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Autor Título Dimensões (cm) Ano Local Tipo de
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Obras de da-tação anterior à Oficina de Nuno Gon-çalves
Álvaro Pires de Évora Tríptico de Brunswick 1434
Brunswick, Alemanha
Jpg (AA)
Álvaro Pires de Évora Tríptico de Volterra
Volterra, Itália
Jpg (AA)
Álvaro Pires de Évora
Nossa Senhora com o Menino e Anjos Músicos
Jpg (AA)
ANEXO I : Corpus inicial de obras a considerar para análise
2
João Gonçalves
Fresco do Claustro das Laran-jeiras
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
3
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
João Gonçalves
Comprimento entre 340 e 360 (altura não registada) 1434-37
Mosteiro de Badia, Florença
Sino-pias e Jpg (AA)
4
Mestre Desco-nhecido
Virgem da Rosa com Doa-dores (209 x 128)
Segunda metade do século XV MNMC
Jpg (AA)
Mestre Desco-nhecido
Epifania e Santos Francisca-nos (201 x 140)
Segunda metade do século XV
Museu de Arte Sacra de Évora
Jpg (AA)
5
Oficina de Nuno Gon-çalves e obras associadas
Retábulo de S. Vicente MNAAJpg (AA)
Ecce Homo (reproduções)
Repro-duções do século XVI de original perdido do século XV
- Museu de Setúbal
- MNAA
- Museu de Beja
- Jpg (AA)
- Jpg (AA)
- Jpg (AA)
Retrato da Infanta D. Joana1472-1475
Museu de Aveiro
Jpg (AA)
6
Epígonos do século XV e início do século XVI
Retábulo do Infante Santo
(painéis late-rais: 110 x 33; painel central: 110 x 75) 1450-60 MNAA
Jpg (AA)
Retábulo do Altar-mor da Ermida do Ameal Torres Vedras
Jpg (AA)
Retábulo Convento da Várzea Torres VedrasJpg (AA)
7
Grupo de Coimbra
Grupo de Pinturas do Mostei-ro de Santa Clara a Velha:- Assunção- S. Bartolomeu- Sta Catarina e Sta Bárbara- S. Roque e S. Sebastião- Dois Santos BisposSta Margarida e Sta Apolónia
- 168 x 135 - 123 x 71 - 56 x 71 - 56 x 72 - 56 x 71 - 56 x 71
- MNMC- Museu de Beja- M- colecção particular- Museu de Évora- M
- Jpg (DDF)- Jpg (AA)- Jpg (AA)- Jpg (AA)- Jpg (AA)- Jpg (AA)
Grupo de Coimbra
Painéis do políptico de Mon-temor-o-Velho
Finais do século XV e início do século XVI
Hospital da S. C. Da Mi-sericórdia de Montemor-o--Velho
- Jpg (AA)
Grupo de Coimbra Políptico de Santa Clara 297 x 342 1486? MNMC
- Jpg (AA)
Grupo de Coimbra
Retábulo da matriz do Sar-doal
- Jpg (AA)
8
Grupo de Coimbra S. Domingos
Finais dos século XV
Museu de Aveiro
- Jpg (AA)
Grupo de Coimbra Santiago Abençoando Freira
Museu de Aveiro
- Jpg (AA)
Grupo de Coimbra Cristo em Emaús
Finais do século XV MNAA
- Jpg (AA)
Mestre ‘De-lirante’ de Guimarães
Tríptico da Lamentação, com S. Brás, S. Jerónimo e versos
9
Mestre ‘De-lirante’ de Guimarães
Virgem do Leite entre S. Bento e S. Jerónimo
Painel esquer-do: 182 x 48,5 ; painel central 193 x 148 ; painel direito: 182 x 49,5
1510-1530
(Capela de S. Brás de Guimarães): MAS
- Jpg (AA)
Flamengos em Portugal
10
Obra colectiva
Painéis do Retábulo da Capela-mor da Sé de Évora
