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OBJETIVO DA DISCIPLINA
Examinar as metodologias de reconhecimento (como contabilizar),
avaliação (como mensurar) e evidenciação (como demonstrar) das participações entre sociedades com intenção de permanência
que, por estarem ligadas entre si, formam grupos societários ou grupos
econômicos.
3
EMENTARIO DA DISCIPLINAUD ITEM AULA CPC/Vigor NI
1 Contextualização da Disciplina 1
2 Classificação das Participações Societárias
1 18/2010 IAS 28
3 Método da Equivalência Patrimonial 1 18/2010 IAS 28
4 Variação do Patrimônio Líquido 2 26/2010Lei 6.404/76
IAS 1
5 Ágio e Deságio 3 15/2010 IFRS 3
6 Resultado Não Realizados 4 18/2010 IAS 28
7 Consolidação de BP e DRE 4 36/2010 IAS 37
Sites para baixar o material: Sites para baixar o material: www.cpc.org.br/pronunciamentos e www.cvm.gov.br e www.cvm.gov.br
4
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO1. Prova individual e sem consulta valendo 7 pontos;
2. Atividades em sala de aula valendo 3 pontos;
3. Alunos que faltarem as atividades em sala deverão
realizar atividades de reposição;
4. Orientações para estudo e pesquisa bibliográfica.
5
Slide para controle de pontuaçãoNome do Estudante:______________
Aula/ATV
Conteúdo das Atividades Pontuação Visto da Profa.
1/4 Tipos de Participações Permanentes e Método de Equivalência Patrimonial – MEP
0,75
2/4 Variação do Patrimônio LiquidoEvidenciação no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado das Participações Avaliadas pelo MEP
0,75
3/4 Cálculo e evidenciação do Ágio/Deságio 0,75
4/4 Cálculo dos Lucros Não Realizados e Consolidação do BP e da DRE
0,75
6
NO CASO DE AUSÊNCIA DO ESTUDANTE
Tarefa: Elaborar um resenha (resumo crítico) a partir da leitura
dos CPCs relativos a cada aula. A configuração é de 3 páginas de conteúdo, verdana 10 e parágrafo simples e execução das atividades pertinentes a unidade didática da aula propostas na bateria de Atividades Complementares.
Prazo: Enviar para o email do professor até a data da prova
7
Aula 1: Contextualização da disciplina e exposição dos conceitos, da classificação e da metodologia de avaliação das Participações Permanentes
8
UD 1: CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
1. Nos voltaremos para as metodologias de reconhecimento, mensuração e evidenciação das participações societárias;
2. O conteúdo é parte da Contabilidade Financeira, logo, norteado por normas legais e princípios contábeis;
3. A contabilidade hoje no Brasil e no mundo é reconhecida como a linguagem universal dos negócios e devemos nos “alfabetizar” através dos IAS/IFRS.
9
BREVE HISTÓRICO SOBRE O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO
INTERNACIONAL DA CONTABILIDADE
1. A Contabilidade como ciência social (e não exata) sofre interferência em seu uso e aplicação pelas características próprias de cada país, como por exemplo: sociais, econômicas e tributárias.
2. Os sistemas contábeis pelo mundo podem ser classificados em dois grandes modelos: Anglo–Saxão ou Continental
10
Quais as características de cada modelo?
Fonte: Adaptado de Nyama, 2010, página 16
Características Anglo Saxão Continental
Da profissão Forte e Atuante Fraca e Pouco Atuante
Da Captação de Recursos
Por sólido mercado de capitais
Instituições Financeiras
Da Interferência Governamental
Baixíssima Alta
Do Foco das DFs Investidores Credores e Governo
Do Sistema Jurídico Common-law (não legalista)
Code-law (legalista)
11
Por que existem diferenças internacionais?
“A compreensão de regras internacionais é muito difícil porque as regras têm diferentes significados: na Alemanha, tudo é proibido a menos que esteja explicitamente permitido na lei, enquanto que na Inglaterra tudo é permitido a menos
que esteja explicitamente proibido na lei. No Irã, por outro lado, tudo é proibido mesmo que esteja permitido na lei
enquanto que na Itália tudo é permitido, especialmente se é proibido.”
