,2 do milímetro

A qualidade do Aço da lima deve ser tal que produza eficiente desgaste do material a limar. Além disso, o próprio picado da lima deve resistir ao uso, o mais possível. Na fabri- cação das limas é empregado Aço carbono es- pecial, cuja qualidade é bem controlada por análises e experiências.

A têmpera da parte picada da lima é para o fim de endurecê-la, dando-lhe, pois, melhores condições de corte.

ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE DA PEGA I A profundidade dos riscos feitos pelos minuída pelo emprêgo de limas de picado

dentes da lima é que determina o grau de mais fino e por uma técnica de trabalho mais acabamento da superfície da peça. A aspere- eficiente (limagem a traços cruzados). za ou rugosidade causada pelos riscos será di-

MUDANÇA DE LIMAS

Partindo de superfície bruta, atinge-se cada tipo de picado são aconselháveis os se- gradualmente o acabamento fino, usando-se guintes limites na espessura do material a des- sucessivamente limas de picado mais fino. Para gastar na peça:

Lima bastarda - Para remover espessuras de O,3 mm até 0,2 mm Lima bastardinha - Para remover espessuras de 0,2 mm até 0,l mm Lima murça - Para remover espessuras abaixo de 0,l mm

I I MEC .- 1965 - 15.000 183

Page 58: 07 - Usinagem

r - - - - . . - -

LIMA F6LHA DE AJUSTADOR INFORMA AO 40/2

(CORTE - PREPARO DA SUPERF~CIE DA PEÇA) TEcNoLJlC* i

Não se deve usar lima bastardinha ou bastarda, para que o trabalho não seja can- lima murça senão depois do desbaste por lima sativo.

LIMAGEM A TRAÇOS CRUZADOS

Não se consegue bom acabamento, li- a) A lima deve ser inclinada a 45O mando sempre na mesma direção. Convém limar a traços cruzados (figs. 3 e 4). O cru- zamento em duas direções reduz a profundi- dade dos riscos da lima. Além disso, dá um controle visual do trabalho, pois os últimos riscos da lima se distinguem bem dos ante- riores.

CUIDADOS A OBSERVAR, na limagem a traços cruzados:

Fig. 3

b) Em cada golpe, NO RETORNO DA LIMA, des- loque-a lateralmente cêrca de metade da sua largura. .

c) Dê uma passada, a 45O, de um extremo a outro da peça.

d) Cruze a passada seguinte, a 45O, de um extremo a outro da peça, e assim sucessi- vamente.

Fig. 4

QUESTIONARIO

Aspecto L poça em duai asiador sucrssiuoz, 7

Fig. 5

1 - Quais as distâncias aproximadas entre dentes das I'imas bastarda, bastardinha e murça?

2 - De que fatores depende a ação cortante da lima?

3 - Por que o picado da lima arranca cavacos (limalha) da peça?

4 - Quais os limites de espessura de material (a ser removido da peça) que aconselham os usos de limas bastarda, bastardinha ou murça?

5 - Qual o efeito da têmpera no picado?

6 - Quais os cuidados a observar, quando se lima a traços cruzados?

7 - Na operação de limar, quando se exerce pressão sobre a lima?

Page 59: 07 - Usinagem

Cabo de modeira

Fig. 1 - Arco de serra do tipo ajustável (comum).

DIworIfiva Os ajurtogem paro Itiminas 60 dnvsntrt comphient~

Fig. 2 - Arco de serra do tipo ajustável (pouco usual).

Cobo de matéria

Fig. 3 - Arco de serra do tipo ajustável, com cabo revdlver.

ARCO DE SERRA

AJUSTADOR

A operação manual de serrar tem três de fenda, engastar uma mola de lâmina, ou finalidades: 1) cortar barras ou chapas metá- dar à peça certa elasticidade). licas em pedaços; 2) cortar segundo um con- torno traçado prèviamente; 3) abrir fendas Para serrar, o mecânico usa o ARCO numa peça (com a finalidade, por exemplo, DE SERRA, ao qual adapta uma LÂMINA de apertar um parafuso por meio de chave DE SERRA ADEQUADA.

FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLóGICA

ARCO E LÂMINA DE SERRA

I3 uma armação de aGo, provida de um serrar grande comprimentz como cabo de madeira ou de plástico. Apresenta-se, mostra a fig. 4. geralmente, num dos tipos indicados nas figs. 1, 2 e 3.

I Nos arcos de serra ajustáveis ou regu- láveis podem-se montar lâminas de 8", 10" e 12" (comprimentos comerciais).

Em todos os modelos de arco de serra há um dispositivo, nos extremos, para girar a lâmina num ângulo de 90°. Torna-se, assim,

1 7 / 1

Fig. 4

Page 60: 07 - Usinagem

LÂMINA DE SERRA

É uma peça estreita e fina (fig. 5), de ge toda a lâmina, ela é chamada rígida, de- aço ao carbono temperável ou de aço rápido. vendo ser usada com cuidado, porque se torna Estas últimas, em geral; são empregadas nas frágil. Quando apenas o dentado é temperado, máquinas de serrar. Quando a têmpera abran- ela é denominada flexível, ou semi-flexível.

AJUSTADOR

h Comprimento comercial r

F6LHA DE INFORMACÃO TECNOLóGICA

ARCO E LÂMINA DE SERRA

Fig. 5 - Larnina de serra.

1 712

~ A lâmina de serra funciona como se fosse uma lima, de uma só série de dentes. Ela corta atritando e destacando pequenas partículas do material.

As figs. 6 a 9 mostram algumas das dis- posições laterais dos dentes, inclinados para uin e outro lado, com alternações variadas (TRAVA). Assim se evita, como mostra a fig. 10, que a lâmina se agarre na fenda do corte que produz.

A fig. 11 indica os ângulos dos dois flancos do dente e também mostra a orien- tação dos dentes com relação à direção do golpe: o flanco a 90° é o que ataca o ma- terial.

As lâminas de serra são especificadas pelo comprimento (8", 10" ou 12"), pela lar- gura (1/2" ou 1") e pelo número de dentes por polegada.

Fig. 6 Fig. 7

Fig. 8 Fig. 9

Fig. 10 Fig. 11

A lâmina de serra deve ser escolhida to mais fino o metal a trabalhar, mais estreito tendo em conta a natureza do trabalho, a o dentado da lâmina. Comercialmente, o den- qualidade e a espessura do metal a cortar. tado largo é de 18 dentes por polegada; o Quanto mais duro o metal a trabalhar, mais médio, de 24 dentes por polegada; e o fino, estreito o dentado da lâmina. Também, quan- de 32 dentes/polegada.

e INDICAÇõES PRATICAS PARA A ESCOLHA DA LÂMINA

Materiais muito duros ou muito finos - usar lâmina de serra de 32 denteslpolega- da; materiais de dureza ou de espessura mé- dias - usar lâmina de serra de 24 dentes/ polegada; materiais macios e espessos - usar lâmina de serra de 18 denteslpolegada.

Os metais muito macios (chumbo, es- tanho, zinco) não devem ser serrados com 1â- mina para metais acima especificada, pois que o dentado se "cega" fàcilmente. É preferível o uso de serras para madeira.

I 88 MEC - 1965 - 15.000

Page 61: 07 - Usinagem

AJUSTADOR MARTELO I FBLHA DE INFORMAÇÃO g/ 1 TECNOLÓGICA I

O martelo é uma ferramenta auxiliar 2) a peças em montagem ou desmontagem do mecânico, de uso frequente na oficina. (exemplos: eixos, chavêtas, pinos, cunhas);

Serve para Produzir choques, cuja ener- 3) para obter deformações permanentes gia ou potência se aplica: (exemplos: trabalhos de forja, rebitagem, 1) a uma ferramenta de corte, fazendo-a ata- dobrar a frio).

car o material (exemplos: talhadeira, be- dame) ;

MARTELO

Compõe-se de duas partes (fig. 1): 1) Martelo pròpriamente dito, que é urna

peça de aço de forma especial.

2) Cabo de madeira, de seção oval, com um ligeiro estreitamento na parte próxima ao martelo.

CMPQ

Cunk

C aba 7

Fig. 1 - Martelo de bola (t ipo americano).

TIPOS DE MARTELOS

São usuais, na oficina mecânica, os ti- pos apresentados nas figs. l , 2, 3 e 4.

Os pesos dêsses martelos variam desde 150 gramas, para trabalhos delicados, até 800 gramas, para tarefas mais pesadas.

, Ponò cruzado

Fig. 2 Martelo de pena reta

(t ipo americano).

Fig. 3 Martelo de pena cruzada

(t ipo europeu).

Fig; 4 Martelo de pena cruzada

( t ipo americano).

Page 62: 07 - Usinagem

CARACTERISTICAS DAS PARTES DO MARTELO

I

1) Face de choque (também chamada panca- da) ligeiramente abaulada.

2) A bola (semi-esférica) e a pena (arredon- dada no extremo) são usadas para traba- lhos de rebitagem e de forja.

3 ) O olhal, orifício de seção oval, onde se in- troduz a espiga do cabo, é geralmente es- treitado na parte central.

4) A cabeça e a bola (ou a pena) são tempera- das e revenidas, para aumentar a dureza e a resistência ao choque.

5) Madeira do cabo flexível, sem defeitos, de boa qualidade.

6) O estreitamento do cabo aumenta a flexi- bilidade e ajuda o golpe pois age como amortecedor e diminui a fadiga do punho do mecânico.

7) A seção oval do cabo possibilita maior fir- meza para empunhá-lo.

8) O engastamento do cabo no olhal é garan- tido por uma cunha de ferro cravada no extremo. Esta cunha abre as fibras da ma- deira e o extremo do cabo fica bem aper- tado contra a superfície cônica do olhal.

712

CONDIÇõES DE UM BOM ENCABAMENTQ

F6LHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA

AJUSTADOR

1) Madeira de boa qualidade, flexível, sem 4) Grossura do cabo de acordo com o pêso do defeitos. martelo e com as proporções da mãci de

2) Ajustamento forçado do extremo do cabo quem martela. no olha1 do martelo. 5) Comprimento do cabo: 30 a 35 centíme-

3) Uso da cunha para apêrto efetivo. tros.

MARTELO

MODO

A precisão do golpe é a condição essen- cial. Não se deve empregar muita força, a fim de evitar rápida, fadiga.

A energia do golpe é bem aproveitada quando se segura o martelo pela extremidade do cabo (fig. 5). Esta é a posição correta, pois, com maior alavanca (distância D), consegue- se maior eficiência com menor esforço.

No golpe, trabalha sobretudo o punho de quem martela. O ante-braço auxilia apenas o impulso. A amplitude do movimento do mar-

Fig. 5

QUESTIONARIO

1) Descreva as características das partes do martelo.

2) Como se usa e como se movimenta o martelo?

3 ) Para que serve o martelo? Indique as três utilidades.

4) Quais são as condições do bom encabamento do martelo?

5) Dê a nomenclatura das partes do martelo e do cabo.

Page 63: 07 - Usinagem

O REBITE

É uma peça de aço, cobre, alumínio ou latão, de um dos formatos indicados nas figs. 1 a 3, nos casos mais comuns.

Fig. 1 - Rebi te d e cabeça redonda.

Fig. 2 - Rebi te d e cabeça escareada.

Fig. 4

I

REBITES E FERRAMENTAS DE FOLHA DE I

AJUSTADOR REBITAGEM MANUAL TECNOL~GICA INFORMACÃO 441 1 , ' I

I

Um dos processos usados para unir £ir- tagem,. Consiste na ligação por meio de rebi- memente duas ou mais chapas de metal, ou tes, geralmente do mesmo metal das peças I duas ou mais peças chatas de metal, é a rebi- que devem ser unidas. I

I I Fig. 3 - Rebi te de cabeça I

chata o u plana.

I I

\

Na fabricação dos rebites observam-se midade oposta à cabeça (figs. 4 a 6). Nestas I certas proporções das suas partes, em relação figuras está indicado como determinar o ex- 1 ao diâmetro, conforme está indicado em cada cesso do material necessário para formar a uma das figuras. cabeça. Resulta um apêrto enérgico de uma

Os comprimentos variam de acordo chapa contra outra, ficando ambas firme- com a espessura total das chapas que devem mente unidas. Consiste a estampagem no uso ser unidas. Exemplos de especificações: Re- de um molde que dá, à outra extremidade, bite de aço de 1/4" X Gr' (1/4" = diâmetro e uma forma semelhante à da cabeça do rebite. i /2 = comprimento útil c), de cabeça redonda Os furos nas peças a rebitar devem ter - Rebite de latão de I/s" X 1/4", de cabeça es- diâmetro pouco maior do que o do rebite. careada - Rebite de alumínio de 3/32" X 1/4", A rebitagem em aço pode ser feita a de cabeça chata. frio até rebites de cêrca de 6 mm de diâmetro.

O rebite é introduzido através de hros Para os de maiores dimensões, a rebitagem coincidentes das peças que devem ser unidas, deve ser a quente, com os rebites aquecidos e depois martelado ou ESTAMPADO na extre- até a cor vermelho-claro.

%EC - 1965 - 15.000 i 93

L ~ o b e p c i

Fig. 5

+t' C O ~ ~ Ç I I

Fig. 6

Page 64: 07 - Usinagem

r A J U I T A D O R I REBITES E FERRAMENTAS DE TECNOLÓGICA I FOLHA DE

REBITAGEM MANUAL INFORMAÇÃO 4412 I REBITAGEM MANUAL

I Para rebitar por processo manual, usa o mecânico as seguintes ferramentas: o Con- tra-Estampo (fig. 7), o Repuxador (fig. 8), o Estampo (fig. 9) e o Martelo.

Fig. 7 - Contra-estampo.

Furo Cabeeo 7

Fig. 8 - Repuxador para rebites.

A profundidade P do escareado, para trabalhos gerais, varia de 0,4 a 0,5 D (fig. 10).

O contra-estampo, em cujo rebaixo se aloja a cabeça do rebite (figs. 11 e 12) é aper- tado entre as mandíbulas da morsa de ban- cada ou introduzido no furo quadtado de uma bigorna.

O repuxador para rebite tem a face en- costada na chapa superior. No seu furo se aloja a extremidade livre do rebite. Com o martelo, dão-se golpes na cabeça do repuxa- dor, a fim de que as chapas se ajustem bem no local da rebitagem (fig. 11).

O Estampo, que também recebe choques do martelo, deforma a extremidade livre do rebite, até dar-lhe a conformação adequada, determinando o apêrto definitivo das chapas (fig. 12).

Fig. 9 - Estampo para rebite.

estampo -

Fig. 10

Fig. 11 Fig. 12 5

1) Explique o uso dos instrumentos de rebitagem manual. 2) Quando é feita a rebitagem a frio? Quando é feita a quente? 3) Que é a estampagem de um rebite? 4) Para que serve a rebitagem? Que é um rebite? 5) Como se determina o excesso de material necessário para formar a cabeça? 6) Qual a fórmula que dá a profundidade do escareado para a rebitagem?

I 196 MEC - 1965 - 15.0C

Page 65: 07 - Usinagem

F6LHA DE AJUSTADOR PUNÇÃO DE BICO INFORMAÇHO 1 O/ 1

TECNOLÓGICA

Para localizar o centro de um furo. a ser mento de ponta cônica, chamado Punção de executado, ou para marcar traçados feitos nas bico. faces de uma peça, o mecânico usa um instru- I

1 PUNGÃO DE BICO DE CENTRAR

É um instrumento de aço cujo cor- po se apresenta prismático (sextavado ou octogonal) ou .recartilhado (figs 1 e 2) - para que não deslize na mão. O bico, agudo, deve ser temperado. I

No traçado de uma peça, o centro de qualquer furo a executar é determi- nado, em geral, pelo cruzamento de duas retas ou de dois arcos de circunferência. Sôbre êste local, coloca-se a ponta aguda do punção de centrar (fig. 3) e, na sua cabeça, dá-se uma leve, mas firme pan- cada de martelo (fig. 4). Resulta, no lu- gar, uma marca do bico do punção, que é um minúsculo furo cônico. Esta marca ajudará, assim, a iniciar bem a ~ ~ e r ~ ~ ã o de furar com a broca.

Fig. 1 - Punção de centrar de corpo prismático.

Fig. 2 - Punção de centrar de corpo recartilhado.

Dá-se ligeira inclinação para localizar-se a pon-

ta do punção.

A marca do punção, que resulta da energia do golpe do martelo, é regu- lada de acordo com o tamanho do furo a ser executado.

O ângulo da ponta do Punção de centrar varia de 900 a 120°, ou seja, aproximadamente igual à variação do ân- gulo da ponta da broca. Fig. 3 Fig. 4

PUNÇÃO DE BICO DE MARCAR

É um instrumento de aço, de pon- ta cônica e temperada, semelhante ao

;I

punção de bico de centrar. A única di- ferença está no ângulo do bico: no pun- ção de marcar êste ângulo é de 60°.

Fig. 6 - Punção de marcar de corpo frrismático.

MEC - 1965 - 15.000

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FINALIDADE DO PUNÇÃO DE BICO DE MAR-

CAR. - Feito o traçado nas superfícies de uma peça, como, por exemplo, se vê na fig. 7, é necessário marcar pontos de referência que permitam manter os traços, pois êstes podem apagar-se durante o trabalho de usinagem. Então sobre as linhas do traçado, imprimem- se pontos de referência, utilizando-se o punção de marcar, em cuja cabeça se dá uma leve e firme pancada com o martelo. Chama-se a isto confirmar o traçado. Pode-se admitir, pois, que êste trabalho de marcar é a fase final do traçado da peça.

O modo de usar o punção de marcar é idêntico ao do punção de centrar (figs. 3 e 4). As marcas do punção devem ser leves e sua

AJUSTADOR

7-

Fig. 7

L . FaLHA DE

INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

PUNÇAO DE BICO

distribuição feita de modo que possam desa- parecer completamente com a usinagem da

peça.

10/2

PUNÇÃO DE BICO AUTOMATICO

O punção de bico automático, de pou- co uso, dispensa o martelo (fig. 8).

Apóia-se a ponta sobre o traço e calca- se o punção. Um mecanismo de mola, dentro da bainha, dispara e produz choque na haste, cujo bico imprime a marca na peça. A pressão pode ser regulada, girando a bainha, para au- mentar ou diminuir a profundidade da marca. O punção automático imprime marcas uni- formes.

Fig. 8

QUESTIONARIO

1) Em que consiste a confirmação de um traçado? Explique com exemplo.

2) Para que serve o punção de marcar? Qual o ângulo da ponta?

3) Como funciona o punção automático?

4) Para que serve o punção de centrar? Qual o ângulo da ponta?

60 MEC - 1965 - 15.000

Page 67: 07 - Usinagem

Quando o ajustador tem necessidade Em ambos os casos - desbaste e corte de desbastar, a mão, grandes espessuras do - é recomendável, então, o emprêgo de ferra- material de uma peça, não deve usar a lima, menta especial, capaz de cortar ou talhar o pois o trabalho se torna penoso e demorado. material, por meio dos choques resultantes

Também, por vezes, necessita o mecâ- das pancadas de um martelo. Os dois tipos nico de cortar chapas de certa grossura, por de ferramentas usadas são a Talhadeira e o processo manual, sem o uso de um tesourão. Bedame.

TALHADEIRA E BEDAME

AJUSTADOR

Cunha #'

FBLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

TALHADEIRA E BEDAME

Lar -. -

251 1

Fig. 1 - Talhadeira.

Cunho /

Corpo /

Cort

Fig. 2 - Bedame (vista de frente).

Fig. 3 - Bedame (vista lateral).

São ferramentas de aço forjável e tem- e 350 no bedame. Os do corte variam, con- perável, constituídas de um'a simples barra, Eorme o material:

I cujo comprimento varia geralmente de 150 a 200 mm (figs. I , 2 e 3). C = 50°, para talhar cobre.

O extremo da cunha, que constitui o C = 60°, para aço baixo teor. Corte, é temperado. As figs. 4 e 5 mostram as

C = 65O, para aço médio e alto teor. seções da cunha e do corte (ou gume) da talhadeira e do bedame. Os ângulos da cunha C = 700, para ferro fundido e bronze. são de, aproximadamente, 10ó na talhadeira

Fig. 4 - ,Cunha e corte da talhadeira.

Fig. 5 - Cunha e corte do bedame.

I I MEC - 1965 - 15.000 125

Page 68: 07 - Usinagem

1 FBLHA DE

' " AJUSTADOR TALHADEIRA E BEDAME INFORMAÇÁO 2512 TECNOLóGICA

L 1 l

As faces do corte, nos ângulos indica- dos, se preparam esmerilhando a cunha da talhadeira ou do bedame e controlando por meio de um verificador de ângulos do tipo indicado na fig. 6.

A Aresta do corte deve ser ligeiramente convexa, como indicam as figs. 1 e 3. Dessa maneira, o gume tem mais penetração, facili- tando cortes de chapas quando se queira acompanhar o traçado.

- As duas faces do corte devem ser igual- mente inclinadas em relação ao eixo longitu- dinal da talhadeira ou do bedame (figs. 4 e 5).

A talhadeira é usada para cortar super- fícies livres (faces, topos de peças, etc.). O bedame se destina mais ao corte de ranhuras.

Fig. 6

Nestas condições, como indica a fig. 3, é'ne- cessária, no bedame, uma folga lateral. Assim se evita que fique a ferramenta prêsa ("encra- vada") entre as paredes laterais da ranhura.

USO DA TALHADEIRA E DO BEDAME - AÇÃO CORTANTE

A fig. 7 mostra como se deve empunhar na fig 9 o exemplo de uma cunha penetrando a ferramenta, com a mão esquerda. Com a na madeira).

mão direita dão-se golpes de martelo na cabeça A fig. 8 mostra claramente a ação cor- tante da talhadeira ou do bedame e indica os da ferramenta (talhadeira ou bedame), resul- nomes dos ângulos. Vê-se que a inclinação

tandO u-ila p*ssÃO DE (P) que faz a mais conveniente da ferramenta é de 380 e ponta PENETRAR no material (fig. 8), uma vez que 0 ângulo de folga ou incidência deve ser que ela ATUA COMO SE FOSSE UMA CUNHA (veja de 3O a 8O.

Fig. 7 Fig. 8

QUESTIONARIO

Fig. 9

1) Que é a talhadeira? Que é o bedame? Para que servem?

2) Por que a aresta de corte da talhadeira e do bedame deve ser ligeiramente convexa?

3) Quais são os ângulos para o corte de: cobre, ferro fundido ou bronze, aços alto, mé- dio e baixo teor de carbono?

4) Por que o bedame deve possuir uma folga lateral na cunha? I

I I I

126 . MEC - 1965 - 15.000 I

Page 69: 07 - Usinagem

A régua de controle serve para o mecâ- das operações de limar ou de raspar superfí- nico verificar se uma superfície é plana. Seu cies planas. emprêgo mais frequente se dá na verificação

AJUSTADOR

A RÉGUA DE CONTROLE E SEUS TIPOS

A régua de controle é um instrumento fabricado de aço ou ferro fundido. As réguas biseladas exigem têmpera. Todas são retifica- das, para que possam controlar com precisão ou rigor.

A régua de controle mais simples apre- senta seção retangular (fig. 1). As arestas são vivas. As faces são rigorosamente planas. A re- tificação se faz cuidadosamente, em faces e arestas.

Conforme o tamanho e sua aplicação, utilizam-se réguas de controle de diferentes formas. As réguas biseladas (figs. 2, 3 e 4) são as de uso mais frequente no controle de faces limadas.

RÉGUA DE CONTROLE

Fig. 4

Fig. 1

FdLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

Fig. 2

41 1

b i s ratrttea,

Fig. 3

Há réguas de controle que, para verifi- cações de grande rigor, apresentam faces es- treitas retificadas. São usadas, em geral, no acabamento final de barramentos d i tornos, Foco r.t ir ioel ie / ' - -,

mesas de máquinas de precisão e ajustes rigo- rosos de peças deslizantes (figs. 5 a 8). Fig. 6

Algumas vêzes, para evitar deformações das faces retificadas de controle e das arestas, F=* ro t l t iood i

as réguas apresentam construção especial. Dois exemplos são mostrados nas figuras 7 e 8. Ser- vem para controlar a planeza de guias e su- perfícies das peças deslizantes das má- quinas. Fig. 7

Fig. 8

Page 70: 07 - Usinagem

--

USO DA RÉGUA DE CONTROLE

I L

Aplica-se o fio retificado da régua, ou cie seja aceita como plana, é indispensável que a face retificada, se for o caso, sôbre a super- sejam comprovados sucessivos contatos da ré- fície, cuja planeza se quer controlar (figs. 9 a gua no decorrer da operação de acabamento 11). O contato da régua deve ser suave. Não (limar ou raspar). As direções são as indica- se desliza o fio retificado, ou a face, sôbre a das na figura 12: AB, BD, CD, CA e, ainda, superfície a verificar. Para que uma superfí- segundo as diagonais AD e BC.

AJUSTADOR

Fig. 9

Fig. 10

RÉGUA DE CONTROLE

Fig. 12

CONSERVAÇAO

FBLHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA

Fig. 11

412

A régua de controle é um instrumento delicado. Por isso, deve ser objeto de todo o cuidado, para sua conservação.

I CUIDADOS A OBSERVAR

I a) Não deslize e não atrite a régua contra a su- perf ície.

I b) Evite choques com a mesma.

d) Após o uso, proteja a régua, contra a oxi- dação.

e) Guarde-a, de preferência, em estojo. f) Em caso de oxidação (ferrugem) nas su-

perfícies da régua, limpe-a com pedra-po- mes e óleo. Não use lixa. I

I QUESTIONARIO

c) Não a mantenha em contato com outros instrumentos.

1 - Para que serve a régua de controle? 2 - Como se usa a régua de controle? 3 - Para rigor na verificação, que operação se faz nos fios e nas faces de contato das

réguas de controle? 4 - ~ u a i s são os cuidados para a conservação da régua de controle? 5 - De que material são fabricadas as réguas de controle? 6 - Em que operações é mais frequente o uso da régua de controle?

I 38 MEC - 1965 - 15.c

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Antes de usinar uma peça, o mecânico precisa, às vêzes, executar um traçado em uma ou mais de suas faces, para localizar, com rigor, rebaixos, ranhuras, furos, recortes, pla- nos ou outras superfícies que irão caracterizar e dar a forma definitiva à peça.

Tal traçado exige, antes de tudo, que as superfícies da mesma recebam uma pintura que, nos casos mais comuns, é feita com Sul-

fato de Cobre ou Verniz, ou Alvaiade, para que os traços se destaquem com bastante ni- tidez.

Além disso, para essa traçagem num só plano, tornam-se necessários:

1) Um plano rigoroso de referência ou mesa de traçagem, sobre os quais possa des- lizar livremente o instrumento que executa os riscos; 2) O instrumento que faz os riscos.

151 1 FOLHA DE

INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

AJUSTADOR

PINTURA PARA TRAÇAGEM

TRAÇAGEM COM GRAMINHO

(TINTA - MESA DE TRAÇAGEM - GRAMINHO)

I ,

MESA DE TRAÇAGEM

Passa-se leve camada, por meio de pin- çar deixa riscos bein nítidos. Ao usar sulfato cel, nas faces da peça que devem receber o de cobre, deve-se tomar cuidado com os ins- traçado. Utiliza-se, geralmente, verniz ou sul- trumentos para não ficarem manchados. Nas fato de cobre em faces já usinadas. Resulta faces brutas de peças fundidas ou forjadas uni fundo com uma cor determinada, no emprega-se o Alvaiade, dis'solvido em água. qual, depois, a ponta do instrumento de tra-

É um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído em ferro fundido, com a face superior rigorosamente plana (figs. 1 e 2). Constitui esta face o plano de referência para o traçado com graminho. Sôbre ela se coloca a peça que vai receber o traçado, assim como o instrumento de traçar. Também, sô- bre esta face plana, se dispõem os instrumentos necessários para medidas e controle, tais co- mo escalas, esquadros, porta-escala (fig. 3), etc. A mesa de traçagem é também conhecida nas oficinas como desempeno de traçagem.

Plano 7

Fig. 2 - Mesa de traçagem portátil ozi de bancada. É uma mesa de precisão.

com dimensões menores.

Plano

Fig. 1 -- Mesa de traçagem.

I Fig. 3

I MEC - 1965 - 15.000 7 5

Page 72: 07 - Usinagem

2

TRAÇAGEM COM GRAMINHO FÔLHA DE AJUSTADOR INFORMACÃO 1 512

(TINTA - MESA DE TRAÇAGEM - GRAMINHO) TECNOLÓGICA

GRAMINHO

É o instrumento que executa os traços ou riscos nas faces da peça (figs. 4 a 6). A base do graminho, cuja FACE INFERIOR É PLA-

NA, se desloca sobre a superfície plana do de- sempeno.

A haste, em graminhos comuns, é per- pendicular ao plano da base. A ponta da agulha do graminho, enquanto êste se deslo- ca, risca a face da peça.

Qualquer que seja a inclinação da agulha, SUA PONTA TRAÇA SEMPRE, NA FACE

DA PEJA, UMA LINHA PARALELA AO PLANO DE

REFERÊNCIA, OU SEJA, PARALELA À FACE DA

MESA DE TRAJAR.

As figs. 4 a 6 mostram tipos de gra- minho. No de precisão (fig. 5), um parafuso de regulagem permite ajustes precisos da pon- ta da agulha. O graminho da fig. 6 possui .

uma graduação na haste suporte e um vernier junto a esta haste. Um parafuso de regulagem produz deslocamentos para ajustes de medi- da. Neste graminho, as alturas da ponta da agulha são, pois, medidas e aproximadas no próprio instrumento.

Para os graminhos que não possuem escala, para se acertar a altura da ponta da agulha para executar o traçado, é necessário uma régua graduada vertical, cujo "zero" esteja no seu topo inferior e que fique mon- tada numa base plana bem ajustada ao de- sempeno.

A fig. 3 apresenta uma régua graduada vertical, montada no porta-escala. Para usá- la, aproxima-se a ponta do riscador da gra- duação e acerta-se esta ponta na altura de- sejada.

Fig. 4

Ponta ,'vQ~O

Fig. 5

QUESTIONARIO

Fig. 6

1) Quais as tintas mais empregadas na traçagem? Indique os usos.

2) Que é a régua graduada vertical? Para que serve?

3) Como o mecânico localiza, para usinagem de uma peça, os furos e ranhuras?

4) Que é o desempeno? Que é o graminho? -

5) Em graminhos, sem escala, como se determina a altura da agulha para o traçado?

Page 73: 07 - Usinagem

Na maioria das tarefas que executa, o Bordo

mecânico precisa fazer antes um traçado sôbre uma ou mais faces da peça. Este traçado orien- ta-o na execução de diversas fases do seu tra- balho. O traçado tem por finalidade marcar. linhas ou pontos de referência na peça, tais Bordo

como: contorno da peça, rebaixos, posições de eixos e Quando de furos, a traçagem etc. é em faces planas, 5 Fig. 1

os instrumentos de mais frequente uso são: Régua de traçar, Riscador e Esquadro.

13, em geral, uma lâmina de aço (fig. 1) ~ i g . 2 de faces planas e paralelas. Suas bordas ou seus fios são paralelos e retos.

Cabo Como seus fios são retos;fazendo-se cor- rer, junto a qualquer dos dois, uma ponta - .

aguda, esta risca uma reta na face plana da peça.

Fig. 3

RISCADOR Cabo 7

É uma haste de aço, de ponta aguda, endurecida pela têmpera. Os tipos mais usa- dos estão nas figuras 2, 3 e 4.

~eslizando-o, com ligeira pressão, sôbre uma superfície de material mais macio, será riscada õu traçada uma linha.

Se usado com a régua ou o esquadro, o riscador traça retas.

Fig. 4

Pode também o riscador ser utilizado juntamente com um Gabarito, que é um mol- de ou modêlo. Neste caso, fazendo com que sua ponta acompanhe o contorno do gabarito, o riscador reproduzirá êste contorno na su- perfície plana da peça.

Em alguns tipos de riscador (fig. 4), uma das extremidades é curvada, facil'i- tar certos traçados.

A ponta do riscador deve ser sempre afilada na forma cônica.

ESQUADRO Fig. 5

O esquadro é um instrumento com 1â- ou bordas formam ângulo rigoroso de 900 mina de aCo (fig. 5), que serve para o traçado com as faces da base. Estas são também retas de retas perpendiculares, isto é, de retas que e paralelas. tenham entre si o ângulo de 900 (ângulo reto). Correndo junto a um dos fios da 1â- Sua base pode ser de aço, alumínio, ou ma- mina, a ponta do riscador traça uma reta, que deira chapeada com metal. é perpendicular a qualquer das duas faces da

A lâmina, de faces paralelas e de fios base. paralelos e retos, é montada na base. Seus fios

I I MEC - 1965 - 15.000 5 1

-1

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FÔLHA DE I r 'AJ"Sí*DOR RÉGUA DE TRAGAR, RISCADOR E ESQUADRO INFORMACÃO 612 TECNOLÓGICA

CONDIGõES PARA UM BOM TRAGADO

1) Use riscazor de aço com ponta bem afi- 4) Na maioria dos casos, pinte, antes, a su- ' I lrda. perfície a traçar com uma fina camada de verniz ou alvaiade. Dessa forma, os'traços

2) Dê traço fino e nítido. feitos pelo riscador se destacarão com ni- 3) Não repasse o riscador em traço já dado. tidez. I

USO DOS INSTRUMENTOS

(figs. 6, 7, 8 e 9)

Fig. 6 1 Fig. 7 Fig. 8

CONSERVAGÃO DOS INSTRUMENTOS DE TRAGACEM

1) Limpe e lubrifique os instrumentos de tra- çagem, após o uso.

2) Evite que sofram choques. Não os ponha I em contato com outras ferramentas.

3) De preferência, guarde-os em estojos pró- prios.

4) Em caso de oxidação (ferrugem), limpe-os com pedra-pomes e óleo. Jamais use lixa no esquadro ou na régua de traçar.

5) O esquadro rnerece um cuidado especial. Verifique ou afira a exatidão do ângulo de 900, de vez em vez, em comparação com

I um ângulo reto padrão, ou por outro pro- I cesso adequado.

NOTA: O esquadro é de preferência usa- do para verificar perpendicularidade; nes- te caso, em trabalhos de precisão, deve ser empregado, de preferência, esquadro de fio retificado (fig. 10).

1 - Quais as condições de um bom traçado? 2 - Que é a régua de traçar? Quais as suas particularidades? 3 - Para que serve o traçado nas faces de uma peça? 4 - Quais os cuidados para a conservação dos instrumentos de traçar? 5 - Para que serve o esquadro? Quais as suas particularidades? 6 - No esquadro, qual o ângulo da borda da lâmina coni a face da base? 7 - Para que serve o riscador? Quais as suas particularidades? 8 - Na traqagem em faces planas, há três instrumentos de muito uso. Quais são?

I C 52 MEC - 1965 - 1 5

Page 75: 07 - Usinagem

FaLHA DE RETIFICADOR . ESQUADRO

INFORMAÇÁO TECNOLáGICA

5.1 .. . * .

I . : O esquadro é um instrumento utilizado junto mecânico em relação a planos ou com grande frequência pelo mecânico, pois arestas de outras peças com as quais este- possibilita: jam conjugadas;

1) verificar-se a perpendicularidade de faces 3) verificar-se a perpendicularidade do eixo ou de arestas de uma peça, isto é, com- geométrico de certas ferramentas, em rela- provar-se se as faces formam o ângulo de $50 ao plano da peça que será atacado 90°, ou se as arestas formam o ângulo de pelas ferramentas. - 90°, ou, ainda, se aresta e face se dis- Além dêsses trabalhos de verificação, o põem segundo o ângulo de 90°; esquadro permite, também, a execuqão do

2) verificar-se a perpendicularidade do eixo traçado de retas perpendiculares (veja Ref. geométrico de certas peças de um con- FIT 6).

ESQUADRO COMUM

O tipo de esquadro de emprêgo mais generalizado na oficina mecânica se encontra na fig. 1. É um instrumento composto de uma lâmina de aço e de uma base. Esta pode ser de aço, de alu- mínio ou ainda de madeira chapeada de metal, com faces paralelas.

A lâmina, de planos paralelos e de bordas paralelas e retificadas, é mon- tada na base, de modo que se formam ângulos de 900, quer entre bordas e fa- ces internas, quer entre bordas e faces externas.

Pode-se, portanto, verificar ângulos de 90° com o esquadro, em qualquer das quatro combinações: Borda interna com face interna - Borda. interna com face externa - Borda externa com face interna - Borda externa com face externa.

A fig. 2 dá um exemplo do uso do es- quadro comum na verifica~ão da perpendi- cularidade das faces de uma peça. Ao aplicar o esquadro, suas bordas e faces, assim como as da peça, devem estar bem limpas.

Verifica-se se há perfeito contato, exa- minando-se o conjunto contra a luz. Se hou- ver correta adaptação entre as bordas e as faces do esquadro e as faces da peça, não passa luminosidade. Em caso contrário, percebe-se claramente luz através da fresta resultante da imperfeição do contato entre o instrumento e a peça. . , l ' . . ) , . t , : : ; I L:.. 1 ' , . .

. '... . . . . - . . i ? ; . ! ! :. ,

. : ' I . Fig. 1

Fiç. 2

Page 76: 07 - Usinagem

m f t FdLHA .DE

RETlFlCADOR ESQUADRO INFORMAÇAO TECNOL6GICA 5.2

Outros tipos de esquadros comuns são os de base larga, mos~ados nas figs. 3 e 4. Suas bases oferecem amplo e estável apoio. I

Fig. 4

Por êsse motivo, prestam-se bem para desempenos de precisão (fig. 5) ou das mesas verificações de perpendicularidade sobre su- das máquinas-ferramentas. perfícies, tais como as das mesas de traçar, dos

ESQUADRO DE FIOS RETIFICADOS

Apresenta faces e bordas acabadas com extremo cuidado e precisão (fig. 6). Depois de receberem têmpera, são retifi- cadas. A lâmina, em geral, é biselada, para facilitar a verificação do contato. O vértice do ângulo reto interno é acabado por um arco de circunferência de pe- queno diâmetro, o que facilita a perfeita adaptação de peças com arestas vivas. A verificação do contato (fig. 7) deve ser feita contra a luz, conforme foi explica- do acima. É usaclo em verificações de precisão.

Fig. 7

Tratando-se de instrumento de preci- 3) O esquadro deve ser mantido limpo e lu- são, o esquadro deve ser usado, guardado e brificado, sobretudo depois do uso. conservado com todo o cuidado. 4) A oratidão do ângulo de 90° deve ser ve- 1) Evite que o esquadro sofra choques ou rificada, de vez em vez, em comparação

quedas. com um ângulo reto padrão, ou por outro processo adequado. 2). Não deixe o esquadro em contato com as

ferramentas usuais do mecânico.

QUESTIONARIO

1) Para que serve o esquadro? Quais as regras para sua conservação?

2) Descreva as características de um esquadro comum.

3) Como se verifica perpendicularidade com o esquadro? Quais os cuidados?

4) Quais as características do esquadro de fios retificados?

Page 77: 07 - Usinagem

TORNEIRO FaLHA DE BLOCO PRISMATICO PARA APOIO DE PESAS INFORMAÇAO 1 6.1

MECÂNICO TECNOLÓGICA 1

Qualquer peça cilíndrica necessita de 1) Dá uma posição estável à peça; um apoio especial, quando deve ser traçada com o graminho ou quando se precisa execu- 2) faz com que o eixo geométrico da peça fi- tar nela um furo, um desbaste ou uma ra- que paralélo ao plano de referência do tra- nhura. çado (por onde desliza a base do graminho)

Tal apoio ou \,suporte, denominado Blo- ou à face superior da mesa da máquina (fu- co prismático, Bloco e m V ou Paralelo e m V, radeira, plaina, fresadora). preenche duas condições:

O BLOCO PRISMATICO

É uma peça fabricada comumente em aco ou em ferro fundido e cujas formas mais usuais estão mostradas nas figs. 1 a 4. Em- pregam-se, quase sempre, os blocos prismáti- cos aos pares.

São peças de precisão, recebendo o aca- bamento por retificação. Os de aqo, recebem têmpera, além da i c ti£ icação.

Os que possuem ranhuras laterais (fig. 1) se prestam ao apoio de peças com fixação por meio de grampos. As ranhuras laterais são destinadas à adaptação das garras dos grampos.

Os planos de apoio, em V, formam um ângulo de 900, cujo vértice é centrado em re- lação às faces laterais. Tôdas as faces opostas do bloco prismático são paralelas e cada face é perpendicular às que lhe são adjacentes.

Fig. I Fig. 2

Fiç. 3

MEC - 1965 - 15.000 119

Page 78: 07 - Usinagem

TORNEIR0 F ~ L H A DE

MECÃNICO sr.oco PRISMATICO PARA APOIO DE PEÇAS :E:(Nt2FA 16.2

EXEMPLOS DIVERSOS DO USO DOS BLOCOS PRISMATICOS a

As figs. 5 e 7 mostram trabalhos de tra- $50, sobre uma geratriz traçada num cilindro. çagem em superfícies cilíndricas e a fig. 6 uma A fig. 9 apresenta o exemplo de um trabalho determinação de centro num topo de cilindro. de furação no cilindro, perpendicularmente A fig. 8 dá um exemplo de marcação com pun- ao seu eixo

Fig. 7 Fig. 8

Fig. 9

QUESTIONARIO

1) Para que serve o bloco prismático? De que materiais pode ser fa- bricado?

2) Quais as condições a que um bloco prismático deve satisfazer?

3) Faça esboços de três tipos de blocos prisniáticos.

220 MEC - 1965 - 15.000

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RETIFICADOR FdLHA DE

FIXAÇÁO DE PEÇAS NA RETIFICADORA INFORMA~AO 13.1 TEÇNOL6GICA

I

A fixação adequada e precisa é uma 1) DIRETAMENTE NA MESA DA RETIFICADORA

condição essencial para que o mecânico possa executar um trabalho cuidadoso na retifica- 2) NA PLACA MAGNÉTICA

I dora. Há três tipos distintos de fixação da

3) NA MORSA peça:

1) FIXAÇÃO DA BEÇA DZRETAMENTE NA MESA

As figs. 1 a 10 mostram alguns utensílios de fixação, com exemplos do uso.

O parafuso de fixação deve ficar mais próximo da peça, para aumentar a pressão sobre ela, ou então a igual distância da peça e do calço (fig. 7). Nunca se deve, porém, colocar o parafuso mais perto do calço.

Fig. 7 I M ~ R S A S DE MANDÍBULAS INCLINADAS

São usadas aos pares (fig. 8) ou tambémisoladas, com um anteparo de fixação junto à outra face da ~ e c a .

I

Fig. 9 W T O N E I R A S (fig. 10) CUNHAS DE PRESSA0

Numa das abas, com parafusos e gram- São usadas para fixar peças delgadas na pos, se prende a peça. A outra aba se fixa B

mesa, conforme mostra a fig. 9. mesa, com parafusos.

-- - - -

121

Page 80: 07 - Usinagem

FBLHA DE RETIFICADOR FIXAÇAO DE PESAS NA RETIFICADORA INFORMAÇAO 13.2

TECNOL6GICA I

2) PLACA MAGNÉTICA

Por efeito magnético, permite a fixação de grande variedade de peças na sua face su- perior. É utilizada na fixação de trabalhos leves, suprimindo totalmente as operações de colocação ou mudança de acessórios de apêrto. Existem placas de magnetismo permanente (fig. 11) e placas de eletro-magnetismo, que funcionam com corrente elétrica contínua.

3) PIXAWO DA PEÇA NA MORSA

É um dos meios de fixasão mais em- pregados, sobretudo quando as peças não são de grandes dimensões. .A fig. 12 apresenta um tipo usual de morsa, girante e de base gra- duada.

São elementos indispensáveis no pro- cesso de fixação da peça na morsa os acesssó- rios das figs. 13 a 16; calços paralelos (figs. 13 e 14) que são paralelepípedos de ferro fun- dido ou de aço, destinados a dar assento con- veniente i peça, em determinada altura, en- tre as mandíbulas da morsa; cunhas de apêrto (fig. 15) e cilindros de apêrto (fig. 16), peças de aço que têm a função de permitir correta adaptação da peça entre as mandíbulas da morsa.

Fig. 12

& Fig. 14

Fig. 15 w 63 Fig. I6

EXEMPLOS DA FIXA'^^^ NA M6RSA. USO DE CALGOS, CUNHAS E CILINDROS

Antes de cada assentamento da peça, leve na peça, com, macête, para conseguir faz-se rigorosa limpeza das superfícies da peça bom assentamento. Por fim, dá-se apêrto e da morsa. Assenta-se a peça e os acessórios enérgico na morsa. e dá-se ligeiro apêrto na morsa. Bate-se de

. Fig. 17 Aplrii~7ni1101lio da face I Aplainamento dn fnrc 7 , perpendicular a 1

I Aplainamento da /uce 3, paralela a 2 Aplainamelito da face 4, paralela a 1 I 122 - - - - - --- - - --- - - - - -- --*---

Page 81: 07 - Usinagem

, lTORNEIRO FÔLHA DE O GRAMINHO E SEUS USOS INFORMAÇÃO 1 6.5

":' MECÂNICO TECNOLóGICA

Ao tratar da centragem de uma peca na placa de castanhas independentes inostrou- se que em um dos processos utiliza-se o Gra- minlzo, instrumento de frequente emprêgo pelo mecânico em variados trabalhos de ajus- tageiri, torno, plaina, fresadora, etc. As figs. 1 , 2 e 3 apresentam tipos usuais de grami- iihos. O da fig. 1 é o comuin. No de preci- são (fig. 2). um parafuso micrométrico de re-

gulagem permite deslocamentos precisos da ponta da agulha.

O graminho da fig. 3 possui uma gra- duação na haste suporte e um veariier junto a esta. Um parafuso de chamada, micromé- trico, produz deslocamentos de precisão. Nes- te graminho, as alturas da ponta da agulha são medidas e aproximadas rio próprio iiistru- mento.

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

USOS DO GRAMINHO

O graminho pode ser utilizado: 3) para alinhar peças ou partes de um coil- junto mecânico;

1) para executar traços ou riscos nas faces das peças, com a finalidade de localizar pla- 4) para verificar o paralelismo de planos; nos, ranhuras, rebaixos, orifícios, etc. que 5) para localizar centros em peças brutas ou devam ser depois usinados;

desbastadas. 2) para nivelar peças ou. partes de um con-

junto mecânico;

MODO DE USAR O GRAMINHO

Quando possui, na base, uma ranhura em "V" (exemplo da fig. 2), pode o graminho apoiar-se, em casos especiais, sôbre um cilin- dro ou uma guia prismática, se necessário. Na maioria dos seus usos, porém, o graminho ope- ra apoiado, pela base, ein uma SUPERFÍCIE

RIGOROSAMENTE PLANA E NIVELADA: a face su- perior de uma Mesa de traçar; ou a face su- perior de uma Placa nivelada e plana, coloca-

da sôbre o barramento do torno; sobre uma face plana de um dos carros ou do barramento do torno; ou a própria Mesa de uma das m5- quinas-ferramentas, como a plaina, a fresado- ra, a furadeira.

Em certos casos, usa-se o graminho man- tendo-o parado. Em outros trabalha-se desli- zando-o sôbre a superfície plana e horizontal de apoio.

I I MEC - 1965 - 15.000 223

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O GRAMINHO E SEUS USOS I FBLHA DE l N F O ~ Y * 5 ~ 0 I 16.6 1 TECNOLÓGICA

i t -

A base do graminho tem sua FACE INFE- ralela ao plano de apoio sobre o qual desliza RIOR PLANA. A haste do graminho é PERPEN- o graminho. DICULAR AO PLANO DA BASE. A ponta da agu- Se o graminho é estacionário, a ponta lha do graminho, enquanto se dá o desloca- do riscador serve como ponto fixo de referên- mente, risca a face da peça; logo, qualquer cia. Pode servir também para um trajado de que seja a inclinação da agulha, sua ponta referência no topo da peca (caso de peja que traça sempre, na face da peca, uma linha pa- está sendo centrada na placa).

EXEMPLOS DOS USOS DO GRAMINHO EM TRABALHOS

NO TORNO

Para que a verificação seja facilitada, a favoreja a boa, visibilidade, para serem per- ponta da agulha deve ficar em posijáo tal que cebidos os desvios da peja. I

Fig. 4 - Verificação de perpendicularidade da face.

Fig. 5 - Centragern de superfícies cilindricas.

Fig. 6 - Centragem por traçado feito na face. Fig. 7 - Centragenz de biicha em clzlns metades.

QUESTIONARIO

1) Quais as finalidades do graminho? Indique cinco usos.

2) Quais os tipos usuais de graminhos?

3) Dê a nomenclatura das partes de um graminho.

4) Como trabalha o graminho? Quais as características da superfície sobre a qual assenta o graminlio?

I MEC - 1965 - 15.000

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A s faces aqu i vistas do bloco são A, C e E .

Traçados mas faces A, C e B .

371 1

Fig. 1

Peça jd usinada e m parte.

i

F6LHA DE INFORMAÇÁO TECNOL6GICA

AJUSTADOR

Tmçodo em E

TRAÇAGEM COM GRAMINHO

(MODO DE EXECUTAR)

Fig. 4

U

Fig. 2

Gentragem dos furos.

Traça faces

L5 Fig. 5

L ---

eng@ Fig. 3

Pega pronta: usinada e furada.

Fig. 6

Para a traçagem, depois de passado na face da peça o verniz de sulfato de cobre, ou alvaiade, conforme o caso, o mecânico coloca a peça sôbre a mesa de traçar.

Em certos casos, a colocação é direta, ficando a peça apoiada sôbre uma das suas faces. Em outros casos, é necessário o emprêgo de acessórios para apoiar e manter estável a peça sôbre a mesa de traçar.

1.O CASO - O BLOCO METALICO OU A

PEÇA J A TEM FACES USINADAS E PERPENDICU-

LARES DUAS A DUAS - Estando bem limpos o plano da mesa e cada face de apoio da peça, esta vai sendo sucessivamente apoiada nas faces e traçada com o graminho nas faces que lhe são perpendiculares. ]E o que mostram, de maneira esquemática, as figs. 1 a 6.

O traçado sempre se faz deslizando o graminho sobre o plano da mesa de traçar. A ponta do riscador traça, nas faces da peça, li- nhas paralelas ao plano da mesa. Estas linhas

localizam os planos, ranhuras, rebaixos, etc., a serem usinados.

Também, com as interseções das linhas traçadas pelo graminho (fig. 5 ) , se determinam OS furos a executar.

As alturas da ponta do riscador são fi- xadas, em cada traçado, por meio da régua graduada vertical, apoiada também no desem- peno.

Feitos os diversos traços, determinados os centros dos furos e ainda os pontos de con- cordância de arcos e retas, as circunferências ou os arcos são traçados seguindo a técnica do traçado no plano.

Segue-se a marcação, com o punção, dos centros e dos pontos de referência que permi- tam reavivar o traçado, se necessário.

2.O CASO - PEÇAS FORJADAS OU FUN-

DIDAS COM FACES NÃO PLANAS - Neste caso, há o emprêgo de acessórios, destinados a dis- por convenientemente a peça, em posição es- tável, sôbre o plano da mesa de traçar.

I MEC - 1965 - 15.000 ld

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Três dos acessórios comumente empregados - cantoneira, macaco e bloco em "V" - estão indicados nas figuras 7, 8 e 9.

I -

Para prender a peça.

AJUSTADOR

Fig. 7 - Cantoneira (ângulo reto).

Para

calçar a peça.

TRAÇAGEM COM GRAMINHO (MODO DE EXECUTAR)

Fig. 8 ,- Macaco (em jôgo de três).

Para apoiar pe!F cilin- dricas.

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

Fig. 9 Bloco e m "V".

-

3712

O Esquadro é usado frequentemente, diculares entre si, para que a peça seja suces- Para 0 controle das diversas posições da Peça sivamente apoiada no desempeno, paralela- sobre a mesa de traçar. mente a tais planos.

A finalidade do traçado é situar, na Para a colocação da peça, utilizam-se, peça, furos, pontos de concordância, planos

ou outras superfícies a serem usinadase Ter- conforme o caso, calços comuns, macacos, can-

na-se necessária, então, a escolha 2 na peça toneiras ou outros acessórios. AS figs. 10 a 15 - de três planos ideais de referência, perpen- dão um exemplo de colocação e traçado.

Peça fundida ( e m bruto).

Fig. 10 e Traçado paralelo ii base.

Fig. .I3

Peça acabada. Traçcrdo paralelo d base.

Fig. 11

Traçado paralelo ao eixo de ~ i i o dr stmrtrii

:o

Fig. 14 Fig. 15

É INDISPENSÁVEL O TRAÇADO DAS LINHAS DE CENTRO OU EIXOS, pois que é A PARTIR

DESTAS LINHAS OU EIXOS QUE SE TOMAM AS MEDIDAS PARA LQCALIZAR LINHAS DE CONTOR- NO QU CENTROS.

QUESTIONARIO

1) Por que é indispensável o traçado de linhas de centro ou de eixos?

2) Corno se maneja o graminho para fazer o traçado?

3) Quais são as referências para a colocação de uma peça qualquer no desempeno?

4) Como se colocam no desempeno peças com faces já usinadas e perpendiculares?

I 5) Como se colocam peças de forma qualquer? Faça esboços de alguns acessórios. I

MEC - 1965 - 15.000

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BROCA HELICOIDAL I FBLHA DE

AJUSiAWR I (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA INFORMAÇAO 9/ 1 I A broca helicoidal é a ferramenta que, to da broca, cujo corpo se apresenta com ares-

adaptada à máquina, produz na peça um furo tas e canais em forma de uma curva denomi- cilíndrico, em conseqüência de dois movimen- nada hélice. tos que se realizam ao mesmo tempo: rotação A broca helicoidal é também chamada e avanço. broca americana.

O nome "helicoidal" é devido ao aspec-

MATERIAL DA BROCA

É fabricada, em geral, de aço ao car- lor do atrito, desgastam-se menos, podem tra- bono. Para trabalhos que exijam, porém, alta balhar com mais rapidez, sendo, portanto, rotação, usam-se brocas de aço rápido. Estas mais econômicas. oferecem maior resistência ao corte e ao ca-

TIPOS USUAIS E NOMENCLATURA

Fig. 1 - Broca helicoidal de haste cilindrica.

_Espiga Horte I Corpo Arosto cortante

rn

Fig. 2 - Broca helicoidal de haste cônica.

As figs. 1 e 2 apresentam dois tipos usuais, que se diferenciam pela haste.

As brocas de haste cilíndrica usuais têm, em geral, diâmetros no máximo até 1/2". São prêsas por meio de mandris.

As brocas de haste cônica são, quase sempre, as de diâmetros acima de 1 /2". Pren- dem-se por meio de adaptação em furo cônico do próprio eixo, ou por meio de buchas de redução de furo cônico.

'\ Aresta do - ~ontg

Fig. 3

FUNÇõIES E CARACTERÍSTICAS DAS PARTES DA BROCA

1) Ponta da broca

É constituída por duas superfícies cônicas A ação da aresta é a de calcar o mate- que, no seu encontro, formam a aresta da rial, mediante a grande pressão causada pelo ponta (figs. 1 a 3). O ângulo destas duas movimento de avanço (fig. 3). A aresta da superfícies cônicas é denominado ângulo ponta não corta o material. da ponta.

dEC - 1965 - 15.000

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-

BROCA HELICOIDAL FOLHA DE AJUSTADOR (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA INFORMAÇAO 9 /2 I

A fig. 4 mostra, bem ampliado, um as- 3) Haste da broca pecto da ponta de uma broca helicoidal. Destina-se à fixação da broca na máquina.

As duas superfícies cônicas da ponta da Pode ser cilíndrica ou cônica. broca se encontram com as superfícies dos ca- As hastes cônicas dão um apêrto mais nais, formando as Arestos Cortantes (Fios ou enérgico. Por isso, usadas nas brocas de Gumes da broca). Na furação, o corte é pro- maiores diâmetros, que produzem maior es- duzido por estas arestas, como se vê na fig. 5: fôrqo no corte. c é o ângulo do gume, f o ângulo de folga ou de incidência e s o dngulo de saída do cavaco também conhecido por ângulo de ataque.

2) Corpo da broca

a) Guias - São estreitas superfícies heli- coidais que mantêm a broca em posição correta dentro do furo, sem produzir corte. O DIÂMETRO DA BROCA É MEDIDO

ENTRE AS DUAS GUTAS (fig. 4).

, b) Canais - São ranhuras helicoidais (fig. 5). Devido a esta forma helicoidal e ao gira da broca, os cavacos produzidos pe- las arestas cortantes vão sendo elevados e lançados para fora do furo.

c) Alma - É a parte central da broca (fig. Fig. 4

I 4), entre os dois canais. A alma aumenta ligeiramente de espessura à medida que se aproxima da haste, ou seja, os canais vão se tomando mais rasos. Isso aumen- ta a resistência da broca, que é sujeita constantemente a um esfôrço de torção, durante o corte.

O corpo da broca diminui ligeiramente de diâmetro, a partir da ponta até a haste na relação de 1 : 2.000. Dessa maneira, a broca não se agarra à superfície do furo, quando êste fôr profundo. Fig. 5

58 MEC - 1965 - 15.000

QUESTIONARIO

1) Quais são os tipos usuais de brocas helicoidais (tipos de haste)?

2) Para que servem as guias e os canais?'~ue é a alma da broca?

3) Por que o nome "helicoidal"? Qual o outro nome da broca helicoidal?

4) Explique onde e como se dá o corte, na broca helicoidal.

5) Quais são os materiais de que se fabricam as brocas?

6) Por que as hastes cônicas são usadas nas brocas de maiores diâmetros?

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I Fig. 2

Fig. 4

b

Fig. 6

271 1

Fig. 7

I

Devido à forma especial da broca heli- coidal, é pràticamente impossível medir, di- retamente e com exatidão, os ângulos c (ân- gulo cortante), f (ângulo de folga ou de inci- dência) e s (ângulo de saída ou de ataque), que influem nas condições do corte com a broca helicoidal (fig. 1).

A prática indica, entretanto, algumas regras que, se observadas na afiação da broca, dão-lhe as melhores condições de corte.

Fig. I

CONDIÇõES PARA QUE UMA BROCA FAÇA BOM CORTE

l.a) O ângulo da ponta da broca deve ser de llBO, para os trabalhos mais comuns 2 (fig. 2). YJ

Valores especiais que a prática já con- sagrou: 1500, para aços duros; 1250, para aços tratados ou forjados; 100°, para o cobre e o alumínio; 900, para o ferro fundido macio e ligas le-

ves; 600, para baquelite, fibra e madeira.

2.a) As arestas cortantes devem ter, rigorosa-

& Fig. 3

mente, comprimentos iguais, isto é, A = = A (fig. 3).

O

O ângulo de folga ou de incidência deve I .-

ter de 90 a 15O (fig. 4). Nestas condições, dá-se melhor penetração da broca.

Estando a broca corretamente afiada, a aresta da ponta faz um ângulo de 1300 com uma reta que passe pelo centro das guias (fig. 6).

Quando isto acontece, o ângulo de fol- ga tem o valor mais adequado, entre go e 150.

8 4.a) No caso de brocas de maiores diâmetros,

a aresta da ponta, devido ao seu tama- Fig. 5 nho, dificulta a centragem da broca e tam- bém a sua penetraqão no metal. É neces- sário, então, reduzir sua largura. Desbas- tam-se, para isso, os canais da broca, nas proximidades da ponta (fig. 5 e 7). Ete desbaste, feito na esmerilhadora, tem que ser muito cuidadoso, devendo-se retirar rigorosamente a mesma espessura, num e noutro canal.

MEC - 1965 - 15.000 139

FBLHA DE

TECNOL6GICA INFORMAÇÃO AJUSTADOR BROCA HELICOIDAL

(ÂNGULOS E AFIAÇÃO)

Page 88: 07 - Usinagem

I AJUSTADOR BROCA HELICOIDAL

(ÂNGULOS E AFIAÇAO)

VERIFICADOR DE ÂNGULOS DA BROCA

Para a verificação do ângulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usa- se o tipo de verificador da fig. 8.

AFIAÇÃO DA BROCA

A afiação se faz numa esmerilhadora, SENDO RECOMENDÁVEL O USO DE UM DISPOSI-

TIVO DE SUPORTE ANGULAR, como mostra a fig. 9. A broca fica em contacto com a face do rebôlo cilíndrico, como se vê na figura.

O suporte da broca gira, impulsiona- do a mão, por meio do eixo E. A amplitude dêsse giro é limitada a um ângulo de cêrca de 65O.

Como o ângulo de inclinação do su- porte é 590, para ângulo de ponta de l 180, re- sulta uma afiação correta, para o que concor- re também o uso do verificador (fig. 8), à medida do desenvolvimento do trabalho.

O rebôlo biselado (à esquerda, na fig. 9) serve para o desbaste dos canais, a fim de reduzir a aresta da ponta da broca.

QUESTIONARIO

1) Quais são os três ângulos do corte? 2) As arestas cortantes devem ter medidas iguais ou desiguais? 3) Qual o melhor ângulo da ponta da broca, para os trabalhos comuns? 4) Em que máquina se afia a broca? 5) Com que se verifica a afiação da broca? 6) Indique os ângulos da ponta da broca para furar: a) aço duro; b) cobre; c) fibra, ba-

quelite e madeira; d) ferro fundido macio; e) aço forjado. 7) Quais os melhores valores do ângulo de incidência ou de folga? Por quê? 8) Qual a inclinação normal das arestas de corte em re1ac;ão ao eixo? 9) Qual o ângulo da aresta da ponta com o diâmetro que passa pelas guias?

Page 89: 07 - Usinagem

TIPOS DE ENCAIXES OU ESCAREADOS

Os casos mais comuns são os indicados o furo; encaixe cônico, ou escareado pròpria- nas figuras acima: encaixe cilíndrico (fig. l), mente dito (fig. 2); fundo esférico (fig. 3). ou rebaixo cilíndrico, de maior diâmetro que

AJUSTADOR

I

Fig. I

FBLHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA

ESCAREADOR

Ao mecânico se apresenta, por vêzes, a mecânico a ser construído, não possa ou não necessidade de rebaixar furos cilíndricos, de deva ficar saliente. Tais são os casos de alguns modo a formar um encaixe. Destina-se êste, tipos de pinos com cabeça, parafusos, rebites em geral, à adaptação da cabeça de uma peça de cravação, etc. de ligação, que, pelas condições do conjunto

1 1 / 1

Fig. 2 Fig. 3

ESCAREADOR

Para executar a operação de rebaixar A fig. 4 mostra um escareador cilín- o furo ou de escareá-10, usa o mecânico um drico, com guia. A fig. 5 apresenta um esca- Escareador. É uma ferramenta de aço ao car- reador cônico de haste cilíndrica e a fig. 6 bono ou de aço rápido, que, como a broca, se um escareador cônico de haste cônica. pode adaptar diretamente no eixo porta-bro- ca, ou em bucha de redução, ou ainda em mandril.

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

r MEC - 1965 - 15.000 I

Page 90: 07 - Usinagem

AJUSTADOR FBLHA DE

I ESCAREADOR INFORMAÇÃO 1 1 12 i TECNOL6GICA

A fig. 7 apresenta outro tipo de escarea- férico, com espiga sextavada para encaixe em dor cônico. Na fig. 8 se vê um escareador es- mandril próprio. I

Espiga Bpigo

Haste -

Fig. 7 Fig. 8

MEDIDAS E ÂNGULOS DOS ESCAREADORES

São variadas as medidas, de acordo com os escareadores. Quanto aos ângulos dos esca- os furos cilíndricos em que devem ser usados readores cônicos, variam de 60° a 900.

MONTAGEM E CENTRAGEM DO ESCAREADOR

Na maioria das vêzes, o escareador é utilizado logo após a execução do furo. Em tais casos não há nenhum problema quanto à centragem. Retirando-se a broca, e, montan- do-se o escareador (ou na árvore, ou na bucha de redução, ou no mandril), já está feita a cen- tragem para o escareador, que é a mesma cen- tragem da broca.

No caso de escareador cônico, desejan-

do-se escarear um furo que já tenha sido des- locado, pode-se fazer uma centragem simples que dá resultados aceitáveis. Para isso, deixa- se ligeiramente frouxa a peça, aproximando-se do furo o escareador em movimento, sem fazer pressão. A própria rotação do escareador cen- tra o furo. Pára-se a furadeira e aperta-se a peça. Pode-se, depois disso, fazer o escareado no furo.

ESCAREADOR COM GUIA DE NAVALHAS INTERCAMBIAVEIS

A fig. 9 mostra um escareador com *'guia As navalhas intercambiáveis se montam e de navalhas intercambiáveis, usado para re- com as guias correspondentes, que são cilíndri- baixar furos. cas, ajustam-se ao furo já executado e man-

têm exata centragem.

Fig. 9.

QUESTIONARIO

1) Para que serve o escareador com guia? 2) De que material são feitos os escareadores? 3) Quanto mede o ângulo do escareador cônico? 4) Como se faz a montagem e a centragem de um escareador cônico? 5) Que C o escareador? Dê a nomenclatura das partes. 6) Para que serve o esceareador cônico? 7) Que vantagem apresenta o escareador-rebaixador de navalhas intercambiáveis?

f I

L2 I

MEC - 1965 - 15.000

Page 91: 07 - Usinagem

As vêzes, necessita o mecânico abrir menta chamada desandador (fig. 1) num furo rôsca manualmente, ou num furo passante, feito em medida conveniente. O desandador ou num furo não passante. Utiliza, então, funciona como uma alavanca, que possibilita uma ferramenta chamada macho (fig. l), ca- imprimir o movimento de rotação necessário paz de penetrar, pouco a pouco, por meio do à penetração do macho no furo. movimento de rotação que lhe dá outra ferra-

e:::.:.:.:. 3 ,::$33$;

AJUSTADOR

Fig. I

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓOICA,

MACHOS DE USO MANUAL E DESANDADORES

São ferramentas de aço de boa quali- 3 e 4). Não se usa o macho isoladamente. Em dade, temperado e revenido. Seu corpo apre- geral, são repassados no furo três tipos de ma- senta a maior parte roscada e interrompida chos que apresentam entre si algumas dife- por quatro ranhuras longitudinais (figs. 2, renças.

391 1

MACHO DESBASTADOR

Reconhecido pelo n.O 1, por entalhe circular, ou por

I Colar na haste - É cônico em certa L! porção, a partir da extremidade cada, tendo, por isso, alguns fil

ros- .êtes

I achatados (fig. 2). -

Filetes de rosca Calor ( marco)

CiI

Fig. 2 - Macho desbastador. ( E ~ C C lixe quadrado) I

dos (fig. 3).

N.O 3, ou com três entalhes circulares - Apenas a entrada (cêr- ca de dois filêtes achatados) é côni- ca. O restante do corpo apresenta dentes de perfil triangular de vér- tice agudo (fig. 4).

MACHO ACABADOR

Fig. 3 - Macho intermediário o u de corte.

Fig. 4 - Macho acabador.

MACHO INTERMEDIARIO Hasta ~ilíndrica

N.0 2, ou com dois entalhes circulares - Sua parte cônica é me- nor do que a do macho n.O l, apre- sentando uns poucos filêtes achata-

DESANDADORES

Os desandadores são de aço. Para ma- na fig. 1 (vista lateral) e na fig. 5 (vista de chos grandes e médios usa-se o tipo mostrado planta).

I I MEC - 1965 - 15.000 181

Page 92: 07 - Usinagem

F6LHA DE , AJUSTADOR MACHOS DE USO MANUAL E DESANDADORES TECNOLÓGICA INFORMAÇÁO 3912

Neste tipo os braços são rosqueados. adotar os seguintes valores: Dêsse modo, é possível a adaptação, no corpo, C = 25 d, para metais duros. de braços de comprimentos diferentes, con- C = 18 d, para metais macios. forme o esforço exigido pela operação. Sendo Os furos mais profundos exigem maior C o comprimento total do desandador e d o esforço para a penetração. diâmetro do macho, a experiência aconselha

O desandador funciona como alavanca. Assim, quanto maior for o seu comprimento, menor esforço será necessário para a penetração do macho.

Para roscar com machos pequenos, o que exige menor esfôrço, empregam-se os desandadores dos tipos apresentados nas figs. 6 e 7.