Painel Central:Virgem da Glória Painéis Laterais:Encontro na Porta Doura-da; Nascimento da Virgem; Apresentação da Virgem no Templo; Casamento da Virgem; Anunciação; Presé-pio; Adoração dos Magos; Circuncisão; Apresentação do Menino no Templo; Fuga para o Egipto; O Menino entre os Doutores; Morte da Virgem Painéis da predela:Última Ceia; Cristo e Pilatos; Prisão de Cristo; Descida da Cruz; Ressurreição; Ascenção de Cristo
- Painel central com 277 x 155 - Painéis late-rais com aprox. 187 x 105 - painéis da predela com aprox. 77 x 100
c. 1500Museu de Évora
Jpg (AA)
Retábulo da Sé de Viseu:Anunciação; Visitação (AA); Natividade; Adoração dos Reis Magos; Apresentação do Menino no Templo; Circun-cisão; Fuga para o Egipto; Última Ceia; Cristo no Horto; Prisão de Cristo; Descida da Cruz; Ressurreição; Ascen-são; Pentecostes
painéis com aprox. 131 x 81
1501-1506 MGV
Jpg (DDF)
Luso-Flamen-gos
11
Francisco Henriques
Retábulo-mor de S. Francis-co de Évora:
- Apanha do Maná- Degolação dos Mártires de Marrocos- Cristo no Horto- Descida da Cruz- Última Ceia- Encontro de Abrão e Mel-quisedeque- Missa de S. Gregório- Cristo a Caminho do Cal-vário- S. Bernardino de Siena e S. Francisco- S. Boaventura e S. Luís- Deposição de Cristo no túmulo- Anunciação- Apresentação do Menino no Templo- Natividade- Adoração dos Reis Magos
- 122 x 89 - 144 x 87,5
- 167 x 88- 167 x 88- 121,5 x 98,5- 122,5 x 88,5
- 121,5 x 88- 167 x 88
- 142,5 x 87
- 142,5 x 87- 167 x 87,5
- 157 x 88- 157 x 88
- ?- ?
1508-1511
- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- MNAA- Museu de Alpiarça- Museu de Alpiarça- col. José Relvas- col. José Relvas
Jpg:
- DDF- DDF- DDF- DDF- AA- DDF- AA- DDF- DDF- DDF- DDF- AA- AA- AA- AA
Francisco Henriques
Painéis das Capelas laterais de S. Francisco de Évora
- Casta Suzana- Aparição de Cristo a Santa Maria Madalena- Virgem Rainha entre Sta Julita e S. Querito- S. Cosme, S. Tomé e S. Damião- Pentecostes- Nossa Senhora das Neves
- 248 x 202- 247 x 198,5- 248 x 201- 254 x 206- 248 x 202- 178 x 130
1508-1511 MNAA
Jpg:
- AA- DDF- DDF- AA- AA- DDF
12
Francisco Henriques
Provável parceria com Mestre da Lourinhã Retábulo da Sé do Funchal
Sé do Fun-chal
Jpg (AA)
Francisco Henriques Pentecostes 223 x 113 c. 1515
Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima
Jpg (AA)
Francisco Henriques
Nossa Senhora com o Menino entre S. Bento e S. Bernardo 195 x 175 c. 1515
Igreja Matriz de São Ben-to, Ribeira Brava, Ma-deira
Jpg (AA)
13
Mestre da Lourinhã
Retábulo-mor da Igreja de Santiago
- Jesus envia Santiago e S. João em Missão Apostólica- Pregação de Santiago- Conversão de Hermógenes- Condução do corpo de Santiago- Santiago combatendo os Mouros- Investidura de D. Pedro Fernandes- Entrega da Bandeira- Aparição da Virgem ao Mes-tre da Ordem de Santiago
Obras com aprox. 128 x 84
1520-1525 MNAA
Jpg (DDF)
Mestre da Lourinhãcom colabora-dores