Walton 2003, citação de Nyama, 2010, pág 21
12
Criação de normas internacionais
O IASB (Internacional Accounting Standards Board) é um comitê de
normas contábeis internacionais e foi criado em 1973 (IASC).
Seus pronunciamentos (IAS/IFRS-Internacional Financial Reporting
Standard) tem como compromisso principal desenvolver um
modelo único de normas contábeis de alta qualidade.
Até o presente momento foram emitidos 41 IAS e 9 IFRS.
13
Histórico Brasileiro1. 1946 – Autorização do primeiro curso de Bacharel em CC no Brasil (USP)2. 1964 – Lei 4.595 – Reforma Bancária3. 1965 - Lei 4.728 – Lei do Mercado de Capitais4. 1972 – Publicação da Circular 179 pelo BACEN padronizando a estrutura e forma de
apresentação das demonstrações contábeis das cias abertas;5. 1976 – Lei 6.404/76 (CVM – Auditoria Independente)6. 1987 – Instrução CVM 64- determinando elaboração de demonstrações contábeis
complementares em moeda de poder aquisitivo constante7. 1993 – Resolução 750 CFC – Princípios Fundamentais de Contabilidade8. 2000 – Projeto de Lei 3.741 (Reforma da Lei 6.404/769. 2005 – Criação do CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil10. 2007 – Lei 11.63811. 2008 – MP 449 (Lei 11.941 em 2009)12. 2009 – Finalização do CPC 43 (45 pronunciamentos entre “00” ao PME)13. 2010 – Lei 12.249 – Regular acerca dos princípios contábeis
14
Cronograma da Adoção no Brasil1. 2008 – Implantação das leis de reforma da Lei 6.404/76.
2. 2009 – Adoção dos CPC emitidos em 2008 para as Sociedades
Anônimas e empresas de grande porte.
3. 2010 - Adoção “full” dos CPCs (IFRS) para as Sociedades Anônimas e
empresas de grande porte.
4. 2012 – Adoção para PMEs.
5. 2013 – Adoção “full” para orgãos públicos.
15
UD 2: Classificação dos Tipos de Participações
1. O que é uma participação societária?
2. Como podemos classificar as participações societárias?
16
TIPOS DE INVESTIMENTOS- Conforme CPC 18 -
• Controlada• Coligada • Joint Venture(*) • Instrumentos Financeiros
(*) Controle Conjunto
Permanentes
Temporário
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O que são PARTICIPAÇÕES PERMANENTES?
São ativos que representam as participações societárias de uma empresa (investidora) em outra empresa (investida) com intenção de permanência,
formando assim os grupos societários. Normalmente estes investimentos são motivados por interesse em diversificação de risco, segmentação da atividade ou aumento na participação no mercado. Estas participações são reconhecidas no grupo Ativo
Não Circulante, sub grupo Investimentos.
18
BALANÇO PATRIMONIALLei 6.404/76/ Lei 11.638/07 / Lei 11.941/09/ CPC 26
ATIVOAtivo Circulante-Disponível-Clientes-Outros Créditos-Investimentos Temporários(IF*)-Estoques-Ativos Especiais-Despesas AntecipadasAtivo Não Circulante- Ativo Realizável a Longo Prazo- Investimentos- Imobilizado- Intangível
PASSIVOPassivo Circulante- Empréstimos e Financiamentos- Debêntures- Fornecedores- Obrigações Fiscais- Obrigações Trabalhistas- Outras ObrigaçõesPassivo Não Circulante- Obrigações de longo prazoPatrimônio Líquido- Capital Social- Reservas de Capital- Reservas de Lucros- Ajustes de Avaliação Patrimonial- (-) Ações em Tesouraria - (-) Prejuízos Acumulados
PERMANÊNCIA
19
O que é uma EMPRESA CONTROLADA?“Considera-se controlada a sociedade na qual a
controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente, preponderância
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores.”Parágrafo 2, do Artigo 243 da Lei 6404/76
20
EXEMPLO de CONTROLADA:Onde a Empresa A adquire ações da Empresa BINVESTIDORA A60 ações c/voto(Controladora)
INVESTIDA B100 ações c/voto100 ações s/voto
Capital = 200 ações(Controlada)
Participação total de 30%Participação no Capital Votante de 60%
21
EXEMPLO de CONTROLADA:Onde a Empresa A adquire ações da Empresa B
INVESTIDORA A40 ações c/voto(Controladora)
INVESTIDA B100 ações c/voto100 ações s/voto
Capital = 200 ações(Controlada)
Participação total de 20%Participação Capital Votante de 40%Não há outro acionista com maior concentração no voto.