Encaixa da mocha

C H 8 1 J Fig. 7

MODO DE ROSCAR COM MACHO E DESANDADOR

A fig. 8 mostra a posição de segurar o desandador para girar o macho e fazê-lo penetrar no furo. É necessária, a princípio, certa pressão nos braços do desandador, para que as arestas cortantes dos filêtes do macho ataquem a parede do furo, penetrando no metal. A partir de certo ,momeilto, o esfôrço de corte é dificultado pela acumulação dos cavacos de metal nas ranhuras do macho. Gira-se então o desandador em sentido contrário, evitanda-se assim que, pelo excesso de pressão, venha o macho a quebrar-se.

Para roscar furos passantes, bastam os machos n . O s 1 e 2 (desbaste e corte). Para furos não passantes é que se torna necessário o n . O 3.

TABELAS DE FURAÇÃO

ROSCA MÉTRICA NORMAL

-- ..r- .-,c .cnnn

Diâmetro externo do macho em

mm

2,6

3 4

5

595 6

7

8

9

10

11

12

14

16

PARA PASSAR MACHOS

ROSCA WHITWORTH NORMAL

~ i â m e t r o externo do macho en

polegada

1/16"

3/32 " 1/8 " 5/32 " 3/16"

7/32"

1/4"

5/16'

3/8 " 7/16"

1/2 " 9/16"

5/8 " 3/4"

~ i â m e tro da broca

em mm

2,05

2,s

3,3

4 ~ 2

4,6 5

6

6,8

798

8,5

995

10,5

12

14

~ i â m e t r o da broca

em polegada

3/64'

5/64"

3/32"

1/8 " 9/64"

11/64"

13/64"

1/4"

5/16"

23/64"

27/64"

31/64'

17/32"

21/32 "

Diâme tro externo do macho em

mrn

18

2 O

22

24

2 7

3 0

3 3 3 6

3 9

4 2

4 5

48

52

Diâme tro da broca

em mm

15,s

17,5

19,5

2 1

24

26,5

29-5

3 2 3 5

37,5.

40,5

4 3

47

Diâmetro externodo macho em

polegada

7/8"

1 I'

11/8"

1 1/4"

1 3/8"

1 1/2"

1 5/8"

13/4"

1 7/8"

2"

2 1/4"

2 1/2'

r 23/4"

3"

Diâmetro da broca

em polegada

49/64"

7/8 " 63/64"

1 7/64"

1 7/32'

1 11/32"

1 7/16"

19/16"

1 21/32"

1 25/32"

2 1/64'

2 17/64'

231/64"

2 47/64"

Page 93: 07 - Usinagem

AJUSTADOR

O ferro fundido é um material metá- 5) Fácil de ser trabalhado pelas ferramentas lico refinado em fornos próprios, chamados manuais e de ser usinado nas máquinas. fornos cubilô (fig. 1). Compõe-se, na sua Pêso específico: 7,8g/ cm3. maior parte, de Ferro, pequena quantidade

6) Funde-se a 1 .200° C, apresentando-se de Carbono e quantidades também pequenas

muito líquido, condiqão que é a melhor de Manganês, Silicio, Enxôfre e Fósforo. De-

para a boa moldagem de peças. fine-se o ferro fundido como uma Liga Ferro- Carbono que contém de 2,5 % a 5 % de car- bono. Pelas suas características, o ferro fun-

O ferro fundido é obtido na fusáo da dido cinzento se presta aos mais variados tipos gusa; é, portanto, um ferro de segunda fusáo. de construção de peças e de máquinas, sendo,

impurezas do minério de ferro e do assim, o mais importante do ponto de vista da

carváo deixam, no ferro fundido, pequenas fabricação mecânica.

porcentagens de Silicio, Manganês, Enxôfre e Fósforo.

O Silicio favorece a formação de Ferro Fundido Cinzento.

O Manganês favorece a fonnação de Ferro Fundido Branco.

Tanto o silício como o manganês me- lhoram as qualidades do ferro fundido. O mesmo não acontece com o Enxofre e o Fós- foro, cujas porcentagens devem ser as menores possíveis para náo prejudicarem sua quali- dade.

CARACTERf STICAS

Ferro fundido cinzento

1) O carbono, neste tipo, se apresenta quase todo em estado livre, sob a forma de palhe- tas pretas de Grafita.

2) Quando quebrado, a parte fraturada é es- cura, devido à grafita.

3) Apresenta elevadas porcentagens de car- bono (3,5 % a 5 5) e de silício (2,5 %).

4) Muito resistente à compressão. Não resiste bem à tração.

Fig. I

MEC - 1965 - 15.000 97

FdLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

FERRO FUNDIDO (TIPOS, USOS, CARACTERÍSTICAS) 1 9/ 1

Page 94: 07 - Usinagem

FERRO FUNDIDO FBLHA DE

AJUSTADOR (TIPOS, USOS, CARACTERÍSTICAS) INFORMAÇÁO 1 912 TECNOLÓGICA L

Ferro fundido branco

1) O carbono, neste tipo, é inteiramente o branco .e pode ser trabalhado com ferramen- combinado com o ferro, constituindo um tas comuns de oficina, isto é, sofrer acaba- carbonêto de ferro (Cementite). mento posterior como aplainamento, tornea- . mento, perfuração, roscamento, etc.; ao passo

2) Quando quebrado, a parte fraturada é que o branco só pode ser trabalhado com brilhante e quase branca. ferramentas especiais, e, assim mesmo, com

3) Tem baixo teor de carbono (2,5 a 3 %) dificuldade, ou então com esmeril. Além de silicio (menos de 1 yo). disso, o ferro fundido cinzento apresenta

4) Muito duro, quebradiço e difícil de ser ainda apreciável resistência à corrosão. Possui,

usinado. Pêso específico: 7,1 g/cm3. também, mais capacidade de amortecer vibra- ções do que o aço. O emprêgo do ferro fun-

5) Funde-se a 1.160° C, mas não é Para dido branco se limita aos casos em que se a mO1dagem, Porque Permanece Pouco busca dureza e resistência ao desgaste muito tempo em estado bem líquido. altas, sem que a peça necessite ser ao mesmo

Concluímos, assim, que o ferro fundido tempo ductil. Por isso, dos dois tipos de ferro cinzento é menos duro e menos frágil do que fundido, o cinzento é o mais empregado.

I

i

98 MEC - 1965 - 15.000

QUESTIONARIO

1) Quais os usos do ferro fundido cinzento?

2) Quais são as características do ferro fundido branco?

3) Quais são as influências do enxofre e do fósforo no ferro fundido?

4) Quais são os dois tipos principais de ferro fundido?

5) Quais são as influências do silício e do manganês no ferro fundido?

6) Quais são as características do ferro fundido cinzento?

Page 95: 07 - Usinagem

Pode ser forjado. Pode ser laminado.

- TrefiloCBo de arames

Pode ser estirado e m fios (trefilado).

Pode ser soldado.

Pode ser curvado.

Pode ser trabalhado por ferramentas de corte.

Pode ser dobrado.

I

Apresenta grande resis- tência a ruptura.

I MEC - 1965 - 15.000 31

AJUSTADOR 1

O aço é O mais importante dos mate- O aço apresenta inúmeras característi- riais metálicos usualmente empregados nas cas. As mais importantes estão ilustradas nas oficinas. A grande maioria das peças de má- figuras abaixo. quinas são feitas de aço, por ser um material O aço é uma liga de ferro e carbono, que tem propriedades mecânicas muito con- na qual a quantidade de carbono varia de venientes. Sua cor é acinzentada. 0,05 a 1,7 %.

AÇO AO CARBONO (NOÇÕES GERAIS)

FBLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLóGICA

111

Page 96: 07 - Usinagem

AJUSTADOR AÇO AO CARBONO

(NOÇOES GERAIS) I FBLHA DE INFORMAÇAO 1 12 TECNOLóGICA I

Os aços, que têm maior quantidade de macios, vulgarmente conhecidos por FERRO

carbono, podem ser endurecidos por um pro- ou AÇO DOCE. Quando esmerilhados, despren-

cesso de aquecimento e resfriamento rápido dem fagulhas em forma de riscos (fig. 9). Os aços, que têm grande porcentagem

chamado TÊMPERA. de carbono, adquirem têmpera, são mais du- 0 s aços, que têm Pequena quantidade ros e desprendem fagulhas em formas de "es-

de carbono, não adquirem têmpera: são aços trelinhas" (fig. 10).

Fig. 10

FASES PARA A OBTENÇÃO DO AÇO

a) Derrete-se o minério de ferro, juntamente b) A gusa segue para o misturador, podendo com um fundente (pedras calcáreas) em ser, também, transformada em peças bru- fornos apropriados, usando-se o coque tas ou em lingotes. como combustível. Obtém-se, dessa forma, c) Do misturador, a gusa segue para os for- gás de iluminação, escória e gusa. nos de transformação em aço, denomina-

dos Bessemer, Siemens-Martins e elétri- COS.

RESUMO

M i l 0 f - - - - - F u n d r n R ~ ~

QUESTIONARIO

1) Como pode ser reconhecido o aço?

2) Que é o aço?

3) Todos os aços ao carbono podem ser endurecidos? Por quê?

4) Por que o aço é o material mais empregado nas oficinas mecânicas? 1,

5) Como são chamados os aços de pequena quantidade de carbono?

12 MEC - 1965 - 15.0

Page 97: 07 - Usinagem

Para diferentes usos industriais, o aço se apresenta usualmente sob as formas de Ver- galhões, Perfilados, Chapas, Fios e Tubos. Particularmente a denominação "Perfilados" se reserva aos vergalhões de aço de secções especiais como "L" (cantoneiras), "T", "Du- plo T", "Z", "U", etc.

Os Aços de baixo teor de Carbono (até 0,30 %) se apresentam em todas as formas acima indicadas. Os Aços de Têmpera, isto é, de médio e alto teor de carbono (acima de 0,30 %) se encontram no comércio mais co- mumente sob as formas de vergalhões (chatos, quadrados, redondos, sextavados), de chapas e de fios. São também comuns os aços chatos, de têmpera, para molas.

As chapas de aço são, em geral: Chapas Pretas, tais como saem dos laminadores, Cha- pas Galvanizadas, que sáo revestidas de uma

camada de zinco, por meio de banho, e Cha- pas Estanhadas (folhas-de-flandres) que, pelo mesmo processo, são revestidas de uma camada de estanho.

Os tubos de aço podem ser: Com cos- tura; comuns, os que resultam da curvatura de chapas estreitas, cujas bordas são encosta- das e soldadas por processo automático, e Sem costura, produzidos por meio de perfuração, a quente, em máquinas chamadas Prensas de Extltusão. Ambos os tipos podem ser galvani- zados ou não.

1 4/ 1

TABELAS COMERCIAIS

FBLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

AJUSTADOR

A título de exemplo, seguem-se tabelas parciais de Aços, com pesos unitários, para cálculos e orçamentos.

Aço (FORMAS COMERCIAIS)

PESOS EM I' POR METRO

1/2"19/16" 1 5/8"1 3/4"

(continua) I I I MEC - 1965 - 15.000 7 3

Page 98: 07 - Usinagem

AÇOS QUADRADO, REDONDO, SEXTAVADO ( vEEGALEÕEs: 6m - PESOS EM

i - -

CANTONEIE

ESPESSURA DE

ABAS

AJUSTADOR

LBAS IGUAIS

ESPESSWB DE 3/16'

ABAS kg/m

l"xl t l 1,730

1 1/8"xl 1/8" 1,960

1 1/4"x1 1/41' 2,190 1 1/2I1x1 1/2" 2,660

1 3/4"xl 3/4' 3,150 2 "x2 I' 3,630

2 1/4"x2 1/4" 4,090 2 1/2"x2 1/2" 4,570

2 3/4"x2 3/4" 5,040

I I CHAPAS PRETAS I

(continuação)

Aço (FORMAS COMERCIAIS)

ESPESSWB ESPESSUBA FIEIRA "USOt1 lkglm2 I I FIEIRA "USOn

MEDIDA

2 1/4" 2 5/16"

2 3/8"

2 7/16" 2 1/2"

2 5/8"

2 3/4"

2 7/8" 3"

F6LHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

QUILOS

H 25,620

27,060 28,540

30,060

31,620

34,870

38,270

41,820

45,540

1 412

POR METRO)

PI&BFILADOS "T" DE ABAS ICBAIS s&L II

QUESTIONARIO

1) Como é fabricado o tubo sem costura? E o tubo com costura?

2) Quais são as formas dos aGos para usos industriais?

3) Quais são os tipos de chapas?

1 MEC - 1965 - 15.000

I I

Page 99: 07 - Usinagem

TIPO DO PORCEN-

AÇO-LIGA TAGEM DA CARACTERÍSTICAS DO AÇO USOS INDUSTRTAIS ADIÇAO

AJUSTADOR

Resistem bem a ruptura e ao l a l O y o . choque, quando temperados e de níquel revenidos

FaLHA DE USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS INFORMAÇÁO 18/1

TECNOLÓGICA

Peças de automóveis Peças de máquinas Ferramentas

Resistem bem a tração a %' Muito duros - Temperáveis

de níquel em jato de ar

Blindagem de navios Eixos - Hastes de freios Projetis

Válvulas de motores térmicos Inoxidáveis

20 a 50 % Resistências elétricas Resistentes aos choques

de níquel Cutelaria Resistentes elétricos Instrumentos de medida

Resistem bem a ruptura Até 6 % Duros de cromo Não resistem aos choques

-

11 a 17 % Inoxidáveis de cromo

20 a 30 % I Resistem a oxidação, mesmo a de cromo I altas temperaturas

Esferas e rolos de rolamentos Ferramentas Projetis - Blindagens

Aparelhos e instrumentos de medida - Cutelaria

Válvulas de motores a explosão Fieiras - Matrizes

4 w 0,5 a 1,5 % Grande resistência 0. de cromo Grande dureza - Muita resis- Virabrequins - Engrenagens W 125 a 5 % Eixos - Peças de motores de Z tência aos choques, torção e

de níquel flexão grande velocidade - Bielas W

AEC - 1965 -

8 a 2 5 % Inoxidáveis de cromo Resistentes à ação do calor 18 a 25 % Resistentes à corrosão de ele- de níquel mentos químicos

7 a 2 0 % Extrema dureza

de manganês Grande resistência aos choques e ao desgaste

Resistência à ruptura

1 a 3 % Elevado limite de elasticidade de silício Propriedade de anular o

magnetismo

Portas de fornos - Retortas Tubulações de águas salinas e gases - Eixos de bombas Válvulas - Turbinas

Mandíbulas de britadores Eixos de carros e vagões Agulhas, cruzamentos e curvas de trilhos Peças de dragas

Molas - Chapas de induzidos de máquinas elétricas Núcleos de bobinas elétricas

Page 100: 07 - Usinagem

I FÔLHA DE

AJUSTADOR USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS INFORMAÇAO 1 812 TECNOLÓGICA

TIPO DO PORCEN* i AÇO-LIGA TAGEM DA CAISACTERÍSTICAS DO AÇO USOS INDUSTRIAIS ADIÇÃO

3 03" ' 1 % silício

Grande resistência a ruptura Molas diversas ow C.3 1 % manga- Elevado limite de elasticidade Molas de automóveis e de car- - q j z

rn 4 nês ros e vagões 2

2 Z Dureza - Resistência a ruptu- Ferramentas de corte para al-

I Õ F 1 a 9 % de ra - Resistência ao calor da tas velocidades

I gz tungs tênio abrasão (fricção) Matrizes Z Propriedades magnéticas Fabricação de ímãs

Fi

õL$ Dureza - Resistência a ruptu- Não é comum o aço-molibdê-

- go @l ra - Resistência ao calor da nio simples - O molibdênio

I Z Q abrasão (fricção) se associa a outros elementos

8 a 2 0 % de tungstênio

1 a 5 x d e vanádio

Até 8 % de molibdênio

3 a 4 Z d e cromo

0,85 a 1,20 %.de alumínio

0,9 a 1,80 % de cromo

Uureza - Resistência a ruptu- ra - Resistência ao calor da abrasão (fricção)

Propriedades magnéticas Dureza - Resistência a ruptu- ra - Alta resistência à abrasão (fric~ão)

Excepcional dureza em virtu- de da formação de carbonêto

Resistência de corte, mesmo com a ferramenta aquecida ao rubro, pela alta velocidade

A ferramenta de aço rápido que inclui cobalto, consegue usinar até o aço-manganês, de grande dureza

Possibilita grande dureza su-

perficial por tratamento de ni-

tretação (termo-químico)

Não é usual o aço-vanádio sim- ples - O vanádio se associa a outros elementos

fmãs permanentes Chapas de induzidos Não é usual o aço-cobalto sim- ples

Ferramentas de corte, de todos

os tipos, para altas velocidades

Cilindros de laminadores

Matrizes

Fieiras

Punções

Camisas de cilindro removí-

veis, de motores a explosão e

de combustão interna

Virabrequins - Eixos

Calibres de medidas de dimen-

sões fixas

MEC - 1965 - 15.0

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FASES DA OPERAÇAO

AJUSTADOR

1.O) AQUECIMENTO lento e uni- um modo geral, como exemplo, a tempera- forme até que o aço adquira por completo a tura de têmpera pode atingir aproximada- temperatura de têmpera (aproximadamente mente os valores a seguir: 50° acima do ponto de transformação). De

Aços meio-duros (0,4 a 0,6 % de carbono): 750° + 50° = 800° C

A TÈMPEFM DO AÇO

Aços duros (0,6 a 0,8 % de carbono): 735O + 50° = 785O C

Aços extra-duros (0,8 a 1,5 Q/, de carbono): 720° + 50° = 770° C

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓOICA

2.O) MANUTENÇÃO DA TEMPE- RATURA DE TÊMPERA - Entre o mo- mento em que o PIROMETRO (aparelho indicador da temperatura do forno) mostra a temperatura da têmpera e o momento em que a peça se torna totalmente aquecida, passam alguns minutos. Deve-se manter a peça no forno, portanto, mais algum tempo: cêrca de 3 minutos para peças delgadas e 10 minutos para peças pesadas.

2911

3.O) RESFRIAMENTO - Passa-se a peça o mais ràpidamente possível do fogo para o banho de resfriamento. Deixa-se que se res- frie ràpidamente até cêrca de 400° C. A par- tir daí, a temperatura deve baixar lentamente. O resfriamento, assim em duas fases, diminui as possibilidades de deformação da peça e de ocorrência de fendas ou fissuras na massa do aço, devido às tensões internas.

TEMPERATURAS E CORES DE AQUECIMENTO

1.O) Os técnicos ou operários de gran- racterísticas por que passa a superfície da de experiência avaliam as temperaturas, com peça. Eis uma tabela: grande aproximação, por meio das cores ca-

Castanho escuro 520° C - 580° C Vermelho cereja escuro 750° - 780° C

Castanho avermelhado 580° C - 650° C Vermelho cereja 780° - 800° C

Vermelho escuro 650° C - 750° C Vermelho cereja claro 800' - 830° C

Êsse método de avaliação pelas cores, peraturas exige um aparelho de medida sen- ainda que muito usado, conduz a erros até sível e delicado, que se denomina PIRBME- 150° C aproximadamente, pois depende de TRO. Os tipos usuais são: apreciações pessoais pouco rigorosas. Não é a) pirômetro termoelétrico; aconselhável em têmperas de responsabilida- de, das quais devam resultar propriedades b) pirômetro btico; muito especiais do aço. c) pirômetro de dilatação;

2.O) A determinação precisa das tem- d) cones fusíveis.

1) Para trabalhos comuns de tratamen- to térmico (ferramentas manuais), realiza-se o aquecimento na forja, com carvão ligeira- mente umedecido e envolvendo bem a peça (fig. 1).

2) Ainda em trabalhos comuns, usa-se o aquecimento, por vêzes, por meio do ma- çarico de oxiacetileno. Sdka dB*b

Fig. 1 - Aquecimento na forja.

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F6LHA DE INFORMAÇÃO 2912

I AJUSTADOR . A TEMPERA DO AÇO I

TECNOL6GICA I

r

Fig. 2 - Aquecimento no forno a óleo. Fig. 3 - Aquecimento no forno elétrico. .

3) Em trabalhos de responsabilidade, bilidade, usam-se líquidos em elevada tem- utilizam-se os fornos a óleo (fig. 2), ou a gás peratura: sais químicos (cloretos e nitratos); (do mesmo tipo), ou ainda os fornos elétricos chumbo em fusão; óleos minerais. As peças (fig. 3). são mergulhadas totalmente nesses banhos,

4) Também em têmperas de responsa- durante o tempo necessário.

MEIOS DE RESFRIAMENTO

Os fluidos usados na têmpera têm a 3) óleos vegetais e minerais. Produz finalidade de provocar o resfriamento rápido têmpera mais suave, sendo lento o resfria- das peças, das quais êles retiram o calor. São mente em relação aos dois primeiros fluidos usados, em geral, um dos seguintes banhos de têmpera:

1) água, com temperatura de 15 a 4) corrente de ar frio, para fraca ve- 20° C (água fria). Produz a chamada TEM- locidade de têmpera. É usada na têmpera de PERA SECA, que endurece bem o aço, sendo aços rápidos; rápido o resfriamento;

2) solução de água e soda ou cloreto 5) banhos de sais quimicos ou de chum- de sódio. Produz a chamada T ~ M P E R A bo fundido, OU de zinco fundido. São também MUITO SECA; usados para a têmpera de aços rápidos.

QUESTIONARIO

1) Quais são os meios de aquecimento para tratamento térmico?

2) Indique as particularidades das fases da operação de têmpera do aço.

3) Quais as temperaturas de têmpera? Quais os meios de resfriamento?

144 MEC - 1965 - 15.000

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Fig. 1

Calor Imodiado

AJUSTADOR

Fig. 2

O revenimento do ajo tem a importan- ta de pequena diminuição da dureza. Assim, te finalidade de anular pràticamente a fragili- pois, o revenimento é um tratamento térmico dade que resulta da têmpera do metal, à cus- que só se aplica ao aço temperado.

NOÇÃO DO FENBMENO DO REVEPJIMENTO

Devido ao resfriamento rápido, a têm- de carbono), as experiências demonstram que pera produz tensões internas, que tornam o reaquecendo-se após a têmpera, entre 200° aço muito frágil. ~ea~uecendo-se o aço, após a e 3250, isto é, révenindo-se, pràticamente se têmpera, até que uma gota d'água borbulhe anula a fragilidade (o aço fica com alta resi- na superfície do aço (ou seja, até cêrca de liência). Continua entretanto muito satisfató- 100°), êsse reaquecimento apenas alivia as ten- ria a dureza, apesar de inferior à da têmpera. sões internas. A partir daí, prosseguindo-se no Conforme, pois, as instruções do fabricante aquecimento, dá-se gradualmente diminuição do aço, em certa temperatura da faixa acima da dureza e diminuição da fragilidade. Nos indicada (2000 a 325O), faz-se cessar o aqueci- aços de boa têmpera, sobretudo os destinados mento, mergulhando-se a peça na água ou no a ferramentas de corte (com 0,7 Q/, ou mais óleo ou expondo-a naturalmente ao ar.

AQUECIMENTO DO AÇO PARA O REVENIMENTO

Em instalaçôes industriais importantes, faz-se o aquecimento em fornos a gás, em for- nos elétricos ou em banhos de óleo aquecido ou ainda em banhos de sais minerais, ou chum- bo em fusão. O controle da temperatura se faz por meio de pirômetros.

Comumente, na oficina mecânica, para as ferramentas manuais comuns, usa-se um dos processos indicados nas figuras 1 e 2.

REVENIMENTO AO CALOR DA FORJA (fig. 1). A ferramenta, após a têmpera, é exposta acima do fogo da forja, recebendo o calor por irradiação. Como o controle da temperatura é visual (pelas côres do revenimento), tal pro- cesso sujeita o mecânico a erros, pois as fuma- ças de carvão, que se desprendem, dificultam apreciar a coloração adequada ao revenimento.

o

REVENIMENTO AO CALOR DE UM BLOCO

DE A ~ O AQUECIDO (fig. 2). É êste o processo mais aconselhável nos

trabalhos usuais da oficina. Um bloco volu- moso de aqo de baixo teor é aquecido ao ver- melho. A ferramenta temperada, e polida na. parte a ser revenida, é exposta, nessa região, ao forte calor que se irradia do bloco. A fer- ramenta vai sendo progressivamente aquecida até surgir a coloração que indique o momento de revenir.

OBSERVAÇÃO :

Tratando-se de peças mais espêssas, de- ve-se apoiá-las diretamente no bloco aquecido.

MEC - 1965 - 15.000 145

FOLHA DE INFORMACÁO TECNOLÓGICA

REVENIMENTO DO AÇO 30/ 1

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Se uma barra temperada for bem poli- do em virtude do aquecimento. As cores do da e depois submetida ao calor, nota-se que revenimento são úteis para indicar as tempe- adquire sucessivamente diversas côres, à me- raturas aproximadas, à simples vista, quando dida que aumenta a temperatura. São as cha- O operário OU O técnico adquire bastante prá- madas côres do revenimento. Resultam das di- tica. Eis a tabela das cores. ferentes camadas de óxido que se vão forman-

I

Amarelo claro Amarelo palha Amarelo Amarelo escuro Amarelo de ouro Castanho claro Castanho avermelhado Violeta Azul escuro Azul marinho Azul claro Azul acinzentado

MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA DO REVENIMENTO

AJUSTADOR

1 Como no caso da têmpera, uma vez atin- calor por alguns momentos, de modo a per- gida a temperatura desejada (acusada pelo pi- mitir que o grau de aquecimento se torne uni- rômetro ou pela cor), mantém-se a peça ao forme na peça.

CORES DO REVENIMENTO

FGLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

REVENIMENTO DO AÇO

RESFRIAMENTO

3012

Alcançada a temperatura adequada, faz- no revenimento. Deve-se, entretanto, sempre se cessar a exposição ao calor e, em geral, se que possível, em peças de responsabilidade, deixa a peça resfriar-se naturalmente ao ar. evitar o resfriamento rápido, que poderá cau- É êste um meio de resfriamento lento, que sar fissuras ou fendas. Usam-se, além do ar, evita a criação de tensões internas. outros meios de resfriamento tais como a água

A velocidade de resfriamento não influi e o óleo.

QUESTIONÁRIO

1) Por que não convém o revenimento com aquecimento na forja?

2) Qual a finalidade do revenimento? Aplica-se ao aço doce? Por quê?

3) Quais os dois processos comuns de aquecimento para revenir? Explique-os.

4) Como se resfria a peça no revenimento?

5) Quais os limites de temperatura para o revenimento?

6) Cite as côres e as respectivas temperaturas mais usuais no revenimento.

I MEC - 1965 - 15.000

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Dos materiais metálicos o aqo é o mais que se presta, em virtude das suas proprieda- -

importante, pela variedade de utilizações a des mecânicas.

Aço ' RETIFICADOR

(CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇKO)

CARACTERÍSTICAS

1) Côr acinzentada.

2) Pêso específico - 7,8 kg/dm3 ou 7,s g/cm3.

3) Temperatura em que se funde - 1.350 a 1.400° C.

3

4) Maleável (larnina-se bem).

5) Dúctil (estira-se bem em fios).

6) Tenaz (resiste bem à tração, à compressáo e a outros esforços de deforma~áo lenta).

7) Deixa-se trabalhar bem pelas ferramen- tas de corte.

FÔLHA DE INFORMACÃO TECNOLóGICA

8) Apresenta boa resiliência, isto é, resiste bem aos choques.

'1.31

9) Deixa-se soldar, isto é, uma barra de aço liga-se a outra pela açáo do calor (solda autógena) ou pela açáo combinada do calor com os choques, na bigorna ou no martelete (caldeamento).

10) Com determinadas porcentagens de car- bono, apresenta condi@es especiais de dureza (adquire Têmpera).

11) Com determinadas porcentagens de car- bono, é mais elástico.

12) Oferece grande resistência à ruptura.

Para fins práticos, classificam-se os aços Quando se diz, por exemplo, que um pela resistência à ruptura. Esta característica aço tem a resistência de 45 kg/mm2, isto signi- mecânica se verifica experimentalmente em fica que o fio dêste aço, com a seçáo de 1 mm2, laboratórios. A resistência à ruptura é medida rompe-se, quando o esforço aplicado nos ex- em quilogramas por milímetro quadrado tremos fôr de 45 kg. (abreviatura: kg/mm2).

INFLUENCIA DO CARBONO NAS CARACTERfSTICAS DO AÇO

I A porcentagem de carbono influi em 2) Diminuição da Resiliência e da Maleabili- importantes características do aço. Quando dade. Aumenta o carbono no aço resulta: Sòmente se consegue efeito sensível da I 1) Aumento da dureza e da resistência à tra- têmpera (endurecimento do aço) a partir de

ção. 0,4 % de carbono. A têmpera, aumentando a dureza do aqo permite-lhe usos industriais de grande importância.

CLASSIFICAÇAQ DQS AGOS

Há duas classes gerais: Aços ao Carbo- no e Aços fipeciais ou Aços-Liga. Estes são os que, além do carbono, recebem, na fabri-

casáo, a adição de um ou mais dos elementos seguintes: Níquel, Cromo, Vanádio, Cobalto, Silicio, Manganês, etc.

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. ~

. .

. . A ç o F6LHA DE RE'TIFICAWR (CARACTERÍSTICAS E - CLASSIFICAWO) INFORMAÇÃO 1.32 - TECNOL6GICA

I I

CLASSIFICAÇAO DOS AÇOS AO CARBONO E SEUS USOS GERAIS

QUANTO A TÊMPERA zq- Não

Extradoce adquire têmpera

Não Doce adquire

têmpera

Apresenta Meio-doce início

de. têmpera

Adquire Meioduro boa

têmpera

Duro Adquire a têmpera

ExtI;i-Duro fácil

MALEABILIDADE E

SOLDABILIDADE

Grande maleabilidade.

Fácil para soldar-se

Maleável Soldável

Difícil para .

soldar-se

Muito difícil para

soldar-se

Não se

.solda

USOS

Chàpas - Fios - Parafu- sos - Tubos estirados - Produtos de caldeiraria

Barras larninadas e perfi- ladas - Peças comuns de mecânica

Peças especiais de máqui- nas e motores. Ferramen- tas para a agricultura

Peças de grande duréza - Ferramentas de corte -

1 Molas - Trilhos

Peças de grande dureza e resistência - Molas - Ca- bos - Cutelaria

QUESTIONARIO

1) Com mais carbono no aço, que acontece com a resiliência e a maleabilidade?

2) Quais as características do aço?

3) A partir de que porcentagem de carbono o aço se endurece na têmpera?

4) Para fins práticos, como se classificam os aços?

5) A dureza e a resistência à tra~ão aumentam com mais carbono no aço?

6) Compare três características práticas do aço meiodoce, aço doce e aço duro?

7) Que são aços especiais? Cite elementos que tornam especial o aço.

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E AÇOS AO CARBONO E AÇOS ESPECIAIS FoLHA DE RETIFICADOR INFORMAÇÁO 1 -34 INFLUENCIAS DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES TECNOLÓGICA

Manganês

Os aços com 1,5 a 5 O;1, de manganês são frágeis. O manganês, entretanto, quando adicionado em quantidade conveniente, au- menta a resistência do aço ao desgaste e aos choques, mantendo-o dútil.

O aço-manganês contém usualmente de 11 a 14 % de manganês e de 0,8 a 1,5 0/, de car- bono.

Tungstênio

É geralmente adicion;ido aos aços com outros elementos. O tungsthio aumenta a resistência ao calor, a dureza, a resistência à ruptura e o limite de elasticidade.

- 0 s aços com 3 a 18 yo de tungstênio e 0,2 a 1,5 % de carbono apresentam grande resistência mesmo em elevada temperatura.

Molibdênio

Vanádio

Melhora, nos aços, a resistência à ira- ção, sem perda de dutilidade, e eleva os limi- tes de elasticidade e de fadiga.

Os aços-cromo-vanádio contêm, geral- mente, de 0,5 a 1,5 yo de cromo, de 0,15 a 0,3 yo de vanádio e de 0,13 a 1,l Oj', de car- bono.

Silício

Aumenta a elasticidade e a resistência dós aços.

Os aços-silício contêm de '1 a 2 O;1, de silício e de 0,l a 0,4 yo de carbono.

O silício tem o efeito de isolar ou supri- mir o magnetismo.

Cobalto

Influi favoràvelmente nas propriedades magnéticas dos aços. Além disso, o cobalto, em associação com o tungstênio, aumenta a resistência dos aços ao calor.

Sua ação nos aços é semelhante à do Alumínio tungstênio. Emprega-se, em geral, adicionado Desoxida o aço. No processo de trata- com 0 cromo, produzindo os c rom~mO- mento termo-químico chamado nitretaçáo, libdênio, de grande resistência, principal- combina-se com o azoto, favorecendo a forma- mente a esforços repetidos. ção de uma camada superficial duríssima.

1) Quais os elementos que compõem os aqos-ligas usuais?

2) Indique algumas das influêhciab de cada elemento sobre os aqos.

3) O que são os aqos-carbono? O que são os aços-ligas?

4) Quais as influências do carbono, manganês r silício nos aqos comuns?

5) Quais as influências do fósforo e do enxofre nos aços?

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NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS I FBLHA DE

TÉRMICOS DO AÇO INFORMAÇAO 1 2.1 TECNOL6GICA I

É do conhecimento do homem, há muitos séculos, que o aquecimento e o res- friamento do aço modificam suas proprieda- des. O estudo da estrutura interna do aço, por meio do microscópio, e as numerosas ex- periências feitas para atender às exigências industriais levaram à conclusão de que as mudanças íntimas na estrutura metálica obe- decem a condições determinadas. Descobriu-

se que, não sòmente as temperaturas, mas também a velocidade' de variação das tempe- raturas, influem para dar ao ago certas pro- priedades mecânicas.

Todo processo no sentido de alterar a estrutura do aço por meio de aquecimento e resfriamento é denominado tratamento tér- mico.

FASES DO TRATAMENTO TÉRMICO

Todo tratamento térmico comporta 2) Manutenção numa temperatura determi- três fases distintas: nada 1) Aquecimento 3) Resfriamento.

FZNALIDADES DO TRATAMENTO TiIRMICO DOS AGOS

Qualquer tratamento térmico do aço 2) seja para restabelecer no aço (cuja estru- pode servir: trutura se alterou pelo trabalho de marte- 1) seja para dar-lhe propriedades particulares lagem ou de laminaçáo, por exemplo, ou '

(tais como dureza ou maleabilidade, por por outro tratamento térmico) as proprie- exemplo) qlxe permitam seu emprêgo em dades que êle apresentava anteriormen- condições mais favoráveis; te.

TIPOS DE TRATAMENTO TÉRMICO DOS aços

Há duas classes importantes de trata- mentos térmicos dos aços: 1.a) Os que modificam as características me-

cânicas e as propriedades do aço, por simples aquecimento e resfriamento, es- tendendo-se a tôda a massa do mesmo.

São: a) Têmpera b) Revenimento c) Recozimento

2.a) Os que modificam as características me- cânicas e as propriedades do aço, por processos termo-químicos, isto é, aqueci- mento e resfriamento, com reações quí- micas. Tais processos apenas modificam a estrutura e as características mecânicas de uma camada superficial do aço. São:

a) Cementação

b) Nitretação

CARACTERIZAÇAO GERAL DE CADA UM DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS

É o tratamento térmico por meio do qual um aço é aquecido até determinada tem-

Em poucas palavras, será explicado, a peratura, igual ou acima de um chamado seguir, em que consiste cada tratamento tér- ponto de transformação do aço e, em seguida, mico. resfriado bruscamente pela imersão na água,

no 6le0, ou por exposição a uma corrente de ar, conforme o caso.

Efeitos principais da têmpera: endu- rece o aço, mas, ao mesmo tempo, o torna frágil.

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-w NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS FGLHA DE

RETIFICADOR TÉRMICOS DO AÇO INFORMAÇÃO 12.2 TECNOLÓGICA

-

É o tratamento térmico que consiste Efeitos principais do revenimento: dá em reaquecer um aço já temperado, até uma ao aço dureza pouco inferior à da têmpera, certa temperatura bem abaixo do ponto de mas reduz grandemente a fragilidade. transformação, deixando-o depois resfriar-se lenta ou bruscamente, conforme o caso.

RECQZIMENTO

É o tratamento térmico que se faz Efeitos principais de recozimento: aquecendo um aço a uma temperatura igual abranda o Aço temperado (isto é, suprime a ou 'maior que a de têmpera, deixando-o de- dureza da têmpera), recupera o Aço prejudi- pois resfriar-se lentamente dentro de cinzas, cado ;belo superaquecimento, melhora a es- ou areia, ou cal viva. trutura intima dos aços fundidos, laminados

Particularmente, um recozimento cha- ou forjados e anula tensões internas. mado normalização se aplica aos aços depois de fundidos, ou laminados, ou forjados.

Consiste em aquecer o aço, juntamente tando as peças e o material cementante den- com um outro material sólido, líquido ou tro de caixas apropriadas. O resfriamento gasoso, que seja rico e m Carbono, até tempe- deve ser lento. Depois da cementação, tem-

I ratura acima do ponto de transformação. Esse pera-se o aço cementado. aquecimento se faz durante várias horas, es-

NITRETAÇÃO

É um processo semelhante à cemen- tação. O aquecimento do aço, porém, se faz juntamente com um corpo gasoso denomi- nado Azôto. Em geral, êste tratamento termo- químico é aplicado em aços especiais que contêm certa porcentagem de Alumínio para diminuir ou limitar a penetração do azoto na massa do aço.

Efeitos principais da cementação e da nitretação: aumentam a porcentagem de car- bono em uma fina camada superficial do aço, sem modificar a estrutura do interior da peça, que pode ser até aço doce. Desta forma, o aço que foi cementado, ao ser temperado, tem endurecida apenas a sua camada superficial, enquanto a nitretação endurece também, sem necessitar de têmpera.

QUESTIONARIO

1) Em poucas palavras, diga o que é cada um dos tratamentos térmicos.

2) Quais as finalidades do tratamento dos aços?

3) Quais são os tratamentos térmicos que sòmente alteram a camada superficial do aço?

4) Quais são os tratamentos térmicos que atingem toda a massa do aço?

I 5) Que é um tratamento térmico? Quais são as suas fases? I

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GARACTERIZAGÃO DOS ANGULQS QA FERRAMENTA DE CORTE

AJUSTADOR

i

A fig. 1 apresenta as três vistas de uma ferramenta de corte da plaina (Ferramenta de desbastar à direita) nas quais estão indicados os seguintes ângulos :

FGLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

FERRAMENTAS DE A ç o RAPiDo DA (ÂNGULOS E PERFIS)

Tendo em vista a obtenção das melho- periências, de que resultou o estabelecimento res condições técnicas. e econômicas, em cada de certos ângulos na ferramenta de corte, tipo de trabalho ou em cada tipo de material /assim como de determinados perfis. a usinar, foram feitos numerosos ensaios e ex-

s = ângulo de saída ou de ataque posterior.

1 61 1

c = ângulo do gume ou ângulo de cunha.

f = ângulo de folga frontal ou de incidên- cia.

sl = ângulo de saída lateral. fl = ângulo de folga lateral. af = ângulo da aresta de corte frontal. al = ângulo da aresta de corte. lateral. ap = ângulo de folga da ponta. ab = ângulo do bico ou de resistência.

Soma c + f = ângulo de corte.

A concordância das arestas frontal e la- teral se faz geralmente por um arco de peque- na curvatura, sendo o raio r variável de 0,5 mm a 3 mm, conforme a natureza do trabalho (fig. 2).

Os ângulos f e fl (folgas frontal e late- ral) são sempre de,40 a 50 nas ferramentas de plaina.

A tabela abaixo indica valores dos di- versos ângulos, para diferentes materiais.

Fig. 2 1

VALORES USUAIS DOS ANGULOS DA FERRAMENTA DE CORTE

I MEC - 1965 - 15.000 8

MATERIAL A APLAINAR

Ferro fundido duro Ferro fundido macio

Aço ex t ra duro Aqo duro Aço doce Bronze e l a t ão duros Bronze e l a t ão macios

Cobre Aluniinioemetaiemaoioa

Plást icos

SA~DA s

0' 5

10 20

2 2 a 3 0 6 4 a 5 5 O

10 16 40

Oa(-5Oj86

CUNHA C

86'8 85' 8 1 a 8 0 7 6 a 7 5 6 6 a 6 5

86 .85 7 6 a 7 5

70 a 69 46 a 4 5

a 90

FOLGA f e f l

4Oa 5' 4 a 5 4 a 5 4 a 5 4 a 5 4 a 5 4 a 5

4 a 5 4 a 5

4 a 5

SA~DA LATERAL

sl

5Oa 10 o 1 2 a 1 8

1 0 a 1 5 1 2 a 2 0 1 5 a 2 5 Oa(-4')

O a 5

20 a 30 1 5 a 2 0

20 a 35

ARESTA LATERAL

a1

o - o I % co h $0 .ae

O 0 0 o a o rl m

a

a+ o a 4 - A A z,:! tu o MP( Q,

u k 8 @ a

UJ ã A 'i

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Fig. 3 Fig. 4

AJUSTADOR

Fig. 5

F6LHA DE ,NFo~~Ac. TECNOLÓGICA

FERRAMENTAS DE AÇO RAPIDO DA PLAINA (ÂNGULOS E PERFIS)

As figs. 3 e 4 mostram as estrias ou ra- Para remover essa aspereza basta que, nhuras da superfície aplainada que resultam na ferramenta de alisar (Fig. 5), se esmerilhe respectivamente do uso de uma ferramenta de um pequeno achatamento medindo 1, 5 a 2 ponta aguda e de uma ferramenta de ponta vêzes o avanço por golpe. arredondada.

1612

O ÂNGULO DE OBLIQUIDADE DO CORTE

Na saída lateral da ferramenta de des- fórmula deduzida matemiticamente derermi- bastar, devem ser distinguidos dois ângulos. na o valor de 170 aproximadamente para o Realmente, além do ângulo sl de saída lateral ângulo de obliquidade do corte. (que se mede num plano perpendicular ao eixo I

longitudinal da ferramenta), há o ângulo real de saída lateral ou ângulo de obliquidade do corte, que se mede num plano CC' (Fig. 6) perpendicular à aresta lateral de corte. Êste &n&lo influi no enrolamento do cavaco, ao qual determina a direção de saída.

O ângulo de obliquidade do corte de- pende de três ângulos (Fig. 6): s (saída pos- terior), sl (saida lateral) e a1 (ângulo da aresta lateral de corte).

No caso, por exemplo, da fig. 6, sendo s = 100, sl = 15O e a1 = 40°, o cálculo de uma

Fig. 6 - Plano CC' perpendicular à aresta lateral de corte.

EXEMPLQS DE ALGUNS PERFIS DAS FER&%MENTAS' DE CORTE DE PLAlNA

I Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9 Fig. 10 Fig. 11 Fig. 12 I I I 86 MEC - 1965 - 15.000

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FERRAMENTAS DE CORTE DA PLAINA FBLHA DE AJUSTADOR INFORMAÇAO 21 / 1 (CARACTERÍSTICAS E FORMAS GERAIS) TECNOLóGICA

O mecânico usa, na plaina limadora, duro, para usinar o ferro fundido, o aço e ou- uma ferramenta de corte, de material muito tras ligas ou metais.

FORMAS GERAIS DA FERRAMENTA DE CORTE

C São as indicadas nas figs. 1, 2 e 3. A

fig. 1 apresenta uma ferramenta reta, fixada, e apertada por meio de calço, no porta-ferra- menta. A fig. 2 apresenta uma ferramenta curva, utilizada apenas nos casos em que o balanço b deva ser muito grande.

A forma curva facilita uma certa flexão, evitando que a ferramenta se rompa ou se enterre no material, quando a pressão do corte se torna muito grande.

Nas figs. 3 e 4 está a nomenclatura das partes de uma ferramenta de corte. Apresen- ta-se ela em perspectiva na fig. 3 e em três vistas da extremidade cortante, na fig. 4. Fig. 1 Fig. 2

Arrrf

anti

Fig. 3 Fig. 4

Assim se procura facilitar o conheci- entendimento das posições dos diversos ângu- mento da forma da parte ativa da ferramenta, los que influem na ação cortante. para possibilitar, oportunamente, o melhor

CONDIÇ6ES A QUE DEVE SATISFAZER A FERRAMENTA DE CORTE

1) Ser de material muito duro e resistente ao riências e a prática indicam como os que desgaste e ao calor. dão maior rendimento para a ação cortante.

2) Ser rígida e perfeitamente fixada no seu 4) Ter bom acabamento nas superfícies de suporte. folga ou incidência (face frontal e flanco)

3) Ser bem preparada na parte cortante, de e na superfície de saída do cavaco ou de modo a apresentar ângulos que as expe- ataque (face) (fig. 4).

MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE

Para cortar bem e resistir, durante Rápido, ou de um Carbonêto Metálico extre- muito tempo, ao calor resultante do atrito, a mamente duro. parte útil da ferramenta deve ser ou de Aço

..-a .-,- - - - -e

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FERRAMENTAS DE CORTE DA PLAINA FBLHA DE AJUSTADOR (CARACTERÍSTICAS E FORMAS GERAIS) I~FORMAÇÁO 21 /2

TECNOLÓGICA

O aço rápido é muito empregado por- O carbonêto metálico se apresenta em que, uma vez temperado, adquire grande du- pequenas pastilhas, duríssimas e de diferentes reza que se mantém inalterada até a tempe- formas, que são soldadas na ponta da ferra- ratura de 550 a 6000 C. menta da plaina. São mais duras que o aço

rápido.

CONSTITUIÇÃO DA FERRAMENTA DE CORTE

A ferramenta de corte pode ser: 1) tipo (fig. 7); 4) "bite", ou-seja, pequeno prisma de monobloco, isto é, toda ela de aço rápido (fig. aço rápido (fig. 8), que se fixa conveniente- 5) forjada e esmerilhada pelo mecânico; 2) mente em suporte reto (fig. 9) ou inclinado calçada com bico de aço rápido, por meio de (fig. 10), prendendo-se, por sua vez, o suporte solda elétrica ou solda forte (fig. 6); 3) com no porta-ferramenta da plaina. bico soldado de pastilha de carbonêto metálico

Fig. 5

Pastilha de corboneto

v Fig. 7

Bite de oco ta@

Fig. 8

Fig. 6

Suportes debites

Fig. 9 Fig. 10

ÂNGULO DE SAfDA DO CAVACO, TAMBÉM CHAMADO ÂNGULO DE ATAQUE

É o ângulo s, que faz com que o cavaco ou negativo (fig. 13), conforme as condições deslize pela face, diminuindo o atrito. Pode de trabalho exigidas e a espécie do material a ser um ângulo positivo (fig. 1 l), nulo (fig. 12) usinar.

Fig. 11 Fig. 12 1

Fig. 13

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A operação de desbastar consiste em remover, da peça em rotação no torno, o ca- vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior seção), tendo em conta a resistência da ferra- menta de corte e da máquina, bem como a conservação do gume cortante da ferramenta.

Visa o desbaste a obter, com o máximo de rendimento, uma medida na peça que seja ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme-

tro: à medida desejada como definitiva. Atin- ge-se aproximadamente à medida de£initiva por meio de novos passes da ferramenta para acabamento. Essa operação final, depois do desbaste, requer passes leves da ferramenta de corte, que devem ser constantemente contro- lados por instrumentos de medida ou por calibradores de medida.

TORNEIRO MECÃNICO

Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar h direita usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no a que produz a operaqão de DESENGROSSAR sentido do CABEJOTE MÓVEL PARA O CABEJOTE

COM PASSES FORTES, nos casos de cilindrar, ou FIXO. É de desbastar à esquerda quando, ao de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do C A B E ~ O T E

de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4). desloque respectivamente paralela ou incli- nada em relação ao eixo da peça.

FOLHA DE INFORMACÁO TECNOL~GICA

FERRAMENTA DE DESBASTAR

FERRAMENTA DE DESBASTAR

2.5

Fig. I - Ferramenta reta de des- bastar à direita.

Fig. 3 - Ferramenta cur-ua de des- bastar a direita.

Fiç. 2 - Ferrame~zta reta de des- bastar a esquerda.

Fig. 4 - Ferramenta curva de des- b a s t a ~ 9 esquerda.

FORMA DA PARTE ÚTLL DA FERRAMENTA DE

DESBASTAR, FACES E ARESTAS A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte.

é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo- de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente. que se dispõem. em ângulos determinados

I MEC - 1965 - 15.000 5

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1

I TORNEIRO F6LHA DE 1 MECÂNICO

FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACÃO I 1

TECNOLóGtCA 2.6

Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão aqui caracterizadas apenas as superfícies oii Faces e as arestas da parte cortante.

Face de saída o u ataque: A B C D A Face frontal: A B B " A n A Face ponta1 secundária: BCC"BnB Aresta de corte, gume o u fio: A B Aresta de corte secundária: BC Aresta frontal o u de incidência: BB'

A inclinação da aresta de corte AB tem grande influência sôbre a duração do fio cortante, podendo produzir maior ou menor pressão de corte, maior ou menor vibração,

. devido à su~erfície do cavaco a arrancar. O I

ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren- dimento. ç i i i contato. Kesiilta aí maior pressão e a pos-

Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo, ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte inais inclinada, como na fig. 7.

A seção transversal m n o p da haste da ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra de aço possa resistir ao esforço de flexáo que resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão que se produz sôbre a aresta cortante, quando o cavaco é arrancado.

A seção da ferramenta deve ser esco- lhida tendo em conta a seção do cavaco a arrancar, isto é, a área resultante do produto a X p (avanço vêzes a profundidade do corte, figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes a área da seção do cavaco. Por exemplo, para um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode-

QUESTIONÁRIO

Fig. - 9

se adotar a seção de 16 mm X 25 mrn = 400 min2. Realmente, 80 X 5 mm2 = 400 niin2.

1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar?

2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos?

3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta?

4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta.

5) Como deve ser escolhida a seçáo da ferramenta de desbastar?

.h

MEC - 1965 - 15.000

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A operação de facear serve para remo- RAÇÃO QUE PERMrrE, NO TORNO, A O B T E N ~ Á O

ver material da peça eni rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS.

fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de facear pode ser, não sò- direção perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desl~nste (passes profundos), mas ineio do faceamento são feitos, no torno, os também em semi-acnl~omento ou eni acaba- planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle sais dos rebaixos ou os cantos vivos clos re freqiiente das >medidas). baixos. Em suma, o faceamento é uma OPE-

. . .

Fig. 1 f i c ~ ? trlilrnta reta d e

fric,r!ci 1. ti direita.

Fig. 3 -tirnentcr reta de -ror ir dirr,ita.

2.7

L

F P I ramenta

FÔLHA DE INFORMACAO TECNOL~GICA

TORNEIRO MECÂNICO

5 curva de

direita.

FERRAMENTA DE 1:ACEAR

Fig. 2 / 1 lu?-iuiiiriita reta de

Fig. 4 Ferrarrirtr t c~ reta de facear 2 esquerda.

FERRAMENTA DE FACEAK

Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a 3 e 4 (ferramenta reta de facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja, figuras 5 e 6 (ferramenta curva de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo.

Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe também outro tipo de ferra- fncenl- N d l l ~ i t ( ~ , isto é, ela produz planos do menta de facear, que trabalha ciliildrando

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TORNEIRO FBLHA D5 FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇAO

MECÂNICO TECNOL~GICA 2.8

Fig. 7

fl I = f 1 Ferramenta faca

Fig. 8

em passes profundos, com pequeno avanço e produzindo faceamento no rebaixo que deixa na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- ramentas: faca direita e faca esquerda.

O faceamento com as ferramentas in- dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro para o exterior da peça. Quando a ferramenta tem a face de saída ou de ataque, conforme indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do exterior para o centro. O que influi, então, no sentido de deslocamento da ferramenta, é a forma da face de ataque: se ela é inclinada

para os lados, isto é, se o gume é lateral, o corte se dá do centro para o exterior; se a face é inclinada para trás, isto é, se o gume é frontal, o corte se dá do exterior para o centro, qualquer que seja a forma da ferra- menta: reta ou curva.

As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são montadas com pequena inclinação em relação ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5, 6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal perpendicular ao eixo longitudinal da peça.

FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE FACEAR

Por meio da fig. 9, podem ser caracte- rizadas estas faces e arestas:

Face de saída ou ataque: ABCDA

Face lateral: ABB'A'A

Face frontal: BCC'B'B

Aresta de corte, gume, fio: BA

Aresta de corte secundária: BC

Aresta frontal ou de incidência: BB'

Os ângulos, que influem no corte, se- rão examinados, oportunamente. Fig. 9

1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento?

2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear?

3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento?

4) Por que não se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado?

l

1 !6 J

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TORNEIRO MECÂNICO

Sangrar é a operação em que a ferra- 'dire~ão transversal do seu eixo geométrico. menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente- te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal- desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro.

FERRAMENTA DE SANGRAR

A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI-

nominada Bedame, apresenta usualmente uma GEIRA INCLINA~ÃO, a fim de conseguir a com- das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des-

Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peGa (fig. 2).

Fig. 1 - Ferramenta de sangra? Fig. 3 - F e ~ r a m e n t a de salngrar (para canais). (para corte).

Sob a forma de bite, para montagem num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está fi -LLL-GL=~-~--- mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon- trado no comércio com as inclinações laterais que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que Fig. 3 servem para dar as folgas necessárias num e noutro plano do canal aberto na peça. Essa ferramenta é geralmente conhecida sob os no- - mes de bite-bedame ou bedame de lâmina.

Fig. 4

VIBRAÇÃO 1 FERRAMENTA DE SANGRAR

A ferramenta de sangrar é a mais frá- de vibracão, porque o bico tende a penetrar gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer ção é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore. ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se

Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten- mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rotação da ár-

- m

MEC - 1965 - 15.000 7 1

FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLÓGICA

FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) 3.5

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I 1 VRI\LIRV

, MECÃNICO FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.6 TECNOL6GICA

1

I I

vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casos, a inversão da ferramenta e da rotação ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man- ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi- trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. A desvantagem é que, conforme a

i vore. Esta £erramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo xibilidade que a ferramenta r'eta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se.

1

I

FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA

FERRAMENTA QE SANGRAR

As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização das faces e arestas da parte útil:

Face de saída ou ataque: ABCDA

Face frontal: ABB'A'A

Faces laterais: AA'DA e BB'CB

Aresta de corte (Única): AB.

Ao afiar a aresta de corte, é convenien- I

I te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur- va e se desprende obliquamente o cavaco. Se não fôr tomada esta precaução, há possibili- dade de acumulação forçada de cavacos no bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da ranhura e por ser frágil, pode-se romper de- vido à pressão.

No caso do bedame de corte, convém repetir a observação da primeira página: a aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina- ção, para facilitar a remoção das rebarbas na parte a ser destacada da peça (fig. 2).

Fig. i' Fig. 8

1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta?

2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame?

3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte?

4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar?

5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume.

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A usinagem de sempre calor, o qual material pela ação da

qualquer metal produz Para evitar êstes inconvenientes, utili- resulta da ruptura do zam-se, nas oficinas mecânicas, os Fluidos de ferramenta e do atrito Corte.

constante-entre os cavacos arrancados e a su- perfície da mesma (fig. l).

O calor assim produzido apresenta dois inconvenientes :

1 ! I I

1.0) aumenta a temperatura da parte tempe- rada da ferramenta, o que pode alterar suas propriedades;

AJUSTADOR

2.0) aumenta a temperatura da peça, provo- cando dilatação, erros de medidas, defor- mações, etc.

FõLHA DE iNFoamAsi io TECNOLóGICA

FLUIDOS DE CORTE

Fig. 1 (ampliada).

3111

FLUIDOS DE CORTE

Os fluidos de corte geralmente empre- gados são: 1) Fluidos Refrigerantes;.2) Fluidos Lubrificantes; 3) Fluidos Refrigerantes-Lubri-

f icantes.

1) Fluidos refrigerantes - Usam-se, de pre- ferência, como fluidos refrigerantes: a) ar insuflado ou ar comprimido, mais

usado nos trabalhos de rebolos; b) água pura ou misturada com sabão co-

mum, mais usadas na afiação de ferra- mentas, nas esmerilhadoras. Não é recomendável o uso de água,

como refrigerante, nas máquinas-ferramentas, por causa da oxidação das peças. .

2) Fluidos lubrificantes - Os mais emprega- dos são os óleos. São aplicados, geralmente, quando se deseja dar passes pesados e pro- fundos, nos quais a ação da ferramenta con- tra a peça produz calor, por motivo da de- formação e do atrito da apara (cavaco) sô- bre a ferramenta.

Função lubrificante

Durante o corte, o óleo forma uma pe- lícula entre a ferramenta e o material, impe- dindo quase totalmente o contacto direto entre os mesmos (fig. 2).

Função anti-soldante

Algum contacto, de metal com metal, sempre existe em áreas reduzidas. Em vista da alta temperatura nestas áreas, as partículas de metal podem soldar-se à peça ou à ferra- menta, prejudicando o seu corte. Para avitar isto, adicionam-se, ao fluido, enxofre, cloro ou outros produtos químicos.

Função refrigerante

Como o calor passa de uma substância mais quente para outra mais Iria, êle é absor- vido pelo fluido (fig. 3). Por esta razão, o óleo deve fluir constantemente sobre o corte. Se fôr usado em quantidade e velocidade adequadas, o calor será eliminado quase imediatamente e as temperaturas da ferramenta e da peça se- rão mantidas em níveis razoáveis.

Fig.. 2 (ampliada).

Fig. 3 (ampliada).

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TIPO DE TRABALHO

MATEI1IAL A TRABALHAR ROSCAR Tornear Furar Fresar nar

Reti- .o ponta c, machos ficar dé i e r r . on'tarraxa

Aço ao carbono 0,18 a 0,30%C 1 2

2 2 2 1 O 8 Rt= 50 kg/mm2 2 8

Aço ao carbono 0,30 a 0,60%C - A os- l iga 3 3 3 3 10

3

P 8 Rt= 90 k g / p 9 Aço ao carbono acima de 0,60$C -A os- l iga 3 3 3 3 1 O 8

3 8 Rt- 90 kg/mm 4

Aços inoxidáveis 3 3 3 12 6 7 3

1 3

Ferro fundido 1 1 1 1 10 9 8

Aluminio e suas l i g a s 5 7 7 7 11 7 7 7

Bronze e l a t ã o 1 2 2 1 11 1

2 8 8

Cobre ;L 7 2 2 11 4 7

1 A s e c o Oleq minera1,com 1% de enxofre em po

2 k u a com 5% de Óleo so lúvel bieo mineral com 5% de enxofre em pó

3 agua com 8% de Óleo so lúve l 10 Agua,c/lS/a de carbonato de sódio, 1% de borax e 0.5% de oleo mineral

4 6leo mineral com 1 2 % de gordura l1 h a com 1% de carbonato de sódio e animal l a d e borar

5 Querosene 1 2 Água com 1% de carbonato de sódio e 0 , 5 % de Óleo mineral

guarraz, 40% - ~ n x Ô f r e , 30% - Ai- 6 Gordura animal com 30% de a lva iade 1 3 taiade, 30%

7 Querosene com 30% de Óleo mineral

QUESTIONARIO

1) Quais são as duas propriedades características do óleo de corte?

2) Cite as três classes de fluido de corte.

3) Para que servem os fluidos de corte?

4) Qual o fluido de corte recomendado pela tabela para tornear alumínio?

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AJUSTADOR

Tem grande importância o afiamento A granulaçáo do abrasivo determina o da ferramenta de corte, isto é, o preparo con- grau de acabamento do trabalho. Comercial- veniente da aresta de corte formada pela in- mente, a granulação é especificada por núme- terseção da face de folga ou incidência com a ros, seguindo os seguintes grupos: face de saída do cavaco ou de ataque. 1) Abrasivos muito grossos - n."" e 10;

Com o afiamento, obtém-se uma aresta 2) grossos - n.""2, 14, 16, 20 e 24; de corte igual e resistente. A prática indica que as arestas de corte perfeitamente prepa- 3) médios - n.""O, 36, 46 e 60;

radas, ou seja, bem afiadas, concorrem decisi- 4) finos - n."" 70, 80, 90, 100, 120; vamente para um EXTRAORDINÁRIO AUMENTO 5) extra-finos - n.""50, 180, 220 e 240; DE DURAÇÃO DA FERRAMENTA e para a obten- ção, na peça, de superfícies de fino acaba- 6) em pó - n."" 280, 320, 400, 500, 600.

mento. A classificação dos abrasivos se faz por Para Preparo das arestas de cor- meio de peneiras, à exceção dos mais finos, em

te, depois de desbastadas as faces da ferramen- que exigem um processo hidráulico de se- ta na esmerilhadora, são frequentemente uti- paração. lizadas, na oficina, as Pedras de Afiar, consti-

Esses abrasivos pulverizados, por causa tuídas, em geral, de ligas artificiais de Abra- mesmo de sua extrema finura, são os que se sivos muito finos. usam especialmente para operações de acaba-

Abrasivos finos - denominados mento, capazes de determinar boa qualidade abrariuos 0s grãos de arestas vivas, extrema- do estado de superfície das peças, precisão de mente duros, destinados a produzir o desgaste formas e arestas bem iguais e definidas. Usam- das peças em trabalho, por meio do atrito. se assim os abrasivos em pó:

Empregam-se, com frequência, para usos industriais os Abrasivos artificiais: 1) diretamente, em seu estado normal, mis-

turado com óleo, para o acabamento das 1) Abrasivos Siliciosos, constituídos de carbo- superfícies das peqas, pela operação que,

nêto de silício de dureza Mohs 9,6; geralmente, é denominada rodagem;

2) Abrasivos Aluminosos, obtidos pela fusão 2) aglomerado, por meio de ligantes especiais, da bauxita (minério de óxidos de alumí- para constituir as pedras abrasivas, também nio, silício e ferro; dureza 9,4. para rodagem ou para afiação.

PEDRAS DE AFIAR

São peças de abrasivo artificial muito mente variados, contra a superfície da peça fino que, uma vez aglomerado, recebe pren- em acabamento. O desgaste se faz progressiva-

sagem capaz de lhe dar formas variadas (fig. mente, removendo lentamente todas as rugo- sidades e defeitos superficiais até se obter uma

l), tais como prismas, cilindros, meias-canas, superfície polida ou "espelhada", etc.

Para o uso, seja na rodagem, seja na afiação de ferramentas, passa-se óleo na su- perfície da pedra, a fim de evitar que os poros desta sejam obstruídos e para permitir a re- moção das partículas de metal que são arran- cadas pela ação do abrasivo.

Consiste a rodagem em atritar a pedra oleada, por meio de movimentos constante- Fig. 1

MEC - 1965 - 15.000 113

FBLHA DE. INFORMAÇÁO TECNOL6GICA

ABRASIVOS EM P ó E .EM PEDRAS - AS PEDRAS DE AFIAR - 241 1

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AJUSTADOR I nuluxo1 V vi> &1v1 s u lj ULVI I l j u ~ u - ~ u

- AS PEDRAS DE AFIAR -

AFIAÇÃO NA PEDRA OLEADA

É uma operação de grande importân- cia para o mecânico e que dêle exige muita habilidade e prática, até que consiga obter a melhor aresta de corte possível.

Pode-se dizer que, em cada caso, o me- cânico adota uma técnica manual especial, resultante da sua experiência e de sua habili- dade. Não obstante, apresenta-se na figura 2, um exemplo do uso da pedra de afiar na afia- ção da aresta cortante de um raspador.

Depois de pingadas algumas gotas de óleo na superfície da pedra, o operador segura a ferramenta na posição indicada na figura, com certa inclinação, pressiona-a contra a pe- dra e dá-lhe movimentos de cêrca de 80 milí- metros, para a frente e para trás. A pressão deve ser dada ao empurrar a ferramenta, ali- viando-a no golpe de volta. O gume não deve ficar perpendicular à direção do movimento, mas sim inclinado a cêrca de 450.

Fig. 2

QUESTIONARIO

1) Que se obtém com o afiamento da aresta de corte? Quais as vantagens?

2) Que são abrasivos? Para que servem os abrasivos pulverizados?

3) Para que servem as pedras abrasivas? Por que se usa óleo na afiação?

L

I ' I

114 MEC - 1965 - 15.000 I

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O rebolo é a ferramenta cortante que trabalha, girando a grande velocidade, nas esmerilhadoras e nas retificadoras. Na sua forma mais comum, o rebolo é um cilin-

dro de pequena espessura ou um disco (figs. 1 e 2), com um furo central, por meio do qual se adapta no eixo da máquina esmeri-

AJUSTADOR

lhadora.

FaLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

REBOLO

MONTAGEM DO REBOLO

221 1

A fig. 3 apresenta o caso do rebolo pla- no e a fig. 4 o da montagem do rebolo cilíndri- co. O primeiro trabalha esmerilhando com sua periferia, enquanto o segundo trabalha es- merilhando na face. NOTA: AS guarnições, de papel grosso espe- cial, são indispensáveis na montagem do re- bolo.

Furo ' Furo

Fig. 1 owhsao

Fig. 2

CONSTITUIJÃO DO REBOLO

Os rebolos usados modernamente se compõem de uma substância mista formada de dois elementos:

1 .O Os A brasivos, que são inúmeros GRÃOS DE

ARESTAS VIVAS, extremamente duros, destina- dos a produzir o desgaste das peças em tra- balho, por meio do atrito (fig. 5).

2.O O Aglomerante ou Aglutinante é o ma- terial que assegura a adesão das partículas abrasivas (fig. 5).

Na massa do rebolo há ainda espaça- mentos ou poros, que são vazios ou cavidades com função muito importante na ação de es-

Fig. 4

merilhar o metal (fig. 5).

Fig. 5

ABRASIVOS ARTIFICIAIS

Até fins do século passado, sòmente se ta, que se aplica ainda hoje aos rebolos, de conheciam os abrasivos naturais. Dêstes, um maneira geral: Rebolos de Esmeril. O esmeril dos mais empregados era o Esmeril, mineral tem dureza inferior a 9 na Escala de Mohs, de cor preta, com cêrca de 40 % de óxido de que é uma escala padrão de dureza na qual o ferro e 60 % de óxido de alumínio. Dêle vem Diamante ocupa o número 10: o mais duro. a denominaqão comum, mas raramente exa-

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Nò ano de 1891, pesquisas técnicas le- 2.0) Abrasivos Aluminosos, obtidos no forno varam à descoberta de abrasivos artificiais de elétrico, pela fusão da Bauxita (minério dureza muito próxima de 10, mais vantajo- de Óxidos de Alz~minio, Silício e Ferro). sos do que o esmeril para os usos industriais. São êles: Dureza Mol-is: 9,4. Nomes comerciais mais

comuns: Aloxite (da The Carborundum 1 .O A brasivos Siliciosos, constituídos de Car- Company) e Alundum (da The Norton

bonêto de Silicio, fabricados em fornos elétricos e com dureza 9,6 (Mohs). No- Compan y) . Recomendam-se para metais

mes comerciais mais comuns: Carborun- mais resistentes à tração, como o A ~ O e O

dum (da The Carborundum Company) BRONZE FOSFOROSO. e Crystolon (da The Norton Company). Recomendam-se para metais de fraca re- A granulação dos abrasivos é classifi-

sistência à tração (FERRO FUNDIDO, LA-~-Ão, cada por números, correspondentes às quan- COBRE, ALUMÍNIO) e para MATERIAIS NÃO tidades de malhas por polegada das ~eneiras METÁLICOS. nas quais se faz a separação dos grãos.

2212

ACLOMERANTES

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA AJUSTADOR

Sendo os aglomerantes os retentores ou do dos grãos abrasivos e, portanto, cons- suportes dos grãos abrasivos, a sua resistência tante renovação da eficiência do corte. assume grande importância. Esta se chama Usado, por isso, nos rebolos de afiação grau do rebolo. Os tipos de aglomerantes são: de ferramentas.

REBOLO

1.') Aglomerante vitrificado, de argila (cau- 3.0) Aglomerantes Elásticos, que podem ser lim) fundida. Muito resistente e empre- de RESINA, BORRACHA OU GOMA-LACA. SU- gado na maioria dos rebolos. portam elevado calor na esmerilhação, sen-

2.O) Aglomerante Silicioso, de SILICATO DE SÓ- do, pois, usados para os rebolos de alta DIO. Permite desprendimento mais rápi- velocidade, os de corte e os de acabamento.