Retábulo da Matriz de Cas-cais
- Virgem da Anunciação- Anjo da Anunciação- Natividade- Adoração dos Magos
- 75,5 x 136,5- 75,5 x 136,5- 157 x 134- 157 x 134
1520-1530
Igreja Matriz de Cascais
Jpg (AA)
Mestre da Lourinhã
Painéis laterais da capela-mor do Convento da Berlenga- S. João Baptista no Deserto- S. João Evangelista em Patmos
- 146 x 135- 146 x 135
c. 1510-1520
(Mosteiro do Valbenfeito): Santa Casa da Mesiri-córdia da Lourinhã
Jpg (DDF)
Mestre da Lourinhã Profissão de Santa Paula 126,5 x 105
1520-1525 MNAA
Jpg (AA)
14
Mestre da Lourinhã Pentecostes 198 x 119
1520-1525 MNAA
Jpg (AA)
Mestre da Lourinhã
Virgem com o Menino e Anjos 156 x 88
1515-1518 MNAA
Jpg (AA)
Mestre da Lourinhã
Retrato do Infante D. Luís e Santo Dominicano 157 x 67,5
1515-1518 MNAA
Jpg (AA)
Mestre da Lourinhã
Retrato do Príncepe D. João e S. João Baptista 157 x 67,5
1515-1518 MNAA
Jpg (AA)
15
Eduardo o Português Virgem com o Menino e Anjo 88 x 59 c. 1520 MNAA
Jpg (AA)
Frei Carlos
Retábulo-mor da Igreja do Convento do Espinheiro:- Ascenção de Cristo- Assunção da Virgem- Aparição de Cristo à Virgem- ?- ?
- 155 x 121- 163 x 121,5- 151 x 119,5- ?- ?
c. 1515-1530 MNAA
Jpg (DDF)
Frei Carlos
Retábulos das Capelas late-rais da igreja do Convento do Espinheiro:- Ressureição- Lamentação
- 164 x 179- 172 x 180
c. 1515-1530 MNAA
Jpg (DDF)
Frei Carlos Tríptico Vilhena 164 x 2201520-1530 MNAA
Jpg (DDF)
16
Frei CarlosVirgem com o Menino e os Anjos 43 x 33 c. 1525 MNAA
Jpg (DDF)
Frei Carlos Ecce Homo 39,5 x 31 c. 1530 MNAAJpg (AA)
Frei Carlos S. Jerónimo no Deserto 32 x 26 c. 1525Museu do Caramulo
Jpg (AA)
Frei Carlos Bom Pastor 90 c 651520-1525 MGV
Jpg (DDF)
Frei Carlos Profissão de Santa PaulaJpg (AA)
17
Oficinas Por-tuguesas de Jorge Afonso Vasco e Fer-nandes
Oficina deJor-ge Afonso
Retábulo da capela-mor Igreja do Convento de Jesus de Setúbal
Painéis laterais: 196 x 110Painéis cen-trais:225 x 155 c. 1520
Museu de Setúbal
Jpg (AA)
Oficina de Jorge Afonso
Retábulo-mor da Igreja do Convento da Madre de Deus
- Aparição de Cristo à Virgem- Assunção da Virgem- Anunciação- Ascensão de Cristo- Adoração dos Pastores- Pentecostes (AA)
1490-1518 MNAA
Jpg (DDF)
18
Oficina de Jorge Afonso
Parceria com Francisco Henriques para o painel ‘Ascenção’
Conjunto Cristológico da Charola de Tomar:- Baptismo- Pedido do Centurião- Ressureição de Lázaro- Entrada de Cristo em Jeru-salém- Ressureição- Ascenção
Jpg (AA)
Oficina de Jorge Afonso Tríptico do Pópulo
c. 1510-1520
Igreja do Pópulo das Caldas da Rainha
Jpg (AA)
Vasco Fernan-des e Oficina de Viseu
Retábulo do altar-mor da Sé de Lamego:- Criação dos Animais- Anunciação- Visitação- Circuncisão- Apresentação no Templo
- 174 x 92- 173 x 92- 177 x 93- 177 x 96- 183 x 101
1506-1511
Museu de Lamego
Jpg (DDF)
19
Vasco Fernan-des e Oficina de Viseu
Retábulo da Matriz de Freixo de Espada a Cinta
c. 1520-1530
Igreja Matriz de Freixo de Espada a Cinta