22
CASOS REAIS Tomamos como exemplo, um universo de grupos
empresariais considerando os 10 maiores grupos publicados pela Revista Exame Maiores e Melhores de 2011. Restringimos este grupo àqueles onde o controle acionário é exercido por empresa brasileira, privada e constituída sob a forma de sociedade anônima de capital
aberto.
23
EXEMPLOS REAIS:
GRUPO HOLDINGCONTROLADOR DA
HOLDING
PARTICIPAÇÃO
TOTAL VOTO
VALE VALE S/A VALEPAR S/A 32,37% 52,70%
BRADESCO BANCO BRADESCO S/ACIDADE DE DEUS PARTICIPAÇÕES 24,35% 48,66%
JBS JBS S/A FB PARTICIPAÇÕES S/A 43,20% 43,20%
ITAU S/A ITAU UNIBANCO HOLDING S/A ITAÚ S/A INVESTIMENTOS 19,37% 38,66%
TELEMAR TELEMAR PARTICIPAÇÕES S/A LF TEL S/A 19,33% 19,35%
ULTRAPAR ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S/A ULTRA S/A PARTICIPAÇÕES 23,67% 23,67%
GERDAU GERDAU S/A METALÚRGICA GERDAU S/A 40,60% 76,60%
BRF BRF BRASIL FOODS S/A CONTROLE DIFUSO MAXIMO DE 20%
VICUNHA SIDERURGIA VICUNHA SIDERUGIA S/A VICUNHA AÇOS S/A 99,99% 99,99%
COSAN COSAN S/A INDÚSTRIA E
COMÉRCIO COSAN LIMITED S/A 62,30% 62,30%
24
Exemplo de CONTROLE INDIRETOCapital Votante
EMPRESA A
EMPRESA B
Terceiros
90%
10%
EMPRESA D
EMPRESA C
30%
70%
Participação Indireta de A em C é de 63% (90% de 70%)
25
O que é uma EMPRESA COLIGADA?
“ São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante
da investida, sem controlá-la."
Art 243 da 6.404/76, alterado pela Lei 11.941/09
26
Quais as evidências de INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA?
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica essencial; ou(f) potenciais direitos a votos(g) Dependência financeira (inclusa pelo professor)
CPC 18
27
EXEMPLO de COLIGADA: Onde a Empresa A adquire ações da Empresa B
INVESTIDORA A25 ações c/voto
INVESTIDA B100 ações c/voto100 ações s/voto
Capital = 200 ações
Participação total de 12.5%Participação Capital Votante de 25%Existe outro acionista com a maioria do capital votante.
28
O que é uma JOINT VENTURE?
Uma joint venture pode ocorrer para conjugação de esforços para exploração de um ativo, para a gestão de
um projeto ou para criação de um empreendimento. Pode ter natureza jurídica ou não.
Segundo o CPC 19 estes empreendimentos são controlados em conjunto.
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RESUMO DA CLASSIFICAÇÃOParticipações Societárias
Controladas Maioria ou Maior Concentração (direta ou indiretamente)
do Capital Votante (ou acordo de acionistas)
ColigadasMaior ou igual a 20% do Capital Votante, no limite do controle
(ou influência significativa)
Joint Ventures
Controle Conjunto
Instrumento Financeiro
Quando não classificado como Controlada,
Coligada ou Joint Venture
31
MÉTODOS DE AVALIAÇÃODE INVESTIMENTOS
MEP – Método de Avaliação Patrimonial - deve ser aplicado às Controladas, Coligadas, Investidas sob Controle Comum e às Joint Ventures.
Método de Custo ou Valor Justo – Deve ser aplicado aos investimentos que não estejam classificados acima.
32
MÉTODO DA EQUIVALÊNCIAPATRIMONIAL - MEP
Essencialmente, este método se baseia na atualização periódica do investimento através da aplicação da participação
percentual da investidora (capital total) sobre o Patrimônio Líquido da investida.