ESPAÇAMENTO ENTRE OS GRÃOS ABRASIVOS

este espaçamento, chamado estrutura De dois rebolos de igual numero (gra- na especificação comercial dos rebolos influi nulação) e igual grau (resistência do aglome- grandemente na ação esmerilhadora. São os rante), mas de diferentes estruturas (espaça- vazios (entre os grãos) que retêm as partículas mentos), um cortará mais ràpidamente que arrancadas do metal, até que sejam expelidas o outro. A estrutura do rebôlo pode ser: den- pela força resultante do movimento giratório sa, média ou aberta. do rebolo.

. QUESTIONARIO

1) Quais são os aglomerantes usuais dos rebolos?

2) Que é o rebôlo? Como se monta no eixo?

3) Que influência tem o espaçamento na granulação do rebôlo?

4) Quais são os abrasivos artificiais empregados nos rebolos?

5) Como é constituído o rebôlo? Dê ,explicação completa.

1 J 110 MEC - 1965 - 15.000

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F6LHA DE AJ USTADOR ESPECIFICAÇ~ES COMERCIAIS DOS REBOLOS INFORMACÁO 231 1

TECNOLÓGICA

Os rebolos são especificados comercialmente pelas formas, medidas e constituição da massa.

ESPECIFICAÇõES DE FORMAS E MEDIDAS

A figura 1 apresenta o esquema do rebôlo guns de formas especiais, usados em geral para de forma usual. As figuras 2 a 6 mostram al- trabalhos de retificação e afiação.

1 Ataque Fig. I Fig. 2 Fig. 3

Fig. 1 - Rêbolo plano ou de disco - Dimen- sões: Diâmetro X Espessura X Diâ- metro do furo.

Fig. 2 - Rebôlo plano rebaixado - Dimen- sões: Diâmetro X Altura X Diâ- metro do furo X Diâmetro do re- baixo X Espessuras de paredes.

Fig. 3 - Rebôlo de copo, cilindrico - Di- mensões: Diâmetro X Altura X X Diâmetro do furo X Espessuras de paredes.

Fig. 4 - Rebôlo de copo, cônico - Dimen- sões: Diâmetro maior X Diâmetro

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

inenor X Altura X Diâmetro do furo X Espessuras de paredes.

Fig. 5. - Rebolo de prato - Dimensões: Diâ- metro maior; X Diâmetro menor X X Altura X Diâmetro do furo X Es- pessuras de paredes.

Fig. 6 - Rebôlo cilindrico - (Em fornia de anel) - Dimensões: Diâmetro ex- terno X Diâmetro interno X Al- tura.

As setas mais fortes mostram, nas diver- sas figuras, as faces esmerilhadoras de cada tipo de rebôlo apresentado.

ESPECIFICAÇOES DA CONSTITUIÇAO DO REB6LO

Os fabricantes de rebolos adotam um código universal, constituído por letras e nú- meros, para indicar a constituição da massa. Os elementos dessa codificação definem: tipo de abrasivo (por uma letra); granulação (por um número); grau (por uma letra); estrutzira (por um número); aglomerante (por uma le- tra).

Por exemplo, o rebolo que, no disco de papel, traz a marcação A80-K5V tem abrasi- vo aluminoso (A) de granulação 80, resistência do aglomerante de grau K, estrutura ou espa- çamento 5, sendo o seu aglomerante vitrifica- do (V).

Se for encontrada, por exemplo, a mar- cação 38A80-K5VBE, típica da "The Norton Co.", isso indica o mesmo rebolo anterior- mente especificado, com as seguintes particu- laridades: o abrasivo A (aluminoso) tem um número 38 e o aglomerante V (vitrificado) é de símbolo BE, representando ambos (n.0 38 e símbolo BE) tipos especiais fabricados pela "The Norton Co.".

Outro exemplo: Rebolo GA46-H6V10 da "Lhe Carborundum Co.". A letra G é um prefixo particular do fabricante, assim como o número 10 final.

DESIGNAGÃO DOS ABRASIVOS

Letra A para os absasivos aluminosos. D para os abrasivos de diamante, usados em Letra C para os carbonetos de silício. Letra casos especiais.

I MEC - 1965 - 15.000 11

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MUITO GROSSA GROSSA MÉDIA FINA EXTRA-FINA P b

8 12 30 70 150 280 1 O 14 36 8 O 180 320

16 46 90 220 400 2 O 6 O 1 O0 240 500 24 120 600

DESICNAÇÃO DO GRAU

As letras indicativas da resistência ou dureza do aglomerante seguem a ordem alfa- bética, à medida do aumento da dureza:

EXTRA-MACIO MACIO MÉDIO DURO EXTRA-DURO

A-B-C-D-E-E-G H-I-J-K L-M-N-O P-Q-R-S T-U-W-Z

r

ESPAÇAMENTO CERRADO ESPAÇAMENTO MÉDIO ESPAÇAMENTO ABERTO

0 - 1 - 2 - 3 4 - 5 - 6 7 - 8 - 9 - 1 0 - 1 1 - 1 2

VITRIFICADO SILICIOSO RESINbIDE BORRACHA GOMA-LACA

Letra V Letra S Letra B Letra R Letra E -

1 ) Como são especificados os rebolos de um modo geral, no comércio?

2) Dê os nomes de seis tipos de rebolos.

3) Como se especi£ica a constituição de um rebolo?

4) Interprete as especificações: 1.O) C36-04B 2.O) A46-L4S 3.O) C90-L8V.

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T~RNEIRO MECÂNICO

L

A Esmerilhadora é a máquina na qual da Máquina de Esmerilhar ou simplesmente o mecânico faz o desbaste e a afiação das ares- Esmeril. Êste último nome não é conveniente, tas cortantes de variados tipos de ferramentas, pois o Esmeril, pròpriamente dito, é um mi- com o fim de dar-lhes certos ângulos de corte, neral granulado que, devido à sua dureza, se que sejam favoráveis ao bom rendimento do usa, por vêzes, nos trabalhos de desgaste por trabalho. atrito.

A esmerilhadora é também denomina-

OXGiWS J2.A MAQUINA

R'otetw contra taguacr A esmerilhadora é máquina

extremamente simples, conforme se vê nas figuras 1 e 2: um motor elé- trico a cujo eixo se prendem, por meios adequados, dois discos de material cortante (A brasivo) . O abrasivo é um material granulado e duro, em pequenas partículas, que, em contato, a grande velaci- dade, com a superfície da ferra- menta, produz um corte ou des- gaste por atrito, particularmente denominado a brasão.

Todos os demais órgãos da esmerilhadora são acessórios des- tinados a proteger os discos (ou Rebolos), proteger o operador con- tra fagulhas resultantes da abrasão

---- -___ _ e para colocar a ferramenta em po- sição própria (figs. 1 e 2).

Fig. 1 - Esmerilhadora de coluna o u pedestal. Fig. 2 - Esmerilhadora de bancada.

TIPOS USUAIS DE ESMERILHADORAS

O da fig. 1 é a Esmerilhadora de Colu- A potência do motor elétrico mais usual na ou Esmerilhadora de Pedestal, utilizada nos é de 1 HP. O motor gira a altas velocidades: trabalhos comuns de preparo das arestas cor- os números mais usuais são de 1.450 e 1.750 tantes das ferramentas de corte manuais, de rpm. torno, de plaina, brocas, etc.

MEC - 1965 - 15.000 121

FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLOGICA

ESMERILHADORAS DE COLUNA E D E BANCADA 7.1

Page 130: 07 - Usinagem

O tipo da figura 2 é a Esmerilhadora 1 /4 HP, ou 1 / 3 H P ou, no máximo, 1 /2 HP. de Bancada, para trabalhos mais leves. Nesta, Os limites de velocidade são também de 1.450 os motores se apresentam com potências de e 1.750 r.p.m.

TORNEIR0 MECÂNICO

APOIOS DA FERRAMENTA

Os apoios da ferramenta são articula- ranzentas) nas quais o apoio tem articulações dos para permitir a colocação da aresta de diversas, peças de fixação da ferramenta e gra- corte em contacto com a superfície do rebôlo, duações de precisão, para se obterem ângulos na posição apropriada (exemplos nas figuras rigorosos. Nessas máquinas a afiação se faz la- 3, 4 e 5, no caso de ferramentas de torno). teralmente, na face de um rebôlo especial (Re-

Há esmerilhadoras (Afiadoras de Fer- bÔ1o Cilindrico).

C I

ESMERILHADORAS DE COLUNA E DE BANCADA

Fig. 3 Fig. 4

F ~ L H A DE INFORMACAO TECNOLÓGICA

RECIPIENTE PARA AGUA

Com o atrito, a ferramenta se aquece. é ela refrigerada, evitando-se que se alterem É necessário, de vez em vez, mergulhá-la na as propriedades de corte do aço. água contida no recipiente próprio. Com isso,

7.2

QUESTIONARIO

1) Para que serve a esmerilhadora?

2) Explique as funções do apoio da ferramenta e do recipiente de água.

3) Que é abrasáo? Que é abrasivo?

4) Quais são os dois tipos de esmerilhadoras mais usados nas oficinas?

5) Indique as potências dos motores (HP) e as rotacões usuais (r.p.m.) dos dois.

6) Quais são os órgãos principais da esmerilhadora? E os acessórios?

122 MEC - 1965 - 15.000

Page 131: 07 - Usinagem

-

8/ 1 FURADEIRA

(~LAsSIFICA@O - TIPOS PORTATIL I$ SENSITIVA) . A furadeira é a máquina com a qual se material da peça, mediante pressão longitu-

produzem furos circulares nas peças, por meio dinal.

do giro de uma ferramenta de corte, com certa A ferramenta de corte usada na fura-

velocidade. Tem a sua penetração forçado no deira em gera', uma Broca Ou um reador.

FURADEIRA E1,ÉTRICA PORTÁTIL

Motor Engrenagens A fig. 1 mostra um tipo usual. A trans-

missão da rotação do motor ao eixo porta-bro- Presa0

ca ou árvore se faz através de um jogo de en- grenagens.

A pressão axial, para a penetração da broca, é dada pelo esforço manual do ope- rador.

O mandril porta-broca é um acessório com garras de aço que serve para fixar a bro- Fig. 1 ca. O mais comum é do tipo "Jacobs".

FURADEIRA SENSITIVA DE BANCADA

Furadeira sensitiva é toda aquela em que o avanço (penetração da broca) é feito manualmente. Na fig. 2 está um modêlo co- mum. O funcionamento é claro, à simples vista da figura.

A transmissão da rotação se faz por correia adaptada aos gornes de duas polias em degraus, o que permite a mudança da rotação. Fig. 2

No caso da fig. 2, a broca pode girar com três velocidades, conforme a correia es- teja no 1.0, 2.O ou 3.0 degraus.

O mecanismo de penetração (Avanço da Broca) é idêntico ao da fig. 4, referente a furadeira sensitiva de coluna.

FURADEIRA SENSITIVA DE COLUNA

Na fig. 3 se vê uma furadeira sensitiva de coluna.

A transmissão da rotação se faz:

1) por polias em degraus e correia, do motor ao eixo intermediário superior;

2) por engrenagem cônica, do eixo interme- diário superior ao eixo porta-broca ou ár- vore.

Fig. 3

MEC - 1965 - 15.000 55

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL~GICA

Page 132: 07 - Usinagem

Para o avanço, o mecanismo usado é, geralmente, o que indica a fig. 4: 1) o eixo porta-broca ou árvore gira dentro

de uma bainha, em cuja parte posterior há uma cremalheira (fig. 4);

2) o eixo porta-broca ou árvore, ao mesmo tempo que gira, pode abaixar-se (Avanço da Broca) ou elevar-se, por meio da ala- vanca de avanço ligada ao pinhão; quando se puxa a alavanca, no sentido da seta, o pinhão gira, arrasta a cremalheira, a árvo- re desce e a broca, girando, exerce, ao mesmo tempo, pressão contra a peça (fig. 4).

VELOCIDADE OTAÇÃO

AJUSTADOR

É definida pelo núrnero de rotações da fig. 3, por exemplo. há três velocidades dife- broca em um minuto (rpm). Depende do mo- rentes, conforme a correia esteja no no tor e da trans~nissão. No caso da furadeira da 2.O ou no 3.O degraus da polia.

FaLHA DE IWFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

FURADEIRA

:CLASSIFICAÇÃO - TIPOS PORTATIL E SENSITIVA]

ESPECIFICAq6ES DE UMA FURADEIRA

812

As características a considerar são: 3) Curso ou avanço máximo da broca. 1) Diâmetro máximo do furo que faz. 4) Distância máxima entre a árvore e a mesa. 2) Velocidade de rotação do eixo porta-broca 5) Distância máxima entre o centro da árvo-

ou árvore. re e a coluna.

QRG-Ã.8 E>: VCIAIS DE UMA FUKA IRA

1) O motor elétrico (para o giro da broca). axial, para forçar a penetração da broca 2) O dispositivo de transmissão do giro do na peça.

motor à broca. 4) O dispositivo fixador da broca (mandril 3) O mecanismo de pressão longitudinal ou porta-broca).

5) O dispositivo fixador da peça.

CLASSIFICAÇÃO GEKAL DAS FURADEIRAS - KESUMO

1) Furadeiras portáteis. 4) Furadeiras radiais. 2) Furadeiras sensitivas (de bancada e de co- 5) Furadeiras múltiplas.

luna). 3) Furadeira de avanço automático (geralmen-

te são de coluna).

QUESTIONARIO

1) Quais as partes mais importantes de uma furadeira sensitiva de coluna? , 2) Qual a classificação geral das furadeiras?

3) Que é uma furadeira sensitiva? Cite dois tipos. 4) Quais são os órgãos essenciais de uma furadeira? 5) Como funciona uma furadeira sensitiva? 6) Como é feita a transmissão da,rotacão na furadeira elétrica portátil? 7) Quais são os dois movimentos da broca, quando fura?

I 56 MEC - 1965 - 15.0

Page 133: 07 - Usinagem

A eficiência da broca, ao furar, .de- avanço por rotação. Esta folha, portanto, in-

pende: formará sobre velocidade de rotação e avan- 1) da afiação tecnicamente correta da ço, fatores de grande importância dos pontos

mesma; 2) da velocidade de rotação; 3) do de vista técnico e econômico.

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO

1 i I

A ação cortante da broca sòmente pode ser eficaz quando a rotação se faz a uma ve- locidade conveniente.

A velocidade de rotação de uma broca é o número de voltas que ela dá e m u m mi- nuto. As voltas ou rotações por minuto são indicadas pela abreviatura "r.p.m.".

3811

No caso de furação no torno, com a broca prêsa no cabeçote móvel, a velocidade de rotação a ser considerada é a da peça, pois, nêste caso, a broca fica parada.

Não se deve trabalhar com velocidade de rotação arbitrária. Se a rotação é muito

F8LHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

AJUSTADOR

elevada, há a produção de excessivo calor, devido ao aumento dos efeitos do atrito. Re- sulta o rápido desgaste ou a inutilização da broca. Se, ao contrário, é baixa a rotação, perde-se tempo inùtilmente. Além disso, nesse caso, a broca não exerce a mesma ação cortante que teria se operasse a uma veloci- dade conveniente.

Os valhres das velocidades de rotação são dados por tabelas, de acordo com expe- riências, para diferentes diâmetros das brocas e para diferentes materiais a furar. Apresen- tam-se, a seguir, como exemplos, duas tabe- las, para brocas de aço ao carbono e de aço rápido.

ROTAÇÃO POR MINUTO E AVANÇO NA OPERAÇÃO DE FURAR

I I MEC - 1965 - 15.000 179

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I

AJUSTADOR ROTAÇÃO POR MINUTO E AVANÇO NA OPERAÇÃO DE FURAR

I

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

3812

D I Â ~ ~ ~ E T R O S DAS

Qualquer máquina de furar tem nú- abaixo de 915 rpm, velocidade recomendada mero limitado de velocidades de rotação, por pela tabela. exemplo: 142 rpm - 226 rprn - 350 rprn - 555 rprn - 890 rprn - 1410 rpm. AVANÇO - Na execução do furo, à

medida que a broca gira, é necessário que ela Consultando-se a tabela, para determi- penetre no material, quer por pressão ma-

nada broca e determinado material a furar, nual, quer automàticamente. deve-se adotar, na furadeira, a velocidade logo abaixo do valor da tabela. O avanço da broca é a medida da sua

penetração no waterial, em milímetros ou fração de milímetro por volta (abreviadamen-

EXEMPLO: te mm/volta ou mmlv ou mm/r).

O avanço manual não pode ser medido Entre as seis velocidades acima indica- porque é irregular, depende da ação pessoal.

das, para furar aço de baixo teor de carbono O avanço automático, porém, é regulado. Há com uma broca de aço rápido de 318" (2.a furadeiras automáticas com um ou mais avan- tabela) deve-se p6r a furadeira a funcionar na ços, por exemplo, 0,l mm/v - 0,2 mm/v - velocidade de 890 rpm. &te é o valor logo O,3 mm/v.

QUESTIONARIO

1) Que é a velocidade de rotação? Como se exprime e qual a abreviatura? 2) Que é o avanço da broca? Como se exprime e qual a abreviatura? 3) Determine as rprn para furar latão com broca de aço ao carbono de 3/8" (tabela). 4) Determine as rprn para furar aço £undido com broca de aço rápido de 3/4"(tabela).

180 MEC - 1965 - 15000

ROTAÇÃO POR MINUTO PARA BROCAS DE AÇO RAPIDO (r .p .m)

EM poleg.

1/16"

1/8"

3/16"

1/4" 5/16"

3/8"

7/16"

1/2"

5/8"

3/4" 7/8" 1"

1 1/4" 1 1/2"

1 3/4" 2"

ERONZE

E

LATÃO -

9 1 7 0 6 112

4 5 8 5 3 660 '

3 0 5 6

2 614

2 287 1 8 3 0

1 5 2 5 1 307

1 1 4 3 915 762

654 571

BROCAS

EM mni

1 , 6

3 ,2

4 .8

6 , 3

7.9

9 , 5 11.1 12.7

1 5 , 9

1 9 . 0 22.2

25 ,4 31,7 38.0 44.4

,50,8

FERRO FUNDIDO

MACIO

9 1 7 0

4 584

3 0 5 6

2 292

1 8 3 3

1 528

1 310

1 1 4 6

9 1 7

764

655 573 458 382

32 7 287

FSaaO

FIIM)IDO

DURO

4 278

2 139

1 4 2 6

1 070

856

713

611

535

428

357 306 267 214 1 7 8

1 5 3 1 3 4

MATERIAIS A AÇO DE

TEOR DE CARBONO

6 111

3 056

2 037

1 528

1 222

1 019 873

764 611

509 43 6

382 306

2 55

218 1 9 1

FURAR

Aço

POR Jmo

3 660

1 830

1 210

915

732

610 52 2

458 366

305

2 6 1

229 1 8 3 1 5 3

1 3 1

1 1 5

AÇO DE BAIXO

X'EOR DE CARBONO

- 2 745

1 830

1 375 1 1 3 8

9 1 5 784

688 569

458

3 92 349 275 212

196 172

Aço DE RAbdENTA

3 056

1 528

1 019

7 64

611

510 437 382

306

2 55 218 1 9 1 1 5 3 127

1 0 9

95

AÇO

F W I D O

2 440 1 220

807 610

490

407 3 48

305

245 203 1 7 4

1 5 3 122 102

87

77

Page 135: 07 - Usinagem

1

AJUSTADOR

Para furar uma peça na furadeira, tor- Um dos acessórios mais empregados na-se necessário fixá-la em posição bem deter- para a fixação de peças na furadeira é a morsa. minada e de maneira estável, firme.

MORSA DE MAQUINA

Na forma, a morsa de máquina (fig. 1) se apresenta diferente da morsa de bancada.

O princípio de funcionamento é, en- tretanto, o mesmo. Sôbre uma base fixa, fa- zendo corpo com a mandíbula fixa, se desloca a mandíbula móvel, por meio de um parafuso de rosca quadrada, em geral.

A porca dêste parafuso se acha no outro bloco da base, que fica oposto à mandíbula fixa. A mandíbula móvel é guiada no seu des- locamento. Possui um ressalto em sua parte inferior, que se encaixa em um rasgo da base. Fig. 1

Por meio de orelhas com rasgos e para- fusos com porcas, faz-se a fixação da morsa na mesa da máquina. Tôdas as máquinas- ferramentas possuem mesa de ferro fundido com ranhuras de seção em "T" (fig. 2). Nestas ranhuras são introduzidas as cabeças quadra- das dos parafusos de fixação. Em tais condi- ções, pode a morsa ser deslocada sôbre a mesa, pelo desapêrto das porcas. Localizando-a cui- dadosamente no ponto desejado, é aí firmada pelo apêrto das porcas. Fig. 2

FIXAÇÃO DIRETA

Por vêzes, não se pode ou não convém usar a morsa. Prende-se então a peça direta- mente na mesa da máquina. Para issó, usam-se dispositivos variados, compreendendo calços, placas com ranhuras, parafusos e porcas, blo- cos em degraus, blocos em "V", etc. A fig. 3 apresenta um exemplo: montagem direta- mente na mesa da furadeira para fixar um cilindro de aço a ser furado.

Fig. 3

OBSERVACÃQ IMPORTANTE

Não é aconselhável o mecânico firmar neira, SÒMENTE SE FURA UMA PESA QUANDO

a peça com a mão, para ser furada, salvo se a ELA SE ACHA FIRMEMENTE FIXADA, OU NA

broca é fina e a forma da peça permite segu- MORSA, OU DIRETAMENTE NA MESA.

rá-Ia e apoiá-la com firmeza. De outra ma-

MEC - 1965 - 15.000 141

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

FIXAÇÃO DE PESAS NA FURADEIRA 281 1

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2812 I

Cixa~So 6 IUI cfllndro .

Com a face em "V" para frente. Com a face plana para frente.

Fig. 4 - Morsa de mandíbula reversível.

Fig. 5 - Morsa reforçada para trabalhos pesados.

O deslocamento da mandíbula móvel, nos casos das morsas das figuras 4 e 5, se faz por meio de uma chave que se encaixa na es- piga de seção quadrada do parafuso.

Fig. 6 - Mmsa universal.

A morsa universal, do tipo apresentado na figura 6, permite a fixação da peça em posições inclinadas. Para isso, possui um corpo basculante em torno de um eixo e duas hastes articuladoras, com borboletas, para fixar a peça na posição desejada.

O calço regulável de apêrto (fig. 7) é usado, de preferência, na fixação de peças muito grandes que não cabem entre as man- díbulas de morsas comuns. A peça é apertada entre a mandíbula móvel e um encosto mon- tado na mesa da máquina. Podem ser utiliza- Fig. 7 - Calço regulável de apêrto. das também dois calços dêste tipo, fixadas à mesa.

QUESTIONARIO

1) Como deve ser prêsa a peça a ser furada?

2) Quais os meios de fixação direta da peça na mesa da furadeira?

3) Para que serve a morsa, como acessório da furadeira?

4) Quais as diferenças entre a morsa de máquina e a morsa de bancada?

. I - 142 MEC - 1965 - 15.000

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

AJUSTADOR FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FURADEIRA

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Fig. 2

AJUSTADOR

A máquina de serrar horizontal de fita, ra, apresenta maior rendimento que a máqui- devido ao movimento contínuo da fita de ser- na de serrar alternativa.

NOMENCLATURA E FUNCIONAMENTO

A fig. 1 apresenta o aspecto geral de uma serra horizontal de fita de um dos mo- delos mais modernos. A fig. 2 mostra a mes- nnotda da scrm

ma máquina, destacando apenas, entretanto, os mecanismos mais importantes que, na fig. 1, estão encobertos pela caixa da armação da serra e pelo barramento.

Os volantes ou as polias da serra têm os seus eixos girando em mancais adaptados a uma armação complexa, de cantoneiras e pla- op3ftobo

cas de aço. Serve ela, ao mesmo tempo, de as- sento para a cobertura de chapa que consti- pr ormocdo do . tui a caixa da armação. Estas partes não apa- recem na fig. 2, para não complicá-la.

As polias ou volantes da serra de fita Fig. 1 estão dispostas num mesmo plano, inclinado . em relação ao plano superior do barramenta. m&

A fita de serra é adaptada nos gornes dos vdlantes e esticada por um dispositivo de parafuso. Nas guias, há três rolos, dois hori- zontais e um vertical (fig. 3), entre os quais passa a fita de serra, em posição vertical. Co- mo os volantes são inclinados, resulta que a r

fita de serra sofre uma certa torção, antes e depois de passar entre os rolos. A peça, aper- tada horizontalmente na morsa, é cortada pela serra segundo um plano vertical.

Rolos

Fenda de

""

Fig. 3

A mola helicoidal, prêsa ao pé e à ar- mação, facilita o levantamento desta e serve para aliviar a pressão da serra (fig. 4). Por outro lado, a bomba a óleo, com o corpo prê- so ao barramento e o êmbolo articulado com a armação, serve para permitir seguro e mns- tante avanço à fita de serra, à medida que executa o corte (fig. 4).

Fig. 4

MEC - 1965 - 15.000 201

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL DE FITA 45/1

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FBLHA DE

AJUSTADOR MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL DE FITA :YC"N",~-~$~: 4512 1 >

A transmissão do motor elétrico ao volante condutor se dá por polias em degraus e correia, e por meio de um mecanismo de redução de velo- cidade.

No tipo de máquina apresentado nas figs. 1 e 2, as polias permitem 4 velocidades e o meca- nismo redutor de velocidade é o que está esque- màticamente mostrado na fig. 5: o eixo da polia, em degraus, superior, com um parafuso sem fim, engrena com uma roda dentada prêsa no mesmo eixo do pinhão dentado que, por sua vez, engrena com a engrenagem interior do volante condutor da serra de fita.

VELOCIDADE 1

Aços de ferramentas Aços duros

rsai,

Fig. 5

VELOCIDADES PRATICAS

Menores velocidades para materiais mais duros; maiores velocidades para materiais mais macios.

Bronze Aço forjado a frio Ferro fundido Perfilados leves de aço cobre Aço de baixo teor em Latão (tubos e barras) Alumínio perfilados pesados Tubos de aço e ferro Madeira

b

I NOMEROS DE DENTES POR POLEGADA DA FITA DE SERRA I MATERIAIS

Pèrfilados de aço doce leves, tubos de aço e de ferro. Perfilados de aço doce pesados,. tubos de latão. Aços duros, bronze, ferro fundido, latão em vergalhões. Alumínio, cobre, metal patente, aço forjado a frio.

1) Por que a serra de fita dá mais rendimento no corte que a alternativa?

2) Num esboço esquemático simples, mostre o funcionamento da serra horizontal de fita.

Explique como a fita de serra passa nas guias.

3) Indique, por materiais, quatro velocidades práticas da serra (faça 4 esquemas).

4) Indique, por materiais a cortar, os números de dentes da fita de serra (5 casos).

I MEC - 1965 - 15.000

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MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL FaLHA DE

AJUSTADOR ALTERNATIVA TECNOL6GICA INFORMAÇAO 461 1

A máquina de serrar horizontal alter- grande produção, tem sido constantemente nativa é usada exclusivamente para o fracio- aperfeiçoada, a partir de um tipo simples, de namento de materiais em pedaços a serem total acionamento mecânico, até os tipos mo- trabalhados depois manualmente ou em ou- dernos, com certos móvimentos hidráulicos e tras máquinas. Para se tornar máquina de dotados de diferentes velocidades de corte.

NOMENCLATURA E FUNCIONAMENTO DA SERRA HORIZONTAL ALTERNATIVA

O mecanismo principal da máquina, transformação do movimento circular contí- que é o de acionamento da lâmina de serra, nuo do motor elétrico, por meio do sistema obedece, em qualquer tipo, ao princípio de de biela-manivela e corrediça, em movimento

retilíneo alternativo. A fig. 1 apresenta o tipo

mais simples de máquina de ser- rar horizontal alternativa, de uma só velocidade.

A rotação do motor, atra- vés de correia e polias, pinhão e engrenagem, se transmite ao vo- lante da biela. A articulação bie- la-manivela faz com que o arco da serra deslize na corrediça, em movimento retilíneo alternativo (movimento de "vaivém").

A cada rotação completa do volante, no sentido da seta, corresponde um golpe da serra, em duas fases: a de corte ou ativa na ida, e a de retorno, na qual a lâmina não corta.

A corrediça é articulada e tem um pêso, que é deslocável. Compreende-se que, suporte que lhe dá guia para o levantamento na máquina da fig. 1, o contrapêso, deslocado e o abaixamento do arco, quando se procede para a esquerda, faz com que a pressão da à colocação e ao apêrto do material na morsa. lâmina sôbre o material aumente, acontecen-

Caso se torne necessário aumentar a do o contrário quando o contrapêso é movido pressão da serra sôbre a peça, usa-se o contra- para a direita.

MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL HIDRAULICA

Excetuando o mecanismo do movimen- Ia), os movimentos da máquina de serrar da to alternativo (para o qual a transmissão é fig. 2 são de transmissão hidráulica. mecânica por meio do sistema biela-manive-

MEC - 1965 - 15 000 20

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MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL FõLHA DE AJUSTADOR INFORMAÇÁO 4612 ALTERNATIVA TECNOL6GICA

I

Os órgãos da bomba hi- dráulica (válvulas, cilindros, etc.) constituem um só mecanismo, cuj-s partes interiores trabalham em banho de óleo.

A lâmina da serra corta no curso de volta.

O dispositivo hidráulico permite: 1) avanço progressivo da lâmina, durante o corte, isto é, a pressão da lâmina sôhre o material aumenta com regulari- dade; 2) na segunda fase do curso, a lâmina não tem contato com o material; 3) no final do corte completo, automàticamente o arco se levanta e o motor é des- ligado.

Fig. 2

A máquina do tipo da fig. 2 tem três dades são para materiais macios e as menores velocidades de trabalho: 80, 100 ou 135 gol- velocidades para materiais duros. pes da lâmina por minuto. As maiores veloci-

RELAÇÃO ENTRE O NOMERO DE GOLPES DA LÂMINA E A VELOCIDADE DE CORTE

Sejam: D o diâmetro da biela (em mm) dente qualquer da lâmina é 2D. No fim de N e N o número de golpes por minuto. Em golpes (ou seja, em 1 minuto), tem-se a velo- cada golpe, o caminho percorrido por um cidade V:

2 DN DN V = 2 X D X N milímetros ou V = 1 O00

m/min ou V = - 500 m/min

500 V Resulta, como valor de N: N = D

A velocidade V é um valor obtido por tar, na máquina, a velocidade de trabalho experiências e, em geral, dado por tabelas, (n.O de golpes por minuto) que mais se apro- conforme o material a cortar. Regulando-se xime do valor calculado da fórmula. a biela, mede-se D. Dessa forma, pode-se ado-

NÚMERO DE DENTES DA IAMINA

São muito usadas as lâminas de 14 dentes por pol.egada. Em materiais mais ma- cios, empregam-se as de 10 dentes/ l".

QUESTIONARIO

1) Explique o funcionamento da máquina de serrar horizontal alternativa. 2) Dê a nomenclatura das partes da máquina, usando uma gravura de catálogo. 3) Indique quais as particularidades da serra horizontal alternativa hidráulica. 4) Deduza as fórmulas da velocidade de corte (V) e da velocidade de trabalho (N).

I

-- - a>.-- .r..,,. .C,-,,-,"

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A Plaina limadora é uma das máquinas que permite a obtenção de Superfícies planas, quando a sua ferramenta cortante ataca o metal de uma peça.

A ferramenta de corte da plaina lima- dora é dotada de um movimento retilíneo de "vaivémJJ (movimento retilineo alterna- t ivo).

Ao mesmo tempo, a peça, fixada numa

AJUSTADOR

mesa móvel apropriada, tem um deslocamen- to lateral compassado (fig. 1).

Dessa forma, em passes ou passadas paralelas e sucessivas, a ferramenta corta a superfície da peça, da qual arranca cavacos.

Pode-se dizer que, na plaina limadora, a ferramenta tem o movimento principal en- quanto a peça tem o movimento de alimen- tação.

PARTES PRINCIPAIS DA PLAINA LIMADORA (fig. I):

PLAINA LIMADORA (NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICAS)

1) Corpo, que é a estrutura reforçada de 3) Cabeçote de ferro fundido, também cha- ferro fundido, contendo o mecanismo de mado aríete ou torpedo, que é móvel e

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

movimento. suporta a ferramenta.

201 1

2) Base de ferro fundido, que suporta o 4) Mesa, de ferro fundido, suporte da peça.

corpo. 5) Motor elétrico, órgão produtor do movi- mento.

I MEC - 1965 - 15.000 I

99

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-1 I

I

i'

,

I I I

--

? !. AJUSTADOR I ,

TRABALHOS QUE A PLAINA LIMADORA PODE EXECUTAR

O principal trabalho da plaina lima- executar: 1) superficies cilindricas (figs. 4 e dera é de usinar superfícies planas (figs. 2 5); 2 ) superficies cônicas (figs. 6 e 7 ) ; 3 ) rodas e 3). dentadas cônicas (fig. 8); 4 ) perfis especiais

Com dispositivos especiais e peças aces- (fig. 9). sórias pode, entretanto, a plaina limadora

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

.\i * .r,-

Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9

ESPECIFICAÇÕES DE UMA PLAINA LIMADORA CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

1) Curso máximo e curso mínimo do porta- 5) Avanços verticais automáticos do porta- ferramenta. ferramenta.

2) Deslocamentos máximos da mesa: a) 6) Avanços transversais automáticos da transversal; b) vertical. mesa.

3) Distâncias máxima e mínima da mesa ao 7 ) Golpes do cabeçote, por minuto. guia do cabeçote. 8 ) Dimensões da mesa.

4 ) Deslocamento vertical máximo do porta- 9 ) Potência do motor, em HP. ferramenta. 10) Pêso total da plaina.

DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS ENTRE UMA PWNA LIMADORA E UMA PLAINA DE MESA

1) Na plaina limadora, a FERRAMENTA FAZ O 2) Na plaina de mesa, a PESA É QUE FAZ O

CURSO DO CORTE e a PESA TEM APENAS PE- CURSO e a FERRAMENTA O A V A N ~ O TRANS-

QUENOS AVANJOS TRANSVERSAIS DE ALIMEN- VERSAL. Destina-se a trabalhos grandes de TAÇÃO. O curso máximo da plaina lima- corte superior a 1.000 mm. dora é de 600 mm e, excepcionalmente, atinge 1 .O00 mm.

100 MEC - 1965 - 15.00b

20/2 PLAINA LIMADORA

(NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICAS)

F6LHA DE INFORMAÇÁO TECNOLÓGICA

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COMO FUNCIONA A PLAINA LIMADORA FBLHA DE

AJUSTADOR (CABEÇOTE E AVANÇOS AUTOMATICOS) INFORMAÇAO 321 1 TECNOL6GICA

Quanto ao funcionamento, podem-se 2) Plaina limadora hidráulica, na qual o distinguir dois tipos de plainas limadoras: Motor elétrico aciona uma Bomba a óleo

que, por meio de diversos comandos e vál- 1) Plaina limadora mecânica, na qual os mo- vulas, produz os movimentos principais.

vimentos do cabeçote, da mesa e do Porta- Será estudada nesta fôlha apenas a Ferramenta são de transmissão mecânica; plaina limadora mecânica.

MECANISMO DO MOVIMENTO DO CABEÇOTE

Fig. 1

O movimento rotativo do motor elé- trico (transmitido através da caixa de mu- dança de velocidade) é transformado em movimento retilineo alternativo ("vaivém") do cabeçote, por meio de um sistema de Biela oscilante ou Balancim (figs. 1 e 3) e de manivela instalada no Volante ou Engrena- gem principal (figs. 1 e 2).

O comprimento da manivela (isto é, a distância do pino ao centro do volante) pode ser regulado (fig. 2), de modo a ser aumen- tado ou diminuído o curso do cabeçote: se o pino está mais distante do centro, o curso é maior; se está mais perto, o curso do cabe- çote é menor. Para isso, a chave de regulagem do curso (no outro lado da plaina) move a engrenagem cônica (fig. 2), faz girar o para- fuso e desloca o pino.

Fig. 2 - Volante.

Quando o pino descreve o arco ABC (fig. l), o balancim vai da posição P1 a P2 e arrasta o cabeçote ou torpedo, com certa uelo- cidade é o curso ativo ou de corte. Quando o pino completa a circunferência, descrevendo o arco cda, o balancim volta à posição P1, com maior velocidade, porque o a r c o cda é menor do que o arco abc, e traz, em recuo, o cabeçote: é o curso de retôrno. Neste curso não há corte, devido a um dispositivo ade- quado do porta-ferramenta, que é articulado e sòmente recebe pressão no avanço.

A posição do golpe do cabeçote é regu- lada pelo mecanismo mostrado na fig. 1 : para- fuso, porca articulada com balancim e dispo- sitivos de manobra: chave, engrenagem cônica e trava.

Page 144: 07 - Usinagem

COMO FUNCIONA A PLAINA LIMADORA F6LHA DE

AJUSTADOR (cABEÇOTE E AVANÇOS AUTOMATICOS) INFORMAÇÃO 3212 TECNOLÓGICA

- MECANISMO DO MOVIMENTO DE ALIMENTAGÃO

Êste mecanismo, que produz o desloca- montada no eixo do parafuso de avanço trans- mento transversal da mesa, fica fora do corpo versal T (figa 4). Resulta que 0 parafuso dá

uma fração de giro e arrasta a mesa, por meio da plaina, o que está indicado na fig. 4. de uma porca. A cada retorno do cabeçote, o excêntrico O avanço é regulado pelo desloca- (fig. 4) aciona, pela alavanca AJ a unha U. mento do pino B do excêntrico, afastando-o Esta engrena na roda dentada R, que está ou aproximando-o do centro.

MECANISMO DE AVANÇO VERTICAL AUTOMÁTICO DO PORTA-FERRAMENTA

Muitos tipos de plainas são equipados com êste mecanismo.

No cabeçote, há uma alavanca de des- Alavanco ole des/oeomen+o

locamento em conexão com eixos, engrena- gens cônicas e porca, que transmitem giro ao parafuso do carro porta-ferramenta (fig. 5).

Na guia da plaina está instalado um batente. No curso de volta do cabeçote, a alavanca entra em contato com o batente, dá uma fraçáo de giro no seu eixo, resultando o avanço do carro porta-£erramenta. A ampli- tude do avanço é regulada pelo seletor. Fig. 5

156 MEC - 1965 - 15.000

Fig. 4

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AJUSTADOR

Há, na plaina limadora, em geral, dois mento de uma fração determinada (1 / 10 mm, Anéis graduados, também denominados Cola- por exemplo) do passo do parafuso. Dessa res micrométricos: um funciona ligado ao forma, por meio do anel graduado, pode-se parafuso de movimento do carro porta-ferra- fixar antecipadamente ou uma profundidade menta; outro, ao parafuso de movimento transversal da mesa. de passe (no carro porta-ferramenta) ou um

Ambos obedecem ao mesmo avanço transversal da peça (no carro suporte cada divisão do anel corresponde ao desloca- da mesa).

ANEL GRADUADO DO €XRRO PORTA-ERfakMENTA

É muito comum, nas plainas nacionais, a gradua- ção de 40 divisões iguais no anel, correspondendo a um passo de 4 mm. do parafuso do carro (figs. 1 e 2).

Quando se desloca ape- nas uma divisão do anel, em relação a um traço de referên- cia, resulta, então, como me- Q

dida v do avanço vertical da ferramenta:

4 mm 4 v = ---

40 divisões - 40 - Fig. I Fig. 2

1 -- - 10 = 0,l mm

I Como exemplo, supo-

nha-se que é necessário dar um passe de 1,5 mm de profun- didade na peça. Manobra-se a manivela e encosta-se a ponta da ferramenta na face superior da peça (fig. 3). Ajusta-se o anel graduado no "zero" e aperta-se o parafuso de fixa- ção.

Fig. 3 Fig. 4

Desloca-se a mesa e gira-se novamente a manivela até que o traço "15" do anel coincida com o traço de referência (fig. 4). O passe é de 1,s mm, pois a ponta da ferra- menta baixou de 15 divisões X 0,l mm = 1,5 mm.

Outro exemplo: se fosse necessário dar um passe de 2 mm, far-se-ia a coincidência do traço "20" com a referên- cia, pois: 20 divisões X 0,l mm = 2 mm.

Nas plainas com graduações em polegadas (norte-ame- ricanas e inglêsas) encontra-se, por exemplo, o anel graduado com 250 divisões (fig. 5) e o parafuso do carro com 4 fios por polegada. Então, profundidade de passe correspondente a uma divisão do anel graduado será: Fig. 5

1/4polegadas 114 1 1 1 250 divisões = w T X W = ~ =

MEC - 1965 - 15.000 157

FBLHA DE

~~o'g$,<.pA OS ANRIS GRADUADOS DA PLAINA LIMADORA 3311

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ANEL GRADUADO DO CARRO SUPORTE DA MESA

AJUSTADOR

Nas plainas nacionais há, por exemplo, a graduação de 50 divisões iguais (fig. 6), correspondendo a um passo de 5 mm do parafuso de movimento transversal da mesa.

Deslocando-se sòmente uma divisão do anel, a partir do traço de referência, ter-se-á como medida do avanço lateral 1 da mesa:

FBLHA DE OS ANÉIS GRADUADOS DA PLAINA LIMADORA INFORMAÇAO 3312

TECNOLÓGICA

5 mm 1 = 5 1 ----- 50 divisões - 50 - 10

- 0,l mm

Exemplos: 1) Deseja-se um avanço transversal da mesa de 2,6 mm. Coloca-se o "zero" do anel na referência, aperta-se o anel, inovendo-se em seguida a manivela do avanço lateral até o "26".

Tem-se, de fato: 26 divisões X 0,l mm = 2,6 mm, que é

o deslocamento desejado da mesa. 2) Deseja-se um avanço transversal da mesa de 3,5 mm. Gira-se a manivela até que a referência coin- cida com o traço "35", porque: 35 divisões X 0,l mm = 3,5 mm.

Nas plainas norte-americanas e inglêsas (graduações em polegadas), pode-se encontrar, por exemplo, o anel graduado com 200 divi- sões (fig. 7) e o parafuso do movimento trans- versal com 5 fios por 1". O avanço lateral correspondente a uma divisão do anel gra- duado será então:

1 /5 polegada ---- 1 / 5 200 divisões - 200 x - 5

Fig. 7

I I 158 MEC - 1965 - 15.000

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RECOMENDAÇõES SOBRE O TRABALHO NA FOLHA DE

AJUSTADOR INFORMAÇAO 341 1 I ' PLAINA LIMADORA TECNOLÓGICA

1) Conserve a plaina limpa e bem lubrifi- cada.

2) Empregue a chave ou a manivela ade- quada. Quando não estiver em uso, guar- de-a em lugar próprio.

3) A mandíbula de morsa defeituosa, arra- nhada ou amassada é prejudicial. O me- cânico verdadeiro é cuidadoso. Na fixa- ção de material grosseiro (em barras, pe- ças fundidas ou forjadas) use latão, cobre ou papelão para proteger as mandíbulas.

4) Os calços de fixação e apêrto devem ser mantidos limpos, sem rebarbas, sem em- penos, com faces paralelas e esquadreja- das. Examine-os antes de usá-los. Esteja certo de que, pelo menos, se acham lim- pos e sem rebarbas. Não martele com uma peça grosseira ou áspera sobre um calço de fixação.

5) Assegure-se de que não há cavacos nas superfícies de assentamento ou de fixação da morsa, dos calços e da peça.

6) Remova cuidadosamente as rebarbas re- sultantes de aplainamento anterior, a fim de evitar defeitos no assentamento e na fixação da peça.

7) Escolha a ferramenta apropriada, esmeri- lhando-a e afiando-a na pedra. O profis- sional é frequentemente julgado pelas ferramentas que usa.

8) Para assentar a peça, empregue um ma- cête de material macio (metal). Nunca use uma chave da plaina.

9) Não martele a peça enèrgicamente com o macête. Bata-o levemente na peça, o bastante para conseguir o assentamento desta.

I IEC - 1965 - 15.000 171

&

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10) Não dê novo apêrto na morsa, depois de assentada a peça. Se o fizer, poderá resul- tar provàvelmente um ligeiro levanta- mento da mesma em relação ao seu assento.

I

1 1) Para determinar rigoroso assentamento da peça, use tiras de papel de sêda, como "calibradores de espessura", entre os cal- ços e a própria peça.

12) Não aperte enèrgicamente uma peça del- gada entre as mandíbulas da morsa. Se o fizer, poderá acontecer que ela se deforme e fique empenada, mesmo depois de afrouxado o apêrto.

AJUSTADOR

13) Antes de fixar novamente a morsa, que tenha sido retirada da mesa, certifique-se de que estão limpas e sem mossas ou re- barbas as superfícies da mesa e da face inferior da base da morsa.

r

RECOMENDAÇ6ES SOBRE O TRABALHO NA PLAINA LIMADORA

FBLHA DE

TECNOLóGICA

14) Para ajustar a ponta da ferramenta de corte a uma superfície já acabada ou à face de um bloco padrão, proceda assim:

3412

b) coloque uma tira de papel de sêda sobre a superfície e embaixo da ferra- menta;

c) mova a manivela do carro porta-ferra- menta, baixando a ferramenta até que sua ponta toque de leve o papel.

15) Ao fixar uma peça de forma complexa ou irregular, verifique se o porta-ferra- inenta e, também, a parte inferior do cabeçote passarão livremente pela peça em todo o comprimento do golpe e, tam- bém, em toda a largura do corte.

16) Certifique-se sempre de que o porta-fer- ramenta está adequadamente colocado e de que trabalhará livremente. Qualquer descuido pode causar a inutilização da peça-

17) Para inclinar a base do porta-ferramenta, nunca use o martelo. Se o fizer, podem resultar mossas que provivelmente con- correrão para emperrar o bloco porta- ferramenta.

a) verifique se o porta-ferramenta está 18) Mantenha boa conservação para todos os firme e na posição adequada; acessórios da plaina.

(RECOMENDACbES TRADUZIDAS DO LIVRO "MACHINE TOOL OPERATION",

DE HENRY D. BORGHARDT E AARON AXELROD - EDIT. MAC. GRAW-HILL BOOK)

Page 149: 07 - Usinagem

VELOCIDADE DE CORTE I A velocidade de corte V da ferramenta material da ferramenta de corte. As experiên-

da plaina é um VALOR PRÁTICO, que se expri- cias, no sentido de determinar os valores ade- me em METROS POR MINUTO e que resulta de quados da velocidade de corte em diferentes experiências científicas. Varia com a nature- casos, visam a conseguir economia e melhor za do material a cortar e com qualidade do técnica de usinagem.

AJUSTADOR

VELOCIDADES DE CORTE NA PLAINA (em metros por minuto)

FdLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

VELOCIDADE DE CORTE, AVANÇO E TEMPO DE CORTE NA PLAINA LIMADORA

MATERIAL A APLAINAR

351 1

Ferro fundido duro Ferro fundido médio Ferro fundido macio Aço baixo teor de 40 a 60 kg/mm2 Aço duro de 80 a 90 kg/mm2 Aço fundido Aço para ferramentas Bronze duro Bronze macio Latão e alumínio

COM FERRAMENTA DE AÇO CARBONO

RELAÇAO ENTRE A VELOCIDADE DE CORTE E O NUMERO DE GOLPES

COM FERRAMENTA DE AÇO RAPIDO I

Sendo V a velocidade de corte em me- tros por minuto, N o número de golpes por minuto e C o curso, em milímetros, da ferra- menta da plaina, a fórmula da velocidade assim se apresenta:

Realmente, por definição da mecânica, a velocidade é o percurso realizado por um móvel na unidade de tempo. No presente caso, a velocidade é o curso da ferramenta, em ME-

TROS, durante o tempo de 1 MINUTO. Ora, em cada golpe, a ponta da ferramenta percorre C milímetros na ida e C milímetros no retorno,

ou seja, 2 C milímetros. Para se ter o percurso correspondente a cada golpe, em METROS, bas- ta dividir 2 C mm por 1 000:

2 C 000 metros.

No fim de 1 MINUTO, tempo durante o qual o cabeçote da plaina dá N golpes, tem-se a velocidade de corte

2 C v=--- 1 O00 X N metros,

pois êsse é o percurso na unidade de tempo.

O PROBLEMA PRATICO DO CORTE NA PLAINA

A prática aconselha velocidade da plai- indicada para o material da peça a aplainar e na adequada a cada tarefa. Consiste então o para o aço da ferramenta de corte. Da última problema em determinar o valor de N mais fórmula se tira o valor de N: aproximado de uma das velocidade (golpes por minuto) da plaina, tendo em conta que se 1000 V

N = deve adotar a velocidade de corte que seja a 2 C '

I I MEC - 1965 - 15.000 173

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Obtido o valor de N pelo cálculo desta fórmula, basta compará-lo com a escala de ve- locidades da caixa de mudança (número de golpes por minuto), para se adotar a veloci- dade conveniente ao trabalho. Desloca-se en- tão a alavanca de mudança para a posição do número de golpes LOGO ABAIXO DO CALCU-

LADO OU do número igual ao calculado, se, por coincidência, existir na gama de veloci- dades.

Exemplo - Deseja-se aplainar uma me- dida de 250 mm (1 = 250 mm) em uma peça de ferro fundido de dureza média (V = 14 me- troslmin). Calcular o número de golpes a ado- Fig. I

tar se a gama de velocidades da plaina é: 8

". '1 * .AJUSTADOR

- 11 - i 7 - 23 - 35 - 50 - 74*- 102 gol- 1000x14 14.000 pes/min. N = 2 X 270 - 540 = 26 golpes/min

I Tem-se (fig. 1)

C = 250 mm + 20 min = 270 mm

I (com folgas) e

I

VELOCIDADE DE CORTE, AVANÇO E TEMPO

DE CORTE NA PLAINA LIMADORA

aproximadamente. Usa-se então a velocidade imediatamen-

te inferior da gama da plaina, isto é, 23 'gol- pes/minuts.

AVANÇO E TEMPO DE EXECUÇÃO DO CORTE NA PLAINA

FBLHA DE INFoRMAFAo TECNOL6GICA

Além dos elementos velocidade e curso, - Calcular o tempo de execução de uma pas- já considerados, intervém, nos problemas de sada completa de profundidade p (passe do cálculo de aplainamento, o avanço a, ou seja, a anel graduado do porta-ferramenta) na peça alimentação ao corte que a peça oferece i fer- da figura, sendo V = 14 m/min, L (largu- ramenta, numa profundidade P ou passe, ao ra) = 40 mm, 1 (comprimento) = 250 mm e ser dado cada golpe. a = 0,2 mm (avanço por golpe). Velocidades

Aplicação ao cálculo do tempo de corte da plaina:

35,2

8 - 11 - 17 - 23 - 35 - 50 - 74 - 102 golpes por minuto.

40 mm Tem-se t = e N =

1000 V 14.000 14.000 0,2 mm X N 2 C 2 (250 + 20)- 540 = 26 golpes/minuto. I

Adota-se a velocidade logo abaixo de N, isto é, 23 golpes/minuto.

Resulta então:

40 mm t =

40 --- 0,2 mm X 23- 4,6 - 8 minutos e 7 décimos aproximadamente.

I 174 MEC - 1965 - 15.000

Page 151: 07 - Usinagem

TORNEIRO I T6RNO MECÂNICO HORIZONTAL I FBLHA DE INFORMAÇÃO

MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLÓGICA

O Tbrno mecânico horizontal e uma rota~ão, por meio de uma ferramenta de corte máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da superfície de urna peça em movimento de = peça.

Fig. I - Torno mecânico horizontal. Vista de fvente.

Fig. 2 Tdrno mecânico horizontal com t~ansmissão

externa. Vista lateral.

Fig. 3 Tôrno mecânico horizon-

, tal com transmissão inter- na. Vista lateral.

NOMENCLATURA

As figs. I e 2 representam um tôrno torno, no qual o motor e a transmissão se mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim mator elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons- namente. tituem perigo para o operador.

A fig. 3 mostra a vista lateral de outro

Page 152: 07 - Usinagem

Vista de frente

Fig. 4 - Tôrno mecânico horizontal

CARACTERÍSTICAS DO TORNO HORIZONTAL

TORNEI RO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL INFORMAÇAO F6LHA DE 1 -2 MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOL6GICA

Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). ,Apresentam um aspecto nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas. das estruturas do cabeçote fixo e do pé corres-

' I

Vista lateral

QUESTIONARIO

1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos -antigos? Qual a vanta- gem principal, quanto ao novo aspecto externo?

2) Diga as características principais de um torno mecânico horizontal.

3) Em que consiste a operação de tornear?

-

i

34 MEC - 1965 - 15.000

São consideradas características mais importantes as seguintes:

1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4). 2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4). 3) Altura da ponta em rela~ão ao fundo da cava. 4) Altura da ponta em relação à mesa do carro. 5) Diâmetro do furo da árvore. 6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo 7) Número de avanços automáticos do carro. 8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton). 9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton).

10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton). 1 1) Número de- velocidades da árvore. 12) Potência do motor em HP.

Page 153: 07 - Usinagem

I

TORNEIRO MECÂNICO

Sendo o tôrno a máquina na qual se 2) Fazer deslocar a Ferramenta, enquanto remove material da superfície de uma peça ataca a superfície da peça. É o movimento em rotação, por meio de uma ferramenta de de avanço (Ma). corte, que se desloca continuamente, os seus Para isso, são necessárias diferentes ve-

têm que permitir, ao locidades; conforme a espécie de material a tempo, dois movimentos principais: tornear, a qualidade da ferramenta de corte

e a natureza do trabalho a executar. Há, tam- 1) Fazer girar a Peça, que está suportada e bém, com frequência, a necessidade de in-

prêsa por meios o movi- verter o sentido das rotações, a fim de que

mento de corte (Mc). sejam possíveis certas operações no torno.

Z da Olowsnca

ESQUEMA DO MECANISMO DE FUNCIONAMENTO

DO TORNO

Para fazer êsses dois movimentos, pos- 3) transmjtir os movimentos, a partir do mo- sui o torno robustas estruturas de "ferro" tor elétrico;

(barramento, pés, cabeçotes e carro) que su- 4) modificar os movimentos ou as velocida- portam o conjunto de órgãos e de mecanismos des; destinados às seguintes funções: 5) comandar as modificações dos movimentos

1) prender ou suportar a peça a tornear: ou das velocidades.

A figura apresenta um esquema geral 2) fixar a ferramenta de corte; dos órgãos e mecanismos do torno.

*

MEC - 1965 - 15.000 155

F6LHA DE INFORMAÇÃO TECNOLóGICA

TORNO MECÂNICO HORIZONTAL

' (FUNCIONAMENTO) 1 0.3

Page 154: 07 - Usinagem

I FUNÇõES DOS 6RGÃOS E MECANISMOS DO TORNO I I Acompanhando as indicações das le-

tras, na figura, podem-se distinguir: '

.TORNEIR6 ' MECÂNICO

A - transmissão da rotação do motor elé- trico à polia inferior de velocidades;

C I

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

TORNO MECÂNICO HORIZONTAL

(FUNCIONAMENTO)

B - transmissão da rotação à árvore ou ao eixo principal do torno, entre polias que permitem mudança de velocidades;

C - mecanismo de redução da velocidade da árvore, permitindo obter um nú- mero duplo de velocidades nesse eixo principal (daí dizer-se que o "tôrno está dobrado" quando se engrena êste mecanismo) ;

J

10.4

D - mecanismo de inversão da marcha do carro do tôrno;

E - mecanismo de ligação (engrenagens da grade) ;

F - mecanismo de variação rápida das ve-

locidades de rotação do fuso ou da vara, determinando a variação da ve- locidade de deslocamento do carro e, portanto, da ferramenta. Este mecanis- mo constitui a chamada caixa de câm- bio ou caixa Norton;

G - mecanismo de movimento manual do carro;

H1 - mecanismo de movimento automático de avanço do carro transversal do tôr- no, estando o carro longitudinal pa- rado;

H2 - mecanismo de movimento automático de avanço longitudinal do carro;

I - mecanismo de movimento automático de avanço longitudinal do carro, usado mais para abrir roscas;

J - mecanismo de movimento manual da espera.

QUESTIONARIO

1) Quais são os dois movimentos principais do tôrno?

2) Por que se usam diferentes velocidades da peça e da ferramenta?

3) Quais são as funções gerais dos órgãos e mecanismos do torno?

I

156 MEC - 1965 - 15.000

Page 155: 07 - Usinagem

TORNEIRO I I FBLHA DE

MECANICO AVENTAL, CARRO E ESPERA DO TORNO INFORMAÇÃO 10.5

TECNOLóGICA I AVENTAL DO TORNO

Fig. 1

É uma caixa de ferro fundido, adaptada na parte anterior do carro longitudinal. Con- tém o mecanismo de movimento longitudinal do carro ao longo do barramento do torno, assim como o mecanismo de movimento auto- mático transversal do carro transversal. A fig. 1 indica todos os mecanismos do avental.

1) MOVIMENTO MANUAL DO CARRO - Estando o pinhão P1 desligado (alavanca AZ), gi- ra-se o volante V. A rotação do pinhão P2 faz girar R1 e o pinhão P3, que, engre- nado na cremalheira, produz o desloca- mento longitudinal do carro.

2) AVANÇO AUTOMATICO DO CARRO ATRAVÉS

DO FUSO (para abertura de roscas) - Mo- ve-se a alavanca Al. Os pinos das metades da porca aberta movem-se nos rasgos do disco D e fecham a porca, engrenando-a com o fuso. A rotação do fuso determina o avanço longitudinal do carro.

3) AVANÇO AUTOMATICO DO CARRO TRANSVER-

SAL DA VARA - Estando a porca aberta, mo- ve-se a alavanca A2, para a posição que produz o acoplamento das luvas LI. A ro- tação da vara determina as rotações de R2, R3, P (parafuso semfim), R4 (roda heli- coidal), P1, R1 e P3. Estando P3 engre- nado na cremalheira, o carro se move ao longo do barramento.

4) AVANÇO AUTOMÁTICO TRANSVERSAL DA ES-

PERA INFERIOR - Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2 para a posição que, desligando as luvas L1, acopla ao mesmo tempo as luvas L2. A rotação do fuso não se transmite ao pinhão P1, por estar des- ligado e, assim, o carro do torno não se move. Através, porém, de R2, R3, P e R4, a rotação se transmite a R5 que engrena com o pinhão P4, montado no topo do parafuso de deslocamento transversal da espera inferior.

~ 4 c r 101.9 I C nnn 1 i:

Page 156: 07 - Usinagem

TORNEIR0 F ~ L H A DE

MECANICO - AVENTAL,'CARRO E ESPERA DO TORNO INFORMAÇÃO 1 0.6

TECNOLÓGICA

CARRO DO TORNO

É uma forte peça de ferro fundido, ten- do ranhuras trapezoidais na parte inferior, que se adaptam em guias prismáticas do barra- mento do torno, para facilitarem o seu desli- zamento longitudinal (figs. 2 e 3). As duas guias prismáticas externas (fig. 3) são as que servem de apoio ao carro. A guia prismática interna e o ressalto achatado servem para o deslocamento do cabeçote móvel. Todas essas guias são rigorosamente retificadas, para que o movimento da ponta da ferramenta se faça sempre paralelamente ao alinhamento da pon- ta e da contraponta.

I Na parte inferior do carro está o para- fuso de movimento que se conjuga a uma por- ca, determinando o deslocamento transversal do mesmo. este deslocamento se faz manual- mente, pelo volante, ou automàticamente, através do mecanismo do avental, conforme foi explicado (fig. l), sendo guiado pelo en- caixe em rabo de andorinha existente na par- te inferior. Um anel graduado, no eixo do volante, permite deslocamentos micrométri- cos do carro transversal.

Fig. 2

I I

Fig. 3

graduação angular, para mostrar qualquer in- clinação da direção de avanço da ferramenta em relação ao eixo da peça que está sendo tor- neada.

A ESPERA

É o órgão que serve de base ao porta- ferramentas. O deslocamento da espera se faz girando o volante, que move um parafuso conjugado a uma porca existente na mesma. Um anel graduado, no eixo do volante, faci- lita a execução manual de avanços micromé- tricos da ferramenta de corte. A base da es- pera apresenta uma base cilíndrica, com uma

O porta-ferramenta é o órgão superior que suporta e prende a ferramenta de corte, mediante parafusos de apêrto.

QUESTIONARIO

I

1521 MFC - 10Xri - I ri nr

1) Mediante os esquemas da fig. 1, explique os diversos movimentos do carro do torno.

2) Para que servem as guias prismáticas?

3) Quais são as funções do carro transversal e da espera?

Page 157: 07 - Usinagem

TORNEIR0 MECANISMO DE INVERSÃO DO AVANÇO DO FOLHA DE

MECÂNICO INFORMACAO 12.3

CARRO DO TORNO - MECANISMO DA GRADE TECNOLÓGICA C

MECANISMO DE INVERSÃO DO MOVIMENTO DO CARRO

(INVERSOR DE AVANÇO)

O mecanismo de rotação, transmitido meio da roda R1 (fig. 2). Esta roda R1 é, através de eixos, rodas dentadas, vara ou fuso, então, o comêço de todo o mecanismo de des- para produzir o deslocamento do carro longi- locamento automático da ferramenta de corte. tudinal é derivado da árvore do tôrilo por

A transmissão do movimento se faz, logo no início, através do mecanismo inversor da rotação (figs. 1, 3 e 4). O exame destas figuras esclarece o funcionamento do dis- positivo. A alavanca exterior mano- bra uma peça P, que se desloca em torno do eixo do inversor e leva o conjunto das rodas R2 e K3 a uma das posi~ões seguintes:

Pos~jÃo 1 - R3 engrena coin RI. Em virtude de R2, a rotação de R4 terti sentido contrário ao de R1 (fig. 1).

PosrjÃo 2 - R2 e R3 não en- grenam com R1. O sistema esti em < ' ponto morto". Não transmite, pois, rotação ao eixo do inversor, que co- manda o mecanismo de avanço do carro (fig. 4).

Pos~jÃo 3 - R2 engrena com R1. Como K3 fica desengatada, o conjunto funciona apenas com :i engrenagens e, em conseqüência, R1 e R4 giram no mesmo sentido (fig. 3).

Como R1 e R4 têm o inesmo diârtietro, o eixo do inversor gira à mesma velocidade da árvore do torno. As rodas R2 e R3 são sim- ples transmissoras da rotação, não

P'ig. 1 - Marcha i~zuert idn. I'ig. 2 - Esquema da derivação de marcha.

alterando a velocidade de rotação F ; ~ . 3 - Mai.chu d ire t i entre a árvore do tôrno e o eixo do inversnr '

MEC.4NTSMO DA G U D E

F'ig. 3 - Avanço desligado

As engrenagens da grade formam um dispositivo de ligação entre o eiso I do in- versor de avanco e o eixo condutor A da caixa Norton (figs. 5 e 6), ou entre o inversor

e o fuso, nos tornos que não possuem caixa Norton. A grade é uma peca de ferro fundido articulada em torno do eiko A, podendo ser

Page 158: 07 - Usinagem

fixada, devido ao rasgo F e pela porca P, em diferentes posições. O seu rasgo longitu- dinal E serve para a montagem de UMA OU MAIS engrenagens intermediárias, por meio de parafusos com buchas e por- cas.

Este dispositivo permite a montagem de variadas com- binações de engrenagens.

CASO DE SIMPLES TRANS-

MISSÃO SEM ALTERAR A VELOCI-

DADE - Basta montar no eixo I do inversor e no eixo A da 'caixa Norton (ou no fuso, se não houver caixa Norton) duas rodas R5 e R8 com o MESMO

NÚMERO DE DENTES. Então R8, R5, R4 e a árvore têm a mes- ma velocidade de rotação. Fig. 5 Fig. 6

TORNEIR0 MECÂNICO

CASO DE ALTERAJÃO DA VELOCIDADE DE

ROTAÇÃO - Basta que as rodas, que substi- tuírem R5 e R8, tenham números de dentes diferentes, para se dar mudança de rotação. Por exemplo: roda de 60 dentes na posição

I R5 e roda de 120 dentes na posição R8. Re- sultado: o eixo A terá metade da rotação do eixo I. As rodas intermediárias não alteram

I a rotação. Outro meio de modificar a rotação

consiste em montar na grade, em um mesmo eixo, duas rodas de números de dentes dife- rentes (fig. 7). Mesmo que as rodas extremas R5 e R8 tenham o mesmo número de dentes, há mudança de rotação. Tomemos o exemplo da fig. 7. Segundo a regra, a redução se obtém dividindo o produto dos números de dentes

I das rodas condutoras pelo produto dos das conduzidas:

I I

FBLHA DE INFORMAÇÃO TECNOL~GICA

MECANISMO DE INVERSA0 DO AVANÇO DO CARRO DO TORNO - MECANISMO DA GRADE

I 40 X 30 30 1 , Redução =

60 x 4 0 6 0 = 2

1 2.4

QUESTIONARIQ

1) Para que serve o inversor de avanços?

2) Para que serve o mecanismo da grade?

3) Em que caso se dá a transmissão sem alteração da velocidade de rotação?

4) Em que caso se dá a transmissão com alteração de rotação?

Page 159: 07 - Usinagem

TORNEIRO . . - - - . I RFCOMENDACBES SBRRE O USO DO T Õ ~ O 1 1.7

I Tratando-se de máquina de grande pre- 11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha cisão, de mecanismo complexo, de constante de atenção pode causar sério acidente. emprêgo na oficina e de custo elevado, todos os cuidados devem ser adotados pelo opera- dor a fim de manter o torno sempre em or- dem e bem conservado, assim como para usá- 10, convenientemente, conforme as técnicas de trabalho mais adequadas e as indispensáveis 'normas de segurança.

Algumas regras gerais, consagradas pela prática, são dadas em seguida, para orienta- - ção dos principiantes.

1) Aprenda bem as funções dos seus diver- I sos órgãos.

2) Mantenha-o convenientemente lubrifica- do.

3) Conserve-o limpo e em ordem. A máqui- na suja não é adequada a um trabalho.

4) Compreenda e planifique completamente a tarefa, antes de iniciá-la.

5) Observe se o tôrno está bem equipado e, em seguida, trabalhe com prudência, e de modo ordenado.

6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- te. As ferramentas embotadas ou "cegas" atrasam a produção, dão mau acabamen- to e impõem ao tôrno um injustificado ou desnecessário esforço.

7) Execute um corte que possa ser bem su- portado pela máquina, pela peça e pela ferramenta de corte. Várias sucessões de cortes leves desperdiçam tempo, obrigan- do o operador a trabalho desnecessário.

8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize

I a máquina como se estivesse trabalhando para si próprio,

9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das ferramentas de corte, depois que tenham sido esmerilhados, o que aumenta a du- ração dos mesmos.

10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um requisito indispensável para que uma pes- soa possa trabalhar.

- -

12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada na placa de castanhas.

13) Não tome desordenadamente as medidas da peça. Os detalhes dos desenhos ou dos esboços são dimensionados visando a fins determinados. Execute-os dentro dos li- mites especificados.

14) Não desperdice tempo trabalhando com precisão ou cuidado maiores do que os exigidos pelo desenho ou pelo esboço.

15) Não procure justificar-se quando inutili- zar uma peça. Assuma a responsabilidade, e procure executar peça melhor da próxi- ma vez,

16) Não manobre qualquer alavanca nem gire qualquer manípulo do tôrno, senão de- pois que,conheça os resultados da mano- bra.

17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu- mulem em torno da ferramenta de corte. Quebre-os com um gancho. Melhor ain-. da é, em certos casos, esmerilhar a ferra- menta, dando-lhe um "quebra-cavaco" (rebaixo de forma adequada).

18) Não trabalhe no torno com camisa de mangas compridas. Mantenha-as enrola- das acima do cotovelo.

19) Não use paletó ou avental folgados, quan- do trabalhar no torno.

20) Não use também gravatas longas ou anéis.

2 1) Não trabalhe no torno e converse ao mes- mo tempo. Se -você precisa falar, pare a máquina.