Jpg (AA)
Vasco Fer-nandes em parceria com Gaspar Vaz
Retábulos colaterais da Sé de Viseu:- Calvário- Baptismo de Cristo (AA)- S. Sebastião- Pentecostes (AA)- S. Pedro
- 242, x 239,5- 211,5 x 232- 220,5 x 237- 237,5 x 216- 213 x 231,5
1530-1535 MGV
Jpg (DDF)
20
Vasco Fernan-des e Oficina de Viseu Tríptico Cook
altura:central: 131; postigos: 121; largura: central: 67; postigos: 51,5
1510-1530 MNAA
Jpg (DDF)
Vasco Fernan-des e Oficina de Viseu Tríptico da Última Ceia 151 x 201,5 1535
(Capela do Paço do Fon-telo): MGV
Jpg (DDF)
21
ANEXO IIAnálises composicionais do tríptico de Volterra e do painel cen-tral do tríptico de Brunswik, em função de Φ, propostas por Maria Teresa Lazzarini em DIAS, 1994.
Fig. 1 Imagem de LAZZARINI, 1994.
Fig. 2 Imagem de LAZZARINI, 1994.
22
ANEXO IIIAnálise composicional dos frescos da Abadia de Florença, de João Gonçalves
Fig. 3
Fig. 4
23
Fig. 5
Fig. 6
24
Fig. 7
Fig. 8
25
Fig. 9
Fig. 10
26
Fig. 11
Fig. 12
27
Sinopia e representação esquemática da sinopia da Natividade (140 x 215 cm), de Paolo Ucello, c.1436-1447, Firenze, Galleria degli Uffizi.
Fig. 13 Figura do catálogo da exposição Nel segno di Masaccio. L’invenzione della prospettiva, 2002; disponível (05.06.2014) em: www.academia.edu.
Fig. 14 Figura do catálogo da exposição Nel segno di Masaccio. L’invenzione della prospettiva, 2002; disponível (20.08.2015) em: www.academia.edu.
ANEXO IV
28
Fig. 15 Ecce Homo do MNAA; disponível (16.05.2013) em: http://malomil.blogspot.pt/2013/01/o-cristo-portugues.html
Fig. 16 Ecce Homo do MRB; disponível (22.03.2015) em: http://www.museuregional-
debeja.pt/?t2t_gallery=ecce-homo
Fig. 17 Ecce Homo do Museu de Setúbal; disponível (22.03.2015) em: http://www.sheriffof0.com/post/124827694243/ecce-homo--museodes%C3%A9tubal-set%C3%BAbal-at-porto-de
ANEXO V
29
Fig. 18 Gravura de Martin Schongauer Fig. 19 Gravura de Martin Schongauer.
ANEXO VI
“Com efeito, no painel Natividade, detecta-se o uso não de uma mas de duas gravuras de Schongauer. A estrutura da composição, bem como a maior parte dos motivos e elementos figurativos são verdadeiramente decalcados da gravura homó-nima do artista alemão, realizada no seu período de juventude, ou seja, de 1470 a 1475 (...). A cópia é impressionantemente fiel, excepto em dois pontos: como a composição foi encurtada em altura, o grupo dos Anjos que cantam Glória a Deus foi transferido, na pintura, para o espaço imediatamente situado por cima da figura de S. José, ocupado na gravura pelo fundo arquitectónico e pela representação, na paisagem fundeira, do Anjo que anuncia aos Pastores o Nascimento de Jesus, detalhe parcialmente sacrificado na pintura; por seu turno, o desenho e a modelação do Me-nino Jesus não seguem a lição desta gravura mas a de uma outra, com o mesmo tema, realizada por Schongauer um pouco mais tarde, entre 1475 e 1480.” (B. PEREIRA, 2001, pp. 198 e 199).