Todas* as participações em Controladas, Coligadas e Joint
Ventures (CC) e investidas sob controle comum devem ser avaliadas pelo MEP.
33
MÉTODO DE CUSTO OU VALOR JUSTO
Essencialmente, este método se baseia na adoção do valor de aquisição de um investimento, ajustado pela provisão de perdas
quando for aplicável.
Quando a ação ou cota da investida tiver cotação específica, então, deve-se aplicar o valor justo, ou seja, a quantidade de
papéis x cotação específica.
34
Participação Societária
c/Voto ? SIM
CONTROLADA
=>20% VOTO?
SIM COLIGADA
NÃO
INFLUENCIA SUBJETIVA?
MEP
INSTRUMENTO FINANCEIRO
COTAÇÃO ESPECÍFICA? SIM VALOR JUSTO
NÃO MÉTODO DE CUSTO(-) PROVISÃO PERDA
Maioria ou Maior Concentração ou AA e Nomeação da Maioria
do CA?
NÃO
NÃO
SIM
MEP
MENSURAÇÃO P/ CPC FULL
35
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO MEP
A Empresa A adquiriu, no final do ano 2010, 50% da Empresa B. O valor do PL de B na data era de $300.000,00. Logo, o valor do investimento era de $150.000,00. Suponha
que em 2011 o PL de B tenha evoluído para $360.000,00.
Neste caso, o valor do investimento de A deverá ser ajustado para $180.000,00.
A seguir, compararemos os Balanços de Investida e Investidora para os dois exercícios.
36
EVIDENCIAÇÃO DA EQUIVALÊNCIAOnde DORA participa em 50% de IDA
Ativos
700
Passivos400
PL300
Balanço de IDA 2010
Ativos Circulantes
200Ativos
Não CirculantesPPOE150IMOB650
Passivos400
PL600
Balanço de Dora 2010
37
EVIDENCIAÇÃO DA EQUIVALÊNCIAOnde DORA participa em 50% de IDA
Ativos
760
Passivos400
PL360
Balanço de IDA 2011
Ativos Circulantes
200Ativos
Não CirculantesPPOE180IMOB650
Passivos400
PL630
Balanço de Dora 2011
40
UD 3: VARIAÇÃO DO PL
1. Qual a importância da avaliação dos Ativos e Passivos na IDA para efeito da determinação do MEP em DORA?
2. Quais as principais variações do PL?
3. Como se calcula o dividendo mínimo obrigatório?
4. Como a Equivalência Patrimonial impacta as demonstrações financeiras da DORA?
41
A interdependência entre o PL de IDA e o Investimento em DORA
PL IDA INVEST DORA
PL IDA INVEST DORA
42
AVALIAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS NA IDA
A Contabilidade é uma ciência social que adota metodologias subjetivas para avaliação de seus Ativos e Passivos.
Considerando que o PL é a diferença entre estes dois grupos, a confiabilidade, consistência, uniformidade e transparência
das Demonstrações Financeiras da investida são fundamentais para que a investidora também reflita
segurança em seu montante patrimonial.
43
DATA BASE DE APLICAÇÃO DO MEPA aplicação do MEP deve ser feita, periodicamente, pela DORA
sobre o PL da IDA sempre que as DFS forem divulgadas. O ideal é que sejam adotadas as mesmas datas de apuração. Porém, as
normas contábeis permitem uma defasagem de até 2 meses desde que:
1. Mantenha uma consistência no período de defasagem;
2. Seja informada a defasagem em NE;
3. Sejam ajustados eventos relevantes subseqüentes a data base da aplicação do MEP.
44
EXEMPLO DE AJUSTE no PL da IDA decorrente de EVENTO RELEVANTE SUBSEQUENTE
Data de EP em Dora – 31/12/2011Data do Encerramento BP em IDA – 31/10/2011Defasagem – 2 mesesParticipação de Dora em Ida – 70%PL de Ida em 31/10/2011 – 100.000,00EP em Dora – 70.000,00EP anterior - 60.000,00Ajuste – 10.000,00
Considere, porém, que um aumento de capital tenha ocorrido em novembro de 2011 no valor de R$50.000,00 onde todos os sócios aportaram mantendo suas originais participações acionárias, sendo:
PL de Ida Ajustado = 100.000,00 + 50.000,00 = 150.000,00EP de Dora = 150.000,00 x 70% = 105.000,00EP anterior = 60.000,00Ajuste = 45.000,00 (10.000 + 35.000 (70% de 50.000))
45
MODELO BÁSICO DA DMPL
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO 01/01 a 31/12/2011
EVENTOSCapitalSocial
Reservas
PA TOTALCapital
Lucros
LegalEstatu-tária
Saldos Iniciais 500.000 20.000 0 0 0 520.000
Lucro do Período 50.000 50.000
Constituição de Reserva de Lucro Legal 2.500 -2.500 0
Constituição de Reserva de Lucro Estatutária 10.000 -10.000 0
Dividendos Propostos -37.500 -37.500
Saldos Finais 500.000 20.000 2.500 10.000 0 532.500
46
ALGUNS EXEMPLOS DE EVENTOS QUE TRANSITAM NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Modificativos• Aumento de Capital por
capitalização de ativos
• Redução de Capital
• Constituição de Reserva de Capital
• Recompra ou Revenda de Ações em Tesouraria
• Lucro ou Prejuízo (ou ajuste)
• Proposição de Dividendos
Não Modificativos• Incorporação de Reservas
• Absorção de Prejuízos por Reservas de Lucros
• Constituição de Reservas de Lucros (seguem as especificações)
47
RESERVAS DE LUCROS
Reserva Lei 6.404/76 Obrigatória Diminui DMO*
LEGAL Art 193 SIM 5% SIM
ESTATUTÁRIA Art 194 NÃO NÃO
CONTINGENCIAL Art 195 NÃO* SIM
INCENTIVOS FISCAIS Art 195-A NÃO SIM
ORÇAMENTÁRIA Art 196 NÃO NÃO
A REALIZAR Art 197 NÃO POST
ESPECIAL Art 202 -5º SIM DMO
* DMO – Dividendo Mínimo Obrigatório
48
EXEMPLO DE CÁLCULO DO DMO CONFORME ARTIGO 202 DA LEI 6.404/76
Lucro do Período...................................... R$10.000,00(-) Reserva de Lucro Legal (5%).................R$ 500,00(-) Res Lucro Contingencial........................R$ 2.000,00(=) Base para DMO ...............................R$7.500,00
Estatuto Declarado %
Ex. 70%DMO = 5.250,00Mínimo de 25%
Estatuto Omisso 50 % (Mínimo)
DMO = 3.750,00
Estatuto Alterado 25 % (Mínimo)
DMO = 1.875,00
49
EXEMPLO PRÁTICO Consideremos um caso onde a empresa DORA integralizou 80% do capital social da
empresa IDA em janeiro de 2011. Durante o exercício ocorreram transações que deverão
ser retratadas em ambos os Balanços Patrimoniais. Em seguida, demonstraremos os impactos na avaliação do investimento
de DORA em IDA.
50
1 – Integralização do Capital Social
IDA é constituída por $100.000,00.A Empresa DORA integraliza $80.000,00
em ações da Empresa IDA (80%)
BP DORABP DORAAtivo
InvestimentoAtivo
Disponibilidades$80.000
BP IDABP IDAAtivo
DisponívelPatrimônio Líquido
Capital Social$100.000
51
2 – Apuração do Lucro do exercício de 2011
IDA apura lucro no ano de $30.00030.000 x 80% = 24.000
BP DORABP DORAAtivo
InvestimentosPatrimônio Líquido
Lucro (REP)$24.000
BP IDABP IDAAtivos e Passivos
Patrimônio LíquidoLucro
$30.000
52
3 – Constituição da Reserva de Lucro Legal
IDA constitui a Reserva de Lucro Legal (5% do lucro do período)
Lucro do Período = 30.000 30.000 * 5% = 1.500
BP DORABP DORASem movimento
BP IDABP IDAPatrimônio Líquido
Reserva LegalPatrimônio Líquido
Lucro do Período$1.500
53
4 – Proposição de Distribuição de Lucros
IDA propõe distribuição do saldo do lucro do período considerando o