22) Não deixe de usar óculos de proteção, quando tornear peças cujos cavacos sal- tem.

i

23) Não tente verificar um furo, sem antes proteger-se da ferramenta, a fim de evi- tar ferimentos no braço ou na mão.

24) Ao limar uma peça no târno, não o faça arqueando o braço esquerdo sôbse a pla- ca.

25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma peça ou ferramenta que esteja girando.

MEC - 1965 - 15.000

Page 160: 07 - Usinagem

. - . . - -r . h

TORNEIRO F6LHA DE RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO TORNO INFORMACÃO 1.8

MECÂNICO TECNOLÓGICA

26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas

to. Se £ar obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno. na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a

27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor- tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base. contra as guias do barramento do torno.

IMPORTANTES PRECAUÇOES ANTES DE 1

TRABALHO NO TORNO

Um hábito que se deve adotar, ao apren- 1) a porca do carro não está engrenada no der o manejo do torno, é o de certificar-se de fuso; I que o carro se move livremente ao longo das guias do barramento, antes de pôr a máquina 2) as alavancas de avanço não estão ligadas; I em rotação. 3) a trava do carro não está apertada;

A primeira medida que o mecânico ex- perimentado deve tomar, quando vai traba- 4) as guias do barramento estão lubrificadas;

lhar em um torno, é mover o carro ao longo 5) a peça passará livre pelo carro, quando em das guias, manualmente, para assegurar-se de .

rotaqão. I que:

- NOTA: AS recomendações e precauqões, enunciadas acima foram traduzidas dos livros:

- "Machine Shop Theory and Prac- tice", de Albert M. Wagener e Har- lon R Arthur - Edit. D. Van Nos-

- "Machine Too1 Operation", de Hen- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod - Edit. Mc. Graw Hill Book Co.

trand Co. Inc. Inc.

Page 161: 07 - Usinagem

O torno mecânico é máquina-ferramen- ta de muita utilidade lias oficinas mecânicas, não sòmente porque se presta à execução de grande variedade de trabalhos, mas também porque a sua ferramenta de corte é relativa- mente simples e, na maioria dos casos, pode ser preparada na própria oficina.

Determinadas operações, que normal- mente se fazem em outras máquinas, tais como a furadeira, a fiesadora e a retifitadora, também se podem executar no torno, com adaptações relativamente simples.

1.9

5) '1 ornos de platô, em geral de eixo hori- zontal. Servem para tornear peças curtas, mas de grandes diâmetros, como aros de rodas de locomotivas e vagões.

FÔLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLQGICA

TORNEIR0 MECÂNICO

6) Tornos automáticos e semi-automáticos, que possuem mudança automática de ali- mentação e emprêgo automático, em uma ordem determinada, das ferramentas ne- cessárias a cada operação. Nos tornos dêste tipo, que servem para a grande produção seriada, o material das peças a tornear tem movimentos de rotação e avanço de

UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E OPERAÇGES QUE REALIZA

O torno é uma verdadeira máquina alimentação.

universal, porque pode substituir, até certo De um modo geral, são comuns a todos ponto, outras máquinas-ferramentas. os tipos de tornos, com as variações de dis-

positivos ou dimensões exigidas em cada caso, Os tornos mecânicos podem ser classi- os seguintes mecanismos e partes:

'

ficados nos seguintes tipos:

1) Partes que suportam ou alojam os dife- 1) Tornos horizontais, de árvore horizontal e rentes mecanismos (barramento, pés, ca-

barramento horizontal. beçotes, caixas).

2) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor- mam o movimento de rotação da árvore

3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores). tas, montadas em porta-ferramentas ade- quado, atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca- operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di- certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va-

ra, etc.). 4) Tornos copiadores - São os que produzem

uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça ferramenta a cortar. um perfil na pe~a , a tornear. que acompanha, por meio de uma guia, um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci- dêlo. dades.

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TORNEIRO / MECiNICO UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E

OPERAÇõES QUE REALIZA

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

OPERÀÇÕES QUE O TORNO REALIZA

A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça externa ou internamente.

1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3).

Desbaste cilindrico externo. Fig. 1

Alisamento cili~zdrico externo. Fig. 2

Rôsca cilindrica externa. Fig. 3

2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de rotação da peça. Exemplos em ooperações externas. (figs. 4 a 6).

Faceamento d esquerda. Fig. 4

Faceamento à direita. Fig. 5

Sangramento. Fig. 6

Torneamento cônico. Torizeamen to de perfil. Fig. 7 Fig. 8

3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7).

4) Operações com deslocamentos combinados, em direções diferentes (fig. 8).

Torneamento cilindrico I interno.

Fig. 9

Faceamento interno. Fig. 10

Torneamento cdnico Torneamento interno. de perfil Fig. 11 i n t ~ r n o .

Fig. 12

Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12).

QUESTIONARIO

1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de maior utilidade?

2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os tipos de tornos.

3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos.

4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta.

I I 42 MEC - 1965 - 15.000 I

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A fixação da ferramenta de corte no porta-ferramenta do torno e sua posição cor- reta em relação à peça a tornear são de grande

importância, pois influem no rendimento e na qualidade do trabalho, assim como na du- ração do corte da própria ferramenta.

I

i 1

PQSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAÇÃO A PEGA

A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam- Altura do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça. na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte da ferramenta) e s (formado na parte supe- pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra- rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peya, até um mento para o corte.

1.1 1

Fig. 1

FÔLHA DE INFORMACÃO TECNOLÓGICA

i TORNEIRO MECÂN ICO

Fig. 2

FIXAÇÃO DA FERRAMENTA DE CORTE

(NORMAS GERAIS)

Para se obter a altura desejada, em cada fixação de ferramenta, é usual o em- prêgo de um ou mais calços de aço, entre a parte inferior da ferramenta e a base do porta-ferramenta (fig. 2).

Se a ponta da ferramenta fica abaixo do centro da peqa, a aresta cortante tem maior penetração, a ferramenta fica forçada, o metal é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o

máximo de 2 mm), para que não se dê flexão da ferramenta e pressão exagerada sobre o carro do torno.

Quanto ao ângulo do eixo longitudinal da ferramenta com o eixo longitudinal da peça, o valor é variável, conforme o tipo de trabalho. Por exemplo, reto (900) na operação de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90° na operação de facear (fig. 4).

Fig.. 4

AEC - 1965 - 15.000

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TORNEIRO I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE I F6LHA DE I MECANICO INFORYAÇAO 1 1-12 1

(NORMAS GERAIS) TECNOLóGICA

TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA

São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável (fig. 6) e a tôrre quadrada (fig. 7).

Fig. 5

R Fig. 6

Os dois prirneiros se prestam A fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esforço de corte.

Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9 seu corte, prodiiza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de rnento e não trepide, deve ser ri'gida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in- virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de

corte.

Fig. 8

Para que urna ferramenta de corte fi- que rígida, são necessários:

1) ter seção proporcional ao esforço de corte. Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro- busta. Se fôr pequeno, não há inconve- niente no uso de uma seção estreita;

2) ter o mínimo possível de saliência em re- lação ao porta-ferramenta (figs. 8 e 10), isto é, o balanço b deve ser o menor possível;

3) ser enèrgicamente apertada, com as maio- res superfícies possíveis de apoio e de con-

Fig. 9

Fig. 10

44 MEC - 1965 - 15.000

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A placa universal de três castanhas é muito usada na oficina mecânica, pois permite centragem rápida da peça; apresenta, entre- tanto, os seguintes inconvenientes:

1) não serve para a fixação e centragem de peças de qualquer forma, mas sòmente

I para peças cilíndricas ou hexagonais;

I i

2) depois de certo tempo de uso, devido ao desgaste no seu complicado mecanismo, não oferece centragem precisa;

2.1

3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura não deve ser lubrificada, para evitar que os cavacos e suieiras a ela adiram, influin-

FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLÓGICA

TBRNEIRO ~v~ECÂNICO

do -na precisão da centragem ou daniflca-

USO DA PLACA UNIVERSAL DE

TRÊS CASTANHAS

cando a placa. I

Quando é necessário muita precisão na centragem de uma peça na placa, não convém usar a placa universal, mas a placa de casta- nhas que se movem independentemente umas das outras.

MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL NA ARVORE DO TORNO

I Cuidados a tomar:

1) Coloque a placa sobre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno, como mostra a fig. 1.

Fig. /

2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- ca da árvore e a face do flange. Qualquer sujeira ou rebarba nessa face pode tornar defeituosa a centragem da peça.

3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- prio (fig. 2).

4) Ajuste a placa contra o topo da árvore, com a mão direita, e, com a esquerda, gire lentamente o tôrno, até que o encosto da placa fique apertado na face do flange. Nunca se deve montar a placa com o torno em movimento.

DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE

I 1) Ligue as engrenagens de redução da mar- da fig. 1, que impedirá qualquer choque cha do torno. da placa contra as guias do barramento. I

2) Coloque um calço de madeira entre uma das castanhas e ~ a s guias posteriores do barramento (fig. 3). -

3) Gire manualmente a árvore no sentido in- dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o apêrto.

4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an- tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3

I I MEC - 1965 - 15.000 49

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TORNEIRO MECÂNICO

USO DA PLACA IJNIVERSAL DE

TRÊS CASTANHAS INFORMACÃO TECNOLÓGICA I DE 1

5) Uma vez desmontada, deite a placa apoia- da sobre as castanhas. Conl isso se evita que os cavacos, por acaso caídos no inte-

rior da placa, possam concorrer para eni- perrar o seu mecanismo.

CUIDADOS COM A PI,XCI$ I_JNIVEKSAL,

1) Não prenda na placa peças fundidas em bruto ou barras em bruto, com larninaçáo defeituosa.

2) Não introduza canos no rnanípulo da cha- ve de manobra com a finalidade de aumen- tar o braço de alavanca e tornar mais enér- gico o apêrto.

3) Para tornar melhor o apêrto da peça, basta usar a chave de manobra nos três encaixes dos pinhões da placa.

4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa dentada da placa. Niio convém lubrificar a ranhura espiral, a fiin de evitar a aderên- cia de sujeira ou cavacos.

5) De vez em quando, ou se houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, desmonte-a e limpe cuidadosamente todas as peças do seu mecanismo.

KECOMENDAIiõES SOBRE A FIXAUÃO DE PEgAS NA PLACA L7N1VERSAL

1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes. que as castanhas fiquem muito 4) A peça bruta, com empenarnento ou irre- ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem

2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes. deverá, em regra geral, ser superior a três vêzes o diâmetro da peça (A 3 d).

Fig. 4 Fig. 5

1) Quais são os inconvenientes quanto ao uso da placa universal?

2) Quais as fases da montagem da placa universal na árvore do torno? 3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore?

4 ) Quais os cuidados para conservacão da placa universal?

5) Indique algumas regras relativas i fixaqão na placa universal.

i0 MEC - 1965 - 15.01

Page 167: 07 - Usinagem

TORNEIRO FOLHA DE OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO INFORMAÇAO

MECANICO TECNOL~GICA 2.3

Para remover certa espessura de mate- rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne- cessita fazer avançar a ferramenta contra a peça, na medida determinada. A fim de que o trabalho se execute de modo preciso, a me- dida da espessura a remover deve ser fixada e garantida por um mecanismo que, além de produzir o avanço, permita o exato e cuida- doso controle dêste avanço.

O torno mecânico possui mecanismos que atendem a tais condições:

1.0) no carro transversal, cujo deslocamento é sempre perpendicular ao eixo da peça ou à linha de centros do torno;

2.0) na espera, onde se situa o porta-ferra- menta, que pode ser inclinada a qual- quer ângulo, pois sua base é rotativa e dispõe de graduação angular.

o carro, fazendo-o avancar ou recuar, confor- me o sentido da rotação do parafuso (fig. 1).

Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir- parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes em torno de buchas ou fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1).

OS ANaIS GRADUADOS

Os anéis graduados, também chamados colares micrométricos, são os dispositivos cir- culares, que determinam e controlam as me- didas de que devem avanqar os carros, mesmo que os avanços tenham de ser muito peque- nos.

Sobretudo nos trabalhos de acabamen- to e de execução de roscas (nos quais são ne- cessários pequenos passes de espessuras pre- cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi- culdades ou erros. O torneiro pode garantir um determinado avanço da ferramenta, gi- rando o anel graduado de um certo número de divisões, a partir de uma referência fixa.

Nas tarefas de tornearia, principalmen- te na execução de roscas, os anéis graduados podem servir às seguintes finalidades:

1) Graduar a penetração da ferramenta, na operação de roscar.

2) Dar a penetração à ferramenta, para uma determinada medida.

3) Permitir um ponto de referência para acertar novamente a posição de uma fer- ramenta que tenha sido deslocada durante a operação.

ANEL GRADUADO PAR-4 PKOFUNDID44DES DE CORTE EM VALORES MIYTRICOS

Para explicar como se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2. tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-

I I MEC - 1965 - 15.000 51

Page 168: 07 - Usinagem

TORNEIRO I I FOLHA DE

MEC*NICO OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO INFORMAÇAO 2.4,

TECNOLóGICA I Nestas condições, uma volta completa

do anel graduado fará com que a porca, e por- tanto a ferramenta montada no carro, avance de 4 mm.

Se fôr feito o deslocamento de apenas uma divisão do anel, o avanço a ou penetra- ção da ferramenta terá a medida:

4mm 1mm 80 - 20

- 0,05 mm. a=----

Aplicaçóes

1) No anel da fig. 2, qual o número de divi- sões a deslocar para se ter uma profundi- dade de corte na ferramenta de a' = . . . . = 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 = = 5 divisões.

2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e um anel de 60 divisões iguais, qual o avan- ço a da ferramenta que corresponderá a 1 divisão?

6mm 1 mm 60 - 1 O

- 0,1 mm. Resposta: a = -

Fig. 2

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM

FRASÕES -DECIMAIS DA POLEGADA

EXEMPLO - O parafuso tem 8 fios por pole- RESPOSTA: 11 = 0,015" t 0,001''' = 15 divisões I gada e o anel graduado apresenta 125 divisões

iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro-

Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a l dará o avanço de 1/8" à ferramenta. Portan- to. o deslocamento de aDenas 1 1125 do anel determinará o avanço o; a profundidade de

I corte a:

I

divisão.

Aplicações

Como a penetração da ferramenta é radial, 1) Com o anel e o parafuso do exemplo an- obtém-se no diâmetro uma redução de duas

terior, calcular qual o número de divisões vêzes a penetra5ão dada. ~ ~ ~ i ~ , se a penetra- adeslocar para se ter Uma profundidade çãodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm.

QUESTIONARIO

1) Indique três finalidades do anel graduado no torno. 2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe-

netração transversal da ferramenta. 3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de

corte a. 4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso

girar para um passe de 0,75 mm de profundidade?

i2 MEC - 1965 - 15.00

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O número de rotações da árvore do Por exemplo, para tornear material torno não pode ser adotado, à vontade, arbi- macio. usa-se maior número de rotacões aue trariamente9 pelo torneiro. a sua para material duro. Para um mesmokate;ial determinação de alguns fatores, dentre os a tornear, emprega-se maior número de rota- quais são de grande importância a espécie do material a tornear, a espécie do material da ções quando a ferramenta é de aço rápido do

ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o que no .Caso de ser a ferramenta de aço ao tipo de operação (desbaste, acabamento). carbono.

TORNEIR0 MECANICO

INDICAÇÃO DAS ROTAÇÕES

F6LHA DE INFORMAÇÁO TECNOLóGICA

ROTAÇÃO POR MINUTO NO TOKNO

(TARELAS)

O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto. abreviatura "r.p.m." significa "rotação por

3.1

Os tornos mecânicos têm, em geral, variações reduzidas de "r.p.m."

Nos tornos antigos, de polias em de- graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota- ~ õ e s diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 7 1 - 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 - 900 r.p.m.

i Nos tornos modernos, o cabeçote fixo

coiltém complicados jogos de engrenagens de mudanças, que permitem variações mais am- plas, como se mostra rios dois exemplos se-

' guintes:

1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 - 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158 - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700

r.p.m. 2.0) 36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 -

22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56 -64-75-85 -98 - 113 - 128 - 146 - 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340 - 385 - 445 - 500 - 580 - 665 - 765 - 895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 - 1750 r.p.m.

DETERMINAÇÃO DAS "r.p.m." ADOTADAS NOS TRABALHOS DE TORNO

Existem três processos:

1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma fórmula matemática, sendo conhecidos o diâmetro da peça e um valor chamado "velocidade de corte", dado por tabelas.

OBSERVAÇÃO:

A velocidade de corte dada em tabelas já considera o tipo de material a ser torneado, o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto é, se se trata de desbaste ou de acabamento.

2.O) Uso de um gráfico, conhecidos tambéni os dois elementos citados.

3.0) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que diferentes diâmetros das peças são consi- derados em relação a diversos materiais

a tornear, material das ferramentas de corte e tipos de operação (desbaste, aca- bamento.).

Só será apresentado aqui o terceiro caso, o de tabelas.

Em qualquer dos processos, obtido um determinado número de "r.p.m.", adota-se o igual da gama de velocidades do torno, se houver. Em geral, porém, não há coincidência.

DEVEM SER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m." LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe- los gráficos ou tabelas.

A título de exemplo se encontram, no verso, tabelas resumidas de "rotações por minuto" para certos casos.

I MEC - 1965 - 15.000

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TORNEIRO I R O T A G Ã O POR MINLTTC) N O T O R N O I FõLHA DE I MECíiNICO iNFOKYACI0 1 3.2 1 1

( T A B E L A S ) TECNOLÓGICA

Q TABELA DE nr .p .r" PARA DESBASTE COM FEBUMENTA DE ACO AO CARBONO

DIÂMETBOS

1 WTERIAL A TORNEAR 11 N-O DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r .p.= ) I I -

Ferro fundido 6 8 60 53 48 42 38 35 32 29 27 2 5 2 4 21 1 9 Aço doce 136 119 106 95 85 76 69 64 59 55 5 1 48 42 38 Aço eemi-duro 1 1 4 99 . 88 80 71 64 58 53 49 45 42 40 35 32 Aço duro 68 60 53 48 42 38 35 32 29 27 25 24 2 1 1 9 Bronze 182 1 5 9 1 4 1 127 113 102 93 8 5 78 73 68 64 57 5 1 Latão e Aluminio 296 259 230 207 184 1 6 6 1 5 0 1 3 8 1 2 7 1 1 8 110 1 0 3 92 8 3

@ TABELA DE "r.p.mn PARA ACAR -

DIÂMETROS I UTERIAL A TORNEAR

Ferro fundido Aço doce Aço semi- duro Aço duro Bronze .

Latão e Alumínio

=TO COM F W T A

MINUTO (r.p.m )

1 MATERIAL A TORNEAR 11 N-O DE

Ferro fundido Aço doca Aço semi-duro Aço duro Bronze Latão e A l d n i o

MINUTO

@ TABELA DE "r.p.mn P.ARA ACABAMENTO COM FEWtAMENTA DE AÇO R&IDO

DIÂMETROS (m)- 28 32 MATERIAL A TORNEAR -0 DE BOTAÇ~ES POR M I N ~ o (r .p.a )

Ferro fundido 205 1 7 9 159 1 4 3 127 115 1 0 4 95 88 82 76 72 64 57 Aço doce 241 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 136 127 119 106 95 Aço eemi-duro 250 219 1 9 5 1 7 5 1 5 6 1 4 0 1 2 7 117 1 0 8 100 93 88 78 70 Aço duro 182 1 5 9 1 4 1 127 1 1 3 102 93 85 78 73 68 64 57 5 1 Bronze 341 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 147 1 3 6 1 2 7 1 1 9 1 0 6 95 Latão e Alumínio b 6 8 497 442 398 354 318 289 265 245 227 212 1 9 9 177 ~ 5 9

EXEMPLOS: 3.0) Obter, nas. tabelas, as r.p.m. para desbas- tar ferro fundido corn ferramenta de aço

1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res- tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 11 1 r.p.m. (tab. 3). pido, diâmetro da peça 55 tnm. Res- posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). OBSERVA~ÃO:

No caso de diâmetros que não constam 2.') Obter, nas tabelas, as r.p.m. para traba- nas tabelas, tomar a ''r.p.m.J', indicada para

lhos de acabamento em latão coni ferra- menor + próximo. Exemplo: para des- menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido, peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar 2). com 91 r .~ .m.

I I L I 68 MEC - 1965 - 15.000

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Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren- ap~iada entre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, na face dêsse outro topo, quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptação da contraponta.

TIPOS USUAIS DE CENTROS

TORNEIR0 MECÃNICO

Fig. I

I

FaLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

BROCAS DE CENTRAR

Fig. 4

3.3

O mais comum é o. centro simples, como se vê na figura 1 . Compõe-se de uma entrada tronco-cônica de 600. Segue-se um furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones são de 600. O furo cilíndrico permite que fi- que livre o extremo da ponta ou da contra- ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno depósito de óleo, que serve à lubrificação dessas partes em contato e sujeitas a atrito devido à rotação da peça.

A figura 4 mostra claramente como se ajusta a ponta do tôrno no interior do orifí- cio de um centro simples.

Outro tipo é o centro protegido indi- cado na figura 2. Além das partes cônica e cilíndriica, êste centro possui uma entrada es-

careada a 1200. Há também o centro prote- gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada escareada a 120°, há um pequeno rebaixo cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o rebaixo, têm a função de proteger a parte cônica contra choques que possam produzir mossas, deformações ou rebarbas capazes de prejudicarem o rigor da centragem.

O cone do centro e o cone da ponta devem ter o mesmo ângulo (600), para per- mitir a ajustagem exata da ponta ou da con- traponta. Se assim não acontecer, a pega girará mal guiada e o torneamento será iniperfeito. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas- tam mais ràpidaniente, se a centragem não for correta.

I M F ~ - I PALT - I E; nnn

Page 172: 07 - Usinagem

'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS D I ~ E T R O &I- DAS PEÇAS (mm) MO DO ESCARE5

d D C C D o (E' (rnrn).

5 a 15 1.5 5 2 4 O 4

16 a 20 2 6 3 45 5

21 a 30 2.5 8 3.5 50 6.5 31 a 40 3 10 4 5 5 7.5

41 a 60 4 12 5 6 6 10

61 a 100 5 14 6.5 78 12.5 A

TORNEIR0 F ~ L H A DE

MECÂNICO BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇÁO

TECNOL6GICA 3.4

BROCAS DE CENTRAR

Para a execusão dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado cujos tipos mais comuns são indicados a se- (fig. 6). guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado- broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das (fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti- bono; e a segunda de aço rápido. Devido à cos.

.-

Fig. 5 Fig. 6

EXECUGÃO DO CENTRO

Não convém executar o centro na fu- radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça não possa ser fàcilmente prêsa na placa.

O melhor processo de executar furo de centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se a broca de centrar, montada em mandril fi- xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na placa universal.

Como a broca é fraca, deve-se operar com avanço bem lento e com a velocidade da árvore de acordo com a tabela para brocas.

Se o avanço for rápido, resulta a que- bra da ponta da broca, que fica encravada no furo já iniciado.

QUESTIONARIO

1) q u e são os centros da peça? Para que servem os centros?

2) Quais são os tipos usuais de centros?

3) Quais s5o os tipos comuns de brocas de centrar?

4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico?

70 MEC - 1965 - 15.000

Fig. 7

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Page 174: 07 - Usinagem

I FaLHA DE

MECÂNICO CABEÇOTE M6VEL DO TORNO INFORMAÇÃO 4.8 TECNOLÓGICA I

Para firmar o mangote, após a regula- gem da posição desejada da contraponta, atua- se na trava, dando-lhe pequeno movimento angular. Resulta o apêrto do escavado de duas buchas cilíndricas internas contra o mangote, que fica assim imobilizado.

Os deslocamentos longitudinais do man- gote podem ser regulados por um dos dois meios seguintes:

1) Graduação retilínea na parte superior ou na lateral (fig. 2).

2) Graduação circular no eixo do volante. Quando se usa a contraponta (no tor-

neamento externo), é conveniente aproximar bem o cabeçote móvel da peça, para que a pro- jeção do mangote (distância D na fig. 2) seja a menor possível.

Na parte posterior do cabeçote, na união do corpo com a base (fig. 3), há dois traços de referência, para regulagem da posi- ção que coloca a contraponta no alinhamento da ponta. Nesta posição, os traços coincidem.

Em trabalhos de grande precisão, não convém confiar apenas nesta coincidência dos traços de referência. Há niétodo rigoroso de verificação do alinhamento da ponta e contra- ponta, que será estudado oportunamente.

Há tornos em que o cabeçote apresenta, na parte posterior, uma graduação de um lado e de outro do traço de referência. Tal gradua- ção facilita a regulagem do deslocamento la- teral da contraponta, em certas operações de torneamento cônico.

O uso correto do cabeçote móvel exige os seguintes cuidados:

Fig. 2

QUESTIONARIO

1) Verifique o alinhamento da ponta e con- traponta.

2) Fixe o cabeçote firmemente no barra- mento.

3) Adote a menor projeção D (fig. 2) possí- vel, no torneamento externo.

4) Trave o mangote, no torneamento externo.

1) Quais são os cuidados no uso correto do cabeçote móvel?

2) Explique o funcionamento do mecanismo interno de deslocamento da contraponta.

3) Quais são as finalidades do cabeçote móvel?

4) Como se denominam as partes mais importantes do cabeçote móvel?

5) Como se regula o alinhamento da ponta e contraponta, no próprio cabeçote móvel?

8

9n MEC - 1965 - 15.000

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Fig. 3 Placa de arrasto, de pino.

Fig. 4 Placa de arrasto, de segurança.

-

5.1

A placa arrastadora e o arrastador são dade transmitir o movimento de rotação da usados quando se torneia uma peça entre- árvore à peça suportada entre a ponta e a pontas, isto é, montada entre a ponta e a con- contraponta. traponta. A fig. 1 mostra claramente a função dêstes acessórios. O arrastador, firmemente prêso à peça,

A placa arrastadora, montada por meio transmite a esta o movimento de rotação da de rosca na árvore do torno, tem corno finali- placa, funcionando como órgão intermediário.

Piom orrmtodom ou placa dr ormsta

PLACA ARRASTADORA

Fabricada geralmente em ferro fundi- do, apresenta-se nos três tipos das figs. 2: 3 (6, e 4.

PLACA DE RANHURA (fig. 2) - Neste tipo se adapta um arrastador de haste curva como o indicado na fig. 7. Quando o arrasta-

@ (--J dor está fixado na peça, a extremidade da haste Fig. 2

se aloja na ranhura. Placa de arrasto, de ranhura.

PLACA DE PINO (fig. 3) - É a que, qua- PLACA DE SEGURAN~A (fig. 4) - Neste se sempre, acompanha os acessórios normais tipo de placa o arrastador fica alojado no seu do torno. Com ela se emprega um arrastador interior, que tem a forma de um cilindro raso de haste reta como os indicados nas figs. 5 e e Ôco. A haste do arrastador se encaixa numa 6. O pino da placa, em contato com a haste ranhura interna. É uma placa que protege o do arrastador, determina o seu giro e, por- operador contra possíveis pancadas do arras- tanto o da peça. tador em movimento.

MEC - 1965 - 15.000 93

FÔLHA DE INFORMACÃO TECNOLÓGICA

TORNEIRO MECÂNICO

PLACA ARRASTADORA E ARRASTADORES

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ARRASTADORES

O tipo de arrastador mais empregado é o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com a placa de pino ou com a placa de segurança.

Fig. 5

I

1

I

I I

Fig. 6

O arrastador de haste curva (fig. 7) se usa com a placa de ranhura. Há ainda o arras- tador de mandíbulas reguláveis (fig. 8). Os arrastadores de haste curva oferecem maior se- gurança contra acidentes.

No uso dos arrastadores deve-se obede- cer às seguintes normas:

1) escolher um arrastador em cujo orifício a peça tenlxi pequena folga. É errado o em- prêgo de um arrastador que tenha diâme- tro interno inuito maior que o da peça a tornear;

MECÂNICO

2) fixar fiririemente o arrastador na superfí- cie da peça pelo enérgico apêrto do para- fuso ou dos parafusos. O apêrto deve ser

I TORNEIR0

Fig. 7

MONTAGEM E DESMONTACEM DA PLACA ARRASTADORA

A colocação da placa arrastadora na ár- decer a normas semelhantes às já expostas (veja vore do torno ou a sua remoção devem obe- Ref. FIT 6.1).

FBLHA DE PLACA AKRASTADOKA E ARRASTADORES

Fig. 8

tal que impeça o deslizamento do arrasta- dor, quando se dá a pressão do córte da ferramenta;

INFORMACÁO TECNOLÓGICA

3) ao colocar a peça entrepontas com o arras- tador nela adaptado, deve-se pôr o pino da placa em contato com a haste do arras- tador. É crrado encostar-se o parafuso de aperto do arrastador no pino da placa de arrasto;

5.2

4) para colocar entrepontas uma peça que já tenha superfície usinada no local de adap- tação do arrastador, deve-se proteger essa parte usinada com chapa de cobre 011 de outr'o material macio.

94 MEC - 1965 - 15

1 ) Para que serve a placa arrastadora? Para que serve o arrastador?

2) Quais os tipos de placas arrastadoras?

3) Explique como trabalha cada tipo de placa de arrasto.

4) Quais as normas para o uso dos arrastadores?

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TORNEIRO PONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA FOLHA DE

MECÂNICO PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE INFORMACÁO

DA DILATAÇÃO DA PEÇA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA 5.3

As pontas do tôrno são cones duplos de se adaptam aos centros da peça a tornear. cutli aço, temperados e retificados, cujos extremos o fim de apoiá-la (figs. I e 2).

PONTA E CONTKAPONlA

Chama-se ponta o cone duplo que é montado na árvore do tôrno. O cone duplo igual, que se monta no mangote do cabeçote móvel, se chama contraponta (fig. 1).

O cone da haste dos dois (ponta e contraponta) é estandardizado pelo sistema "Morse" O cone da uonta é sempre de 60° (fig. 2).

Fig. 1

MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPONl'A E DA PECA

1) Verifique se os cones de 60° estão em per- feitas condições para adaptação nos cen- tros da peça. Qualquer mossa ou rebarba prejudicará a correção do trabalho de tornear.

2) Limpe cuidadosamente a ponta, a contra- ponta e os furos cônicos de encaixe da ár- vore do tôrno e do mangote do cabeçote móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im- pedirão a perfeita adaptação e prejudica- rão a correta centragem da peça a tornear. 4) Adapte um centro da peça na ponta, apro- Com estôpa enrolada em uma haste de xime cuidadosamente a contraponta do metal pode-se fazer a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote cônicos. até perceber um ajustamento perfeito.

Êste se dá quando a peça pode girar sem 3) Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada

peça do lado da contraponta. entre a ponta e a contraponta.

REMOGÃO DA PONTA E DA CONTRAPONTA

1) Para retirar a ponta da árvore do torno, mantém-se sua extremidade, envolvida em estopa, coni uma das mãos. Com a outra mão, dá-se uma pancada firme em uma haste própria que tenha sido introduzida no furo da árvore. Dêsse modo se conse- gue afrouxar o apêrto da haste da ponta e esta é retirada, em seguida, com todo o cuidado, protegida pela estôpa.

2) Para afrouxar o apêrto da haste da contra- ponta no mangote, gira-se o volante do cabeçote móvel da direita para a esquerda, até que as extremidades internas da con- traponta e do parafuso de movimento do mangote se toquem. Com uma ligeira pressão, girando no niesmo sentido, con- segue-se afrouxar a contraponta.

I I MEC - 1965 - 15.000 95

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TORNEIRO ONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PESA FOLHA DE

MECÃNICO ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇÃO ' DILATAÇÃO DA PEGA ENTREPONTAS I TECNOLÓGICA 1 1.4

CONTRAPONTA REBAIXADA E SEU USO

Êste tipo de contraponta (fig. \ -

3) serve pari facilitar oacompleto faceamento do topo das peças mon- tadas entrepontas.

Vê-se, pela fig. 3, que a ponta da ferramenta de facear atinge, sem embaraço, a borda do furo do cen- tro. Lom o emprego desta contra- ponta não deixa a ferramenta sobra de corte no topo faceado. Sòmente nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra- ponta rebaixada. É um acessório cuja ponta, por suas medidas reduzidas, se quebraria fàcilmente em traba- lhos mais pesados.

Fig. 3

INFLUENCIA DO CALOR DE ATRITO - DILATAÇÃO E CONTRACÃO DA PEGA

A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na peça e danificar o torno. a contraponta deve girar sem folga, mas tam- Conforme o grau de calor, pode ser alterada bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, também a têmpera das portanto, du- porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da

rante a operação, deve-se manter sempre bem ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo atrito com a contraponta. O calor produz a lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,

dilatagão da peça. Estando ela sem ?alga, re- ainda, corrigir, de vez em quando, a ajusta- sulta pressão sôbre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.

PONTA ROTATIVA

gira com É

uma bain rior é em

a peça (fig. 4). montada dentro iha, cuja parte pos cone Morse, para

Neste tipo de ponta, que é adaptado no mangote do ca- beçote móvel, não há atrito. A ponta de aço pròpriamente dita, temperada e retificada, gira com a peça (fig. 4).

É montada dentro de uma bainha, cuja parte poste- rior é em cone Morse, para se

'

adaptar no furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encôsto. Assim, a ponta gira suavemente e suporta bem esforços radiais e axias ou longitudinais.

1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem? 2) Indique quais as providências para a montagem e desrnontagem das

pontas. ,

3) Explique o que é a contraponta rebaixada. Quando é usada esta contraponta?

4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro- tativa?

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. - - - - - - -- .- - -- -- - -. . -------

TORNEIR0 FERRAMENTA DE CORTE DO TORNO F6LHA DE

MECÂNICO I N FORMAÇAO

(NOÇÕES GERAIS) TECNOLÓGICA 7.5

O mecânico utiliza, no torno, uma fer- para usinar o ferro fundido, o aço e outros ramenta de corte, de material muito duro, metais ou ligas.

FORMA GERAL DA FERRAMENTA E NOMENCLATURA

DAS SUAS PARTES

A ferramenta de corte é uma barra de aço (paralelepípedo alongado), na qual um dos extremos recebe forma própria, com ângulos determinados, por meio das operações de es- merilhamento e afiação. A fig. 1 apresenta um tipo comum de ferramenta de corte do torno, com a nomenclatura das suas partes.

A fig. 2 mostra as três vistas do extre- mo cortante da ferramenta, para facilitar o co- nhecimento das diversas partes denominadas na fig. 1. Nas diversas figuras em que serão examinados os ângulos que influem no corte, a ferramenta se apresenta sempre em uma ou mais das vistas da fig. 2.

Fig. 1 Fig. 2

CONDIÇ6ES GERAIS A QUE DEVE SATISFAZER A FERRAMENTA DE CORTE

1) Ser de material muito duro e resistente ao periências e a prática indicam como os calor. que dão maior rendimento à ação cortan-

te do gume da'ferramenta. 2) Ser rígida e perfeitamente fixada no seu

suporte. 4) Ser bem polida nas superfícies em- que se fêz a afiação (face frontal e flanco) e na

3) Ser bem esmerilhada na parte cortante, de superfície de saída do cavaco (face supe- modo a apresentar os ângulos que as ex- rior).

MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE

Para cortar bem e resistir, durante muito tempo, ao calor resultante do atrito, a parte cortante da ferramenta deve ser, de pre- ferência, de Aço Rápido ou de um Carbonêto Metálico muito duro. Usa-se, também, muito raramente o Aço ao Carbono, de menor ren- dimento.

1) Aço ao Carbono - O aço utilizado para ferramenta de corte contém 1,2 a 1,6 % de carbono e tem dureza variável, confor-

me a porcentagem do carbono. Após tem- perado e revenido, apresenta um grau de dureza suficiente para cortar bem o aço e outros metais e ligas, mas resite mal ao ca- lor do atrito desenvolvido durante o corte da peça. O seu aquecimento, mesmo ligei- ro, perto de 280° C, anula completamente a dureza adquirida pela têmpera. Serve, portanto, apenas para trabalhos leves de acabamento e para o corte de metais ma- cios.

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3) Carbonêto Metálico - É mais duro que o aço rápido, apresentando-se em pequenas pastilhas, duríssimas e de diferentes for- mas. Suas marcas mais conhecidas são: Wi- dia, Carboloy e Estelite. Estas pastilhas são soldadas numa haste de aGo, que for- ma o corpo da ferramenta de corte.

CONSTITUI(;,'ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE

d ferramenta de corte pode ser:

I

I

1) Monobloco, isto é, toda ela de aço carbono ou de aço rápido, forjada e esmerilhada pelo mecânico (fig. 3).

2) Calçada com bico de ajo rápido, por meio de solda (fig. 4).

---- -- - -

Fig. 6

TORNEIR0 MECÂNICO

Fig. 8

3) Com bico soldado de pastilha de carbonêto metálico (fig. 5).

2 ) Aço Rápido - É uma liga de ferro, car- bono e tungstênio. Apresenta também, em menores porcentagens, outros elementos como cromo, cobalto, vanádio e molibdê- nio. Fica muito duro (grau 65 da escala de dureza "Rockwell C"), uma vez tempe- rado, até a temperatura de 550 a 6000 C.

FERRAMENTA DE CORTE DO TBKNO

(NOÇÕES GERAIS)

4) Sob a forma de "bite". É êste um pequeno prisma de aço rápido (fig. 6) que se fixa convenientemente em suporte reto (fig. 7) ou em suporte inclinado (fig. 8). O su- porte é fixado no porta-ferramenta do tôr- no.

QUESTIONARIO

FÔLHA DE

TECNOLÓGICA INFoRMAcAo

1) Quais as partes mais importantes de uma ferramenta de corte?

7.6

2) Quais as condições gerais a que deve satisfazer a mesma?

3) Quais os materiais usados na sua fabricação?

4) Quais são os tipos de ferramentas de corte, quanto à sua constituição ou ao modo de fabricá-las? Quais os materiais da parte útil e do corpo?

I 126 MEC - 1965 - 15.00

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TORNEIRO I ÂNGULOS DAS FERRAMENTAS DE CORTE I FGLHA DE

(CARACTERIZAÇÃO E VALORES USUAIS) INFORMACAO

MECÂNICO TECNOL~GICA 1 7.7

Para a obi ( lição das melhores condições técnicas e econômicas, em cada tipo de traba- lho ou de material a usinar, foram feitas nu- merosas experiências, de que resultou o esta- belecimento de determinados perfis, assim co- mo de certos ângulos nas ferramentas de corte. O conhecimento dos perfis vem sendo dado, nesta série de Informações Tecnológicas, em cada tipo de ferramenta que se estuda. A ca- racterização dos ângulos, porém, pode ser fei-

ta, de uma só vez, na ferramenta de desbastar, em que se apresentam todos êles. Na maioria das ferramentas de torno aparecem ângulos em condições semelhantes. Há poucas exce- ções, como na ferramenta de sangrar e nas fer- ramentas de alisar. Nessas não se encontra a totalidade dos ângulos que, na presente folha, serão discriminados e caracterizados em rela- ção à ferramenta de desbastar.

CARACTERIZAÇÃO DOS ANGULOS DAS FERRAMENTAS DE CORTE

Na fig. 1 se mostram as três vistas de uma ferramenta de corte do torno (Ferramen- ta de desbastar à direita), nas quais estão in- dicados os seguintes ângulos, cujas denomi- nações são:

sl = ângulo de saída ou de ataque lateral;

s = ângulo de saí'da ou de ataque frontal;

c = ângulo do gume ou ângulo de cunha;

f = ângulo de folga (frontal) ou incidência;

f l = ângulo de folga ou de incidência lateral;

af = ângulo da aresta de corte frontal;

a1 = ângulo da aresta de corte lateral;

ap = ângulo de folga da ponta;

ab = ângulo do bico ou de resistência;

Soma c + f ou c + fl = ângulo de corte.

A concordância das arestas frontal e la- teral se faz geralmente por um arco de peque- na curvatura, variando o raio r de 0,5 mm a 3 mm, conforme a natureza do trabalho. -

Os ângulos f e fl (folgas frontal e late- ral) são, em geral, de 6 O a 80 para a maioria das ferramentas de torno, em trabalhos nos metais usuais.

O valor do ângulo de folga é de grande influência nas condições do corte, porquanto Fig. I é êle que possibilita a penetração do bico da ferramenta.

O ângulo de saída ou de ataque fixa a posição da face de ataque ou face de saída, sô- bre a qual desliza o cavaco. Da inclinação e curvatura desta face dependem a pressão e o atrito exercidos pelo cavaco removido da peça.

Quanto maior o ângulo de saída ou de ataque, mais facilitada será a penetração da cunha da ferramenta, menores o atrito do ca- vacó e o calor do atrito. Fica diminuída, po- rém, a resistência da ferramenta.

I MEC - 1965 - 15.000 1

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O ângulo de saída ou de ataque varia material. Há casos em que convém mesmo um com a dureza do material a tornear: seu valor ângulo de saída nulo (fig. 2) e, às vêzes, um deve ser tanto menor quanto mais duro for o ângulo de saída negativo (fig. 3).

Fig. 2 .

VALORES USUAIS DOS ÂNGULOS DA FERRAMENTA DE CORTE

MATERIAL A TORNEBR

0 ANGULO DE OBLIQUIDADE DO CORTE

Na saída lateral da ferramenta de des- aresta lateral de corte). Sendo, por ex., s ,= bastar, devem ser distinguidos dois ângulos. = 10°, sl = 15" e a1 = 40°, o cálculo dá um Além do ângulo de saída lateral (que se mede valor de 1 7 O 42' para o ângulo de obliquida- num plano perpendicular ao eixo longitudi- de de corte. na1 da ferramenta) há o ângulo real de saida lateral ou ângulo de obliquidade do corte, que se mede num plano CC' perpendicular à aresta lateral de corte (fig. 4). Êste ângulo in- Plano CC' prrptndiculor à

erecto loterol dk corte.

flui no enrolamento do cavaco, ao qual de- termina a direção de saída.

O ângulo de obliquidade do corte na ferramenta de desbastar depende de três ân- gulos (fig. 4): s (saída posterior que moderna- mente está sendo abandonado neste tipo de ferramenta), sl (saída lateral) e a1 (ângulo da

QUESTIONARIO

1) Qual o valor usual dos ângulos de folga nas ferramentas de torno?

2) Quais as influências: do ângulo de folga? do ângulo de saída?

1) Qual o valor dos ângulos de folga nas ferramentas .de torno?

128 MEC - 1965 - 15.000

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TORNEIR0 CONSIDERAÇÕES TECNOL6GICAS SOBRE A INFORMACÃO FOLHA DE

MECÂNKo AFIAÇAO DAS FERRAIkfENTAS DE TORNO TECNOLÓGICA 9.3

0 s ângulos adequados ao corte se obtêm convenientes ao corte que o torneiro vai' ezer pelo esmerilhamento, seguido de afiação na no material. pedra, das faces de folga ou de incidência Costuma-se denominar afiação da fer- (frontal, ou lateral, ou, então, as duas) e da ramenta a operação completa de preparo da face de saída (também chamada face de ata- cunha, compreendendo o esmerilhamento para que). Dessa forma se prepara, no bico da fer- desbaste e a afiação na pedra para acabamen- ramenta, a cunha com o ângulo e a posição to e aperfeiqoamento das arestas cortantes.

AFIAÇÃO DAS FACES DE FOLGA OU DE XNCIDÊNCIA

Fig. I Fig. 2 Fig. 3

Para se preparar a face que forma o 2.0) o rebôlo destinado à afiacão de ferra- ângulo de folga ou de incidência, emprega-se, mentas deve ser reservado sòmente para de preferência, um rebolo que corta na face essa operação.

' (figs. 1, 2 e 3). Na falta dos rebolos indicados nas £i-

Nos dois casos, a afiação se faz na face guras acima, pode-se afiar a ferramenta na plana do rebôlo que, como se vê na figura 3, periferia de um rebôlo plano. É êste um pro- é uma coroa circular. A ferramenta deve ter cesso de frequente emprêgo nas nossas ofici- sua base firmemente assentada sôbre um nas. Deve ser evitado, sefnpre que possível, apoio, com a inclinação adequada ao ângulo pois produz desgaste irregular do rebôlo, o de folga que se pretende obter. que, além de prejudicial à sua duração, influi

Para boa conservação do rebolo dois desfavoràvelmente nas condições de afiação cuidados são indispensáveis: da ferramenta.

1.O) a ferramenta deve ficar em contato com A face de folga ou de ataque deve ser

toda a face plana do rebôlo, para o que sempre plana. Por isso, não é aconselhável prepará-la na periferia do rebôlo plano, pois deve ela ser deslocada constantemente, esta produziria uma face côncava que difi- sôbre o apoio, para um lado e outro.

Assim se evita a formação de canaletas cultaria ou impediria o correto controle do

ou o arredondamento das guias do re- ângulo. bolo;

AFIAÇAO DA FACE, DE SAfITA OU DE ATAQUE

Para ferramentas com a face de saída tato com a coroa plana do rebôlo, na incli- plana, a afiação se faz também em rebolo que nação desejada para o ângulo de saída. corta pela face. A ferramenta é posta em con-

MEC - 1965 - 15.000 145

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Fig. 8

e - - TORNEIRO : MECÂNICO

FBLHA DE INFoRM*cAo TECNOL~GICA

CONSIDERAÇÕES TECNOLÓGICAS SOBRE A . AFIAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE TORNO 9.4

i I

A £igura 4 mostra essa posição da fer- ramenta.

A face de saída deve ser tão limpa e polida quanto fôr possível.

Quando a ferramenta é especial, com face de saída curva, a afiação deve ser feita em pequenos rebolos que cortam na perife- ria e que têm granulação fina.

w dt olopui

USG DA PEDRA DE AFIAR Fig. 4

Depois de esmerilhadas as cunhas da A técnica manual de afiar é pessoal e ferramenta no rebôlo, 6 necessário aguçar as seu sucesso depende da habilidade e da prá- arestas 'Ortantes, que se faz numa pedra tica do operador (figs. 5, 6 e 7). A duração de afiar untada de óleo. Passando a pedra no do gume é aumentada quando, na afiação, se gume da ferramenta, removem-se as rebarbas produzidas pelo rebolo, resultando arestas prepara uma estreita faixa junto à aresta

uniformes, aprimoradas e resistentes, que (0.5 mm de largura) com inclinação de cerca melhoram a qualidade do corte e concorrem da metade do valor do ângulo de saída ou para a maior conservação do gume (fig. 5). de ataque (fig. 8).

- - I I I

Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7

RECOMENDAÇõES SOBRE A OPERAÇÃO DE AFIAR

1) Evite que a ferramenta se aqueça durante entretanto, para diminuir a duração do a esmerilhação. A operação depende de corte. O rápido aquecimento produz ainda paciência. Exige cuidado e atenção. dilatações superficiais das quais resultam

fendas ou fissuras no aço da ferramenta. 2) Dê pressão atenuada à ferramenta, contra

o Grande pressão determina rápido 3, limpos e retificados. aquecimento que, se não afetar a têmpera 4) Utilize pedras de afiar com granulação do aço da ferramenta, poderá concorrer, adequada e untadas de óleo.

QUESTIONARIO

1) Quais são as duas fases da operação completa de afiar uma ferramenta?

2) Como se afiam as faces de folga?

3) Como se afia a face de safda?

4) Quais as vantagens da afiação na pedra untada de &O?

5) Quais são os cuidados nq esmerilhação e afiação? E na conservação do rebôlo?

146 MEC - 1965 - 15.000 .

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Fig. 1 - Fewamenta de a l i s n ~ de bico arredondado.

TORNEIR0 MECÂNICO

Os trabalhos de alisar servem para dar De qualquer moido, o alisamento, além o acabamento final à superfície da peça, de- de dar bom aspecto à superfície usinada no pois de ter sido desbastada. Modernamente torno, a melhora, se tiver que trabalhar sob êste acabamento no torno é de pequena im- o efeito do atrito. Quanto mais lisa for uma portância, pois, para conseguir elevada qua- superfície, mais reduzida será o artito. lidade das superfícies, é melhor acabar a peça numa retificadora mecânica.

FERRAMENTA DE ALISAR

A ferramenta de alisar pode ter uma Os dois tipos devem ser cuidadosamen- das formas indicadas nas figs. 1 e 2. A de te afiados na pedra untada de óleo. Quanto fig. 1 é a Ferramenta de alisar de bico urre- mais caprichada for a afiação dos gumes des- dondado, mais comum. Apresenta UM LIGEIRO sas ferramentas, mais aprimorado será o ali- ACHATAMENTO NA PONTA, MEDINDO 1,5 A 2 SamentO da Superfície.

Fif . 2 - Ferramenta d e alisar de bico quadrado.

VÊZES O AVANCO POR GOLPE. É RIGOROSAMENTE Na operação de alisar deve haver tam- PARALELO À SUPERF~CIE A ACABAR. A da fig. bém unia refrigeração abundante, que con- 2 é a Ferramenta de alisar de bico quadrado. serve a aresta cortante da ferramenta. É tam- Seu gume, também rigorosamente paralelo à bém conveniente que as ferramentas de alisar superfície em acabamento, é largo, produ- trabalhem com profundidade de corte e avan- zindo mais acentuada pressão de corte, razão 50 reduzidos e com rotação elevada. pela qual esta ferramenta provoca trepidação O grau de acabamento de uma super- quando há folga, por menor que seja, nos fície alisada é relativo e depende das condi- mancais da árvore. O avanço, por volta, pode ções de ajustagem a que a peça deverá satis- ir até perto da metade da largura do gume. fazer quando for montada num conjunto

mecânico.

MEC - 1965 - 15.000 137

FÔLHA DE INFORMAÇÁO TECNOL6GlCA

FERRAMENTA DE ALISAR 8.3

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Fig. 5'

. .

TORNEIR0 FERRAMENTA DE ALISAR F ~ L H A DE MECÂNICO

INFORMACAO TECNOLóGICA

8.4 L I

Fig. 3

Fig. 6 Fiç. 7

Ferramenta de alisar de bico arredon- fície usinada, e é o que se faz na ferramenta dado - A forma do bico permite o alisa- de alisar, ESMERILHANDO UM PEQUENO ACHA- mento em variados casos, como se vê nas figs. TAMENTO NA PONTA, ou arredondando a mes- 3 a 7. ma com um raio maior. A ponta deve tam-

As ferramentas usadas no desbaste dei- bém ser cuidadosamente polida na pedra de xam as superfícies estriadas, como mostra a afiar. Para que, com êsse achatamento, se fig. 8, ou onduladas, conforme se vê na consiga um corte liso, é necessário controlar fig. 9. sua largura, de modo QUE TENHA DE 1,5 A 2

Consegue-se evitar a aspereza da super- v Ê z ~ s A MEDIDA DO AVANJO POR VOLTA.

Fig. 9 Fiç. 10

,FACES E ARESTA DE CORTE

Face de saída ou de ataque - ABCD laterais ou de incidência lateral; planas, ligei- (figs. 2 e 10). Face frontal ou de incidência ramente inclinadas, dando folgas laterais. frontal: plana na de bico quadrado (fig. 2) e Aresta de corte - Existe sòmente no curva na de bico arredondado (fig. 10). Faces bico, nas duas (figs. 2 e 10).

QUESTIONARIO

1) Que é a operação de alisar? Quais os seus efeitos na peja?

2) Quais são os dois tipos de ferramentas de alisar?

3) Explique o efeito do ligeiro achatamento do bico.

h8 MEC - 1965 - 15.000

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Entre as ferramentas de abrir roscas depois esmerilhadas com a parte útil ou cor- usadas pelo mecânico, são usuais os bites de tante calçadas em aço rápido (fig. 2) ou com aço rápido montados em porta-ferramentas pastilhas soldadas de duríssimo carbonêto me- (fig. l ) e as ferramentas forjadas em aco tenaz tálico (figs. 3 e 4).

Fig. I

1 2.1

FERRAMENTA DE ABRIR ROSCA TRIANGULAR POR PENETRASAO PERPENDICULAR

I

FBLHA DE INFORMAÇÁ~ TECNOLÓGICA

TORNEIR0 MECÂNICO

Apresenta o aspecto que se vê em A pequena superfície frontal achatada perspectiva na figura 2. A figura 5, mostra faz, com a perpendicular, um ângulo de folga detalhes característicos da ferramenta quanto ou de incidência frontal f cujo valor é nor- aos seus perfis e ângulos. malmente f = 60 (figs. 2 e 5).

FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS

TRIANGULARES

O bico é afiado a 600 na ferramenta de abrir rôsca" métrica (fig. 7) e a 55O na fer- ramenta de abrir rosca Whitworth (fig. 8).

O vértice do perfil triangular recebe, na afiação, um pequeno achatamento a que varia de acordo com a medida p do passo da rosca. Para o passo métrico (rosca de 60°) pode-se adotar a = p + 16. Para o passo in- glês (rosca W - 550) adota-se a = p + 6, dan- do, em seguida, um perfil curvo ao bico, pois, segundo as normas da rosca Whitworth, seu filêre é arredondado no fundo com um raio r , cujo valor é, em relação ao passo, r = 0,1373 p (figs. 5, 7 e 8).

Fig. 5

As folgas laterais, das faces A e B (fig. 5), variam conforme o passo da rôsca seja à direita ou à esquerda. Para a rôsca à direita adota-se a folga lateral de 70 à direita (face A) e de 3O à esquerda (face B, figs. 5 e 6). Para a rôsca à esquerda, os ângulos serão os

'mesmos em valor, mas dispostos ao contrário. Quanto ao ângulo de saída ou ataque

s deve ser nuló (s = o), para rôsca de precisão e para rôscas em bronze, latão e ferro fundi- do. Para abrir filêtes de rôscas em outros me- tais aconselh'a-se, em geral, s = 20. O máximo valor admissível é s = 6O. Quanto menor o ângulo de saída, mais perfeita será a repro- dução do perfil da ferramenta na peça.

I MEC - 1965 - 15.000 1

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- - . .. -

TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS FOLHA DE

MECÂNICO INFORMACÃO 12.2

TRIANGULARES TECNOLÓGICA I

FERRAMENTA. DE ABRIR ROSCA TRIANGULAR POR

PENETRAÇÃO OBLÍQUA

A fig. 9 mostra as três vistas, com os detalhes e ângulos dos perfis de um dos tipos de ferramenta usados.

Os flancos A e B apresentam ângulos de folga laterais da mesma forma que a ferra- menta de penetraqão perpendicular.

I

Como o deslocamento é paralelo a uril flanco do filête, trabalha a ferramenta apenas

I numa aresta cortante, como mostra, por exem- plo, a fig. 10, em que o gume de corte é A. Por isso, a saída ou o ataque pode ser igual à

, de uma ferramenta de desbastar.

A figura 11 mostra uni 1 outro tipo de ferramenta de

abrir rosca triangular por pe- netração oblíqua.

Tebrica~nente, os ângu- 10s da ponta são de 60° para o passo métrico e de 550 para o Whitworth. Para melhor aca- bamento do filête usa-se, na prática, 550 ou 56O para a ' rôsca métrica, e 500 ou 51° para a rôsca Whitworth. As- sim, a ferramenta tra.baIha com a folga que se vê na fig. 10, do lado B, atacando o ma- terial segundo o gume A e produzindo bom acaba~ento no flanco contrário do filête, isto é, no flanco à direita.

Fig. 1 I

F i g . I 0

Fiç. 13

As regras são as já conhecidas para 2) o gume deve ficar na altura do eixo da outros tipos de ferramentas: peça, usando calços, se necessário (fig. 12);

1) a ferramenta é fixada na posição horizon- tal (fig. 12);

3) o eixo longitudinal da ferramenta deve ser perpendicular ao da peça (fig. 13).

1) Quais são os tipos de ferramentas de roscas triangiilares?

2) Quais são as características e os ângulos da ferramenta de penetra~ão perpendicular?

3j Quais as características da de penetração oblíqua?

4) Cite as regras normais de posição na fixação das ferramentas.

I 178 MEC - 1965 - 15.000

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TORNEIRO I FERRAMENTA DE ABRIR ROSCA QUADRADA I FOLHA DE I MECÃNICO - SUPORTES FLEXÍVEIS - TECNOLÓGICA INFORMA~AO 1 15.1 1 A ferramenta de abrir rosca quadrada É semelhante à ferramenta de sangrar

é feita de barras de aço ao carbono ou de -bi- (bedame), da qual se distingue pelas duas ca- tes de aço rápido e ataca o material segundo racterísticas seguintes: 1.0) a parte útil é mais a aresta frontal AB, retilínea e horizontal (figs. curta; 2.0) os ângulos das folgas laterais (fl) 1 e 2). são diferentes e dependem da inclinação do

filête da rosca quadrada.

Fig. I Fig. 2

Os ângulos de folga frontal (f) e de saí- Quando o passo da rosca for à direita, da (s) devem ter os valores usuais, indicados na a face BB' deve ter maior folga lateral (fl) que tabela geral de ângulos das ferramentas de a face AA' (fig. 1). Quando o passo for à es- corte. querda, BB' deve ter menor ângulo de folga

As faces laterais apresentam ligeira in- lateral que AA'. clinaqão para trás, de cêrca de 10.

Fig. 3

A execução de um filête de rosca qua- drada consiste na abertura de uma ranhura helicoidal cuja profundidade deve ser aproxi- madamente igual à largura e, ainda, igual à metade do passo da rôsca (p + 2). A inclinação desta ranhura helicoidal varia com o passo da rosca e com o diâmetro da peça.

A fim de que a ferramenta possa atacar bem até o fundo da rôsca, é necessário que as folgas laterais sejam bem preparadas de acôr- do com a inclinação do filête (figs. 3 e 4). A

~ folga f~ = 40 (ou 4O a 6O - fig. 3) é, pela ex- , periência, a que permite ataque mais desem- 1 baraçado da ferramenta de corte. Pelo exame , da fig. 4, sendo i o ângulo de inclinação do

filête e f i = 40, se estabelecem as fórmulas se- guintes, dos valores dos ângulos a e b:

Fig. 4

Quando o passo for inferior ou, no lilá- ximo, igual a 114 do diâmetro da peça no fun- do da rosca, uma das faces laterais deverá ter a folga de 80 e a outra face a folga de 2 O (fig. 5), conforme a rosca for num sentidq ou no contrário: 1) Para ferramenta de roscar exter- no e passo à direita, 80 na face BB' e 2 O na face AA'; 2) Para ferramenta de roscar inter- no e passo à direita, 8O na face AA' e 2 O na face BB'.

I MEC - 1965 - 15.000

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TORNEIR0 INFORMAFíO F ~ L H A DE , FERRAMENTA DE ABRIR RoSCA QUADRADA

MECÂNICO - SLTPORTES FL.EXÍVEIS - TECNOL~GICA

Quando o passo da .rosca for à esquer- da, invertem-se as posições dos ângulos acima indicados.

A largura da aresta AB é, teòricamente, igual à metade do passo (p +- 2). Na prática, porém, dá-se-lhe um ligeiro aumento: 0,04 a 0,05 mm a mais que a medida da metade do passo da rosca.

POSIÇÕES DA FERRAMENTA

O movimento de penetração é perpen- Como a ferrarnenta é frágil e tem ares- dicular ao eixo da peça (fig. 6). A aresta, ho- ta de corte larga, pode ser montada com o rizontal, fica à altura do centro da peça (fig. 7). gume para baixo, o que evita quebrá-la e di-

i~iinui a vibração.

Fig. 6

SUPORTES FLEXÍVEIS

As ferramentas de roscar, assim como a que resulta bom acabamento; 3) Aumenta o de sangrar, devem trabalhar, de preferência, rendimento da operação, pois dispensa certos montadas eni suportes flexíveis. cuidados que, no caso de um suporte comum,

São porta-ferramentas especiais (exem- são imprescindíveis. plo, o tipo da fig. 8), construidos de tal forma que se flexionam ligeiramente quando a fer- ramenta recebe grande pressão de corte. Por causa da larga extensão de contacto da aresta cortante da ferramenta, nas operações de san- grar e de abrir rosca (sobretudo a quadrada) é que convém o uso do suporte flexível.

Oferece êste as seguintes vantagens: 1) Evita a ruptura da ferramenta, pois a flexibi- lidade da haste curva do suporte alivia as for- tes pressões ocasionais de, corte e não permite que.a aresta da ferramenta se agarre à ranhu- ra; 2) Produz melhores condições de corte, do

Fig. 8

*

I ) Quais são as características da fertamenta de abrir rosca quadrada? ?

2) Explique as particularidades dos ângulos de folga laterais.

3) De que dependem os ângulos de folga laterais?

4) Por que se usam os suportes flexíveis? Quais as suas vantagens?

Page 191: 07 - Usinagem

TORM EI R 0 MECÂNICO

Ao montar a peça destinada ao torneamento cônico por meio dêste pro- cesso, dá-se um pe- queno deslocamento transversal e à con- traponta (fig. 1 ) . Ê s s e deslocamento não é qualquer: cal- cula-se, tendo e m

Fig. I conta certas medidas da peça e da parte cônica que se deseja tornear.

Resulta, das condições de montagem feituoso contato do cone da ponta com o cone da peça entrepontas, um desalinhamento, do do furo de centro. Isso acontece tanto na eixo geométrico da peça, em relação ao eixo ponta como na contraponta. Nos trabalhos de do torno. estes dois eixos passam a formar, grande precisão, tal defeito é prejudicial, mo- portanto, um pequeno ângulo (fig. 1). tivo por que é aconselhável o uso de pontas

O torneamento cônico pelo processo de esféricas, como está mostrado na fig. 3. desalinhamento da contraponta sòmente é No torneamento de uma série de peças realizável nas seguintes condições: cônicas iguais, é indispensável que os furos de

centro sejam executados com grande cuidado 1 .o) peças colocadas entrepontas;

e precisão, sem o que haverá variação sensível

2.0 torneamento de cones externos nas conicidades. (conseqiiência do 1 .O item);

3.0) cones de pequena conicidade.

Em cones de muita conicidade o pro- cesso é impraticável porque é muito limitada a medida do deslocamento lateral que se pode dar à contraponta.

Conforme se viu no estudo do cabeçote móvel, existe, na sua base, um dispositivo de porca e parafuso que possibilita o pequeno Fig. 2

desvio transversal do corpo do cabeçote em relação à sua base.

O processo de torneamento cônico, coni desvio da contraponta, oferece a vantagem de permitir a execução do cone com o avanço automático do carro. Como se realiza, com frequência, para a obtenção de cones compri- dos (e de pouca conicidade), é de interêsse o uso do avanço automático.

Como se mostra, com exagêro, na fig. 2, o desvio lateral dá como resultado o de- Fig. 3

FOLHA DE INFORMACÁO TECNOLÓGICA

O TORNEAMENTO CÔNICO PELO PROCESSO

DE DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA 1 3.1

Page 192: 07 - Usinagem

TORNEIR0 O TORNEAMENTO CBNICO PELO PROCESSO F6LHA DE MECÂNICO INFORMAÇÃO 1 3.2 DE DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA TECNOL6GICA

b I

CALCULO DO DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA

-4 peça, mon- tada entrepontas e prêsa pelo arrasta- dor, gira em torno do seu eixo geomé- trico XX' que, com o desalinhamento e da contraponta. não é paralelo à direção do deslocamento da ferramenta. Fica en- tão uma superfície cônica (fig. 4).

S e n d o C o comprimento total Fig. 4 da peça, c o compri- mento do cone, D o diâmetro maior e d o di2rne~ro nienor do cone, calcula-se o desali- nliamento e da contraponta pela fórmula:

(D - d) X C 1.O exemplo: Sendo D = 42 mm, d = 38 mm, C = 160 mm e e =

2 X c c = I 20 mm, resulta:

(42 - 38) X 160 4 X 160 2 X 160 160 e = ----

2 x 1 2 0 - 2 X 1 2 0 120 - 6 0 - 2,66 mm ou

aproximadamente, e = 2,7 mm

2 O exemplo: Sendo D = 46 mm, d = 40 mm, C = 130 mm e c = 100 mm, tem-se:

(46 - 40) X 130 6 X 130 3 X 130 390 e = -

2 X 100 - 2 X 1 0 0 100 - 100 - 3,9 mm.

Em lugar de todas as medidas indicadas, pode-se, às vêzes, ter apenas, como ele- mentos de cálculo, o comprimento total da peça (C) e a conicidade dada em percentagem. Aplica-se, então, a fórmula:

conicidade e =

2 X C

1.0 exemplo - Sendo L = 164 mm e a conicidade de 8 %, tem-se 8 % = 0,08.

O 08 Então e = LX 164 = 0,04 X 164 = 6,56 mm 2

2.0 exemplo - L = 120 mm e a conicidade de 6 %. Sendo 6 yo = 0,06, resulta: e =

-- X 120 = 0,O3 X 120 = 3,6 mm. -- 2

QUESTIONAR10

1) Calcule e sendo C = 140 mm e a conicidade de 8 %. 2) Quais são as condições em que é realizável o torneamento cônico com o desalinhamento

da contraponta? 3) Como se evita o contato defeituoso das pontas com os furos de centro das peças? Qual

o tipo de ponta que pode ser utilizado? 4) Indique as duas fórmulas para cálculo do desalinhamento do cabeçote móvel. 5) Calcule e sendo: D = 38 mm, d = 34 mm, C = 140 mm e c = 100 mm.

I . . - - - - - - - --

Page 193: 07 - Usinagem

Fig. f

TORNEIR0 MECÂNICO

As vêzes, no torno, precisa-se dar à peça Êste trabalho é, entretanto, difícil, exi- uma forma variada mas regular, cujo perfil, ge muita perícia, redobrados cuidados e fre- formado de retas e curvas, seja simétrico em quentes controles da forma por meio de mol- relação ao eixo geométrico da peça. Serve essa des ou modelos chamados Gabaritos. Para uma operação para tornear um Sólido de revolu- só peça ainda serve. Para o torneamento de ção perfilado. A usinageii~ no torno pode ser várias peças, em série, é, entretanto, uma ope- feita, como está na fig. 1, por movimentos ração imprópria, capaz de produzir, apesar dos combinados de avanços transversais e longi- cuidados, variações de formas e de medidas, tuclinais da ferramenta. além de exigir longo tempo.

1114

Fig. 1

FERRAMENTAS DE FORMA OU DE PERFILAR

No torneamento de sólidos de revolu- Outros exemplos estão mostrados nas ção de perfil variado é melhor o uso de ferra- figs. 3, 4, 5 e 6. mentas cujas arestas de corte tenham as mes- mas formas a dar à peça, como se vê na fig. 2, No torneamento de perfis relativamen- desde que a linha de 'Orte (perinietro) lião te grandes não é o elnprêgo de uma seja muito grande, pois neste caso há muita iinica ferramenta, pois um gume'muito ex- trepidação o que prejudica o acabamento po-

tenso produz forte pressão de corte, resultan- dendo quebrar a ferramenta e danificar a peça. Essas ferramentas de forii-ia ou de per- do trepidação, o que causa o mau acabamento

filar permitem assim a execução de sulcos- da peça e 0 desgaste rápido da aresta cortante.

meia-cana, abaulamento de topos, arredonda- Para tornear perfis semi-esféricos (fig. 3) ou mento de arestas, superfícies esféricas. etc., esféricos (figa 6) que não sejam de grande raio, conforme o contorno que for dado As arestas a ferramenta de perfil produz resultado satisfa- cortantes. tório.

L" Fig. 3 Fig. - 5 Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 99

FOLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA

FEKRAWIENTA DE FORMA OU DE PERFILAR 5.7

Page 194: 07 - Usinagem

rzg.

TORNEIRO MECÃNICO

Para qualquer operação de perfilar, é com a forma aproximada, que se vê na aconselhável um desbaste prévio, com ferra- fig. 7. mentas comuns, que dê à peça uma forma A fig. 9 mostra uma ferramenta de per- aproximada da que se deseja obter. Por exem- filar substituível, firmemente engastada nu- plo, para o esférico da fig. 8, obtido por meio ma base de aço, servindo de porta-ferramenta da ferramenta fig. 9, faz-se um desbaste, antes, e fixada por parafusos.