30
ANEXO VIIReconstituição do retábulo da sé de Évora segundo Mercês Lore-na (Museologia.pt, nº 2, IMC, 2008)
Fig. 20 (Figura de LORENA, 2008)
31
Reconstituição do retábulo da sé de Évora segundo José Luís Por-fírio.
Fig. 21 (Figura de CASIMIRO, 2004, segundo a reconstituição de PORFÍRIO, 2002)
32
ANEXO VIIIFiguras resultantes do estudo efectuado durante a intervenção de conservação e restauro pelo grupo de conservadores-restauradores Dulce Delgado, Mercês Lorena, Teresa Homem de Mello, Sónia Pires, José Mendes e Miguel Garcia.
Fig. 22 (Figura de LORENA, 2008)
33
Fig. 23 (Figura de LORENA, 2008)
34
Fig. 24
ANEXO IXProposta de reconstituição com leitura narrativa vertical, da es-querda para a direita.
35
ANEXO XConjunto de gravuras que, segundo Manuel Batoréo, terão servi-do de referência para as peças que constituem o retábulo da sé do Funchal.
Fig. 25 Imagens de BATORÉO, 2011
Martin Schongauer Martin Schongauer Martin Schongauer
Mestre E. S. Mestre E. S. Mestre anónimo
Mestre anónimo
36
“A definição da linha de terra, no primeiro plano, teria de estar acertada em todas as composições, independentemente do formato do suporte, o que não acontece na presente disposição dos painéis no «Tríptico». Se a acertarmos nas três tábuas, reencontramos o equilíbrio compositivo entre as três pinturas, com perfeita definição dos volumes e elementos polarizadores. Nota-se, então, também, que as pinturas não só foram recortadas para se adaptarem ao desenho manuelino do arco triunfal, mas também amputadas na largura. No Caminho para o Calvário a figura de Cristo e, em particular, a Sua cabeça teriam de definir o centro geométrico da composição, como acontece no painel homónimo do retábulo de Setúbal. Ora, ac-tualmente, a figura que ocupa esse lugar é um dos cavaleiros do plano secundário. Se tomarmos a figura de Cristo como centro e traçarmos as diagonais, encontramos a porção de painel que foi cortada na margem esquerda do quadro, o que justifica a escassa relevância do fundo arquitectónico que hoje se divisa nesse sector da pintura e o facto de a figura de Simão Cireneu mal se distinguir. No caso do painel central
ANEXO XITexto e figuras de Fernando A. B. Pereira a propósito da Tríptico da igreja do Pópulo; texto de Manuel Batoréo a propósito das pro-postas composicionais do mesmo conjunto de obras por Myron Malkiel- Jirmounsky.
Fig. 26 (Figura que acompanha o texto citado de B. PEREIRA, 2001)
37
– o Calvário – a dimensão do corte do painel é dada pelo facto de as extremidades dos braços da cruz corresponderem de forma abrupta à largura da pintura. Tomando como exemplo o Calvário de Setúbal, que seguiu o mesmo modelo compositivo, ve-rificamos que entre essas extremidades e os limites laterais da pintura há um pequeno espaço para cada lado, o que deveria ter acontecido também nas Caldas. Finalmente, a Deposição, que deverá ter como centro a figura da Virgem, foi também cortada do lado esquerdo, à semelhança do que aconteceu com o painel correspondente do lado oposto. De resto, de acordo com a reconstituição que apresentamos, as três pinturas deveriam ter largura semelhante e a mesma altura, embora com formatos de suporte diferentes dos actuais.