percentual mínimo para Estatuto Omisso30.000 – 1.500 = 28.500 * 50% = 14.250 * 80% = 11.400
BP IDABP IDAPassivo
Dividendos a PagarPatrimônio Líquido
Dividendos Propostos$14.250
BP DORABP DORAAtivo
Dividendos a ReceberAtivo
Investimento$11.400
54
5 – Destinação dos lucros remanescentes para Reserva de Lucros Estatutária
IDA define no Estatuto que os lucros remanescentes irão para
Reserva EstatutáriaLucro Remanescente = 30.000 – 1.500 - 14.250 = 14.250
BP IDABP IDAPatrimônio Líquido
Reserva EstatutáriaPatrimônio Líquido
Lucro do Período$14.250
BP DORABP DORA
55
DMPL DA EMPRESA IDA EM 2011
Legal EstatutSaldo Inicial 0 0 0 0 0Integralização de Novas Ações 100.000 100.000Distribuição de Lucros (14.250) (14.250)Total de Operações com Sócios 85.750Lucro do Período 30.000 30.000Outros Resultados Abrangentes 0Total do Resultado Abrangente 30.000Const de Reserva de Lucros Legal 1.500 (1.500) 0Const de Reserva de Lucros Estat 14.250 (14.250) 0Saldo Final 100.000 1.500 14.250 0 115.750
Total
CONTAS
EVENTOS Capital LPA
56
COMPOSIÇÃO DA CONTA DE INVESTIMENTOS NO BP DE DORA
Eventos Modificativos PL IDA PART INVE DORA
Integralização do Capital Social R$ 100.000,00 80% R$ 80.000,00
Lucro do Período R$ 30.000,00 80% R$ 24.000,00
(-)Proposição de Dividendos -R$ 14.250,00 80% -R$ 11.400,00
TOTAL R$ 115.750,00 80% R$ 92.600,00
59
UD 4: Ágio / Deságio
1. O que é e como se calcula o Ágio nas aquisições?
2. O que é e como se calcula o Deságio nas aquisições?
3. Como são evidenciados o Ágio e o Deságio nas Demonstrações Contábeis?
60
DEFINIÇÃO DE ÁGIO E DESÁGIO• ÁGIO Excesso do valor pago sobre o valor justo (VN > VJ)Definição: Ágio por Expectativa Futura (Goodwill)
• DESÁGIO Excesso do valor justo sobre o valor pago (VJ > VN)Definição: Compra Vantajosa
VN – Valor Negociado (Pago) / VJ (Valor Justo)
61
AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOSÁgio = VJ < VN
VJ = 100.000,00
VN = 250.000,00
Ágio = 150.000Custo pago por
Expectativa de lucros futuros
62
AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOSDeságio = VJ > VN
VJ = 250.000,00
VN = 100.000,00
Deságio = 150.000Ganho por
Compra Vantajosa
63
VALOR JUSTO DOS ATIVOS LÍQUIDOS
ATIVOS LÍQUIDOS
DE USO DE TROCA
Menor valor entre o
Contábil e o maior valor entre
(mercado e PFlCxVP)
NÍVEL 1 – Cotação Específica
NÍVEL 2 – Cotação Similar
NÍVEL 3 – Fluxo de Caixa
64
EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DO VALOR DO ÁGIO ou DESÁGIO
Considere o caso de uma Empresa DORA que adquiriu em 2011 uma IDA (sendo sua coligada). No processo de aquisição os
valores contábeis de seus Ativos eram de $100.000,00 e de seus Passivos eram de $80.000,00. Contudo, a avaliação a valor justo indicou que os Ativos tinham um valor corrente de $120.000,00
e haviam passivos contingenciais não registrados de $10.000,00. Porém a negociação da empresa foi fechada em
R$50.000,00. Em decorrência temos:
65
1. VALOR PATRIMONIAL DA EMPRESA:
ATIVOS $100.000,00 – PASSIVOS $80.000,00 =
VALOR PATRIMONIAL = $20.000,00
2. VALOR JUSTO DA EMPRESA
ATIVOS CORRENTES $120.000,00 – PASSIVOS EFETIVOS $90.000,00
VALOR JUSTO = $30.000,00
3. VALOR NEGOCIADO = $50.000,00
VALOR DO ÁGIO = $50.000,00 - $30.000,00 = $20.000,00
4. VN > VJ, LOGO,
TEMOS ÁGIO DE 50.000 – 30.000 = 20.000
66
O Ágio por Expectativa Futura é o excesso pago sobre os valores justos da empresa. Ou seja, quando um
investidor paga mais do que o mercado pagaria por seus ativos, após liquidação de seus passivos, significa que a investidora possui expectativas positivas sobre o fluxo
de lucros (e caixa) da empresa adquirida. Assim, podemos entender que quando uma empresa
tem capacidade de gerar fluxos de lucros (e caixa) superiores a sua liquidação justa, esta empresa tem
valores intangíveis que geram sinergia nos seus negócios.