I

Efg. 8 Fig. 9

FERRAMENTAS DE PERFIL CONSTANTE

Na fabricação de uma série de peqas 1) ferramenta prismática de perfil constante iguais, as ferramentas de perfilar do tipo indi- (fig. 10) - fabrica-se em aço rápido, na cado não permitem afiação direta, pois esta fresadora. Recebe têmpera e depois é re- alteraria o perfil. Perdido o corte, pelo uso, é tificada em retificadoras planas. A afiação, necessário preparar de novo o mesmo perfil e na face de saída ou de ataque não altera o afiá-lo corretamente. este processo atrasa a perfil; produ~ão.

Usam-se, então, as Ferramentas de per- 2) ferramenta circular de perfil constante (fig. fil constan,te, cuja afiação se faz, horizontal ou 11) - é usinada no torno, depois tempe- obliquamente, apenas na face de saída ou de rada e retificada. Pode também receber su- ataque (figs. 10 e 11). cessivas afiações na face de saída, sem que

São montadas em porta-ferramentas o perfil fique alterado. próprios e se apresentam em dois tipos:

de &do uu de ataque

Femmenfa C I R U I O ~

dC OlGqW

Fig. I I Fig. I0

QUESTIONARIO

1) Quais são os processos de tornear perfis? Qual o mais conveniente?

2) Que são ferramentas de perfilar? Dê exemplos de usos.

3) Qual a vantagem das ferramentas de perfil constante?

1 O0 MEC - 1965 - 15.000

FdLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLóCICA

FERRAMENTA DE FORMA OU DE PERFILAR 5.8

Page 195: 07 - Usinagem

A broca helicoidal 6, por vêzes, usada 2) para a execução de furo, definitivo, com em trabalhos no torno. Eis alguns casos: diâmetro pequeno, quando não é posslvel

fazer nêle penetrar uma ferramenta de 1) para a execução de furo, que deva ser pos- torno;

teriormente torneado no seu interior por uma das ferramentas de torno, tais como 3) para a execução de furo em peça fixada na a de broquear, a de facear interno, ou a espera superior. Em tal caso, monta-se a de abrir rosca interna; broca na árvore do torno.

BROCA FIXADA NO CABEÇOTE MOVEL

4.5

No caso mais comum do uso da broca dem ser de haste cilíndrica, não exigindo gran- no torno, é ela fixada no cabeçote móvel, en- de pressão de corte, faz-se a fixacão no man- quanto a peça se prende geralmente numa pla- gote por meio de um mandril (fig. 1). ca de castanhas: a broca é então fixa, a peça As brocas maiores devem ser de haste possui o movimento de corte e o avanço é cônica e se fixam, ou diretamente no mangote, dado manúalmente no volante do cabeçote se forem iguais os cones Morse, ou por meio móvel, pelo deslocamento do mangote. da bucha de redução que for adequada (fig. 2).

Para brocas até cerca de 1 /2", que po-

I

FOLHA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA

TORNEIRO MECÃNICO

I . - Ir'

O USO DA BROCA HELICOIDAL N O TORNO

\ Fig. 1

MODO DE GUIAR A BROCA AO INICIAR O FURO

A aresta da ponta da broca ao iniciar até que suas arestas cortantes tenham pene- a penetração na peça, devido A rotação desta, trado bem na peça. tende a desviar-se, podendo assim descentrar Em trabalhos comuns, usa-se guiar a o furo. I? necessário, portanto, guiar a broca, broca, no inicio do furo, por iueio de uma

1 I MEC - 1965 - 15.000 87

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Fig. 3

PRECAUCõES PARA EXECUTAR FURO CENTRADO

Fig. 4

QUESTIONARIO

TORNEIR0 MECÂNICO

1) Cite três casos de utilização da broca no torno.

2) De que forma trabalha mais comumente a broca no torno?

3) Indique o processo de guiar a broca, para furo no torno.

4) Indique os métodos de executar furo centrado.

-.-e . . . - -

O USO DA BROCA HELICOIDAL NO TORNO

peça de aço doce ou de latão, podendo ter, num dos topos, uma ranhura em "V" para en- costo (fig. 3). Fixa-se esta peça no porta-ferra- menta do torno, de modo a ajustar as duas faces da ranhura em "V", sem pressão, ao cor- po da broca.

É aconselhável usar, antes da execução 2) Pode-se também usar, na iniciação do furo do furo, ou a broca de centrar, ou uma broca uma ferramenta chata de centrar, de pon- curta, ou ferramenta chata de centrar. ta aguda (fig. 5), montada no porta-ferra-

menta. Este processo não é usado com mui- 1) Havendo necessidade de centragem rigo- ta frequência.. É aconselhável, no caso de

rosa, o furo pode ser iniciado com uma execução de furos em série, porque de- broca de centrar (fig. 4). A broca helicoi- manda menos tempo, visto ficar a broca dal, montada, depois no mandril (ou di- helicoidal fixada no mandril ou no cabe- retamente no mangote, ou em bucha de çote móvel, durante toda a duração do tra- redução), será guiada normalmente, sem balho. Para iniciar cada novo furo, afasta- desvios. se a broca helicoidal e aproxima-se do topo

da peça a ferramenta de centrar.

88 MEC - 1965 - 15.000

I

FÔLHA DE INFORMAÇÁO TECNOLõGICA

4.6

Page 197: 07 - Usinagem

Fig. 3 Médio

inclinado.

Fig. 5 Grosso reto.

i

(

1

TORNEIRO MECÂNICO

-- -

Se certas pe~as tiverem superfícies ru- A superfície estriada se denomina re- gosas, ao serem utilizadas manualmente per- cartilhado, que é também o nome da opera- mitem melhor aderência, são seguradas entre cão por meio da qual se produz tal rugbsidade. os dedos com mais firmeza. É o caso das ca- beças dos parafusos de manobra dos instru- mentos de medida, dos cabos de certos uten- sílios ou ferramentas e dos manipulos de al- guns órgãos de máquinas.

Pelo emprêgo de uma ferramenta espe- cial, denominada Recartilha, obtém-se, no tôr- no, a superfície com rugosidade ou aspereza desejada. A ferramenta executa, na superfí- cie da peça, uma série de estrias ou sulcos, pa- ralelos ou cruzados.

RECARTILHAS

As recartilhas, que dão nome ao con- O tipo mais usado de recartilha é o da junto da ferramenta, são roletes de aço tem- fig. 1. Na haste de aço se articula uma cabeça, perado, extremamente duros. Na sua super- na qual estão montados dois roletes recarti- fície cilíndrica, apresentam uma série de den- lhadores. Conforme o desenho do recartilha- tes ou estrias que penetram, mediante grande do que se quer dar à superfície, usam-se re- pressão, no material da peça, transformando cartilhas com roletes de estrias inclinadas ou a superfície lisa em superfície estriada ou ru- não, com maior ou menor afastamento. gosa. As figuras 2 a 7 apresentam tipos usuais

Em geral, a superfície externa dos ro- de roletes recartilhadores. Com a recartilha letes da recartilha não é perfeitamente cilín- de dois roletes, como êstes têm estrias de in- drica: há uma ligeira convexidade ou uma clinações contrárias, resultam sulcos cruzados. leve concavidade, conforme a aplicação a dar O recartilhado simples se faz, em geral, com à ferramenta. recartilha de um só rolete, não articulada.

Fig. 2 Fig. 4 Fig. 6 Fig. 7 Grosso Fino Médio Fino

inclinado. inclinado. reto. reto.

REGARTILHADO

Monta-se a recartilha no porta-ferra- tra um detalhe do recartilhado de um cilin- menta do torno, fixando-a como se fosse uma dro, com a recartilha de dois roletes, que pro- ferramenta usual de tornear. Na fig. 8 se mos- duz, de uma vez, o estriado cruzado.

MEC - 1965 - 15.000 . 107

FOLHA DE INFORMACAO TECNOL~GICA

RECARTILHAS 6.1

Page 198: 07 - Usinagem

TORNEIR0 FOLHA DE RECARTJTILIIAS INFORMAÇAO 6.2 MECÂNICO TECNOLÓGICA

1

Os roletes são arrastados pela rotação da peça, e como estão firmemente pressionados contra ela, imprimem, lia sua superfície, o de- senho de estrias cruzadas, à medida que o car- ro porta-ferramenta se desloca paralelamente ao eixo longitudinal da peça que está sendo trabalhada.

Vê-se que o recartilhado é uma opera- ção que demanda grande pressão no contacto entre a ferramenta e a superfície da peça. Exi- ge, pois, cuidados:

1) para que não sejam deformadas as peças fracas;

contacto com a superfície da peca. A partir 2 ) Ou descentradas as peças na pia- de um dos extreinos desta, em cêrca de 1 a

ca; 2 mm de largura, aplicam-se com forte pres- 3) ou estragados os centros das peças entre são os roletes. Quando as estrias se apresen-

pontas. tam com a profundidade desejada, liga-se a Deve-se executar o recartilhado em marcha automática do carro, lubrifica-se bas-

mais de um passe, para que seja menor a pres- tante (exceto para bronze e ferro fundido) e são. Monta-se a recartilha no porta-ferramen- executa-se o recartilhado com baixa rotação e ta, de modo que os dois roletes fiquem em pequeno avanço.

TABELA DE PROPORÇõES DOS RECARTILHADOS

Levam-se em conta o material e as di- recartilhado. Eis uma pequena tabela que es- mensões das peças. para dar boa aparência ao pecifica dimensões (ver figs. 9 e 10).

1 -r

Fig. 9 - Simples.

4 Fig. 10 - Cruzado.

QUESTIONÁRIO

1) Que é o recartilhado? Para que se faz? Que é a recartilha?

2) Quais são as particularidades dos roletes? Quais os tipos usuais de roletes?

3) ~ x ~ l i ~ u e como se faz o recartilhado. Quais as c~iidados a tomar?

108 MEC - 1965 - 15.000

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Quando o torneiro fura uma peça no tôrno, com uma broca, obtém geralmente uma superfície interna rugosa que nem sem- pre se apresenta bem centrada e perfeita- mente cilíndrica. Por outro lado, as brocas de diâmetros grandes são muito caras e, por isso, raramente se usam nos trabalhos de tôrno.

A operação que o torneiro executa para o desbaste e o acabamento das superfícies in- ternas dos furos, com diâmetro preciso e bom estado de superfície, se chama broquear. Por essa operação se produzem interiormente tanto superfícies cilíndricas como superfícies cônicas.

TORNEIRO MECÂNICO

FERRAMENTA DE BROQUEAK

3

F6LHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGiCA

FERRAMENTA DE BROQUEAR

Fig. I

8.1

Fig. 3

A ferramenta de broquear, de aço ao carbono ou de aço rápido forjado, apresenta, em geral, a forma indicada na fig. 1.

Atua, no interior do furo, da maneira mostrada nas figs. 2 e 3. Outro tipo de ferra- menta de broquear consiste em um bite de aço rápido fixado, por meio de um parafuso, perpendicularn~ente ao eixo longitudinal de uma haste própria, montada no porta-ferra- menta (fig. 4).

Nesta haste há um orifício transversal, de seção retangular, para o alojamento do bite.

Quanto à forma geral, os tipos usuais de ferramentas de broquear estão mostrados nas figs. 5, 6 e 7, em suas respectivas posições de usinagem:

Fig. 2

Fig. 4

Fig. 5 - Czirva, para furos passantes.

Fig. 6 - Reta, inclinada, para furos não passantes. I

Fig. 7 - Curva, para ranhuras internas.

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. .- - - -

TORNEIR0 FÔLHA DE

MECÂNICO FERRAMENTA DE BROQUEAR INFORMAÇAO 8.2

TECNOLÓGICA

I - CARACTERÍSTICAS DA FERRAMENTA DE BROQUEAR

São fabricadas geralmente na forja, a Alguns técnicos aconselham para êste partir de barras de aço de seção quadrada ou ângulo 450. O ângulo de folga usual é f = 6O redondd. A porção da haste que penetra no e o ângulo de saída mais empregado para furo recebe uma seção cilíndrica mais redu- trabalhos comuns em aço ao carbono é zida. O bico, encurvado, é forjado de tal ma- s = 29O (fig. 10).

Fiç. 8

L*0% Fig. 9 Fig. ia

neira que a parte mais elevada da aresta de Figura, a seguir, uma tabela de valores corte fica à altura do eixo da barra, como se dos ângulos de folga ou incidência e de saída vê na fig. 8. ou ataque para alguns materiais, com ferra-

A curvatura do bico deve dar uma in- mentas de broquear de aso rápido (indicadas clinação lateral segundo o ângulo de 30°. O por R) e com ferramentas de pastilhas de ângulo de direção é também de 30° (fig. 9). carbonêto metálico (CM):

MONTAGEM DA FERUMENTA DE BROQUEAR

A ferramenta, que deve ter a maior grossura possível, de acordo com o diâmetro do furo a broquear, é fixada no porta-ferra- menta, mantendo-se o comprimento da parte útil um pouco maior que a profundidade do furo.

Pode ser montada normalmente (fig. 11) ou invertida (fig. 12). No segundo caso, evita-se a trepidação, se houver folga na ár- vore do torno. Em qualquer das duas posi- ções, o bico deve ficar ligeiramente acima do centro da peça.

Fig. 11 Fig. 12

QUESTIONARIO

1) Em que consiste a operação de broquear? 2) Quais são os tipos de ferraineiltas de broquear? 3) Dê as características da ferramenta e os ângulos de corte usuais. 4) Explique particularidades sobre a montagem da ferramenta de broquear.

I 136 MEC - 1965 - 15.00

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TORNEIRO FBLHA DE FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO INFORMACAO 1 4.5

MECÂNICO TECNOLÓGICA

A operação de facear interno ou a de nos fundos dos furos não passantes, ou nos re- rebaixar interno serve para terminar o tor- baixos internos de qualquer tipo. neamento com uma ferramenta apropriada,

FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO

A mesma ferramenta pode tanto facear posição do seu gume em relação à face em usi- como rebaixar. Sua ponta é bem aguda (figs. nagem, a ferramenta de facear interno não 1, 2 e 3) para a obtenção de cantos vivos na deve ser utilizada em trabalho de desbaste interseçáo da superfície cilíndrica interna do grosso mas apenas em operações de acaba- furo com os planos transversais do fundo ou mento. do rebaixo. Como as demais ferramentas de torno,

(vista de cima).

Eig. 1 - Ferramenta de facear interno (visto de lado).

Sua aresta cortante deve fazer um ân- gulo de 80 a 1 2 O com o plano transversal que por ela está sendo executado, como está na fig. 2. Vê-se, na fig. 3, a posição em que a fer- ramenta faceia o fundo do orifício. Observa- se, ainda, na fig. 2, que apenas uma pequena parte da aresta cortante, próxima ao bico, ata- ca a superfície do material.

Por ter ponta bem aguda, e devido à

a de facear interno é forjada em aço ao car- bono ou em aço rápido, esmerilhada e afiada para formar as faces, os ângulos e as arestas de corte. Após essa preparação, passam ainda pe- los processos de têmpera e revenimento. As ferramentas de usinagem interna (broquear, facear interno, abrir rosca interna) são de con- fecção mais difícil que as de torneamento ex- terno, devido às suas formas especiais.

Fig. 3

FERRAMENTA DE BITE DE FACEAR INTERNO

Para evitar o trabalhoso processo de for- de aço rápido, bem esmerilhado, afiado no jamento da ferramenta, pode-se usar um bite extremo cortante e montado etn suporte pró-

I MEC - 1965 - 15.000 19

Page 202: 07 - Usinagem

TORNEIRO FÔLHA DE FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO INFORMACÁO 14.6

MECÂNICO TECNOLÓGICA

prio. Possui êste um rasgo in- terno, de seção quadrada ou retangular, no qual se aloja o bite, em posição inclinada. Sua fixaqão se faz por meio de um parafuso de apêrto, ou pela pressão de uma haste que for- ça o bite contra a parede do furo quadrado. A fig. 4 mostra uma ferramenta de tal tipo, com o bite faceando o fundo do orifício.

Fig. 4

POSIGãO DA FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO

O eixo longitudinal do corpo da ferra- malmente, fique o bico cortante no mesmo menta, na fixação desta, deve ser disposto pa- nível do centro da peça (fig. 6). Algumas vê- ralelamente ao eixo geométrico da peça (fig. zes, quando for fina a haste da ferramenta, 5). Os deslocamentos da ferramenta de facear convém dispor o bico ligeiramente acima do interno estão indicados na fig. 5. centro. Com a pressão do corte, a haste sofre

Quanto à altura, monta-se a ferramenta pequena flexão e o gume se coloca pràtica- no porta-ferramenta de forma tal que, nor- mente à altura do centro.

96 MEC - 1965 - 15.000

Fig. 5 - Ferramenta de facear vista de cima.

QUESTIONARIO

1) Quais as finalidades das operações de facear interno e de rebaixar interno?

2) Quais as particularidades da ferramenta forjada de facear ou de rebaixar interno?

3) Dê explicação sobre outro tipo de ferramenta de facear interno.

4) Indique: a) qual a posição da ferramenta de facear interno (altura e direqão; b) quais os sentidos dos deslocamentos da ferramenta.

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. TORNEIR0 F ~ L H A DE

MECÂNICO FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS INFORMAÇAO 16.9

TECNOLÓGICA

As ferramentas de abrir roscas internas, na sua forma geral, podem apresentar-se se- I

gundo do& tipos: ferramenta forjada e bite.

FERRAMENTA 'FORJADA DE ABRIR ROSCAS INTERNAS

É fabricada a partir de uma barra de aço carbono ou de aço rápido. Seu aspecto é o indicado, em perspectiva, nas figs. 1 e 3. I

I A extremidade útil é forjada, esmeri- lhada e afiada de acordo com a forma do fi-

Fig. I

lête que se deseja abrir internamente, em uiri furo já praticado na peça. A ferramenta da fig. 1 é apresentada novamente, em suas três vistas, na fig. 2. Destina-se ela ao corte de fi- lête triangular interno. A ferramenta mostra- da na fig. 3 serve para a abertura de filête c 4 1 '; i 1 &

trapezoidal. As ferramentas forjadas devem ser usa-

das de preferência na abertura de roscas em furos de pequena profundidade. Em furo pim- fundo e estreito, torna-se necessário diminuir sensivelmente o diâmetro da haste redonda. Além disso, devendo ser ela comprida, flexio- na-se fàcilmente devido à pressão de corte, está sujeito a quebrar-se e, por outro lado, não permite bom acabamento da rosca.

Em todo o caso, sendo indispensável o uso de uma ferramenta de haste fina e coiil- prida deve-se fixá-la de modo tal que o bico fique um pouco acima do centro da peça: com a ligeira flexão, o gume vem colocar-se na al- tura conveniente.

Ao montar a ferramenta de roscar in- terno, recomenda-se o cuidado de dar-lhe po- sição correta em relação à superfície a atacar. Para isso emprega-se o escantilhão, da manei- ra indicada na fig. 4.

De um modo geral, os ângulos de afia- ção da ferramenta de roscar interno são idên- ticos ao da ferramenta de roscar externo. En- tretanto, recomenda-se, conforme o caso, um ângulo de folga ou incidência frontal mais acentuado, para evitar que a aresta frontal ou a face frontal da ferramenta venha atritar con- tra a superfície que está sendo atacada ou con- tra a superfície do filête.

A fig. 5 mostra uma ferramenta de ros- car triangular interno, na posição em que está abrindo o filête na parede interna do furo de uma peça.

Fig. 2

Fig. 3

Fig. 4

Page 204: 07 - Usinagem

Fig. 7

TORNEIR0 F ~ L H A DE

MECÂNICO FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS

: ~ ~ ; \ ~ ~ + G ~ 1 6.1 0 I

BITE DE ABRIR ROSCA INTERNA

É uma pequena peça de aço rápido, em Quando o furo a roscar não é vazado, a cuja extremidade útil se esmerilham e se afiam rosca é terminada numa ranhura cilíndrica os ângulos e o perfil do tipo de rosca que deve (rebaixo de saída), preparada antes no fundo. ser aberta. O bite é montado num suporte Neste caso adota-se um sistema de apêrto di- próprio, reforçado, de forma cilíndrica, con- ferente (fig. 7), uma vez que s parafuso no forme ilustra a fig. 6. Aí se aloja num orifício topo de ataque impediria o acabamento da transversal, de seção quadrada ou retangular, rosca no fundo. O parafuso é disposto no topo no qual é apertado por meio de um parafuso contrário e o apêrto é transmitido através de de pressão. uma haste alojada num furo central.

Fig. 6

OBSERVAJ~ES :

1) A parti: livre da ferramenta forjada deve 3) A altura do gume deve coincidir com a al- ter o comprimento estritamente necessá- tura do eixo da peça. rio a cada operação, de acordo com a pro- fundidade do furo. 4) É preferível o uso do porta-ferramenta com

bite ao emprêgo da ferramenta forjada, 2) O bite deve ter também o comprimento es- que apresenta dificuldade em sua confec-

tritamente necessário para não embaraçar ção e, em certos casos, não executa acaba- a manobra do porta-ferramenta no inte- mento tão bom quanto o do bite. rior do furo.

QUESTIONARIO

1) Quais são os dois tipos de ferramentas de abrir roscas internas?

2) Por que não convém a ferramenta forjada em furo profundo e estreito?

3) Quando a ferramenta é fina e comprida, qual o cuidado na sua montagem?

4) Quanto aos ângulos, qual a particularidade da ferramenta de abrir rosca interna?

5) Explique como trabalha o bite na abertura de rosca interna.

s

228 MEC - 1965 - 15.000

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A superfície cônica desempenha fun- Os cones são utilizados, principalmen- ção de grande importância nos conjuntos ou te, nas fixações de ferramentas rotativas dispositivos mecânicos. Permite o cone um (exemplos: cones Morse, métrico, "standard" tipo de ajustagem com a característica espe- americano e Brown Sc Sharpe) e em conjuntos cial de poder proporcionar enérgico apêrto desmontáveis (tais como polias ou engrena- entre peças que devam ser montadas ou des- gens montadas em eixos) nos quais seja in- montadas com certa frequência. dispensável a rigorosa concentricidade.

ELEMENTOS DE EXECUGÃO E VERIFICAÇÃO DO CONE

1 4.1

São os seguintes (figs. 1 e 2): Diâmetro maior (D), diâmetro menor (d), comprimento (C) e ângulo (a) da geratriz do cone com o seu eixo geométrico.

A conicidade pode ser fixada: 1) ou pelo ângulo a em graus; 2) ou pela porcentagem de conicidade,

D - d dada pela fórmula e % = C X 100.

F6LHA DE INFORMAÇÁO TECNOLóGICA

TORNEIR0 MECÂNICO

Exemplo: D=34mm; d = 2 8 m m . e C = . . . . .

= 120 mm. A conicidade é então e Cr, = . . . .

CALIBRADORES C6NICOS - (CONE - VERIFICAÇÃO - CONES NORMALIZADOS)

3) ou pela inclinação da geratriz do cone, dada em porcentagem pela fórmula Fig. 2

VERIFICAÇÃO DOS CONES - CALIBRADORES CÔNICOS

O correto controle da execução de um cone exige, à vista do exposto: 1.O) verifica- ção de medidas; 2.0) verificação da conicida- de; 3.O) verificação de regularidade da forma.

Ora, numa peça, os diâmetros e o ân- gulo do cone não podem ser medidos com grande precisão usando os instrumentos co- muns de medição.

Por isso, na prática, utilizam-se Cali- bradores cônicos que, conforme o caso, será um Calibrador tampão cônico retificado (Fig. 4) ou uma Bucha de furo cônico retificado (Fig. 3), de dimensões e proporções normali- zada~.

Emprega-se, também, ou uma peça ma- cho, ou uma peça fêmea, já usinada, para servir de Calibrador, respectivamente, para a peça fêmea (Fig. 5) ou para a peça macho que está sendo torneada.

A verificação da ajustagem dos cones interno e externo se faz por contato. Para isso, dão-se quatro traços equidistantes (a giz ou a lápis especial, oleoso) segundo as geratrizes, no cone exterior. Introduz-se êste no cone interior e gira-se suavemente um contra o outro. Ao retirar, se os traços estiverem apa- gados em toda a sua extensão, o contato dos cones está correto.

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MECÂNICO CALIBRADORES CBNICOS - (CONE - INFORMAÇAO FBLHA DE

TORNEIRO 14.2 VERIFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS) TECNOLÓGICA ,

CONES NORMALIZADOS

Em geral, as máquinas-ferramentas cas, alargadores, machos, escareadores, cen- possuem árvores ou eixos com furos cônicos tros, buchas de redução, etc.). Todos êstes destinados à fixação das hastes cônicas das cones são normalizados, sendo mais comuns ferramentas rotativas ou de acessórios (bro- os dos sistemas métrico e moi-se.

TABEH,A DE DIMENSOES DOS CONES MCTRICOS

(CONICIDADE 1 : 20) - MEDIDAS EM min

TABELA DE DIMENSíSES DOS CONES MOKSE

MEDIDAS EM mm (Figs. 6 e 7)

1 :92 J

MEC - 1965 - 15.000 ' l

Os outros sistemas de cones mais co- Standard Americano (conicidade aproxiinada muns, sobretudo em fresadoras, são: Brown . de 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20). & Sharpe (conicidade aproximada de 1 : 24);

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TORNEIRO I CABEÇOTE FIXO DO TORNO - ARVORE I FÔLHA DE

MECÂNICO REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE iNFORA4AFAO 115.3 1 TECNOLÓGICA

O cabeçote fixo do torno contém a Ár- vore, ou eixo principal de rotacão, e, em ge- ral. os mecanismos de redu.ção e de inversão de marcha (fig. 1 ) . Muitos dos toriios moder- nos possuem árvore com monopolia (uma só polia) e não com polia ern degraus, como mostra a fig. 1.

No caso de monopolia, ou há um me-

canismo de mudanja de velocidade da árvore na caixa do pé do tôrno, ou então o cabeçote fixo é uma caixa de câmbio de velocidade. Neste último caso, contém o cabeçote fixo di- versos pares distintos de engrenagens que, combinados por acionamento de alavancas ex- teriores, permitem rápidas e fáceis mudanças de velocidade da árvore do tôrno.

Fig. 1 - rMeconisrno do cnbeçote f i xo .

ARVORE

É um eixo Ôco, de aço especial (por exemplo aço-cromo-níquel), endurecido, reti- ficado e superacabado, de modo a apresen- tar superfícies finamente polidas nos contac- tos dos mancais (fig. 2). Assenta a árvore em mancais & bronze fosforoso. Junto ao rebaixo posterior, fica em contacto com um manca1 de encosto, que recebe a pressão longitudinal resultante do esforço de corte exercido pela ferramenta.

A conicidade do furo, na parte interior. se destina ao alojamento da ponta de aço.

Na árvore, estão montadas externamen- te (fig. 1) a polia, que recebe a rotação do mo- tor elétrico, e as engrenagens de transmissão necessárias. Quando o dispositivo de redução ou "de dobrar" é do tipo da fig. 1 (moderna- mente o mais usado), há ainda o mecanismo de acoplamento, capaz de permitir a marcha direta (acoplamento fechado) ou a marcha re- duzida (acoplamento aberto).

I I MEC - 1965 - 15.000 205

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TORNEIRO I CABEÇOTE FIXO DO ,TORNO - ARVORE I FBLHA DE

REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE iNFORMA~A0 115.41 TECNOLóGICA

i MECANISMO DE REDUÇAO DA VELOCIDADE DA ARVORE

Fig. 1 - A polia P gira livremente na árvore do torno ("polia louca") e constitui um só conjunto com a roda de engrenagem A e a parte esquerda da luva L de acoplamento. A parte direita desta luva desliza longitudi- nalmente na árvore, por meio de rasgos de chavêta ou de estrias, com pequeno desloca- mento, suficiente para que, ao acionar-se uma alavanca exterior, ela se una à parte esquerda ou dela se afaste. A fig. 1 mostra a luva aberta.

As duas rodas dentadas inferiores B e C

(1.igadas por uma bucha e deslizantes no seu eixo E) se desengrenam das rodas dentadas su- periores A e D (deslocamento para a esquerda) quando a luva de acoplamento se fecha. Neste caso produz-se marcha direta.

Na marcha com velocidade reduzida, o acionamento da alavanca exterior engrena as rodas B e C com as rodas A e D (deslocamento para a direita), ao mesmo tempo que a luva de acoplamento se abre (posição da fig. l), resultando a marcha reduzida.

REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE MANOBRADO

POR EXCÊNTRICO

Nos tornos antigos, é êste o tipo de me- canismo redutor mais comum. O exame da fig. 3 faz compreender o funcionamento. A polia em degraus, ligada solidàriamente à roda dentada A, forma um conjunto que gira livre na árvore ("polia louca"): Um pino de engate liga a roda dentada D à polia em degraus ou as desliga. A roda D é prêsa à árvore.

Pela alavanca E se gira uma bucha de furo excêntrico, o que faz o conjunto das ro- das B e C engrenar nas rodas A e D ou, ao contrário, desengrenar.

Na posição indicada na fig. 3, as qua- tro rodas estãa engrenadas e o pino de en- gate solto. A rotação 'da polia em degraus se transmite por A, através das rodas B e C, à roda dentada D, resultando marcha reduzida da árvore.

Acionando-se a alavanca do excêntrico E em sentido contrário, as rodas B e C se de-

- Fig. 3 - Vista do cabeçote, por cima.

sengrenam de A e D. Move-se o pino de en- gate, que prende a roda D à polia em degraus, e a marcha será direta, tendo então a árvore a mesma rota~ão da polia em degraus.

1) Quais são os órgãos e mecanismos do cabeçote fixo?

2) Quais são as características da árvore e como é ela apoiada?

3) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de marcha do sistema de luva de acoplamento.

4) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de excên- trico.

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TORNEIRO I PRINCIPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇÃO I F6LHA DE

MECÂNICO INFORMAÇAO 1 5.5 DA VELOCIDADE DA ARVORE DO TORNO TECNOLÓGICA I

Fig. 1

Observe a alavanca exterior na posição 1, abrindo a luva de acoplamento e engrenan- do as rodas dentadas A-B e C-D (fig. 1).

O que produz a MARCHA REDUZIDA é essa combinação das engrenagens A-B e C-D. Pela abertura da luva, dá-se o desvio ou a de- rivação do movimento de rotação através do sistema redutor constituído pelas rodas B e C, as quais se acham firmemente ligadas por uma bucha que gira no eixo E.

Os números de dentes das rodas de uma engrenagem têm uma relação determinada.

Suponhamos que a polia P (ligada sem- pre à roda dentada A) gire com 400 r.p.m. Se- jam, por exemplo: A, roda condutora, com 35 dentes; B, roda conduzida, com 70 dentes; C (ligada a B pela luva), roda condutora, com 20 dentes; e roda conduzida, com 80 dentes. Têm-se, então duas relações :

A 35 1 C 2 O 1 ----- - - e . = j = j - ~ = ~

A redução de velocidade se obtém multipli- cando as duas relações:

1 1 1 TXa=F

Então, as 400 rotações da polia, através do sistema redutor, ficam reduzidas apenas a 50 r.p.m. na árvore (400 -+ 8 = 50).

Realmente, quando a polia P dá 8 vol- tas, a roda A (de 35 dentes) executa também 8 voltas e a roda B (com o dobro do número de dentes, 70) realiza apenas a metade das voltas, 4.

A roda C (20 dentes) também dá 4 vol- tas, pois está ligada à roda - enquanto a roda D (com 4 X 20 dentes = 80 dentes) efetua a quarta parte das rotações de C, isto é, 1 volta.

Vê-se, pois, que ''&brando o torno" (isto é, engrenando o redutor), a velocidade da árvore (400 r.p.m.), no exemplo dado, fi- cou 8 vêzes menor que a velocidade da polia que gira livre sobre a árvore (50 r.p.m.).

Para se fazer o cálculo de uma redução de velocidade por engrenagens, basta dividir o produto dos números de dentes das rodas condutoras pelo dos números de dentes das rodas conduzidas. No exemplo dado, tem-se:

35 X 20 700 1 Redução - - 70 X 80 =5600=8'

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TORNEIR0 PRINCÍPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇAO F ~ L H A DE

MECÂNICO DA VELOCIDADE DA ARVORE DO TORNO INFORMAÇÃO TECNOLóGICA

MARCHA DIRETA

Para se obter a mesma velocidade da A e D e, ao mesmo tempo, fecha a luva de polia (400 r.p.ni.) para a rotação da peqa a tor- acoplamento. Nestas condições, as 400 r.p.m. ilear, ligada à árvore, basta mover a alavanca se transmitem diretamente da polia à árvore, exterior para a esquerda (posição 2 da fig. 1). porque o fechamento da luva torna a polia O mecanismo da alavanca é tal que desengre- em degraus solidária com a árvore do torno. i-ia, por deslizamento, as rodas B e C das rodas

EXEMPLO DO CALCULO DE REDUÇÃO NO CASO DO

REDUTOR DE EXCRNTRICO

Procede-se de modo parecido: Sejam: Roda A, condutora (25 dentes);

B, conduzida (50 dentes); C, condutora (20 - dentes); e D, conduzida (60 dentes). Observe a fig. 2.

Aplicando-se a regra resulta:

25 X 20 500 1 Redução - -- - --- - -

- 50 X 60 - 3000 - 6

De fato, enquanto a polia em degraus dá 6 voltas, a roda A (25 dentes) efetua tam- bém 6 voltas; a roda B (50 dentes) executa 3 voltas: a roda C (20 dentes) realiza também 3 voltas; e a roda D (60 dentes) dá 1 volta.

Fiç. 3

NUMERO DE VELOCIDADES

O número de velocidades da árvore do 8 velocidades da árvore: 4 velocidades por torno, com os mecanismos indicados, é depen- acionamento direto e 4 velocidades reduzidas, dente do número de degraus da polia. Para ou com o "torno dobrado". I

QUESTIONARIO

1) Como se produz a marcha da árvore do torno com redução?

2) Explique o princípio da redução de velocidade empregando as ro- das: A (16 dentes) - B (48 dentes) - C (15 dentes) - D (60 dentes).

3) Qual a regra para calcular uma redução por engrenagens?

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TORNEIR0 PLACA DE QUATRO CASTANHAS FOLHA DE INFORMACÃO 16.3

MECÂNICO INDEPENDENTES TECNOLÓGiCA

V'írias operações de tornearia mecânica exigem que a peça seja prêsa, apenas por uma das partes, em uma placa que possa mantê-la firmemente durante a usinagem. A placa de quatro castanhas independentes é uin dos tipos utilizados para êsse fim.

PLACA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES

E um acessório destinado à fixação de peças nos casos em que material é irregular, geralmeqte, fundido, forjado ou com laminação defeituosa, nos casos de peças muito pe- sadas, ou, ainda, nos casos em que se pretende fazer uma centragem rigorosa com o auxílio do comparador. Seu corpo é, em geral, de ferro fundido ou aço fundido. As castanhas para o apêrto das peças são de aço e endurecidas por têmpera.

O nome desta placa se deve ao fato de que cada uma das castanhas é separadamente deslocada, no sentido radial, aproximando-se ou afastando-se do centro. Para isso, usa-se a chave mostrada na fig. 1, encaixando-a no orifício quadra- do dos parafusos que se alojam em cada uma das quatro ranhuras da placa, por trás da castanha (figs. 1 e 2).

Como mostra a fig. 2, cada castanha possui canaletas laterais, que servem de guia ao seu deslocamento. Além disso, a parte inferior da castanha que se ajusta ao parafuso é roscada. Movendo-se a chave num sentido, o parafuso gira e sua rôsca determina o deslocamento radial da castanha, que se comporta como se fora uma porca, na direção do centro da placa (movimento do apêrto). Movimentando a chave no sentido contrário, a castanha se desloca afastando- se do centro da placa (movimento de desapêrto).

A placa de quatro castanhas apresenta, no centro, um furo cilíndrico que fica alinhado com o da árvore do torno. Essa disposição permite a passagem de peças longas que de- vam ser torneadas. A placa se atarraxa no extremo da árvore do torno por meio de uma rôsca interna situada na sua parte posterior, no prolongamento do furo cilíndrico cen-

As castanhas são reversíveis, isto é, podem ser encai- xadas nas ranhuras respectivas, ficando todos os degraus vol- tados para o centro (fig. I ) ou, ao contrário, para a perife- ria (fig. 2).

A placa de quatro castanhas independentes é muito utilizada, porque pode prender, em geral, peças de variadas formas. Além disso, devido ao inoviineiito independente das castanhas, permite centragexn pràticamente exata da peça. Presta-se bem A fixacão de pecas fundidas em bruto, de peças cie formas irregulares e de peças que já tenham uma parte

I i I MEc - 1965 - 15.000 22 1 I '

I I

Page 212: 07 - Usinagem

I 1

I TORNEIR0 PLACA DE QUATRO CASTANHAS INFORMACÃO FBLHA DE 16.4 MECÂNICO INDEPENDENTES TECNOLÓGICA I

torneada. Dispõe, geralmente, de diversos ras- i

gos radiais e furos, que possibilitam a monta- gem de grampos, contrapesos e outros acessó- Peço o f i r rios necessários à colocação do trabalho numa determinada posição.

As circunferências concêntricas, grava- 4

das na face anterior da placa, a. distâncias de- terminadas, facilitam a centragem aproxima- da de peças cilíndricas.

Para a fixação, e centragem aproxima- da, de peças cilíndricas, assim se procede

"

(fig. 4):

1 .O) abrem-se as castanhas concêntricamente, tomando como referência as circunferên- cias da face, num diâmetro pouco 17~ io r que o da peça (por exemplo: 147 mm > > 145 mm);

2.O) encaixa-se a peça e fecham-se as castanhas, apertando-as na ordem 1-2-3-4.

No caso de peças não cilíndricas, deve- se observar as duas regras seguintes (exemplo na fig. 5) : '

1.O) abrir as castanhas 2 e 3 de modo que fi- quem distantes do centro aproximada- mente das medidas a e b indicadas na peça; Êstes processos, entretanto, iião dão a

centragein definitiva; êles apenas simplificam 2.O) encostar a peça nas castanhas 2 e 3 e fe- o trabalho, pois deve-se sempre proceder a .

char as castanhas 1 e 4 até o apêrto com- uma verificação, depois de prêsa a peça e, se pleto da peça. necessário, corrigir a posição da mesma.

MONTAGEM E DESMONTAGEM DA PLACA NA ARVORE DO TORNO

Devem ser observados os mesmos cui- peito da colocação e remoção da placa univer- dados e regras que já foram indicados a res- sal

QUESTIONARIO

1) Par2 que serve a placa de quatro castanhas independentes?

2) Em que casos convém mais o seu eniprêgo? Por quê?

3) Explique o funcionainento da placa.

4) Para que servem as circunferências concêntricas da face da placa?

5) Explique a centragem aproximada: 1) de peças cilíndricas; 2) de peças não cilíndricas.

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I

1) PROCESSO DO GIZ

i

No caso de peça em bruto ou apenas desbastada, a centragem a giz é satisfatória. Procede-se da seguinte maneira (figs. 1 e 2):

I

I 1 t I

a) Monta-se a peça, centra-se aproximadamen- te e aperta-se.

b) Põe-se o tôrno em marcha lenta.

TORNE1198 bAEêÂNICO

Pela centragem procura-se conseguir a rios processos de centragem de peças na placa coincidência de um determinado ponto da de quatro castanhas independentes. Serão a peça com a linha dos centros do torno. Há vá- seguir indicados três dêles.

c) Aproxima-se um pedaço de giz da superfí- cie da peça, próximo às castanhas, segu- fando-o £irmemente numa só posição (fig. 1). As partes salientes ficarão marcadas pelo giz.

d) Desaperta-se a castanha A e aperta-se a cas- tanha B (£ig. 2 - centro 1) de modo que a peça se desloque na direção oposta às marcas de giz. Faz-se nova tentativa e pro- cede-se de modo idêntico até que a peça fique centrada. Quando estiver centrada, o traço de giz aparecerá uniformemente em tôrno da peça. É êste um processo sim-

FOLHA DE INFoRMAcÁO TECNOLÓGICA

NOCOES SOBRE CENTRAGEM DE PEÇAS NA PLA-

CA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES

I

I I I I

Fig. 2

16.7

ples e o menos preciso de todos. Quanto mais curto for o traço de giz, mais descen- trada estará a peça e, portanto, maior o deslocamento necessário para se conseguir a centragem desejada.

Uma vez feita a centragem da peça pró- ximo à placa, deve-se centrar a extremidade da mesma. por meio de golpes de martelo ou macête.

2) PROCESSO DO GRAMINHO

1.O caso - Centro da peça já marcado com punção.

!

a) Passa-se verniz ou giz na face da peça prè- viamente usinada.

I

b) Verifica-se se a centragem já está certa, en- costando a ponta da agulha do graminho na marca do centro e girando lentamente a placa (fig. 3). Se estiver exata a centra- gem, a ponta da agulha permanece na mar- ca do centro durante todo o giro. O gra- minho poderá, também, ser apoiado sobre o barramento ou sobre a face plana de um dos carros do torno.

Fig. 3

c) Se a p e p estiver descentrada ou excêntrica, a ponta da agulha descreverá, durante o giro, uma circunferência nas proximida- des do centro marcado (fig. 4). Quanto mais descentrada a peça maior será essa circunferência (fig. 4 a).

Fig. 4

e) Com tentativas, chega-se à centragem êor- reta e a ponta da agulha do graminho coincidirá então com o centro marcado, durante todo o giro (fig. 4 c).

d) Desapertando as castanhas, desloca-se a pe- ça convenientemente e repete-se a verifi- cação (fig. 4 b).

I MEC - 1565 - 15.000 22: 1

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Este processo de centragem é indicado de preferência para peças curtas.

2 . O caso - Não há marca de centro na face da peça. a) Centra-se aproximadamente a peça. b) Regula-se a ponta da agulha do graminho

na altura da peça, próximo à placa. c) Gira-se lentamente .a placa. Se a peça não

estiver centrada, a ponta da agulha, con- forme a posição da peça durante o giro da placa, se aproxima ou se afasta da perife- ria da mesma.

d) Marca-se a posição em que a peça mais se

TORNEIRO MECÂNICO

afasta da agulha, desaperta-se a castanha dêsse lado e aperta-se a que lhe fica oposta.

e) Repetem-se as fases c e c1 até que a perife- ria da peça, durante o giro da placa, fique sempre à mesma .distância da agulha, o que indica que a pesa está centrada.

f ) Centra-se a extreinidade da peça batendo com o martelo ou com macête.

O processo da centragem com grami- iiho é aceitável, mas não apresenta grande ri- gor. Por êsse motivo deve ser usado quando se trate da centragem de peças ainda sujeitas a outra operação de acabamento.

I

NOÇC>ES SOBRE CENTRAGEM DE PEÇAS NA PLA-

CA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES

3) PROCESSO DO COMPARADOR

O e~nprêgo do comparador tipo relógio permite a centragem mais precisa. Os desvios da peça excêntrica, por mínimos que sejam, são claramente acusados no mostrador.

A figura 5 apresenta o exemplo de uma verificação de centragem pela superfície ex- terna da peça. A figura 6 o de uma verifica- ção pela superfície interna. Fases:

FGLHA DE INFORMASAO TECNOLÓGICA

a) Monta-se o comparador sobre o barramen- to ou sobre a face do carro do torno, em posição conveniente.

6 ) Ajusta-se o apalpador (fig. 5) ou a ponta de coritacto da alavanca (fig. 6) na super. fkie da peça, com pressão tal que o pon- teiro se desloque até uma volta completa.

c) Gira-se o mostrador do comparador, de mo- do a levar o "zero" em coincidência com o ponteiro.

d) Gira-se a placa do torno, a mão, ao mesmo tempo que se observa á oscilação do pon- teiro, a fim de verificar a variação da ex- '

I centricidade.

, 6.8

e) Pára-se o giro, quando o ponteiro acusar o desvio máximo.

f) Desapertam-se e apertam-se as castanhas, v como foi indicado nos casos anteriores e

QUESTIONÁRIO

faz-se nova verificação. O deslocamento corretivo da peça deve ser de metade do maior desvio que se tenha observado. A peça estará centrada quando o poi~teiro, permanecer parado, durante o giro da mesma.

1) Quais as linhas da peça e do torno que ficam em coincidência quando uma peça está corretamente centrada?

2) Como se centra por meio do giz? r

3) Como se faz a centragem usando o graminho?

4) Explique como se verifica a centragem com o comparador.

C I 226 MEC - 1965 - 15.000

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7 -- - - -.

A S FBLHA DE APRESENTAÇXO, TIPOS E N O M E N C W U R A l N F O R ~ ~ ç A o

FRESADOR 3 ' DAS FRESADORAS TECNOLóGICA 1 .I

As fresadoras são máquinas ferramentas Juntamente com o torno mecânico, cons-

1 de vandes recursos e que se destacam pela titui a base indispensável i realização de qua- forma e modo de trabalhar das ferramentas se todos os trabalhos da indústria mecânica (fresas). (fig. 1.) (trabalho de metais).

1. Suporte auxiliar do mandril. 2. Braço de comando. 3. Suporte de mandril. 4. Torpedo. 5. Mandril porta ferramenta. 6. Arvore. A fresa dispõe de arestas cortantes dispos- 7. Aparelho divisor. tas simètricamente ao redor de um eixo e gira

com movimento uniforme arrancando mate- 8. Alavanca para mudança de rotação. ria1 da peça que é impelida contra ela. Daí a 9. Suporte. formação de um cavaco de espessura variável

10. Contraponto. o que reduz, sobremodo o tempo de usinagem. 11. Macaco. As fresas podem ser de corte periférico 12. Alavanca para mudança de avanço. ou frontal, e quanto ao traçado dos dentes 13. Limitadores de curso. podem ser cilíndricas, cônicas e de forma. 14. Mesa. Na fresadora se distinguem dois movi- 15. Comando do movimento transversal. mentos essenciais: 16. Comando do movimento longitudinal. 1. na ferramenta = rotação contínua.

Fig. 1

17. Comando do movimento vertical. 18. Corpo. 19. Alavanca de reversão. 20. Base.

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r -

I F6LHA DE

FRESADOR APRESENTAÇÃO, TIPOS E NOMENCLATURA INFORMAÇAO TECNOLóGICA

1.2 t

I

2. na peça = fixa a uma mesa móvel segundo 3 eixos ortogonais ou dotada de movimento giratório.

Fig. 2

As fresadoras, por suas características de trabalho, .podem ser de vários tipos:

1. fresadora vertical.

2. fresadora vertical semi-automática para furos oblongos.

3. fresadora horizontal.

4. fresadora horizontal semi-automática.

5. fresadora horizontal semi-automática pa- ra furos oblongos.

6. fresadora tipicamente copiadora.

7. fresadora para engrenagens cilíndricas.

8. fresadora pantográfica.

9. fresadora-plaina.

10. fresadora universal.

(Segundo especificações da Indústria Brasileira de .Máquinas-ferramentas)

As fresadoras universais, nas quais bàsi- condições de trabalho tanto nas linhas de pro- camente deverão ser executadas as tarefas pre- dução como nos trabalhos de manutenção, gra- vistas dêste curso, apresentam excepcionais ças à sua. versailidade e alto rendimento.

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d F6LHA DE I FRESADOR APRESENTAÇÃO, TIPOS E NOMENCLATURA INFORMACAO TECNOLóGICA

1.3

I Nas fresadoras universais a fresa pode

ocupar uma posição qualquer no espaço e trabalhar em qualquer ângulo satisfazendo, portanto, a todas exigências do trabalho, realizando inúmeras formas e perfis de peças mediante o emprêgo de fresas adequadas.

É também usada para produção em série e apresenta as seguintes características essen- ciais :

- mesa fixadora da peça, orientável segundo o eixo da fresa;

- dispositivo para fresar um eixo vertical ou oblíquo;

- possibilidade de adaptação à mesa de um aparelho divisor universal para a fresagem de engrenagens cilíndricas ou cônicas de dentes retos ou helicoidais. O divisor per- mite :

- fixar a peça durante toda a operação;

- realizar fresagens equiangulares, em torno de uma peça circular (dentes de engrenagens);

- executar ranhuras helicoidais, ao longo de uma superfície cilíndrica;

- dispositivo para plainar vertical, com mo- vimento alternativo;

- dispositivo para fresar cremalheiras;

- mesas circulares giratórias (platôs girató- rios) a 360°, com divisor para fresagens es- peciais.

A fresaáora universal, automática, têm todos os movimentos (avanços da mesa) auto- máticos.

Fig. 3 Fig. 4

Page 218: 07 - Usinagem

I,'<'. . L - F6LHA DE +. FRESADOR 1.- ? LIMPEZA E CONSEVAÇAO DAS FRESADORAS INFORMAÇÁO 1.4 . TECNOLóGICA

Uma fôlha de papel colocada sob a peça

permite a retenção e retirada do cavaco sem

que se esparrame pela mesa da fresadora. As

vêzes recorre-se a um pedaço de couro ou

oleado, ou a uma caixa de ferro, baixa; adap-

tável à base de alguns acessórios, como a mor-

sa, por exemplo.

Uma tela de arame ou um punhado de

estôpa colocado num ponto conveniente, serve

de filtro para o óleo de corte e retem os

cavacos.

Com pequenos recursos e um pouco de

imaginação facilita-se a limpeza diária com-

pleta da fresadora.

Terminado o período de trábalho diário,

ou após o uso de um acessório ou ferramenta,

habitue-se a limpá-lo e passar uma camada de

óleo viscoso ou graxa nas partes polidas, guias e parafusos etc. Faça-o, porém, com um pano

ou um punhado de estôpa; nunca com os

dedos.

Isto evita a ferrugem, os acidentes e a

desagradável tarefa de remover a grossa ca-

mada de pó que #e agrega à graxa excessiva

colocada nessas partes.

Não use lixa, lima, qualquer objeto ou

droga que arranhem ou desgastem a máquina

ou os acessórios.

Conserve-os limpos e sempre com uma

fina camada de óleo.

Após o uso de uma ferramenta, habitue-

se a examiná-la detidamente e, se necessário,

providencie a sua reafiação imediatamente,

substituindo-a por uma já reafiada ou nova.

É bom costume utilizar-se um armário

onde são guardadas as ferramentas de reserva,

reafiadas ou novas, e da qual se separou uma

parte para as ferramentas que devem ser re-

paradas ou reafiadas.

A êsse armário devem ter acesso sòmente

os responsáveis pela fresadora e pela reafia-

ção das ferramentas.

A reparação ou substituição de parafu-

sos, porcas, pinos, arruelas, molas, etc. que se

estraguem, deve ser feita imediatamente.

Se um acidente mais grave ocorrer, provi-

dencie a reparação, porém, investigue a causa

e corrija o defeito, a fim de evitar sua re-

petição.

Os tirantes que prendem os porta-fresas

costumam gastar-se e terminam por não ofe-

recer a segurança a que são destinados. Veri-

fique-os e substitua-os antes que provoquem

acidentes graves.

Antes de ligar a fresadora, examine os

travadores para que êles não impeçam ou di-

ficultem os movimentos.

Verifique periòdicamente os limitadores

fixos para que as mesas não ultrapassem os

limites estabelecidos e funcionem quando

necessário.

Para a boa conservação da fresadora, o

mais importante talvez seja a lubrificação.

Algumas partes, como as guias, os fusos

e os mancais devem ser lubrificados várias

vêzes durante o dia. Outras partes, basta uma

vez por dia. Há também partes que devem

ser lubrificadas cada semana, mês, semestre

ou ano. Examine cuidadosamente a fresadora

e veja que há conjuntos que devem trabalhar

imersos num banho de óleo. Complete os ní-

veis quando o óleo chegar ao limite mínimo

ou substitua-o completamente quando neces-

sário. Antes de fazer a substituição lave as

caixas com querozene.

Examine as bombas de óleo e providen-

cie a reparação antes que elas deixem de

funcionar.

Page 219: 07 - Usinagem

-

I 5' F6LHA DE

FRESADOR PRINCIPAIS OPERAÇõES DAS FRESADORAS INFORMAÇÁO TECNOL6GICA

1.5

I - .-

V

Fresoqam de perf i6 Fresagem de faces Fresogern de fdrmas

Fresagem com t r e m de fresas

' - + A

27 i

F r e s a g e m

de comes

Frasagem por penetração

Page 220: 07 - Usinagem

F6LHA DE FRESADOR FRESAS - DIREÇÃO DE CORTE INFORMAÇAO 7.6

TECNOL6GICA

As fresas apresentam diferentes e variadas formas. Além de poderem ser cilíndricas, cônicas e de forma, o seu variado perfil possibilita fresagens as mais diferentes o que re- duz consideràvelmente o tempo de usinagem, melhor qualidade e menor custo. Apresen- tamos abaixo, alguns tipos de fresas mais utilizadas no trabalho com fresadoras.

I

Fig. 1 Fkg. 2 Montando-se o cabeçote vertical nas fresadoras é possível a fresagem de superfícies

planas horizontais, verticais, inclinadas e perfiladas como apresentam as figuras 3, 4, 5 e 6.

- " o -

~ u a n d o numa determinada peça existirem diversas formas de perfis, pode-se coiiibinar várias fresas que atendam às suas características e teremos aí os chamados "trens de fresas" (fig. 7). Tal recurso possibilita um ótimo rendimento de trabalho bem como fácil usina- gem da peça.

O processo de corte nas fresadoras universais consiste, bàsicamente, de 2 movimentos essenciais: um de rotação contínua da ferramenta e outro da peça fixa a uma mesa móvel segundo 3 e'ixos ortogonais ou dotada de movimento giratório.

A direção da fresagem normal é aquela em que a peça e fresa se movimentam em sen- tido contrário (fig. 8).

Em condições especiais, no caso de material de baixa resistência ao corte (alumínio, zamak, plásticos e ligas de antimônio), em fresagem de acabamento, pode-se fresar com a ferramenta e o material deslocando-se no mesmo sentido (fig. 9). Este processo permite excelentes condições de acabamento e menor consumo de energia, porém sòmente deve ser utilizado para trabqlhos de acabamento naqueles materiais.

Page 221: 07 - Usinagem

a = direção do avanço da peça F = smt ido de rotação da fresa

avanço = a deslocação d o eixo da fresa = d' avanço = a' deslocação d o eixo da fresa = d

a =avanço da ferramenta e m m l m i n . a =avanço por dente L = profundidade do passo â = ângulo de folga b = ângulo de saida

L = profundidade de corte E = espessura da fresa V = velocidade de corte e m m l m i n .

ÂNCULOS ,DE CORTE DAS FRESAS

MATERIAL A USINAR ÂNGULOADE ÂNGULO DE

SAfDA b SAfDA A

Aço R = 40 - 45 kg/m2 18O 7O - 8'

Aço R = 50 - 60 kg/m2 15' - 16' 7O

Aço R = 65 - 75 kg/m2 1 0° 6O

Aço R = 80 - 95 kg/m2 8O 5O

Ferro fundido 1 0° 6O

Ligas de alta resistência 15O 7O - 8O

Alumínio e ligas de baixa resistência 23O - 28' 8O - 10°

Page 222: 07 - Usinagem

VELOCIDADE DE CORTE FBLHA DE FRESADOR (Definição) I N FORMACA0

TECNOL6GICA 1.8

i. DEFINIGAO sendo, a velocidade de corte é maior para a superfície plana.

Velocidade de corte é o comprimento do material que a ferramenta pode cortar num certo tempo e dentro de boas condições eco- d) Tipo da fresa: nômicas e produtivas.

Entre uma fresa de lâminas postiças e É indicada em metros por minutos . . . uma fresa cilíndrica, para usinar uma super-

(m/min), Por segundo (m/seg.), pés fície plana, verificaremos que tendo a primei- Por minutos (péslmin) Ou pés Por segundo ra as lâminas mais espaçadas e menor contato (~és/seg). com a peça, recebe menos calor e tem mais

A velocidade de corte (VC) varia em tempo para Se resfriar do que a freSa cilín-

função de diversos fatores, entre os quais os drica.

seguintes: A velocidade de corte é mais alta para a fresa de lâminas postiças do que para a fresa maciça.

a) Material da Feça:

Aumentando a dureza ou a resistência e) Das condiçoes d e fhaçZo da peça e

à tração do material da peça, diminue a ve- da frõsa:

locidade de corte (VC), e vice-versa. Peças delgadas ou irregulares que não O alumínio é macio e tem pouca resis- oferecem boas condições de segurança ou fer- I tência a tração: velocidade de corte (VC) alta. ramentas que pela construçáo apresentam di-

Os aços em geral são duros e tem altas resis- ficuldades de prêsa, têm velocidade de corte I tências: velocidade de corte (VC) baixa. reduzida.

b) Do material da fmrarncl.nta (frosa) f) RefrigeraçGo:

O trabalho de corte de materiais, produz As fresas são feitas de aço carbono ou calor. Os cortes intermitentes permitem um

aço rápido ou, ainda, de aços especiais e cal- resfriamento automático das ferramentas. As

çadas com metal duro. ferramentas maiores do que a superfície de

Os aços rápidos resistem mais ao calor trabalho têm um corte intermitente. do que os aços carbonos e menos do que os Há casos, porém, que as ferramentas de. metais duros. vem ser resfriadas com ar ou líquido.

As velocidades de corte são mais altas O tipo, a qualidade e a quantidade do

para os metais duros (Carbonetos); mais bai- refrigerante influem e alteram a velocidade

xas para os aços carbonos e médias para os do corte.

aços rápidos.

g) As aondiçúes da mdquina:

c) Tipo do fresado: As máquinas rígidas, sólidas e bem ajus- tadas, dão melhores resultados do que as má-

EXEMPLO: quinas em mau estado de conservação. A ve- Uma superfície plana é mais fácil de ser locidade de corte é mais alta para as pri-

usinada do que uma ranhura em "T". Assim meiras.

30

Page 223: 07 - Usinagem

- - - -

I VELOCIDADE DO CORTE FBLHA DE FRESADOR Determinação de VC, cálculo e fórmula INFORMAÇAO

simplificada de rpm TECNOLóGICA

2. DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE CORTE

Para a determinação da velocidade de corte é necessário conhecer-se alguns elementos: diâmetro da fresa (D) e rotações por minuto (rprn). Calcula-se a VC multiplicando-se o diâmetro da fresa (D) por ,r (3,14) a fim de obter o perímetro da circunferência; o resul- tado é multiplicado pelo número de vêzes que essa circunferência gira em um minu- to (rprn). Assim temos a fórmula:

Exemplo:

Uma fresa de 51 mm de diâmetro usinando a 75 rprn qual será sua VC?

As velocidades de corte são indicadas em tabelas prèviamente preparadas. Assim, torna-se necessário calcular a rpm, a fim de manter a velocidade de corte (VC) indicada.

3. CALCULO DE RPM (DEDUÇAO)

Para o cálculo de rprn deduz-se da fórmula conhecida de VC. Se V C = D X n X r p m

deduzindo temos:

Exemplo :

Do exercício anterior temos:

VC = 12.010,5 mm/min

D = 5 1 m m

,r = 3,114

12.010,5 12.010,5 rprn = -

51 X 3,14 - 160,14 = 75.

EXERCÍCTO:

Calcular o número de rpm a ser dada numa fresa de 32 mm de diâmetro, quando a velocidade de corte indicada é de 25 m/min.

A solução será:

VC - 25 m/min -- 25 X 1.000 - rprn = - - = 249. D X n 32mmX3,14 32X3,14

4, CALCULO DE RPM (FõRMULA SIMPLIFICADA)

Ao executar o cálculo de rprn foi necessário efetuar as seguintes operações: 1.O) É preciso transformar m/min a mm/min, para que as unidades sejam as mesmas no

numerador e no denominador da fração; 2.O) É preciso multiplicar um número inteiro por um fracionário, constante, que é 3,14; 3.O) É preciso dividir um número inteiro por um número fracionário; 4.O) Pode acontecer que a divisão seja de um número fracionário decimal por um nú-

mero fracionário decimal.

Page 224: 07 - Usinagem

1 - Para uma fresa de 75 mm de diâmetro, cuja velocidade de corte indicada é de 130 m/min, calcular as rprn (usar fórmula simplificada).

VELOCIDADE DO CORTE FRESADOR Determinação de VC, cálculo e fórmula

simplificada de rpm

rprn = 47,7

I

Isto porque:

1.O - nas máquinas operatrizes, a velocidade é SEMPRE DADA EM METROS POR MINUTO; 2.O - os desenhos técnicos têm sempre suas cotas em mm e, portanto, as leituras das

medidas nas peças são sempre feitas em mm; 3.O - é uma constante diuisora.

Pode-se simplificar essa fórmula. Façamos, por exemplo:

VC rprn = -

D X n , perfeitamente igual à anterior.

Estude agora a igualdade:

VC - VC 1 rpm =-- - 5 5 - 5 1 X - como se fosse: - ----

D X n D ?r 6 - 3 x 2 3 ' 2

1 Sabe-se que n é constante e que, portanto, - também é constante. Pode-se, pois, efe-

?r !

tuar a operação 1 + r, achando-se: 0,3 18: A fórmula anterior ficaria assim escrita:

"7 v .. VC

rprn = - D X 0,318

A qual pode ser simplificada, lembrando que a velocidade é sempre.dada em m/min e que os diâmetros são sempre dados em mm. As unidades são diferentes. Pode-se, porém, reduzí-las à mesma unidade, (transformar tudo a mm) e para isto basta multiplicar VC por 1000, pois o metro tem 1 000 mm:

I rprn = VC X 1 O00

D - X 0,318, que pode ser assim expressa:

VC rprn = -

D X 1 O00 X 0,318.

Efetuando a operação 1 000 X 0,3 18 tem-se 3 18, simplesmente, ficando a fórmula VC

rprn = - D X T

simplif icada para:

rpm = - X 318 D

EXERCÍCIC -

1) Calcule e confira rprn nos seguintes casos:

1.1 VC= l lm/min D = 55mm - 63,6 1.2 VC= 160m/min D = 20 mm - 2544 1.3 VC = 250 m/min D = 120 mm - 662,5

2) Determinar a VC e calcular rprn sabendo: Alisar ferro fundido com fresa de lâminas postiças de 150 mm de diâmetro. VC = 20 - 25 = 22,5 m/min

3) Determinar a velocidade de corte, consultando a tabela, nos seguintes casos: 3.1 Desbastar aço 70 kg/mm2, sendo: pr = 2 mm e fresa de haste. 3 . 2 Alisar aço até 75 kg/mm2, sendo pr = 0,5 mm e fresa de disco. 3.3 Alisar alumínio com fresa cilíndrica, sendo pr = 1 mm e a = 100 - 150. 3.4 Desbastar aço beneficiado até 75 kg/mm2 com fresa de disco, sendo a = 25 - 35

e pr = 6 mm.

_I

32

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

1-10

Page 225: 07 - Usinagem

I I VELOCIDADE DE CORTE E FBLHA DE AVANÇO PARA FRESAGEM. INFORMAÇAO 1 .11

(TABELA) TECNOL~GICA

"v'' e "a" para as ferramentas de aço carbono diminuindo com 30 % VC - velocidade de corte em m/min.

a - avanço em min/min. pr - profundidade de corte em rnm.

-

FRESAS CILíXDRICXS XLIS,\R DESILUTAR (largura até 100 mm) pr até 1 mm pr até 5 mm pr até 8 mm

VC a VC a VC a

Aço até 100 kg/mm2 10-14 35-45 10-12 45-70 8-10 25-35 Aço até 75 kg/mm2 14-18 45-70 12-14 70-100 10-12 40-60 Aço até 70 kg/mm2 18-22 60-90 16-18 . 90-150 12-14 60-80 Ferro fundido 14-18 70-1 O0 12-14 100-170 10-12 70-100 Metais leves 200-300 100-150 150-250 150-300 150-200 90-150 Latão 40-60 100-160 30-40 160-220 30-40 100-150

TRTS.\S COM I-T'ISTTS (largura até GO mm)

Aço até 100 kg/mm2 16-18 45-55 12-14 15-25 12-14 10-15 Aço até 75 kg/mm2 18-20 55-16 14-16 25-40 14-16 15-25 Aço até 70 kg/mm2 20-24 75-100 16-18 35-55 16-18 20-30 Ferro fundido 18-20 80-1 10 14-16 40-75 14-16 30-40 Metais leves 150-180 70-100 140-180 50-90 140-1 80 30-50 Latão 50-60 100-140 30-40 60-100 30-40 40-60

FRES !S C,ILíSDRTC.iS COA1 CC)I171-I- FIlOS-1-1

(largura até 100 mm)

Aço até 100 kg/mm2 12-40 30-40 10-12 45-60 8-10 23-35 Aço até 75 kg/mm2 16-18 40-60 12-14 70-90 10-12 35-55 Aço até 70 kg/mm2 20-22 60-80 16-18 90-130 12-14 55-75 Ferro fundido 16-18 70-90 12-14 100- 150 10-12 60-80 Metais leves 200-300 90-140 150-250 140-280 150-250 80-140 Latão 40-60 90-150 30-40 150-250 30-40 90-140

-%,y?yr;?J, Q.iz'c, r . . . . . . . -5 , .. *+:,--r . .. b , 2 3 ? .-; * f i

:;\&;*.-;$$5. (largura até 200 mm) i ::>T&i.:: :-&A $2: -. . Aço até 100 kg/mm2 15-20 20-35 12-15 35-50 10-12 15-25 Aço até 75 kg/mm2 20-25 30-60 16-18 60-75 12-15 30-40 Aço até 70 kg/mm2 25-30 40-70 20-25 70-100 15-20 35-50 Ferro fundido 20-25 40-80 18-22 90- 120 12-18 45-60 Metais leves 200-400 80-150 200-300 150-300 200-300 70-150 Latão 50-80 90-150 40-60 180-220 40-60 90-120

FRT-SA - DISCOS (largura até 20 mm)

Aço até 100 kg/mm2 10-14 10-20 10-12 40-60 8-10 20-30 Aço até 75 kg/mm2 14-1 8 15-25 12-14 70-90 10-18 30-50 Aço até 70 kg/mm2 18-22 20-45 16-18 90-120 12-14 40-70 Ferro fundido 14-18 25-50 12-14 100-150 10-12 50-90 Metais leves 200-300 60-120 150-250 150-300 150-200 80-150 Latão 40-60 40-75 30-40 140-200 30-40 70-120

RCU (largura até' 3 mm)

Aço até 100 kg/mm2 25-30 30-40 20-25 20-30 15-20 10-15 Aço até 75 kg/mm2 35-40 45-60 30-35 35-50 25-30 20-25 Aço até 70 kg/mm2 45-50 60-75 40-45 45-60 35-40 25-30 Ferro fundido 30-40 60-80 30-35 45-60 20-30 25-30 Metais leves 300-400 200-400 300-350 150-200 200-300 80-140 Latão 30-40 90-150 40-60 150-220 40-60 70-130

3

Page 226: 07 - Usinagem

FRESADOR

Para furar ou Eresar uma peça na fre- Um dos acessórios mais empregados sadora, torna-se necessário fixá-la em posição para a fixação de peças na fresadora é a morsa. bem determinada e de maneira estável, firme.

MOMA DE MAQUINA

Na forma, a morsa de máquina (fig. 1) se apresenta diferente da morsa de bancada.

O princípio de funcionamento é, en- tretanto, o mesmo. Sôbre uma base fixa, £a- zendo corpo com a mandíbula fixa, se desloca a mandíbula móvel, por meio de um parafuso de rôsca quadrada, em geral.

A porca dêste parafuso se acha no outro bloco da bse, que fica oposto à mandíbula fixa. A mandíbula móvel é guiada no seu des- locamento. Possui um ressalto em sua parte inferior, que se encaixa em um rasgo da base.

Por meio de orelhas com rasgos e para- Fig. 1

fusos com porcas, faz-se a fixação da morsa na mesa da máquina. Tôdas as máquinas- ferramentas possuem mesa de ferro fundido com ranhuras de seção em "T" (fig. 2). Nestas ranhuras são introduzidas as cabeças quadra- das dos parafusos de fixação.. Em tais condi- ções, pode a morsa ser deslocada sôbre a mesa, pelo desapêrto das porcas. Localizando-a cui- dadosamente no ponto desejado, é aí firmada pelo apêrto das porcas.

Fig. 2 FIXAGXO ESPECIAL

Por vêzes, não se pode ou não convém usar a morsa. Prende-se então a peça direta- mente na mesa da máquina. Para isso, usam-se dispositivos variados, compreendendo calços, placas com ranhuras, parafusos e porcas, blo- cos em degraus, blocos em "V", etc. (Fig. 2a)

FIXAÇÃO NO PLATO GIRATORIO

As operações de fresagem circular con- sistem em obter, por meio de uma fresadora, superfície de revolução cilíndrica, cônicas ou mesmo com perfis quaisquer. Rste tipo de trabalho é realizado no platô giratório que consiste num dispositivo de base giratória Fig. 3 (parafuso sem-fim e engrenagem) no qual e x i ~ e uma graduação de O0 a 360°.