“Se estamos diante do retavollo do altar-mor haverá, ainda, que perguntar: seria um Tríptico? Os formatos idênticos dos suportes não são um argumento favorá-vel, uma vez que, nessa modalidade retabular, o painel central era geralmente maior e mais largo do que os laterais, mesmo que estes não fossem volantes. Por outro lado, o título da igreja – Nossa Senhora do Pópulo ou, na versão romana, Salus Populi, sob a invocação da Assunção – não teria de estar representado na estrutura retabular? A altura da capela-mor contemplaria perfeitamente duas fiadas sobrepostas de painéis, pois até o actual retábulo pétreo seiscentista apresenta dois registos. Assim, teríamos uma sequência de três painéis da Paixão no topo e uma série mariana na fiada infe-rior, com dimensões ligeiramente menores em altura. Talvez uma Anunciação por baixo do Caminho do Calvário e uma Natividade sob a Deposição, ocupando o cen-tro uma representação, talvez até escultórica, da Assunção, sobre o sacrário, assente este sobre o altar.” (B. PEREIRA, p. 2001, p. 343-344).
“Para além do facto (…) de o autor em apreciação, partir do princípio que a moldura é original e que as tábuas foram concebidas para a mesma. No que refere à sua proposta de traçado de linhas de força da composição poderíamos contrapor, designadamente, que na Deposição no Túmulo as paralelas que enquadram o rosto da Santa Mulher colocada no canto superior esquerdo só muito forçadamente in-cluem as restantes, indo cortar o rosto da Virgem e cair abaixo do queixo do Cristo. Por outro lado, se no seu estado actual a tábua Cristo a caminho do Calvário pode indiciar, pelo mesmo tipo de traçado, um movimento ascendente da esquerda para a direita, não parece coerente que a composição apresente outras linhas de força em sentido exactamente contrário, como seja o braço horizontal da cruz e a posição das lanças dos soldados e a composição arquitectónica que enquadra o conjunto no lado esquerdo. Do mesmo modo, e voltando à Deposição no Túmulo, a horizontalidade do túmulo e a verticalidade das árvores que se encontram no fundo parecem, mais uma vez, contrariar a ideia de Jirmounsky. Quanto ao Calvário, parece indiscutível que a figura do Cristo define uma linha de composição central como, aliás, ocorre na grande maioria das tábuas da época com o mesmo tema iconográfico, mas já é menos evidente (ou impossível confirmar) que, à direita da composição, os soldados ali representados estejam dispostos de modo a obedecerem ao traçado do lado de um triângulo correspondente ao alinhamento das figuras da direita.” (BATORÉO, 2003, artigo disponível (28.08.2014) em: http://archive.today/Wyzcn).
38
“Permito-me concluir que a configuração original da Charola não é, de facto, perfeitamente conhecida. De facto, em bom rigor e fazendo uma leitura ainda mais cuidadosa das fontes escritas e desenhadas, podemos encontrar quatro momentos diferentes de construção para a totalidade do edifício, suportados não apenas pela evidência física e de “arqueologia da arquitectura”, mas também pelas fontes dese-nhadas mais antigas – que são, aliás, preciosas para se determinar o fácies da Cha-rola por volta de finais do século XV e inícios do século XVI.” (PEREIRA, 2011, p. 1150).
ANEXO XIITexto e figuras de Paulo Pereira, a propósito da arquitectura da Charola do convento de Cristo em Tomar
Fig. 27 (Figura que acompanha o texto citado de PEREIRA, 2011)
Fig. 28 (Figura que acompanha o texto citado de PEREIRA, 2011)
39
ANEXO XIIIFigura de Armando Pais de Jesus em ““A geometria no Retábulo de pintura do Museu de Setúbal” Retábulo do convento de Jesus de Setúbal (ca.1517/19-1530), Setúbal, 2013.
Fig. 29 (Figura de JESUS, 2001)
40
ANEXO XIVContratos para o retábulo-mor da sé de Lamego(RODRIGUES, 1992)
Fig. 30 (Figura de RODRIGUES, 1992)
41
ANEXO XVImagens de infravermelhos de Dalila Rodrigues do Pentecostes das capelas colaterais da sé de Viseu.
Fig. 31 (Figura de RODRIGUES, 1992)
42