É a capacidade de gerar resultados agregados aos ativos de uma empresa.
67
O Deságio (Compra Vantajosa) é o excesso dos valores justos da empresa
sobre os valores pagos e, neste caso, este excesso é reconhecido como um ganho
para o adquirente. Um adquirente pode realizar uma compra vantajosa, por exemplo, em combinação de negócios que resulte de uma venda forçada, na qual o vendedor foi movido
por algum tipo de compulsão.
68
CONTABILIZAÇÃO DO ÁGIO no BP da DORA
C adquire ações de B pelo VJ de $30.000, VP de $20.000,00
e VN de $50.000 (coligada)
Contabilização na DORAD: Participações Permanentes ....$20.000,00D: Mais Valia ...............................$10.000,00D: Ágio em Investimentos ..........$20.000,00C: Disponível .............................. $50.000,00
69
EVIDENCIAÇÃO DO ÁGIO no BP
ATIVO NÃO CIRCULANTEINVESTIMENTOS Participação Permanente Empresa B ....$20.000,00 (+) Mais Valia .......................................$10.000,00 (+) Ágio em Investimentos ..................$20.000,00 Total do Investimento ..........................$50.000,00 Aplica-se o MEP sobre a soma da PPOE e Mais Valia
70
C adquire ações de B pelo VJ de $30.000 e VN de $20.000
Contabilização na DORAD: Investimentos ...........................$30.000,00C: Deságio (Ganho) .......................$10.000,00C: Disponível .................................$20.000,00
CONTABILIZAÇÃO DO DESÁGIO no BP da DORA
71
EVIDENCIAÇÃO DO DESÁGIO
ATIVO NÃO CIRCULANTE INVESTIMENTOS
Participação Permanente Empresa B....$30.000,00 Total do Investimento..........................$30.000,00
72
O artigo 391 do RIR/99 estabelece que a amortização do ágio/deságio não será
computada para fins de apuração do Imposto de Renda. O montante deverá ser controlado na
parte "B" do LALUR para efeito de determinação do ganho ou da perda de capital na alienação ou liquidação. Não há previsão legal de tratamento ao ágio/deságio para fins de Contribuição Social
sobre o Lucro.
75
UD 5: Resultados Não Realizados
1. O que são resultados não realizados?
2. Como se calcula o lucro não realizado?
3. Qual o impacto do lucro não realizado na Equivalência Patrimonial?
76
Um RESULTADO NÃO REALIZADO poderá ser:
LUCRO NÃO REALIZADO
Ou
PREJUÍZO NÃO REALIZADO
O Termo não realizado é utilizado em um contexto de grupo, ou seja, um resultado é NÃO REALIZADO quando é oriundo de operações de venda de
ativos entre empresas de um mesmo grupo que não tenham sido vendidos para terceiros até a data da Equivalência Patrimonial ou da Consolidação das
Demonstrações Financeiras.
78
TIPOS DE OPERAÇÕES INTRAGRUPO
DOWNSTREAM
INVESTIDORA
VENDE PARA
INVESTIDAS
UPSTREAM
INVESTIDAS
VENDE PARA
INVESTIDORA
79
Eliminação DO LNR
Investimento UP Stream DOWN Stream
Controlada(total)
Sim na EP e na Consolidação
Sim na Consolidação
Coligada(proporcional)
Sim na EP Não
Joint Venture(proporcional)
Sim na EP ou na Consolidação
Sim na Consolidação
80
O Expurgo dos Resultados Não Realizados é um procedimento contábil que consiste em eliminar, nas Demonstrações Financeiras da empresa compradora,
o valor dos lucros apurados e não realizados. Isto ocorre, quando a negociação de ativos referiu-se a
empresas integrantes de um mesmo grupo societário e que tenha, a empresa compradora, mantido total ou
parcialmente os ativos adquiridos no Balanço Patrimonial da empresa compradora.