Para as operações de regulagem e de trabalho, o platô pode ser manobrado manual- mente por meio de um volante ou manivela.

A montagem eventual de um tambor graduado sobre o eixo do parafuso sem-fim, permite controlar um ângulo de rotação com aproximação de 1 ' (um minuto). Fig. 3. Fig. 20

34

FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FRESADORA FBLHA DE

1NFORMAÇAO TECNOLWICA

1.12

Page 227: 07 - Usinagem

FBLHA DE FRESADOR FIXAÇÁO DE PEÇAS NA FRESADORA TECNOL~GICA INFORMAÇÁO 1.1 3

u Com a face e m "V" para frente. Com a face plana para frente.

Fig. 4 - Morsa de rr~andibula reversiuel.

Fig. 5 - Morsa reforçada para trabalhos pesados:

O deslocamento da mandíbula móvel, nos casos das morsas das figuras 4 e 5, se faz por meio de uma chave que se encaixa na es- piga de seção quadrada do parafuso.

Fig. 6 - Morsa universal.

A morsa universal, do tipo apresentado na figura 6, permite a fixação da peça em posições inclinadas. Para isso, possui um corpo basculante em torno de um eixo e duas hastes articuladoras, com borboletas, para fixar a peça na posição desejada.

O calço regulável de apêrto (fig. 7) é usado, de preferência, na fixação de peças muito grandes que não cabem entre as man- díbulas de morsas comuns. A peça é apertada entre a mandíbula móvel e um encosto mon- tado na mesa da máquina. Podem ser utiliza- dos também dois calços dêste tipo, fixados à mesa.

Fig. 7 - Calço regulável de apêrto.

Page 228: 07 - Usinagem

I FBLHA DE I - 7 r FRESADOR FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FRESADORA INFORMAÇAO 1 14

TECNOL6GiCA

6

Placa Universal , Fig. 8

Mandril poro Fresa

Porofuso de fixofÓo da fresa

Fig. 10

\ calco poroleio

Fig. I 1

Chapas e parafusos de aperto, reguláveis ou simples (figs. 12, 13, 14, 1.5 e 16).

Bloco Hexagonal P

,Colco opoiodor Calco de opêrto

7 I

Fig. 12

Fixasão na mesa

FC( - Corte - ln R

I

Parafusos R

Fig. 13

Enc6sto fixo

Encosto regulável

Fig. 14 Fig. 15 Fig. 16

1

Page 229: 07 - Usinagem

Fig. 18 t

Adição de u m cilindro inverte o sen- tido de torção da mandibula mdvel.

FBLHA DE FRESADOR .* a FIXAÇAO DE PEÇAS NA FRESADORA INFORMAÇAO 1.15 TECNOL~GICA

>

f

-. .-.

Fig. 17 t

I - Peça 4 - Calços retificados 2 - Mandibula fixa 5 - Eixo do parafuso 3 - Mandibula mdvel 6 - Cilindro de aço

A mandibula mdvel tende a levantar a peça; obriga- nos ao uso de macête de cobre para assentar a peça.

I - Peça 2 - Chapa de fixação 3 - Calço escalo7zado

Fig. 20

37

4 - Macaco 5 - Calço retificado 6 - Pnrafzlsos

Fig. 19

Page 230: 07 - Usinagem

Outros tipos de esquadros comuns são os de base larga, mostrados nas figs. 3 e 4. Suas bases oferecem amplo e estável apoio.

Fig. 4

ESQUADRO FBLHA DE

INFORMAÇAO 1.1 6 TECNOLóGICA

h

Fig. 3

Por êsse motivo, prestam-se bem para desempenos de precisão (fig. 5) ou das mesas verificações de perpendicularidade sobre su- das máquinas-ferramentas. perfícies, tais como as das mesas de traçar, dos

ESQUADRO DE FIOS RETIFZCADOS

Apresenta faces e bordas acabadas 4

com extremo cuidado e precisão (fig. 6). Depois de receberem têmpera, são retifi- cada.. A lâmina, em geral, é biselada, para facilitar a verifica~ão do contato. O vértice do ângulo reto interno é acabado por um arco de circunferência de pe- queno diâmetro, o que facilita a perfeita adaptação de peças com arestas vivas. A verificação do contato (fig. 7) deve ser feita contra a luz, conforme foi explica- Fig. 7 do acima. É usado em verificações de precisão.

CONSERVAÇÃO

Tratando-se de instrumento de preci- 3) O esquadro deve ser mantido limpo e lu- são, o esquadro deve ser usado, guardado e brificado, sobretudo depois do uso. conservado com todo o cuidado.

4) A exatidão do ângulo de 90° deve ser ve- 1) Evite que o esquadro sofra choques ou rificada, de vez em vez, em comparação

quedas. ' com um ângulo reto padrão, ou por outro

2) Não deixe o esquadro em contato com as processo adequado.

ferramentas usuais do mecânico.

--

Fig. 6

Fig. 5

Page 231: 07 - Usinagem

FBLHA DE FRESADOR OS m É I S GRADUADOS DA FRESADORA INFORMAÇÃO 1.20

TECNOLóGICA

Para remover certa espessura de mate- produzir o avanço, permita o exato e cuida- rial, ou seja, "dar um passe", o fresador ne- doso controle dêste avanço. cessita fazer avançar a peça eontra a ferra- O controle dos avanços, em qualquer dos menta, na medida determinada. A fim de que movimentos, se faz por meio de graduações o trabalho se execute de modo preciso, a me- circulares ou anéis cilíndricos solidários com dida da espessura a remover deve ser fixada os eixos dos parafusos de movimento, e junto e garantida por um mecanismo que, além de aos volantes ou às manivelas.

Os anéis graduados, também chamados colares micrométricos, são os dispositivos cir- culares, que determinam e controlam as me- didas de que devem avançar os carros mesmo que os avanços tenham de ser muito pequenos.

Sobretudo nos trabalhos de acabamento ou de abertura de dentes (nos quais são neces- sários pequenos passes de espessuras precisa) o emprêgo do anel graduado evita dificul- dade ou erros. O fresadar pode garantir um determinado avanço da ferramenta, girando o anel graduado de um certo número de divi-

Nas tarefas de fresa, principalmente na execução de abertura de dentes, os anéis gra- duados podem servir às seguintes finalidades:

1) Graduar a penetração da ferramenta, na operaqão de fresar dentes de engrenagem.

2) Dar a penetração à ferramenta, para uma determinada medida.

3) Permitir um ponto de referência para acertar novamente a posição de uma ferra- menta que tenha sido deslocada durante a

sões, a partir de uma referência fixa. operação.

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE DE CORTE EM VALORES M~TRICOS

Para explicar como se controla a pene- tração, admitamos que o parafuso do carro tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a figura 1.

Nestas condiçóes, uma volta completa do anel graduado fará 'com que a porca, e por- tanto a ferramenta montada no carro, avance de 4 mm.

Se for feito o deslocamento de apenas uma divisão do anel, o avanço a ou penetra- ção da ferramenta terá a medida:

Fig. 1

Page 232: 07 - Usinagem

APLICAÇ~ES : 2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e um anel de 60 divisões iguais, qual o avanço

1) No anel da fig- 1, qual 0 ~ ~ ú m e r o de a da feramenta que corresponderá a 1 divi- divisões a deslocar para se ter uma profundi- são? dade de corte na ferramenta de a' = 0,25 mm?

Resposta: n = 0,25 t 0,05 = 5 divisões.

6 mm 1 rnm Resposta a = - - = 0,l mm.

60 1 O

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADES EM FRA(sãES DECIMAIS DA POLEGADA

-

Uma volta completa do anel graduado

FRESADOR

0 parafuso tem 8 fios por polegada e 0 dará o avanço de 1/8" ?i ferramenta. Portan-

anel graduado apresenta 125 divisões iguais. to, o deslocamento de apenas 11125 do anel Calciilar o avanço correspondente a 1 divisão determinará o avanqo ou a profundidade de do anel. corte a: • -

FBLHA DE OS ANÉIS GRADUADOS DA FRESADORA INFORMACÁO 1-21

TECNOLÓGICA

- - --- . -- -A-- . - a"- - t . ;; ; . L* ,.-,,;-r+ , ) > i . . A L C 1'' $'.,:;,$$&&.$ l'f 1 1" 1 a=- L . 125=-X-- - = 0,001".

8 * Q 1 1 8 x 1 2 5 1 .o00

R

APLICAÇ~ES : 2) Com um parafuso de 4 fios por pole-

1

gada e um anel de 125 divisões, calcular a 1) Com o anel e o parafuso do exemplo anterior, calcular qual o número de divisões profundidade de corte correspondente a 1

a deslocar para se ter uma profundidade de divisão.

corte de a' = 0,015". RESPOSTA:

n = 0,015" t 0,001" = 15 divisões.

Page 233: 07 - Usinagem

1 - montagem comum 2 - montagem para desprender o cone

t - haste a - arruela e - porca, passo a esquerda

3 - haste em 3 partes t - haste e1 - porca com contrapino e2 - porca intermediária

1 - luva intermediária a - cône tipo americano b - cone Morse

2 - luva intermediária a - cone Morse b - cône Brown & Sharp t - haste de fixação f - fresa d - luva e - porca extratora

FGLHA DE

FRESADOR MONTAGEM DAS FRESAS I N FORMACAO TECNOLÓGICA

2.1

a e b - suportes cilíndricos retificados c - rolamentos COiil rolos cônicos d - porca rasgada e - parafuso de fixação da porca 'f - face dianteira g - ranhuras

m - arrastadores j - furação axial k - parte interna cônica para centragem

(superfícies retif icadas)

I

Page 234: 07 - Usinagem

1 - mandril cone Morse para fresa com furo roscado

2 - mandril cone Morse para fresa com furo liso

3 - mandril pinça para fresas com haste ci- líndrica a - corpo do mandril (cone tipo ame-

ricano b - p i n ~ a rasgada

a - suporte cilíndrico b - luva-guia c - anéis dentro do suporte d - porca e - anéis de distância f - fresa para ranhurar "3 cortes" g - ranhura para chavêta

1 - fresa com lâminas independentes, mon- tada no nariz do eixo a - nariz do eixo b - centragem c - arrastadores d - parafuso de fixa550

2 - fresa-serra para cortar sobre o eixo a - fresa b - eixo c - anéis de distância d - flanges

FRESADOR MONTAGEM DAS FRESAS FÔLHA DE_

INFORMACAO TECNOLÓGICA 2.2

Page 235: 07 - Usinagem

FBLHA DE VERIFICAÇAO DAS SUPERFÍCIES DE ASSENTO INFORMACIO FRESADt E DA POSIÇAO DA MORSA DA FRESADORA TECNOL~GICA 3.6

Para se fresar uma peça com rigor ou precisão, deve-se antes do seu assentamento proceder a certas verificações na morsa.

Com isso se evita que cavacos ou sujeira entre a morsa e a mesa, ou entre a Inorsa e a peça, ou ainda amassamentos, rebarbas ou arranhões, venham a ser causa de sensíveis erros, capazes até de inutilizarem a peça.

As verificações ou os testes a fazer na morsa são:

1) planeza e paralelismo da superfície de assento para a peça (fundo da morsa);

2) planeza e esquadro da face interna da mandíbula fixa;

3) perpendicularismo da face da mandí- bula fixa com relação ao mandril;

i - V~~R~FICAÇAO DE PLANEZA 1 PARAX'ELISMO DO FUNDO DA MORSA (fig. 1)

I ' Colocam-se, no fundo da morsa, dois cal- ços paralelos de precisão, iguais ou maiores do que a largura do fundo, e dispostos trans- versalmente. Monta-se um comparador no mandril da fresadora, por meio de uma haste cilíndrica. Põe-se o apalpador do comparador em contato, sob ligeira pressão, com a face superior do paralelo. Move-se a mesa da fre- sadora, a mão, para a frente e para trás, obser- vando-se atentamente o ponteiro do compa- rador.

Fig. I

Se a morsa estiver correta, o ponteiro não acusará desvio. Procede-se idênticamente com o apalpador sobre o outro paralelo.

2 - VERIFICAÇAO DO PBRALELISMO DA FACE DA MANDfBULA FIXA COM A DIREÇÃO R 0 CQRTE (fig. 2)

Coloca-se o comparador no mandril de modo que o apalpador toque a face interna da mandíbula fixa, sob ligeira pressão. Move- se a mesa, a mão, de um extremo a outro da mandíbula, observando-se o ponteiro. Se êste não apresentar desvios, a direção do corte é paralela à face interna da mandíbula fixa da morsa.

Fig. 2

Page 236: 07 - Usinagem

3 - VERIFICASAO DO PERPENDICULARISMO DA FACE DA MANDÍBULA FIXA COM A DIREÇÃO DO CORTE (fig. 3)

FRESADOR

Da posição anterior (fig. 2) g' ira-se a morsa a 90° para a posição indicada na fig. 3 e coloca-se novamente o apalpador, sob leve pressão, em contato com a face interna da mandíbula fixa. Move-se a mesa, a mão, para um lado e outro, e observa-se o ponteiro do comparador. Caso não se registrem desvios do ponteiro, a direção do corte é perpendi- cular h face interna da mandibula fixa da morsa.

mondril I

VERIFICAÇAO DAS SUPERF~CIES DE ASSENTO E DA POSIÇAO DA MORSA DA FRESADORA

Fig. 3

FBLHA DE INFORMAFIO TECNOLóG,CA

CUIDADOS A TOMAR ANTES DOS TESTES

Limpeza rigorosa do fundo da morsa, das faces internas das mandíbulas e dos aces- sórios (calços e esquadro).

PROVIDIÊNCIAS PARA ELIMINAR AS INCORREÇõES I 1.O CASO) FUNDO DA MORSA -

Colocip?io de calços de papel entre a mesa e a morsa, seguida de novos testes até que o mostrador do comparador dê uma s6 leitura durante todo o deslocamento da mesa.

2.O CASO) FACE INTERNA DA MANDfBULA - Uso de calços até que a face interna da mandíbula fique em esqua- dro. Verifica-se isso por meio de novos testes, observando o ponteiro no mostrador.

3 . O e 4.O CASOS) PARALELISMO E PERPENDICULARISMO DA FACE DA MANDÍBULA EM RELAGÃO A DIRE- ÇÃO DO CORTE - Afrouxa-se a fixação da morsa na base, bate-se de leve com o ma- cête e fazem-se novos testes até que não se verifiquem mais desvios do ponteiro no mos- trador. Por fim, aperta-se em definitivo a fixação da morsa.

Page 237: 07 - Usinagem

-- - 2 2 d

(1) tang oc = - - A 30 30

(3) d = tang cc 30 (4) d = 30 X 0,41421 = 12,426 mm.

2.O Caso. Tendo-se o cilindro, determinar x do triângulo equilátero abaixo

FBLHA DE

FRESADOR MEDIÇÕES ESPECIAIS INFORMAÇÁO TEcNOLÓGICA

3.1 I

1.O Caso: determinar o diâmetro do cilindro

(1) cc = 30

OD (2) OB =

sen = = Y

Cálculo de v

L OD R 14 P.: ;

-- - 28 min AB = AC 2 20

Y = -- - 34, 662 mm sen cc sen = 0,5 tang = tang oc 0,577

Cálculo de x

x = y + R - AB = 28 + 14 - 34,662 = 42 - 34,662 = 7,338 mm.

1

AC (3) tang = = -

AB

(4) AB = AC

tang =

Cálculo de AB

Page 238: 07 - Usinagem

I I FoLHA DE_ 2 : FRESADOR ; NOÇGES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO

TECNOL6GICA

1.1 - Ângulos complementares, são dois ângulos que somados dão 90°. 11.1 - COMPLEMENTO de um ângulo, é o ângulo que falta ao outro para com-

pletar 90°. 11.2 - EXEMPLOS:

No exemplo 1, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 45O e mede:

No exemplo 2, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 32O 30' e me-

de: 90° - 32O 30' = 89O 60' - 32O 30' = 57O 30'.

No exemplo 3, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 27O 35' 45" e mede:

1.2 - ÂNGULOS INTERNOS DE UM TRIÂNGULO: - a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°. No triângulo retângulo, como um ângulo é reto (90°), os outros dois juntos valem 90° e um é COMPLEMENTO do outro. Assim, conhecendo-se o valor de um dos ângulos, pode-se calcular o outro subtrain- do-se de 90° o valor do ângulo conhecido. Observe a figura abaixo:

O ângulo B (30°) tem como COMPLEMENTO O ângulo C (60°) Porque :

O ângulo C (60°) tem como COMPLEMENTO O ângulo B (30°) Porque:

90° - 60' 30°

Page 239: 07 - Usinagem

1.3 - DETERhfINAGÃO DOS LADOS DE UM TRIÂNGC'LO RETANWLO:

FBLHA DE FRESADOR 5 - .

NOÇõES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO TECNOLóGiCA

Conhecendo-se dois lados de um triângulo retângulo, pode-se determinar o outro com o auxílio do teorema de pitágoras.

5.4

13.1 - Lembre-se que o enunciado do TEOREMA DE PITAGORAS é o se- guinte:

"O QUADRADO DA HIPO'SENUSA É IGUAL A SOMA DOS QUA- DRADOS DOS CATETOS*,

Por exemplo, se um triângulo tem seus catetos medindo, respectivamente, 3 cm e 4 cm, a hipotenusa medirá 5 cm, pois:

h2 = 32 + 42 .

Bcm

1.4 - DETERMINAçAO DOS ÂNCTULOS DE UM TRIÃNGULO RETARGVLO: Conhecendo-se dois lados de um triângulo retângulo pode-se também, encontrar os outros dois ângulos internos aplicando-se conhecimentos de trigonometria, que pas- saremos a estudar:

1.5 - DENOMINAÇÃO DOS LADOS DE UM TRIÂNPULO RETANGULO:

No triângulo retângulo abaixo, em rela~áo ao ângulo B, s5o êstes os nomes dados aos ládos: . '

Os nomes dos lados podem ser memorizados facilmente, pois:

HIPOTENUSA: é o lado maior:

OPOSTO: é o lado que se opõe ao ângulo que foi considerado;

ADJACENTE: é o lado que se une com a hipotenusa para formar o ângulo con- siderado.

É PRECISO LEMBRAR QUE OS LADOS; OPOSTO E ADJACENTE, VARIAM DE ACORDO COM

os ÂNGULOS QUE FOREM CONSIDERADOS. ASSIM, COMPARE-OS NOMES DOS LADOS DOS

TRIÂNGULOS 1 E 2.

68

Page 240: 07 - Usinagem

Adjacente

FBLHA Dlj

FRESADOR NOÇõES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO TECNOLóGICA

5.5

Oposto

' A HIPOTENUSA é sempre o lado maior

O LADO OPOSTO se opõe ao ângulo B É FACIL no triângulo 1 ao ângulo C, no

RECONHECER 1 triângulo 2. QUE: O LADO ADJACENTE liga-se à hipote-

nusa para formar o ângulo B ou o ângulo C.

2. - RELACõES NQ TRIÂNCULO RETÂNGULO OU FUNGõES TRIGONOMÉTRICAS

2.1 - Observe os três triângulos retângulos superpostos: BAC, BDE e BFG, fazendo o seu estudo em relação ao ângulo B.

DIVIDINDO-SE: :

/

FG (oposto) por BG (hipotenusa)

30 -- 6 O - 0,5

DE (oposto) por BE (hipotenusa)

45 -- 90

- 0,5

AC (oposto) por BC (hipotenusa)

70 -- 140 - 035 .

VERIFICA-SE QUE O RESULTADO FOI SEMPRE O MESMO E QUE HOUVE UMA R-ELAÇÃO CONSTANTE.

69

Page 241: 07 - Usinagem

FRESADOR I NOÇBES DE TRIGONOMETRIA

2.2 - A ESSA RELAÇÃO CONSTANTE (lado oposto dividido pela hipotenusa), DA- SE O NOME DE SENO DO ÂNGULO B.

2 .3 - DIVIDINDO-SE AGORA:

BF (adjacente) por BG (hipotenusa) O RESULTADO SERA I BD (adjacente) por BE (hipotenusa) SEMPRE

AB (adjacente) por BC (hipotenusa) O MESMO

A RSTE RESULTADO, OU A ESSA RELAÇAO CONSTANTE (lado adjacente dividido pela hipotenusa), dá-se o nome de co-SENO DO ÂNGULO B.

2.4 - SE, NUM TERCEIRO CASO, DIVIDIRMOS:

FG (oposto) por BF (adjacente)

a I TER-SE-A O MESMO RESULTADO DE (oposto) por BD (adjacente)

ou UMA RELAÇÃO CONSTANTE. AC (oposto) por AB (adjacente)

A ESTA RELAÇÃO CONSTANTE (lado oposto dividido pelo lado adjacente), DA-SE O NOME DE TANGENTE DO ÂNGULO B.

2.5 - AO CONTRARIO DIVIDINDO-SE:

BF (adjacente) por FG (oposto) O RESULTADO É INVERSO DO

BD (adjacente) por DE (oposto) ANTERIOR, MAS É CONSTANTE.

AB (adjacente) por AC (oposto)

NESTE CASO, A CONSTANTE (lado adjacente dividido pelo lado oposto), RECEBE O NOME DE GO-TANGENTE DO ÂNGULO B.

RESUMINDO-SE, PODE-SE TER O SEGUINTE:

FG - DE - AC - lado oposto ao ângulo B 1.0) ------ BG BE BC hipotenusa = SENO de B

BF - BD AB lado adjacente ao ângulo B 2.0) - - - - - - - BG BE BC hipotenusa = CO-SENO de B

FG DE AC - 3.0) -=-=-- lado oposto ao ângulo B BG BE BC lado adjacente ao ângulo B = TANGENTE de B

BF BD 'AB - 4.0) - = - - - -- lado oposto ao ângulo B = CO-TANGENTE FG DE AC lado adjaCente ao ângulo B de B.

2 . 6 - PROCESSO MNEMBNICO: É: necessário que as relações do SENO, CO-SENO, TANGENTE e CO-TANGENTE, sejam memorizadas.

EXAMINE O TXI-TNCULO NA PAGINA SEGUINTE.

AS SETAS INDICAM QUAL O LADO A SER DIVIDIDO POR OUTRO

PARA SE DETERMINAR A FUNÇÃO QUE CADA UMA DELAS APONTA.

Page 242: 07 - Usinagem

F6LHA DE

FRESADOR N O Ç õ E S D E T R I G O N O M E T m INFORMAÇAO TECNOLóOICA 5.7

oposto I I) hipotenusa = Sen B ' adjacente ') hipotenusa = Cos B

I oposto adjacente

= T g B

adjacente 1 4, oposto = Cotg B .

Observando o triângulo retângulo abaixo, colocar como numerador e denomina- dor, respectivamente as letras minúsculas (a, b e c) que representem as relações trigonométricas de Seno, Co-Seno, Tangente e Co-Tangente. Notar que as relaçõefi variam conforme se considera o ângulo B ou C.

ÂNGULO C ÂNGULO B

Sen C = Sen B =

Cos C = Cos B =

T g C = T g B =

Cotg C = Cotg B =

OBSERVAÇ~ES: Note bem que o triângulo ABC, considerando-se o ângulo B, tem-se: a = = hipotenusa; b = lado oposto; e c = lado adjacente. Considerando-se o ângulb C: n = = hipotenusa; b = lado adjacente; e c = lado oposto.

VERIFIQUE AS RELAÇÓES ENCONTRADAS NO QUADRO ANTERIOR. COM- PARANDO-AS, PODE-SE CHEGAR AS SEGUINTES CONCLUSBES:

1.O) Sen C = Cos B

2.O) Cos C = Sen B

3.O) T g C = Cotg B

4.O) Cotg C = T g B

Page 243: 07 - Usinagem

FBLHA DE IFORMACAO I '.?,+\>

PRESADOR - '#.;'i ; 2: ,:

NOÇõES DE TRIGONOMETRIA Ih TECNOL~GICA I -.u

I 4 - DEDUÇÃO DE

I I Dominados os conhecimentos sobre as funções, pode-se abordar a dedução dos têrmos das f6rmulas organizadas no quadro anterior (item 3) e referentes ao ângulo C.

Para se verificar se a dedução está certa, pode-se atribuir valores fictícios As fórmulas da primeira coluna horizontal, como exemplo. Assim fazendo-se:

Sen C = 0,4

C 3 .O) a = - Sen C

C 1.O) Sen C = -

a 2.O) Sen C X a = c

E substituindo-se as letras pelos seus valores numéricos, ter-se-á:

I I i i . I

72

Page 244: 07 - Usinagem

FBLHA DE I FRESADOR NOÇõES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO

TECNOL6GlCA 5.9

5 - APLICAÇÃO DA DEDUÇÃO DOS TRRMOS DAS FORMULAS

5.1 - Com o triângulo retângulo abaixo, fazer os 12 exercícios diferentes pela ordem, em relação ao ângulo C.

1 c = 4sm ~ ~ ~ ~ - ~ ~ ~ ~ ~ g L . ~ = v ~ Fu4; 7 - . a c = 4 c m - Sen_53°10'=0,8

~ ;*+!+%i~. -. &.

- Z...'

. : . j ::: _ .,. < ,- .. ~ . -:>. ~- ,;?*4;,, ; : 3z:.m*=zF' '-- cm i:--;,: - . . . . . ; ;,....e. i%& . . i -. . .-' ,,.,. :* , :.:+;>

..:, :v:,>< "::',, o 8 ir:d:' :' - a = 5 cm yr!>:-y-::f :,-:i,:? '::::-:;::,! a .= . .. . , .. .-,:;.:~.-7:r:;;r.~.r Sen 53O 10' = , e . > > : .. , :. ,,.:, . ,-,.. :.. 3 <:,;g,n., .i-.i.:L&-; I;i;:. '...I.;,-; ; ,:.x;:$$?-?~; . - . w . .>. * 72.,>.*. ..:;..%+c+., . . . , :<:,..

- : _. . . , .< L.&$ .... . _ , . . .<. ~;.:.:~\~%.3&~c$b;~7? &*y

Sen C = - a = C =

5.2 - Com o triângulo retângulo abaixo, fazer os 12 exercícios diferentes pela ordem, considerando o ângulo B.

Page 245: 07 - Usinagem

NOÇÕES DE TRIGONOMETRLQ

Sen 36O 50' = 0,6

T g 36O 50' = 0,75

6 - C0,NCLUSÕES

Considerando-se o que ficou dito sobre ângulos complementares e relativamente às con- clusões do item 3, pode-se concluir:

6.1 - Sen 30° = Cos 60° =0,5

I 6.2 - Cos 30° = Sen 60° = 0,866 6 .3 - T g 30° = Cotg 60° = 0,5773 6.4 - Cotg 30° = T g 60° = 1,732 6.5 - A FUNÇÃO DE UM ÂNGULO I3 IGUAL A CO-FUNÇÃO DO SEU COM-

PLEMENTO, ISTO 13:

Sen 30° = Cos (90° - 30°) = Cos 60° Sen 45O = Cos (90° - 45O) = Cos 450 Sen '75O = Cos (90° - 75O) = Cos 15O T g 25O = Cotg (90° - 25O) = Cotg 65O

6.6 - COMPLETAR AS IGUALDADES: Sen 30° 20' = Cos Cos 16O 24' = Sen T g 48O 19' = Cotg Cotg 70° 36' = T g

7 - PROBLEMAS DE APLICAÇÃO:

7.1 - Achar o ângulo de conicidade do cone 7.2 - Num tronco de cone, de 100 mm de representado abaixo: comprimento, os diâmetros medem 40,5 mm

e 30 mm. Determinar o ângulo de conicidade

----. m O rt a,

.-.-.

e 80 + 100 -

. O m 8,

74

I,

Page 246: 07 - Usinagem

S E N O GRAUS GRAUS

O' 10" 20' 30' 40' 50' 60'

O 0,flOOOO 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01454 0,01745 89 1 0,01745 0,02036 0,02327 0,02618 0,02908 0,03199 0,03490 88 2 0,03490 0,03781 0,04071 0,04362 0,04653 0,04943 0,05234 87 3 0,05234 0,05524 0,05814 0,06105 0,06395 0,06685 0,06976 86 4 0,06976 0,07266 0,07556 0,07846 0,08136 0,08426 0,08716 85 5 0,08716 0,09005 0,09295 0,09585 0,09874 0,10164 0,10453 84 6 0,10453 0,10742 0,11031 0,11320 0,11609 0,11898 0,12187 83 7 0,12187 0,12476 0,12764 0,13053 0,13341 0,13629 0,13917 82 8 0,13917 0,14205 0,14493 0,14781 0,15069 0,15356 0,15643 81 9 0,15643 0,15931 0,16218 0,1>6505 ,0,16792 0,17078 0,17365 80 10 0,17365 0,17651 0,17937 0,18224 0,18509 0,18795 0,19081 79 11 0,19081 0,19366 0,19652 0,19937 0,20222 0,20507 0,20791 78 12 0,20791 0,21076 0,21360 0,21644 0,21928 0,22212 0,22495 77 13 0,22495 0,22778 0,23062 0,23345 0,23627 0,23910 0,24192 76 14 0,24192 0,24474 0,24756 0,25038 0,25320 0,25601 0,25882 75 15 0,25882 0,261631 036443 0,26724 0,27004 0,27284 0,27564 74 16 0,27564 0,27843 0,28123 0,28402 0,28680 0,28959 0,29237 73 17 0,29237 0,29515 0,29793 0,30071 0,30348 0,30625 0,30902 72 18 0,30902 0,31178 0,31454 0,31730 0,32006 0,32282 0,32557 71 19 0,32557 0,32832 0,33106 0,33381 0,33655 0,33929 0,34202 70 20 0,34202 0,34475 0,34748 0,35021 0,35293 0,35565 0,35837 69 21 0,35837 0,36108 0,36379 0,36650 0,36921 0,37191 0,37461 68 22 0,37461 0,37730 0,37999 0,38268 0,38537 0,38805 0,39073 67 23 0,39073 0,39341 0,39608 0,39875 0,40142 0,40408 0,40674 66 24 0,40674 0,40939 0,41204 0,41469 0,41734 0,41998 0,42262 65 25 0,42262 0,42525 0,42788 0,43051 0,43313 0,43575 0,43837 64 26 0,43837 0,44098 0,44359 0,44620 0,44880 0,45140 0,45399 63 27 0,45399 0,45658 0,45917 0,46175 0,46433 0,46690 0,46947 62 28 0,46947 0,47204 0,47460 0,47716 0,47971 0,48226 0,48481 61 29 0,48481 0,48735 0,48989 0,49242 0,49495 0,49748 0,50000 60 30 0,50000 0,50252 0,50503 0,50754 0,51004 0,51254 0,51504 59 31 0,51504 0,51753 0,52002 0,52250 0,52498 0,52745 0,52992 58 32 0,52992 0,53238 0,53484 0,53730 0,53975 0,54220 0,54464 57 33 0,54464 0,54708 0,54951 0,55194 0,55436 0,55678 0,55919 56 34 0,55919 0,56160 0,56401 0,56641 0,56880 0,571l.9 0,57358 55 35 0,57358 0,57596 0,57833 0,58070 0,58307 0,58543 0,58779 54 36 0,58779 0,59014 0,59248 0,59482 0,59716 0,59949 0,60182 53 37 0,60182 0,60414 0,60645 0,60876 0,61107 0,61337 0,61566 52 38 0,61566 0,61795 0,62024 0,62251 0,62479 0,62706 0,62932 51 39 0,62932 0,63158 0,63383 0,63608 0,63832 0,64056 0,64279 60 40 0,64279 0,64501 0,64723 0,64945 0,65166 0,65386 0,65606 49 41 0,65606 0,65825 0,66044 0,66262 0,$6480 0,66697 0,66913 48 42 0,66913 0,67129 0,67344 0,67559 0,67773 0,67987 0,68200 47 43 0,68200 0,68412 0,68624 0,68835 0,69046 0,69256 0,69466 46 4-4 0,69466 0,69675 0,69883 0,70091 0,70298 0,70505 0,70711 45

r

60' 60' 40' 30' '310' 10' O' GRAUS GRAUS

C 0 - S E N O C

Page 247: 07 - Usinagem

TABELA DE TRIGONOMETRIA FRESADOR COSENO - SENO

UNHAS TRIGONOMnRICAS - (cmtinzqih)

I 76

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLOGICA

GRAUS

89 88

86 85 84 83 82 81 gg 79 78 77 76 75 74 73 72 71 70 69 68 67 66 65 64 63 62 61 60 59 58 57 56 55 54 53 52 51 M) 49 48 47 46 6

GRAUS

GRAUS W 1W

0 1,00000 1,00000 1 0,99985 0,99979 2 0,99939 0,99929 3 0,99863 0,99847 4 0,99756 0,99736 5 0,99619 0,99594 6 0,99452 0,99421 7 0,99255 0,99219 8 0,99027 0,98986 g 0,98769 0,98723 10 0,98481 0,98430 11 0,98163 0,98107 12 0,97815 0,97754 13 0,97437 0,97371 14 0,97030 0,96959 15 0,96593 0,96517 16 0,96126 0,96046 17 0,95630 0,95545 18 0,95106 0,95015 19 0,94552 0,94457 20 0,93969 0,93869

0,93358 0,93253 22 0,92718 0,92609 23 0,92050 0,91936

0,91355 0,91236 25 0,90631 0,90507 26 0,89879 0,89752 n 0,89101 0,88968 28 0,88295 0,88158 29 0,87462 0,87321 30 0,86603 0,86457 31 0,85717 0,85567 a 0,84805 0,84650 33 0,83867 0,83708 34, 0,82904 0,82741 35 0,81915 0,81748 36 0,80902 0,80730 37 0,79864 0,79688 38 0,78801 0,78622 39 0,77715 0,77531 40 0,76604 0,76417 41 0,75471 0,75280 42 0,74314 0,74120 4 0,73135 0,72937 4 0,71934 0,7l732

GRAUS W

5.12

ZMY

0,99998 0,99973 0,99917 0,99831 0,99714 0,99567 0,99390 0,99182 0,98944 0,98676 0,98378 0,98050 0,97692 0,97304 0,96887 0,96440 0,95964 0,95459 0,94924 0,94361 0,93769 0,93148 0,92499 0,91822 0,91116 0,90383 0,89623 0,88835 0,88020 0,87178 0,86310 0,85416 0,84495 0,83549 0,82577 0,81580 0,80558 0,79512 0,78442 0,77347 0,76229 0,7,5088 0,73924 0,72737 0,71529

40'

C O - S E N O

30'

0,99996 0,99966 0,99905 0,99813 0,99692 0,99540 0,99357 0,99144 0,98902 0,98629 0,98325 0,97992 0,97630 0,97237 0,96815 0,96363 0,95882 0,95372 0,94832 0,94264 0,93667 0,93042 0,92388 0,91706 0,90996 '0,90259 0,89498 0,88701 0,87882 0,87036 0,86163 0,85264 0,84339 0,83389 0,82413 0,814U 0,80386 0,79335 0,78261 0,77162 0,76041 0,74896 0,73728 0,72537 0,71325

30'

S E N O

g(Y

0,99993 0,99958 0,99892 0,99795 0,99668 0,99511 0,99324 0,99106 0,98858 0,98580 0,98272 0,97934 0,97566 0,97169 0,96742 0,96285 0,95799 0,95284 0,94740 0,94167 0,93565 0,92935 0,92276 0,91590 0,90875 0,90133 0,89363 0,88566 0,87743 0,86892 0,86015 0,85112 0,84182 0,83228 0,82248 0,81242 0,80212 0,79158 0,78079 0,76977 0,75851 0,74703 0,73531 0,72337 0,71121

20'

50'

0,99989 0,99949 0,99878 0,99776 0,99644 0,99482 0,99290 0,99067 0,98814 0,98531 0,98218 0,97875 0,97502 0,97100 0,96667 0,96206 0,95715 0,95195 0,94646 0,94068 0,93462 0,92827 0,92164 0,91472 0,90753 0,90007 0,89232 0,88431 0,87603 0,86748 0,85866 0,84959 0,84025 0,83066 0,82082 0,81072 0,80038 0,78980 0,77897 0,76791 0,75661 0,74509 0,73333 0,72136 0,70916

10'

80'

0,99985 0,99939 0,99863 0,99756 0,99619 0,99452 0,99255 0,99027 0,98769 0,98481 0,98163 0,97815 0,97437 0,97030 0,96593 0,96126 0,95630 0,95106 0,94552 0,93969 0,93358 0,92718 0,92050 0,91355 0,90631 0,89879 0,89101 0,88295 0,87462 0,86603 0,85717 0,84805 0,83867 0,82904 0,81915 0,80902 0,79864 0,78801 0,77715 0,76604 0,75471 0,74314 0,73135 0,71934 0,70711

V

Page 248: 07 - Usinagem

LINHAS TRIGBNOMETRIçAS - (crmtEauag&)

TABELA DE TRIGONOMETRIA FbLHA DE

FRESADOR TANGENTE - CO-TANGENTE INFORMAGÁO 5-13 TECNOLÓGICA 27

77

T A N G E N T E

GRAUS 40' 50'

GRAUS 0' 10' 230' 36' $O9

O 0,00000 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01455 0,01746 89 1 0,01746 0,02036 0,02328 0,02619 0,02910 0,03201 0,03492 88 2 0,03492 0,03783 0,04075 0,04366 0,04658 0,04949 0,05241 87 3 0,05241 0,05533 0,05824 0,06116 0,06408 0,06700 0,06993 86 4 0,06993 0,07285 0,07578 0,07870 0,08163 0,08456 0,08749 85 5 0,08749 0,09042 0,09335 0,09629 0,09923 0,10216 0,10510 84 6 0,10510 0,10805 0,11099 0,11394 0,11688 0,11983 0,12278 83 'i 0,12278 0,12574 0,12869 0,13165 0,13461 0,13758 0,14054 82 8 0,14054 0,14351 0,14648 0,14945 0,15243 0,15540 0,15838 81 9 0,15838 0,16137 0,16435 0,16734 0,17033 0,17333 0,17633 80 10 0,17633 0,17933 0,18223 0,18534 0,18835 0,19136 0,19438 79 11 0,19438 0,19740 0,20042 0,20345 0,20648 0,20952 0,21256 78 12 0,21256 0,21560 0,21864 0,22169 0,22475 0,22781 0,23087 77 13 0,23087 0,23393 0,23700 0,24008 0,24316 0,24624 0,24933 76 14 0,24933 0,25242 0,25552 0,25862 0,26172 0,26483 0,26795 75 15 0,26795 0,27107 0,27419 0,27732 0,28046 0,28360 0,28675 74 16 0,28675 0,28990 0,29305 0,29621 0,29938 0,30255 0,30573 73 17 0,30573 0,30891 0,31210 0,31530 0,31850 0,32171 0,32492 72 18 0,32492 0,32814 0,33136 0,33460 0,33783 0,34108 0,34433 71 19 0,34433 0,34758 0,35085 0,35412 0,35740 0,36068 0,36397 70 20 0,36397 0,36727 0,37057 0,37388 0,37720 0,38053 0,38386 69 Zf 0,38386 0,38721 0,39055 0,39391 0,39727 0,40065 O,AO403 68

0,40403 0,40741 0,41081 0,41421 0,41763 0,42105 0,42447 67 23 0,42447 0,42791 0,43136 0,43481 0,43828 0,44175 0,44523 66 24 . 0,44523 0,44872 0,45222 0,45573 0,45924 0,46277 0,46631 65 25 0,46631 0,46985 0,47341 0,47698 0,48055 0,48414 0,48773 64 26 0,48773 0,49134 0,49495 0,49858 0,50222 0,50587 0,50953 63 27 0,50953 0,51319 0,51688 0,52057 0,52427 0,52798 0,53171 62 28 0,53171 0,53545 0,53920 0,54296 0,54673 0,55051 0,55431 61 29 0,55431 0,55812 0,56194 0,56577 0,56962 0,57348 0,57735 80 0,57735 0,58224 0,58513 0,58905 0,59297 0,59691 0,60086 59 31 32 33 34 35 36 27' 38 39

- 40 41 42 43 44

GRAUS

0,60086 0,62487 0,64941 0,67451 0,70021 0,72654 0,75355 0,78129 0,80978 0,83910 0,86929 0,90040 0,93252 0,96569

64.P

C O - T A N G E N T E

0,60483 0,62892 0,65355 0,67875 0,70455 0,73100 0,75812 0,78598 0,81461 0,84407 0,87441 0,90569 0,93797 0,97133

60'

0,60881 0,63299 0,65771 0,68301 0,70891 0,73547 0,76272 0,79070 0,81946 0,84906 0,437955 0,91099 0,94345 0,97700

40'

0,61280 0,63707 0,66189 0,68728 0,71329 0,73996 0,76733 0,79544 0,82434 0,85408 0,88473 0,91633 0,94896 0,98270

30'

0,61681 0,64117 0,66608 0,69157 0,71769 0,74447 0,77196 0,80020 0,82923 0,85912 0,88992 0,92170 0,95451 0,98843

$30'

0,62083 0,64528 0,67028 0,69588 0,72211 0,74900 0,77661 0,80498 0,83415 0,86419 0,89515 0,92709 0,96008 0,99420

10'

0,62487 0,64941 0,67451 0,70021 0,72654 0,75355 0,78129 0,80978 0,83910 0,86929 0,90040 0,93252 0,96569 1,00000

0'

58 57 56 55 54 53 52 51 50 49 48 47 46 45

GRAUS

Page 249: 07 - Usinagem

LINHAS TRIOONOMPllZICAS - (coatinzsajtao)

TABELA DE TRIGONOMETRIA FdLHA DE FRESADOR CO-TANGENTE - TANGENTE INFORMAÇAO 5-14 TECNOLóGICA 27

78

C O - T A N G E N T E r

GRAUS GRAUS

O' 10' M' 30' 40' Fiop 60'

O 343,77371 111,88540 114,58865 85,93979 68,75009 57,28996 89 1 57g996 49,10388 42,96408 38,18846 34,36777 31,24158 28,63625 e8 2 28,63625 26,43160 24,54176 22,90377 21,47040 20,20555 19,08114 87 3 19,08114 18,07498 17,16934 16,34986 15,60478 14,92442 14,30067 86 4 14,30067 13,72674 13,19688 12,70621 12,25051 11,82617 11,43005 85 5 11,43005 11,05943 10,71191 10,38540 10,07803 9,78817 9,51436 54 6 9,51436 9,25530 9,00983 8,77689 8,55555 8,34496 8,14435 83 7 8,14435 7,95302 7,77035 7,59575 7,42871 7,26873 7,11537 82 8 7,11537 6,96823 8,82694 6,69116 6,56055 6,43484 631375 81 9 6,31375 6,19703 6,08444 5,97576 5,87080 5,76937 5,67128 80 18 5,67S28 5,57638 5,4845l 5,39552 5,30928 5,22566 , 5,14455 79 11 5,14455 5,06584 4,98940 4,91516 4,84300 4,77286 4,70463 78 i2 4,70463 4,63825 4,57363 4,51071 4,44942 4,38969 4,33148 77 13 4,33148 4,27471 4,21933 4,16530 4,11256 4,06107 4,01078 76 14 4,01078 3,96165 3,91364 3,86671 3,82083 3,77595 3,73205 75 i5 - 3,73205 3,68909 3,64705 3,íXim 3,56557 3,52609 3,48741 74: 16 3,48741 3,44951 3,41236 3,37594 3,34023 3,305231 8,27085 73 17 3,27085 3,23714 3,20406 3,17159 3,13972 3,10842 3,87768 72 18 3,07168 3,04749 3,01783 2,98869 2,96004 2,93189 2,90421 71 19 2,90421 2,87700 2,85023 2,82391 2,79802 2,77254 2,74748 70 20 2,74748 2,72281 2,69853 2,67462 2,65109 2,62791 2,60509 69 21 2,60509 2,5&61 2,56046 2,53865 2,51715 2,49597 2,47509 68 22 2,47509 2,45451 2,43422 2,41421 2,39449 2,37504 2,35585 67 23 2,35585 2,33693 2,31826 2,29984 2,28167 2,26374 2,24604 66 24 2,24604 2,22857 2,21132 2,19430 2,17749 2,16090 2,14451 65 25 2,14451 2,12832 2,11233 2,09654 2,08094 2,06553 2,05030 64 26 2,05030 2,03526 2,02039 2,00569 1,99116 1,97680 1,96261 63 27 1,96261 1,94858 1,93470 1,92098 1,90741 1,89400 1,88073 62 28 1,88073 1,86760 1,85462 1,84177 1,82906 1,81649 1,80405 61 29 1,80405 1,79174 1,77955 1,76749 1,75556 1,74375 1,73205 60 30 1,73205 1,72047 1,70901 1,69766 1,68643 1,67530 1,664218 59 31 1,66428 1,65337 1,64256 1,63185 1,62125 1,61074 1,60033 58 32 1,60033 1,59002 1,57981 1,56969 1,55966 1,54972 1,53987 57 33 1,53987 1,53010 1,52043 1,51084 1,50133 1,49190 1,48256 56 34 1,48256 1,47330 1,46411 1,45501 1,44598 1,43703 1,42815 55 35 1,42815 1,41934 1,41061 1,40195 1,39336 1,38484 1,37638 54 36 1,37638 1,36800 1,35968 1,35142 1,34323 1,33511 1,32704 53 37 1,32104 1,31904 1,31110 1,30323 1,29541 1,28764 1,27994 52 38 1,27994 1,27230 1,26471 1,25717 1,24969 1,24227 1,23490 51 39 1,23490 1,22758 1,22031 1,21310 1,20593 1,19882 1,19175 M)

44 1,19175 1,18474 1,17777 1,170$5 1,16398 1,15715 1,15037 49 41 42 43 44

GRAUS

1,15037 1,11061 1,07237 1,03553

60"

T A N G E N T E

h14363 1,10414 1,06613 1,02952

50'

1,13694 1,09770 1,05994 1,02355

40'

1,13029 1,09131 1,05378 1,01761

30'

1,l2369 1,08496 1,04766 1,01170

rUI'

1,11713 1,07864 1,04158 1,00583

10'

1,11061 1,07237 1,03553 1,00000

0'

48 47 46 45

GRAU5

Page 250: 07 - Usinagem

ENCAIXE EM "RABO DE ANDORINHA (FBMEA)

Medisão com auxilio de cilindros retificados.

Cálculo de y

. AB (1) Cot cc. = - OB donde AB ou y = OB cot oc

(3) y = OB X cotg OZ. = 5,5 X 1,732 = 9,526

Cálculo de x 4x = 78 - (2y + 2R) = 78 - (18,052 + 11) = 78 - 29,052 = 48,948 mm.

Page 251: 07 - Usinagem

FORMULA SIMPLIFICADA: MACHO

FBLHA DE FREâADOR MEDIÇAO DE RABO DE ANDORINHA INFORMAÇÁO 5.16

TECNOL6GICA

80

1 + cotang. - * 2

l = L - 2 h

tang.

FORMULA SIMPLIFICADA: FÊMEA

Fórmula para calcular x

Page 252: 07 - Usinagem

Fig. 1 - Fresa de topo de dois dentes retos, com haste cilindrica.

FRESAS PARA RASGOS FBLHA DE FRESADOR INFORMAÇAO

(TIPOS ESCATEL OU DE TOPO E DE DISCO) TECNOLbGICA 6.7

1

As fresas são ferramentas de corte rota- denominação indica, servem para cortes de tivas, geralmente de aço rápido ou com den- ranhuras estreitas ou de rasgos de chavêta. tes soldados de metal duro (carbonetos). Po- Compreendem duas classes: 1) as que apre- dem ser também constituídas de um corpo sentam corte no tÔpo'(DE TOPO ou ES- de aço ao carbono tenaz ao qual se adaptam CATEL); 2) as que, tendo forma de disco, ou se soldam os dentes cortantes de aço rá- apresentam dentes com corte não sbmente pido. na sua periferia, mas também nos lados (DE

As FRESAS PARA RASGOS, como a DISCO).

Fig. 2 - Fresa de tôpo de dois dentes retos, com haste cônica.

Fig. 3 - Fresa de tôpo de dois dentes Fig. 4 - Fresa de tôpo de dois dentes helicoidais, com haste cilindrica. helicoidais, com haste cônica.

Aspectos dos topos

@ Dentes simples Fig. 7 - Fresa de topo, de dentes múltiplos

Fig. 5 helicoidais, de haste cônica.

FRESAS DE TOPO

As figs. 1 a 4 e a fig. 7 apresentam tipos bonêto, ambos de dois dentes ou cortes. usuais de fresas de topo com haste. A fig. 5 Há ainda fresas de topo sem haste ou mostra o aspecto da extremidade cortante de ocas (fig. 9) que são adaptadas em man- uma fresa de aço rápido e a fig. 6 o topo dris próprios, por um dispositivo de ranhu- cortante de uma fresa com pastilhas de car- ras.

Fig. 8 - Cunha de corte. Fig. 9 - Fresa de tôpo sem haste ou Oca, em duas vistas.

I

Dentes c/pastilhas Fig. 6

Page 253: 07 - Usinagem

Nas fresas de topo de dentes helicoidais, há que distinguir um ângulo i de inclinação da hélice (figs. 4, 7 e 9) variável de S0 a 20°, conforme o material a'fresar. Tendo em con- ta a fig. 8, que representa esquemàticamente o gume, a tabela ao lado apresenta valores usuais dos ângulos f (folga), s (saída) e i (in- clina~ão dos dentes helicoidais), para alguns materiais.

FRESADOR

ÂNGULOS MATERIAIS I

FRESAS PARA RASGOS FBLHA DE (TIPOS ESCATEL OU DE TOPO E DE DISCO) INFORMAÇAO

TECNOL6GICA 6.8

A INCLI-

i

1

Aço macio Materiais duros

FRESAS DE DISCO

I São empregadas para cortes profundos. dispositivo facilita a saída dos cavacos e per- É frequente o uso da fresa de disco de três mite corte mais suave. cortes, um dos quais na periferia e os dois A tabela abaixo contém dados práticos outros laterais e alternados. As figs. 10 e 11 para a escolha das fresas de disco de três apresentam aspectos dêste tipo de fresa. Tal cortes.

Fig. 10 Fig. 11

I

1 I I I

I ' ,

I

DIMSÕES E ÂNGULOS DE FRESAS DE DISCO COM T R ~ S CORTES

MATERIAIS A li'M3SA'

Aço macio

Materiais duros

Metais leves

r

ÃNGULOS DIÂMETROS EXTERNOS DAS FRESAS (mm) FOLGA - f SAÍDA - s INCL1N.-i 60 75 90 110 130 150 175 200

5 O 12' 12' a 1 5 o 8 10 12 1 4 1 6 18 20 20 'a

3 O s0 8

9' a 12' 16 18 20 22 24 26 28 30 W n

6' a 8' 25' 20' a 30' g 6 7 8 1 0 1 0 12 12 1 4

16 22 22 27 27 32 40 40

DIÂMETROS DOS FUBOS DAS FRESAS (mm)

Page 254: 07 - Usinagem

8.1 FRESADOR RANHURAGEM PARA CHAVÊTAS F6LHA DE

INFORMAÇAO TECNOLóGICA

L

Fig. 1

RANHURAS PARA CHAVETAS

As operações de ranhuragem para chavê- este método tem menor precisão do que

tas podem ser realizadas por dois métodos o precedente, porque, durante o passe, a fresa diferentes: sofre o fenômeno descrito para a fresa em T:

- Por ranhuragem tangencial afastamento da beirada cortada em "oposiçãof'

l ) - uma para ranhurar 'Or- e aproximação da beirada cortada em "concor- te ou 3 cortes, a espessura da fresa corres- dância,,. pondendo A largura da chavêta; é o processo

utilizado mais comumente para obter-se uma Exemplo - Fresagem de um alojamento canelura com largura precisa e perfeitamente de chavêta paralela, com extremidades urre- centrada. A melhor regulagem é obtida mon- dondadas. tando-se a peça entre pontas no aparelho di-

visor. A técnica operacional que permite o má-

Calcular as condições de corte, como no ximo de precisão é a seguinte: (fig. 2): dar,

item 1. O curso total da operação é igual A alternadamente, um movimento longitudinal entrada da fresa mais O comprimento Útil da em direção de ui e u2 utilizando-se para isto as r d ~ u r a . Se a canelura não atravessa a Peça, escoras para comando automático e as escoras apresenta necessariamente uma parte final micrométricas. Durante cada curso fazer pe- curva que corresponde ao raio da fresa. netrar progressivamente a fresa no material

Por fresagem de tôpo (fig. 2). - este 1/20 do seu diâmetro, por meio do volante método necessita fresas com dois dentes retos de subida d o suporte da mesa (9, ou seja, ou helicoidais (figura l), hastes cilindricas

1/10 de d por curso ida e volta. Quando a OU cones Morse, chamadas "fresas escatel", e

profundidade total do passe é atingida, rea- é realizado em fresadoras com cabeçote ver-

lizar ainda um ou dois cursos alternados, sem tical (fig. 2). O pequeno diâmetro das fre-

penetração. sas conduz naturalmente a utilizar as maio- res velocidades da árvore da máquina, a fra- Qualquer outro modo utilizado para exe-

gilidade da ferramenta limitando a/N a va- cutar a operação provocará o defeito apresen-

lores compreendidos entre 0,02 e 0,05. tado pela fig. 3.

97 L

Page 255: 07 - Usinagem

. - F6LHA DE

FRESADOR CHAVSTAS - TABELA INFORMAÇAO 8.2 TECNOLôGICA

A chavêta, como o para£uso, é um meio de ligação não permanente, entre elementos de máquinas. Evitando o deslizamento na transmissão de forças, a chavêta tem seu grande emprêgo na fixação de rodas dentadas, polias, volantes, acoplamentos, etc., aos seus res- pectivos eixos.

As chavêtas classificam-se em transversais e longitudinais, sendo estas Últimas as mais empregadas. Temos: as chavêtas de disco (Woodruff), usadas para eixos de pequenos diâ- metros; as chavêtas encaixadas e chavêtas com cabeça, utilizadas na transmissão de gran- des forças e as chavêtas redondas, empregadas para pequenos es£orços.

w p .+-

0bs:- O comprimento L não deve ser superior o 2 d

.. DIÂME TRO CHAVE TAS ENCAIXADAS PARARBO CHAVETAS DE CABECA ,,DA,

CHAVETAS

Doi E IXO*d"d o b c d, d2 e f g I h t tr d3

I1 - 12 4 4 7 d - 2,5 d+ 1,5 6

13-17 5 5 8 d -3 d+2 7,5

18-22 6 6 5,5 3 3,5 3,s 3 6 6 9 d-3,5 d+2,5 4 5

23-30 8 7 7,5 4 4,5 4,5 3 8 8 10 d - 4 d+3 10

31 - 38 10 8 8,5 5 5,5 5 3 10 10 12 d - 5 d + 3 11,5

39- 64 12 8 9 5 5,5 5 3 10 10 12 d - 5 d + 3 13

45 -50 14 9 12 6 7 6 3 10 10 14 d-5,5 d+3,5 13,5

51-58 16 10 12 6 7 6 4 10 10 15 d -6 d + 4 14,5

59-68 I8 11 16 8 9 7 4 13 14 16 d - 7 d+4 16

69- 78 20 12 16 8 9 7 4 14 14 19 d - 7,5 d+4,5 17

79-92 24 /4 20 10 11 8 4 16 18 22 d-8,5 d+5,5 19

93-110 28 16 20 10 11 8 6 18 20 26 d-I0 d + 6 20

Page 256: 07 - Usinagem

- .

FOLHA DE FRESADOR APARELHO DIVISOR INFORMAÇ~O TECNOL6GICA

9.1 I

O aparelho divisor universal é consti- tuído de uma carcaça inclinável com uma coroa acoplada à árvore e a um parafuso sem- fim que a aciona, e montada sôbre uma base que se fixa à mesa da fresadora.

A coroa do divisor tem 40, 60 ou 80 dentes. As mais comuns têm 40 dentes.

Fazendo a manivela girar uma volta com- pleta, a coroa gira 1 dente.

Sendo a coroa de 40 dentes, o movimento 1

dela corresponde à de volta. 40 Fig. 1 - Perspectiva de um divisor universal

NOMZNUATUM DO ASiXREZHO DIUISQR

Fig. 2 - Aparelho divisor universal

A e B = Corpo do divisor C = Contra-ponto D = Corôa E = Parafuso de rosca sem-fim, F = Manivela comando do divisor G = Agulha H = Disco divisor I = Trava

L e M = Engrenagens de transmissão

Mi = Engrenagem helicoidal N = Engrenagem helicoidal O = Bucha excêntrica regulável P = Parafuso Q = Disco divisor R = Trava S = Alavanca T = Setor móvel

RELAÇÁO DOS DISCOS

Comumente as máquinas fresadoras pos- suem 3 discos divisores distintos:

Page 257: 07 - Usinagem

FRESADOR F6LHA DE

D M S O R - DMSOES SIMPLES INFORMAÇAO 9.2 TECNOLÓGICA

Broco do setor

C 0 do d i v i a u i - CEm

Número de voltas e fração de voltas da manivela = C (coroa) 5 N (número de divisão) $ .

1 Relação do divisor = -

40

Exemplo 1 : C = 40 N = 2 8

40 40 ---- i 2 - 28 - I + - = separa-se a fraçáo do inteiro e opera-se da

2 8 seguinte forma:

12 : 4 - 3 x 3 9 --- 28 : 4 - 7 x 3 - I l - 1 volta + 9 furos no disco 21

Exemplo 2: C = 40 N = 35

40 40 ---- 5 N - 35 - 1 + - = 1 volta + 3 furos no disco 21 35

35 : 5 - 1 x 3 3 --- 5 : 5 - , X 3 - P1 - 1 volta

Exemplo 3: C = 40 N = 55

40 40 : 5 -- - - - 8 x 3 24 - - = 24 furos no disco 33. 55 55 :5 1 1 x 3 33

% n-

Page 258: 07 - Usinagem

BROCA HELICOIDAL FBLHA DE FRESADOR ÂNGULOS E AFIAÇÃO INFORMACAO 1 2.1

TECNOLÓGICA

Devido à forma especial da broca heli- coidal, é pràticamente impossível medir, di- retamente e com exatidão, os ângulos c (ân- gulo cortante), f (ângulo de folga ou de inci- dência) e s (ângulo de saída ou de ataque), que influem nas condições do corte com a broca helicoidal (fig. 1).

A prática indica, entretanto, algumas regras que, se observadas na afiação da broca, dão-lhe as melhores condições de corte.

Fig. I

CONDIÇÕES PARA QUE UMA BROCA FACA BOM CORTE

l.a) O ângulo da ponta da broca deve ser de 118O, para os trabalhos mais comuns (fig. 2). w s

Valores especiais que a prática já con- sagrou : 1500, para aços duros; 1250, para aços tratados ou forjados; 100°, para o cobre e o alumínio; 900, para o ferro fundido macio e ligas le-

ves; 600, para baquelite, fibra e madeira.

I Za) As arestas cortantes devem ter, rigorosa-

menti, comprimentos iguais, isto é, A = ' = A (fig. 3).

Fig. 2

3.a) O ângulo de folga ou de incidência deve ter de 90 a 15O (fig. 4). Nestas condições, dá-se melhor penetração da broca.

Estando a broca corretamente afiada, a aresta da ponta faz um ângulo de 1300 com uma reta que passe pelo centro das guias (fig. 6).

Quando isto acontece, o ângulo de fol- ga tem o valor mais adequado, entre 9O e 150.

4.a) No caso de brocas de maiores diâmetros, a aresta d a ponta, devido ao seu tama- nho, dificulta a centragem da broca e tam- bém a sua penetração no metal. É neces- sário, então, reduzir sua largura. Desbas- tam-se, para isso, os canais da broca, nas proximidades da ponta (fig. 5 e 7). Rste desbaste, feito na esmerilhadora, tem que ser muito cuidadoso, devendo-se retirar rigorosamente a mesma espessura, num e noutro canal.

Fig. 4

Fig. 6

Fig. 3 v "

I i

Fig. 5

Page 259: 07 - Usinagem

f ., S'S FRESADOR I BROCA HELICOIDAL ÂNGULOS E AFIAÇXO I FBLHA DE

INFORMAÇÁO 12.2 TECNOL6GICA I

--,IFICADOR DE ÂNGULOS DA BROCA

Para a verificação do .ângulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usa- se o tipo de verificador da fig. 8.

Fig. 9

A afiação se faz numa esmerilhadora, SENDO RECOMENDÁVEL O USO DE UM DISPOSI-

TIVO DE SUPORTE ANGULAR, como mostra a fig. 9. A broca fica em contacto com a face do rebolo cilindrico, como se vê na figura.

O suporte da broca gira, impulsiona- do a mão, por meio do eixo E. A amplitude dêsse giro é limitada a um ângulo de cêrca de 6 5 O .

Como o ângulo de inclinação do su- porte é 590, para ângulo de ponta de 1 180, re- sulta uma afiação correta, para o que concor- re também o uso do verificador (fig. 8), à medida do desenvolvimento' do trabalho.

O rebolo biselado (à esquerda, na fig. 9) serve para o desbaste dos canais, a fim de reduzir a aresta da ponta da broca.

Page 260: 07 - Usinagem

FASES DE EXECU(S1KO

Fig. 2 - Rebaixador de Zdmina.

Fig. 3 - Rebaixador forjado.

FBLHA DE

FRESADOR REBAIXAR FURO INFORMAÇÁO 12.3 TECNOL6GICA

Rebaixar furo é uma operação que se beças de parafusos. Com êste rebaixo, as ca- faz geralmente na fresadora. beças dos parafusos ficam embutidas, apre-

sentando um aspecto mais agradável e evi- Os rebaixos são feitos com uma ferrã- tando o perigo das partes salientes. Em alguns

menta chamada escatel. casos, o rebaixo serve para alojar flanges de A operação de rebaixar quase sempre se buchas, usando-se geralmente, na sua exe-

destina a executar um alojamento para as ca- cução, rebaixador de lâmina.

Fig. 1 - Fresa escatel.

l.a Fase

Escolha a ferramenta adequada ao tra- balho (figs. 1, 2 e 3).

2.a Fase

Prenda a peça na morsa (fig. 4).

Fig. 4

Fase

Prenda a ferramenta no mandril (fig. 5) ou diretamente no cone da árvore da máqui- na (fig. 6).

4.a Fase

Determine a r.p.m.

5.a Fase

Acerte a ferramenta no furo da peça até que os gumes tomem contato e regule a pro- fundidade que deve ser rebaixada (fig. 7). Fig. 6

125 A

Fig. 5

Page 261: 07 - Usinagem

7.a Fase

Verifique o rebaixo com paquímetro (fig. 8) ou com calibre de profiindidade (fig. 9).

Fig. 6

Fig. 7

Fig. 9

Page 262: 07 - Usinagem

CREMALHEIRA F6LHA DE FRESADOR INFORMAÇÁO 1 2.5 (APARELHO DIVISOR ESPECIAL E FdRMULAS) TECNOL~GICA

C

M = Mddul

4550

As divisões podem ser efetuadas com auxílio do anel ou com o aparelho especial par? divisões longitudinais.

A 4 -X B Pf. Nv

Pc = Passo circular = Mx T

Pf = Passo do fuso da mesa

Nv = Número de voltas do disco

A C M n 22 X ~ = B ~ f . NV n

Exemplo 1. Abrir uma cremalheira M n.O 2 N voltas = 1 Fuso = 5 mm

A C -x- - M n - 2 X 3,14 - 2 X 22 - 4 X 11 - 56 X 44

B D - Pf. Nv - 5 x 1 5 X l X 7 - 5-X7 - 70 X 28 -

Exemplo 2. Abrir uma cremalheira M n.O 2 N voltas = 1 Fuso 114" = 6,35 mm

A C 2 X 3,14 - 2 x 22 - 8 X 11 - 80 X 44

X ~ = B 6,35 X 1 - 6,35 X 7 - 12,7 X 7 - 127 X 28

127 8

Page 263: 07 - Usinagem

CHAVETA "WOODRUFF" FBLHA DE

FRESADOR TABELA TECNOL6GICA INFORMAÇÃO 1 3.1

Frequentemente, surge nas máquinas a necessidade de chavêtas. O seu emprêgo é comum nas manivelas, polias, volantes e nos seus respectivos eixos.

A chavêta se apresenta de muitas formas e tamanhos de acordo com a necessidade de cada caso. Uma das formas mais comuns é a constituída de um meio disco chato com fun- do redondo ou chanfrado chamada "Wood- ruff" fig. 1. Estas chavêtas são de execução mais simples tornando-as assim, mais econô- micas e de boas qualidades.

Uma boa norma para dimensionar uma chavêta "Woodruff" em função do eixo, con- siste em dar-lhe uma largura igual a 114 do diâmetro do eixo e um raio igual ao do mes- mo, escolhendo-se então, a chavêta normali- zada (vide tabela ao lado) que mais se apro- ximar destas medidas.

Para se fresar tal tipo de chavêta, usa-se uma fresa tipo "Woodruff" de haste cilín- drica paralela e dentes retos (DIN 850). Para tal fresagem, deve-se utilizar, de preferência, fresadoras pequenas de comandos sensíveis. A penetração deve ser feita por comando ma- nual do volante de subida do suporte da mesa.

Fig. 1

VELOCIDADES DE CORTE RECOMENDADAS

- Aços duros e com ligas: V = 10 m/min;

- Aço meio duro: V = 16 m/min;

- Aço doce: V = 20 a 25 m/min.

TABELA DE CHAVETA TIPO "WOODRUFF"

Page 264: 07 - Usinagem

* --- L.

-' - J &.' I FOLHA DE :) L FRESADOR ENGRENAGENS RETAS - SISTEMA MODULO INFORMAÇAO 13.2 1

1 TECNOLóGICA

I

!

. -

I

I I

I

De - Diâmetro externo Dp - Diâmetro primitivo

I Di -Diâmetro interno E - Espessura do dente V - Vão do dente cc - Ângulo de pressão h - Altura do dente

I

s - Cabe~a do dente t - Pé do dente L - Comprimento do dente Pc - Passo circular f - Folga N - Número de dentes M - Módulo

I , FORMULAS PARA DENTES NORMAIS QUADRO DOS NOMEROS DAS FRESAS

DP De 1) M = - OU M = Nf 1

N 2 3

N S 2 4

Nd 12-13 14-16 17-20 21-25 2) De = M X (N + 2)

PC M n MX3,14 Nf 5 6 7 8

3) E=2- OU - - - 2 - 2

- 135 ao

Nd 26-34 35-54 55-134 infinito = 1,57 M

4) P c = M X n Nf = Número da fresa

1,57 M 5) f = = 0,157 M Nd = Número de dentes da engrenagem

10 .. ' I

6) l i = t + s = 2 M + f = 2 , 1 5 7 X M RELAPO DE MCSDULOS NORMAIS

7) t = 0,157 M + M = 1,157 M - 0,5 - 0,75 - 1 - 1,25 - 2 - 2,25 - 2,5 8) s = l M

- 2,75 - 3 - 3,25 - 3,5 - 3,75 - 4 - 4,25 9) L = 1 0 M

10) D p = M X N - 4,5 - 5 - 5,25 - 5,5 - 5,75 - 6 - 6,5

11) D i = D e - 2 h = D p - 2 t - 7 - 7,5 - 8 - 8,5 - 9 - 9,5 - 10 - 11

12) .c = ângulo de pressão 15O e 20° - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 18 - 20

132 e . .# -

Page 265: 07 - Usinagem

' L 1

F6LHA DE FRESADOR DIVISA0 DIFERENCIAL INFORMAÇAO 1 3.3 TECNOL6GiCA

NOMENCLATURA E ESQUEMA DO DIVISOR MONTADO PARA DIVISÃO DIFERENCIAL

A = ENGRENAGEM DA ARVORE K = PINO EXPANSIVO DA ARVORE B = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA L = EIXO-FUSO DO DIVISOR C = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA M = EIXO DO DISCO D = ENGRENAGEM DO FUSO DIVI- N = ,'3ETOR MOVEL

SOR O = DISCO DIVISOR E = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA P = GRADUAÇÃO DO CABEÇOTE

AUXILIAR Q = FIXADOR DO DISCO F = BANDEIRA R = PLACA DO ARRASTADOR G = BANDEIRA AUXILIAR S = PONTO DO DIVISOR H = MANIVELA DO DIVISOR T = FIXADOR DO ARRASTADOR I = FIXADOR DA FACE GRADUADA U = FACE GRADUADA J = ROSETA DE ENGRENAGEM V = ÍNDICE DE INCLINAÇÃO

I

DIVISÃO DIFERENCIAL

Desejando-se fresar uma engrenagem que terminar as engrenagens da relação existente tenha 51 dentes, o problema torna-se dife- e o cálculo do disco divisor. rente porquanto a relação coroa sobre divisão

C Exemplo: -forma uma fração de valores primos en- N Para fazer-se 5 1 divisões temos : tre si.

Neste caso usa-se a divisão diferencial, --- c 40 que consiste em multiplicar a diferença entre N 51 ' o número base e o número real pelo número Convenciona-se 50 como número base. de dentes da coroa. O número base convencional, que deve ser o 40 - 40.(51 - 50) 40.1 - 40 - 4 -- - -- ---- mais próximo possível do real, possibilita de- 5 1 5 O 50 50 5

.. I b.

T 133

. ; . . .;,c <rqtr.. ,;,a :,. ., .... - -

,,:,./;,\ <.i,; ;.--::!%,:~?:),::, -w'i.iL,- ' > :=-, , ' . 1 : . -, ;, : ,,\v

, V $ . _ . ;.., , ,$,: . 7 : &Cx +- : : .. - >y:<;?; 7 , :,7Ly.$;:7$,+&;i+ ; ,-:,. ;;-2; ; '%y. :+. ..I-..L : * ;, . ,, , . . . ..:.. , ..-. '-e

, . . . . . . . - L:. ..., .: .,.. .. .:.<:.:1 c . ,;-.~:'-~:+.~c.t, -..<: + ,?4,. , .. . ., 1,: ..?, ..,,.c.! k:: !?-.? ... . . ,,..,., ,;.,*, .+. '-r; . . . . . I . . . . .... r.. , < .>t.' . . , . . . . *.," ., . <- ... :, . , ,,_ - . . . - . > . = . - . .

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Page 266: 07 - Usinagem

Montagem

de

4 engrenagens

i' -5

I

I I

4 Para determinar as engrenagens, multiplica-se - por um número também convencional.

5

O resultado indicará as engrenagens necessárias para fazer 5 1 divisões. Acompanham a fresadora universal as seguintes engrenagens: 24, 24, 28, 32, 36, 40,

44, 48, 48, 56, 64, 72, 86 e 100.

Engren. A 4 8 32 -

I -- Engren. B 5 T = w OBSERVA~ÃO:

i O numerador corresponde à engrenagem A que será montada no pino expansivo da h ? ,

árvore e o denominador à engrenagem B, que deve ser montada no pino do disco divisor.

Portanto:

32 - engrenagem do pino expansivo da árvore -- 40 engrenagem do pino do disco divisor

No exemplo citado as engrenagens determinadas 32 e 40 dentes resolvem o problema.

Page 267: 07 - Usinagem

. . e

F6LHA DE FRESADOR I DNISÃO DIFERENCIAL INFORMAÇAO 13.5

TECNOLÓGICA

1' '

Cálculo do Divisor

4 Com a relação encontrada -, calcula-se o divisor convencionando também um ou- 5

tro número que multiplicado determinará a quantidade de furos e disco.

Convencionando 4 para o cálculo temos

4 4 16 (furos) -x-= 5 4 20 (disco) '

Outro exemplo: Calcular as engrenagens e o divisor para se fresar uma engrenagem de 127 dentes.

Cálculo das Engrenagens

120 é o número base.

Cálculo do Divisor 40 - 4 1 5 5 (furos) - - = - x - = 120 12 3 5 15 (disco) '

OBSERVAÇÃO: NO cálculo do divisor, empregar sempre a fração com o número base.

A 1 - Sendo dados c = 40 e N = 77, calcular as engrenagens - e divisor. B

Para se montar as engrenagens no divisor é necessário observar o sentido da rosca sem-fim.

a) Quando a rosca sem-fim for à direita têm-se:

1) Aumentando o n.O base e montando-se o divisor com 2 engrenagens coloca-se uma intermediária.

2) Diminuindo o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens colocam-se 2 intermediárias.

3) Aumentando o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens não se co- loca intermediária.

4) Diminuindo o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens coloca-se uma intermediária.

b) Quando a rôsca sem-fim for à esquerda tem-se o contrário.

Page 268: 07 - Usinagem

- - I - FBLHA DE

FRESABO- 'Q7@ MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO 13.6 !de. : + rECNOL6GICA

L

Engrenagens são elementos de máquina Um controle eficiente de engrenagens cada vez mais importantes. São empregadas consiste principalmente em supervisionar a fa- para a transmissão de movimentos ou de fôr- bricação, permitindo assim, aperfeiçoá-la. A ças e se encontram em quase todos os meca- interpretação dos resultados das medições efe- nismos, aparelhos, máquinas ou motores. As tuadas permite descobrir e eliminar as fontes exigências quanto a sua qualidade e precisão de êrro. crescem constantemente. Tais exigências nos Normalmente contenta-e, em medir a levam à necessidade de um controle eficiente espessura dos dentes de engrenagens e even- nas engrenagens. tualmente a excentricidade das mesmas.

A medição da espessura dos dentes de Efetua-se a medida regulando a haste engrenagens se faz com um paquimetro espe- vertical na medida H, previamente calculada cial constituido de duas escalas perpendicula- e depois ajusta-se a haste horizontal na me- res entre si (fig. l). dida C e faz-se a leitura na mesma.

Essa medida 6 feita no diâmetro primi- I tivo (pontos ab) conforme o indicado na fi-

Para se determinar essas medidas preci-

gura 2. samos conhecer N, M, H e o C teórico.

Aconselha-se, para maior precisão, fazer- Nas engrenagens do sistema módulo (M), se a medição em três dentes eqiiidistantes e calcula-se a altura H e a espessura C pelas depois tira-se a mCdia entre elas. fórmulas:

MEDIÇAO COM PAQUÍMETRO

h

Fig. 1

Fig. 2

Page 269: 07 - Usinagem
Page 270: 07 - Usinagem

J

F6LHA DE FRESADOR MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO 13.8

TECNOL6GICA

MEDIÇAO COM MICRÔMETRO

Para se obter maior precisão na medição para as medidas "W" sendo indicado também dos dentes de engrenagens, existe um micrô- o número de dentes sobre os quais se deve metro o qual é compôsto de dois pratos, sendo medir. um na haste fixa e outro na haste móvel A tabela anexa refere-se sòmente ao (fig. 4). M = 1.

A medição é feita numa extensão de den- Quando se tratar de uma engrenagem de tes segundo o número de dentes e ângulo de M = 2, S... ou outro qualquer, basta multi- pressão da engrenagem. A posição Para se plicar o resultado referente ao M = 1 pelo efetuar esta medida é conforme a indicada ~ ó d ~ l ~ desejado. na figura 5 e 6.

EXEMPLO: 4 medida "W" é de valor especial, pois

permite o ajustamento direto nas máquinas. Uma engrenagem com 20 dentes, mó-

As espessuras dos dentes para o engrenamento dulo 2,5 e ângulo de pressão de 15O, para a

sem folga são examinados, (fig. 6) medindo verificação da medida "W" na tabela consiste

uma distância "W" no círculo de base que no seguinte:

representa vários passos mais a espessura de 1 - Consulte a tabela na coluna de 15O re- um dente. ferente a Mn = 1.

Para medida de 4 dentes, temos: 2 - Procure na coluna de N (n.O de dente) o valor dado, igual a 20 dentes.

M 4 = 3 Pc+S 3 - Verifique na coluna "n" o número de E quando se medir em N (número de dentes, que devem ser medidos, igual

I dentes) será: a 2.

Mn = (n - 1) Pc + S 4 - Toma-se a constante que se segue na coluna de Mn = 1, que é 4,6706.

Para os ângulos de engrenamentos de 14O 30', 15O e 20° e para os números de den- 5 - Multiplica-se a constante (4,6706) pelo

tes de 4 até 300 foram calculados e fixados módulo conhecido (2,5)

em tabelas (anexas) os respectivos valores 4,6706 X 2,5 = 11,676.

Fig. 5 Fig. 6

138

Page 271: 07 - Usinagem

MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS FBLHA DE FRESADOR TABELA INFORMAÇAO 13.9

TECNOLóGICA ir

I

Continuo

139

Page 272: 07 - Usinagem

I :: . MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS FBLHA DE FRESADORirnl= r.1 TABELA INFORMAÇÁO 13.10

TECNOL6GICA , J

Continuoçõo .

140

Page 273: 07 - Usinagem
Page 274: 07 - Usinagem

COS

NOTA:

Para a abertura dos dentes usa-se uma fresa para número aparente = Na, que no exemplo, será a fresa n.O 6-M 4.

-

-. - * -

FRESADOR

M = Módulo

Mf = Módulo frontal

Dp = Diâmetro primitivo

De = Diâmetro externo

Pn = Passo normal

Pf = Passo frontal

N = Número de dentes aparente

cc = Ângulo da hélice

M Mf=-

COS =

h=2,157 X M

cos = X De M =

N + 2 cos -- -"

Exemplo: N = 32 ' , ,< .%>. .,!+?,f.$! L' ! M = 4 <%.I '+I+* .-~;,:r; -- F.2 ;3 !:h e~+~~ap~,,-,'y~' & t i ; - +,C; - ,, = 2009..

k & & . ~ - ~ & & & ~ & & & ~ - , ~ 1

M 4 4 Mf=- -- - 4,25 mm

cos cc cos 20° 0,939

Dp = Mf X N = 4,25 X 32 = 136 mm D e = D p + 2 M = 136 + (2 X 4) = 136 + 8 = 144mm

Pn = M T = 4 X 3,14 = 12,56 mm

Pn 12,56 pf=- x -- - 13,37 mm

cos cc 0,939

N 3 2 32 N a = X - - - - - -

cos cc 0,939 - 0,827 - 38.

151

k

FBLHA DE

TECNOL6GICA INFORMAÇAO ENGRENAGEM HELICOIDAL

(Estudo de construção da engrenagem) 15.1 a

Page 275: 07 - Usinagem

Dp = Diâmetro primitivo

Dr = Comprimento da hélice

Mf = Passo da hélice

h = Passo do fuso

M = Relação do divisor

A C engrenagens motores

B - =

engrenagens movidas

Exemplo 1 - m = 20° Dp = 136 mm Pf = 5 mm Divisor 1/40

Dp X 7.r 126 X 3,1416 Ph =

tg - 1 177,Ol (êste número deve ser substituído por outro 0,363- -

aproximado que se decomponha em maior número de fatores, por exemplo 1 176).

Page 276: 07 - Usinagem

Eixo da ferramenta

Fresagem normal

Eixo da mesa inclinada \

T = inclinação da mesa

i Ângulo da hélice

I ENGRENAGEM HELICOIDAL F6LHA DE FRESADOR MONTAGEM DA FRESA INFORMAÇÁO 15.3

TECNOLÓGICA

r

Eixo do ferromenta

.7

/ Eixo da mesa nor / '

9 . \ Fresagem com cabesate universal

T = lnclinacáo do cabecote

Nos dois casos o eixo da ferramenta deve trabalhar tangente à hélice.

Page 277: 07 - Usinagem

TABELA DOS NOMEROS PRIMOS

COMPARAÇAO DE MEDIDAS EM POLEGADAS E MILíMETROS

Milime- Frayões de Polegada Milime- Frações de Polegada Milíme- Pole- Milíme- tros Polegada Decimal tros Polegada Decimal tros gada tros

f 2, , s,::;. :c- i,

0,3968 '

jll/32,,., 0,3437 43/64; 0,6718 f17.0653 1 25.3995 '

0.7937 i2:3$6K, 0,3593 $&@$..il.l/.16.i 0,6875 ~17.1621 2 50.7990 i;1906 318 0,3750 45/64 0,7031 - J7.8590 3 76,1986 15874 25464 n; 0,3906 Z8,/33rr 0,7 187 ';,68.2559 4 101.598 1.9843 13/32 0,4062 ,10$h 47/64 0,7343 f18.6527 5 126.998 2.3812- 27/64 0,4218 :!O;%$@$$ 314 0,7500 ',-19.049íi 6 I 152.397 2.7780 7/16 0,4375 ;i&& % 49/64 0,7656 iã9.4465 7 . 176.797 3.1749 29/64 0,4531 .a$&. 2v?2+. . 0,7812 219.8433 P 205.196 3.5718 15/32 0,4687 @~[@.&&$' 31/64 0,7968 20.2402 9 228.596 3.9685 31/64 0,4843 .,$&@@i c l&./.16:lS9 0,8125 20.6371 10 253.995 4.3655 112 0,5000 -12';"6997' 53/61 0,8281 21.0339 11 279.394 4.7624 33/64 0,5156 ~13",09@ 27/32 0,8437 21.4308 12 304.794 _ 5.1592 17/32 0,5312 ..13.4934' 55/64 0,8543 21.8277 - 13 330.194 5.5561 35/64 0,5468 d3.8903 718 0,8750 22.3215 14 355.593 5.9530. 9/16 0,5625 14.2812 57/64 0,8906 .- 22.6214 15 380.993 6.3498: "37/64 - 0,5781 '?4'%&@' 29/82 ' 0,9062 723.0183 16 406.392 6.7467 19/32 0,5937 t5.08~9 59/64 0,9218 '23.4151 17 431.792 7.1436 39/64 0,6093 r5.47T8' 15/16 0,9375 24.8120 18 457.191 7.5404 518 0,6250 15:8?47. 61/64 0,9531 '24.2089 19 482.591 7~93731 41/64 0,6406 16:.~715- 31/32 0,9687 24.6057 20 507.990

'

83342 21/32 0,6562 .I6:6$pd 63/64 0,9843 '25.0026 21 *5/a.390 - . - ' , . < - i:, . -i . - I,

36 polegadas correspondem a 1 jarda e 1 jarda equivale à 914 mm

Pole- Milime- gada tros

22 558.789 23 584.189 24 609.588 25 634.998 26 660.007 27 (385.407 28 710.806 29 736.206 30 761.605 31 787.004 32 812.404 33 837.804 34 863.203 35 888.603 36 914.002 37 939.401 38 964.801 39 990.200 40 1015.600 41 1040.999

Page 278: 07 - Usinagem

FBLHA DE FRESADOR CAIXA DE MUDANÇAS DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO 15.5 TECNOL6GICA

ENGRENAGENS FORNECIDAS COM O EQUIPAMENTO "STAWDARD'"

Duas de 24 dentes. Duas de 48 dentes. Uma de cada com número de dentes conforme tabela abaixo:

28 40 86

32 44 72 1 O0

Para helicoidal à esquerda, usar uma intermediária. Para helicoidal à direita, usar duas engrenagens de mudança e nenhuma intermediária.

PRECAUGÃQ

Não usar avanço automático para avanços abaixo de 72 000 mm. Avançar manual- mente por meio da alavanca "X" do cabeçote divisor. Não usar avanço rápido para avanços abaixo de 240 000 mm.

As duas engrenagens condutoras (B e D) e as duas engrenagens conduzidas (A e C), podem ser trocadas para obter-se quatro possíveis combinações, de forma que quando o arranjo interferir ou não alcançar, as outras combinações poderão ser experimentadas. Engrenagem " A não deve ser substituída por "B" nem "C" por "D" e vice-versa.

- --

Page 279: 07 - Usinagem

- - - ,

TABELA DE HgLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO 15.6

TECNOLôGICA

--

I ENGRENAGENS DE MUDANÇA PARA AVANGOS DE 16,060 2t 62.832 mm

D AVANÇO

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TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE

FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) TECNOL6GICA INFORMAÇAO 1 5.7 I

ENGRENAGENS DE JDANGA PARA AVANÇOS DE 6 2 . b ~ A 97.416 mrn

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D -

- 1 - ?

PRECAUÇÃO

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157

Page 281: 07 - Usinagem

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100 137.59 100 138.14

FRESADOR FBLHA DE

INFORMAÇAO TECNOLóGICA

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milimetros) 15.8

I PRECAUÇXO

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1 158

Page 282: 07 - Usinagem

I TABELA DE HZLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE - ,bs. ' FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFOU~CÃO 1 15.9 1 1

TECNOL6GICA

A B C

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D 1 AVANÇO I

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1 . TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE

FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO TECNOLóGICA

15.10

ENGRENAGENS DE MUDANÇA LRA AVAN ~3 i< -;O

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO - = . . . -- -. &-* " ,- ---.- -. -

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PRECAUGAO

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160

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239.21

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44 56 56 64

100 72 86 64 72 86

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TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM F6LHA De *. ! ,FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO 1 5.1 1

TECNOLóGICA I

NGRENAG - -ur NÇA PARA \ N ~ L )E 24o.000 mr

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D

240.00 64 32 28 56 261.91 100 56 44 72 286.66 86 48 48 72 240.79 56 100 86 48 262.49 100 40 28 64 287.04 72 28 40 86 241.10 72 40 48 86 262.68 56 100 86 44 288.00 72 40 32 48 241.37 64 28 44 100 262.78 86 48 44 72 288.74 56 32 44 64 241.87 86 32 24 64 263.33 64 28 48 100 288.96 56 100 86 40 241.92 72 40 56 100 264.00 44 48 48 40 290.90 64 44 40 48 242.42 100 44 32 72 264.50 72 28 24 56 291.67 100 64 56 72 243.82 64 28 32 72 265.37 72 100 86 56 292.27 72 44 64 86 244.20 100 64 56 86 266.66 64 32 40 72 293.18 86 44 40 64 244.37 64 40 28 44 267.29 56 32 28 44 293.33 64 32 44 72

244.46 44 24 40 72 267.84 100 56 40 64 293.88 48 28 40 56 245.02 56 32 28 48 267.91 72 48 64 86 294.00 56 32 28 40 245.47 72 44 40 64 268.06 86 44 32 56 294.53 72 64 48 44 245.59 64 32 44 86 268.75 86 48 40 84 294.65 100 56 44 64 245.71 48 72 86 56 268.80 64 32 56 100 294.86 86 40 32 56 246.41 56 24 44 100 269.40 44 28 40 56 295.63 86 48 44 64 246.86 72 40 32 56 270.00 72 48 48 64 296.23 72 28 48 100 247.49 48 32 44 64 271.51 64 44 56 72 297.00 72 40 44 64 247.51 72 48 44 64 271.54 72 28 44 100 297.67. 64 24 40 86 247.68 48 100 86 40 272.71 100 44 32 64 298.66 64 40 56 72

248.06 100 72 64 86 273.62 86 44 28 48 299.23 64 44 48 56 248.88 64 48 56 72 274.30 64 48 48 56 300.00 100 40 32 64 249.36 64 44 40 56 274.90 72 40 28 44 300.22 64 100 86 44 250.01 100 64 48 72 275.02 44 32 40 48 301.01 86 40 28 48 250.06 64 40 56 86 275.21 64 100 86 48 301.39 72 32 48 86 250.82 86 64 56 72 276.29 72 32 44 86 301.70 64 40 44 56 251.21 72 32 40 86 276.43 86 56 48 64 301.73 44 56 64 40 251.35 72 44 64 100 276.48 72 40 64 100 302.40 72 32 56 100 251.42 64 48 44 56 277.78 100 48 40 72 303.05 100 44 40 72 252.00 56 40 48 64 279.10 100 48 48 86 304.46 100 44 48 86

253.39 86 56 44 64 279.31 64 40 32 44 304.75 64 28 40 72 253.70 100 44 40 86 280.01 56 24 32 64 305.45 64 32 28 44 254.54 56 44 40 48 280.51 72 44 40 56 305.47 56 48 48 44 255.14 64 28 40 86 280.68 64 28 44 86 305.57 100 48 44 72 255.72 72 44 56 86 281.25 100 32 24 64 306.19 64. 28 48 86 255.82 100 48 44 86 281.30 72 40 56 86 306.98 100 40 44 86 256.01 64 40 48 72 281.47 86 40 24 44 307.15 86 48 40 56 256.66 44 48 56 48 281.59 64 24 44 100 307.20 64 28 56 100 257.11 40 28 48 64 282.17 86 32 28 64 308.02 44 48 56 40 257.14 72 48 40 56 282.84 72 48 44 56 308.57 72 28 32 64

258.00 86 40 32 64 282.86 48 32 44 56 308.59 48 56 48 32 259.20 72 32 48 100 283.80 86 32 44 100 309.60 72 100 86 48 260.47 56 24 40 86 284.45 64 24 32 72 311.11 56 24 40 72 260.62 86 44 40 72 285.72 100 56 48 72 311.69 100 44 32 56 261.82 64 32 24 44 286.51 56 24 44 86 312.48 100 48 40 64

PREGAUSAU

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Page 285: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FõLHA DE PRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) TECNOL6GICA INFORMAÇAO 15.12

L

-,NGRENAGeNS DE IUDANS ' PARA AVANGOS DE 312.5- 1,

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A ,

312.58 64 44 56 86 342.86 100 40 32 56 376.01 86 312.72 86 32 48 72 343.63 72 64 56 44 377.14 64 313.49 64 28 32 56 343.66 72 44 56 64 378.00 72 313.97 100 64 72 86 343.73 100 48 44 64 371.41 86 314.16 72 40 32 44 343.99 86 40 48 72 380.95 100 314.30 44 24 40 56 344.45 72 28 48 86 2.380.98 100 315.00 72 48 56 64 345.60 72 32 64 100 i 381.82 . 56 315.54 86 40 44 72 348.86 100 32 40 86 : .382.22. 86 315.77 72 28 44 86 349.08 64 48 48 44 , 383.!?kZ , 100 315.91 86 28 24 56 349.99 56 24 40 64 ,:384.00: 64

, 316.80 72 24 44 100 351.62 72 32 56 86 38Ei.01;. 56 318.19 100 44 28 48 351;82 86 44 48 64 .385.70e:' 72 318.94 100 56 64 86 352.01 64 40 44 48 387.00:'. 86 319.99 64 32 48 72 352.66 72 28 32 56 -388.90 100 321.43 100 56 48 64 353.83 86 28 48 100 '.389.59 . 100 321.50 72 40 64 86 354.72 86 40 44 64 1.390.72 100 322.49 86 32 28 56 355.20 100 44 56 86 : 390.91.' 86 322.51 86 48 48 64 355.56 64 24 40 72 391.10: 64 323,26 48 28 44 56 - 356.38 . 56 24 28 44 '.1391:85L, 64 324.00 72 40 48 64 357.,12 100 48 40 56~:39'1:$$+ 56

324.34 86 28 44 100 . 357.22 64 28 56 86 : ,392.$4& 72 325.58 100 48 56 86 . 358.-343 86 32 40 72 ;'.392.88':s!.: 100 326.66 56 24 28 48 ' 358.': 64 24 56 100 ;:5'9$.!i~:~' 86 327.26 72 44 40 48 ' 358.80' 100 56 72 86 ::3t94.94!5 72 327.43 64 24 44 86 360.00':; 72 24 28 56 .- &-6.Ò0$ 72 327.60 86 56 64 72 -:361,P0,2 86 32 56 100 :<3'98.65!*2 100 328.13 100 32 28 64 : 3+63$0:.: 100 44 32 48 {~998;9$i; 64 328.37 86 40 28 44 :: -363.$2' 100 44 48 72 jiIO@:fl1bL? .I+ . . 100 329.11 64 40 48 56 '364.85- 86 44 56 72 4$i6j:43? 86

*: \ *

329.16 64 56 48 40 365,7-1.- 64 28 48 72 -t<tliO-1,886~?~ 72

330.00 44 48 48 32 : 365.9g- 64 24 32 86 330.24 _ 86 40 64 100 ? 1366,$3' 56 40 48 86 333.34 100 48 48 72 :,366.67: 44 24 40 72 334.44 86 48 56 72 .366.70 100 40 44 72 334.87 100 40 48 86 -367.34.' 100 28 24 86 335.04 - - 86 44 40 56 i. 368.38 . 72 24 44 100 335.23 64 28 44 72 368.57. 86 48 48 64 336.00. 56 48 48 40 : 370.30 72 40 48 56 100 336.62 72 44 48 56 ;:371.26 72 32 44 86 337.51 72 32 40 64 : 3'71.52 - 72 100 86 86

L 337.70 72 100 86 44 ' 312.10 a 100 48 64 64 337.87 86 48 44 56 f373.34 64 48 56 100 339.41 72 40 44 56 ' 314.02 48 28 40 86 340.90 100 44 40 64 e 375.00 100 48 48 86 342.24 56 24 44 72 i'-375.26 86 40 32 44 '14l'6.66' 100

, I L-- -

PRECAUGÃO

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i

162

416.66

B

48 32 40 24 56 56 32 48 32 48

32 28 40 48 44 40 44 24 28 24

48 48 32 28 40 28 28 40 40 32

44 32 24 32 40 44 48 44 28 44

56 40 32 56 32

nim

C

56 44 56 44 64 64 40 64 44 48

44 40 48 56 40 56 40 44 40 28

48 44 44 64 44 40 32 48 56 64

48 40 56 48 44 64 56 48 40 56

48 44 64 72 40

D

64 56 64

100 72 72 44 72 86 40

48 64 64 72 56 86 48 72 56 40

44 56 72

100 48 86 44 72 72 86

56 64

100 64 56 86 44 64 72 64

32 64

100 64 72

Page 286: 07 - Usinagem

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a 6 3

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TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE FRESADOR FUSO DE 6 rnm E DIVISOR 1 / 4 0 (em mil ímetros) INFORMAÇAO 3 5-14 TECNOLÓGICA

L

NGRENAG JS DE M )AB$ PARA VANt )E 661.92 A 84 10

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B

601.92 86 40 56 48 685.68 100 56 64 4 0 ' 799.92 100 48 603.12 86 44 72 56 687.36 72 44 56 32 804.24 86 28 603.36 6 28 44 40 687.60 100 24 44 64 806.16 100 64 610.80 56 24 48 44 688.08 86 40 64 48 810.96 86 28 611.04 100 24 44 72 698.16 64 28 56 44 814.56 64 24 612.24 100 28 40 56 700.08 100 48 56 40 818.16 100 48 613.68 100 64 72 44 701.28 100 56 72 44 820.80 86 44 '

614.40 86 24 40 56 703.68 86 48 72 44 822.96 72 48 616.08 56 24 44 40 704.16 64 24 44 40 825.12 100 32 617.04 72 24 48 56 705.36 72 28 64 56 829.20 86 28

619.20 86 24 72 100 709.44 86 32 44 40 833.28 100 24 623.28 100 44 64 56 714.24 100 28 40 48 837.12 100 24 624.96 100 24 40 64 716.64 86 24 40 48 837.60 100 56 625.44 86 44 64 48 717.60 100 28 72 86 840.00 72 24 627.84 100 32 72 86 720.00 72 32 64 48 842.40 86 28 628.32 72 40 64 44 725.52 86 32 72 64 843.84 100 32 628.56 44 24 40 28 727.20 100 48 64 44 844.32 86 44 630.00 72 32 56 48 731.52 64 24 32 28 848.64 72 32 631.92 86 28 48 56 732.96 100 44 86 64 853.44, 64 24 636.48 100 44 56 48 733.44 44 24 40 24 857.04 100 32

637.92 100 28 64 86 734.64 100 28 48 56 859.92 86 32 640.08 64 28 56 48 737.04 86 24 48 56 864.00 72 32 642.96 100 48 72 56 740.64 72 28 48 40 872.64 100 44 645.12 86 28 56 64 744.24 100 24 64 86 875.04 100 48 648.00 72 32 48 40 746.64 64 24 56 48 880.08 48 24 651.12 100 24 56 86 750.00 100 28 56 64 884.64 86 28 651.60 100 44 86 72 750.48 86 40 64 44 888.96 100 24 653.28 56 24 28 24 752.40 86 24 56 64 895.92 64 24 654.48 72 24 40 44 754.32 64 28 44 32 897.60 72 28 655.20 86 28 64 72 756.00 72 32 56 40 900.00 72 24

656.16 100 32 561 64 762.00 100 72 64 28 903.12 86 32 656.64 86 40 56 44 763.68 100 44 56 40 909.12 100 24 658.32 64 28 48 40 764.40 86 24 64 72 914.40 64 24 660.00 56 32 44 28 767.76 100 56 86 48 916.32 72 24 663.36 86 40 72 56 768.00 64 28 56 40 916.80 100 24 666.72 100 32 64 72 770.16 56 24 44 32 921.36 86. 28 668.88 86 24 56 72 771.36 100 56 72 40 925.68 72 28 670.08 86 28 40 44 774.00 86 48 72 40 933.36 56 24 672.00 100 64 86 48 777.84 100 24 56 72 935.04 100 28 673.20 72 28 48 44 779.28 100 28 40 44 938.16 86 32

673.44 100 28 44 56 780.48 86 24 40 44 942.96 100 28 675.12 100 40 72 64 785.52 72 32 64 44 946.08 86 24 675.60 86 28 44 48 785.76 100 28 44 48 947.76 86 28 678.96 72 28 44 40 788.40 86 24 44 48 954.48 100 32 681.84 100 32 40 44 792.00 72 24 44 40 960.00 72 24

ECAUGÃO

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164 .

mm.

C

64 48 86 44 56 72 56 64 44 72

40 72 86 56 64 72 72 44 32 64

64 64 64 56 44 48 64 56 64 40

56 40 40 56 44 40 48 40 48 64

44 44 72 56 64

D

40 44 40 40 44 44 32 28 40 64

48 86 44 48 56 64 40 28 24 56

48 40 40 32 24 40 72 40 44 32

40 44 28 44 48 32 32 24 44 44

40 40 56 44 48

Page 288: 07 - Usinagem

TABELA DE H*LICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milimetros) INFORMAÇÃO 1 5.1 5

TECNOLóGICA

'5UAN,'CA PARA AVANGOS DE 9 G l . s ~ ' ' "'^" '

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D

964.32 100 32 72 56 1182.5 86 24 44 32 1636.3 100 24 72 44 967.44 86 32 72 48 1194.5 100 24 86 72 1645.7 72 24 64 28 977.28 100 44 86 48 1200.0 72 24 40 24 1658.6 86 28 72 32 979.68 100 28 64 56 1204.1 86 24 56 40 1666.6 100 24 40 24 981.84 100 40 72 44 1206.2 86 28 72 44 1675.2 100 28 86 44 982.80 86 28 64 48 1227.4 100 32 72 44 1680.0 72 24 56 24 987.36 72 28 64 40 1228.6 86 24 40 28 1714.3 100 28 64 32 990.00 72 24 44 32 1234.3 72 24 48 28 1720.1 86 24 48 24 1000.1 100 32 64 48 1246.8 100 28 64 44 1750.1 100 24 56 32 1003.4 86 24 56 48 1249.9 100 24 40 32 1791.6 100 24 86 48

10Q5.8 64 24 44 28 1250.9 86 24 64 44 1800.0 100 24 72 40 1007.8 100 32 86 64 1260.0 72 24 56. 32 1833.4 100 24 44 24 1008.0 72 24 56 40 1272.7 100 24 56- 44 1842.9 100 28 86 40 1013.5 86 28 44 32 1279.9 64 24 56 28 1920.0 72 24 64 24 1023.8 100 28 86 72 1285.7 100 24 72 56 1928.6 100 28 72 32 1026.7 56 24 44 24 1290.0 86 24 48 32 1935.1 86 24 72 32 1028.6 100 28 48 40 1316.4 100 28 86 56 1954.6 100 24 86 44 1032.0 86 24 48 40 1320.0 72 24 44 24 1965.6 86 24 64 28 1047.4 72 24 64 44 1326.7 86 28 72 40 1999.9 100 24 48 24 1050.0 100 32 56 40 1333.4 100 24 64 48 2006.6 86 24 56 24

1055.5 86 32 72 44 1343.8 100 24 86 64 2150.2 100 24 86 40 1066.6 64 24 40 24 1350.0 100 32 72 40 2211.4 86 24 72 28 1071.4 100 28 40 32 1351.4 86 24 44 28 2250.0 100 24 72 32 1072.3 86 28 64 44 1371.4 100 28 64 40 2285.8 100 24 64 28 1075.0 86 24 40 32 1375.2 100 24 44 32 2293.4 86 24 64 24 1080.0 72 24 48 32 1375.9 86 24 64 40 2303.5 100 28 86 32 1090.8 100 24 48 44 1399.9 100 24 56 40 2333.3 100 24 56 24 1094.6 86 24 56 44 1402.6 100 28 72 44 2571.4 100 24 72 24 1097.3 64 24 48 28 1407.4 86 24 72 44 2580.0 86 24 72 24 1100.2 100 24 44 40 1428.7 100 24 40 28 2666.6 100 24 64 24

1102.1 100 28 72 56 1433.3 86 24 40 24 2687.5 100 24 86 32 1105.7 86 28 48 32 1440.0 72 24 64 32 3000.0 100 24 72 24 1120:l 6\4 24 56 32 1454.6 100 24 64 44 3071.5 100 24 86 28 1125.1 100 24 72 64 1465.9 100 32 86 44 3583.4 100 24 86 24 1131.6 72 24 44 28 1474.3 86 24 48 28 1142.9 100 24 64 56 1493.3 64 24 56 24 1146.7 86 24 64 48 1500.0 100 28 56 32 1151.8 100 28 86 64 1505.0 86 24 56 32 1152.0 72 24 64 40 1535.8 100 24 86 56 1161.1 86 32 72 40 1543.0 100 28 72 40 I 1166.6 100 24 56 48 1548.0 86 24 72 40 1172.6 100 40 86 44 1571.5 100 24 44 28 1173.4 64 24 44 24 1576.8 86 24 44 24 1178.6 100 28 44 32 1600.1 100 24 64 40 k&@g$$$ 1179.4 86 28 64 40 1612.6 100 32 86 40 i"4f;;Ass:,g

Nos avanços indicados nesta página poderá ser utilizado tanto o avanço automático como o rápido.

.

Page 289: 07 - Usinagem

FRESADORA COM O FUSO DE 1 //a" E DIVISOR 1/40

USO DA TABELA DE DECIMAIS EQUIVALENTES

Quando a hélice for maior que 149,31, 1.O) 167,5 + 3,5833 = 46,7446 usa-se 1 jogo de 6 engrenagens.

um dos decimais da tabela, iniciando de pre- 46,67 monta-se da seguinte forma: ferência, pelo maior. No caso do quociente estar contido na tabela de hélice, mesmo que 64 X 56 X 86 aproximadamente, usam-se as engrenagens 3.O) --

24 X 32 X 24 L

correspondentes ao niimero do quociente montados conjuntalnente com as engrenagens 4.0) hva: Multiplica-se o resultado da fia- do decimal equivalente que tomamos como ção por 10 que é o constante da máquina

e, teremos 167,2222, sendo êste o resul- Ex.: Cálculo das engrenagens para uma hé- tado aproximado da hélice desejada.

766

Page 290: 07 - Usinagem

Comes de flonco Carnes de face

F6LHA DE INFORMACAO 1 6.1 TECNOL6GICA

FRESADOR

Cgmes eilhdriço com ranhura

Curvas ("carnes") são mecanismos com su- o seguidor move-se em uma direção perfície ou entalhe de forma especial, desti- perpendicular ao eixo do "carnes". nado a produiir um movimento particular num segundo elemento denpminado "segui- 2 . O Curvas cilí'ndricas, nas quais o se-

'dor". A forma da curva ("carhe") depende do guidor move-se paralelamente ao

movimento que se deseja e do tipo de segui- eixo das mesmas.

dor empregado. O tipo de curva ("carne") é Tipos de movimento. As curvas ("cames")

determinado pela relação exigida entre par- podem ser projetadas para um mo-

tes e pelo movimento de ambas. vimento uniforme, variado ou harmônico.

~i~~~ de curvas (ucamesn). A direçgo do Em muitos casos, a combinação dêstes movi-

movimento do seguidor em relação ao eixo mentos, com superfícies dispostas de modo a

das curvas (“carnes'') detemina dois tipos ge- provocar KIma elevação ou quebra brusca, ou

rais dos mesmos: a manter estacionário o seguidor, determinam a forma completa da superfície das curvas

1.O Curvas radiais ou de placa, nas quais ("cames")

J 169

CURVAS ("CAMES")

Camcs cilíndrico de extremidade

Page 291: 07 - Usinagem

CALCULO DO PASSO DA HÉLICE - Ph I FRESADOR

Calcular o passo da hélice (Ph), sabendo-se que a penetração da ferramenta (pr) é igual a 5 mm num ângulo de 22O 30'.

pr X 360° Ph =

8 . . . x - , . " . , , , _ I __. ._. - _ --- A

I j I

Então,

CURVAS ("CAMES")

Para determinar o passo da hélice têm-se que conhecer elementos como penetração da ferramenta por grau.

Exemplo:

A C Determinação das Engrenagens - -

B D

pf = passo do fuso = 6 mm C = coroa = 40 dentes

FOLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA

Outro exemplo:

16.2

Determinar o passo da hélice sendo dados: pr = 20 e oc = 70°.

102,85 Na fração encontrada

240 encontra-se um resultando com decimais, assim é im-

possível a determinação das engrenagens. Mas, se aproximar o valor de Ph ao mais próximo do real que seja divisível pelo

seu denominador 240, então o cálculo determinará as engrenagens. Esta aproximação altera a penetração sem prejudicar o funcionamento do carnes.

Então aproximando Ph temos:

Page 292: 07 - Usinagem

As engrenagens de fabricação norte-ame- ricana são calculadas pelo sistema "Diametral Pitch". No Brasil, Alemanha, França etc. é adotado o sistema Módulo.

Compreende-se por "Diametral Pitch" (DP) o número de dentes por uma polegada no diâmetro primitivo (Dp).

Quando se diz que uma engrenagem de DP = 20 compreende-se que a referida engre- nagem possui 20 dentes em uma polegada (1").

FRESADOR

Ainda por "Diametral Pitch" (passo dia-

metral) entende-se o número de dentes dividi-

do pelo diâmetro do círculo primitivo medido

em polegadas. O número de dentes por pole-

gada da circunferência do círculo primitivo

é igual a n-(polegada da circunferência pri-

FBLHA DE INFORMAÇAO TECNOLóGICA

"DIAMETRAL PITCH"

DP mitiva) --. Uma roda de DP igual a 22 tem

r

1 7.1

portanto: n - 22 = 7 dentes por uma pole-

gada.

FORMULA:

N Diametral Pitch (DP) = - ou

N + 2 D P De

Diâmetro externo (De) = N + 2 2 DP ou D p + =

N . De Diâmetro primitivo (Dp) =

N N + 2

OU - DP

Número de dentes (N) = Dp . DP

r Espessura do dente (1 = e) -- 2 . DP

2 - 1 8

Dt- 6

n - 1,9i Z

Dp- 3"

Page 293: 07 - Usinagem

Altura da cabeça (h2) = De ; Dp ; 1" N i - 2 N DP

1,157 Altura do pé (h) = - DP

17.2

2,157 Altura do dente (h) =- DP

FGLHA DE INFORMAÇAO TECNOL6GICA

FRESADOR

N' + N2 Distância entre centros (D) = --

2 . Dp Exemplo:

Desejando-se fresar uma engrenagem "Dia- DP = 12, calcular os demais dados necessá- metral Pitch" com 18 dentes (N = 18) e rios.

De = N4-2 1 8 + 2 -

DP - 12 = 1,666"

N 18 - 12

- 1,500" D p = ~ - - -

2,157 2,157 h=------ DP

- 12

- 0,179"

Di = De - 2h = 1,666" - 0,358" = 1,308".

"DIAMETRAL PITCH"

Módulo

Métrim

M

0,3530 0,4230 0,5050

, 0,5080 0,5290 0,5520 0,5770 0,6050 0,6350 0,6680 0,7055 0,7470 0,7937 0,8080 0,8466 0,8980 0,9070 0,9770 1,0110 1,0160 l,0580 1,1040 1,1545 1,1550 1,2095 1,2700 1,3368 1,3475 1,4110 1,4940 1,5160 1,5875 1,6170 1,6930 1,7960 1,8140 1,9538 2,02 1 o

TABELA DE CONVERSAO DE MÓDULO MÉTRICO EM "DIAMETRAI. PITcH"

Passo

Circunferencial

1 (polegadas)

Altura do Dente

d = A = Módulo

Métrico

M

2,1166 '. 2,3090

2,3100 2,5260 2,5400 2,6950 2,8220 3,0320 3,1750 3,2340 3,5370 3,6285 4,0425 4,2330 4,5480 5,0530 5,0800 5,3900 5,5580 6,0640 6,3500 6,5690 7,0740 7,2570 7,5790 8,0850 8,4670 9,0960 9,2360 9,6010

10,1060 10,1600 10,6110 11,1170 1 1,2890 1 1,6230 12,1270 12,7000

- Passo

Circunferencial

(polegadas)

Diametral

Pitch

72,0000 60,0000 50,2656 50,0000 48,0000 46,0000 44,0000 42:OOOO 40,0000 38,0000 36,0000 34,0000 32,0000 31,4160 30,0000 28,2740 28,0000 26,0000 25,1328 25,0000. '2"4;000q , 23,0000. 22,0000, 21,9900 21'0boa'" 20,pooo 19,0000 18,8490

'. 18,0000 17,0000 . 16,m'so 16,0000 15,7000 f15,OOOO . 14,1370 14,0000 13,0000 12,5660

Altura do Dente

Diametral

Pitch

12,0000 1 1,0000 10,9900 10,0530 10,0000 &

9,4250 _ ~ 0 0 0 0 , 8,3770 8,0000 7,8540' ' 7,1810 7,0000 6,2830 6,0000 5,5850 5,0260 5,0000 4,7120 4,5690 4.1890 4,000.6 3,8660 3,5900 3,5000 3,3500 3,1416 3,0000 2,7900 2,7500 2,6450 2,5130 2,5000 2,3930 2,2848 2,2500 2,1850 2,0940 2,0000

Page 294: 07 - Usinagem

TABELA DE IKWLICE EM FRESADORAS FBLHA DE FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO 1 7.3

TECNOL6GICA

HÉLICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO D E 1/4" E DIVISOR 1/40

P h A B C D P h A B C D P h A B C D "-670; 24 86 24 iw i:5?7: 24 44 28 roo ;1;886. 24 56 44 ioo

Page 295: 07 - Usinagem

HLLILLS ~ L M POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR

Page 296: 07 - Usinagem

HÉLICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

Page 297: 07 - Usinagem
Page 298: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLi-iA DE FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO 17.7

TECNOL6GICA

H ~ L I C E S EM POLEGADA FRESAD A COM O FUSO DE 114" E BIVISOR 1/40

- - .-e

Page 299: 07 - Usinagem

HELICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR

Page 300: 07 - Usinagem

FRESADOR TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE

(em polegadas) INFORMAÇAO 17.9 TECNOLÓGICA

HÉLICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE I/# E DIVISOR 1/40

.,.-

Page 301: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS F6LHA DE FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO 1 7.1 0

TECNOL~GICA

HÉLICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

182

Page 302: 07 - Usinagem

I TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS F6LHA DE

FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇÃO 1 7.1 1 TECNOLÓGICA

POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4' E DIVISOR 1/40

Page 303: 07 - Usinagem
Page 304: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO 1 7.1 3

TECNOLóGICA

6 HELICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

. ,.-

Page 305: 07 - Usinagem
Page 306: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE

FRESADOR (em polegadas) TECNOLóGICA INFORMAÇÃO 1 7.1 5

HELICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

i ai.

Page 307: 07 - Usinagem
Page 308: 07 - Usinagem

HELICES EM POLEGADA FRESADORA COM O FUSO DE I/# E DIVISOR 1/40

Page 309: 07 - Usinagem

TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS F3LHA DE R' - FRESADOR (em polegadas) TECNOLÓGICA INFORMAÇÁO 1 7.1 8 .

I HELICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE l/dl E DIVISOR 1/40

- a.

48 36.46 100 24 56 64 [ r l . ~ ~ % ~ ~ . l roo 40 72 44 33.00 t " "

40 36.46 IWJ 24 28 32 h4~95.1 86 28 64 48

33.33 100 24 32 40 36.67 48 24 44 24 i40.95. 86 zq 64 56 33.33 roo 48 64 40 36.67 64 aq 44 32 )4qF$5. 86 24 32 28

33.33 64 24 40 32 36.67 56 24 44 28 1 . 72 28 64 4 0 '

v I

190 . - --- - - L... L' - -. - -. -

Page 310: 07 - Usinagem

HELICES EM POLEGADA

FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

- - 2.. 7 . - - . 7 -

* - '- TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE

FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇÁO 1 7.1 9 TECNOLóGICA

I.

1

4 - I

I

I

L. I I I I

I ' . A

9

4

*

v*..: i 4 a . 8

Page 311: 07 - Usinagem

l INTERME- I DIARIA

0 3 0 0 - m o \ , g g ; ; ~ g g g ; ; g s ~ s g g g ~ ~ ; : g ~ p o 2 g l N T E R M E - DIARIA

I g & ~ N g g & ~ N $ g % & ~ g g & ~ ~ * ~ % ~ g C ; g ~ ~ N W P ENGRENAGEM DO FUSO

. 3 HELICE EM POLEGADAS

I ENGRENAGEM DO DIVISOR~

al IQ INTERME- f DIARIA

I I I O 29 INTERME-

DIARIA - ENGRENAGEM O DO FUSO

3 HÉLICE EM

I POLEGADAS ENGRENAGEM DO DIVISOR -

lg INTERME-

- - DIÁRIA

I 1 29 INTERME- ! DIARIA

I

~3 ENGRENAGEM DO FUSO -

Page 312: 07 - Usinagem

I RETIFICADOR I OBJETIVOS DA RETIFICAÇÁO. CONDIÇÕES DE I ~ ~ ! $ , " ~ A ç ~ o TRABALHO. AÇÃO CORTANTE DO REBOLO. I TECNOLÓGICA

A Retificação com Rebolos A brasivos é um processo moderno e aperfeiçoadíssimo de acabamento das superfícies. Resulta da ne- cessidade de precisão imposta pelo notável progresso da indústria mecânica.

Nenhum processo manual, por cuida- doso e demorado que seja, poderá exceder em rigor o de acabamento de uma superfície por meio da retificação mecânica.

IE SE FAZ A RETIFICAÇÃO

1) Para dar melhor acabamento às superfícies que tenham sido usinadas em outras má- quinas ferramentas, como, por exemplo,

: a furadeira, o torno, a plaina, a fresadora. Estas máquinas elaboram superfícies nas quais os gumes das ferramentas deixam rugosidades ou saliências e rebaixos. Po- dem estas ser quase insignificantes, mas impedem o emprêgo da peça nos casos em que se exija alta qualidade de superfície.

Para dar às superfícies tal grau de perfei- ção de forma e de precisão de medidas que permita a obtenção de peças intercambiá- veis, isto é, peças pràticamente idênticas e por isso capazes de ser substituídas umas pelas outras. É essa uma exigência da in- dústria moderna que, para atender a ra- zões econômicas, produz peças seriadas em grande escala.

3) Para retificar peças que tenham sido de- formadas ligeiramente durante um pro- cesso de tratamento térmico (têmpera, re- venimento, recozimento, cementação, ni- truração).

4) Frequentemente, o acabamento de uma peça para dar-lhe medidas precisas e su- perfícies de alta qualidade, sòmente pode ser feito depois de estar ela endurecida pela têmpera, ou pela cementação, ou ainda pela nitruração. Em tais casos, de- vido à dureza da superfície a atacar, sò- mente é possível o emprêgo dos rebolos. Suas partículas abrasivas, de dureza e fi- nura extremas, e, além disso, a precisão da manobra que determina o leve contato do rebôlo com a superfície, permitem o aca- bamento desejado, pela gradual remoção de camadas finíssimas de material.

A retificação exige o estabelecimento das seguintes condições de trabalho:

1) qualidade do abrasivo do rebolo, tendo em conta a espécie e a dureza do mate- rial cuja superfície vai ser retificada;

2) granulação do rebolo (tamanho dos grãos abrasivos) à vista do acabamento que se deseja obter;

3) tipo de aglomerante dos grãos abrasivos do rebôlo;

4) forma do rebolo;

5) modo de fixação da peqa;

6 profundidade da passada do rebolo;

7) velocidade de rotação do rebôlo;

8) velocidade da peça;

9) velocidade de avanço lateral da peça;

10) espécie e quantidade do líquido refrige- rante.

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I I FGLHA DE OBJETIVOS DA RETIFICAÇXO. CONDIÇÕES DE 1 , .2 1 TRABALHO. AÇÃO CORTANTE DO REBOLO. TECNOLÓGICA

AÇÃO CORTANTE DO REBOLO

Os rebolos, de variadas formas e di- deza, até embotar. Devido à sua estrutura versos tamanhos, são verdadeiras ferramentas cristalina, quebra-se e apresenta novas ares- cortantes dotadas de milhares de dentes duros tas cortantes contra a face que está atacando e agudos - os grãos abrasivos - cuja adesão (fig. 2). se mantém por uma substância aglomerante O processo de fratura é gradual, pros- (figs. 1 e 2). seguindo com o avanço do trabalho. Chega

Os grãos abrasivos cortam efetivamente minúsculas :partí- culas dii superfície contra a qual se põem em contato e mediante a velocidade de rotação do re- bolo.

Os tamanhos das partí- culas de material destacado de- pendem da granulação do rebolo.

1) Os grânulos grossos cortam cavacos ou partículas maiores, e a superfície fica áspera. Es- ta é uma AÇÃO DE DESBASTE

OU ESMERILHADORA apenas.

Fig. 1 Fig. 2

2) Os grânulos finos cortam cavacos menores um momento em que cada partícula abrasiva e produzem uma superfície mais lisa, mais desgasta-se tanto e o atrito produz tal calor

bem acabada. Esta é uma AÇÃO DE ACABA- que ela se solta do aglomerante e é expelida

MENTO OU DE RETIFICAÇÃO. da superfície do rebolo pela pressão resultante do atrito. Nova partícula, de arestas agudas,

Cada grão abrasivo vai cortando gra- toma o seu lugar e dessa forma prossegue a dualmente a superfície até perder sua agu- ação cortante do rebolo.

QUESTIONARIO

1) Qual a necessidade industrial que exige o processo de retificação?

2) Quais são as finalidades da retificação?

3) Quais as condições de trabalho necessárias à retificação?

4) Explique, com um esboço, a ação cortante do rebôlo.

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Page 315: 07 - Usinagem

I FaLHA DE

RETIFICADOR RETIFICADORA PLANA INFORMACÃO TECNOLÓGICA 1.4

Ao fim do curso, em cada extremo, o batente toca a alavanca de comando hidráuli- co que, atuando nas válvulas, inverte o sen- tido do movimento.

Para operações preparatórias, a mesa pode ser deslocada pelo giro da roda manual. Um sistema de pinhão dentado e cremalheira

i produz o movimento.

1 I Movimento transversal da mesa

A cada inversão de curso, por um dis- positivo automático, o carro suporte da mesa arrasta-a num pequeno avanço transversal, para oferecer superfície de ataque ao rebolo. Há dispositivos próprios para limitar o curso transversal. Nas máquinas das figs. 1 e 3, o deslocamento transversal máximo é de 6". Também se dá movimento transversal àl,mesa

r girando a mão, a roda respectiva.

Movimento vertical do rebôlo

Fig. 3 - Retificadora plana vertical Faz-se manualmente, na roda superior. O avanço micrométrico do rebôlo contra a lace da peça é regulado e controlado com ex- trema precisão por um anel graduado. Possi- madas de espessuras em centésimos de milí- bilita, dessa forma, passadas de sensível deli- metro ou em milésimos ou décimos milésimos cadeza, capazes de desgastar o material em ca- da polegada.

ESPECIFICAGOES DE UMA FKETIFICADORA PLANA

São usuais as seguintes: Dimensões da mesa Curso transversal máximo Velocidade do rebôlo (rpm) Curso longitudinal máximo Avanço vertical máximo do rebôlo ~ i â m e t i o máximo do rebôlo Número de velocidades de avanço lon-

gitudinal da mesa

Número de velocidades de avanço transversal da mesa

Graduação micrométrica do avanço transversal automático.

Graduação miciométrica do avanço vertical do rebôlo

Potência do motor do rebôlo e do mo- tor do sistema hidráulico

QUESTIONARIO

1) Que operação executa a retificadora plana? Qual a ferrailienta de corte?

2) Quaís 6s dois tipos gerais de retificadora plana?

3) Utilizando uinn gravura de catálogo, explique ~esurnidarnei:te como funciona uma rctificadora plana.

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P - - ---- - - - - - -- . - - - -- - . -

1

FõLHA DE RElIFICADOk

RECOMENDAÇÕES E REGRAS DE SEGURANÇA- ,NFOIM*~AO SOBRE O TRABALHO NA RETIFICADORA PLANA TECNOL~GICA 7.5 .

1) Certifique-se de que a peça está firme e adequadamente fixada.

2) Verifique, por leves pancadas de martelo, se o rebôlo dá um som claro. Caso isso não aconteça, provàvelmente o mesmo terá fraturas ou trincas e, portanto, deve ser rejeitado para uso na retificadora. Monte um perfeito.

3) Certifique-se de que o rebôlo está mon- .tado corretamente na retificadora, e com a- necessária proteção.

Se não conseguir que o eixo penetre,fà- cilmente no furo- do rebôlo, raspe ligei- ramente a bucha de chumbo.

8) Não retire jamais um- retificador de dia- mante do quarto de ferramentas, sem antes aí verificar se o diamante está fir- memente engastado- no corpo da ferra- menta. Com isso, poderá evitar a res- ponsabilidade por um estrago que não praticou. Evitará, também, em caso de defeito, inutilizar a ferramenta, caso a pedra jássteja frouxa.

Fig., 2 - Retificadora uista de lado Fig. 1 - Retificadora vista de frente

4) Tenha cuidado quanto à velocidade do rebôlo, que deve girar dentro do limite de seguranja. Se tiver dúvida quanto à velocidade, consulte o instrutor. Não confie exclusivamente na sua memória.

5) Lembre-se de mudar as "rpm" do eixo, quando tiver que substituir o rebôlo por outro bem maior ou bem menor.

618 Retifique sempre o rebolo, depois de substituí-io por outro. Qualquer excen- tricidade, por laenoi que seja, inutilizará o trabalho.

9) 0 rebôlo de abrasivo, como qualquer outra ferramenta de corte, perde a forma correta e se embotã, com o uso. Retifi- que-o e recondicione-o de vez em quan- do.

10) Verifique se os batentes de inversão do movimento longitudinal da mesa estão corretamente ajustados.

11) Nas operações de fixar a peqa, limpar ou . lubrificar, talvez seja necessái-io mover manualmente a mesa. Desloque primei- raineilte o reb0lo.

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I I FOLHA DE RETIFICADOR RECOMENDAÇGES E REGRAS DE SEGURANÇA I N ~ ~ ~ ~ ~ c ~ ~

SOBRE O TRABAL~O NA RETIFICADORA PLANA TECNOL~GI~A 1 lo6 1 127 Não tente £azer a máquina trabalhar

quando a correia está deslizando. Preste especial atenção à correia de acionamento do eixo do rebôlo.

13) Mantenha sempre protegidos os instru- mentos de medição e de controle, quando não estiverem em uso.

14) Na retificação de acabamento, se for ne- cessário parar a máquina por muito tem- po (por exemplo, para a merenda ou durante a noite), não ponha o rebôlo em contato, imediatamente após a par- tida do motor. Muitas peças têm sido inutilizadas pela não observância desta regra. Deixe a máqulna girar livremente, durante 5 minutos, para aquecimento.

15) Ao executar qualquer operação, em qual- quer tipo de retificadora, use óculos de proteção.

16) Verifique se todo o equipamento de se- gurança (guardas e protetores) está em seu lugar.

17) Evite conversa quando a retificadora es- tiver funcionando.

18) Enrole as mangas da camisa.

19) Não use gravata.

20) Mantenha a camisa enfiada no cós das calças. Qualquer parte solta da sua ca- misa pode ser apanhada entre a peça e o rebôlo em alta velocidade, e arrastá-lo para a máquina.

21) Use um gorro ou um casquete. Cabelos longos e despenteados são causa de aci- dentes perigosos.

22) Não são de boa regra brincadeiras e gra- cejos durante o trabalho. Lembre-se de que outras pessoas trabalham próximo e em volta de você. A segurança de todos deve ser resguardada.

NORMAS TRADUZIDAS DO LIVRO "MACHINE TOOL OPERATION" DE HENRY D. BURGHARDT E AARON AXEL- ROD (Edit. MC GRAW-HILL BOOK)

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- - - - MEIOS DE FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA FBLHA DE

RETIFICADOR RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA. INFORMAÇAO TECNOLóGICA

1.7

I Uma das condições para a perfeição e o ri- 2) entre as mandíbulas da morsa, prèviamente gor do trabalho de retificação é a cuidadosa fixada na mesa da retificadora; 3) numa placa e exata fixação da peça cuja superfície vai ser magnética, por sua vez fixada na mesa da re- retificada. tificadora pelos meios normais (grampos e

Podem ser utilizados três processos de parafusos com porcas). fixação: 1) diretamente na mesa da máquina;

FIXAÇãO DIRETA NA -. MESA - - . DA RETIFICADORA

As peças maiores, e cuja forma per- fusos de fixação. Da mesma forma como se mite o emprêgo de grampos, parafusos, calços, fixam peças diretamente na mesa da. plaina etc., podem ser fixadas diretamente na mesa limadora (assunto tratado em informação tec- da retificadora. Dispõê esta mesa - como a nológica anterior), procede-se, para a fixação de várias outras máquinas ferramentas, por de peças na mesa da retificadora plana, utili- exemplo a furadeira, a plaina e a fresadora - zando-se, conforme a conveniência, os diver- de ranhuras com a seção de um "tê" invertido sos tipos de grampos, cunhas, cantoneiras, etc. nas quais se podem alojar as cabeças dos para-

Uma vez fixada a morsa na mesa pelos meios normais (parafusos através das ranhuras em "T" da mexa e das fendas das orelhas exis- tentes na base da morsa), prende-se a peça a retificar entre as mandíbulas. Usam-se os cal- ços que forem necessários e procede-se ao con-

trole usual de precisão da morsa e sua fixação - paralelismo do fundo, da face da mandí- bula móvel, etc - de modo semelhante ao indicado quando se tratou da operação da morsa na plaina limadora (informação tecno- lógica anterior).

CUIDADOS A TOMAR PARA A FIXAÇÃO

A peça a retificar deve ser submetida a rigorosa limpeza. Também devem estar perfeitamente limpos todos os dispositivos e acessórios de fixação, tais como parafusos, porcas, arruelas, grampos, placas, calços, can- toneiras, morsas e ranhuras da mesa.

O controle prévio das partes ou dos acessórios (calços de precisão, por exemplo) que podem influir na correta fixação da peça

- seja diretamente na mesa, seja na morsa - constitui uma providência importantíssima, sem a qual o trabalho de retificação pode vir a ser totalmente inutilizado.

Deve-se lembrar que qualquer sujeira, por leve que seja, ou uma pressão de apêrto, capaz de empenar ou deslocar a peça, pode concorrer para um trabalho defeituoso de re- tif icação.

FIXAÇX? NA PLACA MAGNÉTICA

Usa-se fixar, na face plana de uma Placa Magnética, as peças pequenas ou de pouca espessura, sujeitas fàcilmente a defor- mação ou de fixação difícil senão impossível pelos outros processos indicados.

Há dois tipos diferentes de placas mag- néticas que, embora com aparência exterior semelhante, se caracterizam pelo processo de magnetização da sua face superior que, em ambos, é plana e lisa.

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r

MEIOS DE. FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA F6LHA DE RETI FICADOR INFORMAÇÁO

RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA. TECNOLóGICA 1.8 I

1 .O) A PLACA ELETROMAGNÉTICA

Fig. 1 -, fixa fortemente a peça por netos, quando o fio de alimentação da placa atraçáo eletromagnética. A face superior é é ligado a uma tomada de corrente continua.

., formada por um certo número de pólos mag- Não se pode ligar a placa magnética à cor- néticos, separados por metais não magnéticos. rente alternada. Bobinas de fios isolados criam os eletromag-

Fixoçõo. com / E%@ Circuitos mognétlcos

A Fio de olimenta~do

grompo e

parafueo

Ranhura

da mesa

Fig. 1

2.O) A PLACA DE MAGNETISMO PERMANENTE

Fig. 2 - não exige corrente elétrica. Sua face superior é formada de vários ímãs permanentes. O circuito dêsses ímãs é fechado por meio de uma chave, criando uma enérgica aderência entre a face superior da placa e a peça a retificar.

Em ambos os tipos de placas, a aderên- cia resultante do fechamento dos circuitos magnéticos é suficiente para resistir à pressão produzida pelo contato do rebolo da retifica- dora girando a alta velocidade.

O processo de fixação na placa magné- tica sòmente é aplicável às pesas de metais sensíveis à magnetização (ferro, aço e ferro fundido). Se o material não for magnético, é necessário antes £ixá-10 adequadamente numa

~ c k w Fig. 2

base de ferro ou aço, que se aplica sôbre a placa.

Não se usa líquido refrigerador na pla- ca magnética, a não ser que tenha constituição especial apropriada à refrigeração úmida.

1) Explique as características dos dois tipos de placas magnéticas.

2) Como se faz a fixação direta na mesa da retzicadora plana?

3) Quais os três tipos de fixação da peça na retificadora plana?

4) Quais os cuidados a tomar para a fixação da peça?

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1

FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇAO. FBLHA DE I RZTIFICADOR FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO:

INFORMAÇÁO .1,11 I

TECNOL6GICA

Os fabricantes norte-americanos de re- As dimensões normais, em geral em po- bolos estabeleceram uma classificação estan- legadas (mais usuais), ou em milímetros, são dardizada de formas, cujos tipos estão mostra- referentes ao diâmetro exterior, à espessura dos abaixo, e que tem aplicação no Brasil, e ao furo. As demais dimensões detalhadas, onde é muito comum o uso dos materiais de rebolos de formas especiais, se encontram abrasivos de procedência "Norton" e "Car- sempre especificadas nos desenhos dos catálo- borundum". gos dos fabricantes.

FORMAS DOS REBOLOS

1.0 GRUPO - REBOLOS DE DISCO

Figs. 1 a 7

2.O GRUPO REBOLOS DE PICATO as

Figs. 8 a 15

Figs. 16 a 27

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*. - - r&-- - - I

I

FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇAO. FGLHA DE RETIFICADOR i hC. ,

i FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO. INFORMACAO ' '1 1 2

TECNOLÓGICA

I

'. :)I U I 11 \ , FIXAGÃO DO REBOLO NO EIXO DA RETIFICADORA 4 . C , ' . I>&# d h . 1 L # B A, . . ' , I

.A correta montagem de um rebolo no . , I . , . r , 1 . L I L: . eixo é de grande importância. Evita danos possíveis na peça a retificar e previne prová- veis acidentes pessoais.

O rebôlo é uma peça frágil que não deve estar sujeita a choques. Além disso, du- rante o seu trabalho, em alta rotação, fica submetido ao efeito de uma força centrífuga. Antes da montagem, portanto, DEVE SER BEM

EXAMINADO, pois pode apresentar trincas ou outros defeitos. Um dos meios de testá-lo con- siste em dar-lhe leve pancada, com um pe- queno martelo: um som muito claro e carac- terístico indica o rebôlo perfeito.

Os processos de montagem do rebolo de -

furo e do de anel estão mostrados nas figs. Fig. 28 Fig. 29

28 e 29. O rebolo de furo se monta sempre aper-

tado entre dois flanges fundidos e usinados bolo, quando da rotação do eixo. Não é acon- com um rebaixo na face interna (fig. 28). selhável apertar-se exageradamente a porca. O Deve o rebolo estar sempre rigorosamente sentido da rosca do eixo deve ser tal que a centrado, quer em relação ao eixo, quer em porca tenda a apertar quando o rebolo gira. relação aos flanges. O diâmetro do eixo é dependente, em

13 indispensável que o contato se faça caso, do diâmetro e da espessura do rebôlo e através de discos de papel grosso especial, que da sua velocidade circunferencial. O eixo já são pregados, na fábrica, em ambas as faces deve-se ajustar livremente no furo do rebôlo, do rebôlo. Êsse contato se dá apenas nas es- mas sem qualquer jogo. Uma bucha de chum- treitas coroas circulares salientes, nas bordas bo forra o furo do rebolo. dos flanges. Na fig. 29 se vê, com clareza, o dispo-

A porca deve ter o apêrto justo sufi- sitivo de montagem dos rebolos cilíndricos de ciente para produzir o arrastamento do re- anel ou rebolos lapidários.

I

I 1

1

I i

1

I

t

I I

,

i j

f +

.

QUESTIONARIO

1) Faça Os esbosos de várias formas de rebolos.

2) Indique, com esboços, alguns tipos de perfis de rebolos.

3) Por que é importante a montagem do rebôlo? Qual o meio simples de testar um rebôlo, antes de montá-lo no eixo?

4) Explique, com esboços simples, as montagens do rebolo de furo e do de anel.

Page 322: 07 - Usinagem

; IETIFICADOR CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCOLHA DE F6LHA DE

REBOLO DE RETIFICAÇÃO INFORMACÁO 1 -1 3 TECNOLÓGICA I

Os rebolos para retifica~ão, de varia- As características relativas à espécie do dos tipos e formas, devem ser escolhidos para Abrasivo, granulação, grau, estrutura e tipo cada tarefa, tendo em conta as recomendações de aglomerante já foram, ,em, têrmos gerais, e especificações dos fabricantes. -. . definidos (57 que trata especialmente de re-

- , bolos). -. . . . .. --- . I \ .

CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCQLHA DO9 REBOLOS

I - MATERIAIS A SEREM RETIFICADQS

Influem nas cinco características do rebôlo:

I MATERI AIS A RETIFICAR I NATUREZA DO ABRASIVO I Aços e aços-l iga I oxido de aluminio (UOXITE ou ALUNDUM) : i

Ferro fundido i Carbureto de s i l i c i o ( CARBORUNDUM ou CRYSTOLON) Ligas e metais não fe r rosos Carbure t o de s i l i c i o ( CARBORUNDU~~ ou CRYSTOLON) Outros, não metá l icos Carbureto de s i l i c i o ( CARBORUNDUM ou CRYSTOLON),

MATERIAIS A RETI FI CAR TIPO DE GRANULAÇÃO

Duros e quebradiços Granulação abras iva f i n a

I I Brandos e m a l e i r e i s I ~ r a n u l a ç ã o abras iva mais grossa ' I UTERIAIS A RETIFICAR GRAU DO AGLOMERANTE

Duros Aglomerante de grau macio Brandos ) Aglomerante de grau duro I

MATERIAIS A RETIFICAR ESTRUTURA DA GRANULAÇÃO

Duros e quebradiços ~ r a n u l a ç ã o cerrada , Brandos e maleáveis Granulação aber ta

I TIPO DO AGLOMERANTE

Quanto ao kipo do aglomerante, a escolha pode, às vêzes, depender do material a retificar, mas frequentemente influem também outras condições, tais como a velocidade do rebôlo ou sua pressão contra a peça.

2 - PRECIS&O E ACABAMENTO DESEJADOS NA RETIFICAÇÃO I .

Influem em duas características do rebôlo:

c

TIPO DE TRABALHO TIPO DE ~ A N U L A Ç Ã O TIPO DE AGLOMERANTE

Desbaste Grossa V i t r i f i c a d o . L t . !

Semi-acabamento ~ 6 d i a V i t r i f i c a d o I

~e t i f icação f i n a Fina Ilesinbide-Borracha-~ana laca - I

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. . . .. v w r'&

CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCOLHA DE FBLMA DE RETIFICADOR REBBLO DE RETIFICAÇÃO INFORMAÇAO 1 ,I 4

TECNOLóGICA

9 - AREA DE CONTATO DO REBOLO COM A SUPERFÍCIE A RETIFICAR

1nPlui em três características do rebôlo:

I

I Grosso I Macio I

4 - NATUREZA DA OPERAÇÃO

Influi apenas na espécie de aglomerante.

I TIPO DE OPERAÇXO I TIPO DE AGLOYEBANTE

I ~smerilhação pesada, rebarbação de peças f undidasl BesinÓide-~orracha-~oma laca I I Corte com rebolos de disco I Betifica~Ío de precis~o(cilin&ica.internaouplinr)~ Vitrificado I [Betif icação de alta qyalidade (rolamentos~pm mrnpi0)l BssinÓide-~orracha- aia laca I -

5 - VELOCIDADE DO REBOLO

Influi em duas características do rebôlo:

1 . O ) Quanto mais alta a velocidade do rebolo em rela~ão à velocidade da peça, mais bran- do deve ser o grau do aglomerante.

2 . O ) Os aglomerantes orgânicos (resinóide-borracha-goma-laca) devem ser empregados para velocidades mais altas.

6 - VELOCZDA.DE DO AVANÇO OU PRESSA0 DO REBOLO CONTRA A PESA

Só influi no grau do aglomerante. Quanto mais alta a velocidade ou maior a pres- são- mais duro deve ser o grau do aglomerante.

EXEMPLO DE UMA TABELA DE REBOLOS PARA RETIFICAÇbO PLANA

I MATERIAIS A RETIFICAR

Ferro fundido ,

Aço doce e aço fundido Aço de ferramentas Aço rápido Aço inoxitável macio Alumini o Cobre Bronze fosforoso

ABRASI V0 ( ~ ~ A N U L A Ç ~ O GRAU

Cab. sillcio 30 ou 36 I ou J Ox. alaminio 36 ou 46 I 1 J ou K Ox. aluminio 36 ou 46. H Ox. alumlnio 4 6 C ou H Carb. silioio 36 H Carb. silloio 30 a 46 H ou I Carb. silicio 30 ou 36 H ou I Ox. aluminio 36 ou 46 H

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CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇÁO. RETIFICADOR? ,

FBLHA DE RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇAO DOS INFORMAÇAO 1 1 5

REBOLOS. TECNOL6GICA

I CAUSAS DE TRABALHO IMPRECISO OU DE MA APARÉNCIA

1) Aquecimento e empenamento da peça de- 4) Folga no eixo, determinando vibração. vido ao uso de rebôlo muito duro. 5) Rebolo não balanceado, desequilibrado,

2) Rebolo embotado, isto é, com as arestas ou seja, com seu pêso desigualmente dis- cortantes desgastadas. tribuído em relação ao centro.

3) Rebolo "entupido", com a superfície en- 6) Rebolo deformado: 1) ou a periferia não crustada de cavacos da peça. é rigorosamente circular e centrada; 2) ou

a face não é paralela à direção do corte.

CAUSAS QUE INFLUEM NO RAPIDO DESGASTE DE UM REBOLO

I 1) Ser macio; 2) Ser muito delgado; 5) Estar o rebôlo forçado no corte;

3) Trabalhar com pouca velocidade;

4) Ser alta a velocidade da peça;

6) Existir furos ou ranhuras na peça.

CAUSAS QUE INFLUEM PARA O REBOLO SE TORNAR LUSTROSO OU LISO

1) Ser duro; 2) Ter granulação muito fina; 4) Ser baixa a velocidade da peça;

3) Trabalhar com alta velocidade; 5) Ficar "entupidoJJ com cavacos.

CAUSAS DO "EMPASTAMENTO" DA SUPERFÍCIE DO REBOLO I Na retificação ou no esmerilhamento à sua superfície: "entopem" o rebôlo. São

de materiais macios (latão, bronze, alumínio, causas de tal inconveniente: 1) Ser duro o . aço de baixo teor), as finíssimas partículas i;ebÔlo; 2) Ter estrutura muito densa; >3) Mo- removidas da peça se acumulam entre os grâ- vimento muito lento da peça. nulos cortados do rebôlo e aderem fortemente

. .

RECONDICIONAMENTO E EàETIFICAFÃO DOS REBOLOS

A vista dos diversos defeitos enumera- dos é necessário manter sempre o rebôlo lim-

po, com sua forma exata e com o corte afiado. I RECONDICIONARé fazer com que retificação. As apresentadas nas figs. 1 e 2

o rebolo corte bem. retificam a superfície do rebolo por meio de cortadores rotativos de aço, com a forma de

RETIFICAR~ dar forma exata ao re- discos, ou de caneluras angulares (estrelados, bolo para que produza esmerilhação precisa fig 1) ou de superfícies onduladas (fig. 2). São ou para que tenha determinado perfil. êstes os retificados dos tipos "Huntington" e

Há variados tipos de ferramentas de "Norton".

F i g . I

Oiaca ondulado

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Fig. 4

- m F I . ( = a B O R DE REBOLOS' CQM PONTA DE DIAMANTE

I

Sendo o diamante o mais duro material que se conhece, o retificador de ponta de ' diamante - montado em supor're especial na mesa que lhe dá avanço micrométrico-cons- titui a melhor e mais precisav'ferranienta de

* I

rebolos.

A fig. 6 apresenta um tipo de retifica- dor de um só diamante. Há também tipos de dois ou mais diamantes. Não se utilizam diamantes de gemas preciosas e sim os dia- mantes industriais de dois tipos:

I ) Negro, que é o mais duro, mas não dá arestas agudas; 2) "Bort" (da Africa do Sul), de mais uso para retificação de rebolos porque tem arestas muito afiadas.

Sòmente se deve empregar o retificador de diamante firmemente montado em suporte próprio, na mesa da retificadora. As figs. 7 e 8 indicam os ângulos de inclinação em relação do ao rebolo. âar

Para retificar, desloca-se o diamante

CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇÃO. P6LHA DE RETIFICADOR RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇAO DOS INFORMACAO 1 , I 6

REBOLOS. TECNOLÓGICA -

Na fig. 3 se vê um retificador de cilin- ilustra um dos modos de montagem de um dro de aço estriado tipo "Hoss" e na fig. 4 retificador, em suporte adequado. um retificador de bastão abrasivo. A fig. 5

I '

transversalmente ao rebôlo, devagar, e usan- do refrigerante. Os avanços devem ser de 0,0001" a 0,0002" para rebolos macios e de 0,0003" a 0,0005/' para rebolos duros.

QUESTIONARIO

I ) Quais as causas de trabalho impreciso na retificação de uma peça?

2) Quais as causas que influem: 1) no desgaste do rebolo? 2) para "ilustrar"?

3) Quais as causas do "entupimento" da superfície do rebôlo?

4) Quais os tipos comuns de retificadores de rebolos? Faça esboços.

5) Indique as características e como se usa o retificador de diamante.

I

Page 326: 07 - Usinagem

orro tronsvwsal

Rodo de owwo transversal do m s o com anel groditodo

Fiç. 1 Fig. 5

Periferia Superfície de ataque de um rebôlo de copo de copo

.:.: .>., :: .., :.'.. . Rebdlo ,, de copo ' i ,

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 6

- MODALIDADES DE RETIFICAÇAO PLANA. F6LHA DE RETIFICADSR 1 APROXIMAÇAO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMAÇAO 1 -1 7

E DA PESA. TECNOLÓGICA

MODALIDADES DE RETWICASÃO PLANA

Podem-se distinguir três modalidades ções relativas da superfície a retificar e do de retificação plana, tendo em conta as posi- eixo do rebôlo.

Retificaçáo de Superficie Horizontal com Retifi'caçáo de Superfície Horizontal com rebolo de Eixo Horizontal. É o caso re- rebolo de Eixo Vertical. Caso do esque- presentado esquemàticamente na fig. 2, ma da fig. 6, aplicável à retificadora do sendo utilizado, por exemplo, o tipo de tipo da fig. 5, com cabeçote vertical. máquina retificadora dã fig. 1. Nesta Usa-se também rebolo de Copo (figs. 4 modalidade, a periferia do rebolo é a e 6). superfície de ataque. Usa-se o Rebôlo de Disco.

2.a) Retificação de Superfície Vertical com Deve-se observar que, no 1.O caso, há rebôlo de Eixo Horizontal - O exemplo pequena &eu, de contato entre o rebôlo e a está no esquema da fig. 3, que pode ser peça: uma estreitíssima faixa transversal da realizado no tipo de retificadora da fig. periferia do rebôlo. No 2.O e no 3.O casos, a 1. O rebolo é o de Copo, cuja face de área de contato é muito maior, correspon- ataque, no topo, tem a forma de uma dendo à área da coroa circular, cujo diâmetro coroa circular (fig. 4). maior é o diâmetro do rebolo.

a - -

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MODALIDADES DE RETIFICAÇÃO PLÀNA. FGLHA DE

RETIFICADOR APROXIMAÇÃO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMAÇAO . 1.1 8 E DA PEÇA. TECNOLÓGICA

APROXIMAÇAO MICROMÉTRICA NA RETIFICADORA

Qualquer Ique seja modalidade de reti- ficação plana, trata-se de operação de acaba- mento que exige extrema precisão. Por isso, dispõe a retificadora de meios rigorosos de regular e de controlar a precisão.

Consiste o sistema de aproximação mi- crométrica em mecanismos de deslocamento gradual (parafuso ou engrenagens), em co- nexão com uma roda de manobra, cujo giro é medido em divisões de um anel graduado. Tais mecanismos têm princípio de funciona- mento semelhante aos da plaina limadora, por exemplo, com a diferença de que é maior o grau de aproximação.

Nas retificadoras das figs. 1 e 5 há nor- malmente dois anéis graduados.

1) Na roda superior, para dar aproximação inicrométrica ao rebôlo, na vertical. Nas

retificadoras americanas e inglêsas, a gra- duação e o dispositivo mecânico permitem aproximação até de 0,0005" (= 0,012 mm). Nas retificadoras de graduação métrica a aproximação atinge a 0,01 mm.

2) Na roda de avanço transversal da mesa (figs. 1 e 5), há outro anel graduado, que £ixa e controla insignificantes deslocamen- tos da peça, no sentido transversal. Em retificadoras americanas e inglêsas, o anel micrométrico dá aí aproximações até de 0,001" (= 0,025 mm).

Para ilustração, indica-se a seguir como funciona, por exemplo, o mecanismo de apro- ximação vertical do rebôlo, com anel gra- duado, para permitir deslocamentos precisos do eixo do rebolo até de 0,0005 da pole- gada.

EXEMPLO R& de manobra cam anel graduado

Admitamos os seguintes dados: Anel graduado da roda de manobra com 100 divi- sões iguais (fig. 7). Relação das engrenagens cônicas: 2,5 (por exemplo, roda de 35 dentes engrenando com roda de 14 dentes). Parafu- sos de 8 fios por polegada para o desloca- mento vertical do eixo do rebôlo.

Para que o eixo do rebôlo se desloque verticalmente de I/s" (uma volta completa), é necessário que a roda de manobra (com o anel baduado) dê 2 e i /2 voltas.

Então, uma só volta da roda de mano- rebôlo, em conseqüência, o avanço vertical de bra desloca o eixo do rebôlo, na vertical, de: apenas:

da polegada. O deslocamento de uma só gra- duação da roda de manobra dará ao eixo do

da polegada.

1) Quais são as modalidades de retificação plana? Faça esboço.

2) Quando há pequena área de contato? Quando há grande área de contato?

3) Por que é importante a aproximação micrométrica na retificadora?

4) Dê uma explicação breve e clara de como funciona o dispositivo de aproximação micrométrica vertical do rebôlo.

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I F6LHA DE RETIFICADOR

LOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇAO INFORMACÁO PLANA. REFRIGERAÇÁO E LUBRTFICAÇÁO. TECNOL6GICA 1 2.5

Em todos os tipos de retificadoras pla- . do corte); 2) velocidade de translação da peça; nas existem os mecanismos necessários para 3) velocidade de avanço transversal; 4) velo- fixar as melhores condições possíveis, reco- cidade do rebôlo. mendada pelos fabricantes das máquinas e dos rebolos, quanto aos seguintes fatores que in- A primeira condição já foi tratada em fluem na técnica e na economia do trabalho: infofmaqão tecnológica anterior. Serão exami- 1) aproximação do rebôlo (ou profundidade nadas aqui as velocidades de trabalho.

VELOCIDADE DE TRANSLASÃO DA PESA

É a velocidade VT do movimento lon- O valor médio da velocidade da peça, gitudinal da mesa, que se desloca alternada- em retificaçúo plana, recomendado pelos fa- mente num e noutro sentido. Numa fase do bricantes fica entre 10 e 11 metros por mi- movimento de mesa (fig. l) os sentidos das nuto (35 pés por minuto). velocidades do rebôlo e da mesa são os mes- mos; na fase seguinte, os sentidos são contrá- rios. A velocidade de translaçáo da- peça - que é a velocidade do movimento longitudi- nal da mesa - influi grandemente sobre o re- bolo e deve ser considerada na escolha dêste. Velocidade mais alta da peça em geral des- gasta mais depressa o Rebdlo do que a velo- cidade mais baixa. Fig. 1 - Mesa (vista longitudinal)

VELOCIDADE DE AVANÇO TRANVERSAL

É a lenta velocidade VA (fig. Z), por alimentação automática ou manual, com que a mesa avança transversalmente, para oferecer superfície de corte ao rebolo. I

O avanço, em cada curso da mesa, não deve exceder, em geral, da metãde da espes- sura do rebolo. Adotam-se avanços -menores que a média nos trabalhos finos de acaba- Fig. 2 - Mesa (vista transversal) mento.

A velocidade de rotação do rebôlo é de PARA CADA TIPO DE REBOLO. Por suas expe- grande importância: 1.O) Se for adotada velo- riências no estabelecimento de granula$io, es- cidade muito baixa, há desperdício de abra- trutura e grau adequados, é o fabricante do sivo e o trabalho produz pouco rendimento; rebôlo quem mais está apto para especificar 2.O) Se for empregada velocidade muito alta, os rebolos corretos para os diversos trabalhos. há'aumento dé fôiça centrífuga e, como con- sequência, a possibilidade de quebra do re- A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE

bolo. PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE.

É DE TODO INTERÊSSZ EMPREGAR SEMPRE Devem-se distinguir, para o rebolo, A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, duas espécies de velocidade.

1) VELOCIDADE PERIFÉRICA, ou VELOCIDADE TANGENCIAL

Adotada pelas experiências e que se so, em metros, de um ponto P da periferia exprime em metros por segundo: é o percur- do rebolo, durante o tempo de um segundo

(fig. 3). Designa-se pela letra V.

Page 329: 07 - Usinagem

FOLHA DE RETIFICADOR VELOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO

INFOWAFÃO PLANA. REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO. TECNOLÓGICA 2.6

L I ' .

Na prática, em geral, se adotam: V = = 25 a 33 m/seg para rebolos de ,aglomerante

I vitrificado ou silicioso e V = 33 a 60 m/seg, para resinóides ou de borracha. r Fig. 3

2) VELOCIDADE DE R ~ T A @ O DO R E B ~ L O

Adotada na prática da oficina, é o nzimero de rotações do rebôlo, no tempo de 1 minuto (r.p.m.).

RELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE PERIFÉRICA E A VELOCIDADE DE ROTAGAO DO REBOLO

. . Sendo D (em mm) o diâmetro do re-

bolo e N o número de r.p.m., tem-se, em um só giro do rebolo, o percurso linear: r X D =

3,14 X D = 3,14 X Dmm = 1 O00

metros.

Em N voltas do rebolo', no tempo de 1 minuto, resulta a velocidade em metros por

3,14 X D X N minuto:

1 O00 metros por minuto.

Finalmente, dividindo por 60, tem-se a velocidade periférica:

3,14 X D X N V = ~ / s e g (metros por segun-

do). Desta fórmula se tira N em função de

1 O00 X 60 X V V e d e D : N =

v 3,14 X D = 19.100- D

EXEMPLO: Sendo V = 25 m/seg e D = 350 mm

(diâmetro do rebôlo), obtém-se a rotação a dar ao rebôlo:

OBSERVAÇÃO :

Para que um rebôlo mantenha a sua velocidade periférica (V m/seg), à medida que, pelo desgaste, se dá diminuição do seu diâmetro, deve-se aumentar- as suas "r.p.m.". É o que se conclui pelo exame da fórmula da velocidade periférica.

I? aconselhável que se mantenha um jato de fluido de corte sôbre a parte da peça em contato com o rebolo em movimento.

A refrigeração evita que o calor resul- tante do atrito possa deformar a peça. Nos casos de peças já temperadas, o calor pode ser tal que concorra para alterar os efeitos da têmpera. Além disso, o jato de refrigerante

mantém o rebolo limpo e concorre para di- minuir a aderência dos cavacos do material.

A ~ubrificação diminui o atrito, evita a incrustaçZo de cavacos e concorre para me- lhorar o acabamento da superfície.

Em cada caso, deve ser empregado o fluido de corte segundo as indicações da ta- bela da informaeo tecnológica sôbre "Refri- - geração e Lubrificação".

QUESTIONARIO

1) Explique o que é a velocidade de translaçáo da peça. Em que influi? 2) Que é a velocidade de avanço transversal? Para que serve o avanço

transversal? 3) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebolo e dê a

fórmula. 4) Para que servem a refrigeração e a lubrificação?

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I

' F6LHA DE RETIFICADOR VERIFICAÇKO DA PERPENDICULARIDADE DE

,NFOIMA~ÃO PLANOS OU DE ARESTAS RETIFICADAS. TECNOLÓGICA 2.7 *

I

i I I

A verif icação da, perpendicularidade de duas faces ou de duas arestas de uma peça que está sendo retificada, constitui uma ope- ração de alto rigor, que exige por isso, méto- dos de trabalho muito cuidadosos e instru- mentos de controle de grande precisão e de esmerado acabamento.

Serão examinados, nesta folha de infor- mação tecnológica, quatro dos processos de verificação mais empregados.

Aplicação direta, aos planos ou às ares- tas retificadas, de um esquadro de alta preci- são, temperado, de fios retificados.

Este esquadro (fig. 1) tem suas faces e bordas perfeitamente acabadas. Depois de re-

1 ceberem têmpera, são retificadas. A lâmina, em geral, é biselada, para facilitar a verifica- ção do contato. O vértice do ângulo reto in- terno é acabado por um arco de circunferên- cia de pequeno diâmetro (1 a 3 m'm), para a perfeita adaptação de peças de arestas vivas.

Fig. 3

- r. - eòrdn bisulado

6,

c . Fig. I Fig. 2

Aplicado o esquadro na peça, como mostra, por exemplo, a fig. 2, verifica-se, contra a luz, o contato. Se êste for perfeito, não passa lu- minosidade.

PROCESSO

Uso de um desempeno de precisão, sô- bre o qual se apóia a peqa, de encontro ao fio da lâmina de um esquadro de precisão, de um dos tipos de base larga ou de base com apoio.

Os esquadros das figs. 3 e 4 são ambos

Fig. 5

3 . O PROCESSO de precisão e suas bases dão amplo e estável apoio. Os fios das lâminas ficam então rigo- Uso de um desempeno de precisão, sô-

. 1 bre o qual se apóia a peça, de encontro, na rosamente perpendiculares ao plano do de- outra face, à geratriz de um cilindro retifi-

sempeno, quando 0 esquadro é neste assen- cada de alta precisão ou a uma coluna de tado. A fig. 5 mostra como se faz a verificação. de perpendicularidade, temperado e

de alta precisão.

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I ' . ... 1 .

- F ~ L H A DE RETIFICADOR

VERIFICAÇÁO DA P E R P E N D I C U m A D E DE INFORMACIO 2.8 .

I P W O S OU DE ARESTAS RETIFICADAS. TECNOL6GICA I

I

Foco de contoto

Fig. 6 Fig. 7

O cilindro padrão (fig. 6) tem suas duas bases rigorosamente perpendiculares a qual- quer geratriz da sua superfície cilíndrica. Também a coluna padrão' (fig. 7) possui as duas bases rigorosamente perpendiculares a qualquer dos quatro planos estreitos talhados nas suas arestas longitudinais e cuidadosa- mente retificadas. A fig. 8 indica o modo de se proceder ao controle.

PROCESSO

Uso do comparador centesimal, tipo relógio, sôbre um desempeno de precisão e com o emprêgo de um padrão, por exemplo, o cilindro ou a coluna de precisão.

-, i r

Com ligeira pressão do apalpador (pou- cos centésimos de milímetro), ajusta-se sua ponta no padrão, que fica encostado a um anteparo de precisão (fig. 9). Move-se o mos- trador, de modo que o "zero" coincida com o ponteiro.

Retira-se o padrão e ajusta-se ao ante- paro, cuidadosamente, a face da peça que se deseja verificar (fig. 10). Se o ponteiro se mantiver no "zero", está rigorosa a perpendi- cularidade da base com a face em contato com a apalpador.

Conforme as dimensões do padrão e da peça, essa verificação pode-se fazer sôbre o suporte de precisão do comparador, que pos- sui anteparo adequado. c,

; t

Fig. 9 Fig. 10

QUESTIONARIO

Explique, com esboços ainão livre, cada um dos quatro processos de verificação de perpendicularidade de duas faces de uma peça, con- forme foi explanado nesta informação tecnológica.

68 - v - . -

-- - -- -

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RETl f lCADOR ': I PRINCIPAIS DEFEITC RETIFICAÇÃO

DEFEITOS

APRESENTADOS NA I FÔLHA DE

SUAS CAUSAS INFORMACÃO 2.9 TECNOLÓGICA I

CAUSAS

- Velocidade excessiva do rebolo

- Passada muito forte

- Velocidade de tr$nslação muito forte ou muito fraca (conforme a profun- didade da passada)

- Ataque muito brusco do rebôlo

- Descida irregular do rebôlo

- Escorregamento ("patinar") das cor- reias

- Movimento irregular da mesa

- Má retificação do rebôlo

- Rebolo muito duro, lustroso ou em- pastado

- Rebolo de grana muito fina

- Refrigeração insuficiente ou mal di- rigida

- Líquido de refrigeração de composi- @O mal dosada

- Jôgo na árvore porta-rebolo

- Mau estado do mecanismo de transla- ção da mesa

- Rebolo desequilibrado

- Rebolo muito duro, lustroso ou em- pastado

- Rebolo de grana muito fina

- Jôgo na árvore porta-rebolo

- Deformação da mesa ou das guias

- Rebolo muito mole

Page 333: 07 - Usinagem

L

PONTA E CONTRAPONTA MO~TAGEM DA FBLHA DE RETIFICADOR PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE INF~RMA~ÃO

TECNOLóGICA 9.1

DA DILATAÇÃO DA PEÇA ENTREPONTAS - I

As pontas do tôrno são cones duplos de se adaptam aos centros da pep a tornear, com aço, temperados e retificados, cujos extremos o fim de apoiá-la (figs. 1 e 2).

Chama-se ponta o cone duplo que é montado na árvore do tôrno. O cone duplo igual, que se monta no mangote do cabeçote móvel, se chama contraponta (fig. 1).

O cone da haste dos dois (ponta e contraponta) é estandardizado pelo sistema "~orse" 'O cone da ponta é sempre de 600 \ (fig. 2). PmIM

I - b

Fig. I

MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPONTA E DA PEGA

1) Verifique se os cones de 60° estão em per- Hmto

feitas condições para adaptaçáo nos cen- tros da pep. Qualquer mossa ou rebarba prejudicará a correçáo do trabalho de tornear.

Limpe cuidadosamente a ponta, a contra- ponta e os furos cônicos de encaixe da ár- vore do tomo e do mangote do cabeçote móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im- pedirá~ a perfeita adapta@o e prejudica- rão a correta cenmgem da pep a tornear. Com estôpa enrolada em uma haste de metal pode-se fazer a limpeza dos furos cônicos.

3) Lubrifique com graxa o furo de centro da peça do lado da contraponta.

Fig. 2

4) Adapte um centro da pep na ponta, apre &me cuidadosamente a contraponta do outro centro. Gire o volante do cabeçote até perceber um ajustamento perfeito. Este se dá quando a pep pode girar sem folga, mas também sem estar pressionada entre a ponta e a contraponta.

I .

REMOÇÃO DA PONTA E DA CONTRAPONTA

1) Para retirar a ponta da árvore do tôrno, mantém-se sua extremidade, envolvida e m estôpa, com uma das mãos. Com a outra mão, dá-se uma pancada firme e m uma haste própria que tenha sido introduzida no furo da árvore. Dêsse modo se conse- gue afrouxar o apêrto da haste da ponta e esta é retirada, em seguida, com todo o cuidado, protegida pela estôpa. - '

Para afrouxar o apêrto da haste da coníxi ponta no mangote, gira-se o volante do cabeçote móvel da direita para a esquerda, até que as extremidades internas da con- traponta e do parafuso de movimento do mangote se toquem. Com uma ligeira pressão, girando no mesmo sentido, con- segue-se afrouxar a eontraponta.

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PONTA E CO&RAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA FBLHA -DE - -7 RETIFICADOR ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇAO 9.2

DILATAÇbO DA PESA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA _--

4 j . 1 : ~ $,I jl 8 a a CONTRAPONTA REBAIXADA E SEU USO

este tipo de contraponta (fig. 3) serve para facilitar o completo faceamento do topo das peças mon- tadas entrepontas. . Vê-se, pela fig. 3, que a ponta da ferramenta de facear atinge, sem

' embaraço, a borda do furo do cen- tro. Com o emprêgo desta contra- ponta não deixa a ferramenta sobra de corte no topo faceado. Sòmente nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra- ponta rebaixada. É um acessório cuja ponta, por suas medidas reduzidas, se qpebraria fàcilmente em traba- lhos mais pesados.

I INFLUENCIA DO CALOR DE ATRITO-DILATAÇAO E CONTRAÇAO DA PEGA

A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na peça e danificar o torno. a contraponta deve girar sem folga, mas tam- . Conforme o grau de calor, pode ser alterada bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, tambbm a têmpera das portanto, du- porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da rante a operação, deve-se manter sempre bem ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo atrito com a contraponta. O calor produz a lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,

dilatação da peça. Estando ela sem' folga, re- ainda, corrigir, de vez em quandoJ a ajusta- sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.

PONTA R10;TA"TVA

Neste tipo de ponta, que é adaptado no mangote do ca- beçote móvel, não há atrito. A ponta de aço pròpriamente dita, temperada e retificada, gira com a peça (fig. 4).

É montada dentro de uma bainha, cuja parte poste- rior é em cone Morse, para se adaptar no furo do mangote.

0- ' ~ n i r e a bainha e a hasté da ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira suavemente e suporta bem esforsos radiais e axias ou longitudinais.

QUESTIONARIO

1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem? 2) Indique quais as providências para a montagem e desmontagem das

pontas. 3) Explique o que é a .contraponta rebaixada. Quando é usada esta

contraponta? 4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro-

tativa?

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-

* I * . ' ' l-l-Aw&'

'RETI FICADOR PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FBLHA DE RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO

TECNOL6GICA 9.3

Os principais defeitos apresentados durante os diferentes processos de retificação se- rão apresentados com suas causas. A identificação das causas permitirá ao retificador a possibilidade de resolver suas dificuldades.

1. RETIFICAÇÃO GILfNDRICA ENTRE PONTAS. I I I

--' I DEFEITOS CAUSAS I

1 .1 QUEIMADURAS E FENDAS - Baixa rotação da peça I

- Velocidade de translação muito .forte

- Passada muito profunda I - Ataque muito brusco do rebolo i - Escorregamento ("patinar") das cor- I

reias I - Má movimentação da peça

- Má retificação dò rebôlo

- Rebolo muito duro, lustroso ou em- pastado

- Rebolo de grana muito £ina

- Refrigeração insuficiente ou mal di- rigida

- Líquido de refrigeração de composi- ção mal dosada

+ . 1 . 2 CONICIDADE DAS PECAS - Má posição da mesa

- Rebolo muito mole

1 , 3 ESPIRAS - Má posição das lunetas

- Má fixação da peça

- Mau alinhamento das pontas

-Excesso de lubrificação nas guias da mesa

- Jôgo excessivo ou desgastes anormais da máquina

- Má diamantagem do rebôlo

1 .4 ESTRIAS - Má relação de velocidades peça-rebolo

- Má diamantagem de rebolo:

-diamante muito pontudo ou em mau estado

- retificação do rebolo muito gros- seira

- Rebolo muito duro

- - - -

95 -

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1 .5 IRBEGULARIDADES DAS DIMENSGES DAS PEGAS

PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FóLHA DE RETIFICADOR RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO 9.4

TECNOL6GICA

DEFEITOS CAUSAS -

-Jogo na árvore porta-rebolo

- Flutuamento da mesa

- Má diamantagem do rebôlo:

- diamante muito mole ou muito pe- queno;

- porta-diamante mal fixado;

- refrigeração insuficiente

1 . 6 EACETAS PRÓXIMAS COM CANTOS (ARESTAS) VIVOS

- Má fixação da peça

- Profundidade excessiva do passo

- Velocidade excessiva do rebôlo

- Vibrações da máquina

- Rebolo desequilibrado

- Rebolo muito duro

-Rebolo de grana muito fina

1.7 FACETAS COM CANTOS (ARESTAS) ARREDONDADAS

- Má movimentação da peça

- Má movimentaqão do rebôlo

- Jôgo na árvore porta-rebôlo

- Rebolo desequilibrado

1 . 8 FACETAS EM HÉLICE -Arvore porta-rebolo em mau estado

- Falta de simetria dos rasgos de lubri- ficação nos mancais da árvore

- Rebolo desiquilibrado

- Arrendodamento falso do rebôlo

-Face de trabalho do rebôlo em mau estado

- Líquido de refrigeração sujo

L - Má posição do centro da peça

i . Y DEFORMAÇAO DAS PECAS -Mau alinhamento das pontas da má- quina

>

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I PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA I FOLHA DE RETIFICADOR RETIFICAÇAO E SUAS CAUSAS INFORMACÃO TECNOLÓGICA

1 9.5

..- ...- REFEITOS CAUSAS

1 .10 FALTA DE CONCENTRICI- DADE EM DIFERENTES PAR- TES NA MESMA PEGA

- Fixação defeituosa entre pontas

- Má posição das lunetas

- Pontas mal montadas I

-hlau alinhamento dos centros da peça

- Deformações na estrutura da máquina

1, Ll, QVALIZAGAO DAS PEÇAS

- Centros das peças mal feitos ou dife- rentes

- Mau alinhamento dos centros

- Excesso ou falta de jogo entre pontas e peças

- Ângulos diferentes das pontas

- Pontas da máquina em mau estado

- Movimentação defeituosa da peqa

- Refrigeração intermitente

1.12 PEÇAS C B N C A W (Eh- CASO - Má posição das lunetas DE PESAS LONGAS)

- Profundidade excessiva do passo

1.13 PEÇAS CONVEXAS (EM CASO DE PEÇAS LONGAS) ' . .

- Falta de lunetas

- Rebolo muito duro

- Movimento irregular da mesa

- Excentricidade da árvore porta-rebolo

- Má diamantagem (vibração do dia- mante)

- Rebolo muito mole

- Líquido de refrigeração sujo

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- . . . --

- PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FBLHA DE

RETIFICADOI INFORMAÇÁO RETIFICAPO E SUAS CAUSAS TECNOL6GICA

i. RETIFICAÇAO INTERNA I

- DEFEITOS CAUSAS

1.1 QUEIMADURAS E FENDAS - Velocidade excessiva do rebolo -Velocidade muito fraca da peça - Passada muito forte - Ataque muito brusco do rebolo - Velocidade de translação muito forte - Falta de potência do motor - Escorregamento ("patinar") das cor-

reias - Má retificação do rebolo - Rebolo muito duro ou lustroso - Rebolo de grana muito fina -Refrigeração insuficiente ou mal di-

rigida - Líquido de refrigeração de composi-

ção mal dosada

- Má posição da mesa - Mau paralelismo dos 'eixos, peças e

1.2 CONICIDADE rebolo - Arvore porta-rebolo muito longa - Rebolo muito mole

1 . 9 FACETAS - Velocidade excessiva do rebolo - Movimentação defeituosa da peça - Má movimentação do rebôlo - Jôgo na árvore porta-rebolo - Arvore porta-rebolo muito fraca - Vibrações da máquina - Rebolo desequilibrado - Rebolo muito duro - Rebolo de grana muito fina

1 .4 PEGAS ABAULADAS (ENTRADA 'E S A ~ D A )

- Arvore porta-rebolo muito longa (falta de rigidez)

- Curso muito longo do rebôlo - Rebolo muito duro

I

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REGRAS GERATS DA "NORTON COMPANY" F6LHA DE RETIFICADOR PARA A ESCOLHA DE REBOLOS INFORMACAO 10.3 TECNOLÓGICA

i - FA'TORES QUE AFETAM A ESCOLHA DO ABRASIVO

Propriedades Físicas do Material a Esmerilhar

Use rebolos Alundum (de óxido de silício) para materiais de baixa resistência à I alumínio) para materiais de alta resistência à tração, tais como: ferro fundido cinzento,

tração, tais como: aço carbono, aço liga, aGo ferro fundido em coquilhas, latão, bronze ma- rápido, ferro maleável recozido, ferro batido, cio, alumínio, cobre, ligas muito duras, car- bronzes tenazes. bonêtos cementados e materiais não metáli-

Use rebolos Crystolon (de carbureto de cos (mármore, pedras, borracha, couro).

2 - FATGRES QUE AFETAM A ESCOLHA DA GRANULAÇÃO

A) Volume do material a remover Rebolo tosco para corte rápido (exceto em materiais muito duros).

B) Acabamento desejado Granulagem fina para acabamento supe- rior.

C) Propriedades físicas do material a esme- rilhar

C I ) Granulagem graúda para materiais macios e dúteis.

C2) Granulagem fina para materiais du- ros e frágeis.

3 - FATORES QUE AEETAM A ESCOLHA DO GRAU

A) Propriedades físicas do material a esme- ri1ha.r

Al) Rebolos duros para materiais macios.

A2) Rebolos macios para materiais duros.

B) Area de contato

Quanto menor a área de contato, tanto mais duro o rebôlo.

C) Velocidade do rebôlo e velocidade da peça

C1) Quanto mais alta a velocidade da

peça com relação à velocidade do re- bolo, tanto mais duro o grau.

C2) Quanto mais alta a velocidade do re- bolo com relação à velocidade da pe- ça, tanto mais macio o grau.

D) ~ i t a d o de conserclação da retificadora

A existência de vibração e de peças principais gastas, na máquina, exige geral- mente um rebôlo mais duro do que aquêle que trabalharia bem em máquina apresen- tando bom estado de conservação.

4 - FATORES QUE AFETAM A ESCOLHA DA ESTRUTURA

A estrutura (espaçarnento dos grãos) diz respeito ao número de fios cortantes por unidade de área da face do rebôlo, assim co- mo ao número e tamanho dos vãos entre os grãos de abrasivo.

A2) Materiais duros, quebradiços exigem um rebôlo com espaçamento cerrado dos grãos de abrasivo (exceto os car- bonêtos cementados).

A) Propriedades físicas do material a esme- B) Acabamento desejado

rilhar Acabamento fino exige o emprêgo de

Al) Materiais macios, mas tenazes e dú- rebolos com espaçamento mais cerrado das

teis, exigem um rebolo com espasa- partículas de abrasivo do que O necessário mento folgado dos grãos de abrasivo. para os acabamentos médio e tosco.

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I REGRAS GERAIS DA "NORTON COMPANY" I F6LHA DE RETIFICADOR PARA A ESCOLHA DE REBOLOS iNFORMiCA0 1 10.4 )

TECNOLÓGICA

C ) Natureza do trabalho

C1) Desbaste e outros trabalhos com apli- cação variável de pressão exigem es- paçamento folgado dos grãos.

C2) Esmerilhação de superfícies requer espaçamento largo.

C3) Retifica~ão cilíndrica, esmerilhaqão

sem centros (centerless), afiação de ferramentas e fresas são geralmente mais bem executadas com rebolos de espaçamento médio dos grãos.

C4) Pressões excessivas, com tendência a destruir a forma de rebolos perfila- dos, exigem rebolos com espaçamento cerrado dos grãos.

5 - FATORE: !UE AFETAM A ESCOLHA DO JYTE

A liga de uso mais generalizado é a do tipo vitrificado. Contudo, em alguns casos, exigências do funcionamento e execução tor- nam vantajosa ou imperativa a escolha de outros tipos.

A) Dimensões do rebolo

Al) Rebolos delgados para corte, e outros sujéitos a flexão, exigem ligas resi- nóides, de goma laca ou de borracha.

A2) Rebolos sólidos de diâmetros muito grandes reguerem liga siliciosa.

i_ ..7_ -

B) Velocidades de funcionamento

B1) Rebolos vitrificados são geralmente os melhores para as velocidades abai- xo de 1.980 metros por minuto.

B2) Rebolos resinóides, de goma laca e de borracha, são os melhores para ve- locidades acima de 1.980 metros por minuto.

C) Acabamento desejado

Rebolos resinóides, de borracha ou de goma laca, são geralmente os melhores para o acabamento espelhado.

Ressalva a publicação da "Norton Com- pany" - da qual foi feito o presente extrato - que as regras e circunstâncias citadas são um tanto flexíveis e que há exceções em al- guns casos.

Page 341: 07 - Usinagem

FÔLHA DE RETIFICADOR PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS INFORMACÃO 7 7.1

TECNOLÓGICA

A Placa Universal é um dos acessórios porque, apenas pelo giro de uma chave ajus- da Retificadora que serve para a fixação de tada no furo lateral (fig. l), movimentam-se peças a serem Retificadas. O tipo mais co- as garras oú castanhas, AO MESMO TEMPO, num mum, de três castanhas, é utilizado sobretudo fechamento concêntrico, até produzirem enér- para peças cilíndricas ou hexagonais. A placa gico apêrto da peça. universal permite centragem rápida da peça,

I CONSTITUIÇAO E FUNCIONAMENTO DA PLACA UNIVERSAL

O corpo da placa, em duas partes, é de ferro fundido ou de aço. Apresenta um ori£í- cio no centro e três ranhuras radiais (segun- do ângulos de 120°) nas quais se encaixam as três castanhas ou garras que produzem o apêrto da peça (fig. 1).

No interior da placa está encaixado um prato circular, em cuja parte anterior existe uma ranhura, de se550 quadrada, em espiral, formando uma rôsca plana. Nesta se adaptam os dentes das bases das castanhas. Na parte posterior do prato há uma coroa cônica cir- cular, na qual se engrenam três pinhões cô- nicos, cujo giro é dado pela chave da fig. 1. O exame das figs. 1, 2 e 3 permite clara com- preensão dos movimentos para apêrto e de- sapêrto da peça. estes correspondem à apro- ximação ou ao afastamento simultâneo das três castanhas, em relação ao centro da placa.

m o i u bo chave

Fig. 1 - Placa universal, chave e jôgo de castanhas.

O giro da chave determina a rotação do pinhão cônico que, engrenado na coroa cônica, produz o giro do prato. Como a ra- A . ,.. - 1

nhura da parte anterior do prato é em espiral, os dentes inferiores de cada cas- tanha são obrigados a deslizar nessa ra- - nhura, aproximando-se GRADUAL E SI-

MULTÂNEAMENTE do centro da placa. Na operação de desapêrto, dá-se giro em sentido contrário, e as castanhas se afas- tam.

A placa universal é fixada na ár- vore da Retificadora, por meio da rosca, na parte posterior do seu furo central, tendo um encosto que se põe em con- tato, no apêrto, com um flange da ár- vore (fig. 2).

Para que a centragem se faça si- multâneamente, durante o giro do prato, é necessário que os dentes inferiores das castanhas tenham posi@es diferentes, em cada uma. ''A .' f

Fig. 3

Page 342: 07 - Usinagem

RETIFI IDO I PLACA UNIVERSAL DE TRES CASTANHAS I INFORMAÇÁO .LHA DEF1

TECNOL6GICA

Cada castanha sòmente pode ser en- 3) desloque o prato em sentido inverso, o caixada na ranhura própria. Assim, as três bastante para que o início da rosca plana castanhas têm os números 1, 2 e 3, correspon- desapareça (f ig. 5); dentes aos dos rasgos respectivos.

4) encaixe a castanha n.O 1, até que ela en- Regras para a colocação das castanhas: coste na rosca plana; I

1) limpe cuidadosamente as castanhas e os 5) gire o prato no sentido da seta (fig. 4) para I rasgos; que a castanha n.O 1 se engrene na rosca I

"' gire o prato até que o início da rosca apa- plana. Encaixe, a seguir, as castanhas n.O I reça no fundo da ranhura n.O 1 (fig. 4); 2 e n.O 3, procedendo da mesma forma.

Fig. 5 Fig. 4

CASTANHAS

Cada placa é normalmente equipada diâmetros externos pode pegar peças pelo com dois jogos de três castanhas, todas elas lado interno com furos de diversos diâmetros. de aço duro temperado, e rigorosamente aca; As castanhas, para grandes diâmetros exter- badas. Um jogo serve para apertar peças de nos, podem prender as peças em qualquer maiores diâmetros e outro para peças de me- um dos degraus, de acordo com a peça a ser nores diâmetros (fig. 1). Além disso, sendo as torneada. castanhas em degraus, o jogo para pequenos

QUESTIONARIO

1) Para que serve a placa universal? Por que produz centragem rápida?

2) Para quais peças é mais adequado o uso da placa universal?

3) Explique as regras para colocação das castanhas.

4) Explique resumidamente a constituição e o funcionamento da placa.

5) De que material são as castanhas e quais são as suas características?

6) Para que servem os dois jogos de castanhas?

Page 343: 07 - Usinagem

VELOCIDADE DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO FÔLHA DE CILÍNDRICA E CONICA. INFORMAÇAO 1 1 -3

REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO TECNOL6GICA b A

Nos trabalhos de retificação há que considerar a velocidade do rebôlo, a veloci- dade da peça e o avanço transversal. Obtém- se o máximo rendimento quando simultânea- mente são adotadas e contraladas estas velo- cidades, de acordo com tabelas e recomenda- ções dos fabricantes de rebolos. Além disso, é importante ressaltar que o desgaste do re- bolo será maior ou menor conforme a relação entre a velocidade da peça e a velocidade do rebolo.

A velocidade de rotação do rebolo é de grande importância:

1.O) Se for adotada velocidade muito baixa, há desperdício de abrasivo e o trabalho produz pouco rendimento.

2.O) Se for empregada velocidade muito alta, há aumento de força centrífuga e, como conseqüência, a possibilidade de quebra do rebolo.

É DE TODO INTERÊSSE EMPREGAR SEM-

PRE A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, PARA CADA TIPO DE REBOLO. Por suas expe- riências no estabelecimento de granulação, grau e estrutura adequados, é o fabricante do rebolo quem mais está apto para especificar os rebolos corretos para os diversos trabalhos.

A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE

PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE.

Devem-se distinguir, para o rebôlo, duas espécies de velocidade.

1) A velocidade periférica ou uelocidade tan- gencial, adotada pelas experiências e que se exprime em metros por segundo: é o perpercurso, em metros, de um ponto P da periferia do rebolo, durante o tempo de um segundo (ver figura). Designa-se pela letra V.

Na prática, em geral, se adotam V = 25 a 33 metros por segundo para rebolos de aglomerante vitrificado ou silicioso e V = = 33 a 60 metros por segundo para rebo- los resinóides ou de borracha.

2) A velocidade de rotação do rebôlo, adotada na prática da oficina, é o número de ro- tações do rebôlo no tempo de l minuto (r.p.m.).

Relação entre a velocidade periférica e a velocidade de rotação do Rebôlo

Sendo D (em mm) o diâmetro do re- bolo e N o número de r.p.m. tem-se, em um só giro do rebolo, o percurso linear: XD =

3,14 X D = 3 , 1 4 X D m m = 1 O00 metros.

Em N voltas do rebôlo, no tempo de 1 minuto, resulta a velocidade em metros por

3,14 X D X N minuto:

1 O00 metros por minuto.

Finalmente, dividindo por 60 tem-se a velocidade periférica:

3,14 X D X N v = 1 O00 X 60 m/seg (metros por se-

gundo).

Desta fórmula se tira N em função de V e de D:

Sendo V = 25 m/seg e D = 350 mm (diâmetro do rebôlo) obtém-se a rotação a dar

2 5 350

- ao rebôlo: N = 19.100 X - -

Para que um rebôlo mantenha a sua velocidade periférica (V metros por segundo), à medida que, pelo desgaste, se dá diminuição do seu diâmetro, deve-se aumentar as suas "r.p.m.". É o que se conclui pelo exame da fórmula da velocidade periférica.

Page 344: 07 - Usinagem

VELOCIDADE DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO FELLHA DE RETIFICADORFMI CILÍNDRICA E CBNICA. INFORMACAO~ . 1.4

rn REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇAO TECNOLÓGICA

1-

i São recomendadas as seguintes:

1) Na afiação de ferramentas - 23 a 30 me- tros por segundo.

2) Na retificação cilíndrica - 28 a 33 metros por segundo.

I

ií CADA TIPO DE OPERAGÃ(

3) Na retificação interna - 10 a 30 metros por segundo.

4) Na retificação de superfícies - 20 a 30 me- tros por segundo.

VELOCIDADE DA PEW

Tanto a velocidade periférica como a A prática aconselha observar uma rela- velocidade de rotação têm as mesmas defini- ção entre a velocidade da peça e a velocidade ções dadas para as velocidades do rebôlo e do rebôlo, para diminuir o desgaste dêste calculam-se pelas mesmas fórmulas, conside- último. De um modo geral, entretanto, po- rando-se o giro de um ponto P qualquer da dem ser adotados os valores seguintes para periferia da peça (ver figura). velocidade da peça.

I

VELOIDADEFFBIF&ICAS DA PEÇA EM 1 6 1 2 ~ ~ MbTãRIAL

DESBASTE I ACABAMENTO

AÇ 0 0.15 a 0.20 m/eeg Aço temperado O, 20

Aço liga O, 15 Ferro fundido 0.25 a 0.30

Latão e bronze 0,30 a 0,35 ~ l u d n i o 0.30 a 0,35

VELQC1 . . PDE . DE-

)S POR SEGUNDO

RETIFICAÇXO INTERNA

É a velocidade com que o rebolo se milímetros por volta da peça. Empregam-se desloca lateralmente, ao longo da peça. Deve os avanços maiores para a operação de desbas- ficar êste avanço entre os limites de 25 (r, a te e os avanços menores para o acabamento. 75 % da espessura do rebôlo, medidos em

É aconselhável que se mantenha um jato de fluido de corte sobre a parte da peça em contato com o rebolo em movimento.

A re£rigeração evita que o calor resul- tante do atrito possa deformar a peça. Nos casos de peças já temperadas, o calor pode ser tal que concorra para alterar os efeitos da têmpera. Além disso, o jato de refrigerante

mantém o rebôlo limpo e concorre para di- minuir a aderência dos cavacos do material.

A lubrificação diminui o atrito, evita a incrustração de cavacos e concorre para me- lhorar o acabamento da superfície.

Em cada caso, deve ser empregado o fluido de corte segundo as indicações da ta- bela (veja Ref. FIT 69).

1) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebolo e dê a fórmula.

2) Que é a velocidade de avanço transversal? Quais os seus valores usuais?

3) Em que inflrzi a relação entre as velocidades do rebôlo e da pe~a? 4) Para que servem a refi-igeração e a lubrificação?

Page 345: 07 - Usinagem

AS MAQUINAS DE RETIFICAR F6LHA DE

INTERNAMENTE INFORMAÇAO 11.5 TECNOLóGICA

1

As máquinas de retificar as superfícies internas, chamadas, às vêzes, de retificadoras de furos calibradores, são comparáveis a um torno equipado exclusivamente para trabalhar peças prêsas num mandril. (fig. 1)

1 - PRINCfPIO DE FUNCIONAMENTO

A geratriz ativa ou cortante do rebôlo confunde-se, no fim da operação, com a gera- triz da superfície a obter.

São utilizadas: para os furos, a super- fície cilíndrica do rebôlo, e para as áreas pla- nas de extremidade, uma das duas superfícies planas do rebolo.

Trajetória de ataque do rebôlo. Os movimentos de penetração são efetua-

dos por passes sucessivos, depois de cada trans- lação de avanço do rebôlo.

O trabalho por ataque direto é rara- -mente possível por causa do risco de flexão das árvores porta-rebolo.

3 - FUNCIQNAMEN'TO NOK,MAL (Eig. H)

A - Para retificar furos. O dispositivo porta-peça é fixado no

suporte da máquina. O porta-peça é orientá- vel, a fim de permitir a realização de furos cônicos. O comando de rotação (Mc) da peça é frequentemente obtido por meio de motor elétrico autônomo.

O dispositiuo porta-ferramenta ou por- ta-rebolo recebe três movimentos que se apli- cam ao rebolo:

1.O - Rotação (M'c); 2.O - Translação longitudinal alter-

nativo (Ma), cujo comprimento iguala apro- ximadamente o comprimento a furar:

3 . O - Translação transversal (Mp). Nas máquinas recentes êste movimento

de penetração é uniforme e independente do movimento de vaivém (Ma).

No fim do trabalho, o rebolo efetua alguns vaivéns longitudinais (Ma), enquanto o (Mp) é suprimido.

B - Para retificar as superfícies exter- nas de reuoluçáo.

O rebôlo age em "mergulho", ou por meio do carro.

O comprimento da peça é limitado, devendo L ser inferior ou igual a D. Em caso

Fig. 1 - Retificadora interna

Fig. 2 - Retificadora d e revolução interna '

contrário, haveria um balanço exagerado da peça que impediria a usinagem.

C - Para retificar superfícies planas (em extremidade de eixo).

Pode-se agir com o rebôlo como foi dito acima ou ainda orientando-se o porta- peça perpendicularmente ao eixo do porta- rebôlo. Procede-se sempre por meio de passes sucessivos.

4 - MONTAGEM DA PECA E SR (SR = supafície de refert?.ncia)

A peça é montada com castanhas de aço temperado ou doce ou por meio de um mandril liso como num torno.

Posição - A centragem (SRI) e o esco- ramento (SR2) são dados pelo porta-peça. (Eixos do suporte e da peça confundidos).

Arrastamento - É obtido por aderência \ entre as castanhas apertadas do mandril ou,

excepcionalmente, por "bridagem" (I).

(1) Colocaçáo de um dispositivo destinado a fixar uma peça (N. T.).

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C-- - - - 7 . 7 7 , -

.- i - - - 3 4+~&i' AS MAQUINAS DE RETIFICAR FBLHA DE L ( JRETIFICADOR ii. I INTERNAMENTE INFORMAÇAO 1 1.6

á f TECNOLÓGICA

- -.,

5 .- MONTAGEM DA FERRAMENTA- 4 - O recuo do rebôlo (Mp) de O, 1 mm que, REBOLO [figura 3) em seguida, sai do furo (Ma):

' v O rebôlo é fixado na extremidade do 5 - A retificação do com o diamante; porta-reb~lo.

Diâmetro dos rebolos - Escolher 0s 6 - A volta automática do rebôlo à posição

rebolos com um diâmetro máximo compati- de trabalho e de funcionamento;

vel com o do furo a produzir: 4 rebolo 2 0,75 do diâmetro do furo a retificar. Reduzir o balanço ao mínimo.

A rapidez do trabalho aumenta com o diâmetro do rebôlo e a precisão com o diâme- tro da árvore porta-rebolo.

Os rebolos 4 2 30 têm um furo central de 8 a 12 mm e são montados diretamente na extremidade da árvore. Os rebolos de C$ < 30 são providos de uma haste de aço, em parte incorporada na massa abrasiva e segura no porta-rebolo por meio de uma pinça.

6 - ARVORES PARA RETIFICAÇÃO INTERNA RETIFIC.AÇA0 com CONTROLE automático ,

Não seria econômico utilizar a mesma árvore para retificar os furos de qualquer 7 - A colocação no lugar do calibre (acaba- diâmetro ou comprimento, porque necessà- mento). Quando o calibre entra a cota riamente teria ela um diâmetro pequeno e é atingida; um balanço, em muitos casos, excessivo. Por

I esta razão, existem árvores porta-rebolos amo- 8 - O recuo do rebôlo, que se afasta. Simul- viveis com diâmetro e comprimento apropria- tâneamente, os movimentos (Mc), (Ma), dos, que comportam: uma parte fixa, mon- (Mp) cessam, assim como a lubrificação. tada sem folga num) suporte, e um eixo ro- A precisão obtida é da ordem de 3 p.

tativo ou árvore, pròpriamente dita.

A árvore gira com uma rotação de 5.000 a 30.000 r.p.m.

7 - A RETIFICAÇÃO COM CONTROLE AUTOMATICO DO DIAMETRO RETIFICADO (fig. IV)

Depois da montagem da peça e de es- tarem em funcionamento os movimentos de rotação (Mc) e (M'c), o rebolo é posto em contato com a peça.

A série de movimentos automáticos efe- tuados compreende:

1 - O movimento de vaivém (Ma); Fig. 3 - A1nores porta-rebôlo para furos

2 - O movimento de penetração (Mp); Retificação dos rebolos - O acabamen-

3 - A colocação no lugar do calibre de con- to da retificaçáo é precedido por uma d6reti- trôle (desgaste). ficação" do rebolo por meio de diamante. As Quando êste calibre entra, o desbaste máquinas comportam, em geral, um disposi-

de retificação termina. tivo para a retificação automática do rebolo.

Page 347: 07 - Usinagem

I I

FGLHA DE RETI FICADOR BALANCEAMENTO DE REBOLOS INFORMACÁO 11.7 , TECNOLÓGICA

I

Os rebolos em rotação são perigosos e, por esta razão, deve-se tomar diversas precau- ções a fim de garantir a segurança do operá- rio que os utiliza. Citamos a seguir quatro 1 pontos fundamentais a observar.

Mmtw na ordem: 1 - Montagem correta do rebolo sobre o b.e .bd

1 eixo de rotação; 2 - Bom balanço inicial, para impedir os

fenômenos vibratórios e as deformações;

3 - Retificações frequentes para restabelecer o balanço e a forma;

4 - Existência de dispositivos de proteção para o caso de rutura do rebôlo, consti- tuídos por um cárter (ou protetor) des- tinado a reter os fragmentos projetados. m (a: cdrter

1 - I INTAGÉM Do$ REBOLOS Fig. I - Montagem de um reÓÔEo plano

A - Rebolos planos sôbre cubos-f lan- ges (fig. I)

a) Montagem sôbre o cubo (fig. I, 1 )

Examinar o rebôlo quanto a dimen- sões, características, aparência e presença de arruelas plásticas sôbre as faces. É necessário que a folga do rebôlo sobre o cubo seja de 0,05 mm.

Pôr o rebolo sôbre o cubo-flange prin- cipal.

Colocar o flange superior.

Ligar os dois flanges, por ,apêrto dos parafusos de fixação. (O travamento deve ser progressivo, e efetuado mediante apêrtos su- cessivos dos dois parafusos diametralmente opostos) - Verificar se, entre os flanges e o rebôlo o contato é regular.

Fig. I I - Balanceamento dos rebolos

b) Montagem sôbre o eixo porta-rebelo (fig. I, 2) 2 - BALANCEAMENTO DO REBOLO

Fazer entrar o conjunto rebolo e flan- (fig. 11) ge no cone da árvore porta-rebolo. Colocar a arruela de apoio e aparafusar a porca no sen- É indispensável que haja equilíbrio tido da rosca. Travar sem exagêro. perfeito dos rebolos a fim de obter-se bom

trabalho e evitar as vibrações. Esta operação é, em geral realizada em aparelhos para ba- lanceamento estático.

Colocar o rebôlo sobre as facas da má- quina de balancear.

O desequilíbrio faz rodar o rebolo, de modo que a parte mais pesada fica para baixo (fig. 11, 2).

Page 348: 07 - Usinagem

L

F6LHA DE RETIFICADOR BALANcEAMENTO DE REBOLOS INFORMAÇAO 1 1.8

- 1 TECNOLÓGICA

Introduzir os dois massalotes de equili- bração (contra-pêsos) na ranhura existente para êste fim, e colocá-los horizontalmente (fig. 11, 3).

Aproximá-los da mesma distância no sentido das setas a fim de compensar o dese- quilíbrio.

Fazer girar o conjunto de 90° e termi- nar o balanceamento.

Fazer girar em seguida de 180° e veri- ficar o balanceamento. Experimentar depois em diversas posições. O rebolo, mesmo livre, deve permanecer equilibrado em qualquer posição, fato que demonstra haver sido alcan- çado o equilíbrio do mesmo.

. 1

Page 349: 07 - Usinagem

- CALIBRADORES CBNICOS - (CONE - FBLHA DE

1 RETIFICADOR VElZIFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS)

INFORMAÇAO 1 8.1 TECNOL6GICA

A superfície cônica desempenha fun- Os cones são utilizados, principalmen- çáo de grande importância nos conjuntos ou te, ' nas fixações de ferramentas rotativas dispositivos mecânicos. Permite o cone um (exemplos:' cones Morse, métrico, "standard" tipo de ajustagem com a característica espe- americano e Brown & Sharpe) e em conjuntos cial de poder proporcionar enérgico apêrto desmontáveis (tais como polias ou engrena- entre peças que devam ser montadas ou des- gens montadas em eixos) nos quais seja in- montadas com certa frequência. dispensável a rigorosa concentricidade.

ELEMENTOS DE EXECUÇÃO E VERIFICASAO DO CONE

São os seguintes (figs. 1 e 2): Diâmetro 3) ou pela inclina~ão da geratriz do maior (D), diâmetro menor (d), comprimento cone, dada em porcentagem pela fórmula (C) e ângulo (a) da geratriz do cone com o R - r seu eixo geométrico. i%=--- C X 100.

A conicidade pode ser fixada: 1) ou pelo ângulo a em graus; 2) ou pela porcentagem de conicidade,

D - d dada pela fórmula e % = C X 100.

Exemplo: D=34mm; d = 2 8 m m e C = . . . . .

Y P = 120 mm. A conicidade é então e % = . . . .

34 - 28 1 1 Fig. 1 Fig. 2

120 X 100=-X 100=-- 2 o %-

VERZFICAÇAO DOS CONES - CALIBRADORES CBNICOS

O correto controle da execução de um Emprega-se, também, ou uma peça ma- cone exige, à vista do exposto: 1.O) verifica- cho, ou uma peça fêmea, já usinada, para ção de medidas; 2.0) verificação da conicida- servir de Calibrador, respectivamente, para a de; 3.O) verificação de regularidade da forma. peça fêmea (Fig. 5) ou para a peça macho

ora, numa peça, os diâmetros e o ân- que está sendo torneada. gulo do cone (não podem ser medidos com A verificação da ajustagem dos cones grande precisão usando os instrumentos co- interno e externo se faz por contato. Para isso, muns de medição. dão-se quatro traços equidistantes (a giz ou a

Por isso, na prática, utilizam-se Cali- lápis especial, oleoso) segundo as geratrizes, bradores cônicos que, conforme o caso, será no cone exterior. Introduz-se êste no cone um Calibrador tampão cônico retificado (Fig. interior e gira-se suavemente um contra o 4) ou uma Bucha de furo cônico retificado outro. Ao retirar, se os traços estiverem apa- (Fig. 3),- de dimensões e proporções normali- gados em toda a sua extensão, o contato dos zadas. cones está correto.

Fig. 5 I

Page 350: 07 - Usinagem

CALIBRADORES C6NICOS - (CONE - F6LHA DE RETIFICADOR VERTFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS) INFORMAÇÁO ? 8.2

TECNOLÓGICA I .

Em geral, as mdquinas-ferramentas cas, alargadores, machos, escareadores, cen- possuem árvores ou eixos com 'furos cônicos tros, buchas de redução, eic.). Todos êstes destinados à fixação das hastes cônicas das cones são normalizados, sendo mais comuns ferramentas rotativas ou de acessórios (bro- os dos sistemas métrico e morse.

TABELA DE DIMWSOES DO3 C Q N S MÉlrkiCBS (COiY1CIDA.DE i : 20) - MEDIDAS EM mrn

TABELA DE DIRYIENSO.ES DOS CONES MORSE MEDIDAS EM rnm '(I?@ 6 e 7)

Os outros sistemas de cones mais co- Standard Americarop (conicidade aproximada muns, s,obretudo em fresadoras, são: Brown de 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20). & Sharpe (conicidade aproximada de 1 : 24);

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RETIFICAÇÃO C6NICA FBLHA DE RETIFICADOR EM' BALANÇO E ENTRE PONTAS INFORMAÇÁO 1 8.3 TECNOLÓGICA .

A retificação das peças com superfície de revolução cônica, externa ou interna, é realizada por dois processos:

li0 - ENTRE PONTAS, para as superfícies cô- nicas externas, cujo ângulo de inclina- ção não exceda de 15O.

2.O - EM BALANÇO, para superfícies cônicas externas ou internas, quando L L 5 D, sendo D = diâmetro e L = compri- mento.

PARA A RETIFICAÇÃO CÔNICA EXTERNA

ENTRE PONTAS: a placa porta-peça deve. ser inclinada de acordo com o ângulo de incli- nação do cone a ser produzido. (A inclinação pode variar de + ou - 15O).

DIMENS~ES LINEARES: diâmetro maior D, diâmetro menor d, comprimento L.

CONICIDADE OU relação entre a diferen- ça dos diâmetros e o comprimento do cone = - D - d

L = tangente do ângulo de conici-

dade. e-

INCLINAÇÃO OU relação entre a diferen- ça dos raios e o comprimento do cone =

- R - r D - d - L - 2 L = tangente do ângulo

de inclinação.

Este valor é utiiizado diretamente quando da regulagem da peça.

A - ENTRE PONTAS (fig. 111, 2). O pro- cesso convém na retificação dos cones externos de grande comprimento, com ângulo de in- clinação 4 15O. Não permite a retificação interna.

REGULAGEM - Calcular o ângulo da inclinação em graus, ou a inclinação em por- centagem, de acordo com o tipo de graduação da mesa.

Orientar, com o valor calculado, a pla- ca porta-peça com relação à mesa. Travar os

Regulagem da inclinação p / cone

dois parafusos de regulagem de orientação e os de imobilização da placa (ver prancha 15 fig. V, 1, 3).

Peças típicas (Execução de cones)

PARA A RETIFICAÇÃO CÔNICA EM BALAN-

ÇO: a placa porta-peça deve ficar paralela à mesa. O cabeçote porta-peça deve ser incli- nado de acordo com o ângulo de inclinação do cone a produzir. (A inclinação pode variar de O0 a 90°).

Verificar a regulagem de orientação com relação à geratriz ativa do rebolo.

B - EM BALANÇO (fig. 111, 3). O pro- cesso convém na retificação dos cones exter- nos e internos com ângulo de inclinação até 90°. É necessário centrar as peças com o com- parador-amplif icador.

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, . . I - -- -- - - ---.,.---- ..._..__-- _ RETIFICAÇXO C6NICA. F6LHA DE

- i iTIFICADOR Ehf BALANÇO E ENTRE PONTAS INFORMAÇAO , , .18:4 TECNOL6GICA

I - -7 .+ -- - - -

4 - VER1FICAC;ãO DA REGULAGEM Deslocar a peça longitudinalmente e DA INCLINAPO NA RETIFICA- fazer com que o apalpador siga uma geratriz. ÇÃO CONICA O ponteiro do comparador não deve desviar-

se. Em caso de desvio, inclinar a placa porta- A regulagem Por leitura sobre setor peça o suficiente para obter 0.

graduado carece de precisão, porém, a veri- ficação da inclinação deve ser feita com exa- d) EM BALANÇO COM UM CONE-PADRÃO

. tidão, antes ou durante a usinagem. Abaixo (externamente). Apertar a haste cilíndrica do

figuram diversos processos de verificação. cone-padrão nas castanhas do mandril; inter- por uma folha metálica de proteção e regular

Ex.: Seja executar um cone (ângulo de sua concentricidade com o eixo. inclinação igual a l0 30'). Regular a inclinação como foi dito no

A - VERIFICAÇÃO ANTES DA RETIFICA- item até obter O- çÃo e) EM BALANÇO (internamente). Mon-

a) ENTRE PONTAS COM UM "CILINDRO- tar sôbre o comparador-amplificador o apal- PADRÃO" (figura V, 1). pador auxiliar para furos, e regular como foi

Pôr entre pontas um cilindro retificado dito acima-

de comprimento útil = 100 mm. Calcular o B - VERIFICAÇÁO DURANTE A RETIFI- deslocamento y para 100 mm, ou seja: CAÇÃO

seno l0 30' X 100 = 0,0261 X 100 = 2,61. Com um calibre-padrão: Montar o comparador-amplificador sô- a) CONE EXTERNO. Podem ocorrer dois

bre o porta-rebolo, o apalpador horizontal no defeitos: plano axial da peça e perpendicular ao eixo 1.O - o contato se dá. sôbre o diâme- da mesa da máquina. tro menor: o ângulo obtido é pequeno (fig.

Deslocar a mesa, a fim de colocar cada V, 3); extremidade do cilindro em frente ao apalpa- 2.O - o contato se dá sôbre o diâme- dor. Durante êste deslocamento, o ponteiro tro maior: o ângulo obtido é grande (fig. deve movimentar-se da quantidade correspon- V, 4). dente ao deslocamento calculado, ou seja: b) CONE INTERNO: 1.O - O contato se 2,61 mm. dá sobre o diâmetro menor (ângulo muito

Regular a inclinação até a obtenção grande);, dêste deslocamento. 3.O - o contato se dá sobre o diâme-

tro maior (ângulo muito pequeno). b) EM BALANÇO COM UM CILINDRO-

PADRÃO. O deslocamento da mesa para um Em todos os casos, a regulagem pode

comprimento de 100 mm será então de: . . . ser considerada boa quando o calibre entra.

tg 10 90, 00 = 2,63. proceder = como foi em contato com todo o comprimento do cone

dito acima, usando um cilindro-padrão aper- obtido (fig. V, 5). tado nas castanhas do mandril universal. An- tes de efetuar a regulagem verificar se o man- dril está centrado.

c) ENTRE PONTAS COM UM CONE-PADRÃO que possua o mesmo ângulo de inclinação (I0 30') que a peça a usinar (fig. V, 2).

REGULAGEM. Calcular o ângulo da in- clinação em graus ou a inclinação em por- centagem. Destravar o cabeçote porta-peça e incliná-lo com o valor calculado. Travar nesta posição.

Verificar a regulagem da orientação com relação à geratriz ativa do rebolo.

Montar o cone-padrão entre pontas e o comparador sobre o eixo porta-rebolo. (Apal- Contròles pador no plano axial).

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DEFEITOS

1.5 FACETAS - Velocidade de passagem muito forte

- Régua mal fixada - Jogo na árvore porta-rebolo - Escorregamento ("patinak") das cor-

- Má movimentação da peça

- Mau alinhamento das guias laterais - Deformação da régua

- - Diamantagem defeituosa dia rebolo de arrastamento .

- Insuficiência de material a retirar (sobretudo em peças pesadas)

.- -- -- - Rotação irregular da peça --e -- - -. - Má posijão da régua

--

- Barras tortas - Pressão excessiva - Má posição da régua -Régua muito dura - Mau alinhamento das guias laterais - Ressalto na entrada ou na saída

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I DEFEITOS CAUSAS

I . 1 ARRANCAMENTQS DE MATERIAL

- Régua em mau estado - Excentricidade da árvore porta-rebôlo - Movimento irregular do rebolo de

arrastamento -Má diamantagem (vibração do dia-

mante) - Empastamento do rebolo de trabalho

(de corte) i

- Rebolo muito mole I . * -. j. - Líquido de refrigeração sujo J

1.2 QUE1 MADURAS E FENDAS

I . 3 CONICIDADE DAS PEÇAS

1 .4 QVALIZAÇÃO DAS PEÇAS

- Velocidade excessiva do rebolo de tra- 1 balho

-Velocidade muito fraca ou muito forte da peça (segundo a profundidade da passada)

- Passada muito profunda

I - Ataque muito brusco do iebôlo . - Escorregamento ("patinar") das cor-

reias .. - Má movimentação da peça - Má retificação do rebolo -Rebolo muito duro, lustroso ou em-

I pastado

I i - Rebolo de grana muito fina r I

- Refrigeração insuficiente ou mal di- rigida I

- Líquido de refrigeração de composi- ção mal dosada

- Má posição da régua - Rebolo de trabalho muito mole I - Rebolo de trabalho muito estreito - Rebolo de trabalho mal endireitado - Rebolos não paralelos I - Ovalização inicial exagerada das peças - Má posição da rigua - Rebolo de trabalho muito duro - Refrigeração irregular ou insuficiente