81
Exemplo de Cálculo de LNR em operação UPSTREAM com Controlada
I – Definição da Margem Bruta de Lucro
(=) Preço de Venda de IDA para DORA = $140.000 (a)
(-) Custo de Venda de IDA = ($100.000) (b)
(=) Lucro Bruto de IDA = $ 40.000 (a)-(b) = (c)
Margem Bruta Percentual (LB/PV) = 28,57% (c) / (a)
82
II – Definição do Lucro Bruto nos Estoques, considerando que DORA vendeu 40% dos estoques
(=) Estoque de DORA = $140.000 (a)(-) Vendido a terceiros (40%) = ($ 56.000) (b)(=) Saldo do estoque = $ 84.000 (a) – (b) = (c)(*) Margem Percentual (LB/PV) = 28,57% (d)(=) Lucro Bruto nos Estoques = $ 24.000 (c) * (d) = (e)
83
III – Definição do Lucro Líquido Não Realizado
(=) Lucro Bruto Não Realizado = $24.000 (a)
(*) Percentual Hipotético do IRPJ/CSLL = 24% (b)
(=) IRPJ / CSLL = ($ 5.760) (a) * (b) = (c)
(=) Lucro Líquido Não Realizado $18.240 (a) – (c)
84
IV – Determinação da Equivalência Patrimonial e Resultado da EP após expurgo do LNR
(=) Patrimônio de IDA $1.000.000 (a)
(*) Percentagem de Participação 90% (b)
(=) Investimento antes LNR $900.000 (a) * (b) = (c)
(-) Lucro Líquido Não Realizado ($18.240) (d)
(=) Investimento depois do LNR $ 881.760 (c) – (d) = (e)
(-) Saldo Anterior do Investimento $ 800.000 (f)
(=) Resultado da EP $81.760 (e) – (f)
86
UD 6: Consolidação do BP e da DRE
1. O que é consolidação das DFs?
2. Quem é obrigado a elaborar/publicar?
3. Como devemos fazer?
87
O que é Consolidação das DFs?
É um procedimento extra contábil que tem por objetivo apresentar um grupo societário como se fosse uma única unidade econômica.
Os saldos da controladora e suas controladas são somados e, em seguida, são eliminados saldos que não referem-se a operações com
terceiros ao grupo ou que podem representar redundância de valores.
Também podem ocorrer reclassificações de transações para melhor representar sua essência.
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QUEM É OBRIGADO a ELABORAR DFC?
Companhias Abertas com investimentos em controladas incluindo em conjunto
Sociedade no comando de grupo que inclua companhias abertas
Entidades de Propósito Específico (EPE) controlada por companhias abertas
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RELATÓRIOS QUE DEVEM SER CONSOLIDADOS
• BALANÇO PATRIMONIAL
• DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO• DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
• DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PL
• DEMONSTRAÇÃO DE VALOR ADICIONADO
• COMPLEMENTO EM NOTAS EXPLICATIVAS
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ELIMINAÇÕES e RECLASSIFICAÇÕES PARA CONSOLIDAÇÃO DAS DFs
1. Participações em Controladas2. Reclassificação do Ágio para Goodwill3. Alocação da Mais Valia4. Contas Correntes Intercompanhias5. Contas de Resultados Intercompanhias6. Resultado de Equivalência7. Lucros Não Realizados
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PROCEDIMENTOS DE TRABALHO:
• PADRONIZAÇÃO DA CONTABILIDADE
• CONTROLE DAS TRANSAÇÕES DO GRUPO
• CONTROLE DOS SALDOS INTERCOMPANHIAS
• CONCILIAÇÃO PERIÓDICA
• DESENVOLVER CONTROLES CONTÁBEIS PARA ELABORAÇÃO DA CONSOLIDAÇÃO
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PAPÉIS DE TRABALHO
• CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇO - ATIVOS;
• CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇO - PASSIVOS;
• CONSOLIDAÇÃO DA DRE;
• RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES;